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PORQUÊ? O tempo de preparação de equipamentos e dispositivos periféricos do posto de trabalho é uma operação sem valor acrescentado para o produto.

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Academic year: 2021

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SMED – Single Minute Exchange of Die

O tempo de preparação de equipamentos e dispositivos periféricos do posto de trabalho é uma operação sem valor acrescentado para o produto.

A sua redução tem um efeito directo no aumento do tempo disponível para produção e na redução do tempo total do ciclo de produção.

Contribuiu para

• o incremento da produtividade,

• a adaptação das cadências de produção às flutuações da procura (“just-in-time”). Contribuir para a redução do tempo

de preparação do sistema produtivo para a execução de um dado lote

Aumentar a produtividade e a agilidade da resposta ao mercado

PORQUÊ ?

SMED – Single Minute Exchange of Die

Numa perspectiva da história:

O problema:

O SMED surgiu da experiência real adquirida pelo Sr. Shingo ao resolver os problemas de falta de produtividade de um conjunto de prensas, na fábrica da MAZDA em Hiroshima.

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Numa perspectiva da história:

O diagnóstico:

O Sr. Shingo verificou que os tempos de não-produção eram elevados e que o motivo eram as demoradas e frequentes actividades de mudança de ferramenta nas prensas para iniciar um novo lote. Analisou a forma como os operadores realizavam as mudanças de ferramentas. Descreveu e quantificou em tempo todas as operações efectuadas e apercebeu-se que as operações envolvidas eram de 2 categorias.

1. Operações internas, como a montagem e desmontagem das ferramentas, que só podem ser executadas com a máquina parada.

2. Operações externas, como o transporte das ferramentas para a área de armazenamento, ou desta para junto da máquina, que podem ser realizadas com a máquina em produção.

SMED – Single Minute Exchange of Die

A resolução:

O Sr. Shingo classificou todas as operações em internas ou externas. Para estas últimas definiu procedimentos detalhados, com o objectivo de garantir que tudo o que fosse necessário para executar eficientemente uma mudança de ferramenta, esteja devidamente preparado e disponível junto à máquina no instante exacto da conclusão do lote anterior. Esta definição foi referenciada como o primeiro passo do SMED.

De seguida, no que designou por segundo passo, dirigiu a análise e o esforço para a transformação de operações internas em operações externas e para a organização, sistematização de procedimentos e re-engenharia das operações que têm que ser executadas com a máquina parada.

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Sequência básica do procedimento de mudança de ferramentas

1. Preparação e ajustamentos, verificação de ferramentas, matérias- primas, etc.. Garantir que tudo o que é necessário está nos seus devidos lugares e em boas condições de funcionamento.

2. Montagem e desmontagem de ferramentas. Proceder à desmontagem da ferramenta anterior e à montagem da nova no equipamento de produção.

3. Medidas, ajustamentos e calibrações. Realizar medidas e calibrações para que a produção possa começar (centragem, medições de temperaturas, pressões, caudais…). 4. Provas de produção e ajustamentos. Realizar peças teste e analisar a conformidade. Em função dos resultados proceder aos ajustamentos necessários.

Quanto maior for o esforço e a sistematização do trabalho envolvido nos três primeiros passos, mais rápido e eficaz se torna o processo de ajustamento final.

SMED – Single Minute Exchange of Die

Melhoria contínua

Alguns procedimentos para a redução do tempo de mudança de ferramentas

Estudar detalhadamente as condições na área da produção:

1. Identificar as operações e aplicar cronometragens às operações efectuadas, 2. Entrevistar os operadores,

3. Gravar em vídeo de toda a operação de mudança de ferramenta.

Assegurar que as operações externas são feitas com a máquina a produzir o lote anterior. 1. Lista de verificações. Listagem dos componentes, tarefas e parâmetros

processuais a verificar na operação de mudança de ferramenta. As verificações listadas têm de ser cumpridas pelo operador durante a execução do lote anterior. 2. Mesa de verificação associada a cada máquina. Na mesa estão desenhadas todas

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A experiência evidencia que

o Mas

O esforço deve continuar na pesquisa sistemática de soluções com vista a transformar em externas operações que com os métodos tradicionais são efectivamente internas.

Transformar o máximo possível de operações internas em externas conduz a reduções entre 30% a 50% no tempo de set-up com a máquina parada.

SMED – Single Minute Exchange of Die

Melhoria contínua

Exemplo:

O pré-aquecimento dos moldes de injecção de metal ou de plástico pode ser referenciado como um exemplo de transformação de operações internas em externas

As primeiras injecções de metal após a colocação do molde, são

normalmente realizados como parte das operações internas.

Os moldes são colocados frios (temperatura ambiente) na máquina

de injecção e são aquecidos até à sua temperatura normal de funcionamento,

através de ciclos de injecção consecutivos. As peças injectadas durante o

processo de aquecimento do molde, são peças defeituosas, sendo fundidas

para posterior re-injecção.

Se se proceder ao pré-aquecimento do molde com equipamento

próprio (geralmente resistências eléctricas), as primeiras peças injectadas são

logo peças “boas”, conseguindo-se, reduções de cerca de 30 minutos no

tempo associado às operações internas de mudança de ferramenta.

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Re-engenharia das operações envolvidas, definindo, sistematizando e melhorando procedimentos, organizando a implantação associada ao posto de trabalho, normalizando e simplificando soluções de posicionamento, de centragem e de ajustamento das ferramentas e dispositivos auxiliares, implementando soluções automatizadas.

Uma acção de re-engenharia com elevado potencial na redução do tempo envolvido nas operações internas de mudança de ferramenta é a normalização da forma e da função das ferramentas para todas as máquinas.

A normalização da forma é, frequentemente, anti-económica. Mesmo que se padronizem as ferramentas com base em famílias de produtos, as ferramentas tenderão a estar sobredimensionadas e têm custos aumentados.

A normalização da função determina apenas a normalização dos componentes das ferramentas e acessórios necessários à mudança de ferramenta. Não conduz a ferramentas maiores ou mais elaboradas e o seu custo é tendencialmente o mesmo.

Pa

SMED – Single Minute Exchange of Die

Melhoria contínua

Exemplo associado a uma ferramenta de corte por arrombamento.

O procedimento de mudança de uma ferramenta de corte por arrombamento requer o ajuste da altura de corte. O ajuste é uma operação interna, impossível de transformar em externa.

Se existirem 2 ferramentas, uma com uma altura total de 350 mm (A) e outra com uma altura de 310 mm (B), o ajuste da altura de corte torna-se desnecessário se forem colocados blocos com 40 mm por debaixo da ferramenta B. Nestas condições, a altura das zonas de fixação da ferramenta A será de 40 mm, enquanto a da ferramenta B será de 80 mm. Logo, devem ser Ferramenta A Ferramenta B soldados blocos com 40

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Paralelização de tarefas. Mudanças de ferramentas em grandes equipamentos envolvem trabalho em diferentes zonas das máquinas. A realização desse trabalho por um único operador implica o seu constante movimento e constitui um grande desperdício de tempo. Nestas condições, a paralelização de operações, envolvendo mais do que um operador permite acelerar estes trabalhos.

Re-engenharia das uniões amovíveis. A união por parafusos é em si uma ligação demorada e deve ser evitada ou simplificada sempre que possível. Devem utilizar-se o mais possível grampos funcionais do tipo aperto em “uma volta” e

encastramentos.

SMED – Single Minute Exchange of Die

Melhoria contínua

Exemplos dos níveis de sucesso atingidos com o SMED:

•Na Toyota, o tempo de operações internas, dispendido na mudança de uma ferramenta para produção de parafusos, passou de 8 horas para 58 segundos. •Na Mitsubishi, o tempo de operações internas para preparação de uma mandriladora para mandrilar blocos de motor com seis cilindros passou de 24 horas para 160 segundos.

Mas o SMED contribui ainda para: Produção Magra

Aumentar a capacidade de produção e a taxa de ocupação das máquinas Reduzir a probabilidade de erro

Aumento da qualidade e segurança Reduzir o custo da mão de obra ....

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Apoio de roletes

SMED – Single Minute Exchange of Die

Melhoria contínua

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Pinos de centragem

SMED – Single Minute Exchange of Die

Melhoria contínua

Carro com utensílios

para a montagem

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Rolos junto à prensa

Armazém de rolos

Melhoria contínua

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Fim de produção instaladores / afinadoresChegada operadores Retirar ferramenta usada

Buscar nova ferramenta Limpar prensa,

ferramenta e chão

Acoplar ferramenta na prensa

Sistemas auxiliares Colocar banda na

ferramenta Ajustamentos Testes Chamar operador Início de produção

Melhoria contínua

… na INCOMPOL…

Solução 1 - “Conversão do setup interno em externo”

Solução 2 - “Melhoria do setup interno”

Solução 3 - “«Streamlining» do setup”

Tempo interno (de setup) [min]

Tempo externo [min] Tempo interno (de setup) [%] Ganho de tempo [%] Tempo externo [%] Situação actual 87,00 0,00 100% 0% 0% Solução 1 27,50 6,00 32% 68% 100% Solução 1 + 2 20,00 2,50 23% 77% 42% Solução 1 + 2 + 3 20,00 2,50 23% 77% 42%

Referências

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