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Prof. Lucas HP Silva
Capítulo IX
Alvenarias
TCCC2 – TÉCNICAS DE
CONSTRUÇÃO CIVIL 2
1. Documentos de Referência
• Projeto arquitetônico; • Projeto estrutural;
• Projeto de instalações hidráulicas; • Projeto de instalações elétricas; • Projeto de impermeabilização; • Projeto de esquadrias;
• NBR 8545/1984 – Execução de alvenaria sem função estrutural.
• NR 18 - “Condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção” (norma regulamentadora do Ministério do Trabalho).
Falta de um projeto de alvenarias;
Mão de obra pouco qualificada;
Tijolos não normatizados;
Projeto de Alvenarias
As paredes devem ser moduladas de modo a utilizar-se o maior número possível de componentes cerâmicos inteiros.
Alvenaria Racionalizada
Materiais e Equipamentos
•
Blocos;
• Argamassa de assentamento;
• Padiolas de madeira para dosagem de argamassa
quando esta não for industrializada;
• Concreto para fabricação de vergas e
contra-vergas;
• Barra de aço CA 50, com diâmetro de 5 mm, para
ferros-cabelo e grampos ou tela galvanizada de
malha quadrada (15 x 18) mm e diâmetro dos fios
de 1,5 mm:
• Vassoura;
• Prumo de face;
• Nível de bolha;
• Trena;
• Colher de pedreiro;
Materiais e Equipamentos
• Bisnaga para aplicação de argamassa;
• Régua de alumínio de 1,5” X 3”, com 2 a 3 m de
comprimento;
• Esquadro de alumínio;
• Cimento;
• Areia;
• Água:
Materiais e Equipamentos
• Serra elétrica manual ou serra de bancada
com disco refratário para corte de blocos;
• Betoneira para preparação de argamassa;
• Caixote
plástico
ou
metálico
para
acondicionamento da argamassa;
•
Broxa;
• Linha de pedreiro;
• Carrinhos;
• Eletroduto de PVC;
• Caixinha” de luz 4” x 4 ou 4” x 2”
• Escantilhão ou pontalete graduado;
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A função dessas paredes, além da
simples divisão de espaços, é
seu papel na isolação térmica e
acústica dos ambientes; na
segurança física dos usuários e
na estanqueidade da obra.
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DADOS PARA PROJETOS
A fim de garantir um nível razoável de segurança contra ação de cargas laterais, como por
exemplo:
- cargas provenientes da ação do vento, ou de - - impactos acidentais
As dimensões das paredes deverão ser limitadas tanto na direção do seu comprimento como na direção da sua altura.
Os principais elementos contraventantes são:
- na direção do comprimento da parede: pilares, enrijecedores e paredes transversais;
- na direção da altura da parede: vigas, lajes e cintas de amarração.
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Em virtude do risco de fissuração
das paredes muito extensas, em
função de contrações ou dilatações
provocadas por diversos fatores,
recomenda-se que os trechos
contínuos de paredes sejam
limitados.
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Para assegurar a vinculação entre os
trechos da parede separados pela
junta de controle, deve ser
introduzidas nas juntas de
assentamento, a cada duas fiadas,
ferros com 5,0mm de diâmetro,
embutidos aproximadamente 40cm
em cada trecho da parede; esses
ferros deverão ter o formato de “S”.
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Essa limitação pode ser conseguida com a inserção de juntas de controle na alvenaria.
2.2. Juntas de Controle
As juntas poderão ser calafetadas com
material deformável (cortiça, isopor,
poliuretano expandido, etc.),
recebendo externamente camada
com altura de 10 a 15 mm de selante
flexível à base de silicone ou
poliuretano.
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Recomendando-se que, em função da largura do bloco cerâmico, não sejam ultrapassadas, entre as juntas de controle, as distâncias indicadas na Tabela a seguir:
Distância máxima entre juntas de controle na alvenaria de Blocos
Distância máxima entre juntas (m) Largura do
Bloco (cm) Parede sem aberturas (parede cega)
Parede com vãos de portas e/ou janelas
9 10,00 7,50 14 14,00 10,50
3.2 – Marcação da Alvenaria
• Varrer cuidadosamente o alinhamento da 1.ª fiada (ou fiada de marcação) e borrifar água utilizando broxa;
3.2 – Marcação da Alvenaria
Distribuir os blocos da 1.ª fiada de
marcação, sem aragamassa de
assentamento, de maneira a verificar
e corrigir eventuais falhas de
posicionamento;
3. Método Executivo
3.2 – Marcação da Alvenaria
• Esticar uma linha na posição definida para
a parede, servindo de referência para o
alinhamento e o nível da fiada de
marcação.
• Assentar os blocos de extremidade,
aplicando argamassa inclusive na interface
bloco-pilar e pressionando firmemente o
bloco contra a superfície de concreto;
3.2 – Marcação da Alvenaria
3.2 – Marcação da Alvenaria
• Galgar as fiadas de elevação na face dos pilares e marcar as posições indicadas no projeto para fixação dos cabelos;
3.3 – Execução da Elevação da Alvenaria
3.3 – Execução da Elevação da Alvenaria
3.3 – Execução da Elevação da Alvenaria
• Durante a elevação, deve-se atentar para a correta espessura das juntas horizontais, que deve ser de 8 a 14 mm;3. Método Executivo
3.3 – Execução da Elevação da Alvenaria
• Recomenda-se que
a alvenaria seja
fixada com bisnaga, empregando-se a argamassa com o mesmo traço utilizada no assentamento; • A espessura do vão
para fixação deve ser de 1,5 a 3,5 cm;
3.3 – Elevação da Alvenaria
• A alvenaria também pode ser fixada através de encunhamento, feito com tijolos maciços inclinados ou argamassa expansivas;
3. Método Executivo
•
A execução da fixação deve ser retardada ao
máximo, iniciando-se o serviço pela alvenaria
dos pavimentos superiores em direção aos
inferiores;
•
A condição ideal é que a estrutura e a fase de
3.3 – Elevação da Alvenaria
• Não sendo possível atingir tal condição, é
recomendado que se tenha dois a três pavimentos
superiores com a estrutura já executada e o maior
número possível de pavimentos com a alvenaria
concluída, porém não fixada;
• Em paredes internas, deve-se garantir o total
preenchimento da largura do bloco. Em paredes
externas, preencher dois terços da largura do bloco
pelo lado interno da parede e o espaço restante pelo
lado externo, durante o chapiscamento da fachada.
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As paredes do pavimento térreo, em contato com a fundação, devem ter sua base impermeabilizada mediante aplicação de argamassa impermeável e pintura com emulsão asfáltica.
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Recomenda-se para a argamassa o traço 1:3 (cimento e areia, dosada com um impermeabilizante à base
de ácidos graxos (“Vedacit” ou similar), sendo este
impermeabilizante previamente dissolvido na água de
amassamento da argamassa;
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As duas primeiras fiadas de blocos
sobre a fundação, pelo menos,
devem ser assentadas com
argamassa impermeabilizante.
A alvenaria ainda receberá
revestimento com a mesma
argamassa até 60 cm de altura em
relação ao piso externo e 15 cm com
relação ao piso interno.
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3.1 – Blocos Cerâmicos
* Os blocos cerâmicos são fabricados com argila e conformados por extrusão, possuindo ranhuras nas suas faces laterais que proporcionam melhor aderência com a argamassa de revestimento.
* Esses blocos são fabricados com dimensões padronizadas. Geralmente com furos retangulares ou circulares (conhecido como “tijolo baiano”).
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Propriedades Importantes
— tolerâncias dimensionais: 3 mm — desvio de esquadro: 3mm — empenamento: 3mm — absorção de água: 10 a 20% — resistência à compressão: 10 kgf /cm2 (classe A) 25 kgf/cm2 (classe E)3.1 – Blocos Cerâmicos
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Os blocos com furos retangulares geralmente
apresentam resistência à compressão igual ou
maior que 25 kgf/cm
2, enquanto que nos blocos
com furos circulares este valor é acentuadamente
menor (em torno de 10 kgf/cm
2).
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A argamassa empregada no assentamento de
blocos cerâmicos deve ser plástica e ter
consistência para suportar o peso dos blocos,
mantendo-os no alinhamento por ocasião do
assentamento.
Deve ainda ter boa capacidade de retenção de
água, além de promover forte aderência com os
blocos cerâmicos.
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AREIA
- A areia não deve conter sais solúveis nem
matéria orgânica: recomenda-se, então, a utilização de
areia de rio lavada, de granulometria média.
ÁGUA
- A água de amassamento deve ser potável, ou
seja, não devem ser empregadas águas contaminadas
por impurezas orgânicas, altos teores de sais solúveis,
etc.
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Os blocos cerâmicos devem ser estocados em pilhas, com altura máxima recomendada de 1,80m, apoiadas sobre superfície plana, limpa e livre de umidade ou materiais que possam impregnar a superfície dos blocos. Caso as pilhas sejam apoiadas diretamente sobre o terreno, este deve ser anteriormente apiloado.
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