• Nenhum resultado encontrado

PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

1

Ano Lectivo

2010/11

Psicologia do Desporto e do Exercício

P

ROGRAMA

U

NIDADE

C

URRICULAR

(2)

Nome da Unidade Curricular

Psicologia Clínica e da Saúde

Regente

Nome: joanasequeira@esdrm.pt

Docentes

Nome: anabelav@esdrm.pt joanasequeira@esdrm.pt

Outros Docentes | Convidados | Workshops

Número de Créditos ECTS e Tempo de Trabalho dos Alunos

Tempo Total de Trabalho dos Alunos (Horas) 125H Teóricas (T) Teórico-Práticas (TP) Práticas Laboratoriais (PL) Trabalho Campo (TC) Seminário (S) Estágio (E) Orientação Tutorial (OT) Outras (O) ECTS 30H 30H 5H 5H 5

(3)

Âmbito

A U. C. “Psicologia Clínica e da Saúde”, inserida na Licenciatura em Psicologia do Desporto e do Exercício, pressupõe a reflexão sobre os campos da aplicação dos modelos e metodologias da Psicologia aos campos da saúde e da doença, assumindo a relevância dos sistemas sociais nos quais o indivíduo participa, com os quais evolui ao longo do seu desenvolvimento e que colaboram na organização de estados da saúde e de doença mental e psíquica.

No início da década de 50 observa-se, no domínio da saúde mental, uma mudança na forma como é entendido o “adoecer psíquico”, equacionando-se como factores fundamentais da compreensão do significado da saúde e da doença, prevenção e tratamento do sujeito a visão dos sistemas nos quais este está inserido. A família surge assim como o sistema primário do desenvolvimento individual procurando-se, através da sua análise, conhecer e compreender o contexto no qual a doença se manifesta, os contornos relacionais que imprime no sistema familiar, no sistema indivíduo, procurando-se, em simultâneo, as estratégias de intervenção sobre o sistema relacional família – indivíduo – sintoma.

A saúde é entendida como um processo de construção a múltiplos níveis, que engloba as dimensões intra e inter-psíquicas do sujeito, na forma como este constrói a sua realidade. Nesta construção, assume-se que os sistemas com os quais interage ao longo do seu desenvolvimento e com os quais co-evolui assumem um papel fundamental, colaborando na integração saudável do sujeito aos níveis social e individual, justificando que o processo de saúde envolva uma articulação saudável entre sujeito, família e sistemas sociais significativos, determinando a seu funcionamento psíquico, social e físico. Esta articulação permitirá que o sujeito cumpra com as suas finalidades desenvolvimentais, perspectivadas numa perspectiva ecológica quer no que respeita aos seus aspectos individuais, quer no que toca à sua integração no tecido relacional que o enquadra. Neste sentido, e ainda na concepção de saúde preconizada, assume-se que esta está directamente associada à capacidade do sujeito e seus sistemas utilizarem os seus recursos sabendo colocá-los à disposição das tarefas associadas ao seu desenvolvimento quer elas assumam um carácter normativo, conotando-se como crises normativas, quer estas assumam um carácter acidental, crises acidentais. Assim, a saúde, espelha não apenas a capacidade de criar contextos de evolução integrada do sujeito ao longo do seu percurso desenvolvimental como, também, pressupõe a resolução de situações de potencial disfunção envolvendo e activando de forma competente recursos e competências do sujeito e seus sistemas relacionais.

A doença, segundo o enfoque sistémico, pode entender-se como o resultado de um conjunto de factores cumulativos, complexos, que surgem face à dificuldade, num dado contexto,

(4)

bloqueado, encerrado no seu funcionamento redundante, não catalisando, assim, as transformações necessárias para fazer face às exigências internas e externas.

A aceitação da dimensão multi-causal e complexa da “doença” conduz ao desenvolvimento de abordagens direccionadas não apenas ao sujeito, incluindo também todos os sistemas significativos que colaboram no processo de crescimento do indivíduo e da família - no seu desenvolvimento adaptativo -, e nas situações de disfunção - na organização do sintoma. É assim imperativo o estudo da evolução da família na relação com os sistemas com os quais co-evolui como, por exemplo, o sistema escola, o sistema de saúde, o sistema laboral, os grupos de pares e os sistemas sociais, permitindo a compreensão dos factores que podem colaborar na organização funcional e saudável destes sistemas ou que, pelo contrário, facilitam a emergência de quadros de interacção disfuncionais.

Objectivos | Competências

• Conhecer e aplicar os conceitos de saúde e doença numa perspectiva integrada no que toca aos seus âmbitos e estratégias de intervenção;

• Adquirir uma visão sistémica da saúde e da doença nas suas dimensões, individual e social, percebendo-o como um processo de co-evolução entre sistemas e contextos vários, reconhecendo a importância das construções narrativa e comportamental preconizadas pelos sujeitos, famílias e sistemas sociais e forma como estes determinam a natureza complexa do processo;

• Assumir um posicionamento de análise e intervenção dos quadros de saúde e doença que espelha uma perspectiva de compreensão da saúde e da doença como formas de funcionamento, mais ou menos adaptativas, dependendo da sua articulação com contexto e situação específicas e não como formas de funcionamento qualitativamente diferenciadas, conotando-as como estratégias funcionais e disfuncionais;

• Reflectir sobre a importância dos sistemas nos quais o indivíduo está inserido e seus formatos relacionais, na compreensão dos quadros de saúde e doença;

• Sensibilizar para a especificidade compreensiva da perspectiva sistémica sobre a saúde e psicopatologia nos sistemas;

(5)

• Conhecer e saber implementar a avaliação e o diagnóstico sistémico, assumindo-os como elementos centrais na compreensão do significado das formas de funcionamento intra e inter sistemas e para a definição de estratégias preventivas e terapêuticas;

• Aplicar as técnicas fundamentais da intervenção sistémica nos quadros de saúde e doença, quer numa perspectiva terapêutica quer numa perspectiva preventiva ou de promoção da saúde;

• Identificar, reflectir e desenvolver possíveis formatos de intervenções sistémicas nos quadros de saúde e doença.

Conteúdos Programáticos

Parte I – Psicologia da Saúde

1. A Psicologia da Saúde: Definição de Saúde (OMS)

1.1. Definição de Psicologia da Saúde/ Áreas do Conhecimento Psicológico 1.2. Objecto de Estudo

1.3. Objectivos da Psicologia da Saúde

1.4. Perspectivas Teóricas da Psicologia da Saúde (perspectiva Tradicional e perspectiva Crítica) 1.5. Actividades do âmbito da Psicologia da saúde (Avaliação e Intervenção)

1.6. Investigação (âmbitos e temáticas) 2. Perspectiva sistémica da Saúde/Doença

2.1. A saúde e a doença como processos de construções Sociais e Individuais

2.2. A importância dos sistemas significativos do Sujeito na construção da saúde e da doença: 2.2.1. A Família: definição, funções da família, Perspectiva do desenvolvimento familiar, saúde e psicopatologia familiar

2.2.2. As redes Sociais: definições, funções o papel das redes na saúde mental, social e física do sujeito

3. Crenças de Saúde

(6)

4. Cognições de Doença

4.1. O conceito de saúde e doença 4.2. As cognições de Doença

4.3. Modelos /Teorias Sistémicas da Doença – modelo da doença crónica de Rolland 5. Temas da Psicologia da Saúde:

5.1. O Exercício Físico e o seu papel na promoção da saúde, prevenção e intervenção da doença 5.2. O Stress

5.3. Prevenção e Promoção da Saúde Parte II – Psicologia Clínica

6. A psicologia Clínica como ramo da Psicologia

6.1.Definição e resenha histórica da Psicologia Clínica 6.2. Âmbitos/Objectos de Estudo

6.3. Breve abordagem aos modelos teóricas da Psicologia Clínica

6.4. Breve abordagem aos modelos/metodologias de intervenção (terapia individual, de grupo, em rede, familiar, de casal, etc)

6.5. Settings e contextos de intervenção 6.6. A investigação na área clínica.

Regime de frequência

O regime de frequência estabelece-se em 50% de presenças no total das aulas leccionadas, excepto os alunos em situação especial.

Métodos de ensino

Com vista à concretização efectiva do processo de ensino/aprendizagem dos conhecimentos e competências definidos nesta U. C., os métodos de ensino serão:

a) Exposição dos conteúdos da U. C., com ou sem debate, em regime presencial, apoiada ou não por meios escritos, audiovisuais ou de outra natureza;

(7)

b) Leitura, análise e discussão de suportes textuais sob a forma de artigos, relatórios, manuais, livros, páginas de internet, entre outras, com ou sem preparação prévia dos alunos, em regime presencial ou à distância;

c) Experimentação prática dos conteúdos de natureza aplicada, individualmente ou em grupo, através de roleplaying, experiências laboratoriais, estudos de caso, dramatizações ou jogos de papéis, e dinâmicas de grupo diversificadas;

d) Observação, análise e discussão de situações, fenómenos ou cenários relevantes, em contexto real ou simulado, de forma directa ou através de registo audiovisual, individualmente ou em grupo, com ou sem preparação prévia dos alunos, em regime presencial ou à distância;

e) Diálogo e escrita reflexiva centrada nas experiências e no processo de aprendizagem dos alunos, através da redacção e produção de trabalhos, diários e portefólios e aprendizagem, realizados individualmente ou em grupo, em suporte de papel ou electrónico.

Modelo de avaliação

Processos de avaliação disponíveis

Os processos de avaliação disponíveis são a avaliação contínua e exame final.

Condições de acesso e critérios de adesão a cada processo de avaliação

1. O aluno para aceder à avaliação contínua deve cumprir 50% de presenças nas horas de contacto, excepto os alunos em situação especial;

2. O aluno para aceder à avaliação através de exame final não é exigido o cumprimento de 50% de presenças nas horas de contacto.

Elementos de avaliação exigidos, métodos utilizados e critérios de ponderação

1. O processo base de avaliação de conhecimentos e competências será o da avaliação contínua, desenvolvido em diferentes momentos ao longo do semestre e implicando uma participação activa do aluno, que comportará três vectores fundamentais:

(8)

1.3 Apresentação e discussão do trabalho escrito (15%);

1.4 A avaliação terá início com a entrega do trabalho escrito sobre um tema no âmbito da U. C.; 1.5 A classificação final será calculada com base na média aritmética ponderada dos três momentos de avaliação, não podendo o aluno em qualquer um destes momentos ter uma classificação inferior a 7,5 valores.

2. Os alunos que não optarem por este processo de avaliação contínua ou que desta forem excluídos, serão avaliados em exame final, na Época Normal, Época de Recurso e Época Especial:

2.1 O exame final é constituído por dois elementos de avaliação (prova escrita e uma prova oral), ambas de carácter presencial e individual;

2.2 O acesso à prova oral está condicionado pela obtenção de uma classificação igual ou superior a 7,5 valores na prova escrita;

2.3 A classificação final será calculada com base na média aritmética dos dois elementos de avaliação, não podendo o aluno em qualquer um destes momentos ter uma classificação inferior a 7,5 valores.

Condições de dispensa de exame final

1. Se a classificação final for igual ou superior a 10 valores, no processo de avaliação contínua o aluno estará dispensado do exame final;

2. Se a classificação final for igual ou inferior a 9 valores, o aluno será admitido a exame final da Época de Recurso e Época Especial.

Regime específico para alunos em situação especial

1. A avaliação contínua dos alunos em situação especial contemplará os critérios definidos anteriormente, contudo não estão obrigados ao cumprimento do regime de frequência adoptado (50%);

2. A avaliação por exame final dos alunos em situação especial contemplará os critérios definidos para os alunos ordinários.

Disposições finais

(9)

- Exigência de identificação clara e inequívoca das fontes directas e indirectas a que recorreu para a elaboração do trabalho;

- Verificação, por amostragem, das fontes de excertos nos trabalhos escritos;

- Orais obrigatórias, no regime de avaliação final, que versarão sobre uma temática central do programa curricular.

Todos os casos não previstos neste Modelo de Avaliação, ou dúvidas suscitadas pela sua interpretação, deverão ser analisados de acordo com o Regulamento de Avaliação de Conhecimentos e Competências em vigor na ESDRM.

Bibliografia Essencial

(A bibliografia mencionada será completada por documentação adicional referente aos temas a desenvolver em cada uma das aulas)

Alarcão, M.(2000). (des) Equilíbrios Familiares. Coimbra: Quarteto Editora.

Alarcão, M. (1998). Família e Redes Sociais. Malha a Malha se Tece a Teia. Interacções, 7,

93-102.

Ausloos, G. (1996). A competência das famílias. Lisboa: Climepsi Editora, Cap. 7.

Brendler, J.; Silver, M.; Haber, M.; Sargent, J. (1994). DOENÇA MENTAL, CAOS E VIOLÊNCIA.

Terapia com Famílias à Beira da Ruptura. Porto Alegre: Artes Médicas.

Duhamel, F. (1995). LA SANTÉ EL LA FAMILLE. Une approche systémique en sois infirmiers. Montréal: gaëtan morin éditeur.

Elkaïm, M. et al.(1995). Las Práticas de la Terapia de Rede. Barcelona: Editorial Gedisa.

Gonçalves, M. & Gonçalves, O. (2001). Psicoterapia, discurso e narrativa: a construção

conversacional da mudança. Coimbra: Quarteto Editora.

Gonçalves, M. (2003). Psicoterapia, uma arte retórica: Contributos das terapias narrativas. Coimbra: Quarteto Editora.

Guterman, J. (2006). Mastering the art of solution - focused Counseling. Alexandria, American Counseling Association.

(10)

• Reis, J. (2007). Contribuições da Psicologia para os processos preventivos e de promoção da saúde. In J. Teixeira (Coord) Psicologia da Saúde. Contextos e áreas de intervenção. Lisboa, Climepsi Editores.

• Relvas A . P. (2000). Hipotetização em terapia familiar. A curiosidade co-construída. In A. P. Relvas, Por detrás do espelho. Da teoria à terapia com a família. Coimbra: Quarteto Editora.

Sluzki, C. (1996). La Red Social: Frontera de la pratica sistémica. Barcelona: Editorial Gedisa.

Sequeira, J. (2003). Do diagnóstico relacional sistémico à co-construção do problema. In

Caleidoscópio Terapêutico. Mudança e co-construção em terapia familiar. Coimbra.

Dissertação de Mestrado em Psicologia Clínica do Desenvolvimento, apresentada à FPCEUC.

Street, E. & Downey, J. (1996). Brief Therapeutic Consultations. An approach to systemic

counselling. New York: Wiley.

Teixeira, A. (2007). Psicologia da Saúde. Contextos e áreas de intervenção. Lisboa: Climepsi Editores.

Referências

Documentos relacionados

Várias temáticas importantes para o panorama atual no contexto da Psicologia da Saúde, tanto no Brasil como em Portugal, são abordadas neste livro, como: a dependência de álcool e

realidade: pacientes que não colaboram ou não querem o contato com o psicólogo, famílias que interferem, tentando prevalecer seus interesses, interferência

Portanto, as normas ISO, ABNT e Petrobras devem ser consultadas e analisadas durante a aplicação de procedimentos metodológicos da Arquivo- logia relacionados à gestão e

Embora a amostra seja pouco representativa neste estudo, os resultados de correlação obtidos entre os indicadores de esperança média de vida e taxa de mortalidade infantil

(1987), que consideram abandono o não comparecimento dos pacientes que passaram por acolhimento (triagem) e também aqueles que iniciaram psicoterapia e não deram continuidade.

Este trabalho foi desenvolvido em uma escola da prefeitura municipal do Valparaiso do Goiás, no Estado do Goiás, em que consta sua capacidade de atendimento para 1.800 alunos,

Dessa maneira, justificar-se-ia o posicionamento de parte das IES entrevistadas, que manifestaram preocupação no sentido de que os programas de internacionalização da

No código abaixo, foi atribuída a string “power” à variável do tipo string my_probe, que será usada como sonda para busca na string atribuída à variável my_string.. O