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LIBERAÇÃO DE FLÚOR PELO CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO

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LIBERAÇÃO

DE

FLÚOR

PELO

CIMENTO DE

IONÔMERO

DE VIDRO

Marisa Salvador Dominguez

kr)

c-q Monografia apresentada ao Curso de

r---

r---- Especialização em Odontopediatria do

In

r---

= r.-1 o Departamento de Estomatologia da

UFSC para obtenção do Titulo de Especialista em Odontopediatria

Florianópolis

(3)

E

4.

meu marido Márcio por todo o seu Amor e Ajuda na conquista

(4)

A meus pais Isid , Isidoro e meus irmãos Márcio , Martha por sempre terem me apoiado e acreditado em mim.

A minha segunda família Nilce, Hilário, cunhados e sobrinhos pelo carinho especial

Aos amigos Miriam e Joaquim, Maria José e Nilson, Roberto, Denise e Edmilson, Laura e Mirvio, Jó e Guilherme por tantos momentos agradáveis.

Ao amigo e colega Elito Araújo por me apresentar o cimento de ionômero de vidro e ter me ensinado a estudar.

A Adriana que me ajuda no consultório todos os dias.

A todos os professores do curso de Especialização por tanta dedicação

E aos colegas do curso pelo amor as crianças, exemplo de perseverança, e por acreditarem como eu, que o futuro da Odontologia está na Odontopediatria

(5)

na expectativa de

encontrá-lo."

(6)

RESUMO

7

1 INTRODUÇÃO

8

2

REVISÃO DE LITERATURA

12

2.1 Liberação

de

Flúor

de Diferentes Cimentos

12

2.2 Flúor

nas Estruturas Adjacentes

24

2.3

Atividade Antimicrobiana

31

2.4 Absorção

de

Flúor

35

3 DISCUSSÃO

41

4 CONCLUSÃO

54

(7)

Os cimentos de ionômero de vidro têm sido largamente utilizados na dentistica restauradora devido suas propriedades de adesão à estrutura dentária, coeficiente de expansão térmica linear similar a dentina, estética razoável, biocompatibilidade e principalmente liberação de flúor. O flúor é utilizado como fundente na fabricação deste cimento, sendo liberado com a solubilização durante a reação de presa inicial e _id que o fluor não participa da formação da matriz, torna-se disponível. Sua atuação não está só restrita nas paredes adjacentes da restauração, mas também na saliva, participando do processo de desmineralização e remineralização. Por esta qualidade, de liberar flúor, tem sido um material de eleição para promoção de saúde bucal em crianças. Após as primeiras 24 horas, ocorre um decréscimo na liberação de flúor, que entretanto permanece constante ao longo do tempo. Existe evidências de que ocorra um comportamento dinâmico com a liberação e absorção de flúor, dependendo de sua oferta. Vários estudos sobre a liberação de flúor, foram realizados desde seu surgimento em 1971, entretanto devido o aparecimento crescente de diferentes tipos do cimento, com alteração da sua composição química, houve mudanças no comportamento deste material. Sendo assim, faz-se necessário revisar a literatura dos materiais comercialmente vendidos, verificando o comportamento dos mesmos com relação à liberação de flúor.

(8)

Vários fatores interagem para determinar a longevidade de uma restauração. Estes incluem a higiene bucal do paciente, a habilidade do operador, e as propriedades fisico-quimicas do material. Entretanto, sabe-se que, aproximadamente 35% de todas as restaurações são resultado de cáries recorrentes, nas margens de restaurações já existentes. E que por melhor que seja a habilidade do profissional, técnica e materiais, nada se compara ao dente higido.

Por este motivo a Odontologia Moderna tem se tornado cada vez mais preventiva, dando mais ênfase As características individuais ou o risco de cada paciente, com o mínimo de prejuízo à estrutura dental. A mudança da filosofia restauradora tem sido possível pelo conhecimento e a utilização de novos materiais e métodos.

Buscando um material que servisse como agente restaurador e cimentante, foi desenvolvido em 1971, o Cimento de Ionômero de Vidro. 0 pó de vidro semelhante ao de cimento de silicato e o liquido constituído de ácido poliacrilico, utilizado no cimento de policarboxilato. 0 cimento de ionômero de vidro, acabou agrupando importantes propriedades como a adesividade, proporcionando uma economia da estrutura dental, a biocompatibilidade, além de permitir margens completamente seladas e de liberar flúor As estruturas adjacentes As restaurações. Algumas desvantagens, ainda permanecem, como a baixa resistência ao desgaste, alta opacidade e solubilidade inicial.

(9)

Existem no mercado basicamente quatro tipos de cimento de ionômero de vidro. cimentos de ionõmero de vidro convencionais, que apresentam o pó composto por partículas de vidro, de silicato de alumínio e cálcio contendo flúor e o liquido com o ácido poliacrilico ou polimaleico; o cimento de ionõmero de vidro anidro, em que a solução ácida é liofilizada e agregada ao pó de partículas vítreas, semelhante ao ionômero convencional, neste caso o liquido fica sendo a água destilada ou solução aquosa de ácido tartárico; o cimento de ionômero de vidro reforçado com prata ou cermet, como é conhecido, neste cimento o pó é enriquecido com partículas de prata, num processo de sintetização, para melhor união entre as partículas, este composto é muito diferente da conhecida "mistura milagrosa", que simplesmente adiciona o metal ao p6 de vidro para manipulação; e mais recentemente foi introduzido no comércio o cimento de ionõmero de vidro fotoativado.

Os ionômeros podem se apresentar em cápsulas pré-dosadas, que apresentam as vantagens de uma correta proporção pó/liquido e durante a manipulação minimizam a formação de bolhas, ou sob a forma de um pó e um liquido, em que o operador proporciona e manipula de acordo com as instruções do fabricante.

A alteração na composição do liquido, trituração das partículas em vários tamanhos, fusionamento do metal ao pó, tem conferido ao cimento de ionômero de vidro melhora nas suas características e aumento de sua indicação. Os vários produtos comerciais, disponíveis no mercado, com propriedades e indicações especificas, permitem prognosticar o sucesso deste material.

(10)

material de preenchimento; agente cimentante; e base forradora dos materiais restauradores. 0 material deve ser usado principalmente em pacientes com risco de cárie. Nos casos de cimentação de bandas ortodeinticas e próteses fixas, a relativa insolubilidade e liberação de ions fluor e a adesão ao metal são extremamente importantes.

A Odontopediatria é uma das especialidades da Odontologia que mais se beneficia com o uso do cimento de ionômero de vidro. Atuando nas fases da dentadura decidua e mista, pode oferecer um tratamento mais preventivo. 0 cimento de ionômero de vidro está indicado nas seguintes condições: como selante de fóssulas e fissuras (deciduos e permanentes), em restaurações de cáries incipientes; restaurações classe III, e V não muito extensas; cimentação de coroas de aço e bandas ortodemticas; e contra-indicado nas áreas vestibulares extensas, restaurações classe IV, áreas com grande destruição de cúspides.

A reação química que ocorre é uma reação ácido-base que resultará num sal hidratado. Cabe ressaltar que durante a manufatura do p6 do vidro ,o fluor é usado como um fundente, e que o p6 final contém cerca de 23% de flúor na forma de ions fluoreto de cálcio e fluoreto de sódio. Os fluoretos de sódio, em particular, são liberados durante a reação ácida de difusão e como eles não são essenciais na formação da matriz , tornam-se disponíveis sem afetar as propriedades fisicas do material. Em geral o padrão de liberação mostra que existe um fluxo de liberação de fluor inicial alto , seguido por níveis que vão decrescendo e permanecendo constante por toda a vida da restauração. Dependendo do fluor presente na

(11)

cavidade bucal,

o

cimento de ionômero de vidro

irá

reter mais

flúor e

aumentar a concentração de liberação novamente por um curto

período.

Esta habilidade de atuar como um reservatório , faz deste cimento um material muito especial , principalmente em pacientes de alto risco A.

cárie,

0 significado da flúor nos ciclos de desmineralização

e

remineralização estão se tornando melhor entendidos

e

parece que alguma fonte de

flúor

adicional

é

importante na presença de

cárie.

Vários estudos sobre a liberação de flúor pelos cimentos de ionômero de vidro, foram realizados desde seu surgimento, entretanto devido ao aparecimento crescente de diferentes tipos de cimentos, com alteração da sua composição

química,

houve mudanças no comportamento deste material. Aparecem

então,

os questionamento: Todos os cimentos de ionômero de vidro liberam

flúor?

Quais os ionômeros que mais liberam

flúor?

Esta liberação

é

continua? 0

flúor

liberado chega a ser cariostático? 0 cimento de ionômero de vidro tem a capacidade de absorver flúor ?

Já que a liberação que a liberação de flúor, deste material,

é

uma de suas principais propriedades

e

sendo

o flúor

um elemento importante no processo de desmineralização

e

remineralização, faz-se necessário conhecer

e

entender mais sobre a liberação de

flúor

do cimento de ionômero de vidro . Assim,

o

objetivo deste trabalho

é o

de realizar uma revisão da literatura dos materiais comercialmente vendidos, verificando

o

(12)

2 REVISÃO

DE LITERATURA

2.1 Liberação

de

Flúor

de

Diferentes

Cimentos

Embora o cimento de ionô mero de vidro tenha sido desenvolvido em 1971, não faltaram estudos sobre a liberação de flúor deste cimento, no inicio comparando-o com outros materiais já existentes, depois entre os vários tipos de cimentos de ionômero de vidro

TVEIT, GJERDET 53 analisaram a liberação de flúor de um amálgama contendo flúor (Fluoralloy), um cimento silicato (Bio-trey), e um cimento de ionômero de vidro (Aspa) em saliva artificial. Após estocagem em saliva artificial por 7 semanas, o flúor contido no solvente foi medido. 0 flúor liberado do silicato foi 5 vezes maior que o do cimento de ionômero de vidro , que foi 4 vezes mais que no amálgama contendo flúor, em saliva artificial. O flúor liberado relativo, contido nos espécimes foi melhor no amálgama contendo flúor e no silicato que no cimento de ionômero de vidro . A menor liberação do cimento de ionômero de vidro pode ser devido a menor solubilidade e menor desintegração deste material comparado com o silicato, e o amálgama contendo flúor, indicando boa fixação de flúor na composição do material.

CARVALHO et al 5 testaram o padrão de liberação de flúor dos cimentos de ionômero de vidro: Ceram Fill, Chelon Fill, GC Fuji II e cimentos de silico-fosfato: Petralit e Kryptex. Através dos dados obtidos, pode-se observar que todos os materiais testados

(13)

decaindo acentuadamente a seguir, tendendo a uma estabilização com o passar do tempo. 0 padrão de liberação de flúor foi bastante heterogêneo tanto entre os cimentos de silico-fosfato, quanto entre os cimentos de ionômero de vidro . Isto provavelmente se deva as diferentes quantidades de fluoretos contidas nos materiais, bem como aos diferentes tempos de presa que eles apresentam.

SWIFT JÚNIOR 44 encontrou que um menor tempo de mistura que o recomendado pelo fabricante produzia maior liberação de flúor pelo cimento de ion6mero de vidro modificado ou cermet comparado com a liberação após o tempo recomendado. E achou significantemente mais liberação de flúor no cimento cermet mecanicamente misturado comparado com um cimento de ionômero de vidro convencional.

HICKS, FLAITZ, SILVERSTONE 21 demonstraram in vitro, que o efeito de inibir cárie do cimento de ionômero de vidro modificado ou cermet foi levemente menor quando comparado com o cimento de ionômero de vidro convencional.

HORSTED-BINDSLEV, LARSEN 23 verificaram a longo e curto prazo a liberação de flúor dos diferentes tipos de cimento de ionômero de vidro , reforçados com prata e convencionais Os cimentos avaliados foram o Chelon-Silver (convencional), Fuji Ionomer Type II (convencional.), GC Fuji H (convencional.), Ketac-Silver (encapsulado.), Fuji II + Lumi Alloy ( "mistura milagrosa"). Em 100 dias a "mistura milagrosa" e o Fuji Ionomer II liberaram significantemente mais flúor que o Ketac-Silver, que liberou mais que o GC II e Chelon-Silver. Grandes concentrações de flúor (> de 2 ppm) foram rapidamente liberadas na soluções em contato com todos os cimentos, e após 24 horas, máxima concentração de flúor

(14)

foi obtida variando de 15 a 21ppm. Entretanto a liberação de fluor foi reduzida com o tempo em todos os cimentos. A quantidade de fluor liberado do Ketac-Silver foi melhor que a quantidade liberada do Chelon-Silver. Concluem que fatores como a composição e o manuseio do material são de importância para a liberação de fluor in vitro.

FORSTEN 17 avaliou: a liberação de fluor após 7 e 15 meses dos espécimes, terem sido restaurados com cimento de ionômero de vidro e após terem recebido tratamento com fluor, comparou a liberação de fluor do material imaturo e com endurecimento completado, e avaliou espécimes estocados por 29 meses. Os testes com material ainda imaturo, utilizaram quatro amostras de cada cimento. A pesquisa concluiu que, com materiais novos, não totalmente endurecidos, a liberação de fluor foi 3 vezes mais que os já endurecidos. A longo prazo o fluor liberado após 22 meses e 29 meses, os cimentos ionoméricos não mostraram significante diferença. Entretanto o amálgama e a resina composta não foram capazes de liberar nem absorver ions fluor.

DESCITEPPER et al 11 comparam a quantidade de fluor liberado por onze cimentos ionoméricos, em salivas artificiais, por 84 dias. Os resultados mostraram que a quantidade de fluor liberado pelos materiais selecionados foi diferente, sugerindo que a formulação influencia na quantidade de fluor liberado. Os padrões de fluor liberado foram iguais para todos os cimentos: liberação inicial grande, seguida de declínio dentro de 24 a 48 horas. Provavelmente devido a solubilidade do material nos períodos iniciais. 0 cimento que mais liberou fluor foi o Miracle Mix seguido do Fuji II; o de menor liberação foi o Shofu

(15)

KOMATSU et al 27 examinaram a quantidade de flúor liberado de vários cimentos de ionômero de vidro endurecidos com respeito a quantidade de flúor em cada pó antes da mistura. Onze marcas diferentes de cimentos de ionômero de vidro foram examinados: Chelon-Silver, Fuji Cap II, Fuji Ionomer Type II, GC Dentin Cement, GC Lining Cement, GC Lining Cement LC, Hy-Bond Glasionomer-F, Ketac-Fil, Ketac-Silver, Miracle Mix, e Shofu Base Cement. 0 flúor contido no pó do cimento de ionômero de vidro examinado foi classificado de 5,3 a 15,6% de flúor. Mais no Ketac-Fil 15,6, médio nos Shoal Base Cement, GC Dentin Cement, Hy-Bond Glasionomer-F, GC Lining Cement, GC Lining Cement LC, Fuji Ionomer Type II, Fuji Cap II, de (8,1 a 10,3) e baixo no Chelon-Silver, Miracle Mix, Ketac-Silver, de (5,3 a 5,8). A quantidade liberada de flúor do Ketac-Fil foi a maior que os da média., com exceção do GC Lining Cement que revelou mais alta quantidade de flúor liberado entre os cimentos de ionômero de vidro testados durante o período de imersão. Embora não houve diferença estatística do flúor contido no pó dos de média quantidade, GC Lining Cement e Fuji Cap II mostraram significantemente maior quantidade de flúor liberado que os de média no 10 dia. Especificamente não houve relação entre o flúor contido no pó do cimento de ionômero de vidro e a quantidade de liberação de flúor dos cimentos de ionômero de vidro endurecidos dos materiais testados.

MILLER et al 30 determinaram a quantidade de flúor liberados dos diferentes cimentos de ionômero de vidro e compararam as medidas dos materiais mecanicamente triturados e manualmente misturados. Os capsulados: Miracle Mix, Ketac-Silver, Fuji CP ll foram triturados por 5s, 10s, e 15s, os espécimes manualmente misturados de Miracle Mix, Chelon-Silver e Fuji II foram misturados com a mesma proporção pó/liquido. A liberação de flúor na água destilada foi medida nos dias 1, 2, 3, 7, 14, 21 e 28 após a mistura. A maior

(16)

quantidade de fluor liberado foi durante o primeiro dia. No primeiro dia, não houve diferença significante entre os tempos de trituração e esta tendência continuou nos outros tempos. Os espécimes triturados liberaram mais fluor que os manualmente misturados durante o teste. Entretanto, nenhuma diferença significante foi achada entre a quantidade de fluor liberado nos 5s de trituração e os manualmente misturados no Miracle Mix nos 14 dias. Os cimentos de ionõmero de vidro encapsulados quando otimamente triturados são superiores aos cimentos de ionõmero de vidro manualmente misturados com relação a quantidade inicial de fluor liberado.

TAKAHASHI, EMILSON, BIRKHED 46 examinaram as liberações de fluor de vários cimento de ionõmero de vidro antes e após exposição de soluções de NaF. E compararam a liberação e absorção de uma resina com flúor e outra sem fluor na sua composição. Os materiais usados foram 5 cimentos de ionômero de vidro Ketac-Silver (cimento para restauração encapsulado), Fuji II (cimento para restauração), Fuji li LC (cimento fotoativado), Fuji Lining LC ( base-forradora), Vitrebond (base-forradora fotoativada); e com resinas o Heliomolar ( resina com fluor), e Prisma APH ( resina sem fluor). Foi analisada a concentração de fluor na água após o 1 0 dia, P semana, 2" semana, 3' semana, 4' semana, e 5' semana. A liberação de fluor da P e 6a semanas são a soma das quantidades liberadas após o 107 dia e dias 2-7 da primeira a sexta semana. A liberação dos diferentes cimentos de ionômero de vidro foi similar, mas houve boa diferença das quantidades de fluor liberado por cada cimento. Em cada material a liberação foi maior durante a primeira semana, depois foi diminuindo gradualmente com o tempo. A quantidade cumulativa média de fluor durante as semanas de 1 -5 mostrou que o Vitrebond liberou a maior quantidade de fluor. Seguido pelo Fuji Lining LC, Fuji II e Fuji II LC e Ketac-Silver.

(17)

Foi estatisticamente diferente a quantidade de flúor liberada pôr cada material exceto entre Fuji II e Fuji II LC. As duas resinas, Heliomolar e Prisma APH, liberaram menos flúor que os cimentos de ionômero de vidro . Entretanto o Heliomolar liberou mais flúor que o Prisma APH a quantidade baixa e não significantemente diferente. Durante a primeira semana cerca de 1/3 da metade destas amostras foram liberadas durante o primeiro dia.

FORSTEN apud FORSTEN 18 verificou a liberação de flúor dos cimentos de ionômero de vidro : Aspa capsulado, Fuji II, Fuji III, Chemfil Express, Fil, Ketac-Silver, Miracle Mix, uma resina composta: Heliomolar Radiopaque, e um amálgama: Fluoralloy. A determinação do flúor na água após 1 dia e 1 semana mostrou que após uma rápida liberação inicial , o fluxo diminui gradualmente, estabilizando para um nível constante após alguns meses. Esta continua liberação permaneceu no mesmo nível por mais de 5 anos. A quantidade do flúor liberado não variou muito entre as marcas de cimentos de ionômero de vidro . Entretanto, durante os primeiros meses o cermet Ketac-Silver, liberou menos flúor que os cimentos de ionômero de vidro convencionais. Posteriormente, o experimento revelou que o flúor contido na resina composta e no amálgama liberaram mínimas quantidades de flúor durante todo o período.

FORSS 15 avaliou a liberação de flúor, sódio, silício, cálcio, estrôncio e alumínio de cimentos de ionômero de vidro fotoativados. Os materiais testados foram: Baseline VLC mistura espessa, Baseline VLC mistura fina, Fuji Lining LC, Vitrebond e XR lonomer. Como controle foram usados um cimento de ionômero de vidro convencional Ketac-Fil Aplicap, e um cermet, Ketac-Silver. Cada amostra foi estocada por 16 dias em água desionizada, seguindo de 16 dias em solução de ácido láctico 0.01 mol/L (pH 4.0). Após os espécimes

(18)

foram imersos em água desionizada por 122 dias. Durante a imersão , os cimentos de ionômero de vidro fotoativados mostraram considerável variação na liberação de flúor e outros elementos. Em condições ácidas todos os cimentos liberaram cations da matriz formada, alumínio e cálcio ou estrôncio. Este estudo mostra que os materiais fotoativados são igualmente susceptíveis a erosão tanto como os cimentos quimicamente ativados. Durante a imersão alguns materiais fotoativados mostraram ganho de peso. Os resultados mostraram que o XR lonomer liberou significantemente mais flúor os outros cimentos. A liberação do Ketac-Fil Aplicap foi menor que o anterior, porém maior que os outros na primeira semana depois foi similar ao Vitrebond . Baixos níveis de flúor liberado foram encontrados com o Ketac-Silver e Fuji Lining LC. Após a liberação alta de flúor nos primeiros dias, a porcentagem de flúor foi ficando baixa , menos para o Ketac-Silver que sob condições ácidas teve um aumento na liberação de flúor.

FORSTEN apud FORSTEN 18 discute a liberação de flúor dos materiais fotoativados: Fuji II LC, Fuji III LC, EXM 3M, Photac-Fil, Variglass, Dyract, e alguns convencionais para controle: Fuji II, Chemfil Superior Caps. De acordo com os resultados, os materiais fotoativados : Fuji II LC, Vitremer e Photac-Fil , apresentaram o mesmo padrão de liberação dos cimentos de ionômero de vidro convencionais. Alguns materiais como Variglass e Dyract se comportaram como resinas compostas, e que não liberam flúor da mesma maneira que os cimentos de ionômero de vidro . 0 autor também revela que os fotoativados são mais resistentes a dissolução que os convencionais.

NAVARRO, PALMA, DEL'HOY0 32 apresentaram valores de liberação para os cimentos do tipo 1,11, e IV. Nos cimentos de ionômero de vidro para cimentação testados, no

(19)

período de 7 a 28 dias, o Vidrion C liberou de 5,18-0,67, o Ketac Cem de 2,01-0,23, o Fuji I

de 1,91-0,15 e o Shofu I de 1,78-0,21 . A liberação dos cimentos restauradores no mesmo

período para o Chelon Fil foi de 2,07-0,17, o Chelon Silver 1,47-0,20, Vidrion R 4,16-0,66,

e o Fuji II de 1,47-0,08. Já para os cimentos protetores pulpares a liberação de fluor variou de 0,05-0,03 para o Zionomer, de 2,46-0,40 para o Vitrebond, de 2,65-0,30 para o Ketac Bond e de 1,24-0,15 para o Liner. (TAB. 1)

TABELA 1

Liberação de fluor de cimentos protetores pulpares (6g F imm2)

Períodos

Material 7 dias 14 dias 21 dias 28 dias

Zionomer 0,054 0,038 0,029 0,030

Vitrebond 2.465 1,787 0,535 0.408

Ketac Bond 2,651 1,045 0,572 0,302

Liner 1.241 0,510 0,332 0,153

Liberação de flúor de cimentos protetores restauradores (bg F imm2 )

Períodos

Material 7 dias 14 dias 21 dias 28 dias

Chelon Fil 2,076 0,524 0,360 0,171

Chelon Silver 1,473 0,583 0,383 0,206

Vidrion R 4,153 1,226 0,764 0,661

Fuji II 1,479 0,303 0,185 0,084

Liberação de fluor de cimentos protetores cimentantes (05g F inun) Períodos

Material 7 dias 14 dias 21 dias 28 dias

Vidrion C 5,183 1,616 0,969 0,674

Ketac Cem 2,019 0,951 0,454 0,235

Fuji I 1,916 0,634 0,334 0,156

(20)

BAPNA, MUELLER 2 compararam a condutividade elétrica, pH

e

liberação de fluor dos seguintes cimento de ionômero de vidro : Fuji tipo I, Ketac Cem, Shofu tipo I. Chem Bond,

o

cimento de policarboxilato: Durelon, um cimento fosfato de zinco: Tenacim

e

um ionômero tamponado : Zionomer Cement, em três diferentes

níveis

de endurecimento, (15 min após mistura, 2 min após mistura,

e

menos que 1 min

após

mistura. Os resultados mostraram que os valores são maiores no

período

de 1 min após mistura

e

decrescem na condição de 15 min após a mistura, com exceção do pH que se mostrou mais alto após os 15 min. Isto sugere, que a citotoxidade na liberação dos ions F, Si, Al

e

Zn em altas concentrações

e o

baixo pH, podem induzir à sensibilidade na estrutura dentária. Os cimentos de ionômero de vidro foram os materiais que mais liberaram ions metálicos no primeiro minuto.

CREANOR et al 8 testaram cinco materiais de cimento de ionômero de vidro. Ketac Fil, Chemfil Superior, Fuji II LC, Aquacem

e

Vitrebond. A liberação de

flúor

foi avaliada acima de um

período

de 60 dias por todos os materiais. Todos os materiais liberaram valores

mensuráveis

de

flúor

ao longo do

período,

com um considerável

índice

no 10 dia (15,3-155.2 ppm F). A concentração de

flúor

liberado no 2° dia cai abruptamente para todos os materiais, (6.3-44.3ppm F).

E

pelo dia 10 a concentração virtualmente despencou (3.9- 30.1 ppm F) . Pelo dia 60 todos os materiais continuaram a liberar

flúor

apesar de uma menor

extensão

(0.9-3.9 ppmF). Aquacem teve a menor concentração de

flúor

(15.3 Pm) no 10 dia

e

continuou com indices mais baixos ao longo do teste (0.9). Similarmente

o

Vitrebond liberou a mais alta concentração original (155.2 ppmF), essa tendência continuou até

o

dia 60 (3.9 ppmF). Fuji II LC, Aquacem

e

Vitrebond liberação suas maiores concentrações de

flúor

nas primeiras 6 horas (22.1, 6.6

e

64.4 ppmF) enquanto Ketac Fil

e

Chemfil Superior liberaram as

(21)

I ■ 1111. 1111. {11111, I ITtIjIIlflhIItIiIII 60 25 30 35 40 45 50 55 O 5 10 15 20 o Ketac Fil Chemfil Superior * Fuji II LC • Aquacem X Vitrebond i,odo - 01

suas

maiores concentrações

nas

6

horas

subseqüentes (26.2

e

13.8 ppmF),

respectivamente. Este estudo mostrou que todos os materiais de

cimento

de

ionômero

de vidro liberaram mais flúor

após

a mistura

inicial

e que o valor liberado variou consideravelmente entre materiais (TAB.

2)

TABELA

2

Diagrama da liberação de flúor no período do dia Pao dia 60' de todos os cinco materiais.

Tempo (dias)

VERBEECK

et al 55 estudaram a

variação

da

liberação

de flúor entre os sistemas capsulados com os manualmente misturados, com a mesma qualidade e quantidade das

(22)

médios e a variação da liberação de flúor foram melhores nos sistemas capsulados. Os autores concluem que o processo de mistura influencia drasticamente o curto prazo, bem como o longo prazo de liberação de flúor.

PERRIN, PERSIN, SARRAZIN 34 comparam, neste estudo o padrão e quantidade de flúor liberado de quatro cimento de ionômero de vidro restauradores: Fuji II (convencional), Chem-Fil II e Ketac-Fil (cimentos anidros), e Ketac-Silver (cermet). E investigaram a liberação de flúor, variando a proporção pó/liquido dos materiais Fuji II e Chem-Fil . Após um ano os resultados mostraram que todos os materiais tiveram um padrão similar na liberação de flúor, sendo que a maior parte de flúor era liberado no primeiro dia, decrescendo lentamente no segundo dia, e gradualmente diminuindo. No Chem-Fil o sistema encapsulado liberou significantemente menos que o manualmente misturado com baixa proporção pó/liquido. No Fuji II também a liberação de flúor foi maior na cimento com pouco proporção pó/liquido. Após um ano, a maioria dos espécimes liberavam por volta de 0.5ppm

de flúor diariamente, alcançando até 7 ppm. Este estudo mostrou que baixa proporção

pó/liquido libera mais flúor que alta proporção. Ketac-Fil, liberou mais flúor, no período de um ano, que Ketac-Silver; parece que a razão do resultado se deva a menor quantidade de flúor contido no p6 do Ketac-Silver.

(23)

1:1Uor Cum u la tivo (pp m )

TAM, CHAN, YIM 47 observaram a liberação de ions flúor de cimentos ionoméricos convencionais e fotoativados em água destilada por 24 horas, la , 2 a, 4 a e 10 a semanas. Conforme figura 3 os resultados demonstram que o cimento de ionômero de vidro convencional apresentou uma liberação maior que os fotoativados. Sendo que, a resina composta BisFil e a amostra controle não mostraram qualquer liberação de flúor. (TAB. 3)

TABELA 3

(24)

2.2 Flúor

nas Estruturas

Adjacentes

Uma das principais propriedades dos cimentos ionoméricos é a liberação de flúor . Esta ocorre com maior intensidade nas primeiras horas após a manipulação do material e tende a se estabilizar após 24 horas. No entanto essa constante liberação de flúor para o meio bucal é muito importante, pois impede que ocorra a desmineralização do esmalte adjacente

SWARTZ et ai 43 demonstraram que nas adjacências das restaurações de cimento de ionômero de vidro há um aumento de 1.500 a 5.000% no teor de flúor. Por outro lado esse mesmo trabalho mostrou que à distância, ou seja, se for colocada a restauração na face vestibular de um dente, na face lingual ou nas proximais haverá um aumento do teor de flúor de 140 a 500%. Segundo os autores a presença constante de flúor impede que ocorram ciclos de desmineralização do dente.

WESENBERG, HALS 57 , verificaram que há um aumento da concentração de flúor na saliva , no esmalte, dentina e cemento dos dentes adjacentes restaurados com ionômero. E afirmam que o beneficio cariostitico é menor nas superfícies radiculares do que nas superfícies coronais.

KIDD 25 demonstrou uma redução na extensão de algumas lesões cariosas localizadas no esmalte circunvizinho à restaurações de cimento de ionômero de vidro , o que ele atribuiu à. liberação de fluoretos.

(25)

HICKS, FLAITZ, SILVERSTONE 21 comprovaram que lesões na superficie do esmalte adjacente as restaurações com cimento ionomérico foram significativamente reduzidas, quando comparadas às lesões controle, considerando esse material de grande importância na prevenção de caries secundárias em torno das restaurações e cáries primárias na superficie do esmalte adjacente ás restaurações. E demonstraram in vitro que o efeito de inibir cárie do cermet foi levemente menor quando comparado com o cimento de ionômero de vidro convencional.

CROLL 9 tem usado o Ketac Silver em lesões cariosas do tipo Classe II em que a

restauração do deciduo permaneça em contato com a superfície do dente permanente esperando que ocorra liberação de ions flúor de dente para dente através do contato proximal

PEREIRA 33 avaliou o comportamento clinico e radiográfico de restaurações com

mistura milagrosa, e resina composta em cavidades Classe II, tipo túnel em pré-molares e molares. Após um ano, verificou que não houve o aparecimento de cárie ao redor do selamento, nem na porção proximal, e nenhuma fratura de crista marginal. Entretanto, todas as restaurações com mistura milagrosa estavam presentes com diferentes níveis de desgaste e solubilização.

SKARTVEIT et al 41 restauraram dentes de crianças de 8 e 9 anos, molares

deciduos e pré-molares que seriam extraídos por razões ortodanticas e avaliaram a liberação de flúor de: selante de cimento de ionômero de vidro (Fuji III), selante resinoso (Concise) , amálgama contendo flúor (Fluoralloy) e amálgama convencional (New True Dentalloy) e cimento de ionômero de vidro para restauração (Fuji II F) durante 1 -2 anos. Os resultados mostraram que a concentração de flúor no grupo do cimento de ionômero de vidro

(26)

restaurados variou de 1.2 a 3.8% na dentina e 0.2 a 2.9% nas paredes de esmalte. No amálgama com fluor os valores foram de 0.6 a 0.9% de fluor nas paredes da dentina, selante de cimento de ionômero de vidro mostrou valores de 0.2 a 1.9% de fluor no esmalte A profundidade de penetração variou bastante nas paredes de dentina ao redor das de amálgama fluoretado, os valores foram de 110Mm a 550Mm, enquanto que nos cimento de ionômero de vidro variaram de 220-750Mm na dentina e 180 a 400Mm em esmalte. Os selantes de cimento de ionômero de vidro depositaram fluor em profundidades de 40Mm a 260Mm no esmalte oclusal.

Num estudo in vivo, HATIBOVIC-KOFMAN, KOCH 20 coletaram saliva não estimulada de crianças pré-escolares, antes da colocação das restaurações com cimento de ionômero de vidro, logo após da restauração realizada, e nos prazos de 3 semanas, 6 meses e I ano. Encontraram que a concentração média de fluor na saliva não estimulada foi de 0,04 ppm, após 3 semanas foi de 0,8 e após 1 ano ainda foi de 4 a 6 vezes maior que a concentração antes da colocação da restauração.

CARVALHO et al 4 observaram 111 restaurações oclusais em dentes posteriores,

de pacientes adultos, avaliando a presença do material, a integridade marginal, reincidência de cárie e necessidade de substituição. Os resultados mostraram que 91% das restaurações não tiveram a presença de cárie, 67% estavam presentes e que apenas 29% das restaurações deveriam ser substituidas. Os autores acreditam que a observação mais criteriosa dos aspectos relacionados com a indicação e manipulação correta do cimento ionomérico ou quando possível, o emprego de um cimento reforçado tipo Cermet que apresenta resistência superior ao convencional, certamente podem contribuir.

(27)

SEGURA, DONLY 37 usaram 15 molares extraídos, higidos e pintados com verniz, excluindo 2mm/6mm de parede mesial e distal da superficie radicular, sendo que 1mm ficava abaixo da junção esmalte/cemento. Lesões de caries artificiais foram criadas com sistema de gel acidulado, classe V foram preparadas adjacentes a lesão de cárie artificial. Secções de 100Mm foram obtidas de cada dente e fotografias de microscopia de luz polarizada e microradiografia. As secções foram então pintadas com uma proteção de verniz tal que superficie externa foi exposta e colocada em separado em ambiente sem flúor e saliva artificial por 2 semanas. Secções foram fotografadas sob luz polarizada e microradiografias como antes. Lesões profundas foram calculadas de lesões dentindrias digitalizadas na margem gengiva! restauração. Resultados demonstraram uma significante redução na profundidade da lesão adjacente ás restaurações de cimento de ionômero de vidro

KIDD, TOFFENETTI, MJ6R 26 indicam para reparar caries proximais de raiz com acesso, o uso do cimento de ionômero de vidro cermet, por conter flúor e ser mais radiopaco. Para estes pesquisadores, nestas restaurações cervicais de Classe II. restaurações com cimento de ionômero de vidro são os materiais de escolha, especialmente em pacientes de alto risco, devido a presença de flúor no material produzir um efeito cariostatico. A longevidade das restaurações indicam que o amálgama é mais durável que a resina composta e o cimento de ionômero de vidro . Apesar do cimento de ionômero de vidro, não ter um tempo de vida média longo, tem algumas vantagens nas suas propriedades que podem inibir o desenvolvimento de caries secundárias.

SOUTO, DONLY 42 comparam a liberação de flúor do cimento de ionômero de vidro fotoativados, do cimento de ionômero de vidro quimicamente ativado , observando a

(28)

efetividade na inibição da

cárie.

Os testes demonstraram que estatisticamente não houve diferença significante na inibição da desmineralização entre os cimento de ionõmero de vidro fotoativado

e

os quimicamente ativados,

e

que os cimento de ionõmero de vidro mostraram menos desmineralização que a base controle sem

flúor

na composição.

VARPIO, NOREN 54 estudaram

o

comportamento do cimento de ionõmero de vidro (Espe)

e

resina composta (Prismafil Compules), em dentes deciduos

e

dentes permanentes jovens expostos em solução

ácida

para produzir

cárie

artificial. Cavidades Classe V foram preparadas por vestibular ou lingual se estendendo entre esmalte

e

cemento. Dos 60 espécimes , 20 foram estocados em água, enquanto os outros foram deixados em solução de ácido acético por 2 semanas, pH 4.0. Os resultados mostraram um número significantemente maior de lesões em dentes deciduos que em permanentes ao redor de restaurações de resina composta, entretanto não houve diferença entre deciduos

e

permanentes no esmalte adjacente as restaurações de cimento de ionõmero de vidro. 0 estudo sugere que a diferença encontrada nos deciduos

e

permanentes nas restaurações de resina composta pode ser explicada pela diferença na direção dos prismas de esmalte dos deciduos, dificultando a formação de tags.

SEPPA 38 mostrou que durante desafios

ácidos o

flúor liberado pelo cimento de ionõmero de vidro fresco, antes de seu endurecimento final, previne a desmineralização do esmalte. Este efeito diminui muito após 4 semanas, mas

é

restabelecido se

o

material for tratado com flúor. Ambos os cimentos testados, ionõmero convencional

e

fotopolimerizável, foram capazes de absorver

flúor e

liberar, não havendo diferenças entre os dois materiais. A quantidade de

flúor

liberada pelo cimento ionomérico convencional, mostrou diminuir mais rapidamente

após

presa inicial

e

aplicação de flúor. Isto refletiu-se no esmalte

(29)

desmineralizado 0 Fuji II LC (fotopolimerizável), ainda continuava com algum efeito inibidor de cárie, após os dois

períodos.

FERNANDES et al 13 compararam diferentes tipos de restaurações de ionômero de vidro ( mistura milagrosa

e

resina composta, mistura milagrosa

e

amdlgama, cermet

e

resina composta,

e

cermet

e

amálgama) , em cavidades tipo

túnel.

Os autores não observaram nenhum caso de

cárie

recorrente, após 4 anos de observação clinica

e

radiográfica. Além de higiene bucal exigida dos pacientes, acrescentou-se a propriedade cariostática do fluor presente na composição do material restaurador.

Devido a grande desmineralização encontrada ao redor de bandas ortodõnticas, DONLY, ISTRE , ISTRE 12 realizaram estudo "in vitro", com

o

objetivo de examinar

o

efeito do cimento de ionômero de vidro em remineralizar

áreas

desmineralizadas. Para isso, foram usados 40 molares

extraídos,

criadas superficies de desmineralização expondo

o

esmalte desses dentes em Acido gel. Metade dos dentes foram bandados com cimento de ionõmero de vidro, Ketac Cem,

e

a outra metade com cimento fosfato de zinco. Estes materiais forma estocados separadamente em saliva artificial não fluoretada , a 37 °C , pH 7, por 3 meses. Durante esse

período

a cada 8 horas, os dentes eram submetidos a uma solução artificial de

cárie,

pH 4,4 por 35 minutos. Os dentes foram seccionados

e

analisados através de

fotomicroscopias, principalmente da

área

gengival de desmineralização/ remineralização. Os resultados mostraram que

o

cimento de ionômero de vidro não s6 inibe a desmineralização como demonstrou capacidade em remineralizar este esmalte com perda mineral.

(30)

MATIS, COCHARAN e CARLSON 29 analisaram restaurações Classe V com os

cimentos de ionômero de vidro, Ketac-Fil

e

Chelon-Fil. Trinta pacientes participaram deste

experimento, sendo que cada paciente recebeu 4 restaurações. Após 10 anos de avaliação

clinica, os autores não encontraram caries secundarias ao redor destas restaurações.

TAM, CHAM, Y1M 47 determinaram que

o

pré-tratamento da dentina com um

condicionador Acido ou primer de um sistema de adesão dentiniria aumentam

significantemente a profundidade de absorção de flúor pela dentina, nos cimentos de

ionômero de vidro fotoativados . E que o uso do primer nas restaurações de Vitremer, ou de

acido poliacrilico 10% no Fuji 11 LC, não eliminaram a formação de camada híbrida entre a

dentina

e

o material restaurador. Entretanto quando foi usada uma camada de adesivo

dentinário, houve uma diminuição na absorção de flúor. A profundidade maxima de penetração de fluoretos na dentina foi de 300 Mm nas 10 semanas estudadas. Neste estudo

tanto os cimentos de ion8mero de vidro convencionais como os cimentos de ionômero de

vidro resinosos ou fotoativados resistiram ao teste de desenvolvimento de lesões de cal-le

recorrentes nas paredes de dentina (TAB. 4)

TABELA 4

Profundidade de fluor absorvido em Mm na interface de restaurações e dentina em 1 semana e 10

semanas.

Profundidade de Fluor Absorvido (Mm)

Grupos Materiais e Métodos 1 semana 10 semanas

Grupo 1 Chemfil II Express (cimento de iontimero de vidro convencional) 230 300 Grupo 2 Vitremer (cimento de ionómero de vidro fotoativado) 170 300

-primer + material restaurador

Crrupo 3 Fuji II LC (cimento de ionômero de vidro fotoativado) 170 300

-ác. Poliacrilico 10% por 20s i- material restaurador

Grupo 4 Fuji II I,C ( cimento de ionómero de vidro fotoativado) 280 300

-ác. Fosfórico 10% por 15s + prima- + material restaurador

Grupo 5 Fuji II LC (cimento de ionómero de vidro fotoativado) 80 90

Fosfórico 10% por 15s 4 prima I adesivo f material restaurador

(31)

2.3

Atividade Antimicrobiana

WEEHEIJIM et al 56 investigaram clinicamente e bacteriologicamente o efeito do cimento de ionômero de vidro selando cárie de dentina. Os participantes tinham entre 7 e 18 anos com pequenas lesões oclusais de dentina detectáveis clinicamente. Vinte destes dentes foram restaurados e selados com um cimento de ionômero de vidro , Fuji Ionomer Tipo III, e quatro dentes com um selante resinoso , De1ton. De cada molar , duas amostras de dentina foram coletadas assepticamente com um intervalo de tempo de 7 meses. A primeira amostra foi retirada ,após aberta a lesão, abaixo da junção amelo-dentindria antes da aplicação do material restaurador, e a segunda abaixo da restauração removida, sete meses depois. Em todos os dentes, foi encontrado cimento de ionômero de vidro pela microscopia eletrônica. Nenhuma diferença significante foi encontrada em termos de coloração de dentina, dureza , número e tipos de microorganismos.

BENELLI et al 3 observam a quantidade de flúor na placa formada sobre restaurações de cimento de ionômero de vidro e em resina composta, avaliaram o crescimento da microflora cariogênica, absorção de flúor e formação de cárie secundária em condições de alta cariogenicidade. Os participantes usaram em cada fase um aparelho de acrílico intra-oral individual, com 8 blocos pequenos de esmalte restaurados. Quatro blocos foram restaurados com um cimento de ionômero de vidro, Chelon Fil; e os quatro blocos restantes com resina composta, Silux Plus. Durante o período experimental , os voluntários utilizaram dentifrícios sem flúor, não escovaram a parte de esmalte restaurada dos aparelhos, e imergiram-nos em solução de 20% de sacarose 8 vezes ao dia. Níveis de flúor „S'Ireptococirs mulans e

(32)

Lactobacilus foram medidos através da placa acumulada nos blocos. Analise estatística indicaram um significante aumento do nível de fluor

e

baixa formação de placa corn

Streptococus mutans nas restaurações com cimento de ionômero de vidro. Assim como, baixa perda mineral e boa absorção de fluor ao redor das mesmas restaurações. Os resultados mostraram que

o

cimento de ionômero de vidro tem efeito anticariogenico e pode prevenir caries secundárias em condições de alto risco de

cárie.

FISCHMAN, TINANOFF 14, verificaram a liberação de fluor ,de quatro cimento de ionômero de vidro : Shofu, Ketac, Protec, TP, e relacionaram com o efeito antibacteriano. 0 efeito antimicrobiano e o pH da água, dos cimento de ionômero de vidro contra os S.

mutans, S. sobrinus, S. sanguis, e S. viscosus, foi examinado imediatamente após a mistura dos cimentos ,

e

depois dos dias 1, 3 e 7. Os resultados mostraram que a atividade antimicrobiana dos materiais estudados foi maior após os materiais serem misturados. Shofu e TP tiveram maiores zonas de inibição nos S. sanguis e S. viscosus. Com o tempo o efeito antimicrobiano diminuiu significativamente. 0 cimento de ionômero de vidro TP mostrou liberar mais fluor nos 30 dias. Todos as amostras liberaram mais fluor no começo dos 3 períodos. Igualmente a liberação de flúor,, a maior liberação ácida dos cimentos de ioniimero de vidro foi achada imediatamente após a mistura; com o tempo o pH aumentou

No estudo, JARDIM JÚNIOR, PEDRINI 24 analisaram a atividade antimicrobiana de doze produtos empregados como protetores do complexo dentina-polpa ( cimentos de hidróxido de cálcio, fosfato de zinco, óxido de zinco e eugenol, ionômero de vidro e policarboxilato, além de hidróxido de cálcio P.A e hidróxido de cálcio resinoso ). A avaliação "in vitro " foi frente a 5 cepas de Streptococcus mutans e Staphylococcus aureus. Os

(33)

resultados revelaram que os cimentos de

óxido

de zinco e

eugenol

e o

hidróxido

de

cálcio

P.A. mostraram maior atividade antimicrobiana. Os cimentos contendo

Ca(H0) 2

em sua

composição

mostraram moderada atividade antimicrobiana sobre Streptococcus mutans, o

mesmo ocorrendo com o

Durelon.

Os cimento de

ionômero

de vidro

( Shofil.

Lining Cement e

Vidrion F ),

bem como os cimentos fosfato de zinco mostraram pouca atividade

antimicrobiana

quando

comparados aos demais produtos.

FORSS, NASE, SEPPÀ 16

relatam, num estudo in vivo, o efeito do flúor do

cimento de

ionômero

de vidro na placa e

microflora,

e o efeito aumentado

após aplicação

tópica

com flúor. Participaram deste estudo

27

adultos com pelo menos

3 restaurações

de cimento de

ionômero

de vidro

,

feitas a

3

anos aproximadamente. A placa foi coletada dos sítios adjacentes a

restauração

com cimento de

ionômero

de vidro e no dente

contralateral,

após aplicação

de flúor gel

1.2%,

em todos os dentes.

Três

dias depois a placa foi coletada dos mesmos lugares como antes. Saliva estimulada também foi coletada para

verificação.

Os resultados mostraram que nenhum dos pacientes tiveram elevados níveis de flúor na saliva antes ou

3

dias

após

o tratamento com flúor. A

concentração

de flúor foi

0.51 Mg,/mg

proteína em placa no cimento de

ionômero

de vidro e

0.35

Mg/mg proteína na placa do dente

contralateral. Após

a

aplicação

com Nor, as respectivas

concentrações

foram

0.59

Mg/mg e

0.75

Mg/mg.

Não

houve diferença

significante

na

proporção

dos Streptococcus mutans e Lactobacilus na placa dos cimento de

ionômero

de vidro e dos dentes

contralaterais.

SANTOS-PINTO,

ZUANON, CLLENSE 36

aplicaram flúor fosfato acidulado sobre

restaurações

de cimento de

ionômero

de vidro, ocasionando

degradação

severa na maioria das amostras analisadas. Este tipo de flúor contém

Acido fosfórico

na composição, e a

(34)

deterioração do cimento de ionômero de vidro condicionado com este acido

é

um fenômeno

muito rápido, provocando um aumento da rugosidade superficial do cimento,

o

qual se torna

(35)

concent. F-(ppm) 50 40 30 20 lo o VITREBOND • KETAC-FIL O CHEMFiL

2.4 Absorção de

Flúor

HATIBOVIC-KOFMAN, KOCH 20, realizaram dois estudos, in vivo

e

in vitro, investigando a liberação de

flúor

de três ionômeros de vidro: Vitrebond, Ketac Fil,

e

Chem Fill. 0 estudo in vitro observou a capacidade do material absorver Nor. Foram preparadas 5 amostras de cada material

e

colocadas em agua desionizada, a liberação de

flúor

dos materiais, foi medida 24 horas após os espécimes serem restaurados,

e

durante todas as semanas durante 10 semanas. No começo da 12' semana os espécimes foram imersos em solução de

água

destilada com pasta de dente. Os autores observaram que durante as primeiras 3 semanas após a exposição com pasta, a concentração de

flúor

foi alta, diminuindo gradativamente, demonstrando que

o

cimento de ion6mero de vidro tem a capacidade de se recarregar com

flúor e

liberar lentamente. (TAB. 5)

TABELA 5

Concentracdo de fluor nos diferentes tempos em agua destilada em que os espécimes de cimento

de ionômero de vidro foram imersos.

24h 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Exposic -do ao flúor do dentifrício

(36)

FORSTEN 17 avaliou a liberação de flúor após 7 e 15 meses dos espécimes, terem sido restaurados com cimento de ionômero de vidro e após terem recebido tratamento com flúor, comparou a liberação de flúor do material imaturo e com endurecimento completado, e observou espécimes estocados por 29 meses. Nos testes de absorção de flúor foram usados os cimentos de ionômero de vidro, Ketac-Fil, Ketac-Silver, Fuji Cap II, Chemfil II, e uma resina composta, Heliomolar. Depois de 7 meses, dois espécimes de cada material foram submetidos a uma solução tamponada de flúor com 50 ppm, por uma semana. A liberação de flúor contida na água desionizada foi mensurada durante uma semana. Oito meses depois, as duas amostras tratadas com flúor foram novamente submetidas à solução fluoretada por 24 horas e avaliadas por uma semana. Os resultados mostraram que dois cimentos convencionais, o Ketac Fil E Ketac Silver, tratados com flúor, liberaram 2 vezes mais flúor que o espécime controle. A quantidade de flúor liberado após 8 meses tinha diminuído em 50%, entretanto quando as amostras foram submetidas novamente 6. solução fluoretada, estas dobraram sua liberação.

TAKAHASHI, EMILSON, BIRKHED 46 examinaram as liberações de flúor de vários cimento de ionômero de vidro antes e após exposição de soluções de NaF. As amostras foram imersas em água destilada, e em diferentes soluções de NaF (0,02%, 0,2%,2% ) por 5 min e analisadas no 10 dia após, 1, 2,3 4 5 semanas . 0 resultado após exposição ao NaF, mostrou que mais flúor foi liberado após a exposição ao NaF 2% que 0,2 e 0,02%. Não houve muita diferença entre aos duas últimas soluções e a água controle. Nos diferentes materiais, a liberação de flúor foi maior durante a primeira semana após o tratamento, depois foi diminuindo suavemente. Nos espécimes expostos a 2% de NaF, 39% da quantidade de flúor total liberado nas semanas seguintes foi no primeiro dia, sendo que 56% foi na primeira

(37)

1 2 3 4 $ 6 7 8 9 ao Full Lining LC 4_. 3.-. I -. r 1 2 3 •

j

• agua (controle) N 2% NaF GP 0.2% NaF El 0.02% NaF 2 - Pasma AP.I1 1- o C C Vitrebond

1111f, -ff1vi

$ 1 2 3 1 2 3 4 5 6 7 V 9 10 1 2 3 4 S 6 7 11 9 10 L iberag Ao de F lúor ( mm o Ul. ) 2 - Halomolar

semana. Após exposição, a quantidade foi diferente entre os materiais. A maior liberação na 6' semana foi do Ketac-Silver, seguido por Fuji II, Fuji II LC e Fuji Lining LC e do Vitrebond. A análise, mostrou que após exposição, a liberação foi significantemente afetada por todos os materiais. A liberação após exposição de flúor nas resinas foi muito pouca comparada com os cimentos de ionômero de vidro . ( TAB. 6)

TABELA 6

Quantidade de flúor liberado de cada material durante 5 semanas antes e depois da exposição em diferentes soluções de Na1 7 .

o O 1 I I II 1

1 3 3 4 $ 6 7 8 9 10 I 2 3 4 5 6 7 II 9 IS

(38)

SEPPÀ, FORSS, (pGGARD 39 confirmam que cimento de ionômero de vidro recém misturado pode alterar

o

metabolismo do Streptococcus mutans in vitro. 0 efeito inibidor desaparece em 2 semanas para ambos materiais testados, Ketac-Fil

e

Ketac-Silver, provavelmente devido a rápida diminuição na liberação de fluor. Aplicação de pasta de dente no material resultou num pequeno aumento na liberação de fluor

e

insignificante efeito sobre as bactérias. Após aplicação de fluor gel 1,25%, entretanto, a liberação de fluor foi maior que inicialmente,

e

significante inibição bacteriana. Os resultados sugerem que os cimentos de ionômero de vidro podem reter grandes quantidades de fluor gel

e subsequentemente

liberá-lo.

Parte do fluor do tratamento com gel provavelmente originou do gel residual da superficie do material.

GARCIA-GODOY, PEREZ 19 mostraram que

o

fluor fosfato acidulado 1.23% aumenta a rugosidade dos cimentos que pode se tornar uma

área

de colonização de

Streptococcus mutans. 0 efeito do ataque ácido no cimento de ionômero de vidro não foi observado quando

o

fluor gel neutro foi usado. Outra consideração que os autores fazem

é

que

o

cimento de ionômero de vidro pode clinicamente incorporar fluor dentro da matriz de fontes externas. No estudo in vitro usando água destilada ou saliva artificial ,

o

cimento de ionômero de vidro liberou fluor por mais de 3 anos. Na cavidade oral ,

o

cimento de ionômero de vidro pode recarregar seu conteúdo de fluor quando exposto a produtos fluoretados como

dentifrícios,

colutórios

e

tratamento com fluor gel. Isto dará mais resistência ao esmalte ao redor do dente restaurado com cimento de ionômero de vidro . 0 estudo mostra que

é

providente aplicar uma resina fluida sobre

o

cimento de ionômero de vidro fotoativado quando um tratamento com fluor fosfato acidulado por usado para evitar a ação de erosão no cimento ou

então

usar

o

fluor

neutro.

(39)

CREANOR et al 8 analisaram in vitro, a liberação de fluor de cimentos de ionômero de vidro após as amostras terem sido submetidas a solução de 1000 ppmF , por 2 min durante 20 dias. Os controles foram expostos a água desionizada com 0,007 ppmF. A retenção e liberação do flúor foi avaliada nas primeiras 2,4,6,8 e 24h . Os controles liberaram pequenas concentrações de fluor variando de 1.29 a 5.94 no primeiro dia, caindo para valores entre 0.26 a 1.73 no dia 20. As amostras de teste expostas a 1000 ppmf de solução, liberaram consistentemente mais ions de fluor do que as de controle em todos os tempos desde o primeiro até o 20 dia. Os valores medidos no 1° dia variaram de 3.29 a 7.3 , subindo a valores entre 8.69 a 10.34 no 20° dia. Ketac Fil liberou significantemente mais fluor que o Chemfil Superior, Fuji II LC e Aquacem . Vitrebond liberou mais fluor que o Aquacem. Para todos os cinco materiais a maior parte do fluor foi liberado foi nas primeiras 2 horas, variando de 1.83 pelo Vitrebond a 2.31 pelo Ketac Fil. Os resultados deste estudo mostraram que todos os materiais testados foram capazes de reter e subseqüentemente liberar fluor. Esta retenção resultou uma liberação de mais de 43 vezes, comparada com o controle.

SEPPÀ 38 demostrou que durante desafios ácidos o fluor liberado pelo cimento de ionômero de vidro fresco, antes de seu endurecimento final, previne a desmineralização do esmalte. Este efeito diminui muito após 4 semanas, mas é restabelecido se o material for tratado com flúor. Ambos os cimentos testados, ionômero convencional e fotopolimerizável, foram capazes de absorver flúor e liberar. Entretanto neste estudo, houve diferenças entre os dois materiais. A quantidade de flúor liberada pelo cimento ionomérico convencional, mostrou diminuir mais rapidamente após presa inicial e aplicação de fluor. Isto refletiu-se no esmalte desmineralizado. 0 Fuji II LC (fotopolimerizavel), ainda continuava com algum

(40)

efeito inibidor de cárie, após os dois períodos . Entretanto não houve diferença significante na absorção de flúor dos materiais testados.

THE VADASS et al 48 estudaram um cimento de ionômero de vidro tipo II para restauração ativado pela água (Opusfil W), misturando-o com soluções de fluoreto de sódio, em diferentes concentrações (0%, 2%, e 4%). A concentração de fluor das soluções foram mensuradas nos dias 1 0, 7, 14, 28, 42, 56, 70, e 80 dias. As soluções misturadas liberaram significantemente mais que a controle, entretanto não houve significante diferença na resistência a compressão. Todos os materiais foram se tornando progressivamente mais fortes com o tempo de estocagem. A mistura com 4% de solução de NaF aumentou a liberação de flúor inicial do cimento de ionômero de vidro sem afetar seriamente suas propriedades Li sicas.

(41)

3 DISCUSSÃO

BAPNA,

MUELLER 2, CARVALHO et al 5,

CREANOR

et al 8,

DESCHEPPER

et al

", FORSTEN 17

,

HATIBOVIC-KOFMAN,

KOCH 2°

,

SWARTZ et al 43, TAKAHASHI,

EMILSON, BIRICHED 46

,

'VERBEECK 55

concordam que a

liberação

de

flúor

de todos os

tipos de cimento de

ionômero

de vidro pode ser caracterizada por uma

explosão

inicial de

tluoretos

principalmente na primeira hora, declinando dentro de

24

a

48

horas e

permanecendo estável

A maior liberação observada nos períodos iniciais

após

a mistura, pode ser

explicada

pelo fato de que a

reação

de presa dos cimentos

ionoméricos

se processam de

maneira gradual dentro de um tempo de aproximadamente

24

horas, nesse período, a movimentação

iônica

na massa é grande, facilitando a

liberação

de elementos

ionicamente

ativos, entre os quais o flúor. Em seguida,

aconteceria

um processo de

difusão,

em que uma pequena quantidade de flúor continua a ser liberada, declinando com o tempo. CARVALHO et al 5 ,

HORSTED-BINDSLEV,

LARSEN 23

A liberação de ions flúor é um

fenômeno

essencial na manutenção de um pH baixo durante a fase de presa inicial dos cimentos de

ionômero

de vidro, para uma melhorar a qualidade coesiva e adesiva desses materiais. Deste modo também, alta liberação de flúor, durante o baixo pH

expõe

a

superficie dentiniria,

contribuindo para as zonas de inibição bacterianas que

são

criadas. SOUTO,

DONLY 42

Acredita-se que a queda da

liberação

de flúor esteja relacionada com o aumento do pH devido a estabilidade na

reação

de presa do cimento.

BAPNA,

MUELLER 2

(42)

O padrão de liberação é bastante heterogêneo entre os cimentos de ion8mero de vidro , a razão disto pode estar nas diferentes quantidades de fluoretos contidas nos materiais bem como os diferentes tempos de presa . CARVALHO et al 5 0 mecanismo da liberação de fluor é por dissolução gradual do fluor contido nas partículas de vidro. WHITE 58 Sendo assim, alguns estudos acreditam que quanto maior a quantidade de fluor na formulação do cimento de ionômero de vidro, maior será a liberação deste. C1REANOR et al 8,

DESCHEPPER et al 11 , PERRIN, PERSIN, SARRAZIN 34 0 fluor contido no pó pode variar de 5,3 a 15,6%. KOMATSU et al 27 Entretanto, diminuindo a proporção pó/liquido foi encontrada maior liberação de fluor. A explicação é que numa mistura mais fluida, mais partículas de vidro serão atacadas pelo ácido poliacrilico e mais ions fluor são envolvidos na matriz. PERRIN, PERSIN, SARRAZIN 34, SWIFT JR 44, TAKAHASHI, EMILSON,

BIRKHED 46 Outras variáveis podem aumentar a liberação de fluor como: mistura rápida, e alta temperatura. É interessante avaliar se modificações na proporção pó/liquido, mistura rápida e alta temperatura são aceitáveis clinicamente. Não seria interessante perder as propriedades fisicas, por uma maior liberação de fluor. HORSTED-BINDSLEV, LARSEN 23,

PERRIN, PERSIN, SARRAZIN 34, SWIFT JR 44, TAKAHASHI, EMILSON, BIRKHED 46

Entre os achados de CARVALHO et al 4 , DESCHEPPER et al 11 , FORSTEN 17,

18, HATEBOVIC-KOFMAN, KOCH 20, HORSTED-BINDSLEV, LARSEN 23, PERRIN,

PERSIN, SARRAZIN 34, TAKAHASHI, EMILSON, BIRKHED 46, TAM, CHAN,

yrm 47

,

foi encontrada uma significativa variação de fluor liberado nos diferentes tipos dos cimentos de ionômero de vidro testados. Avaliando a liberação de fluor dos cimentos de ionômero de vidro é observada a ausência de uma metodologia padrão que permita comparações

(43)

quantitativas entre os diversos estudos. Somente análises qualitativas devem ser consideradas. CARVALHO et al 5

Quando o total cumulativo foi considerado , os cimentos de ionômero de vidro forradores liberaram significantemente mais fluor que os cimentos de ionômero de vidro restauradores. CREANOR et al 8, FORSTEN 17, TAKAHASHI, EMILSON, BIRKHED 4`'

A possível explicação para esta diferença deve ser devido a baixa proporção pó/liquido dos forradores com o fim de obter uma adequada viscosidade para seu uso clinico, ao passo que os cimentos de ionômero de vidro usados para restauração requerem uma consistência mais espessa, com uma proporção pó/liquido maior. TAKAHASHI, EMILSON, BIRKHED 46

Alguns autores observaram que os cimentos de ionômero de vidro reforçados com prata , liberaram significantemente menos fluor comparado com os outros ionômeros convencionais. DESCHEPPER et al 11 , HORSTED-BINDSLEV, LARSEN 23, SWIFT JR 44

Entretanto não houve diferença na liberação de fluor entre o "mistura milagrosa" e o cimento de ionômero de vidro convencional Fuji II, embora o pó/liquido destes cimentos sejam os mesmos. Os resultados indicaram que a adição de prata no pó não reduziu a capacidade de liberar fluor nestes cimentos. A nova formulação GC H liberou significantemente menos fluor que o original Fuji II, embora conteúdo de fluor seja idêntico. A reduzida dissolução do GC Fuji II pode ser a resposta para a diferença na liberação de fluor deste cimento. HORSTED-BINDSLEV, LARSEN 23

Comparando a liberação de fluor dos cimentos de ionômero de vidro com resinas compostas, estas mostraram pouca capacidade de liberar e absorver fluor. FORSTEN 18,

(44)

TAKAHASHI, EMILSON, BIRKHED 46 Uma interessante observação realizada por

TAKAHASHI, EMILSON, BIRKHED 46, foi que o Heliomolar, uma resina composta com

flúor na composição, não reteve mais flúor após exposição . Prisma APH , não contendo flúor mostrou certa absorção e liberação na primeira semana após exposição. A liberação de flúor das resinas compostas , não tem inibição de cárie, e exibem minima diminuição de pH SOUTO, DONLY 42 Os compômeros revelaram um comportamento mais similar às resinas

com relação a liberação de flúor. FORSTEN 18

Verificando a liberação de flúor de onze cimentos ionoméricos, KOMATSU et al

27, não encontraram correlação entre o flúor contido no pó dos cimentos de ionômero de vidro

e a quantidade de flúor liberado nos materiais testados. 0 flúor contido no pó dos cimentos de ionômero de vidro pode não ser o maior fator que afete a liberação de flúor destes cimentos.

0 processo de proporcionamento e/ou mistura dos constituintes dos cimentos de ionemero de vidro contribuem para a variabilidade da liberação de flúor, indiferente dos sistemas considerados. 0 sistema encapsulado resultou de um ganho da liberação de flúor com concomitante aumento da variação quando comparado com o manualmente misturado. VERBEECK et al 55 Foi encontrado alta liberação de flúor variando o tempo de mistura

sugerido pelo fabricante. Basicamente estes materiais tem a mesma composição e a mesma quantidade de flúor no p6. A diferença é que o Ketac-Silver é encapsulado e mecanicamente misturado enquanto que o Chelon é individualmente proporcionado e manualmente misturado. 0 fabricante recomenda um tempo de 45 s de mistura para o Chelon-Silver enquanto o tempo recomendado para o Ketac-Silver é de 10 s. SWIFT JR 44 Os materiais

(45)

encapsulados são superiores aos manualmente misturados com relação a quantidade inicial de flúor liberado HORSTED-BINDSLEV, LARSEN 23, MILLER et al 3°, VERBEECK et al 55

Entre os diferentes tipos de cimentos de ionômero de vidro são encontradas liberações de flúor variadas. Os cimentos convencionais e fotoativados liberam mais flúor que os reforçados com prata. FORSS 15, FORTEN 18 , TAKAHASHI, EMILSON, BIRKHED 46 Outros estudos acreditam que os cimentos fotoativados liberam mais flúor que os convencionais. CREANOR et al 8 , FORSS 15 Mesmo assim, os cimentos de ionômero de vidro fotoativados apresentam o mesmo padrão de liberação que os convencionais e são também susceptíveis à erosão . FORSS 15 Para FORSTEN 18 , MOUNT 31 os cimentos fotoativados são mais resistentes a dissolução que os convencionais.

Entre os cimentos reforçados com prata. Alguns estudos revelam que o Miracle Mix libera mais flúor. DESCHEPPER et al 11, HORSTED-BINDSLEV, LARSEN 23 As partículas de liga do cimento Ketac Silver são fortemente unidas ao vidro

e

juntam-se quimicamente a matriz do cimento, assim a saliva não penetra entre as partículas da liga, e isso, pode explicar porque a quantidade liberada por esse material foi menor que a liberada pelo Miracle Mix. DESCHEPPER et al 11 , HORSTED-BINDSLEV, LARSEN 23

Dissolução e desintegração dos cimento de ionômero de vidro tem sido mostrados in vitro e in vivo. Se a liberação de flúor indica e ou é parte da dissolução e desintegração da restauração de cimento de ionômero de vidro, uma alta liberação pode não ser tão desejável assim. Portanto , isto abre uma discussão sobre a importância no efeito preventivo destes cimentos HORSTED-BINDSLEV, LARSEN 23 Para FORSTEN 17 o efeito anti-cariogênico

(46)

do cimento de ionômero de vidro depende da quantidade de fluor liberado , porém o mais importante é a continuidade desta liberação. A liberação constante é essencial na diminuição da cárie secundária, inibindo o metabolismo bacteriano e ativando a remineralização.

Os principais fatores que controlam a estabilidade da apatita do esmalte são

o

pH

e

as concentrações ativas livres de cálcio, fosfato e fluor em solução. No mecanismo de ação do fluor o fornecimento diário de fluor é necessário para manter uma concentração significante na saliva e no fluido da placa controlando a dissolução do esmalte. A integridade fisico-quimica do esmalte do dente dentro do ambiente oral depende totalmente da composição e do comportamento químico dos fluidos adjacentes. HORSTED-BINDSLEV 22, THYLSTRUP , FEJERSKOV 49

Quimicamente 1 ppm de fluor no meio aquoso tem mostrado reduzir a dissolução do esmalte em um quinto ou mais quando comparado com uma solução sem fluor. 0 fluor exerce um efeito predominante , interferindo nos processos dinâmicos de desmineralização e remineralização que ocorrem na cavidade bucal. THYLSTRUP , FEJERSKOV 49, THYLSTRUP , FEJERSKOV 5° Assim 1-3 ppm de solução fluoretada parece suficiente para um considerável efeito preventivo. HORSTED-BINDSLEV, LARSEN 23 Estudos "in vivo" e "in vitro" tem mostrado que fluor liberado de alguns materiais restauradores, é retido nos arredores do esmalte, dentina, cemento e saliva . BENELLI et al 3, SKARTVEIT et al 41, WESENBERG, HALS 57

Logo após a inserção de uma restauração com cimento de ionômero de vidro , a concentração de fluor geralmente é maior que 5 ppm, na solução adjacente à restauração

Referências

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