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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Fundação Frei Pedro (Guarda)

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Academic year: 2021

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I

Ficha Técnica

Nome: Elisabete Carina Abreu de Jesus Número de aluno: 5006864

Estabelecimento de Ensino: Instituto Politécnico da Guarda Curso: Comunicação e Relações Públicas

Docente Coordenador: Professora Regina Gouveia

Entidade de Acolhimento: Fundação Frei Pedro – Jornal Terras da Beira Morada: Rua Soeiro Viegas 2B – Apartado 201 – 6300 Guarda

Telefone: 351 271 223110/1 E-mail: tb@terrasdabeira.com Site: http://www.terrasdabeira.com Supervisora: Gabriela Marujo

Início do Estágio: 1 de agosto de 2012 Fim do Estágio: 30 de outubro de 2012

(3)

II “A essência do conhecimento consiste em aplicá-lo, uma vez possuído.” Confúcio1

(4)

III

Agradecimentos

Ao Instituto Politécnico da Guarda e, em particular, à Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto.

Aos professores desta instituição, que, de uma maneira ou de outra, me transmitiram conhecimentos e me acompanharam durante esta jornada.

À Professora Regina Gouveia, orientadora de estágio, pelo apoio, dedicação, excelência e profissionalismo com que sempre pautou as aulas, bem como pela exigência e rigor, que me tornaram uma pessoa mais responsável e profissional.

Aos responsáveis do Terras da Beira (TB), a oportunidade de estagiar num jornal com história e mérito reconhecidos na Região que serve.

À jornalista Gabriela Marujo, supervisora do meu estágio no TB, que contribuiu para a minha evolução à nível profissional.

Ao editor, Gustavo Brás, pela confiança e apoio incondicional.

À jornalista Elisabete Gonçalves, pela amizade e disponibilidade.

(5)

IV

Resumo

Este relatório diz respeito ao estágio realizado no jornal Terras da Beira , semanário editado na Guarda, pela Fundação Frei Pedro. Inserido no plano de estudos da licenciatura em Comunicação e Relações Públicas, da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto, do Instituto Politécnico da Guarda, decorreu de 1 de agosto a 31 de outubro.

O estágio permitiu desenvolver e aplicar conhecimentos e competências na área do jornalismo de proximidade, nomeadamente, no âmbito da redação de notícias e da concretização de reportagens fotográficas. O acompanhamento de profissionais do Jornal, observando e participando no trabalho jornalístico, permitiu consolidar noções previamente adquiridas, em contexto de sala de aula, tendo também obrigado à realização de pesquisas sobre conteúdos teóricos e técnicos.

A estrutura deste relatório engloba dois capítulos, respetivamente, de enquadramento, ao nível da entidade que me acolheu e do Semanário, e de apresentação do estágio, depois de devidamente introduzida a àrea em que se desenvolveu (jornalismo de proximidade). A encerrar, consta uma reflexão final, em que saliento os aspetos mais positivos desta primeria incursão no mundo profissional, sem deixar de referir a componente menos conseguida.

Palavras-chave: Jornalismo de proximidade; informação; redação de notícias; reeportagem.

(6)

V

Índice

Introdução ... 1

Capítulo 1 - Enquadramento ... 2

1.1. A Fundação Frei Pedro ... 3

1.1.1. Missão ... 3

1.1.2. Valores ... 4

1.1.3. Visão ... 5

1.2. O jornal Terras da Beira... 6

1.2.1. Equipa ... 6

1.2.2. Processo editorial ... 9

1.2.3. Serviços de apoio ... 10

1.2.4. Livro de estilo e estrutura de um jornal ... 10

1.2.5. Análise Swot ... 11 Capítulo 2 - Estágio ... 13 2.1. Jornalismo ... 15 2.1.1 Jornalismo de Proximidade ... 17 2.1.2. Critérios de Noticiabilidade... 18 2.1.3. Fontes de informação ... 19 2.1.4. Géneros jornalísticos ... 21 2.2. Atividades Realizadas ... 26 2.3.1. Redação de notícias ... 27

2.3.2. Realização de reportagens fotográficas ... 33

2.3.3. Redação de breves ... 33

2.3.4. Recolha e tratamento de Informação ... 33

2.3.5. Outras Atividades ... 34

Reflexão Final ... 36

(7)

VI

Índice de Figuras

Figura 1 – Organograma...8

Figura 2 – Analise SWOT...12

Figura 3 – Relação Triangular...17

Figura 4 – Pirâmide Invertida...23

Figura 5 – Entrevista...24

Índice de Quadros

Quadro 1 – Cronograma das atividades...14

(8)

1

Introdução

O estágio curricular que este relatório expõe enquadra-se no plano de estudos da Licenciatura em Comunicação e Relações Públicas, da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto do Instituto Politécnico da Guarda.

Como a própria designação indica, trata-se de uma licenciatura que abrange a formação em dois âmbitos distintos: a comunicação social e o jornalismo; a comunicação organizacional, mormente na perspectiva das relações públicas, a sua principal vertente.

O jornalismo sempre me fascinou e, após ter frequentado no segundo ano a unidade curricular de Jornalismo Contemporâneo, percebi que era esta a área que queria seguir. Daí, a escolha do Jornal Terras da Beira para estagiar, integrando uma equipa de profissionais competentes e com grande experiência.

O relatório do estágio ali realizado apresenta-se em dois capítulos. O primeiro capítulo corresponde ao enquadramento, concentrando uma breve introdução aos meios de comunicação social, seguindo-se da descrição da Fundação Frei Pedro, a entidade proprietária do Terras da Beira, em termos dos seus valores, missão e visão, e uma breve caraterização do jornal, os seus próprios valores, missão e visão, equipa, serviços de apoio, o organograma, a planificação da agenda e da semana de trabalho, o livro de estilo e secções, culminando com uma análise SWOT.

O segundo capítulo respeita ao estágio propriamente dito, contemplando a apresentação dos respetivos plano (Anexo 1) e cronograma, uma prévia introdução ao jornalismo e jornalismo de proximidade, critérios de noticiabilidade, fontes de informação, princípios e géneros jornalísticos e a descrição das atividades desenvolvidas.

A elaboração deste relatório e a minha capacitação como estagiária obrigaram ao desenvolvimento de inúmeras pesquisas documentais, principalmente baseadas em manuais sobre jornalismo, mas, também, em livros e artigos alusivos a temas que tive a oportunidade de tratar jornalisticamente, produzindo notícias ou reportagens. Realizei também entrevistas para todas as notícias que redigi e até para as breves, por ser um método de pesquisa não documental que permite obter a informação necessária.

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2

1

Enquadramento

Relat

ór

io de E

stá

gio

| Te

rr

as da

Be

ir

a

CAPÍTULO

(10)

3 Os meios de comunicação social são cada vez mais decisivos para o desenvolvimento humano e social. O jornal Terras da Beira, como meio de comunicação regional e parte integrante da Fundação Frei Pedro, tem por finalidade informar com rigor e exatidão, proporcionando o bem comum. Perceber esta sua missão primordial, os valores e os princípios por que se rege, como o meio e a entidade em que se enquadra, constitui o objetivo essencial deste primeiro capítulo.

1.1. A Fundação Frei Pedro

A Fundação Frei Pedro é uma entidade privada, sem fins lucrativos, com sede na Rua Soeiro Viegas, na cidade da Guarda. Instituída por escritura lavrada no dia 24 de fevereiro de 1989, foi reconhecida por Portaria do Secretário de Estado da Administração Interna, publicada em Diário da República, II Série, nº117, de 22 de maio de 1990.

Iniciou as suas atividades no campo da educação, com a abertura do Instituto Superior de Administração, Comunicação e Empresa (ISACE). Posteriormente, criou o jornal Terras da Beira e a Rádio F, para apoiar o próprio instituto e preencher uma lacuna existente nos meios de comunicação social regionais.

A Fundação continua a realizar diversas atividades que contribuem diretamente para o desenvolvimento profissional, social e cultural da região, respondendo a necessidades dos habitantes do distrito no âmbito da formação, informação, atualização e aperfeiçoamento contínuos.2

1.1.1. Missão

Como refere Chiavenato (2005), a missão expressa um propósito orientador das atividades da organização, congregando os esforços dos seus membros. Serve para

clarificar e comunicar os objetivos da organização, seus valores básicos e a estratégia organizacional. Cada organização tem a sua missão própria e específica. A missão pode ser definida em uma declaração formal e escrita, o chamado credo da organização, para que funcione como um lembrete periódico a fim de que os

2 Adaptado com base no site: http://www.freipedro.pt/Home/tabid/38/Default.aspx (acedido em novembro

(11)

4

funcionários saibam para onde e como conduzir o negócio (CHIAVENATO, 2005:

63).

O espírito de missão3 está na génese da criação da Fundação Frei Pedro e da sua missão. Do pensamento dos seus fundadores, podemos extrair as seguintes incumbências: a criação e administração de instituições de ensino superior, principalmente nas áreas de ciências da comunicação, administração e empresa; a promoção da investigação científica fundamental e aplicada; o patrocínio à realização de colóquios, seminários, congressos, conferências, debates e outras manifestações científicas e culturais; a organização de cursos breves de reciclagem, atualização e aperfeiçoamento, qualificação profissional, progressão escolar e formação recorrente; o desenvolvimento do intercâmbio e cooperação com outras entidades para o aprofundamento das relações com os países de língua portuguesa e com a Europa Comunitária.

1.1.2. Valores

Segundo Philip Kotler (2010:12), o valor ganha um novo aspeto no mundo dos

negócios. Nesse novo período, o valor é entendido como a cultura corporativa, sinónimo de integridade. Deve alinhar os valores gerados e compartilhados com as ações dos empregados, intuídos por uma cultura colaborativa, cultural e criativa, capacitando os funcionários a mudar e melhorar a vida dos outros.

Os valores são formados pelo conjunto de preceitos morais, éticos e filosóficos que movem a organização na direção dos seus objetivos, determinando a forma de proceder perante o seu público interno e externo.

Os valores da Fundação Frei Pedro incidem em:

Ética - é um conjunto de atitudes e valores positivos aplicados no ambiente de trabalho. A ética é de fundamental importância para o bom funcionamento das atividades da empresa e das relações de trabalho entre os funcionários.

3

Informação retirada do site: http://www.freipedro.pt/Miss%C3%A3oeValores/tabid/55/Default.aspx (acedido em novembro de 2012).

(12)

5 Responsabilidade - Reflete a atitude da Fundação perante os problemas e fragilidades da comunidade. É uma forma de intervir no meio ambiente, de forma a melhorar os problemas que a comunidade enfrenta.

Partilha - Existe um sentido de partilha entre os membros da Fundação e a comunidade.

Progresso – A Fundação contribui para o progresso da comunidade com diversas atividades que contribuem diretamente para o desenvolvimento profissional, social e cultural da região envolvente e que respondem às necessidades do contexto local, no âmbito da formação, informação, actualização e aperfeiçoamento contínuos.

1.1.3. Visão

Para Rodrigues et al (2009), a visão de uma empresa é a explicação do que ela tem por objetivo de posicionamento para o seu futuro, ou uma posição que pretende vir a ocupar no seu mercado de atuação, traduzindo-se em algo motivador e tangível ou possível de ser alcançado. Sendo ainda a tradução da maneira como deseja ser vista, orienta a organização para uma meta de longo prazo, num compromisso consigo própria. Kanter, Peter e Waterman citados por Valadares (2002:153) concluíram que os líderes que oferecem uma visão clara, coerente e sustentada têm elevada base de poder para conduzirem os destinos da empresa.

A Fundação Frei Pedro ambiciona ser reconhecida como veículo de conhecimento, cultura e progresso, obtendo como retorno a consciência de um “dever cumprido”, pelo contributo dinâmico ao constante processo de desenvolvimento social. Um dos seus instrumentos é, justamente, o semanário Terras da Beira, em cujo âmbito estagiei.

(13)

6

1.2. O jornal Terras da Beira

O jornal Terras da Beira pertence à Fundação Frei Pedro. Tendo começado como quinzenário, a 30 de dezembro de 1992, passou um ano depois a semanário4. Tem uma página de Internet e desde 16 de fevereiro que marca presença no facebook.

Filipe Fadigas do Vale foi o primeiro chefe de redação. Três anos depois, o cargo passou a ser ocupado por Victor Amaral. Desde 2001 que a responsabilidade da edição é de Gustavo Brás.

O jornal sai para os pontos de venda todas as quintas feiras, numa média mensal de 20 000 exemplares.

1.2.1. Equipa

Os recursos humanos de uma empresa ou instituição organizam-se segundo princípios hierárquicos, ou de distribuição de poder e responsabilidade, e funcionais, ou de divisão de funções e tarefas. Esta organização traduz-se numa estrutura, orgânica ou organizacional, apresentada no organograma. Representação gráfica da estrutura de uma organização, o organograma, ou organigrama, esquematiza os elementos que a

constituem, as relações entre eles e as suas funções (Perfeito et al, 2009: 1157).

Segundo Chiavenato, um organograma é um gráfico que representa a estrutura formal

da empresa (1993: 403).

Como se pode observar no respetivo organograma (FIG 1), o TB divide-se em três setores distintos: a Administração, a Redação e o Departamento Comercial.

A Administração é a supervisora do jornal e a responsável pela condução dos aspetos financeiros do mesmo, uma vez que lhe cabe decidir os investimentos e assuntos de gestão. Compete-lhe ainda definir as políticas de preço, de angariação de publicidade, gestão de pessoal e os contactos contratuais com a empresa responsável pela impressão do jornal. O Dr. Virgílio Mendes Ardérius acumula as funções de Presidente da Administração e Diretor do Jornal. enquanto Manuel Luís Santos desempenha as de diretor adjunto. O diretor é a “cara” do jornal, é a pessoa que

representa a publicação e que responde por ela (Simão, 2007:16).

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7 A Redação é responsável pela recolha de notícias e elaboração dos textos, títulos e ilustrações necessárias a cada edição, com a indicação do tipo de letra, espaço e disposição dos materiais. Essa tarefa é coordenada pelo editor, que tem por obrigação a supervisão dos redatores, assim como a inserção de textos dos colaboradores, além da paginação. Gustavo Brás, grande pilar do TB, desempenha as funções de editor, chefe de redação e responsável pela secção de política. Coordena o conjunto do trabalho,

distribui o espaço pelas diversas secções, decide das colaborações a solicitar, aceita ou rejeita os textos mais importantes, planeia a primeira página e o destaque a dar a cada tema (Crato, 1992).

O departamento redatorial é composto por três jornalistas: Elisabete Gonçalves, que produz todos os artigos sobre saúde, bem como os destinados às secções de sociedade, Guarda e Região; Gabriela Marujo, responsável pela secção de Cultura; e Faustino Caldeira, a quem cabe a cobertura desportiva, ainda que só se encontre na redação à terça feira, dia de fecho de edição do jornal, por desempenhar também funções na Rádio F. O projeto gráfico depende de Paulo Fonseca, competindo a Miguel Ardérius a produção final de cada edição. A importância da sala de redação não fica

pelo espaço físico que é, vai muito além disso. Representa todo o corpo que cria o jornal com todas as suas regras e rotinas. O jornalista deve moldar a construção da notícia à linha editorial do jornal onde trabalha. O ambiente da sala de redação, as rotinas e o companheirismo são partes integrantes para interiorização dessa linha editorial ( Simão, 2007:16).

O Departamento Comercial tem uma certa autonomia dentro do TB. As suas competências são, basicamente, de recolha de publicidade e de distribuição das edições. Como o Jornal não possui as suas próprias oficinas de impressão, esta é feita numa tipografia em Coimbra. Este departamento está a cargo de Cristina Gabriel, que estabelece o primeiro contacto com os clientes e trata de toda a publicidade.

(15)

8 Figura 1 - Organograma do Jornal Terras da Beira

Fonte: Elaborado pela estagiária

Em termos de conteúdos, o TB conta ainda com diversos colaboradores externos, pessoas que colaboram com a publicação numa base regular. Podem

Diretor Adjunto Manuel Santos Diretor Virgílio Ardérius Editor Chefe Gustavo Brás Redação Elisabete Gonçalves Gabriela Marujo Faustino Caldeira Produção Miguel Ardérius Colaboradores

Ana Maria Costa, Cristiana Isabel Santos,

Elsa Salzedas, Esmeraldo Carvalhinho, Fernando Carmino, Fonseca de Carvalho, Fonseca Pereira, Francisco Manso. Jesué Pinharanda Gomes,

Luís Bruno Tavares, Madalena Ferreira, Mário Jorge Branquinho,

Moutinho Borges, Ricardo Sousa, Sofia Batista, Vítor Pereira Administração Angela Vieira Comercial Cristina Gabriel

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9

desempenhar trabalhos propostos por elas mesmas, no entanto o mais comum passa por notícias de desporto ao fim de semana ou assinarem rubricas específicas como gastronomia, política e mesmo opinião. Trabalhando nestas áreas exclusivamente, não integram as rotinas da redação ao contrário dos redactores (Simão, 2007: 19). Como

colaboradores, encontram-se Aires Dinis, Alexandre Gonçalves, Almeida Henriques, Ana Maria Costa, Cristiana Isabel Santos, Elsa Salzedas, Esmeraldo Carvalhinho, Fernando Carmino, Fonseca de Carvalho, Fonseca Pereira, Francisco Manso, entre outros.

1.2.2. Processo editorial

Seja qual for a organização editorial, a redação prepara e distribui pelos responsáveis uma “agenda” dos serviços previstos, nela constando a descrição dos acontecimentos, instruções para os jornalistas encarregados de os tratarem, horas e locais. As reuniões editoriais servem para coordenar as atividades da redação,

seleccionar assuntos a cobrir, escolher ângulos de abordagem desses assuntos, decidir quais os temas que serão chamados à primeira página e qual será a manchete, selecionar especialistas para escrever ou aconselhar sobre determinados assuntos, decidir como se deve desenvolver uma investigação, debater questões sensíveis e considerações legais, éticas e deontológicas (Sousa, 2001:59)

Os jornalistas investigam sobre os acontecimentos, escrevem os textos e entregam-nos à redação. Além dos jornalistas permanentes, participam na produção de conteúdos, correspondentes do jornal, entidades diversas, bem como alguns leitores.

Depois de corrigidos e analisados os trabalhos pelo chefe de redação, os textos são enviados ao paginador, que elabora o grafismo do jornal, colocando os textos jornalísticos e os painéis publicitários. Assim surge o “espelho” da página, que depois de confirmado é enviado para a gráfica que trata da sua composição definitiva, passando-se, por fim, ao processo industrial de impressão.

No jornal Terras da Beira, o processo editorial tem início à quarta-feira e fecho a terça. Todos os jornalistas contribuem e participam na produção de conteúdos referentes ao jornal. Os textos passam pelo editor Gustavo Brás. Após a sua correção, segue-se a produção final da edição. O processo industrial de impressão é realizado em Coimbra.

Director Virgílio Ardérius Diretor Adjunto Manuel Santos Editor/Chefe de redacção Gustavo Brás Administração Ângela Vieira Comercial Cristina Gabriel Redação Elisabete Gonçalves Gabriela Marujo Faustino Caldeira Produção Miguel Ardérius Colaboradores

Ana Maria Costa, Cristiana Isabel Santos,

Elsa Salzedas, Esmeraldo Carvalhinho, Fernando Carmino, Fonseca de Carvalho, Fonseca Pereira, Francisco Manso. Jesué Pinharanda Gomes,

Luís Bruno Tavares, Madalena Ferreira, Mário Jorge Branquinho,

Moutinho Borges, Ricardo Sousa,

Sofia Batista, Vítor Pereira

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10 1.2.3. Serviços de apoio

A generalidade dos jornais dispõe de serviços de apoio. As suas funções residem na recolha de informação bruta, destinada à previsão dos acontecimentos e de elementos informativos adicionais sobre factos ou serviços previstos, em auxílio dos jornalistas responsáveis pelos mesmos.

O centro de informação organiza “pastas” temáticas, poupando o jornalista do trabalho de pesquisa e seleção do que lhe interessa. Pode fornecer o conteúdo histórico de uma reportagem.

Alguns jornais contam ainda com desenhadores ou ilustradores, responsáveis por desenhar gráficos, esquemas ou outro material não fotográfico, produzir ilustrações para páginas e secções especiais a que se pode dar um aspeto menos formal do que o do grafismo tipográfico.

O Jornal Terras da Beira conta com uma base documental e eletrônica organizada, onde os jornalistas podem recorrer para recolher informação.

No jornal, o projeto gráfico está a cargo de Paulo Fonseca, que tem a responsabilidade de desenhar todo o material não fotográfico, produz os gráficos, esquemas e ilustrações.

1.2.4. Livro de estilo e estrutura de um jornal

Podemos dizer que a primeira página de um jornal é decisiva para a sua compra e posterior leitura. A primeira página serve de “álibi” para se abrir um jornal e dar “uma vista de olhos pelas gordas”, como habitualmente se designa o ato de ler os títulos que vão surgindo na edição de um jornal.

O Jornal Terras da Beira, como órgão de comunicação social, segue um estilo de estilo semelhante ao de outros jornais, como o Público. Este explicita princípios éticos, técnicas, normas e nomenclaturas. Jornais, rádios e televisões originam por todo o

mundo livros de estilo de vários formatos e ambições. Uns, curtos e generalistas, outros, enormes e casuísticos. Alguns com a pretensão restrita de contribuírem para o correcto uso da língua e de assinalarem as convenções do discurso próprio de cada orgão de comunicação. Muitos fazem questão de referir os princípios éticos a que se obrigam na relação com as fontes, os leitores e o interesse público e publicitar as

(18)

11

normas que querem respeitar quando referem ou nomeiam pessoas na informação que divulgam. (Wemans, 2001: 3).

Em termos de estrutura, divide-se por secções, enquadradas no seu estilo de semanário regional: Sociedade, Região, Guarda, Política, Opinião, Geral, Educação, Desporto, Cultura, Publicidade e TV/Jogos. As edições variam consoante o tipo de peças publicadas, podendo não ter todas as secções, variando também o número de páginas de cada secção.

1.2.5. Análise Swot

Todas as instituições e empresas necessitam de avaliar o seu desempenho, diagnosticando e prevendo os possíveis problemas ou ameaças.

A análise SWOT tem em conta os pontos fortes (Strenghts), os pontos fracos (Weaknesses), as oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats) que afetam uma instituição ou empresa. O diagnóstico a nível externo consiste em analisar e focar os

traços importantes e pertinentes, tendo sempre em atenção as possíveis oportunidades e ameaças, segundo o mercado e o meio envolvente onde este se encontra inserido, ao contrário da análise interna, em que o seu diagnóstico diz respeito aos pontos fortes e fracos (Lindon et al, 2004:245).

O Terras da Beira, por ser um meio de comunicação impresso, passa por grandes dificuldades suscitadas pelo avanço das novas tecnologias de informação. Ainda assim, no contexto interno, podem-se considerar pontos fortes do TB o site e a página do

facebook, que se encontram sempre atualizados – quando existem notícias de última

hora, há uma grande preocupação em coloca-las na página do facebook, à disposição do público, fornecendo informação com facilidade, de forma rápida e acessível a toda a comunidade que aceda a esta rede social. O jornal possui também uma grande credibilidade, conseguida ao longo dos seus vinte anos de existência.

Ainda na dimensão interna, mas relativamente aos pontos fracos do Jornal, podemos salientar o facto de ser necessária a assinatura para o acesso às notícias completas no site do jornal ou, então, comprar o próprio semanário. O site tem um design pouco atrativo e está mal estruturado. Podemos ainda encarar como ponto fraco a falta de recursos humanos.

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12 Pontos Fracos

Pontos Fortes

Na envolvente externa, a meu ver uma das principais ameaças reside na fraca fidelização de assinantes e no aumento de anulações de assinaturas. O Jornal tem um público-alvo muito específico. A concorrência do jornal o Interior é uma grande ameaça que o Terras da Beira enfrenta assim como o pouco poder de compra das famílias, que muitas vezes optam por ler as notícias, ainda que incompletas, na internet.

Figura 2 – Análise SWOT do Jornal Fonte: Elaborado pela estagiária

As oportunidades que a envolvente oferece relacionam-se essencialmente com as tecnologias mais recentes. O TB poderia levar a cabo um estudo para verificar o seu público-alvo e captar novos segmentos de mercado, como o mais jovem.

 Página de Facebook  Credibilidade

 Necessidade de comprar o semanário para ler as notícias completas  Design pouco atrativo  Falta de recursos humanos

 Novas tecnologias  Novos segmentos de mercado Oportunidades  Concorrência  Crise económica Ameaças

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13

2

Estágio

Relat

ór

io de E

stá

gio

| Te

rr

as da

Be

ir

a

CAPÍTULO

(21)

14 Do plano de estudos do 3.º ano da licenciatura em Comunicação e Relações Públicas, consta a unidade curricular de Estágio/Projeto. Optei pela realização de um estágio, com o objetivo de aplicar e a aprofundar os conhecimentos anteriormente adquiridos, em contexto profissional.

Com a duração de três meses, o estágio curricular teve início no dia 1 de agosto de 2012, após ter sido previamente entrevistada pelo editor do TB, Gustavo Brás. Apresentei-me às 9 horas e 30 minutos, horário de abertura da redação, fui apresentada a toda a equipa e, sendo quarta-feira, início de mais uma edição, participei logo na habitual reunião de planificação da agenda de trabalho para a edição de 9 de agosto. Depois de me indicarem o local na redação onde iria desempenhar as funções de jornalista, recebi o primeiro tema de trabalho.

Desde a primeira semana que desempenhei tarefas como qualquer outro membro da equipa, o que fez com que não me tivesse sentido como estagiária, mas, sim, como parte integrante da equipa. O voto de confiança foi notório, o que me motivou ainda mais a executar as minhas funções com responsabilidade e dedicação.

Quadro 1– Cronograma de atividades Fonte: Elaborado pela estagiária

Como se pode ver no cronograma (QUADRO 1), as minhas atividades durante o período de estágio incidiram sobretudo na recolha e tratamento de informação e redação de notícias e breves. Cobri alguns eventos, principalmente no mês de setembro,

Atividades

Recolha de Informação Tratamento de informação Redação de Breves Redação de Notícias Cobertura de Eventos Observação Cobertura fotográfica Trabalho fotográfico

Agosto Setembro Outubro

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

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X

X

X

X

X

X

(22)

15 através de trabalho fotográfico, com o intuito de complementar as notícias redigidas por mim ou por algum outro membro da equipa. No mês de setembro, por convite do editor, assisti às reuniões de Câmara e, no de outubro, às da Assembleia Municipal.

Todas as peças que redigi eram direcionadas às secções de Sociedade, Região ou Guarda.

A meu pedido, elaborei algumas notícias para a secção de desporto, visto ser a secção no jornal que mais me cativa. Não poderia deixar de fazer o pedido ao editor, que atenciosamente aceitou. As únicas secções para as quais não desenvolvi qualquer trabalho foram as de Saúde, que é da responsabilidade da jornalista Elisabete Gonçalves e Cultura, entregue à jornalista Gabriela Marujo.

Antes de relatar as atividades desenvolvidas, apresento ainda uma breve introdução sobre jornalismo, visto ter sido a área que escolhi para realizar o estágio curricular, e dada a sua importância como enquadramento do relato propriamente dito.

2.1. Jornalismo

O jornalismo que atualmente conhecemos surgiu no século XIX. Foi durante esse século que se verificou o desenvolvimento da imprensa. Constitui uma atividade inteletual e criativa, embora tenha sido muitas vezes reduzido ao domínio técnico de uma linguagem e de formatos. Como refere Nelson Tranquina, o jornalismo são

estórias, estórias da vida, estórias das estrelas, estórias de triunfo e de tragédia.

(2007:10).

Os princípios e a finalidade do jornalismo são definidos pela função que as notícias desempenham na vida em sociedade. O principal objetivo do jornalismo é informar os cidadãos sem censura, baseando-se em factos, não em opiniões, contribuindo assim para a cidadania e liberdade democrática. O jornalismo serve para

informar sobre determinada realidade, formar enquanto interpretamos determinada realidade e, por último, distrair, ocupando os tempos livres através da leitura de informção noticiosa (Cascais, 2010: 13)

O jornalismo deve manter-se leal acima de tudo aos cidadãos, deve servir como um controlo independente do poder. Tal como a democracia sem uma imprensa livre é

impensável, o jornalismo, sem liberdade, ou é farsa ou é tragédia (Traquina, 2007: 12).

(23)

16 grupos empresariais que perseguem outros objetivos, vê ameaçada a sua sobrevivência enquanto instituição independente.

O jornalista, responsável por uma missão pública de informação, que constitui o

seu estatuto normativo, está enquadrado a dois níveis. Ao nível da sociedade, pela natureza do espaço público no qual se situam os media, e cujas transformações influem necessariamente sobre o seu trabalho. Ao nível da empresa noticiosa, que assegura a publicação ou a difusão da sua obra jornalística, e cujo carácter específico, peso e aspirações variáveis condicionam diretamente a sua atividade (Cornu, 1994: 255).

O principal papel de um jornalista consiste em informar, noticiar e dar a conhecer. Esta tarefa exige atenção, perspicácia, vivacidade de espírito e inteligência para a recolha de informação. Deve ter humildade para se “apagar” face ao acontecimento que relata, não estando, porém, impedido de informar sobre as condições de produção da notícia.

O jornalista não deve misturar factos com opiniões, induzindo o leitor a retirar determinado tipo de conclusões. Dele se espera seriedade, rigor e isenção, sendo que um jornalista não cria boatos, nem investiga a intimidade e a privacidade de figuras públicas. Não pode traficar influências, como fazer favores em troca de informações, não paga nem presta favores5. Ao jornalista não basta narrar os factos com exatidão,

mas deve esmiuçar o facto até chegar à verdade. Não deve presumir nada, devendo ter sentido pessoal de ética e responsabilidade6.

Em suma, o jornalismo rege-se por nove princípios: Verdade; Lealdade; Verificação; Independência; Vigilância; deve servir de fórum para critica e comentário público; os jornalistas devem tornar interessante e relevante aquilo que é significativo; os jornalistas devem manter as notícias proporcionadas abrangentes; os jornalistas devem ser livres de seguir a sua própria consciência.

5 Adaptado de Os Elementos do Jornalismo de Bill Kovach e Tom Rosenstiel (2005:13-73). 6 Ver Anexo II: Código deontológico dos jornalistas portugueses.

(24)

17 Relação Triangular

Figura 3 – Relação triangular

Fonte: Adaptado de Kovach e Rosenstiel (2005)

O jornal regional pretende ser um agente cultural, um fator de desenvolvimento das comunidades que serve e um elo para as pessoas que tiveram de se ausentar da sua terra natal. Deve ocupar-se da análise profunda dos problemas regionais, cabendo-lhe a obrigação de os propor, de os discutir e de esclarecer as populações menos informadas sobre esses problemas, assumindo a função de alerta e de educação cultural, literária, etnográfica, biográfica, científica, económica e desportiva.

2.1.1 Jornalismo de Proximidade

É num contexto cada vez mais mediático que importa falar-se de proximidade, de culturas e de valores específicos Faustino (2004:240) refere que a imprensa local é muito importante, nomeadamente porque permite reforçar a identidade e o desenvolvimento das populações e instituições locais.

Cidadãos Empresas jornalísticas Anunciantes Jornalistas Fidelidade Subordinarem-se

(25)

18 Com efeito, o Estatuto da Imprensa Regional refere que ela desempenha um papel altamente relevante, não só no âmbito territorial a que naturalmente mais diz respeito, mas, também, na informação e contributo para a manutenção de laços de autêntica familiaridade entre as gentes locais e as comunidades de emigrantes dispersas pelas partes mais longínquas do mundo. Constitui, pois, uma força social ativa, guardiã

da cultura, dos hábitos e costumes locais, servindo ainda como importante elo de ligação com as comunidades emigradas ( Martins citado por Cascais, 2008).

Distingue-se pela forte territorialização dos seus públicos, a proximidade face

aos agentes e às instituições sociais que dominam esse espaço, o conhecimento dos seus leitores e das temáticas correntes na opinião pública local. A imprensa regional constrói-se, pois, nesse compromisso com a região e com as pessoas que a habitam (Camponez, 2002: 19).

Como já foi referido por vários autores (Duarte, 2005; Bandeira, 2007; Santos, 2007; Vieira, 2009) citados por Jerónimo (2010), a imprensa regional é uma realidade que subsiste com dificuldades, nomeadamente aos níveis económico, de recursos humanos e técnicos, mas que, ainda assim, tem muito potencial. Não só pelo «salto» que pode dar, adaptando-se às novas realidades e consumidores, mas, essencialmente, pela herança que tem7.

2.1.2. Critérios de Noticiabilidade

Nem tudo pode ser considerado notícia, por isso, uma das principais funções do jornalista é selecionar. Os critérios variam de jornal para jornal, segundo a linha editorial e o tipo de público-alvo. Não podem ser indicados com precisão os critérios de noticiabilidade para todos os jornais.

Jorge Pedro Sousa aponta alguns critérios considerados válidos para a maioria das notícias:

Proximidade (Quanto mais próximo ocorrer um acontecimento, mais probabilidade tem de se tornar notícia. A proximidade pode assumir várias formas: geográfica, afetiva, cultural…).

7

Com base no texto: “A memória da impensa regional”. (Acedido em dezembro de 2012) http://www.erc.pt/documentos/ERCImprensaLocaleRegionalfinal.pdf

(26)

19

Momento do acontecimento (Quanto mais recente for um acontecimento, mais probabilidade tem de se tornar notícia).

Significância (Quanto mais intenso ou relevante for um acontecimento, quantas mais pessoas estiverem envolvidas ou sofrerem consequências, quanto maior for a sua dimensão, mais probabilidades tem de se tornar notícia; além disso, quanto menos ambíguo for um acontecimento, mais probabilidades tem de se tornar notícia).

Proeminência social dos sujeitos envolvidos (Quanto mais proeminentes forem as pessoas envolvidas num acontecimento, mais hipóteses ele tem de se tornar notícia.);

Proeminência das nações envolvidas nas notícias (Quanto mais proeminentes forem as nações envolvidas num acontecimento internacional, mais probabilidades ele tem de se tornar notícia).

Consonância (Quanto mais agendável for um acontecimento, quanto mais corresponder às expectativas e quanto mais o seu relato se adaptar ao media, mais probabilidade tem de se tornar notícia).

Imprevisibilidade (Quanto mais surpreendente for um acontecimento, mais hipótese terá de se tornar notícia).

Continuidade (Os desenvolvimentos de acontecimentos já noticiados têm grandes probabilidades de se tornar notícia).

Composição (Quanto mais um acontecimento se enquadrar num noticiário tematicamente equilibrado, ou seja, num noticiário com espaço para diversos temas, mais probabilidades tem de se tornar notícia).

Negatividade (Quanto mais um acontecimento se desvia para a negatividade, mais probabilidade tem de se tornar notícia).

2.1.3. Fontes de informação

O trabalho jornalístico baseia-se no uso de fontes de informação, que podem ser de diferentes tipos, classificados segundo critérios específicos. Pode ser considerada fonte qualquer entidade que possua dados relevantes para o jornalista utilizar na elaboração de uma notícia ou reportagem. As fontes de informação são um capital

(27)

20

imprescindível do jornalismo e dos jornalistas. Não existiria investigação jornalística sem fontes de informação. Mais: grande parte da informação jornalística não existiria sem fontes de informação (Sousa, 2001: 62)

Segundo Sousa (2001), as fontes jornalísticas podem ser classificadas de acordo com a sua proveniência:

 Internas ao órgão informativo (colegas, centro de documentação).

 Externas (testemunha de um acidente, público em geral).

 Mistas (um jornalista da casa que presenciou a um acontecimento a noticiar por outro jornalista)

Podem ainda distinguir-se de acordo com o seu estatuto:

 Oficiais estatais, por exemplo a Assembleia da República.

 Não estatais, partidos políticos, sindicatos.

 Oficiosas, um assessor do ministro que dá a sua versão dos factos.

 Informais, a testemunha de um crime.

Os jornais usam as informações que lhes chegam através de emails, telefonemas, consultas a outros órgãos de comunicação social, das conferências de imprensa, de contactos pessoais, dos comunicados de imprensa enviados por diversas entidades, das pesquisas na internet, entre outras fontes.

As informações disponibilizadas aos jornalistas pelas suas fontes devem ser tratadas e enquadradas sem adulteração, devendo ser, por princípio, verificadas. Se

aceder às fontes de informação é um direito do jornalista, selecionar entre a enorme quantidade de informação em bruto que chega a um jornal e selecionar as melhores fontes de informação são deveres do jornalista. A capacidade de recolha e seleção de informação e de cultivo de fontes é um dos indicadores da competência jornalística

(Sousa, 2001:63).

O Código Deontológico dos Jornalistas Portugueses impõe, no seu artigo 6, que,

o jornalista deve usar como critério fundamental a identificação das fontes. Ou seja, as

fontes usadas pelo jornalista devem ser devidamente identificadas e as informações que a fonte fornece devem ser atribuídas a mesma fonte. O leitor não pode ficar com dúvidas sobre quem disse o quê, quem viu o quê ou quem ouviu o quê. Existem, porém,

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21 algumas exceções no critério de identificação das fontes, previstas no artigo 6.º do Código Deontológico:

 A identidade de uma fonte confidencial não deve revelar-se, nem mesmo em juízo, a menos que a fonte tenha tentado enganar ou intoxicar deliberadamente o jornalista, respeitando os compromissos assumidos.

 Os factos comprovados, especialmente aqueles que são públicos, caem no domínio público ou têm registo público (auto de polícia, registos no Diário da República, etc.), não necessitando obrigatoriamente de serem remetidos para a fonte, nem de referir quem alertou o jornalista para esses factos. A identificação das fontes fica, nestes casos, ao critério do jornalista, que deve recorrer ao seu bom-senso (Sousa, 2001).

A identificação das fontes pode, então, tomar diferentes formas, consoante o compromisso, ou convenção, assumido pelo jornalista:

On the record (atribuição direta, para publicação) – A fonte é identificada e tudo o que ela profere pode ser objeto de enunciação jornalística. É a regra comum e aquela que deve ser usada quando a fonte não pede confidencialidade.

On Background/not for attribution (atribuição com reserva) - A fonte não é totalmente identificada, embora sejam dadas algumas pistas superficiais sobre os meios em que ela se movimenta. As informações que uma fonte on

background fornece podem ser objeto de enunciação jornalística.

On deep background (atribuição com reserva total) – Não só a fonte não é identificada, como também não pode ser referido o meio em que ela se movimenta, embora as informações fornecidas pela fonte possam ser difundidas (Sousa, 2001).

2.1.4. Géneros jornalísticos

Os principais géneros jornalísticos tipificam-se por notícia, entrevista, reportagem, crónica, editorial, artigo de opinião e análise.

(29)

22

Notícia

A notícia é essencialmente um texto relativamente curto, claro, direto e conciso. sobre um acontecimento recente. De início, a notícia jornalística foi definida como a

comunicação, a um público interessado, de facto acabado de se produzir ou de ser divulgado através dos meios de comunicação de massa (Cascais, 1999:13).

A notícia deve refletir a realidade relatada, obedecendo a quatro princípios básicos:

Atualidade - o objetivo da notícia é relatar o que se acaba de produzir, saber ou descobrir.

Novidade - o facto noticiável afasta-se da rotina quotidiana.

Veracidade - é o que as notícias devem ser, ou seja, corresponder o mais fielmente à realidade.

Interesse público - os factos jornalísticos têm como caraterística fundamental serem pontos de referência ou corresponderem às expetativas e necessidades de informação de um público massivo.

É fundamental fazer referência à pirâmide invertida, por ser o modelo mais conhecido e mais comum na redação de uma notícia, contudo, também utilizado nas reportagens de pequena extensão. A pirâmide invertida serve para ajudar os leitores a selecionar os dados mais importantes.

Quando se escreve uma notícia com base no modelo da pirâmide invertida, o núcleo duro da informação deve figurar no lead. Os restantes parágrafos seguem-se ao lead, sendo hierarquicamente ordenados por ordem decrescente de importância e interesse. Ou seja, o lead deve conter a informação mais importante e interessante. O segundo parágrafo conterá informação um pouco menos interessante e importante do que o lead e assim sucessivamente (Sousa, 2001:317).

O lead é o primeiro parágrafo da notícia. Este deve conter as respostas às seis questões da pirâmide invertida, porém, porque muitas vezes não é fácil responder a todas num só parágrafo, as duas últimas questões podem ser respondidas no parágrafo seguinte. O núcleo da informação, o mais importante, é colocado no início, no chamado

«lead», e os pormenores que complementam a notícia relata-se a seguir, dos mais importantes para os menos importantes até ao final (Cascais, 1999:59). Informar

(30)

23 imediatamente o leitor e conseguir atrair a sua atenção e curiosidade para que continue a ler o texto são as suas principais finalidades.

Figura 4 – Pirâmide invertida Fonte: Elaborado pela estagiária

Renato Póvoas (2009:86) refere que uma boa notícia deve ser:

Atual, pois, perdendo a atualidade, perde a força mediática.

Nova, se não é uma história nova, ou se não acrescenta nada de novo, perde o interesse.

Relevante, os assuntos atuais são sempre relevantes.

Apaixonante, todas as notícias devem conseguir despertar emoções.

Representativa, algo que nos seja comum tem sempre mais impacto do que algo que não nos desperte interesse.

Diferenciadora, tentar descobrir sempre algo que ainda não foi desvendado. O quê? Quando? Onde? Quem? Como? Porquê? R e p o r t a g e m N o t í c i a b r e v e Base de uma parte menos importante.

(31)

24

Conflituosa, pois diferendos na política, desporto ou outra área são sempre assuntos que despertam interesse.

Extraordinária, porque situações pouco normais têm sempre muito impacto no leitor. Segundo o autor, o cão que morde o homem não tem interesse, mas o homem que morde o cão é algo que interessa.

 Entrevista

É um género autónomo, mas, também, de auxílio à reportagem. Se a reportagem é a base da entrevista, a entrevista é a base do jornalismo. A entrevista fornece matéria prima para quase todos os géneros jornalísticos: notícia, opinião, reportagem.

Como género, deverá ser acompanhada de um lead que explique a oportunidade do trabalho, os aspetos mais marcantes da própria entrevista. A garantia da exatidão e

veracidade das declarações de uma entrevista é que esta deve ser preparada com antecedência, recolhendo o máximo de informação possível sobre o tema a debater e sempre que possível ser realizada por escrito (Povóas, 2009:82).

Os principais tipos de entrevista são: entrevista inquérito; entrevista reportagem; entrevista documentário; entrevista “declarações”; entrevista de personalidade.

Figura 5 - Entrevista

Fonte: Adaptado de Elementos do Jornalismo de Kovach e Rosenstiel (2005) Entrevista

Tema

Questões

Respostas

Lançar novas perguntas (no momento)

(32)

25  Reportagem

A reportagem é o género jornalístico mais nobre

.

Tal como na notícia, o objetivo da reportagem é informar os seus leitores, mas de forma mais ampla ou exaustiva, em profundidade.

Não se trata do estilo soft news (notícias brandas, sem grande importância), mas uma prosa de fôlego, que conta uma história com o máximo possível de pormenores, como se o leitor pudesse viver o acontecimento. Por isso, não se conforma com a técnica da pirâmide invertida, sendo possíveis e desejáveis vários estilos de construção, dependendo da inspiração de quem redige.

Como a notícia, a reportagem tem como objetivo informar os leitores sobre um dado acontecimento. A maior diferença entre estes dois géneros jornalísticos é mesmo a sua estrutura, em que a reportagem aborda determinado acontecimento exaustivamente segundo um ponto de vista, sendo que os recursos e os tempos usados para elaborar uma reportagem são maiores do que para elaborar uma notícia (Gradim, 2000:85).

Em suma, as funções da reportagem são:

 Informar de maneira diferente

 Esclarecer sobre o acontecimento

 Tornar mais compreensível um facto da sociedade

 Diversificar o tratamento da informação

 Aproximar o leitor da informação, fazendo-o assistir em direto, como se lá estivesse.

 Breve

Notícias curtas de carácter informativo e objectivo, que têm como finalidade informar o leitor de forma rápida sobre determinado acontecimento. Este género jornalístico centra-se nos pontos fulcrais do acontecimento.

 Opinião

O texto de opinião é diferente de todos os outros géneros. Numa notícia, não está presente a opinião de quem a escreve, assim como não encontramos a opinião do

(33)

26 jornalista na entrevista ou reportagem. A opinião é remetida para o texto de opinião. Um

texto de opinião não tem uma estrutura rígida, pode ser rigoroso com uma forte análise e argumentos ou pode ser leve e bem-humorado, ou misturar os dois estilos ou ainda situar-se entre eles (Simão, 2007: 30).

 Crónica

As crónicas são textos de leitura leve e agradável, sem aspirações a grandes consequências políticas. É o género menos conhecido e, por isso, muitas vezes confundido com o texto de opinião. A crónica toma o real como pretexto, permitindo-se

liberdades poéticas, criadora e imaginativas que não são toleradas em nenhum outro género. Praticamente não há regras para realizar uma crónica, deve ter um título e um corpo, e deve divertir e estimular intelectualmente o leitor (Simão, 2007:31).

 Editorial

O editorial é um género jornalístico argumentativo. É sempre da responsabilidade da direção ou de alguém da sua inteira confiança. Normalmente, é motivado por assuntos tratados no jornal e é elaborado de acordo com a linha de orientação do orgão jornalístico.

Sendo um género jornalístico enobrecido, o posicionamento do editorial no corpo do jornal deve dignificá-lo. Por isso, geralmente é posicionado logo na primeira página ou nas páginas editoriais, assim designadas porque são o espaço dedicado por excelência às principais colunas, crónicas e artigos de análise e opinião sobre os temas fortes da atualidade (Sousa, 2001:282).

2.2. Atividades Realizadas

Enquanto estagiária desde sempre me foram entregues temas para a elaboração de notícias. Nos três meses de estágio, redigi cerca de quarenta notícias, para as mais diversas secções do jornal Terras da Beira, à exceção das de Cultura e Saúde. Dessas notícias, destaco a seguir algumas que tiveram maior impacto nos leitores

(34)

27 2.3.1.

Redação de notícias

Durante o meu percurso pelo Terras da Beira, sempre me foram fornecidos temas para elaboração de notícias. Na primeira semana, recebi na reunião de planificação da agenda semanal como tema «Casamentos na Cidade». Saí da redação para recolher depoimentos credíveis para a elaboração da peça, tendo entrevistado floristas, agentes de viagem, lojas direcionadas aos casamentos e o sacerdote da Sé Catedral. A notícia que elaborei teve como título «Decréscimo de casamentos na cidade da Guarda» (ver anexo 3)

No final da semana, recebemos um telefonema dos comerciantes da Central de Camionagem da Guarda , a denunciarem a falta de limpeza em que esta se encontrava. Tendo ficado responsável por este assunto, dirigi-me à Central para ouvir os utentes e comerciantes e entrei também em contacto com a Câmara Municipal da Guarda, com o intuito de ouvir as duas partes envolvidas. Depois da recolha, tratei a informação e elaborei a notícia. (Anexo 3).

Estas foram as minhas primeiras notícias enquanto estagiária no Terras da Beira, as mais complicadas pela falta de experiência, mas, com o passar das semanas, tornou-se mais fácil desenvolver todo o processo. Acabei por redigir ao longo do estágio quarenta e uma notícias, Na segunda edição em que colaborei, fiz duas notícias relacionadas: « Emigrantes compram menos que em anos anteriores» e «Agosto, mês de emigrantes» (Anexo 4).

Na terceira semana de estágio, fiquei responsável pela redação de três notícias: uma sobre um evento, “Portugal, o melhor destino”, apresentada na Guarda pelo Diogo Morgado, embaixador desta iniciativa, tendo ocupado a secção de sociedade; para a secção de desporto, elaborei uma notícia sobre o Torneio internacional de juniores; a última notícia incidiu sobre a EDP, que estava a oferecer material escolar na volta a Portugal (Anexo 5).

Na quarta edição do Terras da Beira, redigi duas notícias, Liga de combatentes aguarda pela construção do monumento e Cerca de 60 expositores na Feira de Jovens criadores. Na quinta edição, redigi uma notícia para a secção de desporto, sendo esta a minha área favorita, sobre a Fundação D. Laura dos Santos, pois tinha subido de divisão e teriam o seu primeiro jogo contra a equipa de Setúbal (Anexo 6).

(35)

28 Na edição de 13 de setembro, elaborei uma notícia sobre os comerciantes do mercado municipal e da Feira, pela falta de condições em que se encontravam. Nessa mesma semana, redigi uma notícia sobre a Semana Europeia da Mobilidade e assisti ao desfile de moda na Guarda, que decorreu na praça Luís de Camões, ficando responsável pelo trabalho fotográfico e por redigir uma notícia sobre o mesmo (Anexo 8).

Para a edição seguinte, coube-me noticiar a apresentação do Plano de Promoção da Acessibilidade. Dia Europeu sem Carros em três municípios do distrito foi o tema de outro artigo que elaborei para a secção Região. Nessa mesma semana, cobri ainda a apresentação de «Casas em movimento», a cargo da Câmara Municipal da Guarda (Anexo 9).

Redigi no âmbito da edição de 27 de setembro uma notícia para a secção da Guarda, acerca de pacotes de açúcar que serviram para a sua promoção e da cultura judaica. Na última página, saiu uma outra notícia sobre as visitas encenadas ao Centro Histórico da Cidade, que elaborei com a ajuda da jornalista Elisabete, de acordo com a informação que recolhi na reunião onde foram apresentados os dados pelos responsáveis da organização (Anexo 10).

Material de promoção da Guarda e a visibilidade quase nula no cicloturismo feminino foram duas notícias que redigi na edição de 4 de outubro (Anexo 11). Na semana de 11 de outubro, recolhi depoimentos e elaborei o histórico das freguesias de são Miguel, da Sé e São Vicente, que ocupou o destaque. Para a secção Região, redigi uma notícia sobre os cursos intensivos de línguas na cidade da Guarda e, para a última página, redigi uma notícia sobre a marcha e a tertúlia contra o desemprego (Anexo 12).

Para a mesma secção, mas da edição de 18 de outubro, redigi uma notícia sobre a semana da alimentação na Guarda e um workshop de cozinha vegetariana. «Guarda associa-se o Eco-Escolas» foi o título de outra notícia para esta edição (Anexo 13).

Na semana de 25 de outubro, redigi uma notícia sobre a Semana do Caloiro na Guarda (Anexo 14). Na edição seguinte, elaborei uma notícia sobre o negócio das flores na época de todos os Santos e, para a secção de economia, redigi uma notícia sobre os eventos dedicados à castanha no mês de novembro (Anexo 15).

Além das notícias anteriores, redigi muitas outras que apresento esquematicamente no Quadro 2 (Anexos 3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13 e 14).

(36)

29 A metodologia de trabalho baseava-se quase sempre nas mesmas fases: recolha e tratamento de informação; elaboração da notícia; entrega da peça à supervisora para correção e validação; revisão final da peça.

Recorri a diferentes tipos de fontes, desde as internas, sobretudo associadas a edições anteriores em arquivo, às externas nomeadamente oficiais e não oficiais, amigos e conhecidos, no caso da Semana do Caloiro da Guarda, por exemplo. O modo como usava e atribuía a informação obtida variou conforme as necessidades que a elaboração das notícias comportava e os compromissos assumidos com as respetivas fontes: atribuição direta se a obtenção tinha decorrido on the record; informação não atribuída sempre que obtida on the background.

Quadro 2 - Síntese das notícias elaboradas Fonte: Elaborada pela estagiária

Secção Títulos Valores-Notícia Fontes

Destaque

GNR detém 13 indivíduos por condução sob efeito de álcool

Negatividade Proximidade Significância Composição Internas: Centro de documentação Depoimentos de habitantes de São Miguel Proximidade Significância Consonância Composição Externas: Informais. On the record

Historial das freguesias de São Miguel, Sé e São Vicente

Proximidade Significância Interna: Centro de Documentação Sociedade Decréscimo de casamentos na Guarda Negatividade Proximidade Significância Composição Externas: Informais. on the record e on the background/not for attribution “Portugal o melhor destino”

apresentado na Guarda Proeminência dos sujeitos envolvidos Proximidade Consonância Momento Acont. Observação direta

Desfile de Moda na Guarda

Proeminência dos sujeitos envolvidos Proximidade Consonância Momento Acont. Observação direta

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30

Guarda

Emigrantes compram menos que em anos anteriores

Negatividade Proximidade Significância Composição Externas: Informais. On the record

Comerciantes indignados com condições no mercado municipal e na feira Negatividade Proximidade Significância Composição Externas: Informais; Oficiais não estatais.

Câmara adere à semana Europeia da Mobilidade Composição Significância Proximidade Centro de Documentação

Pacotes de açúcar promovem a Guarda e Cultura Judaica

Composição significância Proximidade Composição Momento Acont. Observação direta

Liga de Combatentes aguarda pela construção do monumento

Negatividade Significância Proximidade Externas:Não oficiais estatais. Cerca de 60 expositores na Feira de jovens criadores

Composição significância Proximidade Momento Acontecimento Externas:

Oficiais não estatais On the record

Festival ibérico começa amanhã em Foz Côa

Composição Significância

Internas: Centro de Documentação

Câmara da Guarda apresenta plano de promoção da Acessibilidade Composição Significância Proximidade Consonância Momento do Acontecimento Observação direta

Dia Europeu sem carros em três municípios do distrito

Composição Significância

Interna: Centro de Documentação

Casas em movimento foram apresentadas na Guarda Composição Consonância Significância Proximidade Momento Acont Observação direta Material de promoção da Guarda Composição Significância Consonância Observação direta

(38)

31 Os azeitonas e HMB na

Semana do caloiro da Guarda

Proeminência dos sujeitos envolvidos Proximidade Significância Consonância Interna: Centro de Documentação

Evento solidário no Centro comercial Vivaci Composição Consonância Significância Proximidade Momento Acont. Observação direta Região

Cursos intensivos de línguas cada vez mais procurados

Composição Significância Consonância Significância Externas: Informais On the record

Alunos da Sé elegem nova associação Consonância Proximidade Momento Acont. Externas: Informais on the record Semana da Alimentação na Guarda Continuidade Significância Proximidade Externas: Oficiais não estatais; Workshop de cozinha vegetariana Continuidade Significância Interna: Centro de Documentação

Sabugal acolhe jornadas sobre a tauromaquia

Consonância significância

Interna: Centro de Documentação

Guarda associa-se ao Eco-Escolas

Proximidade; significância

Interna: Centro de documentação;

Festival da Castanha e Festival de Sopas animam Gouveia

Significância Consonância Composição

Interna: Centro de Documentação

Jantar dos Bigodes em Folgosinho Significância Composição Interna: Centro de Documentação Externa: Informais

Crise não atinge negócio das flores Momento Acont. Proximidade Significância Externas: Informais On the record Torneio internacional de juniores mais modesto

Momento Acont. Consonância Significância Continuidade Composição Observação direta

(39)

32

Desporto

Consonância Fundação D.Laura dos Santos

estreia-se frente ao Setúbal

Significância; Consonância

Externas: Informais

Historial da Associação de futebol da Guarda – Tabela dos campeões distritais

Composição Interna: Centro de Documentação

Visibilidade quase nula no cicloturismo feminino. Proximidade Significância Composição Negatividade Externas: Informais Economia

Nerga promove mercado do usado Proximidade Significância Composição Momento Acont. Observação direta

Novembro com eventos dedicados à castanha Significância Composição Continuidade Interna: Centro de Documentação Última Página

Central de camionagem sem serviço de limpeza Proximidade Consonância Significância Negatividade Imprevisibilidade Externas: Informais. On the record e on the background/not for attribution

Vinhos da Beira Interior premiados em Espanha

Significância Internas: Centro de Documentação

Meda inaugura Polidesportivo

Significância Consonância

Internas: Centro de Documentação

EDP oferece material escolar na Volta a Portugal Significância; Proeminência social dos sujeitos envolvidos Internas: Centro de Documentação

Muralhas com história no próximo fim de semana em Sortelha Significância Continuidade Consonância Internas: Centro de Documentação

Mais de duas mil pessoas nas visitas encenadas Significância Proximidade Composição Momento Acont. Observação direta Externas: Oficiais não estatais.

Marcha e tertúlia contra o desemprego Significância Proximidade Consonância Interna: Centro de Documentação

(40)

33 2.3.2. Realização de reportagens fotográficas

A maior parte das notícias são acompanhadas por fotografias captadas pelos jornalistas.

Quando tinha de cobrir um evento ou de recolher informações para uma notícia, fazia-me acompanhar da máquina fotográfica, a fim de captar fotos dos locais ou pessoas que considerava relevantes.

Assim, fiz diversas reportagens fotográficas, como, por exemplo, durante as coberturas do desfile de moda na Guarda, do projeto «Portugal, o Melhor Destino», do «Plano de Promoção da Acessibilidade», «Casa em Movimento», entre outras.

2.3.3. Redação de breves

Durante o estágio, redigi algumas breves, provenientes de informação que recebíamos diariamente na redação. Logo na primeira semana, escrevi uma breve sobre as ocorrências registadas pela GNR na Guarda. Na edição seguinte, redigi uma sobre os vinhos da Beira Interior Premiados em Espanha e uma outra sobre a Inauguração do Polidesportivo de Meda. Na semana de 6 de setembro, redigi uma breve sobre o Festival Ibérico em Foz Côa, entre outras que constam em anexo.

2.3.4. Recolha e tratamento de Informação

Sem experiência na área do jornalismo, sempre tive grande preocupação em procurar material, investigar sobre os assuntos em causa, contactar com os habitantes da cidade, para depois proceder ao tratamento da informação e elaboração da notícia. Nem sempre foi fácil recolher informação, contudo nunca deixei de procurar intensivamente o que necessitava. Segundo Jorge Pedro Sousa (2001: 71), A recolha de informações

baseia-se na investigação. Obviamente, as informações não podem ser apenas recolhidas. Também devem ser verificadas e contrastadas, para serem, posteriormente, processadas.

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