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Gestão de custos: um estudo na Comercial Belmar LTDA

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS, ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO CAMPUS CASCA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO. PÉTERSON POSSA. GESTÃO DE CUSTOS: Um estudo na Comercial BELMAR LTDA.. CASCA 2017.

(2) PÉTERSON POSSA. GESTÃO DE CUSTOS: Um estudo na Comercial BELMAR LTDA.. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Administração da Universidade de Passo Fundo, campus Casca como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientador: Prof. Francisco Rodrigues do Nascimento. CASCA 2017.

(3) PÉTERSON POSSA. GESTÃO DE CUSTOS: Um estudo na Comercial BELMAR LTDA.. Trabalho de Conclusão de Curso aprovado em ___ de __________ de _____, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração no curso de Administração da Universidade de Passo Fundo, campus Casca, pela Banca Examinadora formada pelos professores:. Prof. Francisco Rodrigues do Nascimento UPF – Orientador. Prof. UPF. Prof. UPF. CASCA 2017.

(4) A Deus, aos meus pais, meu irmão, minha namorada e também aos meus professores, pela colaboração e incentivo nesta caminhada de muito aprendizado..

(5) AGRADECIMENTOS. Em primeiro lugar, agradeço a Deus pelo dom da vida, por todas as bênçãos e por me proporcionar chegar até aqui. À minha família que me incentivou a ingressar no ensino superior e colaborou intensamente em todo o tempo desta caminhada, me apoiando até chegar a este momento de conclusão. À minha namorada, que sempre esteve comigo, agradeço pelo entendimento, compreensão e auxílio em todos os momentos da vida acadêmica. Ao professor Francisco Rodrigues do Nascimento, meu orientador, pela incansável orientação para que este trabalho fosse realizado da melhor maneira possível. Aos meus colegas e amigos universitários, que transformaram as aulas e também as viagens até a UPF em Casca mais animadas, menos cansativas e puderam compartilhar conhecimentos. Aos professores e funcionários da Universidade de Passo Fundo, campus Casca por todo o incentivo e dedicação para que este momento se tornasse realidade. Enfim, a todos que de uma forma ou outra estiveram comigo nesta caminhada e também colaboraram para a realização deste trabalho. A todos o meu muitíssimo obrigado!.

(6) “A persistência é o caminho do êxito”. CHARLES CHAPLIN.

(7) RESUMO. POSSA, Péterson. GESTÃO DE CUSTOS: Um estudo na Comercial Belmar LTDA. Casca, 2017. 76 f. Trabalho de conclusão de curso (Curso Administração). UPF, 2017. O presente trabalho apresenta um estudo sobre Gestão de Custos na Comercial Belmar LTDA, localizada no Município de Montauri RS com base nos anos de 2015, 2016 e 2017. Teve como objetivo sugerir um método de custeio para a empresa onde o trabalho foi desenvolvido. O estudo foi realizado através de pesquisa descritiva, trata-se de um estudo de caso, pesquisados os valores nos documentos contábeis da empresa e apurados os resultados através de planilhas eletrônicas do Microsoft Excel na forma quantitativa. Concluiu-se ao final da pesquisa que o método de custeio mais adequado para o ramo comercial é o custeio variável, onde foram identificadas as despesas fixas da empresa. Para chegar ao custo variável de cada produto somamos o CMV de cada produto, a diferença de alíquota de ICMS, de 6% para compras no estado de SC, os consertos que a empresa oferece gratuitamente para as peças que necessitam ajuste, resultando em 1% do preço de venda e 0,5% do preço de venda com inadimplência. Tendo conhecimento do CV foi possível calcular a MC de cada produto e por mix de produto. Tendo conhecimento da MC, dos custos e despesas foi possível calcular a DRE do período e, na sequência, os pontos de equilíbrio contábil, financeiro e econômico. Após isso foi realizado as projeções de crescimento de vendas para atingir o ponto de equilíbrio econômico, mantendo o mesmo preço de venda, que consequentemente a empresa terá a mesma margem de contribuição que possui atualmente. O preço de venda, mesmo que mantido o atual, visto que o mesmo hoje é formulado com base no mercado local, com pesquisa da concorrência, foi formulado através da ferramenta Mark-up. Palavras-chave: Métodos de custeio. Custos e Despesas. Margem de Contribuição. Pontos de Equilíbrio. Preço de Venda..

(8) LISTA DE FIGURAS. Figura 1 - Análise custo-volume-lucro ..................................................................................... 30 Figura 2 - Ponto de equilíbrio contábil em quantidade ............................................................ 32 Figura 3 - Ponto de equilíbrio contábil em reais ...................................................................... 33 Figura 4 - Ponto de equilíbrio econômico em quantidade ........................................................ 33 Figura 5 - Ponto de equilíbrio econômico em reais .................................................................. 33 Figura 6 - Ponto de equilíbrio financeiro em quantidade ......................................................... 34 Figura 7 - Ponto de equilíbrio financeiro em reais ................................................................... 34 Figura 8 - Margem de Segurança ............................................................................................. 35.

(9) LISTA DE QUADROS. Quadro 1 - Faturamento Anual ................................................................................................. 44 Quadro 2 - Faturamento por classes ......................................................................................... 45 Quadro 3 - Despesas Fixas ....................................................................................................... 47 Quadro 4 - Produtos com Custo Variável ................................................................................. 48 Quadro 5 - Produtos com margem de contribuição .................................................................. 50 Quadro 6 - Margem de contribuição por mix de produtos ....................................................... 51 Quadro 7 - DRE Verão ............................................................................................................. 52 Quadro 8 - DRE Inverno .......................................................................................................... 52 Quadro 9 - DRE Ponto de equilíbrio Contábil do Cenário Verão ............................................ 53 Quadro 10 - DRE Ponto de equilíbrio contábil do cenário inverno ......................................... 54 Quadro 11 - DRE Ponto de equilíbrio financeiro do cenário verão ......................................... 55 Quadro 12 - DRE Ponto de equilíbrio financeiro do cenário inverno ...................................... 56 Quadro 13 - DRE Ponto de equilíbrio econômico do cenário de verão ................................... 57 Quadro 14 - DRE Ponto de Equilíbrio Econômico do Cenário de Inverno ............................. 58 Quadro 15 - Projeção de vendas por classe no cenário de verão .............................................. 59 Quadro 16 - Projeção de Vendas por Classe do Cenário de Inverno ....................................... 60 Quadro 17 - DRE Projetada ...................................................................................................... 61 Quadro 18 - Preço de venda pelo Mark-up .............................................................................. 62.

(10) LISTA DE ABREVIATURAS CMV – Custo da Mercadoria Vendida ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços MC – Margem de Contribuição DRE – Demonstração do Resultado do Exercício.

(11) 10. SUMÁRIO. 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 13 1.1 IDENTIFICAÇÃO E JUSTIFICATIVA DO ASSUNTO ................................................. 14 1.2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 15 1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................................. 15 1.2.2 Objetivos específicos ...................................................................................................... 16 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 17 2.1 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA .............................................................. 16 2.2 DA CONTABILIDADE FINANCEIRA A CONTABILIDADE DE CUSTOS ............... 17 2.3 CONCEITOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS ....................................................... 19 2.4 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS E DESPESAS ........................................................... 21 2.4.1 Custos Fixos ................................................................................................................... 22 2.4.2 Custos Variáveis ............................................................................................................ 23 2.4.3 Custos Diretos ................................................................................................................ 24 2.4.4 Custos Indiretos ............................................................................................................. 24 2.4.5 Despesas .......................................................................................................................... 25 2.5 SISTEMAS E MÉTODOS DE CUSTEIO ......................................................................... 25 2.5.1 Custeio Variável ............................................................................................................. 26 2.5.2 Custeio por Absorção .................................................................................................... 27 2.5.3 Custeio baseado em Atividades (ABC) ........................................................................ 28 2.6 ANÁLISE CUSTO-VOLUME-LUCRO ............................................................................ 28 2.6.1 Margem de Contribuição .............................................................................................. 30 2.6.2 Ponto de Equilíbrio........................................................................................................ 31 2.6.2.1 Ponto de Equilíbrio Contábil ........................................................................................ 32 2.6.2.2 Ponto de Equilíbrio Econômico.................................................................................... 33 2.6.2.3 Ponto de Equilíbrio Financeiro ..................................................................................... 34 2.6.3 Margem de Segurança .................................................................................................. 35 2.7 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA ........................................................................... 35 2.7.1 Bases Para Elaboração do Preço de Venda ................................................................. 36 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................................... 38 3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA .................................................................................. 38 3.2 VARIÁVEIS DE ESTUDO ............................................................................................... 39.

(12) 11. 3.3 UNIVERSO DE PESQUISA ............................................................................................. 40 3.4 PROCEDIMENTO E TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS ......................................... 41 3.5 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS .............................................................. 42 4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ......................................................................... 43 4.1 CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA ............................................................................. 43 4.2 FATURAMENTO .............................................................................................................. 43 4.2.1 Faturamento Anual ....................................................................................................... 44 4.2.2 Faturamento Por Classes e Cenários ........................................................................... 45 4.3 DEFINIÇÃO DO MÉTODO DE CUSTEIO...................................................................... 46 4.4 COMPOSIÇÃO DOS GASTOS INCORRIDOS NA COMERCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS ............................................................................................................................. 46 4.4.1 Despesas Fixas ................................................................................................................ 46 4.4.2 Custos Variáveis ............................................................................................................ 48 4.5 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ..................................................................................... 49 4.5.1 Margem de Contribuição Unitária .............................................................................. 50 4.5.2 Margem de Contribuição por Mix de Produtos ......................................................... 50 4.6 PONTO DE EQUILÍBRIO ................................................................................................. 51 4.6.1 Ponto de Equilíbrio Contábil ........................................................................................ 53 4.6.1.1 Ponto De Equilíbrio Contábil Do Cenário Verão ......................................................... 53 4.6.2 Ponto de Equilíbrio Financeiro .................................................................................... 54 4.6.2.1 Ponto de Equilíbrio Financeiro do Cenário Verão ....................................................... 55 4.6.2.2 Ponto de Equilíbrio Financeiro do Cenário Inverno ..................................................... 55 4.6.3 Ponto de Equilíbrio Econômico .................................................................................... 56 4.6.3.1 Ponto de Equilíbrio Econômico do cenário Verão ....................................................... 57 4.6.3.2 Ponto de Equilíbrio Econômico do cenário Inverno .................................................... 58 4.7 PROJEÇÃO DE VENDAS ................................................................................................ 59 4.7.1 Projeção de Vendas do Cenário Verão ........................................................................ 59 4.7.2 Projeção de Vendas do Cenário Inverno ..................................................................... 60 4.7.3 DRE Projetado ............................................................................................................... 60 4.8 MARGEM DE SEGURANÇA .......................................................................................... 61 4.9 PREÇO DE VENDA .......................................................................................................... 62 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 64 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 66 ANEXO 1 - PRODUTOS COM CUSTO VARIÁVEL ....................................................... 68.

(13) 12. ANEXO 2 - PRODUTOS COM MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ................................. 71 ANEXO 3 - PRODUTOS COM PREÇO DE VENDA PELO MARK-UP ....................... 74.

(14) 13. 1 INTRODUÇÃO. Em um mercado competitivo, de constantes transformações políticas, ambientais e sistêmicas, onde fica cada vez mais difícil para as organizações empresariais obterem o seu máximo sucesso, visto que o mercado é cada vez mais dinâmico e exige da organização o máximo empenho e alinhamento por parte de todos os colaboradores para com isso a mesma poder fazer frente ao mercado competitivo onde está inserida e obter os resultados esperados. Dessa forma é necessário que as empresas tenham seus processos internos mapeados, bem definidos e completamente alinhados, em todas as esferas da organização, para, através destes, poder ter a qualquer momento informações sobre os custos diretos e indiretos, as despesas fixas e variáveis, a margem de contribuição de seus produtos com o ponto de equilíbrio e o preço de venda que está sendo praticado; pois se a mesma estiver com o preço de venda forra do padrão para seu mercado, a mesma estará entrando em um cenário de dificuldades. Hoje, a maioria das empresas já operam com algum sistema de gerenciamento de custos e despesas, seja este automatizado com as informações atualizadas constantemente ou mesmo através de uma planilha manual mas que possa o usuário preencher as informações que necessita e então chegar ao total e utilizar-se deste para a tomada de decisões seja de curto ou longo prazo como um simples desconto para um cliente, como a decisão de um novo investimento ou aquisição que possa interferir durante mais de uma década a empresa. A determinação do preço de venda hoje, é uma questão muito importante para qualquer organização, pois, se esta estiver vendendo a preços muito altos, irá inibir, ou reduzir suas vendas. E, pelo contrário, se a mesma estiver vendendo a preços muito baixos, poderá até alavancar suas vendas; porém o valor arrecadado não será suficiente para cobrir suas despesas e ainda gerar a margem de contribuição desejada, e, com isso, quanto mais a empresa vender, maior será o prejuízo que a empresa obterá com sua própria operação (HOJI, 2017, p. 361). A contabilidade de custos hoje é quem deve fornecer o preço de venda aos produtos. Para que isso ocorra de maneira adequada, deve ser de conhecimento do gestor os custos incorridos nos produtos, e estes rateados de maneira correta. Pois é importante que o sistema de custos produza informações coerentes com os resultados da empresa, pois nessa forma de trabalho, os custos são calculados de fora para dentro, sendo o ponto de partida o custo final do bem ou serviço, agregada a uma margem e calculado o preço através de uma ferramenta chamada mark-up (MARTINS, 2010, p. 218). Segundo Griffin (2012, p. 107), a contabilidade de custos ajuda a acompanhar e analisar os custos para fins de estoque, para o cálculo do preço das mercadorias a serem vendidas, para.

(15) 14. o processo de tomada de decisões em relação a preços e investimentos ou créditos e alocações de despesas gerais; sendo fundamental para o processo decisório dentro do ambiente organizacional. Atualmente, o objetivo maior das empresas é a maximização do seu valor de mercado, remunerando o capital investido pelos sócios ou acionistas; sendo que estes esperam da organização empresarial um retorno conforme o valor investido e considerando o risco do mercado em que a empresa está implantada, visando sempre o futuro de longo prazo Hoji (2017, p. 3). Para os proprietários, a mesma deve ser eterna, e que a geração de lucro e caixa seja permanente; e isto só será possível se o custo estiver bem definido para, com isso, elaborar o preço de venda da maneira mais correta e gerar o retorno esperado. Para isso então, o presente estudo busca demonstrar a relevância de a empresa ter conhecimento de todos seus custos e despesas, sejam elas diretas ou indiretas, fixa ou variáveis, conhecendo a margem de contribuição de cada produto e a real lucratividade para formar seus preços de venda de maneira adequada através de um método de custeio agregado a uma ferramenta para cálculo do preço de venda. O presente estudo será realizado na Comercial Belmar e procura destacar os custos e despesas incorridas através de um método de custeio, justamente com a margem de contribuição e a margem de lucro desejada chegar aos pontos de equilíbrio para a formação do preço de venda para comercialização de seus produtos.. 1.1 IDENTIFICAÇÃO E JUSTIFICATIVA DO ASSUNTO. A organização empresarial a ser estudada está situada no município de Montauri RS, atua no ramo do comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios a nove anos. Atualmente a empresa conta com uma única loja onde trabalha somente a proprietária que faz as vendas e gerencia o negócio. A empresa está em pleno desenvolvimento, onde a dois anos ampliou suas instalações, construindo uma nova loja, com espaço maior, ao lado da antiga loja, onde a proprietária gerencia a empresa além de fazer as vendas, controlando o processo de tomada de decisões, gestão financeira e demais áreas. A pesquisa será realizada na área de gestão financeira e orçamentária, com o tema foco da gestão de custos, identificando e analisando os custos e despesas, as margens de contribuição, os pontos de equilíbrio para com isso auxiliá-los na elaboração do preço de venda.

(16) 15. através de uma ferramenta, também separando os movimentos financeiros da empresa e particulares da proprietária. Este estudo se justifica útil para a empresa sendo que hoje a maioria das empresas já opera com algum tipo de sistema ou ferramenta para o auxílio na área da gestão financeira e orçamentária, voltada ao processo de tomada de decisões quando fala-se em elaboração do preço de venda, gerenciamento de despesas e margem de contribuição. Martins (2010, p. 22) já dizia que o conhecimento dos custos é vital para saber se o produto é rentável ou não e se estes podem ser reduzidos; agregado ao cenário econômico atual de dificuldades e total concorrência, este setor da empresa fica exigido ao máximo, visto que se os preços forem praticados de maneira errada, ou decisões de financiamentos forem precipitadas; além de que hoje alguns custos pode-se dizer que é o mercado quem está definindo, estas estarão prejudicando a saúde financeira da empresa que poderá entrar em uma linha de dificuldades. Para a sociedade em que a empresa está inserida, viu-se que o estudo será útil para a empresa rever seus custos e preços de venda dos produtos, sendo que se comprovado através da pesquisa que algum deles está forra do padrão, poderá ser melhorado. Além de a empresa então poder contar com seus pontos bem definidos, poderá saber qual a necessidade mínima de faturamento mensal e com isso fazer promoções em alguns produtos, rotacionando os estoques e beneficiando seus clientes que terão mais facilidades e acesso aos produtos da empresa, que, em contrapartida também é beneficiada com aumento de vendas. Na área da ciência o estudo se justifica na linha de contribuir em comprovar que a organização que identifica e calcula de maneira correta seus custos e despesas, sabe quais são seus pontos de equilíbrio, define sua margem de contribuição desejada, pode gerir melhor sua vida financeira. Globalizando todas as justificativas citadas acima, apresenta-se como problema de pesquisa para o presente estudo: Qual método de custeio pode ser utilizado para determinar os custos, despesas e preço de venda da Comercial Belmar?. 1.2 OBJETIVOS. 1.2.1 Objetivo geral. Sugerir um método de custeio para determinar os custos, despesas e preço de venda da empresa Comercial Belmar LTDA..

(17) 16. 1.2.2 Objetivos específicos. a). Identificar todos os gastos gerados na atividade da Comercial Belmar Ltda.;. b). Avaliar os métodos de custeio que podem ser adotados para mensuração dos. custos e despesas; c). Calcular a margem de contribuição que a empresa tem por produto e por mix de. produtos; d). Calcular os pontos de equilíbrio contábil, econômico e financeiro;. e). Projetar o resultado da empresa por estação / verão e inverno;. f). Estabelecer uma ferramenta para a elaboração do preço de venda..

(18) 17. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA. Esta etapa do trabalho tem por objetivo fundamentar a pesquisa empírica que será realizada na área de gestão financeira e orçamentária, trazendo a opinião de diversos autores que estão relacionados a área, servindo de base para a pesquisa a ser realizada na empresa, formando um diagnóstico acerca dos principais conceitos que serão trabalhados.. 2.1 GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA. A administração é área que é responsável pelo sucesso empresarial, mais especificamente a administração financeira, com o objetivo da maximização do valor de mercado da organização, e, automaticamente aumentando o valor investido pelos proprietários ou acionistas nela mesma. Os proprietários das empresas privadas investem recursos nestas a fim de que elas se tornem eternas, com geração de lucro e caixa permanente e o retorno conforme o capital investido e o risco que esta tem em seu mercado (HOJI, 2017, p. 3). O principal papel da administração financeira, na imagem do administrador financeiro segundo Morante e Jorge (2012, p. 2-3) é de gerir os recursos financeiros que serão movimentados por todas as áreas da empresa, tanto na obtenção de recursos em instituições financeiras quando os recursos próprios não são suficientes, como na destinação do caixa gerado pela operação da empresa e aplicação de recursos se excedentes; sendo assim que este seja uma pessoa qualificada e que o seu nível de sucesso. Para Chiavenato (2014, p. 1-2) para uma empresa, ou indústria, independente do ramo que irá atuar, desde seu princípio, quando seus proprietários decidem por implantá-la, a mesma irá necessitar de capital de giro para poder seguir com suas operações, seja para aquisição de máquinas, imóveis, adquirir estoques, pois “nenhuma organização funciona sem nenhum dinheiro, ou seja, o dinheiro é o motor do negócio”. O objetivo destas estarem no mercado é de entregar um produto ou serviço a ser comercializado neste, visando, na maioria das vezes o lucro, a maximização do seu valor de mercado e a rentabilidade do capital dos proprietários ou acionistas, mesmo que existam empresas filantrópicas, sendo a gestão financeira a área da organização a responsável pela gestão deste fator. Recursos financeiros é o meio para fazer a empresa funcionar, paralelamente entendese que quanto mais recursos tiverem, mais fácil se tornará a operação da empresa e que se os recursos forem restritos, maior será a dificuldade de gerir a empresa a alcançar seus objetivos. Se existirem recursos excedentes, estes podem ter sido aplicados de maneira errada, ou estão.

(19) 18. disponíveis para aplicações financeiras, sendo a administração responsável de mensurar estes valores (CHIAVENATO, 2014, p. 9). Concordando com os demais autores, Silva (2009, s/p) diz que a “administração financeira é dedicada a gerir recursos financeiros para obter lucro e dessa forma aumentar a riqueza dos acionistas”, pois o principal objetivo da administração financeira nas empresas é o de maximizar o valor de mercado e rentabilizar o capital disponibilizado pelos acionistas. Suas funções principais são no ramo de obtenção de recursos, a otimização da alocação destes, seja no curto prazo na administração do fluxo de caixa ou no longo prazo, voltado ao direcionamento dos investimentos ou financiamentos. Ross et al. (2015, p. 11-12) trata como os demais autores ligados à área, que a gestão financeira além de ter como principal objetivo a maximização do valor de mercado da organização, está área deve cuidar da rentabilização do capital investido pelos proprietários, deve ter como foco em trabalhar para evitar problemas financeiros visando a sobrevivência no mercado, aumentando as vendas, minimizando os custos incorridos, maximizando os ganhos para manter um crescimento constante de lucros e consequentemente superando a concorrência. No momento de pagamento das contas os acionistas serão sempre os últimos a receberem dividendos se estes estiverem sobrando, visto que primeiramente são pagos os funcionários, fornecedores e os credores. Portanto cabe a área de gestão financeira de cada organização ter como principal desafio nos dias atuais onde os mercados são tomados pela competitividade tomar as decisões financeiras ligadas ao onde conseguir recursos, como aplicá-los de maneira correta dentro da organização, separando curto e longo prazo, analisando o valor investido e o risco aplicado a este mercado para trazerem o melhor benefício a empresa (MEGLIORINI, 2012, p 4). Maximizando seu valor de mercado e rentabilizando os acionistas ou proprietários, visto que estes recursos são escassos para captá-los no mercado financeiro existe um custo elevado em taxas de juros que irão inviabilizar o negócio ou investimento.. 2.2 DA CONTABILIDADE FINANCEIRA A CONTABILIDADE DE CUSTOS. A contabilidade de custos surgiu quando surgiram as indústrias, logicamente estão ligadas a revolução industrial com o objetivo de determinar os custos dos produtos produzidos, pois até este momento só existiam artesãos que não constituíam uma indústria e com isso só praticavam o comércio, a qual só utilizava da contabilidade financeira que fornecia dados para a avaliação do patrimônio líquido e do resultado do exercício. Este resultado era encontrado do.

(20) 19. valor de venda das mercadorias subtraído o custo dos produtos e posteriormente as despesas incorridas (BORNIA, 2010, p. 11). Martins (2010, p. 19) relata que até a revolução industrial no século XVIII só existia a contabilidade financeira ou geral como o autor trata, que teve início na era Mercantilista e estava bem estruturada para atender a demanda da época que basicamente só calculava a demonstração do resultado do exercício de uma maneira muito simples conforme descrita acima pelo autor Antônio Cezar Bornia. A partir daí, com o aperfeiçoamento das indústrias, a contabilidade de custos começou a dividir espaço com a contabilidade financeira, pois as informações por esta fornecidas era de maior importância para o auxílio gerencial, calculando além do resultado do período auxiliando para o processo de controle e tomada de decisão, ganhando espaço e tornando-se ferramenta importante até os dias atuais (BORNIA, 2010 p. 12). Bornia (2010, p. 12) ainda explica que como já relatado a contabilidade de custos surgiu com a revolução industrial, e com isso, o cálculo do resultado do exercício continuou sendo apurado, porém o custo dos produtos produzidos não era conhecido, visto que os mesmos não eram mais comprados dos artesãos, tendo ali a necessidade da utilização da contabilidade de custos com o foco no custo de fabricação dos produtos voltada para a avaliação dos inventários, agregando aos produtos vendidos somente o custo dos insumos necessários para a produção. Conforme Padoveze (2010, p. 38) a contabilidade financeira e a contabilidade gerencial foram criadas com propósitos diferentes. A contabilidade financeira é direcionada aos usuários externos a organização, fornecendo informações para os acionistas e os credores para a análise financeira, onde a contabilidade gerencial fornece informações para os administradores, ou seja, que estão dentro da organização. A forma de expressão dos dados da contabilidade financeira é através do balanço patrimonial, da demonstração dos resultados e das mutações no patrimônio líquido. Conforme a empresa divulga estes dados mensalmente, trimestralmente, semestralmente ou anualmente através de valores calculados em moeda corrente que já aconteceram, ou seja, sempre do passado, visto que esta área é voltada para a escrituração e o registro contábil. Martins (2010, p. 21) descreve que a contabilidade de custos possui duas funções relevantes, a primeira é o controle, nessa parte sua missão é a de fornecer dados para o estabelecimento de padrões e orçamentos ou previsões dos gastos da empresa. A segunda função é o auxílio na tomada de decisões, para saber se os valores previstos anteriormente são confirmados ou não. Ainda sobre a tomada de decisões, essa ferramenta é capaz de auxiliar tanto para o curto como para o longo prazo, ou seja, nos últimos anos a contabilidade de custos “tornou-se uma.

(21) 20. importante arma de controle e decisões gerenciais”, pois devido à grande concorrência que abrange todos os mercados, sejam eles de produção, comércio ou serviços, as empresas além de basearem o preço de venda nos custos devem integrar os preços praticados no mercado e determinar se o produto vendido é rentável ou não. A contabilidade de custos pode ser empregada para além do ramo industrial o setor de comércio e serviços (MARTINS, 2010, p. 23).. 2.3 CONCEITOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS. Neste subtítulo será descrito em que se refere os principais conceitos relacionados a contabilidade de custos acerca de custeamento dos produtos, controle e tomada de decisão para os principais autores desta área e descritos abaixo em itens. a). Gastos, são as ocorrências de pagamentos ou recebimentos de ativos, custos ou. despesas, envolvidos em todo o processo operacional. Este conceito é de abrangência ampla (PADOVEZE, 2010, p. 319). Bornia (2010, p.15) descreve como gasto o valor dos insumos adquiridos pela empresa, independentemente de terem sido utilizados ou não. Martins (2010, p. 24) diz que esta compra gera um sacrifício financeiro para a empresa que pode ser pago na hora ou ter a promessa do pagamento futuro. Neste conceito não se engloba os custos de oportunidade ou remuneração do capital próprio, visto que estes não possuem a entrega física de um produto ou serviço. b). Desembolso, é o ato do pagamento, este pode ocorrer em momento diferente do. gasto como uma compra à prazo por exemplo (BORNIA, 2010, p. 15). Martins (2010, p. 25) relata que este pode ser antes, durante ou depois do momento de geração do gasto. c). Investimentos, são os gastos efetuados em ativos ou despesas que serão. imobilizados. Este gasto tem relação com a vida útil do ativo adquirido ou benefícios futuros (PADOVEZE, 2010, p. 319). Para Bornia (2010, p. 18) e Martins (2010, p. 25) “são somente insumos adquiridos e não utilizados no período, somente em períodos futuros”. d). Custos, são os gastos necessários para a fabricação dos produtos da empresa,. portanto estão diretamente ligados aos produtos, ou seja, a área industrial (PADOVEZE, 2010, p. 319). Para Martins (2010, p. 25) só é denominado custo no momento da utilização deste insumo para a fabricação do bem ou serviço, pois, até este momento a mesma foi um gasto na aquisição; tornou-se investimento enquanto ficou no estoque e.

(22) 21. passou a ser custo quando foi utilizada para produzir. Bornia (2010, p.15) trata como custos de fabricação, sendo este o valor dos insumos utilizados na fabricação dos produtos, diferenciando-se de gasto ou despesa que se aplica aos outros setores da empresa. Entrando no ramo comercial, Iudícibus; Marion (2016, p. 109), tratam que o custo para as empresas comerciais é denominado de CMV, custo da mercadoria vendida, valor que como o nome indica, é o quanto custa cada mercadoria para a empresa revender, valor este que se deduzido do valor de venda da mercadoria gera a margem de contribuição deste produto. e). Despesas, são os gastos relacionados a venda ou envio dos produtos.. Normalmente estão relacionados as áreas comerciais e administrativas das empresas. O custo do produto, ao ser vendido, torna-se uma despesa (PADOVEZE, 2010, p. 319). Segundo Bornia (2010, p. 16) são insumos consumidos para o funcionamento da empresa, podem ser gastos financeiros com bancos, materiais de escritório e outros não relacionados com a produção. Este é um conceito derivado da contabilidade de custos e que para Martins (2010, p.25) pode não estar diretamente ligada a obtenção de receitas, mas são necessárias para o funcionamento da empresa. f). Pagamentos, é o ato do desembolso para liquidação de uma dívida, serviço ou. um bem adquirido. É a execução financeira dos gastos e investimentos da empresa (PADOVEZE, 2010, p. 319). g). Perdas, são fatos excepcionais, que fogem da normalidade de qualquer empresa.. Este não são classificados como operacionais e não fazem parte do custo de produção do produto (PADOVEZE, 2010, p. 319). Para Bornia (2010, p. 17) são consumos anormais de matéria-prima por um motivo qualquer. Este gasto, se for no setor de produção, aumenta o custo e não agrega valor ao produto, ou seja, é um gasto ineficiente que deve ser combatido. Martins (2010, p. 26) ressalta que as perdas não devem ser confundidas com custos ou despesas, pois, devido a sua característica de anormalidade, estas não têm a intenção de obtenção de receita. h). Desperdícios, é um conceito mais amplo que o anterior, definido como um. esforço econômico que não agrega valor ao produto ou a empresa, englobando também esforços desnecessários no processo. Desperdícios podem ser de matérias-primas, mãode-obra ou até mesmo uma quantia de peças produzidas que saem com defeito (BORNIA, 2010, p. 17)..

(23) 22. i). Prejuízos, é quando o resultado da soma das despesas for maior que a soma das. receitas de determinado período (PADOVEZE, 2010, p. 319).. 2.4 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS E DESPESAS Segundo Hoji (2017, p. 405), “a determinação do padrão de custos é importante para o planejamento e controle orçamentário”. Os padrões de custos de cada empresa são analisados e estabelecidos em um nível desejado a fim de motivar os envolvidos a alcançarem o objetivo, que em algumas vezes pode ser diferente do desejado pela empresa, visto que estes podem variar em função do preço de aquisição dos produtos, custo da mão de obra e dos custos indiretos incorridos. Silva (2016, p. 276) ainda lembra de outro fator importante para a contabilização dos custos e despesas, os desperdícios que normalmente ocorrem por não manusear, embalar ou guardar os produtos corretamente. Este fator também será decisivo na hora da soma final dos custos e despesas incorridas.. 2.4.1 Custos Fixos. Para Hoji (2017, p. 353), os custos fixos não variam de acordo com a quantidade produzida, permanecendo fixos até um nível de produção, como por exemplo o aluguel da sala comercial, o salário de um gerente de vendas; independente da quantia que a empresa comercializar em um mês, estes gastos permanecerão os mesmos. Se, em determinado período a empresa atingir o limite da capacidade de produção ou venda deste local, terá que buscar uma nova sala, aumentando o custo que permanecerá fixo, porém em uma escala maior, tendo um novo limite de produção e dividindo o custo total pelas unidades comercializadas, um novo valor de custo fixo por unidade comercializada. Conforme Leone G.; Leone R. (2010, p. 31), os custos podem ser classificados em dois grupos, ou até três para alguns autores, sendo classificados como fixos e variáveis ou ainda para alguns em semifixos e semivariáveis. Para questão de identificação e classificação se faz necessário uma medida operacional e quantitativa que possa medir se este custo, independente da produção irá mante-se constante ou progredir constantemente. Segundo os mesmos autores, se o custo for constante ele será classificado como fixo, por exemplo as depreciações, na maioria dos casos se buscado o valor do investimento X e dividido pelo período de tempo Y que o mesmo tem de vida útil, será obtido o valor depreciado.

(24) 23. anualmente, que de início ao fim permanecerá o mesmo. Wernke (2005, p. 8) lembra que os custos fixos variam em escalas ou patamares, sem vinculação com as unidades produzidas, mas sim com a capacidade produtiva instalada. Na medida que a empresa aumenta sua estrutura física, os custos fixos aumentarão proporcionalmente, independente se a quantidade produzida irá aumentar. Ribeiro (2013, p. 27) diz que os custos quando classificados como fixo e variáveis são relacionados ao volume de produção. Os custos fixos são aqueles que permanecem estáveis, independentemente dos volumes produzidos, porém são necessários para a produção ou comercialização, por isso que incidem mensalmente na demonstração do resultado da empresa. Alguns destes custos podem sofrer algumas variações durante o ano, como um aluguel aumentar conforme as cláusulas de seu contrato, reajustes por parte do governo nos impostos, porém mesmo assim estes não deixarão de ser considerados como fixos, visto que o critério para definição é sempre o volume de produção. Os custos fixos como integram ou beneficiam a todos os produtos da empresa ao mesmo tempo são considerados como custos indiretos.. 2.4.2 Custos Variáveis. Para Leone G.; Leone R. (2010, p. 31) os custos variáveis são aqueles que irão variar de acordo com a produção ou quantidade consumida, ou seja, variam de acordo com o volume. Um exemplo disso são os custos com mão de obra relacionados ao número de funcionários; quanto mais funcionários contratados, maior será o valor da folha de pagamento da empresa. Custos variáveis, conforme Ribeiro (2013, p. 28) e Wernke (2005, p. 8) são aqueles que variam diretamente conforme o volume de produção; sendo que quanto mais unidades forem produzidas, maiores serão os custos variáveis do período. O exemplo mais prático disto é o consumo de matéria prima, se utilizarmos como base uma fábrica de confecções que utiliza 1 metro de tecido para cada peça; se fabricar 100 peças utilizará 100 metros de tecido. Automaticamente o custo do tecido aumentará diretamente a cada metro de tecido utilizado. Segundo o autor, os custos variáveis como são diretamente ligados ao volume da produção devem ser classificados como custos diretos. Hoji (2017, p. 392-395) trata que os custos indiretos após serem calculados e rateados devem ser transferidos aos produtos, seja de forma direta ou indireta. Nos sistemas de produção industrial estes custos podem ser agregados por departamentos em valores de porcentagens como se fossem degraus..

(25) 24. 2.4.3 Custos Diretos. Outra forma de analisar custos, segundo Leone G.; Leone R. (2010, p.30), é quanto a sua “diretabilidade”, ou seja, o quanto ligados ao produtos estes estão. Neste sistema é identificado os custos incorridos e analisados que produtos ou serviços devem recebê-los para fim de cálculos de balanços patrimoniais ou demonstrações de resultado. Estes custos segundo os autores são de fácil identificação e mensuração. Da mesma forma Wernke (2005, p. 7), classifica estes custos quanto a facilidade de identificação no produto, dividindo-os então em diretos e indiretos; sendo que os diretos são os de mais fácil identificação e atribuição, sem necessidade de rateio. O autor ainda salienta que estes desembolsos estão diretamente ligados a produção e que se em determinado período não ocorrer produção, estes custos não irão ocorrer. Concordando com os demais autores, Ribeiro (2013, p. 25), diz que os custos que estão relacionados com a fabricação dos produtos são classificados como diretos e indiretos. Os custos diretos recebem esta denominação por serem de fácil identificação e alocação a cada unidade fabricada. O autor trata que na maioria das vezes pode-se citar como custos diretos a matéria-prima, as embalagens, e a maior parte dos salários dos funcionários da fábrica devido a sua fácil identificação e alocação.. 2.4.4 Custos Indiretos. Conforme Leone G.; Leone R. (2010, p. 30), para os custos de difícil identificação será necessário o uso de uma unidade de medida, normalmente quantitativa para poder definir quantidades de custos indiretos e aloca-los aos produtos conforme a operação de cada empresa. Isso se denomina “custeio com bases de ou critérios de rateio”, comumente chamados de custos indiretos. Para os autores Wernke (2005, p. 8) e Ribeiro (2013, p. 26), os custos denominados como indiretos são aqueles que não integram diretamente ao produto, tem uma difícil identificação e mensuração pois algumas vezes até são de muito baixo valor, impossibilitando de serem alocados a cada uma unidade produzida ou beneficiam mais de um produto ao mesmo tempo. Esse tipo de custo, algumas vezes pode estar relacionado aos materiais secundários, onde ficam algumas vezes onerosos. Como exemplo os autores citam o seguro do prédio em geral, o aluguel da sala, onde o mesmo beneficia todos os produtos ao mesmo tempo, a energia elétrica se, em uma planta.

(26) 25. industrial, as máquinas não possuírem medidor individual, juntamente com a iluminação geral do prédio será considerada um custo indireto além dos salários dos supervisores e chefes que estão presentes para dar assistência a produção ou comercialização de todos os produtos ao mesmo tempo. A atribuição ou divisão destes custos a cada produto pode variar conforme estabelecido por cada empresa, sendo que esta atividade se denomina de rateio.. 2.4.5 Despesas. Segundo Leone G., Leone R. (2010, p. 22), as despesas ocorrem principalmente na área de vendas e na área administrativa da empresa, são enquadradas no âmbito geral da empresa. Estas são geradas para a empresa conseguir operar ou vender, mas não estão diretamente ligadas a produção. As despesas estão ligadas as atividades-meio da empresa e não as atividades-fim com o objetivo de deixar o produto ou serviço pronto ao cliente. Segundo Wernke (2005, p. 6), um mesmo gasto pode ser classificado como custo ou despesa; quando estes ocorrem dentro do ambiente da produção serão classificados como custos e ao mesmo tempo que ocorrem nas demais áreas da empresa forra do setor de produção, irão levar o nome de despesas. Dois exemplos simples que podem ser considerados são a mão de obra e a energia elétrica; o montante utilizado na linha de fabricação será considerado custo, para as demais áreas da empresa estes dois gastos são considerados despesas. Ribeiro (2013, p. 19-20) descreve despesas como os gastos decorrentes da utilização de bens ou serviços nas áreas administrativa, comercial, financeira que irão incidir diretamente no resultado da empresa, diferentemente dos custos que serão alocados aos produtos e recuperados na venda e consequentemente o recebimento do produto. As despesas geram uma redução nos ativos no momento do desembolso, ou aumentam o passivo na soma das despesas a pagar, assumindo a dívida a ser paga no exercício seguinte. Estes gastos não incidem diretamente no custo de produção, porém indiretamente visam o aumento das receitas com o aumento das vendas. Ribeiro (2013, p. 19-20) trata as despesas como os desembolsos que as empresas têm na utilização dos bens ou serviços da área administrativa, ou comercial, financeira da empresa sejam diretas ou indiretas. As despesas vão direto ao resultado do exercício, reduzindo o patrimônio líquido e com isso não podem ser recuperadas, uma vez que os custos como são alocados aos produtos serão recuperados no momento da venda. Por isso que as empresas devem ter bem declaradas as despesas incorridas para serem contabilizadas na comercialização.

(27) 26. dos produtos para que a margem de lucros obtida com a venda do produto não seja amortizada nas despesas e com isso não gere lucro.. 2.5 SISTEMAS E MÉTODOS DE CUSTEIO. Conforme Bornia, (2010, p. 30) um sistema de custos tem enfoque em dois pontos de vista. O primeiro é sobre o tipo de informação que é gerada, se estas estão adequadas a necessidade da empresa e que informações importantes precisam ser geradas, pois, dependendo do tipo de empresa que está sendo trabalhado, são necessárias diferentes informações. Sobre este enfoque o autor denomina de princípio de custeio. O outro enfoque, conforme o autor trata da parte operacional, se refere ao processamento destas informações que foram geradas; para isto o mesmo denomina de método de custeio, como veremos a seguir alguns mais utilizados e como estes funcionam.. 2.5.1 Custeio Variável. Segundo Bornia (2010, p. 35) o custeio variável ou direto relaciona aos produtos apenas os custos ou despesas variáveis, a parte fixa será relacionada diretamente como custo do período. Este método é utilizado para o processo de tomada de decisão de curto prazo, onde tem maior relevância os custos ou despesas variáveis. Neste método de custeio com o enfoque na parte variável, em determinado período, é necessário imaginar que a empresa seja como uma máquina, para o bom funcionamento da mesma deve ser coberto toda a parte fixa independente da produção, portanto, as decisões da empresa são no âmbito de quanto produzir ou vender, se for tratado de um comércio, pois a parte fixa é considerada como despesas do período. Hoji (2017, p. 388) explica como os demais autores que este método consiste em apropriar somente a parte variável para a avaliação dos estoques e a parte fixa não. Este é um método gerencial bastante utilizado, que serve para vários tipos de análise, porém não atende a legislação fiscal. O autor ainda trata que este é o único método em que os custos indiretos de fabricação não são contabilizados, sendo o que mais se encaixa para a área comercial, já que para a área industrial existe outros métodos que consideram fatores diferentes e que tornam o resultado mais adequado. Martins (2010, p. 198) concorda com os demais autores no conceito geral de custeio variável ou direto, onde só a parte variável é atribuída aos produtos e os demais gastos que não forem atribuídos são lançados diretamente a demonstração do resultado como gastos do.

(28) 27. período. Padoveze, (2010, p. 352-361) por sua vez, também traz o mesmo conceito e ainda diz que neste método o lucro líquido de cada período acompanha a evolução das vendas. Também é incorporado além das despesas e custos variáveis a mão de obra direta, pois, nenhuma empresa trabalha com mão de obra direta ociosa, visto que esta possui característica de custo fixo no curto prazo (dentro de um ano) ou variável no longo prazo, variável esta que este método de custeio tem o foco. Padoveze (2010, p. 362) ainda traz algumas vantagens e desvantagens da utilização deste método de custeio como: a). Custos dos produtos mensurados objetivamente, pois não necessitam de critérios. que podem distorcer; b). Os dados necessários para a análise do custo-volume-lucro são rapidamente. encontrados; c). Método objetivo e de fácil compreensão pelos gestores que participam do. processo de tomada de decisão. d). A separação de custos em fixos e variáveis pode não ser tão clara e objetiva como. parece, pois, existem despesas semifixas ou semivariáveis que podem atrapalhar o processo. e). Este método constitui análises de curto prazo, sendo que se não analisados. fatores de longo prazo podem trazer problemas de continuidade para a empresa.. 2.5.2 Custeio por Absorção. O custeio por absorção total ou integral, segundo Bornia (2010, p. 35) considera todos os custos, sejam fixos ou variáveis e os distribui para os produtos. Esse método é diretamente relacionado a avaliação dos estoques, integrandos a contabilidade de custos com a financeira, servindo como base para gerar dados a serem analisados por usuários externos a empresa, mas também pode gerar dados para a tomada de decisões interna. Hoji (2017, p. 389) relata que este é um método relacionado com o setor de produção, que atende os princípios fundamentais da contabilidade e é o método aceito pela constituição fiscal Brasileira. Quando se trata de formação do preço de venda da área de produção, trata-se que o custeio por absorção é o mais conservador e tende a ter a preferência da maioria dos empresários por ser mais embasado e apropriar todos os custos aos produtos, melhorando a eficácia deste método (PADOVEZE, 2010, p. 362). O autor ainda trata que podem ocorrer dúvidas em relação.

(29) 28. ao método de rateio de custos quando ocorrerem mudanças no mix de produtos a serem produzidos ou comercializados. Rocha; Martins (2015, p. 85) descrevem que em virtude do nome este método deve absorver os custos fixo e variáveis e também as despesas administrativas e de vendas. Ainda, os autores descrevem que alguns custos fixos não podem ser absorvidos, e para isto existe o método de custeio por absorção parcial. No custeio por absorção a distribuição é feita através de grupos denominados centros de custos como de produção e de apoio.. 2.5.3 Custeio baseado em Atividades (ABC). O método ABC atribui os custos as atividades e posteriormente aos produtos ou serviços através de direcionadores de custos com base nas atividades desenvolvidas durante o processo através da relação causa e efeito. Neste sistema pode-se relacionar as despesas da área comercial e administrativa, ficando assim semelhante ao método RKW, este que rateia todos os custos da área de produção e despesas gerais da área administrativa (HOJI, 2017, p. 407). O autor também informa que este método é superior aos tradicionais pois serve como ferramenta de gestão de custos, fornecendo informações gerenciais de qualidade superior aos demais métodos de custeio tradicionais. Hoji (2017, p. 407) descreve que o custeio ABC possui duas visões para a análise de custos, a primeira na forma econômica, como visão de custeio onde agrega os custos através das atividades realizadas em cada departamento. A segunda se refere em uma visão horizontal no sentido de captar os custos pertencentes a cada processo através das atividades realizadas. Bornia (2010, p. 109) explica que o custeio ABC está associado a ideia da empresa moderna que visa a melhoria dos processos e a redução dos desperdícios. Para o autor, como os demais citam, o custeio ABC é bastante relacionado ao RKW com duas ideias de trabalho, uma do cálculo dos custos e a outra das informações que são obtidas e para que são utilizadas, tornando o ABC mais útil para a gestão da empresa. Outros autores como Rocha; Martins (2015, p. 139) criam ainda outra divisão para este custeio, denominado de ABM ou segunda geração do ABC que se refere a gestão da empresa e não a um simples método de custeio. Os autores relatam que o custeio ABC teve surgimento com a primeira faze por volta de 1980 com o foco na mensuração, ou seja, focada no rateio e alocação de custos, ou seja a sua forma tradicional e a segunda geração posteriormente, sendo que ainda alguns falam em terceira geração que esta iria buscar relações entre atividades de departamentos diferentes..

(30) 29. 2.6 ANÁLISE CUSTO-VOLUME-LUCRO Segundo Hoji, (2017, p. 353) “a relação do custo-volume-lucro tem a finalidade de calcular o ponto de equilíbrio, ou seja, o ponto em que a soma das receitas de vendas é igual a soma dos custos e despesas, sendo o lucro nulo”. Para o autor a finalidade de conhecer este é para tomar decisões de planejamento como produção; porém, o mesmo possui limitações quando as empresas produzem mais de um produto, no caso a maior parte das empresas, na identificação dos custos e despesas fixas e agregá-las a cada produto, pois ainda existes custos semifixos ou semivariáveis, necessitando maior atenção no momento do rateio. Assaf Neto; Lima, (2014, p. 288) relatam que isto nada mais é do que o volume de atividade necessária, ou, em outras palavras, o volume de vendas necessário para cobrir todos os custos e despesas operacionais, sendo que o lucro da empresa está relacionado ao volume de vendas e se inicia deste ponto para frente, pois, no ponto de equilíbrio como a análise custovolume-lucro também é denominada, o lucro é igual a zero. Para os autores, para obter o resultado deste cálculo é necessário separar os custos de produção e as despesas operacionais em fixos e variáveis. Bornia (2010, p. 54) demostra que este cálculo é importante para auxiliar na tomada de decisões pois ele analisa o lucro da empresa através da margem de contribuição com relação ao volume de vendas e os custos. Esta análise é relacionada aos sistemas de apoio a decisões de curto prazo, característica de quem se baseia no custeio variável para rateio de custos. Para Padoveze, (2010, p. 376) é através da análise dos custos fixos e variáveis que, em relação aos volumes produzidos ou vendidos, se for uma empresa da área comercial, permite fundamentar as decisões com relação ao volume de produção ou venda, na manutenção ou mudança de produtos já existentes, incorporação ou mudança no mix de produtos; sendo a relação custo-volume-lucro quem integra estas variáveis descritas, pois, a mesma destaca conceitos importantes como a margem de contribuição e os pontos de equilíbrio para tomar as decisões necessárias de curto prazo devido as informações geradas por estes indicadores. Na figura a seguir o autor demonstra a análise custo-volume-lucro, com o ponto de equilíbrio descrito no gráfico, onde abaixo deste a empresa tem prejuízo e acima começa a obter lucro..

(31) 30. Figura 1 - Análise custo-volume-lucro. Fonte: (Martins, 2010, p. 258).. 2.6.1 Margem de Contribuição. Hoji (2017, p. 356) trata como margem de contribuição ou de lucro o valor resultante das vendas líquidas, já deduzindo os impostos e as despesas variáveis. Quando apurada a margem de contribuição unitária, para se chegar a total, basta apenas multiplicar pela quantia vendida. Através da relação custo-volume-lucro e da margem de contribuição definida pode-se chegar aos pontos de equilíbrio, seja em valor ou em unidades, que mostrarão o quanto a empresa irá necessitar vender em um determinado período para garantir o pagamento de todas as suas despesas sem obter prejuízos e deste ponto em diante começar a obter lucros. Muito difícil ocorrer, mas com possibilidades, o mesmo autor trata que existem margens de lucro negativas, onde os custos e despesas incorridos serão maiores que o preço de venda. Para ele, para um cálculo simples da margem de contribuição unitária basta relacionar o valor de venda unitário, já descontado dos impostos, reduzir os custos e as despesas variáveis unitárias e então o valor encontrado será a margem de contribuição unitária deste produto. Marion, (2012, p. 158) trata que a margem de lucro líquida significa quantos centavos de cada real vendido isso representa para a empresa, já descontando todas as despesas e o imposto de renda, sendo que este indicador é medido na forma de quanto maior melhor, pois é classificado como de lucratividade. Para empresas que trabalham com muitos produtos, dificultando o cálculo do custo unitário ou da margem de contribuição unitária, Bornia (2010, p. 138) trata que esta situação é cada vez mais comum e pode ser calculada através de um composto de produto (product mix), ou seja, séries de produtos semelhantes ou praticamente iguais. A margem de contribuição, pode ser expressa através da fórmula MC = PV – CV, ou seja, margem de contribuição é igual ao preço de venda menos os custos variáveis, sendo que este valor encontrado servirá para pagar as despesas fixas..

(32) 31. Martins (2010, p. 179) define como margem de contribuição ou de lucro por unidade “a diferença entre o preço de venda e o custo variável de cada produto; é o valor que cada unidade efetivamente traz a empresa de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e que lhe pode ser imputado sem erro”. Para o cálculo exato esse valor não deve ser tratado como lucro, pois ainda faltam ser debitados os custos fixos. O mesmo autor diz que essa é a margem de contribuição unitária que deve ser multiplicada pela quantidade vendida para se obter a margem de contribuição total. Ao se obter este valor deve-se deduzir os custos fixos, que como já tratado incidem sobre todos os produtos, portanto vão direto ao resultado da empresa para se chegar então a margem de lucro exata da empresa. Segundo Griffin (2012, p. 124) a margem de contribuição nada mais é do que como diz os outros autores “o valor de cada venda que irá ajudar a cobrir os custos fixos e por fim gerar lucro”. Para o autor na margem de contribuição é considerado a receita menos os custos variáveis, sendo um conceito financeiro muito útil; sendo que para a tomada de decisões a margem de contribuição é importante para conseguir desvendar o comportamento dos custos, com isso saber qual é o ponto de equilíbrio financeiro da empresa, sabendo quanto a mesma precisa vender para cobrir seus custos através de equações matemáticas. A margem de contribuição pode ser calculada por unidades, por base bruta ou pelo total da receita da empresa. Silva (2016, p.263) ainda ressalta que a margem de contribuição pode servir como base para a elaboração do preço de venda dos produtos da empresa; desde que a mesma tenha identificada a margem de contribuição unitária de cada produto. Marion, Iudícibus (2011, p. 152) a tratam simplesmente de margem operacional, visto que nela é considerado apenas os custos, sendo que as despesas vão direto ao resultado. Portanto, a empresa deve ter sempre o conhecimento de quanto é a margem de contribuição de cada produto pois no momento que ocorrem as vendas, possivelmente cliente irão solicitar descontos, sendo necessário a empresa saber quanto está ganhando para que o desconto não seja maior que a receita com este produto trazido e com isso a margem de contribuição do produto se tornar negativa.. 2.6.2 Ponto de Equilíbrio. Com a margem de contribuição calculada, seja ela unitária, ou, multiplicada pelo volume de vendas para se chegar a total, ou ainda por mix ou segmentos de produtos; conhecendo os custos e despesas incorridas, pode-se chegar aos prontos de equilíbrio contábil,.

(33) 32. econômico e financeiro, seja em quantidade ou em valor, que irá demonstrar qual é a necessidade de venda mensal que a empresa tem para garantir sua sobrevivência.. 2.6.2.1 Ponto de Equilíbrio Contábil. Segundo Hoji, (2017, p. 357) no ponto de equilíbrio contábil é quando a empresa está vendendo a quantia de produtos suficientes para cobrir os custos e despesas totais, sejam fixos ou variáveis, denominados custos totais. A quantia de produtos vendidos acima deste ponto traz o lucro líquido a empresa. O ponto de equilíbrio contábil em quantidade é calculado através da seguinte equação:. Figura 2 - Ponto de equilíbrio contábil em quantidade. Fonte: (HOJI, 2017, p. 357).. Ponto de equilíbrio contábil em quantidade = custos e despesas fixas / margem de contribuição unitária. Neste ponto os custos e despesas fixos são cobertos pela margem de contribuição unitária de cada produto, tendo assim como denomina o autor um “lucro zero” ou nulo. Este ponto é denominado ponto de equilíbrio contábil. Para qualquer uma das três formas de calcular os pontos de equilíbrio, além de ser possível calcular em quantidades, pode-se calcular em valor. Bornia (2010, p. 63) explica que as principais diferenças entre os três pontos que podem ser calculados estão nos custos e despesas fixos a serem considerados em cada caso. No ponto de equilíbrio contábil são considerados todos os custos e despesas fixas relacionadas ao funcionamento da empresa. Conforme Hoji, (2017, p. 360) para o cálculo do ponto de equilíbrio em valor, o raciocínio segue o mesmo, basta considerar o valor dos custos e despesas fixos e dividir desta vez pelo percentual de margem de contribuição conforme a equação abaixo..

(34) 33. Figura 3 - Ponto de equilíbrio contábil em reais. Fonte: (Hoji, 2017, p. 359).. 2.6.2.2 Ponto de Equilíbrio Econômico. Segundo Hoji, (2017, p. 359) ainda pode ser calculado o ponto de equilíbrio econômico em quantidade, basta somar os custos fixos ao custo econômico e dividir pela margem de contribuição unitária em reais.. Figura 4 - Ponto de equilíbrio econômico em quantidade. Fonte: O Autor (2017).. Bornia (2010, p. 63) explica que no ponto de equilíbrio econômico também deve ser considerado os custos de oportunidade referente ao capital próprio da empresa a ser investido no negócio, por exemplo o aluguel da sala se a empresa for proprietária do local entre outros. O mesmo autor ainda destaca que o ponto de equilíbrio econômico mostra a rentabilidade que a atividade da empresa traz, comparando a outras atividades que os empresários podem optar, visto que neste ponto são considerados valores que de fato podem não ser desembolsados, servindo assim como instrumento gerencial, pois considera custos não desembolsados, mas sim comparando o custo do capital próprio investido. Para o cálculo do ponto de equilíbrio econômico em reais, conforme Hoji (2017, p. 359) a ideologia é a mesma que em quantidade, porém deve-se dividir pelo percentual da margem de contribuição, conforme a fórmula abaixo.. Figura 5 - Ponto de equilíbrio econômico em reais. Fonte: O Autor (2017)..

(35) 34. 2.6.2.3 Ponto de Equilíbrio Financeiro. A última forma de cálculo do ponto de equilíbrio é denominada financeiro. Para encontrar o valor basta considerar os pagamentos de custos e despesas fixas à vista reduzindo as depreciações e amortizações e dividir pela margem de contribuição unitária. Este será o valor de vendas à vista que irá anular os custos e despesas fixos pagos à vista, deduzidos das depreciações (HOJI, 2017, p. 359).. Figura 6 - Ponto de equilíbrio financeiro em quantidade. Fonte: O Autor (2017).. Para o cálculo do ponto de equilíbrio financeiro em valor, seguindo a mesma ideologia das demais formas, Hoji (2017, p.360) demonstra que deve ser considerado os pagamentos de custos e despesas fixas à vista reduzindo as depreciações e amortizações e dividir pela porcentagem da margem de contribuição, conforme a figura abaixo.. Figura 7 - Ponto de equilíbrio financeiro em reais. Fonte: O Autor (2017).. O cálculo do ponto de equilíbrio é uma ferramenta de gestão que traz informações importantes como o financeiro por exemplo, mostra a quantidade que a empresa precisa vender, seja em reais ou em quantidade para que não fique sem recursos em caixa para pagar suas despesas. Se a empresa operar abaixo deste ponto terá necessidade de buscar capital de giro com terceiros, aumentado ainda mais sua despesa, visto que este possui um custo elevado. Para o ponto de equilíbrio financeiro serão considerados somente o que realmente é desembolsado, ou seja, o que de fato onera a empresa. (BORNIA, 2010, p. 63). Martins (2010, p. 257) destaca que os pontos de equilíbrio têm representação macroeconômica e não linear para o mercado como um todo, alguns segmentos tendem a se reduzir como a venda de computadores por exemplo, a cada unidade adicional vendida tende a.

Referências

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