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PERSPECTIVAS DA ENÉRGIA EÓLICA NO BRASIL

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Academic year: 2021

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GEPETIS – Grupo de Estudos e Pesquisas em Espaço, Trabalho, Inovação e Sustentabilidade

Modalidade da apresentação: Comunicação oral

ELLITAMARA ALVES DE OLIVEIRA1

EMERSON DO NASCIMENTO SILVA2

ORIENTADORA: Profa. Dra. Luziene Dantas de Macedo3

PERSPECTIVAS DA ENÉRGIA EÓLICA NO BRASIL

Resumo: Este artigo apresenta uma breve análise sobre a energia eólica no mundo e no Brasil, contextualizando o desenvolvimento da indústria eólica e seus principais aspectos determinantes do processo de inserção na matriz elétrica nacional. A metodologia inclui uma pesquisa bibliográfica sobre o Setor Elétrico Brasileiro (SEB) nos seus aspectos produtivos e tecnológicos da geração de energia eólica por esse tipo de fonte. Apresenta-se o panorama do desenvolvimento da energia eólica, partindo da evolução histórica da atividade eólica na Europa e em outras partes do mundo, mostrando o avanço no desenvolvimento do setor, como sendo importante para a sustentabilidade energética em diversos países do globo. No Brasil, a atividade eólica está se desenvolvendo de modo significativo, transformando, assim, a dinâmica das regiões onde se localizam esta atividade. É importante assinalar a importância da fonte eólica e outras renováveis no processo de diversificação da matriz elétrica brasileira, fazendo com que o país obtenha a autossuficiência energética por fontes renováveis, mostrando, sobremodo, o esforço em implementar políticas específicas para ampliar ainda mais a representatividade das energias renováveis na matriz elétrica em detrimento das fontes fósseis.

Palavras-chave: Energia Eólica. Brasil. Rio grande do Norte. .

1 - INTRODUÇÃO

O crescimento da importância das fontes renováveis no cenário mundial tem favorecido mudanças significativas em países desenvolvidos e emergentes devido à preocupação envolvendo as mudanças climáticas e a urgência em desenvolver projetos de investimento e de crescimento socioeconômico mais sustentável. Nesse contexto, a fonte eólica tem ganhado destaque e vem se expandido de forma significativa em várias partes do mundo, mostrando ser uma atividade potencialmente rentável sendo, portanto, atrativa ao processo de aplicação do capital produtivo, e, também, essencial ao processo de diversificação da matriz elétrica mundial.

O Brasil tem se destacado dentre os países emergentes que está conseguindo converter a atividade eólica em benefícios socioeconômicos para algumas localidades onde os parques eólicos estão implantados. A matriz elétrica

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brasileira estabeleceu a hidroeletricidade como a principal fonte geradora de eletricidade devido a abundância dos recursos hídricos.

Com o desenvolvimento do SEB, inclusive contando com o surgimento das fontes fósseis, o país alcançou graus de desenvolvimento econômico importantes, com o surgimento da produção de bens de consumo duráveis e de capital. Claramente, o avanço econômico do país ampliou a demanda por eletricidade, fato esse que não deve causar espanto, haja vista que quanto mais um país cresce, se desenvolve socialmente e economicamente, é comum que as pessoas passem a demandar os bens e serviços materiais disponíveis, fazendo, por sua vez, com que a pressão por mais eletricidade passe a exigir uma oferta condizente. A esse respeito, Pinto Jr. (2007), destaca que:

No primeiro momento, o acesso à eletricidade era fruto do desenvolvimento econômico, no segundo momento, ele passa a ser imprescindível a esse desenvolvimento. Essa passagem, que na evolução da indústria elétrica nos países mais avançados, também aconteceu no Brasil. (PINTO JR, 2007, p. 198).

No cenário global, os impactos destrutivos do uso excessivo das fontes elétricas tradicionais, como as fósseis, submeteram os países desenvolvidos e em desenvolvimento a necessidade de implantar políticas energéticas de baixo carbono, sendo imprescindível, para tanto, a redução do uso de fontes tradicionais e a elevação do uso de fontes renováveis. A ideia é justamente fazer com que os países do mundo possam direcionar medidas para o desenvolvimento de tecnologias ecologicamente sustentáveis, no qual possam contribuir com o desenvolvimento limpo.

A partir do relatório final do Plano Decenal de Energia (PDE 2024), realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), é possível constatar a projeção dessa expansão dos investimentos para o desenvolvimento das fontes renováveis de energia. Segundo o relatório final do referido documento, espera-se uma projeção entre o ano 2015 e 2024 cerca de 19 GW de potência de energia eólica, mostrando uma contribuição importante para o aumento da representatividade das fontes renováveis na matriz elétrica do país. Logo, as fontes não renováveis tendem a perder espaço continuamente para as fontes renováveis, demonstrando o avanço para a autossuficiência elétrica que se pretende consolidar nos próximos anos.

2. – FONTE EÓLICA: CARACTERÍSTICAS E DESENVOLVIMENTO TÉCNICO-PRODUTIVO.

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A fonte eólica vem demonstrando um significativo desenvolvimento técnico-produtivo nos últimos anos, em razão principalmente por se tratar de uma fonte considerada limpa e renovável. Atualmente, o custo para implantação de seus parques de geração vem apresentando redução devido a implementação do processo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&DI) na área, ampliando, assim, o incentivo para a realização de investimentos em diversos países, especialmente os considerados em desenvolvimento (Brasil, China e Índia).

O objetivo do capitulo é discutir de forma sucinta o processo de evolução tecnológica das turbinas eólicas e o dinamismo desta atividade no mundo.

2.1 – Evolução tecnológica das turbinas eólicas: breve discussão

O início da atividade eólica, como fonte geradora de eletricidade, ocorreu de forma tímida, em 1980, com as pás do rotor da turbina apresentando 10-20 metros de diâmetro, o que permitia uma geração de aproximadamente 75kw. No período recente, constata-se um avanço das pás do rotor, no qual possuem pouco mais 100 metros de diâmetro (MME, 2016), permitindo, sobremodo, uma geração de aproximadamente 5.000 kW. No futuro, espera-se que as turbinas alcancem 250 metros de diâmetro, podendo produzir 20.000 kW de eletricidade, conforme destaca o documento citado. Logo, esse processo evolutivo vem permitindo a obtenção de uma maior produtividade na geração de eletricidade, cujo fator de capacidade vem superando os 40%, em países como o Brasil e EUA (MACEDO, 2015), onde os ventos contínuos intensificam uma geração de eletricidade mais condizente com as necessidades do sistema elétrico desses países.

O grande destaque neste processo evolutivo das turbinas eólicas e da indústria do setor como um todo é a Europa, que a partir dos anos de 1980 vem envidando esforços na construção de uma base tecnológica de geração de eletricidade por fonte eólica, especialmente a Dinamarca e a Alemanha, considerados os países pioneiros no desenvolvimento de um mercado eólico mais pujante, cuja liderança resultou na ampliação do mercado eólico no continente europeu.

A esse respeito, Lema (2011) destaca a importância da Europa confirmando sua liderança no processo de desenvolvimento de um padrão dominante de aerogerador com capacidade de captar ventos médios de forma mais produtiva.

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Europe is the traditional leader in the wind power industry. As a whole, the European Union has the most developed market for wind energy worldwide with a total accumulated deployment of 84 GW – equivalent to 44 per cent of globally installed capacity – at the end of 2010. (LEMA, 2011, p. 12).

Contudo, o desenvolvimento do mercado eólico não esteve circunscrito apenas ao continente europeu, mas também outros países contribuíram para a construção de um setor eólico tecnologicamente desenvolvido, como, por exemplo, os EUA, conforme relado no IEA Wind Task 26 (NREL, 2011).

As políticas implantadas nos EUA fizeram com o que os custos de capital diminuíssem 65%, sendo esse nível mais baixo ocorrido entre 2001 e 2004, mas que já vinha sinalizando a redução desde o início da atividade, em 1980. Em 2003, a Dinamarca alcançou o nível mais baixo em termos de custos, ou seja, apresentou um custo de produção 55% abaixo do que foi constatado no início de 1980., conforme enfatizado no documento Wind Task, 26 (NREL, 2011).

Em dados, o documento do The Power to Change, do International Renawable Energy Agency (IRENA, 2016) apresenta os valores referentes aos custos da geração de eletricidade a partir da fonte eólica para os anos 2015 e 2025, nos quais é possível observar que a energia eólica onshore apresentou em 2015 um custo de investimento 1.560 USD/kW, porém a estimativa é que em 2025 este custo seja de apenas 1.370 USD/kW, portanto uma redução cerca de 12%; em termos de Levelized Cost of Electricity (LCOE), considerado um dos principais indicadores da indústria de energia elétrica, porque diz respeito ao custo da eletricidade produzida por um aerogerador (MACEDO, 2015), a queda do custo será cerca de 29%, passando de 0.07 USD/kWh, em 2015, para 0.05, em 2025, o menor custo absoluto quando comparado a energia eólica offshore e solar fotovoltaica, mas não em termos percentuais, cujas fontes citadas e que competem com a energia eólica onshore tendem a apresentar percentuais de redução de custos ainda maiores, respectivamente de 35% e 59%, entre os anos 2015 e 2025.

Os principais fatores que explicam a redução potencial desses custos de geração da energia eólica onshore são (IRENA, 2016): o aumento das economias de escala, a competitividade da cadeia de abastecimento e melhorias tecnológicas, nos quais vem não apenas contribuindo para a tornar a fonte eólica mais acessível no contexto da geração de energia elétrica, mas também revelando uma competividade maior dessa fonte ao longo do tempo, como revelam os dados das estimativas

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realizadas para 2025. Ademais, esses mesmos fatores poderão aumentar a disponibilidade dessa fonte de energia renovável para a geração de eletricidade nos turnos noturnos e climas variáveis.

2.2 - Dinamismo da atividade eólica no mundo: alguns dados para discussão Do início da atividade industrial até a atualidade, a utilização de fontes fósseis de energia, não renovável, causaram impactos preocupantes como poluição do meio ambiente, degradação da camada de ozônio, aceleração do aquecimento global, dentre outros. Tal preocupação culminou na promoção de políticas capazes de ajudar a minimizar e desacelerar esses impactos negativos, sendo uma dessas políticas a de baixo carbono1.

Atualmente, a implementação dessas políticas em países desenvolvidos e em desenvolvimento acabam aumentando o interesse, no campo energético, para se investir em geração de eletricidade por fonte renovável. Lema (2011, p. 7) destaca que “Governments and industry in China and many countries in Europe have already made substantial investments in developing and producing low carbon technologies.” Nesse contexto, pode-se admitir que os países vêm procurando diversificar sua matriz energética, especialmente a elétrica, no qual era predominantemente intensiva em fontes fosseis, mas que estão diversificando na direção de fontes renováveis. O grande destaque das fontes renováveis é a eólica, cuja capacidade cumulativa instalada obteve uma variação percentual cerca de 120% quando comparado o ano de 2015 com 2010. (Figura 1).

1

Baixo carbono é a expressão de ordem para a economia do século XXI e significa inovar processos produtivos e soluções tecnológicas que resultam em menor impacto sobre o clima do planeta, com destaque para a busca de eficiência e alternativas energéticas, redução de emissões e gestão em sustentabilidade. (FGV, 2016).

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Figura 1 – - Mundo - Capacidade instalada cumulativa de energia eólica, 2010 e 2015.

Fonte: GWEC (2016)

O destaque nesse quesito é a China, pois sua variação percentual de 225% superou nesse período países pioneiros na geração de eletricidade por fonte eólica, como a Alemanha e a Dinamarca; em segundo lugar destaca-se os EUA, sendo seguidos pela Alemanha, Espanha e Índia.

No caso da Dinamarca, observa-se que, enquanto em 2010 ocupava a 10º posição em termos de capacidade cumulativa de energia eólica, em 2015 esse país fica atrás do Brasil, ocupando a 14º posição nesse ano.

O Brasil, por sua vez, apresenta uma evolução significativa nesse período. Com variação percentual de 836%, assumiu a 10º posição, em 2015, contra a 21ª posição, em 2010. Mas, em termos de adição de capacidade instalada de energia eólica, o Brasil assumiu a 4ª posição, adicionando a capacidade cumulativa mundial 2.754 MW de potência (Figura 2), estando atrás apenas dos países China, EUA e Alemanha, os três maiores em termos de capacidade cumulativa e adicional de energia eólica no mundo.

Ranking País Potência MW Participação (%) Ranking Potência MW Participação (%)

1º China 44733 22,7 1º China 145362 33,6 225%

2º EUA 40180 20,4 2º EUA 74471 17,2 85%

3º Alemanha 27214 13,8 3º Alemanha 44947 10,4 65%

4º Espanha 20676 10,5 4º India 25088 5,8 21%

5º Índia 13065 6,6 5º Espanha 23025 5,3 76%

6º Italia 5797 2,9 6º Reino Unido 13603 3,1 135%

7º França 5660 2,9 7º Canada 11205 2,6 98%

8º Reino Unido 5204 2,6 8º França 10358 2,4 99%

9º Canada 4009 2 9º Italia 8958 2,1 123%

10º Dinamarca 3752 1,9 10º Brasil 8715 2 836%

21ºBrasil 931 0,47 14ºDinamarca 5063 1,2 35%

Resto do Mundo 26749 13,6 Resto do Mundo 67151 15,5 151%

Total dos 10 primeiros 170290 86,4 Total dos 10 primeiros 365731 84,5 115%

Total do Mundo 197039 100 Total do Mundo 432883 100 120%

Variação Percentual 2010/2015 ANO BASE 2015

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No caso da China, é interessante notar que sua capacidade produtiva é dotada de vantagens competitivas decorrentes não apenas do custo da mão-de-obra, asm também da flexibilidade organizacional e, sobretudo, das economias externas de escala, nos quais permitem às empresas chinesas uma competição externa importante, não localizando todos os elementos da produção na China (LEMA, 2011), o que significa construir capacidade produtiva para além dos espaços chineses e abastecer o setor eólico mundial com equipamentos tecnologicamente produtivos. Hoje, a China já possui cerca de 5 empresas entre as 10 empresas mundiais que controlam o mercado global de energia eólica (MACEDO, 2015).

Interessante notar, por exemplo, a relação simbiótica existente entre a Europa e a China, pois, ao mesmo tempo em que ocorre uma competitividade entre Europa e China por ampliação dos seus mercados particulares, também ocorre uma espécie de cooperação produtiva e tecnológica. Ou seja, de um lado a Europa experiente e inovadora, com ênfase em qualidade, do outro lado a China, que vem crescendo em capacidade instalada, e com ênfase em economias de escalas, nos quais minimizam seus custos de produção.

A relação entre essas duas potências está gerando um intercâmbio de conhecimento, de expansão setorial, produtiva e de inovação, cujo resultado possibilita um desenvolvimento potencial da economia verde, estabelecimento padrões de referência internacional. De modo especial, está ocorrendo uma redução de representatividade das fontes fósseis de energia em favor das energias

País Potência MW Participação (%)

China 30753 48,5 EUA 8598 13,5 Alemanha 6013 9,5 Brasil 2754 4,3 Índia 2623 4,1 Canada 1506 2,4 Polônia 1266 2 França 1073 1,7 Reino Unido 975 1,5 Turquia 956 1,5 Resto do Mundo 6950 11

Total dos 10 primeiros 56517 89

Total do Mundo 63467 100

Nova capacidade Instalada Jan-Dez 2015

Fonte: GWEC (2016)

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renováveis, dentre elas destaca-se a eólica, que vem contribuindo para desenvolvimento de uma matriz elétrica mais limpa não apenas no Brasil, mas no mundo como um todo.

A esse respeito convém assinar o caso da Alemanha, por exemplo, que produziu um excedente de energia renovável, em 2016, permitindo, como consequência, uma redução dos preços da geração de eletricidade.

Com o apoio do governo, a Alemanha está produzindo muita energia sustentável, seja ela dos painéis solares ou de geradores eólicos. A junção de muito vento, sol, água e biomassa fez do último fim de semana o melhor em capitação de energia. Para ilustrar, no domingo, dia 8 de maio, essas tecnologias estavam produzindo 87% de toda a energia requerida pelo país. O aumento de oferta fez com que, por algumas horas, os preços da eletricidade ficassem negativos. Isso quer dizer que moradores das regiões atendidas por essas companhias de fato pouparam dinheiro com cada watt consumido. (BLOG ENGENHARIA, 2016).

Estes fatos comprovam as externalidades positivas para o meio ambiente e população, sendo esta última resultante dos benefícios que a atividade eólica gera também em termos de oportunidades de geração de emprego e renda.

3 ENERGIA EÓLICA NO BRASIL: POTENCIALIDADES E PERSPECTIVAS O Brasil é o país com proporções continentais, rico em biodiversidades, bacias hidrográficas e com pluralidade climática importante, além do mais é reconhecido mundialmente por apresentar uma matriz elétrica predominantemente renovável. Recentemente, o país se destacando como grande produtor de eletricidade por fonte eólica, complementando, assim, a geração hidroelétrica existente. Logo, o país dispõe de diversas opções de geração de eletricidade por fontes renováveis, tais como hidroeletricidade, biomassa, solar, eólica e gás natural, que, mesmo não sendo renovável, é considerada uma fonte limpa de energia. O crescimento da capacidade instalada do setor eólico brasileiro está ganhando destaque mundial, e atraindo, por isso, possibilidades de investimento naqueles espaços que oferecem potencialidade para transformar vento em eletricidade.

3.1 - Desenvolvimento do setor eólico no país.

O setor eólico brasileiro iniciou a produção de eletricidade por fonte eólica a partir da implementação de políticas específicas para o desenvolvimento do setor. Em 2002, o governo federal criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas

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(PROINFA) e, em 2009, o mecanismo de leilões de energia para comercialização dessa fonte no ambiente regulado.

Nas palavras de Lage e Processi (2013, p. 186-187):

O Brasil, apesar de ainda apresentar tímida participação no mercado eólico mundial, teve crescimento significativo em sua capacidade instalada na última década. O Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa) e o mecanismo de leilões de energia lograram êxito em aumentar a participação eólica na matriz elétrica brasileira. Ademais, o potencial eólico brasileiro é bastante significativo, de aproximadamente 143 GW, havendo confortável espaço para o incremento da utilização dessa fonte de energia no país.

O PROINFA proporcionou incentivos que buscaram estimular e fomentar a produção eólica no país, tendo em vista que as empresas que produzem os componentes dos aerogeradores são empresas transnacionais, nos quais definem suas pesquisas, desenvolvimento e inovação (P&DI) em suas matrizes, enquanto cabe as outras empresas, basicamente as de capital nacional, a instalação e montagem dos componentes dos aerogeradores.

Esta forma de ação da empresa transnacional é estratégica porque a expertise do desenvolvimento da cadeia eólica permanece concentrada nos países de origem, o que denota uma vantagem competitiva importante, pois a aquisição do conhecimento, certificações e patentes continuam sob seu controle. Nesse contexto, países como o Brasil passam a adaptar essa tecnologia às condições de vento existentes, participando do desenvolvimento do setor eólico a partir da diferenciação do produto:

[...] ao incluir a adaptação [...] ao próprio espaço onde o parque eólico está sendo montado (se no litoral e semiárido da região Nordeste, ou na região Sul), o que vai demandar não apenas uma mudança na característica do equipamento, mas uma adaptação dele às diferentes condições geográficas do país. (MACEDO, 2015, p. 193).

Nos últimos anos, a produção elétrica por fonte eólica trouxe a possibilidade de desenvolvimento de uma indústria nacional dos equipamentos e componentes, como observa, a autora citada, quando destaca que

O boom da produção de eletricidade por fonte eólica nos últimos anos trouxe para o país a possibilidade de também desenvolver uma indústria nacional desses equipamentos – é o chamado sistema de inovação nacional que traz consigo não só uso dessa fonte para efeito de geração de eletricidade, mas também toda uma cadeia de produção e desenvolvimento tecnológico com base na inovação brasileira desses equipamentos principalmente nos Estados onde

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existe maior potencialidade de geração de energia elétrica por esse tipo de fonte. No momento em que foram instituídas políticas específicas para a abertura do mercado nacional à entrada da fonte eólica, bem como quando o governo decidiu zerar o Imposto de Importação para a aquisição de aerogeradores no mercado mundial. (MACEDO, 2015, p. 230).

A produção recente de eletricidade por fonte eólica está contribuindo para a dinâmica econômica das regiões envolvidas do país, gerando emprego e renda nesses espaços. Logo, as estimativas de crescimento do setor são sempre positivas. Ou seja, conforme previsão de especialistas do setor, a criação de empregos deverá atingir o patamar 36,5 mil, em 2017 (VALOR ECONÔMICO, 28/07/2016) face aos investimentos que deverão ser realizados até 2020, cuja estimativa aponta um valor de R$ 50 bilhões (MELO, 2013, p.126)2.

Na reportagem da Revista Brasil Energia (03/2016) destaca-se que a cadeia produtiva conta com mais de 300 empresas, que movimentaram R$ 16,4 bilhões, somente em 2015. Isso sem contar com a capacidade instalada, no qual está em torno de 7,5GW e a previsão é que em 2024 possa atingir 24 GW (ANEEL, 2016; MME/EPE, 2015).

Portanto, não podemos deixar de frisar o quanto a cadeia produtiva da energia eólica vem crescendo de forma exponencial, atraindo, assim, investimentos de empresas estrangeiras e nacionais, e estímulos por parte do governo federal, por meio de políticas específicas, exonerações tributárias, funding do BNDES, entre outros. Ademais, existe um potencial importante ainda a ser explorado, cuja estimativa é de 300 GW, quando seu aproveitamento puder ser realizado com a utilização de equipamentos mais potentes do tipo turbinas com mais de 100 metros de diâmetro e torres entre 100 e 120 metros de altura.

A ampliação dos investimentos direcionados ao desenvolvimento de parques eólicos no Brasil tem contribuído para dinamizar as regiões que oferecem capacidade de gerar energia elétrica por fonte eólica, o que envolve o encadeamento da indústria eólica por meio da fabricação de torres, pás, aerogeradores, fornecimentos de insumos, operação e manutenção, construção civil, comércio, prestação de serviços jurídicos, saúde, além do ramo de hotelaria, gerando, por essa atividade, empregos temporários e permanentes, bem como rendas auxiliares para os arrendatários de terras.

2 Em 2015 foram gerados 40 mil empregos em toda a cadeia eólica, segundo dados da

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Estas atividades são importantes, porque, ao alterar o ambiente, criam-se novas oportunidades de geração de renda e criação/ampliação de negócios produtivos e de serviços. Contudo, a geração de emprego acaba sendo mais temporária, do que permanente, pois a cadeia eólica demanda uma maior contratação de pessoas na fase de implantação dos parques eólicos quando se criam novos empregos diretos e indiretos; entretanto, na fase de operação dos parques se reduz consideravelmente essas contratações, o que acaba desencadeando uma migração de pessoas para outros espaços onde estão sendo implantados os parques, ou mesmo para outras atividades e regiões.

3.1.1 – Crescimento da potência instalada da energia eólica no país.

A atividade eólica vem se destacando no país, de modo que regiões, como o Nordeste e o Sul, passaram a apresentar condições propícias para a ampliação da geração de energia eólica. É importante destacar que estes espaços são importantes para a expansão do mercado eólico nacional, em função da sua abundância de vento, entretanto, não sendo diferente da fonte hídrica, é necessário que o setor elétrico brasileiro possa ter clareza da importância desta fonte, e de outras com suas especificidades, apontando mecanismos capazes de desenvolver a energia eólica a montante e a jusante da cadeia setorial, o que implica ter que montar um setor industrial e de serviços capazes de dar substância a implantação dos parques eólicos e sua geração, operação e distribuição.

Mas, sobretudo, deve-se também ter em conta a natureza dos espaços onde os parques estão sendo montados. Ou seja, não basta gerar energia e distribuí-la no sistema de transmissão elétrica, deve-se, de igual forma, contribuir com o adensamento da cadeia produtiva, gerando, por esse meio, emprego e renda. Só assim, um país poderá se beneficiar da geração dos recursos renováveis para além do aumento da oferta interna de eletricidade.

Segundo estudos realizados pelo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE Apud TRIBUNA DO NORTE, 2016), entre 2010 e 2014, a indústria eólica cresceu 461%. Atualmente, a indústria eólica de eletricidade ocupa a 4º posição no ranking das principais fontes existentes na matriz elétrica brasileira, com cerca de 8 GW de potência instalada. A Partir Figura 3, observa-se a distribuição da potência instalada do setor eólico nacional, em junho de 2016. Os parques

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instalados são subdivididos em três categorias: finalizado, não iniciada (outorgados), e em construção.

Em termos de projetos em operação, destaca-se o RN, e considerando os projetos em construção e não iniciados, a BA vem conseguindo obter relativamente um resultado significativo, despontando também o PI com a categoria projetos em construção e outorgados.

Pode-se, assim, aventar que no Brasil os estados significativos para o crescimento e desenvolvimento da atividade eólica são, por ordem de importância, a BA, RN, CE, RS e PI.

Portanto, não é difícil enfatizar a importância da fonte eólica para a geração de eletricidade no país, cuja perspectiva é de crescimento continuado, como já destacado. A estimativa é, certamente, alcançar uma redução dos custos de produção ao longo do tempo, no qual dados apontados e já destacados já visualizam uma queda dos custos com a energia eólica em torno de 29%, até 2025, “devido ao barateamento adicional da produção, construção e manutenção; ao contínuo desenvolvimento do know-how local; e às instalações mais eficientes, com maiores turbinas, torres e rotores” (CERNE, 2016).

Fonte: Dados da pesquisa, SIGAA/UFRN, a partir da ANEEL, junho/2016

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3.1.2 - Nordeste: fronteira eólica do país.

O Nordeste é a região brasileira com maior potencial de geração de energia eólica no Brasil, bem como concentra a maior capacidade em GW e número de projetos em operação, construção e outorgados (Figura 4).

Conforme dados da referida figura, a atividade eólica é importante para a região Nordeste, considerada a primeira fronteira eólica do país. Logo, isso levanta a possibilidade desta região continuar sendo um polo de atração de investimento do setor elétrico, o que permitirá que o país possa dar um salto maior na geração de energias renováveis e a região Nordeste, porém, possa, em adição, desenvolver o adensamento produtivo necessário, tanto a montante quanto a jusante do setor eólico.

No Nordeste, o RN representa cerca de 40% da produção de energia eólica e 31,04% da capacidade instalada no Brasil, sendo atualmente o estado com maior número de projetos eólicos em operação.

Fonte: Dados da pesquisa, SIGAA/UFRN, a partir da ANEEL, junho/2016.

Figura 4 – Quantidade de Usinas Eólicas em operação, construção e não iniciadas,

junho/2016 691 302 133 256 595 234 116 245 TOTAL EM OPERAÇÃO EM CONSTRUÇÃO NÃO INICIADAS No Brasil No Nordeste

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3.2 - Rio Grande do Norte: uma breve descrição

Atualmente, o RN lidera o segmento de projetos eólicos em operação, com 2,8 GW e 103 projetos. Ao todo, são 182 parques eólicos, dos quais 103 estão em operação, 22 em construção e 57 contratados (ANEEL, junho/2016). Observa-se na Figura 5 que no RN os parques eólicos estão localizados, em sua maioria, na faixa litorânea do estado, mas que já iniciou uma tendência de migrar a atividade para a região central do RN. Desse modo, caso esta tendência apresente continuidade, pode-se considerar a inserção de uma nova dinâmica socioeconômica na região, na qual estará concentrada em um espaço de clima semiárido e que enfrenta sérios problemas de estiagem.

Já a fase de operação e manutenção (O&M), que consiste em três fases, segundo informações do IFRN (2015, p. 232 e 246): manutenção corretiva, manutenção preventiva e monitoramento, a atividade eólica apresenta possiblidades de expansão da atividade a jusante do setor. A manutenção corretiva é aquela que ocorre depois que a avaria é detectada, enquanto que a manutenção preventiva é aquela que apresenta uma série de ações de manutenção em intervalos periódicos para evitar o aparecimento de defeitos; no monitoramento ocorre a obtenção de informações que permite ter uma previsão de quando acontecerá uma avaria e

Fontes: Dados da pesquisa, SIGAA/UFRN, a partir da ANEEL, junho/2016

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assim poder se programar uma ação de manutenção. Por exemplo, um componente com defeito na fabricação pode diminuir o desempenho técnico e econômico do aerogerador ao longo do tempo, como foi observado pelo Guia do Setor Eólico do Rio Grande do Norte (IFRN, 2015), atestando, assim, a importância da área de O&M. O Quadro 1 mostra os principais serviços a jusante do setor eólico.

Quadro 1 – Serviços a jusante e implantação dos parques eólicos

A O&M e o Turismo são formas a jusante de promover também o desenvolvimento socioeconômico de um estado e/ou região, porque oferece oportunidade de fomentar, assim, as atividades locais tais como o comércio, hotelaria e pequenas indústrias especificamente criadas para atender a demanda de peças oriundas do setor de manutenção, além do desenvolvimento de instituições de ensino e cursos técnicos especializados para atender as demandas do setor eólico. Claro está que estas atividades poderão criar mecanismos capazes de dinamizar a economia local desses espaços, podendo transformar e melhorar as condições de vida das pessoas.

As instituições de ensino que vem se destacando no processo de formação de profissionais para o setor são: CTGAS, Senai e IFRN. Pode-se observa na Figura 6 os cursos ofertados por estas instituições.

Fonte: ABDI (2014)

Operação e Manutenção Exploração Outros Serviços

Operação do parque Comprovação de garantias Treinamento

Serviços de controle integrado e monitoramento remoto Ensaios de rendimento Certificações de turbinas, componentes e projetos Comunicação com o ONS (Operador Nacional do Sistema ) Vigilância ambiental na exploração Estudos de inteligência de mercado, estudos sobre

Análise e desempenho da produção políticas e regulação

Análise da disponibilidade Seguros/gestão de sinistro/ gerenciamento de riscos Medições e controle de grandezas elétricas Financiamento de projetos

Medições acústicas Projeto dos aerogeradores e seus componentes Medições de curva de potência

Inspeção preventiva Manutenção preventiva e corretiva

Diagnóstico de falhas Auditoria de qualidade e segurança Limpeza e tratamento de superfície das turbinas/alpinismo

Grandes reparações de aerogeradores

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4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve como objetivo discutir o desenvolvimento do setor eólico no mundo e no Brasil, enfatizando as perspectivas e a potencialidades do setor no Nordeste. Fica evidente o avanço mundial da matriz elétrica, tornando-se mais sustentável, demandando, em adição, mais investimentos e a criação de novas profissões. No caso do Brasil, o país vem explorando as grandes oportunidades que a energia eólica trouxe de desenvolvimento para regiões onde estão localizados os parques eólicos, destacando-se o NE, que está recebendo investimentos maciços em tecnologias e geração de empregos. Além do mais, o investimento em energia eólica está assegurando, fortalecendo e ampliando a matriz elétrica nacional a partir do uso de recursos renováveis para efeito de geração de eletricidade.

Fonte: Dados da pesquisa, SIGAA/UFRN, a partir da CTGAS, Senai e IFRN, agosto /2016

Curso Nivel Instituição

Fundamentos das Tecnologias de Energia Renovável (20h) Iniciação Profissional CTGAS

Introdução à Energia Eólica Iniciação Profissional Senai

Segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas proximidades - Parques Eólicos (40h)

Ensaios e Verificações na Montagem de Aerogeradores (60h) Aperfeiçoamento Profissional CTGAS

Gestão do Meio Ambiente e Saúde (40h) Aperfeiçoamento Profissional CTGAS

Inglês Técnico para Energia Eólica (120h) Aperfeiçoamento Profissional CTGAS

Inspeção e manutenção de pás e nacele de aerogeradores (80h) Aperfeiçoamento Profissional CTGAS Legislação Ambiental Aplicada a Implantação de Parques Eólicos (20h) Aperfeiçoamento Profissional CTGAS/Senai Medição Anemométrica para Energia Eólica ( 40h) Aperfeiçoamento Profissional CTGAS/Senai Montagem Elétrica de Equipamentos em Aerogeradores (80h) Aperfeiçoamento Profissional CTGAS Montagem Mecânica de Equipamentos em Aerogeradores (92h) Aperfeiçoamento Profissional CTGAS Montagem Mecânica de Sistemas Hidráulicos em Aerogeradores (72h) Aperfeiçoamento Profissional CTGAS Movimentação de Cargas na Montagem e na Instalação de Aerogeradores (24h) Aperfeiçoamento Profissional CTGAS Normalização e Desempenho de Aerogeradores (20h) Aperfeiçoamento Profissional CTGAS/Senai Operação de Parques Eólicos - Procedimentos Operacionais

e Sistemas Supervisórios (40h)

Planejamento da Montagem de Componentes em Aerogeradores (20h) Aperfeiçoamento Profissional CTGAS Planejamento de Manutenção e Técnicas Preditivas para parques eólicos (40h) Aperfeiçoamento Profissional CTGAS Produção de Materiais Compósitos - Pás para Aerogeradores (160h) Aperfeiçoamento Profissional CTGAS Sistemas Elétricos Aplicados a Parques Eólicos (20h) Aperfeiçoamento Profissional CTGAS/Senai Técnicas de Manutenção a Sistemas Elétricos em Parques Eólicos (160h) Aperfeiçoamento Profissional CTGAS Técnicas de manutenção a sistemas hidráulicos em parques eólicos (80h) Aperfeiçoamento Profissional CTGAS Técnicas de manutenção a sistemas mecânicos em parques eólicos (160h) Aperfeiçoamento Profissional CTGAS Técnicas de Torqueamento para Aerogeradores (16h) Aperfeiçoamento Profissional CTGAS

Tecnologia em Energia Eólica (32h) Aperfeiçoamento Profissional CTGAS/Senai

Trabalho em Altura para Parques Eólicos (28h) Aperfeiçoamento Profissional CTGAS

Especialização Tecnológica em Energia Eólica (Lato Sensu) (393h) Especialização CTGAS

Especialização Tecnica em Energia Eólica (380h) Especialização Senai

Energias Renovavéis (3224h) Tecnologo IFRN

Engenharia de Energia (4124h) Graduação IFRN

Aperfeiçoamento Profissional CTGAS

Aperfeiçoamento Profissional CTGAS

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Pode-se admitir que o setor eólico encontra-se consolidado no país, cuja capacidade adicional de 2,75 GW, em 2015, já colocou o país entre os quatro que mais contribuíram para que a capacidade mundial atingisse nesse ano 43,3 GW.

Entretanto, não se pode abandonar as políticas especificas que objetivam fortalecer o setor eólico ao longo do tempo. Tais políticas e investimentos são imprescindíveis para a maturação do setor e continuidade, visando, sobretudo, assegurar a eficiência técnico-produtiva do sistema elétrico do país, face ao esgotamento progressivo da principal fonte de geração de eletricidade, a hídrica, o que tende a dificultar a continuidade do abastecimento de eletricidade e a segurança energética do país.

REFERÊNCIAS

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