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MONITORAMENTO DOS INDICADORES DAS MPEs DA INDÚSTRIA DO ESTADO DO MARANHÃO. Desempenho da indústria nos últimos meses comprometerá resultado do 4º tri

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Boletim Indústria

Ed. nº 08 — Janeiro/15

MONITORAMENTO DOS INDICADORES DAS MPEs DA

INDÚSTRIA DO ESTADO DO MARANHÃO

Desempenho

da

indústria

nos

últimos

meses

comprometerá resultado do 4º tri

Na passagem de outubro para novembro, a produção física industrial no plano nacional registrou queda de 0,7% (incluindo os ajustes sazonais), após ter ficado estável no mês anterior. Esses foram os dados revelados pela Pesquisa Industrial Mensal do IBGE. Tanto a Indústria de transformação (-1,22%) quanto a Indústria Extrativa (-0,67%) registraram queda em relação ao mês anterior, sendo que dentro da primeira, os segmentos Fabricação de equipamentos de informática, Produtos eletrônicos e ópticos e Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos registraram os maiores recuos. Na segunda, nota-se um relativo desaquecimento da atividade, após dois meses de estabilidade e, no último mês, o maior recuo desde fevereiro de 2014.

Brasil: Evolução da Produção Física Industrial, entre Nov/06 e Nov/14 (mês ou média de 2012= 100) Fonte: IBGE 70,0 75,0 80,0 85,0 90,0 95,0 100,0 105,0 110,0

Indústria geral Indústria extrativa Indústria de transformação

O recuo na produção física da indústria geral surpreendeu os analistas, que esperavam aumento da produção no referido mês. Na Indústria de Transformação, que detém maior peso da Indústria Geral, nove dos 25 segmentos pesquisados registraram queda. Os demais registraram um tímido aumento em relação ao mês anterior, mas não conseguiram reverter à tendência de queda do indicador. A indústria Extrativa interrompeu a série de expansão no curto prazo, apesar de ser a única a registrar crescimento ao longo do ano.

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Boletim Indústria

Ed. nº 08 — Janeiro/15

No acumulado de 2014 (janeiro a novembro) contra o mesmo

período do ano anterior, a Indústria de Transformação foi o único segmento responsável pela deterioração da produção industrial no país. Fazendo-se a abertura pelas Categorias de Uso, identifica-se queda na produção de todas elas, exceto Bens de consumo duráveis, que ficou estável no período. Os recuos mais acentuados ficaram por conta da produção de Bens de consumo duráveis (-8,9%) e da produção de Bens de capital (-8,4%). A primeira reflete a queda na produção de automóveis e veículos leves, dada a expressiva contração das exportações para o principal comprador do Brasil - a Argentina, mesmo diante de uma taxa de câmbio que favorece o setor. O mau desempenho do segmento Bens de capital decorreu da redução da produção de veículos de transporte industrial, em especial caminhões e equipamentos agrícolas.

O Boletim Focus de (26/12/14), levantamento do Banco Central com analistas de mercado, aponta uma queda de 2,49% na produção física industrial em 2014, levando em consideração o andamento do nível de confiança dos industriais e a alta observada nos estoques nos segmentos assinalados.

ICEI revela pessimismo do empresariado tanto na indústria geral quanto nas MPEs

Na perspectiva dos empresários, enquanto no mês de dezembro de 2014 a atividade industrial mostrou relativa melhora; no mês de janeiro, os empresários mostraram-se mais reticentes, sinalizando uma possível queda na produção industrial. O Índice de Confiança do Empresário Industrial – ICEI, calculado pela CNI, revela um cenário de ampliação do pessimismo quanto à performance da indústria geral, sendo que o indicador se encontra abaixo de 50 pontos há 10 meses, com aprofundamento da queda em janeiro, tendo variado de 53,1 pontos (jan/14) para 44,4 pontos (jan/15). Para as MPEs, o cenário é tampouco melhor.

O ICEI-MPE recuou 1,8% em relação ao mês anterior, mesmo após ter registrado queda em dezembro último. Ao longo de 2014, verificou-se deterioração nas expectativas (saiu de 52,8 pontos para 44,4 pontos) sobre o desempenho das MPEs industriais, começando o ano de 2015 em um patamar bastante preocupante (43,6 pontos).

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Brasil: ICEI - Índice de Confiança do Empresário Industrial na Indústria Geral e nas MPEs - Jan/13 a Jan/15

Fonte: CNI – Índice de Confiança do Empresário Industrial

Confiança do empresário industrial maranhense entra pela primeira vez no patamar pessimista

Se até novembro o pessimismo do empresário industrial se restringia ao plano nacional, em dezembro os empresários industriais maranhenses adentraram no campo das avaliações pessimistas. De acordo com os dados da FIEMA, o índice de confiança do empresário maranhense ficou abaixo de 50 pontos pela primeira vez desde o início das pesquisas, em (fev/2010). O ICEI da indústria geral recuou 6,2%, influenciado pela queda no índice de confiança da Construção civil e da Indústria extrativa.

O pessimismo quanto à atividade desta última mostra a fraca atividade das principais indústrias extrativas do Estado (Vale e Alumar), diante da queda na cotação das principais commodities exportadas. Já na Construção civil, o reflexo advém da piora da dinâmica dos Serviços especializados para construção e da Construção de edifícios, com impactos negativos sobre as contratações formais líquidas no estado.

-10,0 -5,0 0,0 5,0 10,0

ICEI ICEI - MPE

PESSIMISTA OTIMISTA 50 55 60 45 40

O gráfico ao lado mostra o agravamento do pessimismo dos empresários industriais ao longo de 2014. As condições atuais da economia, de baixo crescimento e de fraca absorção doméstica, aparecem como as principais causas para esse comportamento.

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Boletim Indústria

Ed. nº 08 — Janeiro/15

No que diz respeito às MPEs, apesar do ICEI ter continuado no patamar otimista, tendo variado de 54,7 pontos para 51,1 pontos, a confiança desses industriais entrou em desaceleração desde dezembro de 2013, quando resgistrava o patamar de 66,0 pontos. A retração das atividades da Construção civil foi o principal fator indutor da deterioração da confiança das MPEs. Contribuem para isso, o agravamento das condições macroeconômicas brasileiras e o fraco nível de atividades do Estado do Maranhão.

Maranhão: Evolução do ICEI na Indústria Geral e nas MPEs, entre Dez/10 e Dez/14

Fonte: FIEMA

Indústria Maranhense apresenta queda de empregos formais em novembro de 2014.

A Indústria Maranhense, que já passava por uma desaceleração nas contratações líquidas desde o começo do ano de 2014, intensificou destruição líquida de empregos formais no mês de novembro, logo após o encerramento do período eleitoral, sendo mais expressivos nos setores da Construção civil (-2.204) e na Indústria de transformação (-146). 45,0 50,0 55,0 60,0 65,0 70,0 75,0 Geral MPEs Otimista Pessimista

Apesar de ainda permanecer no terreno otimista, o gráfico mostra a contínua queda de confiança dos empresários das MPEs, refletindo o cenário de desaquecimento da economia. Com a provável continuidade do cenário de retração do nível de atividades no Estado, os micro e pequenos empresários industriais do Maranhão deverão passar para o terreno pessimista nas avaliações nos próximos meses.

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Ed. nº 08 — Janeiro/15

Maranhão: Movimentação líquida de empregos formais, por porte da empresa – Janeiro a novembro de 2013 e 2014

Fonte: CAGED (MTE)

Em novembro de 2014, a Indústria Maranhense continua apresentando retração no emprego industrial: foram 913 demissões líquidas na Indústria da Transformação e 2.867 na Construção Civil. Na primeira, a atividade de Indústria Química foi responsável por 760 desligamentos e, na segunda devem-se as atividades de Construção de edifícios e Serviços especializados para a construção que, após obras eleitorais, demitiram 909 e 487 empregos formais, respectivamente.

Total MPE Total MPE Total MPE Total MPE Extrativa Mineral 59 29 -86 145 -80 -11 -157 -41 Indústria de Transformação 1.306 1.258 -146 646 173 169 -913 -2 Minerais nao metálicos 578 640 -38 64 102 54 -95 -32

Metalúrgica -115 -20 -343 109 -40 -19 6 13

Mecânica -554 34 -594 -38 -26 4 -10 3

Material elétrico 17 -4 194 210 64 64 3 3

Material de transporte -43 9 -35 4 18 5 -11 -5 Madeira e do mobiliário 100 105 115 141 24 20 10 33 Papel, editorial e gráfica 199 -16 19 30 -6 7 -7 -1 Ind. diversas (fumo, etc) -34 56 107 12 1 -3 1 5

Química 715 67 169 45 -62 19 -760 -25 Têxtil -2 -2 39 39 25 25 -6 -6 Calçados 6 6 -8 -8 -1 -1 0 0 Alimenticios, bebidas 439 383 229 38 74 -6 -44 10 S.I.U.P. 482 97 -857 17 -62 -59 -94 -34 Construção Civil 3.841 11.170 -2.204 2.154 -2.756 460 -2.867 -373 Total 5.688 12.554 -3.293 2.962 -2.725 559 -4.031 -450 nov/14 Setores da Indústria

Janeiro a novembro Mensal

2013 2014 out/14

No acumulado de 2014, a Indústria de transformação teve o resultado negativo (-143) puxado pelos segmentos de Metalurgia (-343) e Mecânica (-594) que demitiram fortemente no primeiro semestre do ano. Em contraponto, observa-se, na tabela ao lado, três subsetores que vêm ampliando as contratações líquidas nos últimos meses, com predomínio nas MPEs. São eles: Material elétrico (+210), Madeira e Imobiliário (+141) e Metalúrgica (+109).

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Boletim Indústria

Ed. nº 08 — Janeiro/15

Atividade de Construção de Edifícios retrai expressivamente em Novembro

Maranhão: Variação líquida de empregos formais, por porte da empresa – Outubro-novembro de 2014

Fonte: CAGED (MTE)

Indústria de Alimentos e Bebidas é destaque na UR de Açailândia

URs do Maranhão: Variação líquida de empregos formais, por porte da empresa – janeiro a novembro 2014.

Fonte: CAGED (MTE)

111 -206 204 210 8 -37 -52 -263 111 487 204 173 -826 -199 464 -212 -1.200 -800 -400 0 400 800 UR Balsas/Min. nao… UR Imperatriz/Mecânica UR São Luís/Mecânica UR São Luís/Materiais… UR Caxias/ Quimica UR Imperatriz/Quimica UR…

UR Imperatriz/Min. nao… MPE Total

Em relação à dinâmica das Unidades Regionais do Maranhão, ainda no acumulado do ano, observa-se no gráfico ao lado a origem das contratações e demissões líquidas de empregos formais da Indústria da Transformação, citadas anteriormente. O bom desempenho da Indústria de alimentos e bebidas foi registrado na UR de Açailândia (+464) no total das empresas. Já nas MPEs, os segmentos de Material elétrico e Mecânica criaram na UR de São Luís 210 e 204 empregos celetistas. Quanto às demissões líquidas, foram mais significativas nas atividades indústrias de Química na UR de Caxias (-826) e Minerais não metálicos na UR de Imperatriz (-212).

Entre outubro e novembro, as atividades da Construção civil registraram queda no emprego formal, sendo mais expressiva a retração no grupamento de atividade Construção de Edifícios, tanto no total das empresas (-909) quanto nas MPEs (-609). Em contraponto, Obras de infraestrutura foi a única atividade a registrar contratações líquidas, com 1.260 empregos de carteira assinada. -909 1.260 -487 -609 -126 -123 -4.500 -3.000 -1.500 0 1.500 Construção de Edifícios Obras de Infra-Estrutura Serviços especializados para

Construção

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Boletim Indústria

Ed. nº 08 — Janeiro/15

A atividade Obras de alvenaria foi a que mais estimulou o registro de novos Microempreendedores Individuais - MEI nos últimos meses

Maranhão: Variação do Total de Empresas Optantes pelo MEI – novembro a dezembro 2014, e dezembro de 2014 a janeiro de 2015

Fonte: Receita Federal (SIMEI)

Construção Civil lidera na criação de MPEs no período de 2010 a 2013

No que tange à estrutura empresarial, com os novos dados da RAIS 2013, observou-se que houve aumento da participação da Construção Civil nos setores da Indústria maranhense, saindo de 46,7% em 2010 a 47,4% em 2013, criando 469 novas empresas nesse período. Já a Indústria da Transformação representa 46,7% em 2013, uma participação inferior quando comparada a de 2010 (47,8%).

4 12 6 23 31 7 13 4 22 20 0 20 40 60 Confecção, peças do vestuário

Fabricação de artigos de serralheria Fabricação de móveis Inst. e man. elétrica (Construção) Obras de alvenaria (Construção)

(nov - dez/14) (dez/14 - jan/15)

Quanto ao número de MEI no setor da Indústria, observa-se que foi mais representativo nas atividades da Construção, especificamente no segmento de Obras de alvenaria, o qual registrou a criação de 51 empresas nos últimos meses. No entanto, de dezembro a janeiro a atividade de Instalação e manutenção elétrica apresentou maior número de MEI com 22 novas empresas.

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Boletim Indústria

Ed. nº 08 — Janeiro/15

Fonte: RAIS (MTE)

Nota Metodológica:

Apesar de este Boletim fazer referência ao acumulado de janeiro a novembro, existem dados para os meses de dezembro e janeiro, ficando distribuído da seguinte forma:

Novembro: Pesquisa Industrial Mensal (PIM) e Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED);

Dezembro: Índice de Confiança do Empresário Industrial Maranhense;

Janeiro: Índice de Confiança do Empresário Industrial Maranhense Brasileiro.

2010 2013 Var abs 2010 2013 Var abs

Total 3.605 4.540 935 3.813 4.753 940 Construção Civil 1.682 2.151 469 1.822 2.294 472 Industria da Transformação 1.722 2.118 396 1.777 2.177 400 S.I.U.P. 135 188 53 147 197 50 Extrativa Mineral 66 83 17 67 85 18 Setores da Indústria Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Construção Civil 46,7 47,4 50,2 47,8 48,3 50,2 Industria da Transformação 47,8 46,7 42,4 46,6 45,8 42,6 S.I.U.P. 3,7 4,1 5,7 3,9 4,1 5,3 Extrativa Mineral 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,9 Participação (%)

Estrutura Empresarial

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