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ITINERÁRIOS AVALIATIVOS: Formação em Exercício

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Academic year: 2021

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ITINERÁRIOS AVALIATIVOS: Formação em Exercício

Os Itinerários Avaliativos reúnem procedimentos com o objetivo de realizar análises de dados e debates para a construção coletiva de uma avaliação interna e a definição de um plano de ação e seu monitoramento nas escolas estaduais de educação básica, de forma a melhorar e consolidar o processo de aprendizagem dos estudantes. Com a realização desses itinerários, a escola torna-se mais reflexiva e mais preparada para enfrentar as questões que afetam a aprendizagem.

Para auxiliar os diretores e especialistas nesse novo processo inerente à realidade da escola, foi disponibilizado, através de uma plataforma virtual, o curso Itinerários Avaliativos de Minas Gerais, uma formação em exercício, na qual, à medida que os cursistas percorrem e conhecem os 16 itinerários, eles já promovem as discussões e produzem todos os documentos necessários para a elaboração dessa avaliação interna e para a definição de uma agenda mínima de ações a serem implementadas, compondo o plano de ação da escola.

O acesso à plataforma virtual está disponível no site do Sistema Mineiro de Avaliação e Equidade da Educação Pública (SIMAVE), na aba “Curso Itinerários”. Também pode ser acessado diretamente através do link: http://www.itinerariosmg.caedufjf.net. É importante lembrar, que o proposto pelos Itinerários Avaliativos será uma prática recorrente na escola a partir de agora, ou seja, todas as escolas desenvolverão as atividades propostas, com a culminância do Plano de Ação. Por isso a necessidade de acessar a plataforma e conhecer todas as particularidades do processo.

A realização deste conjunto de Itinerários pressupõe um papel mais ativo de todos os profissionais da gestão. Acredita-se no potencial desses profissionais para assumir um papel ativo no desejado fortalecimento do trabalho coletivo na gestão da escola, com vistas à formulação e à efetivação de ações pedagógicas mais assertivas para a aprendizagem dos estudantes e que levem em conta evidências voltadas para a promoção da equidade escolar. Assim, com o uso destas tecnologias, será possível estabelecer maior sintonia entre os resultados das avaliações externas e as ações da gestão escolar, visando alcançar maior efetividade e equidade na aprendizagem.

Estrutura

Os itinerários estão agrupados em 4 etapas: preparação, avaliação interna, plano de ação e avaliação e monitoramento. Todas essas etapas e os itinerários não devem ser compreendidos individualmente, mas como

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parte de um todo maior e mais complexo, encadeados de forma lógica e com objetivos específicos. As atividades propostas pelos itinerários também encontram interface com outras ações já desenvolvidas pela Secretaria de Estado de Educação.

(1) Preparação – Essa etapa é composta pelo Itinerário 1 e constitui uma preparação do diretor(a) e do especialista para o uso das tecnologias de gestão e para o planejamento inicial das atividades.

(2) Avaliação Interna – Essa etapa abarca um conjunto de dez Itinerários, divididos em quatro eixos. Essa etapa é voltada para a produção de um consenso interno à escola, permitindo-a conhecer os principais fatores que intervêm no processo de ensino e de aprendizagem e, assim, definir prioridades a serem trabalhadas. De modo específico, os Itinerários dessa segunda etapa remetem a quatro eixos:

Eixo 1) Direito à aprendizagem: Composto por 4 Itinerários, este eixo é estrutural e diz respeito à capacidade da rede e da escola de garantir a aprendizagem de todos os estudantes matriculados em cada etapa e segmento da Educação Básica. Trata da necessidade de se conhecer as crianças, adolescentes, jovens e adultos que estão na escola, e de avaliar e repensar constantemente o currículo desenvolvido em cada segmento e ano para cada estudante.

 Itinerário 2. A articulação entre a avaliação externa e a avaliação interna - Este itinerário visa sensibilizar os profissionais da escola sobre o papel da avaliação externa e como seus resultados devem ser uma referência para o processo de avaliação interna da instituição.

 Itinerário 3. Análise de desempenho dos estudantes - Este itinerário tem o objetivo de promover uma análise e discussão em torno dos resultados da avaliação externa a partir de diversos indicadores, em especial os padrões de desempenho dos estudantes e sua distribuição na escola (entre anos-séries, turnos e turmas).

 Itinerário 4. Análise de rendimento e de frequência dos estudantes - Este itinerário serve de apoio aos profissionais para um trabalho de análise e debate dos indicadores de rendimento e dados de frequência dos estudantes.

 Itinerário 5. Análise dos percentuais de acerto por descritor – Este itinerário tem o objetivo de promover a análise e reflexão coletiva acerca das competências e habilidades desenvolvidas pelos estudantes com base na Matriz de Referência das disciplinas avaliadas externamente.

É importante destacar que, para a realização dos Itinerários 3, 4 e 5, é fundamental a utilização do Sistema de Monitoramento Escolar, que também está disponível no site do SIMAVE, em aba específica. Trata-se de um sistema online que reúne informações e indicadores educacionais de toda a rede de ensino para o uso de diferentes públicos como gestores, técnicos da secretaria, diretores escolares e professores. Essas informações embasarão o desenvolvimento dos itinerários destacados. O passo a passo para construção dos gráficos é detalhado na formação em exercício disponível na plataforma virtual.

Além disso, todos os documentos elaborados pela escola ao longo dos Itinerários Avaliativos são enviados para o Sistema de Monitoramento, para acompanhamento dos gestores da SRE e do órgão central. Dessa maneira, é possível acompanhar e valorizar o trabalho desenvolvido de maneira efetiva.

Eixo 2) Gestão Democrática e Participativa: Composto por 2 Itinerários, este eixo aborda fato da qualidade da oferta da educação depender da existência de espaços de diálogo e da promoção de condições para a participação da comunidade nas suas atividades. Para a garantia do direito à aprendizagem é preciso haver

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uma escola onde o princípio democrático dirija todas as relações. A escola deve apresentar processos de gestão efetivos e participativos, os gestores escolares devem tomar suas decisões orientados por critérios pedagógicos.

 Itinerário 6. Ambiente de aprendizagem: percepções sobre o impacto da violência nas expectativas de aprendizagem - Este itinerário tem o objetivo de incorporar uma discussão sobre o impacto da violência no ambiente de aprendizagem, questão comumente relatada por profissionais da escola.

 Itinerário 7. Ambiente participativo - Este itinerário visa contribuir para uma discussão sobre a participação da comunidade escolar nas tomadas de decisão da gestão escolar. A intenção é promover um debate acerca da comunicação e participação de alunos, professores, colegiados e conselhos de classe na gestão escolar.

Eixo 3) Fortalecimento do trabalho coletivo: Composto por 1 Itinerário, este eixo pressupõe que o fortalecimento do trabalho colaborativo depende do conhecimento dos papeis e das responsabilidades de cada ator no espaço educativo, atribuindo significado ao trabalho de diretores, vices, especialistas, inspetores, analistas, ASB, ATB, Peub e todo o corpo docente da escola. A escola deve dispor de profissionais em quantidade suficiente à realização das atividades previstas para a jornada, com a formação adequada, acesso aos desenvolvimentos educacionais de sua especialidade, estabilidade e tempo para planejar as atividades escolares e que possam refletir sobre as necessidades dos estudantes.

 Itinerário 8. Engajamento e participação dos professores - Este itinerário tem por objetivo promover uma discussão em torno do engajamento dos professores com o trabalho coletivo dentro da escola e do impacto desse comprometimento para o desenvolvimento da aprendizagem.

Eixo 4) Relação da escola com a comunidade: Composto por 1 Itinerário, este eixo propõe entender a escola como promotora de mobilização comunitária, isto é, como agente de articulação, de participação, possibilitando o espaço compartilhado de vivência, garantindo o entrelaçamento da escola com a comunidade, consolidando o direito à aprendizagem com a construção de um projeto comum de escola integral e integrada e de espaço democrático de seus atores.

 Itinerário 9. Relações interinstitucionais: família, comunidade e sociedade - Este itinerário visa contribuir para uma reflexão sobre a relação da escola com a família, responsáveis pedagógicos, instituições da comunidade e da sociedade e seu impacto na aprendizagem dos estudantes.

Consolidação da Avaliação Interna

 Itinerário 10. Síntese da Avaliação Interna e recomendações - Este itinerário visa promover uma síntese do resultado das discussões anteriores, etapa final do processo de Avaliação Interna da escola. Com base na sistematização das questões analisadas e debatidas, formulam-se recomendações para o Plano de Ação.

 Itinerário 11. Consolidação da Avaliação Interna e definição de prioridades - Último itinerário da etapa de Avaliação Interna, este tem por objetivo consolidar e validar as conclusões e as recomendações junto aos professores e à comunidade escolar. Além disso, é o momento de definição de prioridades a serem trabalhadas no Plano de Ação.

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(3) Plano de Ação – Essa etapa é composta por três Itinerários que apoiam a elaboração de um Plano de ação, concretizado por meio da formulação, da validação e da consolidação de ações a serem trabalhadas na escola. Seu propósito é a articulação entre a avaliação interna consolidada na segunda etapa e as prioridades de ações pedagógicas definidas pela escola sob a orientação do(a) diretor(a) e do(a) especialista, a fim de elaborar um Plano de ação que possa ser realizado com o apoio da rede.

 Itinerário 12. Definição do Plano de Ação - Este itinerário apresenta uma metodologia para a definição do Plano de Ação da escola. Define os profissionais envolvidos e as linhas gerais das ações a serem implementadas, a partir de definições do “o que será feito?”, “por que será feito?” e “como será feito?”.

 Itinerário 13. Validação do Plano de Ação - Este itinerário dá sequência à construção do Plano de Ação, com o detalhamento das ações, respondendo às perguntas: “Quando será feito?” e “Quem irá fazer?”.

 Itinerário 14. Consolidação do Plano de Ação - Este último itinerário da etapa de Plano de Ação tem o objetivo de consolidar as ações propostas e possibilitar que todos os envolvidos tenham conhecimento das atividades e das tarefas que compõem cada uma das ações desenhadas.

Como destacado acima, as atividades propostas pelos itinerários encontram interface com outras políticas já desenvolvidas pela Secretaria de Estado de Educação. Ao elaborar as ações que irão compor o Plano, deve-se ter essa perspectiva em mente.

Caso a ação proposta diga respeito ao Eixo Direito à Aprendizagem, a escola pode, por exemplo, contemplar políticas que já vêm sendo desenvolvidas pela SEE, como por exemplo, o Acompanhamento Pedagógico Diferenciado.

No caso de ações correlatas ao Eixo Gestão Democrática e Participativa, as políticas de Mobilização dos Jovens e Direitos Humanos, Convivência Democrática e Participação Social, desenvolvidas na SEE, podem auxiliar os profissionais da escola.

Em relação ao Eixo Fortalecimento do Trabalho Coletivo, a política de Formação dos Profissionais da Educação, pode auxiliar na redação de ações na escola.

E, por último, no Eixo Relação da Escola com a Comunidade, as ações da Educação Integral e Escola Aberta podem ser balizadores para se pensar em ações a serem desenvolvidas na escola.

(4) Avaliação e Monitoramento – Essa etapa contém dois Itinerários de acompanhamento das ações propostas no Itinerário 14. Os Itinerários de avaliação e monitoramento permitirão não só ao(à) diretor(a) e especialista, mas aos professores e toda a comunidade escolar verificarem em que medida as atividades do Plano de ação estão sendo realizadas.

 Itinerário 15. Monitoramento e avaliação do Plano de Ação - Após a aprovação dos projetos e do plano de ação, este itinerário visa colaborar para a definição de como ocorrerá o monitoramento de sua execução, indicando formas de acompanhamento das tarefas previstas, assim como a sua efetividade, ou seja, se seus resultados estão alcançando os objetivos desejados.

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 Itinerário 16. Ajustes e correção de rumos - O objetivo deste último itinerário é o de detalhar os procedimentos para promover ajustes e correções de rumos no Plano de Ação.

Cronograma

Etapa 1 – Itinerário 1 – do dia 21/11 a 22/12 (O Itinerário 1 continuará disponível na plataforma no início do mês de fevereiro para as escolas que ainda não o realizaram. Trata-se de um momento inicial, onde é explicada a metodologia e o processo como um todo.)

Etapa 2 – Itinerários 2 a 9 – 01/02 a 24/02. Itinerários 10 e 11 – 02/03 a 10/03. Etapa 3 – Itinerários 12, 13 e 14 - 13/03 a 31/03. Etapa 4 – Itinerários 15 e 16 - 03/04 a 20/04.

Monitoramento da Formação:

De forma a garantir que a formação em exercício seja efetiva e tenha os melhores resultados possíveis, a Superintendência de Avaliação Educacional (SAE), em parceria com a Escola de Formação e a Superintendência Regional de Ensino, reuniram-se para promover um monitoramento dessa formação em três instâncias:

a. Monitoramento do acesso: serão verificados quais especialistas e diretores acessaram ou não os campos da plataforma.

b. Monitoramento da entrega: serão verificadas quais escolas promoveram ou não a entrega dos documentos solicitados em cada Itinerário Avaliativo.

c. Monitoramento da qualidade: serão verificadas a qualidade e coerência dos documentos entregues pelas escolas em cada Itinerário Avaliativo.

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Semanalmente, esses três atores promoverão triagens, de forma a verificar o andamento da formação no Estado como um todo. As escolas que, eventualmente, não estiverem acessando a plataforma, realizando as entregas dos documentos ou enviando documentos aquém do desejado ou incoerente com o solicitado, caso o problema não tenha sido previamente resolvido pelo tutor disponibilizado na plataforma virtual, serão identificadas e contatadas para a resolução dos problemas enfrentados.

Monitoramento do Plano de Ação:

Uma vez que a formação for finalizada, ou seja, todos os diretores(as) e especialistas tiverem sido capacitados pela formação em exercício dos Itinerários Avaliativos, será iniciada uma nova fase do processo, também muito importante: o monitoramento do Plano de Ação de cada escola. Será a hora de colocar em prática todo o processo percorrido ao longo dos primeiros meses do ano.

Cada escola, dentro da sua realidade, com os seus atores e acompanhada pela sua comunidade dará início aos preparativos para que cada ação planejada possa ser executada ao longo do ano letivo e suceda-se da melhor maneira possível. Mais uma vez, a escola não estará sozinha nesse processo. A Superintendência de Avaliação Educacional, em conjunto com outros setores da Secretaria de Estado de Educação e com a Superintendência Regional de Ensino, irá ajudar a escola nos desafios enfrentados ao longo dessa jornada. A metodologia para esse processo específico será comunicada à escola quando da finalização do curso.

É importante ressaltar que para elaborar um Plano de Ação coerente com as reais necessidades da escola é necessária máxima atenção dos cursistas às orientações propostas na formação em exercício dos Itinerários Avaliativos. O Plano deve apresentar correspondência com os entraves levantados na avaliação interna, uma vez que seu objetivo é corrigir possíveis desvios e reforçar as potencialidades.

Contamos com todos vocês para alcançarmos um excelente resultado na realização dos Itinerários Avaliativos de Minas Gerais!

Geniana Guimarães Faria

Referências

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