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Dissertação - Josiane de Fátima da Cruz

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA EVOLUTIVA Associação Ampla entre a UEPG e a UNICENTRO

JOSIANE DE FÁTIMA DA CRUZ

NÚMERO MÍNIMO AMOSTRAL PARA OBTENÇÃO DE DADOS GENÉTICOS POPULACIONAIS EM PLANTAS UTILIZANDO

MARCADORES ISSR

GUARAPUAVA 2018

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JOSIANE DE FÁTIMA DA CRUZ

NÚMERO MÍNIMO AMOSTRAL PARA OBTENÇÃO DE DADOS GENÉTICOS POPULACIONAIS EM PLANTAS UTILIZANDO

MARCADORES ISSR

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biologia Evolutiva na Universidade Estadual do Centro-Oeste em associação com a Universidade Estadual de Ponta Grossa, como parte dos requisitos para a obtenção do título de mestre em Ciências Biológicas (Área de Concentração em Biologia Evolutiva).

Orientador

Prof. Dr. Paulo Roberto Da Silva

GUARAPUAVA 2018

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O coração do homem planeja o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos. Provérbios 16:9

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AGRADECIMENTOS

A Deus pelo dom da vida. Por todo bem recebido. Pelas pessoas que Ele colocou em minha trajetória me proporcionando crescimento tanto no intelecto quanto no emocional. Mesmo sem merecer a graça Dele esteve comigo fazendo-me prosperar. Ao meu orientador Prof. Dr. Paulo Roberto Da Silva, uma pessoa impar a quem respeito e admiro. Ainda no TCC suas palavras de incentivo me motivaram a continuar estudando, sendo o grande responsável pelo meu ingresso no mestrado. Seus ensinamentos e oportunidade cedida me possibilitaram avançar mais uma etapa. Obrigada por me acolher, acreditar em mim e me mostrar que sou capaz de ir mais longe que pensava.

A minha mãe Rosa pelos seus anos de trabalho e sacrifício em prol das filhas. Minha rainha me ensinou a lutar por uma vida melhor. Graças a seu labor cheguei até aqui. A minhas irmãs Rosilda e Rosimara que são um dos meus motivos. A minhas cunhadas Susie e Suzane que sempre se prontificaram a ajudar, e aos familiares que torcem pelo meu êxito.

A minhas amigas Cátia e Ariane que sempre emprestaram seus ouvidos nos momentos difíceis.

Ao meu esposo Roger, por todo esforço em facilitar minha vida, por se doar e me fazer se sentir amada. Por estar sempre ao meu lado e por ver mais em mim do que sou capaz de enxergar. É uma das pessoas mais incríveis que conheço e em quem encontro tudo que preciso. Sem dúvida meu melhor amigo, meu melhor presente.

A todos do laboratório pelas risadas, bagunças, mudanças, companheirismo e subsidio. Agradecimento especial a Daiane, uma pessoa admirável sempre pronta a ajudar que me ensinou os primeiros passos no projeto e me incentivou por várias vezes. A Cláudia pela contribuição de sempre e a Laura pelo auxílio na realização do trabalho.

A Larissa, Leticia e Regiane por me receberem em seus apartamentos, principalmente a Larissa, a qual convivi por mais tempo. Obrigada pela amizade, companhia e compreensão.

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RESUMO

Número mínimo amostral para obtenção de dados genéticos populacionais em plantas utilizando marcadores ISSR

Decidir quantos indivíduos devem ser amostrados a fim de se ter uma amostra que seja representativa da variabilidade genética da população real é uma das grandes perguntas da genética de populações. Buscando responder esta questão, foram utilizados dados obtidos com marcadores ISSR (Inter-Simple Sequence Repeat) de populações de 60 ou 59 indivíduos de cinco espécies de plantas Achyrocline flaccida (Weinm.) DC., Campomanesia xanthocarpa O. Berg, Eugenia uniflora L., Psidium guajava L. e Solanum mauritianum Scop. A partir da população original, foram obtidas por sorteio subpopulações de tamanhos amostrais de 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45 e 58 indivíduos. Cada subpopulação foi sorteada 50 vezes, consistindo de 50 repetições. Para cada uma das 2500 subpopulações obtidas foi calculado o Índice de diversidade de Shannon (I), a Diversidade genética de Nei (h), a Distância genética de Nei (D) e o Coeficiente de diferenciação genética (GST). Os valores obtidos foram avaliados pelo

teste de normalidade, análise de variância e comparação par a par. Os resultados mostraram que em todas as espécies e índices a amplitude dos dados foi inversamente proporcional ao tamanho amostral. Contudo, esta amplitude foi mínima quando comparado tamanhos amostrais superiores a 30 indivíduos. Neste sentido, um tamanho amostral de 30 indivíduos é suficiente para estimativa confiável de índices genéticos populacionais com marcadores ISSR em plantas. O esforço amostral para além deste número implicaria no aumento dos custos sem mudança na interpretação quanto ao status genético da espécie em estudo.

Palavras-chave: Diferenciação genética; Genética de populações; Marcadores

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ABSTRACT

Minimum sample size for ISSR-based population genetic studies in plants

Deciding how many individuals should be sampled in order to have a sample that is representative of the genetic variability of the real population is one of the great questions of population genetics. In order to answer this question, we used data from ISSR (Inter-Simple Sequence Repeat) markers of populations of 60 or 59 individuals from five plant species Achyrocline flaccid (Weinm.) DC., Campomanesia xanthocarpa O. Berg, Eugenia uniflora L., Psidium guajava L. and Solanum mauritianum Scop. From the original population, subpopulations of sample sizes of 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45 and 58 individuals were obtained by random sampling. Each subpopulation was assayed 50-fold, consisting of 50 replicates. For each of the 2500 subpopulations obtained, the Shannon diversity index (I), Nei genetic diversity (h), Nei genetic distance (D) and genetic differentiation coefficient (GST) were calculated. The values obtained

were evaluated by the normality test, analysis of variance and pairwise comparison. The results showed that in all species and indices the amplitude of the data was inversely proportional to the sample size. However, this amplitude was minimal when compared to sample sizes higher than 30 individuals. In this sense, a sample size of 30 individuals is sufficient for reliable estimation of population genetic indexes with ISSR markers in plants. The sample effort beyond this number would imply in the increase of the costs without change in the interpretation regarding the genetic status of the species under study.

Keywords: Genetic differentiation; Molecular markers; Population genetics; Sample

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 10 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 12 2.1 Genética de populações ... 12 2.2 Mutação ... 13 2.3 Deriva genética ... 14 2.4 Fluxo gênico ... 15 2.5 Seleção natural ... 16 2.6 Marcadores Moleculares ... 16

2.7 Marcadores ISSR (Inter-Simple Sequence Repeat) ... 19

2.8 Tamanho amostral ... 20

3 OBJETIVOS ... 23

3.1 Objetivo Geral ... 23

3.2 Objetivos específicos ... 23

4 MATERIAL E MÉTODOS ... 24

4.1 Obtenção dos Dados ... 24

4.2 Análises Estatísticas ... 25

5 RESULTADOS ... 27

5.1 Achyrocline flaccida (Weinm.) DC. ... 28

5.2 Campomanesia xanthocarpa O. Berg ... 29

5.3 Eugenia uniflora L. ... 30

5.4 Psidium guajava L. ... 31

5.5 Solanum mauritianum Scop. ... 32

6 DISCUSSÃO ... 34

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1 INTRODUÇÃO

A genética de populações é uma área da ciência voltada para o estudo da frequência de alelos nas populações. Engloba o estudo dos processos evolutivos, os quais atuam nas mudanças desta frequência. Investiga como essa frequência muda ao longo do tempo, como ela é passada de uma geração a outra (FUTUYMA, 2005; TEMPLETON, 2011).

Em um estudo genético populacional, a escolha do marcador adequado é de suma importância. O uso de um ou outro marcador vai depender do conhecimento que se tem da espécie em questão, da infraestrutura disponível, uma vez que os equipamentos são dispendiosos, bem como o valor aquisitivo disponível para desenvolver o estudo. Todos esses fatores devem ser levados em consideração antes de iniciar a pesquisa. Porém, além de qual marcador a ser utilizado, outra importante pergunta, refere-se ao número de individuos que devem ser amostrados (FALEIRO, 2007).

O tamanho amostral é uma das discussões mais recorrentes quando realizado trabalhos com genética de populações (FAJEIRO, 2007). Evidentemente, amostras pequenas podem não ser representativas da diversidade genética real da população e resultados tendenciosos podem ser obtidos ao se optar por uma amostragem muito pequena. Por outro lado, optar por um tamanho amostral muito grande, demanda maior tempo e eleva o custo da pesquisa (HALE; BURG; STEEVES, 2012). Sempre ao pensar em um trabalho de genética de populações vem a questão: qual é o tamanho amostral mínimo a ser utilizado que seja representativo da diversidade genética da população total?

Bashalkhanov; Pandey e Rajora (2009) estudaram a influência do tamanho da amostra sobre as estimativas dos índices genéticos em plantas utilizando dados simulados e concluíram que o tamanho amostral ideal para detectar todos os alelos de uma população deveria ser maior que 50 indivíduos. Este tipo de trabalho tem pouca aplicação na genética de populações, pois a detecção de todos os alelos presentes não é tão importante quanto assegurar que as frequências dos alelos detectados sejam representativas da população total, e isso pode ser alcançado sem a detecção de alelos que estão presentes em frequências muito baixas nas populações (HALE; BURG; STEEVES, 2012). Neste sentido, Hale; Burg e Steeves (2012) realizam um trabalho

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onde analisaram dados reais obtidos com marcadores microssatélites de quatro espécies animais e chegaram à conclusão que entre 25 e 30 indivíduos seriam suficiente para a correta interpretação da frequência alélica e consequentemente, heterozigosidade esperada dentro de uma população.

Ambos os trabalhos citados foram realizados utilizando marcadores microssatélites (codominantes). Um levantamento na base de dados PUBMED mostra que em 2016 e 2017 em torno de 40% dos trabalhos de genética de populações em plantas foram realizados com marcadores dominantes ISSR (Inter-Simple Sequence Repeat) ou AFLP (Amplified Fragment Length Polymorphism). Neste sentido a determinação do tamanho ideal de amostragem para determinação de índices genéticos populacionais em plantas com marcadores dominantes é uma necessidade.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Genética de populações

A busca em desvendar o mistério de como características genéticas passam de uma geração para outra, afetando populações inteiras, é uma busca antiga. Provavelmente antecede os tempos de Mendel (TOPPA; JADOSKI, 2013). Não obstante, a ciência dedicada a este estudo é muito recente, quando comparada a outras áreas.

A genética de populações é direcionada a averiguar os padrões de variação de genes e alelos que ocorrem dentro das populações e/ou entre elas (TEMPLETON, 2011). Está intimamente ligada à biologia evolutiva, uma vez que investiga a maneira pela qual essas variações são herdadas pela prole e como processos evolutivos como a deriva, fluxo gênico, mutação, seleção natural, estratégias de reprodução e dispersão de sementes influenciam na variação (FUTUYMA, 2005).

A genética de populações teve seus primórdios no século XX, entre as décadas de 1920 e 1930. Deu-se a partir da síntese moderna, determinada pelo atrelamento da teoria de seleção natural de Darwin e os princípios genéticos de Mendel. A junção destas duas teorias também ficou conhecida como "síntese neodarwiniana" (OKASHA, 2012). O Neodarwinismo foi um grande passo na história da pesquisa evolutiva e se deu graças aos trabalhos de Fisher, Haldane e Wright (RIDLEY, 2006). Os darwinistas não acreditavam na herança mendeliana elucidada por Mendel. Por sua vez, muitos mendelianos não aceitavam os estudos de Darwin e sua teoria de seleção natural. Os trabalhos descritos por Fisher, Haldane e Wright a partir de dados matemáticos, considerando tanto a seleção natural de Darwin quanto às regras mendelianas, demonstraram que ambos os conhecimentos, por fim se completavam. A partir da conciliação dos estudos de Mendel e Darwin, emerge a genética populacional (OKASHA, 2012).

Fisher, Haldane e Wright foram pesquisadores importantes para desenvolvimento da genética populacional, porém outros autores também contribuíram com este processo, como Hardy e Weinberg. Hardy era matemático e Weinberg um médico, o que eles têm em comum é que ambos criaram independentemente um modelo populacional que serve hoje como base para se comparar com modelos reais

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(TEMPLETON, 2011). Devido a ambos os autores chegarem de forma independente ao mesmo método, o modelo recebeu o nome de princípio de Hardy-Weinberg (FUTUYMA, 2005). Tal instrumento trata-se de um modelo teórico cujos princípios raramente ocorrem na natureza, no entanto este modelo é capaz de demonstrar a dinâmica dos genes na população (SALMAN, 2007). Os pressupostos a serem considerados neste principio, diz que as frequências gênicas e genotípicas das populações não se alteram ao longo das gerações, permanecendo em um equilíbrio harmonioso. Também profere que o tamanho populacional seja muito grande, os acasalamentos sejam aleatórios e não exista nenhum fator evolutivo agindo na população (FUTUYMA, 2005). Este modelo é utilizado a título de comparação do que seria esperado em uma população em equilíbrio de Hardy-Weinberg, com o que é de fato encontrado em populações reais.

Sabe-se que as condições para que uma população esteja em equilíbrio conforme o teorema de Hardy-Weinberg é muito difícil de ocorrer na natureza, pois todos os organismos estão sujeitos as pressões de processos evolutivos (RIDLEY, 2006). Caso contrário, não seria possível ter a vasta diversidade de organismos que se tem no planeta. Se todas as populações mantivessem o equilíbrio constante, este equilíbrio também se daria a nível genético, logo não haveria diferenciação dentre e entre populações. Por este motivo a variação genética é a chave em todo processo evolutivo (RIDLEY, 2006).

A constituição genética de uma população depende da frequência dos alelos e da variação que esta frequência sofre ao longo do tempo no processo de transmissão de genes de uma geração a outra. Neste campo da biologia, o que se considera, são justamente os fatores que levam a estas variações (SALMAN, 2007). Tais fatores, são os chamados processos evolutivos como: mutação, deriva genética, fluxo gênico e seleção natural.

2.2 Mutação

As mutações são as principais promotoras da evolução. Este processo consiste em alterações que ocorrem diretamente no DNA. Sendo o DNA a molécula responsável por todas as características, em todos os aspectos, pode-se inferir que as mutações estão

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diretamente relacionadas com a variação que ocorrem entre os indivíduos (RIDLEY, 2006). Mutação é justamente o processo evolutivo responsável pelo aumento da variabilidade de genes devido a inserção de novos alelos. Pode ser vantajosa quando aumenta o fitness do indivíduo; desvantajosa quando o diminui, e neutra quando não tem efeito da seleção natural (LOEWE; HILL, 2010). As mutações são processos moleculares aleatórios, embora possam sofrer influencia do ambiente (TEMPLETON, 2011). A afirmação de ser um processo aleatório pode ser verdadeira se considerar que podem ocorrer em qualquer momento e de qualquer forma. Pode ser falsa se considerar que é resultado de processos bioquímicos (LOEWE; HILL, 2010).

Não obstante, nem todas as mutações servem como fatores evolutivos. Somente as mutações que ocorrem em células germinativas é que são capazes de passar adiante novas variantes, resultando numa nova progênie, que antes não estavam presente na população (ALBERTS et al. 2017). A capacidade de produzir variações no DNA faz das mutações grandes precursoras das varias combinações existentes, resultando nas diferentes características dos indivíduos. Estas características poderão estar presentes em uma população e ausentes em outra (MCDERMOTT; MCDONALD, 1993).

2.3 Deriva genética

A deriva genética é outro mecanismo básico na evolução, que pode alterar a composição das futuras gerações. Num processo totalmente aleatório a deriva pode resultar em diferentes frequências de alelos ou fixação de alelos em populações isoladas (MCDERMOTT; MCDONALD, 1993; RIDLEY, 2006). Contando simplesmente com o acaso, alguns indivíduos podem deixar mais descendentes do que outros, sem necessariamente dispor de características mais adaptativas. A seleção de um ou outro gene vai depender de um “sorteio” aleatório dirigido pelo mero acaso (BOHONAK, 2008). Este processo fará com que a frequências de genes mude de geração em geração (WRIGHT, 1937) e de forma imprevisível atue como fator evolutivo, determinando os genes que permanecem ou são extintos de uma população.

A deriva genética tem efeitos muito mais expressivos em populações pequenas do que em populações grandes. Isso significa que quanto menor a população, maiores serão os efeitos da deriva. O “sorteio” aleatório que ocorre neste processo pode deixar

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de selecionar novos alelos mutantes que seriam vantajosos. Com o tempo a variação genética nas populações diminui, o que consequentemente reduz a possibilidade da população se adaptar em respostas à seleção. Este mesmo “sorteio” pode fixar alelos mutantes não vantajosos. Uma vez que a frequência de alelos não vantajosos aumenta, maiores são as chances de ocorrer extinção do grupo genético (STAR; SPENCER, 2013). Quando as populações são grandes, ainda que genes desvantajosos possam estar presentes, as possibilidades de eles serem selecionados e permanecerem são poucas. Em populações grandes os indivíduos estão constantemente misturando seu pool genético com outras populações pelo processo de migração (SALMAN, 2007), também conhecido como fluxo de genes.

2.4 Fluxo gênico

A migração ou fluxo gênico é outro processo que contribui para a variabilidade genética das espécies. Trata-se do movimento de indivíduos ou genes de uma população para outra (SLATKIN, 1987), podendo ocorrer pelo deslocamento de indivíduos ou grupos inteiros. O deslocamento de “indivíduos” é justamente o que possibilita novas combinações por meio da mistura do material genético em cada geração (MALLET, 1999). No caso das plantas, a mistura deste material ocorre através do deslocamento do grão de pólen e/ou semente e/ou propágulos.

O processo da mistura dos gene pode agir tanto a favor, como contra a evolução. No caso de ocorrência de mutação positiva a dispersão de genes através do fluxo gênico vai combinar estes, com os já existentes podendo conferir uma nova característica adaptativa à espécie. No entanto,o fluxo gênico constante age homogeneizando o pool gênico das populações, pois genes adaptados a diferentes condições estão sendo inseridos à população local. No decorrer das gerações estes genes irão se espalhar até se tornarem comuns, impedindo diferenciações que poderiam levar a especiação. Ao homogeneizar as variantes gênicas de uma população, o fluxo gênico atua contra os efeitos da deriva genica, sendo responsável por grande parte da manutenção da variabilidade genética dentro e entre populações, atuando como uma força restritiva (SLATKIN, 1987).

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2.5 Seleção natural

A seleção natural é um fator evolutivo que atua sobre os processos de deriva, mutação e fluxo gênico. Trata-se de um evento onde os indivíduos que estão melhores adaptados e possuem maior aptidão, acabam sendo selecionados passando suas características genéticas a sua prole (RIDLEY, 2006). Uma vez que seleciona os genótipos mais bem adaptados a uma determinada condição ecológica e elimina os menos aptos, atua na variabilidade da população, moldando-a de acordo com as condições locais.

Todos estes fatores evolutivos ocorrendo simultaneamente influenciam a diversidade genética. Enquanto a mutação acrescenta novas variantes, a deriva pode ou não fixar tais variantes. Ao passo que a seleção natural pode levar a adaptação conforme as condições ambientais locais e o fluxo gênico pode acrescentar à população novos alelos benéficos ou não (STAKLIN, 1987; MCDERMOTT; MCDONALD, 1993).

Com base nestes processos evolutivos, muitos trabalhos genéticos populacionais buscam averiguar o status genético das populações naturais (MOREIRA et al., 2015; SOUZA-SOBREIRA et al., 2015; SANTOS et al., 2015; ROSA et al., 2017). Compreender a diversidade dos grupos genéticos em cada população e a forma com que estas populações estão espacialmente estruturadas é um conhecimento de grande valia tanto para o conhecimento das espécies e de sua história evolutiva, como na elaboração de estratégias de conservação e preservação dos recursos naturais. Para efetivar tais estudos, são hoje utilizados métodos baseados em marcadores moleculares, os quais são os responsáveis pelo grande desenvolvimento da genética populacional.

2.6 Marcadores Moleculares

As diferenças fenotípicas das plantas vêm sendo analisadas há muito tempo pela humanidade. Desde que o abandono da vida nômade deu lugar ao cultivo de alimento, busca-se entender o que levam as plantas a serem mais ou menos adaptadas a fatores bióticos e abióticos (TOPPA; JADOSKI, 2013). Teofrasto (372 a.C. - 287 a.C.), discípulo de Aristóteles é considerado o pai da botânica, escreveu duas obras importantes, De historia plantarum („História das plantas‟) e De causis plantarum

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(„Sobre as causas das plantas‟). Os trabalhos de Teofrasto e dos demais pesquisadores que o sucederam eram feitos com base em caracteres morfológicos de fácil identificação visual. Para o estudo com este tipo de marcador é necessário esperar o desenvolvimento da planta em questão, sofrendo assim influência de fatores ambientais (FERREIRA; GRATTAPAGLIA, 1998). Com o avanço da genética molecular e o advento dos marcadores moleculares houve grande avanço na área de genética de populações. Diferente dos marcadores morfológicos, os marcadores moleculares possibilitam acessar informações genéticas no nível de DNA sem a interferência do ambiente e em qualquer estágio de desenvolvimento da planta (FALEIRO, 2007).

Os marcadores moleculares baseados em DNA são seguimentos específicos do DNA herdados geneticamente que possibilitam a distinção de dois ou mais indivíduos (MILACH, 1998). Apresentam alto grau de polimorfismo, podendo ser denominados de acordo com sua herança, sendo: marcadores dominantes quando não é possível distinguir os indivíduos homozigotos dos heterozigotos e codominantes quando há esta possibilidade. No caso dos marcadores codominantes é possível revelar maior quantidade de informação genética por loco (FERREIRA; GRATTAPAGLIA, 1998).

Existem vários tipos de marcadores moleculares baseados em DNA. O primeiro a ser utilizado foi o RFLP (Restriction fragment length polymorphism). Esta técnica consiste na fragmentação do DNA por enzimas de restrição e posterior hibridização com sondas radioativas ou fluorescência, cujas sequencias são complementares aos fragmentos possibilitando a visualização. Trata-se de um marcador codominante altamente confiável, mas que por se tratar de uma técnica laboriosa que envolve radioatividade e que exige grande quantidade e qualidade do DNA, demanda de muito tempo e dinheiro (FALEIRO, 2007). Apesar disto, o RFLP foi por muito tempo a única técnica utilizada baseada na análise direta do polimorfismo no DNA e apenas com o advento da PCR (Polymerase Chain Reaction), é que surgiram novos métodos.

O processo da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) revolucionou os métodos utilizados em biologia molecular, sendo capaz de amplificar uma única fita de DNA, em milhares de cópias, substituindo a maquinaria da célula. Graças a PCR novos marcadores com o intuito de melhorar o acesso à variabilidade do DNA dos indivíduos surgiram (FALEIRO, 2007). Dentre estes estão o RAPD (Random Amplified Polymorphism DNA), o AFLP (Amplified Fragment Length Polymorphism), os

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Microssatélites (ou SSR – Simple Sequence Repeats), os ISSR (Inter-Simple Sequence Repeat) entre outros (FERREIRA; GRATTAPAGLIA, 1998).

O RAPD é um marcador de caráter dominante, obtido por meio da ampliação de DNA utilizando primers de sequencia curta e aleatória (10 pb). Este foi o primeiro marcador baseado em PCR e apesar de se tratar de uma técnica simples e apresentar polimorfismo elevado, é pouco confiável devido à baixa reprodutibilidade (WILLIAMS et al., 1990).

Do mesmo modo que o RLFP, o marcador AFLP é obtido com o corte do DNA com enzimas de restrição, seguido de amplificação por PCR semelhante ao RAPD. Trata-se então, de uma combinação de ambos os marcadores. É altamente polimórfico, de caráter dominante e devido às técnicas envolvidas no processo, possui custo elevado (VOS et al., 1995).

Os Microssatélites ou SSR são marcadores de caráter codominante, que se constituem de sequências simples e pequenas repetidas em tandem. Estas sequências variam de 1 a 5 nucleotídeos, que necessitam de primers específicos para amplificação. É altamente polimórfico e reprodutível, no entanto devido à necessidade de conhecimento prévio do genoma, também apresenta um custo mais elevado (LITT; LUTY, 1989).

Os ISSR foram desenvolvidos baseados nos microssatélites. São marcadores dominantes onde se amplifica a região entre os microssatélites, utilizando as próprias regiões dos microssatélites como iniciadores. Como não é necessário sequenciar o genoma, trata-se de um marcador de baixo custo em relação aos anteriores e alta reprodutibilidade, capaz de explorar a alta variabilidade das regiões microssatélites (ZIETKIEWICZ; RAFALSKI; LABUDA, 1994).

Os marcadores moleculares possuem várias aplicações. Permitem analisar a variabilidade e diversidade dos táxons e compreender os processos evolutivos que promovem a diversificação envolvida na especiação. Em filogenia, como exemplo, são utilizados para propor a classificação das espécies a partir das relações de parentesco aferindo analogias entre os táxons e no estudo da evolução de grupos taxonômicos. Também utilizados na delimitação de espécies, modos de reprodução, estrutura populacional, níveis de migração e dispersão nas populações (CHIES et al., 2014), bem como diversas aplicações na área agronômica (AGUIAR, 2013).

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Todas as técnicas vão apresentar vantagens e desvantagens. A diferença de um ou outro marcador está nos princípios e técnica utilizada para revelar a variabilidade (SEMAGN; BJORNSTAD; NDJIONDJOP, 2006). A escolha apropriada do marcador a ser usado irá depender do foco do estudo, da disponibilidade de recursos financeiros, de mão de obra habilitada e de infraestrutura adequada. As características de um marcador variam quanto à capacidade de detectar diferenças entre indivíduos, ao grau de dificuldade de utilizar o marcador, e quão robusto e confiável são os dados por ele obtidos (FALEIRO, 2007).

Dentre os marcadores mais utilizados em genética de populações, estão os microssatélites (SSR) e os ISSR. Como na maioria das plantas nativas, não se conhece o genoma da espécie em questão, marcadores derivados de primers não específicos, como os ISSR, são extremamente proveitosos.

2.7 Marcadores ISSR (Inter-Simple Sequence Repeat)

Os marcadores ISSR respondem a questões evolutivas de forma consistente. São abundantes e encontram-se dispersos em todo genoma. Trata-se de uma técnica rápida, confiável e de alta reprodutibilidade (RODRIGUES, 2010).

Os primers ISSR são desenvolvidos a partir das sequencias dos microssatélites, contendo de 16 a 20 pares de base (pb) podem ou não ser ancorados, consistindo em sequências simples e repetidas (FALEIRO, 2007). Um único primer pareia em regiões específicas e orientadas em sentidos oposto, amplificando fragmentos de DNA em regiões localizadas entre os microssatélites numa distância de 100 a 3000 pb (ZIETKIEWICZ; RAFALSKI; LABUDA, 1994). Os resultados desta amplificação podem ser resolvidos por eletroforese em gel de agarose ou de poliacrilamida (FALEIRO, 2007).

O tamanho do primer ISSR confere maior força de pareamento, possibilitando a utilização de temperaturas mais altas (40 a 65 °C), diminuindo assim o risco de amplificação de bandas inespecíficas como ocorre com o RAPD (ZIETKIEWICZ; RAFALSKI; LABUDA, 1994). Justamente o fato dos ISSR utilizarem primers mais longos é o que lhes confere alta reprodutibilidade.

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Os marcadores ISSR tem várias vantagens que o destacam. Trata-se de uma técnica que engloba a maioria dos benefícios encontrados no AFLP e microssatélites (reprodutibilidade), bem como a simplicidade dos RAPD. É usada na identificação do polimorfismo entre genótipos, em estudos de diversidade genética, filogenia, marcação de genes, mapeamento do genoma e biologia evolutiva (REDDY; SARLA; SIDDIQ, 2002).

Esta técnica é de grande eficiência devido ao alto nível de polimorfismo. Em uma única reação de PCR, é possível analisar vários loci (ZIETKIEWICZ; RAFALSKI; LABUDA, 1994; RAKOCZY-TROJANOWSKA; BOLIBOK, 2004).

Uma das limitações deste marcador é que apresentam herança dominante. Significa que não é possível distinguir o genótipo homozigoto do heterozigoto. Para averiguar os alelos, observa-se unicamente a presença ou ausência de bandas (GUPTA et al., 1994). Mesmo tendo esta desvantagem, estudos apontam que este marcador é eficiente para investigar a variabilidade genética, dentre e entre populações, com alto grau de confiabilidade (DING et al., 2013; MOREIRA et al., 2015; SOUZA-SOBREIRA et al., 2015; SANTOS et al., 2015; ROSA et al., 2017).

A escolha de um marcador molecular ideal é imprescindível para estudos robustos em genética de populações. Porém, além do marcador a ser utilizados existe outra decisão a ser tomada: quantos indivíduos amostrar em uma população para ter sua diversidade genética quantificada de forma confiável?

2.8 Tamanho amostral

Quando se fala em tamanho amostral ou amostragem, refere-se a uma fração, uma parte do todo de um dado grupo de indivíduos. Trata-se da separação e/ou coleta de um subconjunto com o intuito de estimar as características mais comuns de uma população inteira a partir deste subconjunto (FALEIRO, 2007).

Além dos marcadores moleculares, a escolha do local de coleta, bem como o número de indivíduos a serem coletados é outra etapa de suma importância para se iniciar estudos genéticos populacionais. Quanto à escolha de locais de coleta dos dados genéticos, deve-se escolher o local de acordo com a distribuição geográfica da espécie, a fim de que se tenha uma representatividade da variabilidade da população total

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(FALEIRO, 2007). A má escolha do local pode comprometer este requisito, diminuindo a confiabilidade dos resultados e a qualidade do trabalho.

Em relação ao tamanho da amostra, o questionamento de todo pesquisador ao iniciar um estudo populacional é a questão de quantos indivíduos devem ser amostrados para a obtenção de dados genéticos confiáveis (HALE; BURG; STEEVES, 2012). Obter um número amostral que seja representativo dos alelos da população total é o desejável. Conforme Hale; Burg e Steeves (2012), o número de indivíduos é o que ira definir a veracidade da estrutura genética.

Alguns pesquisadores optam por estender ao máximo o esforço amostral, a fim de que as estimativas cheguem o mais próximo possível da população real. Não obstante, realizar uma pesquisa com um número muito elevado de individuos aumenta os custos do estudo, principalmente se a população real for muito grande, além de requerer mais esforço e tempo. Ter um número mínimo de amostra que seja capaz de prover estimativas confiáveis da medida de diversidade genética, seria de grande proveito em estudos populacionais (COSTA; CORNELEO; STEFENON, 2014).

Processos como o de estimativa de riqueza alélica, dependem intrinsecamente do tamanho amostral (CABALLERO et al., 2010). A amostragem é tão importante, que se esta não for confiável, as estimativas serão tendenciosas. Amostras com poucos indivíduos tendem a erros significativos na determinação da riqueza alélica, um dos estimadores mais importantes no estudo de genética de populações (BASHALKHANOV; PANDEY; RAJORA, 2009).

Muitos pesquisadores utilizam métodos de análise de rarefação (KALINOWSKI, 2005) para mensurar o número de indivíduos necessários na estimativa de riqueza alélica. Esses são métodos realizados por meio de cálculos teóricos baseados no número total de alelos identificados numa população. Apesar da análise ser muito utilizada em estudos de genética de populações, se a amostra utilizada for tendenciosa o mesmo acontecerá com as estimativas.

Segundo Hale e colaboradores (2012), quando o foco do estudo é a população, é mais importante que a frequências dos alelos detectados sejam representativos da população total do que amostrar todos os alelos da população. A frequência de alelos presentes em níveis muito baixos como alelos raros, não acrescenta muita informação útil para a maioria das análises utilizadas em estudos populacionais, uma vez que alelos raros podem ser devido a mutações em vez de fluxo gênico (HARTL; CLARK, 2010).

(22)

Desta forma, os alelos úteis no estudo da estrutura genética de uma população, seriam aqueles alelos comuns o bastante para serem compartilhados entre alguns indivíduos e raros o suficiente para estar ausente em muitos outros.

Com base nestas considerações, para uma amostragem eficaz em genética de população, é importante se ater a quantos indivíduos seriam necessários para abranger todas as frequências de alelos informativos, que sejam representativos das frequências de alelos da população total (HALE; BURG; STEEVES, 2012).

Alguns estudos simulam qual fração de uma população poderia ser amostrada para obtenção de dados genético-populacionais confiáveis em animais (YAN; ZHANG, 2004; PRUETT; WINKER, 2008; HALE; BURG; STEEVES, 2012; COSTA; CORNELEO; STEFENON, 2014). No entanto, para plantas não foram encontrados trabalhos abordando a influência do tamanho amostral nas medidas de diversidade utilizando dados reais. Ainda, quando se discute dos problemas do efeito do tamanho amostral nos resultados obtidos, isso geralmente se faz de forma breve, superficial ou sem embasamento em dados experimentais (YAN; ZHANG, 2004).

Definir com perspicácia qual o número de indivíduos a ser coletado, afim de obter estimativas corretas de índices genéticos de uma dada população, é um grande desafio para pesquisadores da genética de populações. Levando em consideração que estudos que testam os efeitos do tamanho amostral são ínfimos, são necessárias novas pesquisas para determinar uma amostra ideal que estime a diversidade genética de forma confiável.

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3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Determinar o número mínimo amostral para obtenção de dados genéticos populacionais confiáveis em plantas utilizando marcadores ISSR.

3.2 Objetivos específicos

 Estimar o Índice de diversidade de Shannon (I), Diversidade genética de Nei (h), a Distância genética de Nei (D) e Coeficiente de diferenciação genética (GST) para as espécies Achyrocline flaccida (Weinm.)

DC. (Asteraceae), Campomanesia xanthocarpa O. Berg (Myrtaceae), Eugenia uniflora L. (Myrtaceae), Psidium guajava L. (Myrtaceae) e Solanum mauritianum Scop. (Solanaceae) com base em dados obtidos com marcadores ISSR;

 Comparar o número mínimo amostral para cada uma das espécies estudadas.

(24)

4 MATERIAL E MÉTODOS 4.1 Obtenção dos Dados

Os dados utilizados neste estudo foram obtidos nos últimos seis anos em trabalhos desenvolvidos no Laboratório de Genética e Biologia Molecular Vegetal, do campus CEDETEG, da Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, Paraná (Tabela 1).

Tabela 1 – Relação das espécies utilizadas neste estudo com nome científico e vernacular, número de

primers ISSR utilizados, número de loci polimórficos (NLP), número de indivíduos que foram coletados por espécie (N), local de coleta e referência.

Espécie Primers NLP N Local de coleta Referência

Achyrocline flaccida

(Weinm.) DC. (macela)

10 59 59 Centro-sul do Paraná Rosa (2015)

Campomanesia xanthocarpa

O. Berg (guabiroba)

6 53 60 Centro-sul do Paraná Silva (2012)

Eugenia uniflora L. (pitanga) 7 83 60 Centro-sul do Paraná Fagundes (2013)

Psidium guajava L. (goiaba) 7 53 60 Leste do Sergipe Secco (2016)

Solanum mauritianum Scop.

(fumeiro bravo)

10 98 60 Centro-sul do Paraná Lima (2015)

Estas espécies possuem diferentes características biológicas: A. flaccida é pioneira, herbácea de áreas abertas e com polinização por insetos e dispersão de sementes pelo vento; S. mauritianum é pioneira, arbustiva de ocorrência em áreas abertas e bordas de florestas e com polinização por insetos e dispersão de sementes por aves e morcegos; E. uniflora e P. guajava são pioneiras, arbóreas, de áreas abertas e bordas de florestas com polinização por abelhas e dispersão de sementes por aves, répteis e mamíferos; C. xanthocarpa é uma espécie clímax, arbórea, está presente no subdossel das florestas com polinização por abelhas e dispersão por aves.

Bashalkhanov; Pandey e Rajora (2009), a partir de dados simulados, estudaram a influência do tamanho da amostra sobre as estimativas dos índices genéticos em plantas e concluiram que um tamanho ideal de amostragem não deve ser inferior a 50 indivíduos. Em virtude de tal afirmação neste trabalho os dados genético-populacionais obtidos das populações originais de 60 ou 59 indivíduos foram considerados como os mais próximos das populações reais e utilizados para comparações com os dados obtidos de tamanhos amostrais menores.

(25)

4.2 Análises Estatísticas

Para cada uma das cinco espécies, a partir das populações originais de 60 indivíduos (59 para A. flaccida) foram construídos subconjuntos de dados (subpopulações) com os tamanhos amostrais de 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45 e 58. Cada subconjunto de dados foi produzido de modo independente 50 vezes, perfazendo 50 repetições. As repetições foram obtidas utilizando a função macro do software Excel, onde números foram sorteados aleatoriamente sendo, o número inferior 1 e o número superior 60 (59 para A. flaccida). Respeitando o que ocorre em uma coleta a campo, as repetições de cada tamanho amostral foram feitas sem reposição, de modo que nenhum indivíduo esteve presente mais de uma vez em um subconjunto de dados (uma repetição). Já, como os subconjuntos de dados de cada tamanho amostral (repetições) eram independentes, o mesmo indivíduo poderia estar presente em mais de um subconjunto de dados de cada tamanho amostral.

Após a realização de todos os sorteios, foram obtidas 500 subpopulações para cada espécie estudada (total de 2500 subpopulações para todas as espécies). O programa PopGene (versão 1.32) (YEH; YANG; BOYLE, 1999) foi utilizado para calcular o Índice de diversidade de Shannon (I), Diversidade genética de Nei (h), a Distância genética de Nei (D) e o Coeficiente de diferenciação genética (GST) para cada

subpopulação. Após a obtenção dos valores, foi calculado a média de cada um dos índices em cada tamanho amostral. Essas médias foram organizadas em uma planilha do Excel conforme tamanho amostral sendo uma planilha para cada índice. No final obtiveram-se dez colunas do tamanho amostral 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45 e 58, com 50 médias (linhas) de cada tamanho amostral. Para o índice D e GST, as simulações

inseridas no programa PopGene foram antes comparada com a matriz original, a qual comtempla a população total utilizada neste trabalho (60 ou 59 indivíduos).

Foram feitas quatro matrizes de dados, correspondentes às médias dos quatro índices aqui analisados para cada espécie. Após montagem das matrizes no Excel, os dados foram inseridos no programa PAST (versão 3.16) (HAMMER et al, 2001), e posteriormente avaliados pelo teste de normalidade (Test for normal distribution) onde se considera que se P > 0,05 a distribuição é normal, logo, os dados são considerados paramétricos. Se P < 0,05 a distribuição normal é rejeitada e os dados são considerados

(26)

não paramétricos. Neste estudo, os resultados do teste de normalidade de Shapiro-Wilk em sua maioria, tiveram distribuição normal rejeitada (P < 0,05) e os dados foram considerados não paramétricos em todos os conjuntos de dados de todas as espécies estudadas. Devido estes resultados para o teste de significância estatística, foi adotada a análise de variância Kruskal-Wallis utilizada quando os dados não são paramétricos. Para as comparações das médias par a par foi utilizado o teste de Mann-Whitney. Para os testes Kruskal-Wallis e Mann-Whitney os valores foram considerados com significância quando o P < 0,05.

A análise de variância Kruskal-Wallis evidenciou que existe diferença significativa (P ˂ 0,001) entre os tamanhos amostrais para todos os índices avaliados em todas as espécies avaliadas.

A obtenção do valor da amplitude dos dados para cada índice em cada espécie foi feita considerando os 250 valores obtidos para cada população nos tamanhos amostrais acima de 30 indivíduos (30, 35, 40, 45 e 58). Após identificação dos valores extremos, o menor valor foi subtraído do maior.

(27)

5 RESULTADOS

A análise das matrizes no programa PAST, em vários índices em todas as espécies foram observado outliers, que são valores altamente discrepantes dos demais obtidos. A fim de evitar que estes valores influenciassem os resultados, foram retirados até dois destes, por tamanho amostral e por índice. Os valores excluídos representaram apenas 0,63% de todos os obtidos.

Os resultados referentes ao teste Mann-Whitney para comparação par a par entre os tamanhos amostrais serão apresentados individualmente para cada espécie.

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5.1 Achyrocline flaccida (Weinm.) DC.

A amplitude dos dados obtidos de A. flaccida para os índices I, h, D e GST são

apresentados nas Figuras 1A, 1B, 1C e 1D, respectivamente. A primeira diferença não significativa para os índices I e h foi entre os tamanhos amostrais de 15 e 20 indivíduos. Já, no índice D foi entre o tamanho amostral 20 e 25 e no GST entre 25 e 30 indivíduos.

Figura 1. Efeito do tamanho amostral sobre a precisão do: A) Índice de diversidade de Shannon (I), B)

Diversidade genética de Nei (h), C) Distância genética de Nei (D) e D) Coeficiente de diferenciação genética (GST),obtidos com o uso de marcadores ISSR em Achyrocline flaccida (Weinm.) DC. As linhas

verticais superiores e inferiores a caixa representam a amplitude total dos dados; a linha horizontal no interior da caixa mostra a mediana; as partes da caixa inferior e superior à mediana representam o primeiro e o terceiro quartil, respectivamente. A seta indica entre quais tamanhos amostrais ocorreu a primeira diferença não significativa.

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5.2 Campomanesia xanthocarpa O. Berg

A amplitude dos dados obtidos de C. xanthocarpa para os índices I, h, D e GST

são apresentados nas Figuras 2A, 2B, 2C e 2D, respectivamente. A primeira diferença não significativa para os índices I e h foi entre os tamanhos amostrais de 20 e 25 indivíduos, para D entre 25 e 30 e GST entre 30 e 35 indivíduos.

Figura 2. Efeito do tamanho amostral sobre a precisão do: A) Índice de diversidade de Shannon (I), B)

Diversidade genética de Nei (h), C) Distância genética de Nei (D) e D) Coeficiente de diferenciação genética (GST), obtidos com o uso de marcadores ISSR em Campomanesia xanthocarpa O. Berg. As

linhas verticais superiores e inferiores a caixa representam a amplitude total dos dados; a linha horizontal no interior da caixa mostra a mediana; as partes da caixa inferior e superior à mediana representam o primeiro e o terceiro quartil, respectivamente. A seta indica entre quais tamanhos amostrais ocorreu a primeira diferença não significativa.

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5.3 Eugenia uniflora L.

A amplitude dos dados obtidos de E. uniflora para os índices I, h, D e GST são

mostrados nas Figuras 3A, 3B, 3C e 3D, respectivamente. Para o I e h, a primeira diferença não significativa foi entre os tamanhos amostrais de 15 e 20 individuos. Para D e GST, esta diferença foi entre os tamanhos amostrais de 25 e 30 indivíduos.

Figura 3. Efeito do tamanho amostral sobre a precisão do: A) Índice de diversidade de Shannon (I), B)

Diversidade genética de Nei (h), C) Distância genética de Nei (D) e D) Coeficiente de diferenciação genética (GST), obtidos com o uso de marcadores ISSR em Eugenia uniflora L. As linhas verticais

superiores e inferiores a caixa representam a amplitude total dos dados; a linha horizontal no interior da caixa mostra a mediana; as partes da caixa inferior e superior à mediana representam o primeiro e o terceiro quartil, respectivamente. A seta indica entre quais tamanhos amostrais ocorreu a primeira diferença não significativa.

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5.4 Psidium guajava L.

A amplitude dos dados obtidos de P. guajava para os índices I, h, D e GST são

mostrados nas Figuras 4A, 4B, 4C e 4D, respectivamente. A primeira diferença não significativa foi entre os tamanhos amostrais de 20 e 25 individuos para todos os índices.

Figura 4. Efeito do tamanho amostral sobre a precisão do: A) Índice de diversidade de Shannon (I), B)

Diversidade genética de Nei (h), C) Distância genética de Nei (D) e D) Coeficiente de diferenciação genética (GST), obtidos com o uso de marcadores ISSR em Psidium guajava L. As linhas verticais

superiores e inferiores a caixa representam a amplitude total dos dados; a linha horizontal no interior da caixa mostra a mediana; as partes da caixa inferior e superior à mediana representam o primeiro e o terceiro quartil, respectivamente. A seta indica entre quais tamanhos amostrais ocorreu a primeira diferença não significativa.

(32)

5.5 Solanum mauritianum Scop.

A amplitude dos dados obtidos de S. mauritianum para os índices I, h, D e GST

estão representados nas Figuras 5A, 5B, 5C e 5D, respectivamente. Para I e h a primeira diferença não significativa foi entre os tamanhos amostrais de 20 e 25 individuos. Para D e GST entre os tamanhos amostrais de 30 e 35 indivíduos.

Figura 5. Efeito do tamanho amostral sobre a precisão do: A) Índice de diversidade de Shannon (I), B)

Diversidade genética de Nei (h), C) Distância genética de Nei (D) e D) Coeficiente de diferenciação genética (GST), obtidos com o uso de marcadores ISSR em Solanum mauritianum Scop. As linhas

verticais superiores e inferiores a caixa representam a amplitude total dos dados; a linha horizontal no interior da caixa mostra a mediana; as partes da caixa inferior e superior à mediana representam o primeiro e o terceiro quartil, respectivamente. A seta indica entre quais tamanhos amostrais ocorreu a primeira diferença não significativa.

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Para todos os índices e todas as espécies a diferença deixou de ser significativa entre pares de tamanhos amostrais de 15 a 30 indivíduos. O cálculo da diferença entre o maior e menor valor observado entre todas as 250 populações de cada um dos índices em todos os tamanhos amostrais acima de 30 indivíduos são mostrados na Tabela 2.

Tabela 2 - Diferença observada entre o maior e menor valor dentre os tamanhos amostrais 30 a 58

indivíduos para cada índice avaliado, considerando as 250 populações obtidas para cada tamanho amostral (30, 35, 40, 45 e 58) em cada espécie. D= Distância genética de Nei, h= Diversidade genética de Nei, I= Índice de diversidade de Shannon e GST = Coeficiente de diferenciação genética.

Espécie D h I GST

Achyrocline flaccida (Weinm.) DC. 0,010 0,02 0,04 0,001

Campomanesia xanthocarpa O.

Berg 0,006 0,03 0,04 0,006

Eugenia uniflora L. 0,004 0,02 0,04 0,005

Psidium guajava L. 0,013 0,06 0,08 0,012

(34)

6 DISCUSSÃO

O número de indivíduos que devem ser amostrados em um estudo para que os dados genéticos obtidos sejam representativos da população como um todo é uma das questões mais polêmicas dentro da genética de populações. Na literatura há trabalhos direcionados a questões pontuais como, por exemplo, de quantos indivíduos precisam ser amostrados para detectar todos os alelos presentes na população (KALINOWSKI, 2005; BASHALKHANOV; PANDEY; RAJORA, 2009) e para detectar a diferenciação genética exata entre as populações (RYMAN; PALM, 2005; LANDGUTH et al., 2012). No entanto, trabalhos com estas abordagens tem pouca aplicação na genética de populações, pois a detecção de todos os alelos presentes e a diferenciação exata das populações não é tão importante quanto assegurar que as frequências dos alelos detectados sejam representativas da população total. Segundo Harle; Burg e Steeves (2012) isso pode ser assegurado sem a detecção de alelos que estão presentes em frequências muito baixas nas populações. Ainda, na prática, a determinação de indices exatos é inviável por tornar o estudo muito caro devido à necessidade de um número amostral muito elevado, variando de 50 a 100 individuos por população (BASHALKHANOV; PANDEY; RAJORA, 2009). Neste sentido, o necessário é um tamanho amostral no qual seja possível a maior proximidade dos índices da população real, no entanto sem inviabilizar o estudo devido ao elevado custo.

No estudo aqui desenvolvido, em todas as espécies examinadas houve dependência positiva e significativa entre os índices I, h, D e GST e o tamanho da

amostra. Ao analisar a distribuição dos dados nos gráficos (Figuras 1 a 5), é clara a grande amplitude destes para a maioria dos índices em todas as espécies quando considerado os tamanhos amostrais menores que trinta indivíduos. Já, entre os tamanhos amostrais de 30 e 58, apesar de haver diferenças que são estatisticamente significativas entre alguns tamanhos amostrais, esta amplitude diminui de forma bastante acentuada (Figura 1 a 5). O cálculo da diferença entre o maior e o menor valor de cada índice para todas as espécies, considerando as 250 populações de cada tamanho amostral acima de 30 indivíduos (30, 35, 40, 45 e 58) (Tabela 2), evidencia que esta diferença é biologicamente irrelevante, pois não mudaria a interpretação do índice e consequentemente, a conclusão a respeito do status genético das populações.

(35)

A Distância Genética de Nei mede o quão semelhante ou díspar é uma população da outra. Os dados aqui exibidos para D, indicam que entre as populações dos tamanhos amostrais acima de trinta indivíduos (Tabela 2) não levaria a diferentes interpretações biológicas quanto à distância genética nas populações. O h varia de 0,00 a 1,00 (NEI, 1978) e o I varia de 0 a infinito, neste sentido, para haver diferença na interpretação quanto à diversidade genética de uma população, valores que sejam discrepantes em pelo menos 0,10 são requeridos, o que não foi observado em nenhuma repetição em tamanhos amostrais acima de 30 indivíduos (Tabela 2). O índice GST varia

de 0 a 1 e é um análogo ao FST, sua interpretação é conforme Wright (1978). Nesta

variação, valores que vão de 0,00 a 0,05 são indicativos de baixa diferenciação genética; valores que se encontram entre 0,05 a 0,15 são indicativos de diferenciação genética moderada; para valores que vão de 0,15 a 0,25 o nível de diferenciação genética é considerado alto; e em valores acima de 0,25 considera-se um nível muito alto de diferenciação genética (WRIGHT, 1978). Neste sentido, como no índice é utilizado somente duas casas após a vírgula, nenhum dos valores observados nas espécies aqui estudadas poderia alterar a intepretação desta medida de diversidade. Considerando estas análises podemos concluir que um tamanho amostral igual ou superior a trinta indivíduos são suficientes para estimativas robustas de parâmetros genético-populacionais em plantas utilizando marcadores moleculares dominantes.

Para espécies animais e com dados de marcadores microssatélites, o tamanho ideal de amostragem para estimativas confiáveis de frequência alélica foi estimado de 25 a 30 indivíduos (PRUETT; WINKER, 2008; HALE; BURG; STEEVES, 2012). Estes autores também observaram que embora exista variação em tamanhos amostrais maiores que 30 esta variação é irrelevante quanto à interpretação dos dados, pois não levaria a uma mudança na conclusão. A diferença de no mínimo 25 individuos por população no trabalho destes autores e de 30 no presente trabalho, pode ser em função do marcador utilizado. Pruett e Winker, (2008) e Hale; Burg e Steeves, (2012) trabalharam com marcadores codominantes e neste trabalho foram utilizados marcadores dominantes. Segundo Lynch e Milligan, (1994) a sensibilidade dos marcadores codominantes é superior quando comparado com marcadores dominantes, portanto, é esperado que esta variação tivesse reflexo no tamanho amostral para a estabilização dos índices, necessitando um número maior de indivíduos.

(36)

Em todos os índices aqui abordados nas diferentes espécies, foi evidenciado que em alguns, com amostras de 15 e 20 individuos valores próximos à população real já podem ser determinados (Figura 1 a 4). Isto também foi observado em algumas espécies e índices nos trabalhos de Hale; Burg e Steeves, (2012). Os autores concluem que é arriscado o uso de tamanhos amostrais muito pequenos pela alta variação que ocorre e consequentemente, aumento da possibilidade de erro, excetuando quando a população total é realmente pequena. Além de corroborarmos com a conclusão destes autores, observamos em nosso trabalho que esta situação não ocorre para todos os índices, ou seja, em uma espécie um índice pode estar perto do real em amostras pequenas, no entanto outros índices ainda não. Neste sentido, o que sugerimos e levamos em consideração para determinação do tamanho mínimo da amostragem foi um número no qual todos os índices já estivessem estabilizados e/ou que a variação a partir deste número passaria a ser irrelevante na conclusão do status genético da espécie. No outro extremo, Hale; Burg e Steeves, (2012) enfatizam que para animais o uso de tamanhos populacionais acima de 30 indivíduos somente encareceria o estudo, sem ganhos na acurácia dos dados.

Tradicionalmente, para grande parte dos pesquisadores uma boa amostragem para estudos genéticos populacionais em plantas é aquela com grande número de indivíduos. Neste trabalho, foi evidenciado que para marcadores dominantes, neste caso ISSR, isto não é verídico, pois a partir do tamanho amostral de 30 indivíduos a variação é tão pequena que não leva a uma diferente interpretação do status genético da espécie. Logo, utilizar amostras muito acima deste número somente aumentaria o tempo para obtenção dos resultados assim também como o custo do trabalho.

Ainda, considerando que neste trabalho foram utilizadas espécies com diferentes características de sucessão, ocorrência, polinização e dispersão, é esperado que o tamanho amostral mínimo de 30 indivíduos aqui estabelecido possa ser utilizado em espécies com características biológicas semelhantes para obtenção de dados genético-populacionais confiáveis.

(37)

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Referências

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