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Situação Económico-Financeira Balanço e Contas

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II

Situação Económico-Financeira

Balanço e Contas

E

sta parte do Relatório respeita à análise económico-financeira da

Instituição, através da publicação dos respectivos Balanço e Contas

e do Relatório dos Auditores.

(3)

Situação Financeira

Em 2001 as economias mundiais cresceram a taxas significativamente mais baixas do que em 2000. O crescimento económico real mundial foi de cerca de 1,4 por cento, o que compara com 4,7 por cento no ano anterior. O crescimento do PIBnos Estados Unidos foi de 1,2 por cento, enquanto que na zona Euro foi de 1,5 por cento e na economia japonesa foi de 0,5 por cento negativo. Este fraco crescimento económico começara já no Outono de 2000 e continuou em 2001; a economia dos EUA sofreu uma recessão pouco intensa na primeira metade de 2001, a que se seguiu a quebra provocada pelos acontecimentos de 11 de Setembro. A inflação estava controlada nas principais economias, sendo de cerca de 2,8 por cento nos Estados Unidos e de 2,5 por cento na zona Euro.

Espera-se que o crescimento real da economia retome em 2002, e que se mantenha o controlo sobre o aumento dos preços. O ano de 2001 foi o mais difícil nos mercados financeiros desde os princípios da década de 1980. A fragilidade nos mercados começou em 2000 depois de um longo período de crescimento acima do trend e acentuou-se em 2001. O primeiro trimestre do ano foi marcado por quedas nos índices principais, o qual foi seguido por uma ligeira recuperação no segundo trimestre. O terceiro trimestre foi marcado por uma queda substancial devido aos ataques terroristas aos Estados Unidos, mas o quarto voltou a mostrar uma recuperação. Em 2001, o S&P 500 caiu 13 por cento e o índice tecnológico (NASDAQ) caiu 21 por cento. Na Europa o índice das companhias de maior capitalização (Eurotop 100) caiu 19 por cento enquanto que o PSI 20 português caiu 25 por cento. As companhias tecnológicas, da Internet e das telecomunicações foram particularmente

afectadas, o que conduziu a que o índice NASDAQ tivesse uma queda tão acentuada. As acções mais defensivas, como as das companhias de retalho e farmacêuticas, contribuíram para minorar o colapso dos mercados.

Numa tentativa bem sucedida de apoiar o consumo, os bancos centrais reduziram as taxas de juro; o banco central dos EUA reduziu a taxa de 5,5 por cento, no princípio de 2001, para 1,75 por cento, no final do ano. O Banco Central Europeu foi menos agressivo, reduzindo as taxas de 4,75 por cento para 3,25 por cento. Os mercados das obrigações dos governos europeus, incluindo Portugal, tiveram retornos fortes em 2001, subindo 6 por cento e 6,5 por cento, respectivamente. As obrigações governamentais globais tiveram um

desempenho menor, caindo ligeiramente. O euro desvalorizou 5,6 por cento face ao dólar americano, em 2001; a volatilidade foi significativa, tendo o euro atingido um mínimo de 11 por cento abaixo da taxa de câmbio no início do ano.

Carteira de Investimentos

O retorno total da carteira de investimentos foi negativo em 5,5 por cento em 2001 (2000: negativo em 3,9 por cento). O último trimestre, todavia, mostrou uma recuperação acentuada, de 6,9 por cento, comparada com a posição em 30 de Setembro de 2001. O retorno total a médio prazo foi positivo; 6,9 por cento anualisado desde Maio de 1997, mas somente de 2,3 por cento durante os últimos três anos.

No princípio de cada ano, a Fundação estabelece um objectivo de retorno total para os seus gestores. Este objectivo de retorno total é calculado para manter

188 189

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o poder de compra da carteira de investimentos no médio e longo prazo e para provisionar os fundos necessários para o orçamento da Fundação. O objectivo é baseado em previsões económicas, incluindo a inflação e o crescimento real das principais economias. Os fluxos dos mercados financeiros, contudo, não estão automática e unicamente ligados ao comportamento da economia. As previsões económicas para 2001, preparadas no final de 2000, quando o objectivo para 2001 foi calculado, eram bastante acima do efectivamente atingido e a performance dos mercados financeiros foi ainda pior que a da economia em geral.

Como nos anos anteriores, a variação nos retornos entre os gestores da Fundação foi bastante ampla, embora cada um tivesse o mesmo objectivo de retorno e as mesmas directrizes de investimento. Esta variação decorre dos diferentes estilos de investir e das diversas estratégias de alocação dos activos implementadas pelos gestores, assim como da reacção de cada um perante as mudanças no mercado.

Como resultado da Fundação ter cancelado os mandatos de vários gestores em 2000, a carteira dispunha de bastante liquidez no princípio de 2001. Uma parte foi utilizada para aumentar alguns dos fundos geridos pelos actuais gestores e o restante foi mantido em liquidez e aplicações nos mercados monetários. Em 31 de Dezembro de 2001, a alocação dos activos da carteira era ligeiramente menos defensiva do que no princípio do ano. Os gestores da Fundação aproveitaram uma redução acentuada nos valores

de mercado para voltar a investir em acções, beneficiando assim da recuperação do quarto trimestre. Todavia, a alocação de activos no final do ano era ainda bastante conservadora, em comparação com os anos anteriores, uma posição apropriada devido ao elevado grau de incerteza nos mercados financeiros.

Interesses Petrolíferos

Os preços do petróleo aumentaram durante a primeira metade de 2001 e voltaram a cair na segunda, para no final do ano acabarem com uma queda de 14 por cento.

O preço médio do “Brent” foi de USD 24, 14 por cento menos do que em 2000 (USD28), mas substancialmente mais do que em 1999 (cerca de USD 18). A volatilidade dos preços continuou ao longo do ano, sendo o preço mais alto cerca de 80 por cento acima do preço mais baixo. A redução dos preços do petróleo durante 2001 teve um efeito significativo no valor de venda dos produtos petrolíferos comercializados pelas empresas do grupo (365 milhões de dólares em 2001 contra 412 milhões de dólares em 2000). Os interesses petrolíferos foram reavaliados com efeito a 31 de Dezembro de 2001. Foi decidido fazer esta reavaliação a fim de dar conformidade aos requisitos de uma nova norma internacional de contabilidade e para alinhar a avaliação dos interesses petrolíferos e do gás nas contas consolidadas com os outros investimentos, que já têm sido mostrados nas contas ao seu valor justo durante vários anos. Os interesses petrolíferos e do gás foram reavaliados ao net present value calculado por peritos independentes.

Foi concluído um acordo com a Maersk para esta adquirir 60 por cento dos direitos no campo de Dunga, ficando a Oman Oil e o Grupo Partex com 20 por cento cada. A Maersk passará a operador do campo assim que as autoridades do Kasaquistão derem o seu consentimento.

A quase totalidade dos empréstimos feitos pela Fundação à Partex Oil and Gas (Holdings) Corporation para investimentos foi reembolsada durante 2001 utilizando o forte fluxo de liquidez do grupo. Prevê-se que o grupo Partex Oil and Gas pague à Fundação um dividendo de USD29,300,000 relativo ao resultado líquido de 2001 (2000: USD 23,750,000).

Actividades e Indicadores

A execução do Orçamento e Plano de Actividades da Fundação no exercício de 2001 revela, em síntese, o seguinte:

› A execução orçamental – avaliada pela

diferença entre as despesas e as receitas obtidas com a realização das actividades – excedeu o previsto em cerca de 960 mil

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euros, do que resultou uma taxa de execução de 101 por cento.

› Verificou-se um aumento das actividades

distributivas e directas, relativamente a 2000 – os subsídios e bolsas de estudo aumentaram 6 por cento e as iniciativas próprias registaram um pequeno acréscimo de 1,5 por cento.

› As finalidades estatutárias apresentaram

uma estrutura ligeiramente alterada, designadamente, com reforço da finalidade Arte, com um ligeiro aumento da Ciência e com a redução do peso relativo da Beneficência e Educação.

› A execução das despesas com pessoal ficou

aquém do orçamentado, em resultado dos efeitos da política de racionalização dos recursos humanos terem sido superiores ao esperado. Assim, os encargos com pessoal sofreram uma pequena redução, quer em termos de peso relativo – que passou de 46 por cento para 43 por cento, no período de 2000 a 2001 – quer em termos absolutos, em que no mesmo período passou de 47 076 para 47 046 mil euros.

› Prosseguiu-se o esforço de investimento,

quer em novas tecnologias de informação, quer nas estruturas físicas – as despesas de investimento aumentaram quase para o dobro, relativamente a 2000.

› Melhorou-se o nível de receitas, que foram

muito superiores ao previsto no Orçamento (um acréscimo de 41 por cento) – o que permitiu financiar parte do excesso de despesa verificado nas actividades.

De notar, também, que as receitas cresceram 21 por cento relativamente ao ano anterior. A comparação dos vários tipos de despesa e das receitas, nos dois últimos anos, está patente no quadro seguinte:

Despesas e receitas realizadas

Euros

2000 2001 Variação Despesas com pessoal 47 076 486 47 045 933 – 30 553 Despesas de estrutura 14 649 220 21 360 773 6 711 553 – Investimento 3 534 684 9 149 086 5 614 402 – Funcionamento 11 114 536 12 211 687 1 097 151 Subsídios e bolsas de estudo 23 834 464 25 289 321 1 454 857 Iniciativas próprias 16 764 274 17 021 188 256 914 Projecto RH 2000 1 960 509 1 749 351 – 211 158 Despesa bruta 104 284 953 112 466 566 8 181 613 Receitas (–) 5 630 655 6 785 980 1 155 325 Despesa líquida 98 654 298 105 680 586 7 026 288

Para efeitos da repartição percentual da despesa bruta, não se consideraram os encargos relativos ao projecto RH 2000, por se tratar de uma despesa extraordinária. Realizado em 2000

Realizado em 2001

A distribuição das finalidades estatutárias, apurada de acordo com o método do custeio total (incluindo os consumos internos dos Serviços), foi a seguinte:

Realizado em 2001

Esta distribuição reflecte, sobretudo, o reforço da finalidade estatutária Arte – que passou de 45 por cento para 49 por cento – em resultado da importância assumida pelas obras de remodelação do Museu e do Centro de Arte Moderna.

190 191

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Os movimentos de pessoal verificados ao longo do ano cifraram-se na redução total de 14 pessoas, resultante de uma diminuição de 53 elementos no pessoal ao serviço e de um aumento de 39 pensionistas. Esta situação é ainda o reflexo das saídas incentivadas pelo projecto RH 2000, cujos efeitos, em termos do contingente de pessoal e do impacte financeiro, se começaram a sentir essencialmente a partir de 2000, mas que continuam a contribuir para os bons resultados neste domínio em 2001.

Pessoal

31.12.2000 31.12.2001 Pessoal ao serviço 729 676 › Efectivos 720 669 › Contratados 9 7 Pensionistas 956 995 › Pré-reformas 112 108 › Reformas antecipadas 162 182

› Reformas por velhice/invalidez 489 527

› Pensões de sobrevivência 193 178

Total 1685 1671

A importância e a diversidade das actuações da Fundação (as quais contemplam duas vertentes distintas: a concessão de subsídios e bolsas de estudo e a realização de iniciativas próprias) e o seu impacte em termos de beneficiários, número de eventos e meios financeiros envolvidos, está bem patente nos quadros seguintes:

Actividades da Fundação em 2001

Actividades Distributivas

Beneficiários Custo directo

Euros

Subsídios 2265 17 795 347

Bolsas de Estudo 6386 7 493 974 Iniciativas

Acontecimentos Custo directo

Euros Exposições 38 1 726 340 Espectáculos 252 12 207 034 Publicações 113 2 570 187 Colóquios e Conferências 204 475 171 Cursos de Formação 238 669 685 Prémios e Concursos 7 141 038 Projectos de Investigação 57 958 522 Projectos Transversais e Inovadores 3 477 684 Aquisição de Obras de Arte 69 243 331

Actividades Permanentes [Museus, Bibliotecas e Instituições]

Visitantes/Utentes Custo Directo

Euros

Museu Calouste Gulbenkian 64 128 2 381 173 Centro de Arte Moderna 101 571 2 754 192 Instituto Gulbenkian de Ciência – 2 649 088 Biblioteca de Arte 4 272 1 933 211 Biblioteca do Centro Cultural

de Paris 1 860 670 298

Biblioteca do IGC 7 770 257 249 Rede de Bibliotecas 1 567 677 1 608 443 Arquivo de Arte

(Belas-Artes) 230 132 259

Centro Artístico Infantil 9 730 321 273 Centro de Imagem

e Técnicas Narrativas 74 83 116

O impacte das actividades desenvolvidas pela Fundação, medido através dos indicadores físicos, registou algumas variações.

Beneficiários e acontecimentos

2000 2001 Público Beneficiário [n.º] Beneficiários de Subsídios 2 982 2 265 Bolseiros 6 283 6 386

› Visitantes das Exposições

Permanentes (Museus) 78 112 165 699 Visitantes das Exposições

Temporárias 168 510 150 629

Presenças nos Espectáculos 141 860 139 244 Leitores/Utilizadores de Bibliotecas e Arquivos 1 319 365 1 582 334 Acontecimentos [n.º] Exposições Temporárias 56 38 Espectáculos ›› Iniciativas 306 252 ›› Sessões 507 398 Publicações ›› Edições 95 113 ›› Exemplares 416 506 361 200 Colóquios e Conferências 181 204 Cursos de Formação 189 238 Prémios e Concursos 4 7 Projectos de Investigação 39 57 Aquisições de Obras de Arte 62 69

(7)

Análise ao Balanço

e Contas Consolidados

Património líquido

No exercício de 2001 o património líquido situou-se nos 2496 milhões de euros, valor que, em relação ao exercício de 2000, representou um acréscimo de 3,1 por cento. Esta situação ficou a dever-se,

essencialmente, aos seguintes factores:

Variações positivas

› Os dividendos das companhias subsidiárias,

que registaram um aumento de cerca de 22 por cento, passando de 25,5 milhões de euros em 2000 para 31,1 milhões de euros em 2001 e as diferenças de câmbio favoráveis, que ascenderam a 15,7 milhões de euros.

› A reavaliação ao valor de mercado dos

investimentos petrolíferos e do gás, que apurou um valor na ordem dos 301,5 milhões de euros.

Variações negativas

› A provisão para imparidade de activos

constituída relativamente ao investimento no projecto “Dunga Oil Field” que representava 64,8 milhões de euros e cujo valor actual líquido em 31 de Dezembro foi estimado em cerca de 15,9 milhões de euros.

› A variação líquida da carteira de títulos, que

em termos de justo valor teve um decréscimo de 7,8 por cento, passando de 2362,7 milhões de euros no exercício de 2000 para

2178,2 milhões de euros em 2001.

Balanço

Modificações no Activo

› O total do Activo passou de 2661,2 milhões

de euros, em 31 de Dezembro de 2000, para 2749,2 milhões de euros, em 31 de

Dezembro de 2001.

O Imobilizado teve um aumento de 2,6 por cento, tendo para tal contribuído o acréscimo do valor dos investimentos.

O Activo corrente registou um aumento de 19,1 por cento.

Modificações no Passivo

› O Passivo corrente teve um aumento

de 0,68 milhões de euros.

› O Passivo de médio e longo prazo

e as provisões para riscos e encargos que representam, fundamentalmente,

a responsabilidade com complementos de reforma, passaram de 177,2 milhões de euros no exercício de 2000

para 188,8 milhões de euros em 2001.

Operações e movimentos

no fundo de capital

O retorno total situou-se nos 66 milhões de euros negativos, situação que ficou a dever-se à má conjuntura internacional dos mercados de capitais. O desempenho das actividades petrolíferas apresentou um decréscimo no seu retorno, da ordem dos 4,8 por cento.

Os recursos afectos à distribuição

e actividades directas foram de 80,9 milhões de euros, o que representou um acréscimo de 4,8 por cento em relação ao ano anterior.

Quanto às despesas administrativas e operacionais assistiu-se a um ligeiro decréscimo de 1,5 por cento.

Finalidades estatutárias

A distribuição pelos quatro fins estatutários, foi assim ventilada:

Arte 48 por cento

Beneficência 9 por cento

Ciência 11 por cento

Educação 32 por cento

192 193

(8)

194 195

››

Balanço e Contas

31 de Dezembro de 2001

Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2001

(103Euros) Notas 2001 2000 Imobilizado Imobilizações corpóreas 2 24 054 67 842 Investimentos 3 2 593 768 2 483 089 Colecções de arte 1 2 617 822 2 550 931 Activo corrente Devedores 5 46 843 62 975

Depósitos a curto prazo 6 470 4 988

Depósitos à ordem 78 015 42 313

131 328 110 276

Passivo corrente 6 (64 485) (63 802)

Activo corrente líquido 66 843 46 474

Total do activo menos passivo corrente 2 684 665 2 597 405

Passivo de médio e longo prazo 6 (4 827) (4 968)

Provisões para riscos e encargos 7 (184 042) (172 230)

Activo líquido, representado pelo fundo de capital 2 495 796 2 420 207

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Demonstrações consolidadas das operações e movimentos no fundo de capital para o ano findo em 31 de Dezembro de 2001

(103Euros)

Notas 2001 2000

Retorno líquido das actividades petrolíferas 9 68 151 71 597

Retorno financeiro 10 (134 207) (97 984)

(66 056) (26 387)

Despesas administrativas e operacionais (15 622) (15 866)

Retorno líquido do ano (81 678) (42 253)

Distribuição e actividades directas 11 (80 853) (77 219)

Reforço da provisão para pensões 7 (22 663) (15 552)

Outras provisões 7 (3 767) 4 005

Provisão para imparidade de activos 2 (48 940)

Amortizações (edifícios e viaturas) 2 (7 075) (4 310)

Custos de reestruturação 13 (1 770) (1 960)

Outras receitas 14 5 095 6 404

Retorno corrente retido (241 651) (130 885)

Diferenças de câmbio 15 743 13 243

Transferência para o fundo de capital 8 (225 908) (117 642)

Reserva de reavaliação 3 301 497

Fundo de capital no início do ano 2 420 207 2 537 849

Fundo de capital no fim do ano 2 495 796 2 420 207

(10)

196 197

Demonstração de fluxos de caixa consolidados para o ano findo em 31 de Dezembro de 2001

(103Euros)

2001 2000

Actividades operacionais

Transferência para fundo de capital (225 908) (117 642)

Amortizações do exercício 7 075 4 310

Aumento das provisões para pensões 22 785 15 752

Aumento de outras provisões 52 004 (3 619)

(Aumento)/diminuição: Devedores 16 132 (8 935) Subsídios (1 436) 2 040 Credores 1 978 (2 109) (127 370) (110 203) Actividades de investimento

Variação líquida da carteira de investimentos 190 818 142 917

Aquisições de imobilizado (12 257) (21 966)

Abates de imobilizado 30 133

(Aumento)/redução depósitos curto prazo (1 482) 10 225

177 109 131 309

Actividades de financiamento

Pensões pagas (14 037) (14 008)

Variação líquida em caixa e equivalentes 35 702 7 098

Caixa e equivalentes no início do período 42 313 35 215

78 015 42 313

(11)

Balanço da Fundação em 31 de Dezembro de 2001 (103Euros) Notas 2001 2000 Imobilizado Imobilizações corpóreas 2 7 884 7 622 Investimentos 3 2 652 972 2 541 066 Colecções de arte 1 2 660 856 2 548 688 Activo corrente Companhias subsidiárias 4 32 545 54 349 Devedores 5 4 333 7 741

Depósitos a curto prazo 6 470 4 988

Depósitos à ordem 1 271 1 885

44 619 68 963

Passivo corrente 6 (25 862) (24 985)

Activo corrente líquido 18 757 43 978

Total do activo menos passivo corrente 2 679 613 2 592 666

Passivo de médio e longo prazo 6 (4 827) (4 968)

Provisões para riscos e encargos 7 (178 990) (167 491)

Activo líquido, representado pelo fundo de capital 2 495 796 2 420 207

(12)

198 199

Demonstrações das operações e movimentos no fundo de capital para o ano findo em 31 de Dezembro de 2001

(103Euros)

Notas 2001 2000

Retorno financeiro 10 (111 131) (21 768)

Despesas administrativas e operacionais (6 665) (7 811)

Retorno líquido do ano (117 796) (29 579)

Distribuição e actividades directas 11 (80 853) (77 219)

Reforço da provisão para pensões 7 (22 313) (15 827)

Outras provisões 7 (3 536)

Amortizações (edifícios e viaturas) 2 (6 814) (3 855)

Custos de reestruturação 13 (1 770) (1 960)

Outras receitas 14 5 072 6 339

Retorno corrente retido (228 010) (122 101)

Diferenças de câmbio 2 102 4 459

Transferência para o fundo de capital 8 (225 908) (117 642)

Reserva de reavaliação 3 301 497

Fundo de capital no início do ano 2 420 207 2 537 849

Fundo de capital no fim do ano 2 495 796 2 420 207

(13)

Nota 1

Políticas contabilísticas

a) Actividades

A Fundação Calouste Gulbenkian é uma instituição constituída sem fins lucrativos com sede em Lisboa, Portugal. A Fundação foi criada pelo testamento do seu fundador Sr. Calouste Sarkis Gulbenkian, sendo-lhe atribuído o estatuto de utilidade pública pelo Decreto-Lei n.o40690, de 18 de Julho

de 1956. A acção da Fundação exerce-se através da concessão de subsídios

e realização de outras formas de actividade com os seguintes fins estatutários: Arte, Beneficência, Ciência e Educação.

As actividades das companhias subsidiárias estão relacionadas com as suas participações nos interesses petrolíferos e do gás

no golfo Pérsico e no Médio Oriente.

b)Bases de apresentação

As demonstrações financeiras são apresentadas de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade baseadas no princípio do custo histórico, excepto os investimentos em empresas não cotadas que foram reavaliados ao valor de mercado à data de 31 de Dezembro de 2001 em conformidade com a Norma Internacional de Contabilidade (NIC) n.o39. À excepção da reavaliação dos

investimentos em empresas não cotadas resultante da adopção da NIC39 em 2001, as políticas contabilísticas foram

devidamente aplicadas e consistentes com as do ano anterior.

c)Alterações nas políticas contabilísticas

A introdução da NIC39 exige que todos os activos e passivos financeiros, incluindo instrumentos derivados, sejam registados no balanço, classificados em categorias específicas e valorizados em conformidade com as regras aplicáveis a cada categoria.

A adopção da NIC 39 a 1 de Janeiro de 2001 não teve impacto nos saldos de abertura do fundo social.

d)Bases de consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas reflectem os activos, passivos e resultados das empresas subsidiárias tal como definido na nota 3, relativamente aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2001 e 2000. As participações financeiras nas empresas subsidiárias, que representam 50 por cento ou a maioria do capital ou direitos de voto e em que a Fundação exerce controlo, são consolidadas pelo método da consolidação integral.

Os saldos e transacções significativas existentes entre empresas do Grupo são eliminados.

e) Reconhecimento de custos e proveitos

Os custos e os proveitos são registados no exercício a que respeitam, independentemente do momento do seu pagamento ou

recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização do exercício. Juros, dividendos, royalties e outros proveitos resultantes dos recursos do Grupo são reconhecidos como proveitos, quando é provável que os benefícios económicos associados com a transacção fluam para o Grupo e o proveito pode ser mensurado com confiança. Os juros são reconhecidos com base na periodificação, com excepção se existirem dúvidas quanto ao seu recebimento. Os royalties e outros proveitos são reconhecidos com base na periodificação dos proveitos com referência à substância do acordo relevante.

f)Reconhecimento de proveitos nas actividades petrolíferas

Os proveitos resultantes da venda de petróleo e gás são apenas reconhecidos quando os

Notas ao Balanço e Contas

31 de Dezembro de 2001

(14)

riscos e os benefícios do direito de propriedade se encontram transferidos para o comprador e quando não existe incerteza na determinação dos custos associados.

g) Custos capitalizados nas actividades petrolíferas

O Grupo segue para a actividade petrolífera o critério de contabilização designado de successful efforts (resultados bem sucedidos). Os custos com a aquisição de propriedades ou concessão, os poços de pesquisa de petróleo com sucesso, os custos de desenvolvimento, incluindo juros de financiamento, o equipamento e instalações de suporte à actividade petrolífera são capitalizados. Os custos com os poços de exploração sem resultados confirmados são debitados à conta de perdas e lucros. Os custos de produção, despesas de

estrutura e todas as despesas de exploração, excepto os custos com os furos de pesquisa, são debitados à conta de perdas e lucros no ano em que são incorridos.

h) Imobilizado corpóreo

A maioria do equipamento é amortizado no ano de aquisição. Os bens imobiliários e outros com um valor significativo são incluídos nas imobilizações corpóreas pelo valor de custo, líquidos de subsídios recebidos e são amortizados pelo tempo estimado de vida útil, utilizando o método de taxas fixas, como se segue:

› Edifícios 2-12%

› Equipamento de transporte 25-33,3%

› Outro equipamento 100%

i) Subsídios recebidos

Os subsídios recebidos no âmbito do Programa Operacional da Cultura destinados a financiar a remodelação de infra-estruturas e equipamentos, são creditados em resultados, em

conformidade com as taxas de amortização do equipamento correspondente.

j) Investimentos

Os investimentos em títulos cotados são considerados como investimentos

de negociação e são reavaliados anualmente à cotação de mercado à data do balanço. As mais e menos-valias resultantes da diferença entre o valor contabilístico e o valor apurado segundo o critério acima citado, são registadas na “Demonstração das operações e movimentos no fundo de capital”.

Até 31 de Dezembro de 2000

os investimentos em empresas não cotadas eram registados ao custo de aquisição. Em 2001 o Grupo adoptou a NIC 39. Consequentemente os investimentos em empresas não cotadas foram classificados como investimentos available-for-sale e são registados ao valor de mercado. As variações no valor de mercado são registadas no fundo de capital.

O valor de mercado foi determinado através de avaliações efectuadas por especialistas independentes com base no valor actual líquido dos fluxos de caixa futuros. Os investimentos em moeda estrangeira encontram-se parcialmente cobertos por contratos a prazo de moeda com vista à cobertura do risco cambial da moeda.

k)Imparidade dos activos

O valor de balanço dos activos é analisado anualmente por forma a determinar se existe algum indício de imparidade. Se tal indício existir, é estimado o valor recuperável do activo. Uma perda por imparidade é reconhecida na “Demonstração das operações e movimentos no fundo de capital” sempre que o valor de balanço do activo excede o seu valor recuperável.

l) Contratos a prazo de moeda

Os contratos a prazo de moeda são reavaliados às taxas de câmbio a prazo de mercado ou, na sua ausência, através do seu cálculo com base nas taxas de juro aplicáveis ao prazo residual da operação. As diferenças entre os contravalores em escudos às taxas de reavaliação a prazo aplicadas e os contravalores em escudos às taxas contratadas são registadas na

200 201

(15)

“Demonstração das operações e movimentos no fundo de capital”.

m)Colecções de arte

A colecção de arte do fundador foi doada à Fundação Calouste Gulbenkian pelo próprio fundador e está incluída nas contas da Fundação por um valor simbólico. A colecção de arte moderna compõe-se de obras de arte adquiridas ao longo dos anos, cujo custo foi totalmente amortizado no ano de aquisição, considerando-se como parte dos subsídios para fins artísticos desse ano.

n)Locação financeira

Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início como activo e passivo pelo justo valor da propriedade locada, que é equivalente ao valor actual das rendas de locação vincendas. As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital. Os encargos financeiros são imputados aos períodos durante o prazo de locação.

o)Conversão em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira foram convertidas em euros às taxas de câmbio indicativas do Banco de Portugal. Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos em euros às taxas de câmbio em vigor à data do Balanço.

p)Plano de pensões

A Fundação assumiu a responsabilidade de pagar aos empregados pensões de reforma por velhice e pensões de reforma por invalidez, nos termos estabelecidos no “Plano de Pensões do Pessoal” da Fundação. Estas pensões destinam-se a complementar as pensões atribuídas pela Segurança Social e são determinadas em função do tempo de serviço de cada empregado. Para cobrir esta responsabilidade é constituída uma provisão que representa uma estimativa do capital necessário para pagar os benefícios aos actuais pensionistas e os benefícios futuros

a pagar aos empregados actuais. Quaisquer ganhos ou perdas actuariais são registados quando incorridos.

q) Impostos

Por despacho do Ministro das Finanças, de 18 de Julho de 1989, foi reconhecida à Fundação Calouste Gulbenkian a isenção de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas.

Nota 2

Imobilizações corpóreas

(103Euros) Consolidado Base individual

2001 2000 2001 2000 Terrenos e edifícios 17 467 13 039 17 467 13 039 Equipamento de transporte 2 767 2 668 2 592 2 528 Outro equipamento 11 662 9 873 10 181 8 450 Imobilizado em curso 65 553 59 841 727 – 97 449 85 421 30 967 24 017 Amortizações acumuladas (24 455) (17 579) (23 083) (16 395) Provisão para imparidade

de activos (48 940) – – –

24 054 67 842 7 884 7 622

O “Imobilizado em curso” é referente ao investimento efectuado no projecto “Dunga Oil Field” no montante de € 64 826milhares (2000: 59 841 milhares) em parceria com a Oman Oil Company Ltd.

O valor actual líquido estimado para este projecto com referência a 31 de Dezembro de 2001 é de 15 885 624(USD14 000 000) e foi determinado pelo valor actual líquido dos cash flows estimados futuros, tendo por base pressupostos de mercado determinados por avaliadores independentes.

Nesta base foi constituída uma provisão para imparidade de activos no montante de 48 940 000 para reflectir o valor de mercado deste activo.

Em 2001 foi assinado um acordo de “farm-in” com uma companhia petrolífera, em que esta adquire 60 por cento dos direitos de exploração e desenvolvimento do “Dunga Oil Field”, enquanto a Oman Oil Company e a Partex (Kazakhstan) mantêm uma posição de 20 por cento cada. Assim que esta operação

(16)

202 203 seja aprovada pelas autoridades do Casaquistão,

a companhia petrolífera irá proceder a explorações adicionais, estendendo desta forma, a fase.piloto do projecto Dunga por 2002. A rubrica “Terrenos e edifícios” em

31 de Dezembro de 2001 inclui um imóvel no montante líquido de 24 000, para o qual existe um contrato de promessa de compra e venda no montante de 6 205 000 com escritura a realizar no início de 2002.

Os movimentos da rubrica “Imobilizado corpóreo” durante o ano de 2001, para o Grupo, são analisados como segue:

(103Euros)

Saldo em Aquisições/ Abates Saldo em 01/Jan./01 /dotações 31/Dez./01

Custo: Terrenos e edifícios 13 039 4 428 – 17 467 Equipamento de transporte 2 668 328 (229) 2 767 Outro equipamento 9 873 1 789 – 11 662 Imobilizado em curso 59 841 5 712 – 65 553 85 421 12 257 (229) 97 449 Amortizações acumuladas: Terrenos e edifícios 6 454 4 613 – 11 067 Equipamento de transporte 1 603 510 (199) 1 914 Outro equipamento 9 522 1 952 – 11 474 17 579 7 075 (199) 24 455

Os movimentos da rubrica “Imobilizado corpóreo” durante o ano de 2001, para a Fundação, são analisados como segue:

(103Euros)

Saldo em Aquisições/ Saldo em

01/Jan./01 /dotações Abates 31/Dez./01 Custo: Terrenos e edifícios 13 039 4 428 – 17 467 Equipamento de transporte 2 528 190 (126) 2 592 Outro equipamento 8 450 1 731 – 10 181 Imobilizado em curso – 727 – 727 24 017 7 076 (126) 30 967 Amortizações acumuladas: Terrenos e edifícios 6 454 4 613 – 11 067 Equipamento de transporte 1 491 473 (126) 1 838 Outro equipamento 8 450 1 728 – 10 178 16 395 6 814 (126) 23 083

A rubrica “Equipamento de transporte” inclui o montante de €2 059 milhares,

relativo a equipamento adquirido através de financiamento em leasing.

Em 31 de Dezembro de 2001 a rubrica de aquisições de “Terrenos e edifícios” encontra-se deduzida de um montante de 1 920 000 referente

a comparticipações do FEDER – Programa Operacional da Cultura para a Modernização do Museu Calouste Gulbenkian.

Este montante foi reconhecido em proveitos em conformidade com a política

contabilística descrita na nota 1 i).

Nota 3

Investimentos

(103Euros) Consolidado Base individual

2001 2000 2001 2000

Custo:

Obrigações 709 631 808 362 709 631 808 362 Acções 1 142 207 788 455 1 142 207 788 455 Contratos a prazo de moeda

› Compra moeda (1 202 957) (1 902 001) (1 202 957) (1 902 001) › Venda moeda 1 202 957 1 902 001 1 202 957 1 902 001 Opções compradas 150 – 150 – Opções vendidas (192) – (192) – Futuros – – – – Disponibilidades 305 626 560 345 305 626 560 345 Outros investimentos 124 233 120 303 4 215 4 215 2 281 655 2 277 465 2 161 637 2 161 377 Justo valor 2 593 768 2 483 089 2 652 972 2 541 066

As diferenças entre o valor de aquisição e o justo valor, à data de 31 de Dezembro de 2001, são analisadas como segue:

(103Euros) Consolidado Base individual

Valor de Justo Valor de Justo

aquisição valor aquisição valor

Obrigações 709 631 718 342 709 631 718 342 Acções 1 142 207 1 152 611 1 142 207 1 152 611 Contratos a prazo de moeda

› Compra moeda (1 202 957) (1 202 755) (1 202 957) (1 202 755) › Venda moeda 1 202 957 1 200 786 1 202 957 1 200 786 Opções compradas 150 77 150 77 Opções vendidas (192) (446) (192) (446) Futuros – (85) – (85) Disponibilidades 305 626 309 628 305 626 309 628 Outros investimentos 124 233 415 610 4 215 474 814 2 281 655 2 593 768 2 161 637 2 652 972

(17)

A 31 de Dezembro de 2001, o valor contabilístico dos outros investimentos é analisado como segue:

(103Euros) Consolidado Base individual Valor Valor contabilístico contabilístico Subsidiárias:

Partex Oil and Gas (Holdings) Corporation – 470 637 Economic and General Secretariat Limited – 37 Interesses petrolíferos e do gás: Acções 368 547 – Adiantamentos 40 423 – Fundo NovEnergia 2 500 – Edifícios 4 140 4 140 415 610 474 814

Os investimentos em interesses petrolíferos e do gás foram reavaliados ao valor de mercado com referência a 31 de Dezembro de 2001 conforme requerido pela NIC 39, pelo que foi registada uma reserva de reavaliação no exercício de 2001 no montante de € 301 497 000.

O valor de mercado foi determinado através de avaliações efectuadas por especialistas independentes. As avaliações reflectem o valor actual líquido dos fluxos de caixa futuros estimados tendo por base pressupostos de mercado.

Em 2001, o Grupo efectuou um investimento de 50 000 acções no fundo fechado

NovEnergia 2010 no montante

de 2 500 000. Este fundo encontra-se registado no Luxemburgo e tem como objectivo o investimento em projectos que utilizam energias renováveis como fonte energética e em empresas relacionadas com o seu desenvolvimento. O valor de mercado deste investimento não difere do seu valor de aquisição.

O investimento em edifícios corresponde a um imóvel sito na Avenida 5 de Outubro adquirido em 1990.

Os investimentos estão apresentados líquidos de provisões constituídas de acordo com a política contabilística referida em 1 j). Em 31 de Dezembro de 2001, as companhias subsidiárias incluídas na consolidação de contas da Fundação foram as seguintes:

Capital

Moeda Actividade

Subsidiárias Sede

Social % económica

Participações directas: Partex Oil and Gas

(Holdings) Corporation Ilhas Caimão 50 000 USD 100 a) Economic and General

Secretariat Limited* Inglaterra 4 000 GBP 100 b) Participações indirectas:

(através da Partex Oil and Gas (Holdings) Corporation) Participations

and Explorations

Corporation Panamá 2 800 USD 100 a) Partex (Oman) Corporation Panamá 2 500 USD 100 a) Partex Gas Corporation Panamá 2 000 000 USD 100 a) Partex (Kazakhstan)

Corporation Ilhas Caimão 5 000 USD 100 a) Partex Services Corporation Panamá 2 300 000 USD 100 b) PMO Services, S.A. Liechtenstein 500 000 CHF 100 b) (através da Partex Services Corporation)

Petroprimo – Serviços para a Indústria

Petrolífera, S.A. Portugal 50 000 EUR 100 b)

a) Companhias participantes em concessões petrolíferas ou operações contratuais. b) Prestação de serviços.

* Esta empresa participada encontra-se sem actividade.

Nota 4

Companhias subsidiárias

(103Euros) Base individual 2001 2000 Dividendos a receber 31 094 25 523 Empréstimo 1 098 28 816 Saldo da conta corrente 353 10

(18)

204 205 Nota 5

Devedores

(103Euros) Consolidado Base individual

2001 2000 2001 2000 Devedores (interesses petrolíferos) 25 168 33 324 – – Juros a receber 715 2 389 715 2 389 Devedores diversos 20 960 27 262 3 618 5 352 46 843 62 975 4 333 7 741 Nota 6

Passivo corrente e de médio

e longo prazo

(103Euros) Consolidado Base individual

2001 2000 2001 2000 Passivo corrente: Subsídios 11 134 12 570 11 134 12 570 Credores (interesses petrolíferos) 26 251 34 120 – – Fornecedores de leasing 568 499 568 499 Juros a pagar 569 239 569 239 Credores diversos 25 963 16 374 13 591 11 677 64 485 63 802 25 862 24 985

O saldo da conta de “Subsídios” corresponde aos subsídios autorizados mas que se encontram por liquidar, por razões não imputáveis à Fundação, à data do Balanço. A 31 de Dezembro de 2001 a rubrica de “Credores diversos” inclui o montante de 1 241 000referente a adiantamentos por conta de venda de um imóvel

(ver nota 2).

(103Euros) Consolidado Base individual

2001 2000 2001 2000

Passivo de médio e longo prazo:

Fornecedores de leasing 600 963 600 963 Empréstimo obtido 4 227 4 005 4 227 4 005

4 827 4 968 4 827 4 968

A rubrica de “Empréstimo obtido” é referente a um empréstimo da Gulbenkian Annuities Fund vencendo juros à taxa de juro Libor a 6 meses. Actualmente o empréstimo vence juros à taxa anual de 2,5225 por cento.

Nota 7

Provisões para riscos e encargos

(103Euros) Consolidado Base individual

2001 2000 2001 2000

Provisão para pensões 176 997 168 249 174 614 166 100 Outras provisões 7 045 3 981 4 376 1 391

184 042 172 230 178 990 167 491

Os movimentos relativos à provisão para complementos de reforma durante o exercício são analisados como segue:

(103Euros) Consolidado Base individual Saldo em 1 de Janeiro de 2001 168 249 166 100 Pensões pagas durante o ano (14 037) (13 799)

154 212 152 301

Reforço da provisão 22 663 22 313 Ajustamento cambial 122 – Saldo em 31 de Dezembro de 2001 176 997 174 614

A evolução das responsabilidades com complementos de reforma durante o exercício de 2001, é apresentada como segue:

(103Euros) Consolidado Base individual Responsabilidades passadas

a 31 de Dezembro de 2001 168 249 166 100 Custo dos serviços correntes 3 003 2 961 Custo dos juros 11 524 11 396 Pensões pagas (14 037) (13 799) Perdas/(ganhos) actuariais 5 698 5 518 Custo dos serviços passados 2 438 2 438 Ajustamento cambial 122 – Responsabilidades passadas

a 31 de Dezembro de 2001 176 997 174 614

Os pressupostos utilizados no cálculo das responsabilidades com complementos de reforma com referência a 31 de Dezembro de 2001 são analisados como segue:

Método actuarial Projected Unit Credit Tábua de mortalidade TV 73/77 Taxa de rentabilidade real de longo

prazo face ao crescimento dos salários 3% Taxa de rentabilidade real de longo prazo

face ao crescimento das pensões 4,5% Taxa de rendimento do fundo 6%

(19)

As outras provisões respeitam a

compromissos com um banco em relação a garantias dadas por este a tribunais e a compromissos com outras entidades governamentais.

Os movimentos relativos a outras provisões são analisados como segue:

(103Euros) Consolidado Base individual Saldo em 1 de Janeiro de 2001 3 981 1 391 Reforço de outras provisões 4 001 3 536 Anulação de outras provisões (234) – Utilização de outras provisões (854) (558) Outros movimentos 7 7 Ajustamento cambial 144 – Saldo a 31 de Dezembro de 2000 7 045 4 376 Nota 8

Fundo de capital

(103Euros) Consolidado 2001 2000

Valores recebidos do Fundador,

Calouste Sarkis Gulbenkian 11 747 11 747 Acréscimo ao fundo de capital

até ao início do ano respectivo 2 408 460 2 526 102 Reserva de reavaliação 301 497 – Decréscimo/(acréscimo) ao fundo

de capital no próprio ano (225 908) (117 642)

2 495 796 2 420 207

Nota 9

Retorno líquido das actividades

petrolíferas

(103Euros)

2001 2000

Venda de petróleo e gás 443 581 483 768 Custo das vendas (375 430) (412 171)

68 151 71 597

Nota 10

Retorno financeiro

A política da Fundação visa obter uma taxa de retorno sobre a sua carteira de

investimentos, líquida de despesas directas. Esta taxa é acordada anualmente com os gestores responsáveis pelo investimento dos fundos no âmbito de orientações

previamente estabelecidas pela Fundação. A desagregação do retorno total atingido em 2001 e 2000 é a seguinte:

(103Euros) Consolidado Base individual

2001 2000 2001 2000

Juros 68 634 75 227 62 124 71 852 Dividendos 8 467 10 416 41 326 36 303 Ganhos realizados na carteira 72 143 145 250 72 143 145 250 Perdas realizadas na carteira (86 589) (47 930) (86 589) (47 930) Reavaliação dos investimentos (185 181) (268 977) (190 146) (217 970) (122 526) (86 014) (101 142) (12 495) Custos directos (11 681) (11 970) (9 989) (9 273)

(134 207) (97 984)(111 131) (21 768)

Nota 11

Distribuição e actividades directas

Esta rubrica é analisada como segue, atendendo aos fins estatutários da Fundação: (103Euros) 2001 2000 Arte 38 164 34 761 Beneficência 7 627 7 871 Ciência 9 241 8 440 Educação 25 821 26 147 80 853 77 219 Nota 12

Despesas com o pessoal

(103Euros) Consolidado Base individual

2001 2000 2001 2000

Conselho de Administração 1 053 1 126 851 933 Ordenados e salários 29 443 29 893 24 570 24 820 Encargos sobre remunerações 6 101 5 743 5 313 5 502 Outros custos com o pessoal 3 069 2 659 2 413 2 170

39 666 39 421 33 147 33 425

O número de efectivos é analisado como segue:

Consolidado Base individual

2001 2000 2001 2000

Conselho de Administração 7 7 7 7 Pessoal 723 780 669 723

(20)

Nota 13

Custos de reestruturação

O montante apresentado nesta rubrica é referente aos custos suportados pela Fundação relativos ao pagamento de reformas antecipadas e rescisões de contratos.

Nota 14

Outras receitas

(103Euros) Consolidado Base individual

2001 2000 2001 2000 Venda de edições 1 340 1 339 1 340 1 339 Venda de bilhetes 1 095 1 032 1 095 1 032 Comparticipação de outras entidades 1 077 1 122 1 077 1 122 Outras 1 583 2 911 1 560 2 846 5 095 6 404 5 072 6 339 Nota 15

Instrumentos financeiros

a) Valor de mercado dos instrumentos financeiros

Os activos financeiros da Fundação incluem os saldos de caixa e equivalentes,

devedores, periodificações e investimentos. Os passivos financeiros da Fundação incluem os saldos de credores para com terceiros e para com empresas do Grupo.

As políticas contabilísticas para os activos e passivos financeiros encontram-se descritas na nota 1.

b) Risco financeiro

(i)Risco de crédito

A Fundação encontra-se exposta a perdas relacionadas com o risco de crédito na eventualidade do não cumprimento por parte da contraparte em investimentos

financeiros e devedores. O Conselho de Administração considera que as situações de risco de crédito encontram-se

identificadas e devidamente provisionadas no balanço da Fundação.

(ii)Risco de taxa de juro

O risco de taxa de juro encontra-se limitado às variações nas taxas de juro praticadas nos mercados financeiros.

(iii)Risco cambial

Os investimentos em moeda estrangeira encontram-se parcialmente cobertos por contratos a prazo de moeda com vista à cobertura do risco cambial da moeda.

Nota 16

Contingências

Em 1998, um ex-empregado do Grupo apresentou uma acção contra o Grupo no montante de 2 272 542 (CHF 3 370 000).

Em Março de 1999, a Participa – Participações Financeiras Comerciais e Industriais, S.A. apresentou uma acção no tribunal de Lisboa requerendo a anulação dos contratos estabelecidos com o Grupo referentes à venda das acções da Partex – Companhia Portuguesa de Serviços, S.A. e reclamando uma indemnização de 1 058 165 (Esc. 212 143 000). O Conselho de Administração considera que as acções acima referidas são desprovidas de fundamento e são objecto de

contestação por parte da Fundação. O Grupo submeteu igualmente diversas acções em tribunal com vista à recuperação dos montantes em dívida por parte da Partex – Companhia Portuguesa de Serviços, S.A.

206 207

(21)

Examinámos as demonstrações financeiras da Fundação Calouste Gulbenkian e do Grupo, em 31 de Dezembro de 2001. O nosso exame foi realizado de acordo com

as Normas Internacionais de Auditoria.

Responsabilidades do Conselho

de Administração e dos Auditores

A elaboração das demonstrações financeiras é da responsabilidade do Conselho

de Administração. A nossa responsabilidade é a de expressarmos uma opinião sobre essas demonstrações financeiras, baseada na nossa auditoria.

Bases de Opinião

As Normas Internacionais de Auditoria requerem que a auditoria seja planeada e executada de forma a obtermos razoável segurança sobre se as demonstrações financeiras contêm, ou não, distorções materialmente relevantes. Um exame de auditoria inclui a verificação, por amostragem, da evidência de suporte dos valores e informações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas e juízos significativos utilizados pelo Conselho de Administração na preparação e apresentação das mesmas. Um exame de auditoria inclui também a apreciação, sobre se os princípios contabilísticos adoptados são adequados, tendo em conta as circunstâncias, bem como da forma de apresentação das demonstrações financeiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base razoável para a emissão da nossa opinião sobre as demonstrações financeiras referidas.

Opinião

Em nossa opinião, as citadas demonstrações financeiras representam, de modo apropriado, em todos os aspectos materialmente relevantes, a situação financeira da Fundação Calouste Gulbenkian e do Grupo, em 31 de Dezembro de 2001, bem como os resultados das suas operações e os fluxos de caixa referentes ao exercício findo nessa data, de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade.

Lisboa, 27 de Junho de 2002

KPMG

208 209

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