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Centro Universitário de Belo Horizonte- UNIBH EDUCAÇÃO AMBIENTAL: BIODIVERSIDADE E URBANIZAÇÃO DO PARQUE AGGEO PIO SOBRINHO/BURITIS, BELO HORIZONTE/MG

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Academic year: 2021

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Centro Universitário de Belo Horizonte- UNIBH

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: BIODIVERSIDADE E URBANIZAÇÃO DO

PARQUE AGGEO PIO SOBRINHO/BURITIS, BELO HORIZONTE/MG

Cleane Fernandes Britis¹; Denílson Martins Sabino Drummond¹; Leon Martins Cardoso¹; Lucas Barros de Freitas¹; Josiely Carrera da Silva¹; Milane Raimunda Assis¹; Alunos do Centro Universitário de Belo Horizonte- UNIBH¹; Professora Fabiana Silva Ribeiro Faria² orientadora²

RESUMO

A análise do parque municipal Aggeo Pio Sobrinho tem como objetivo apresentar a importância de um parque urbano e a sua preservação em prol da população do bairro Buritis. Tal aspecto visa à harmonia entre o homem e a natureza, já que questões ambientais da atualidade tornam-se relevante o estudo de Parques Municipais e sua representatividade no espaço urbano em que se encontram. Assim este estudo tende a contribuir para o conhecimento da biodiversidade que o parque abriga com intuito de contribuir para a sua preservação.

PALAVRAS-CHAVES; PARQUE; ECOLÓGIA; PRESERVAÇÃO; PARQUES URBANOS

INTRODUÇÃO

O trabalho em questão propõe um estudo do Parque Municipal Aggeo Pio Sobrinho, localizado no bairro Buritis, na cidade de Belo Horizonte/MG. Ocupando uma área de 543.650 m² foi criado em 1996 através do Programa Parque Preservado em uma área de relevo íngrime com topografia acidentada, fazendo parte do maciço da Serra do Curral. Possui três nascentes que formam o córrego Ponte Queimada afluente do córrego Cercadinho, pertencente à bacia do Ribeirão Arrudas.

O parque apresenta grande importância ecológica, diversidade de fauna e flora, além de sua beleza cênica é também área de recreação e lazer para visitantes, tendo uma relevância na análise dos benefícios que possui para a população local na região em que se encontra, levando-se em conta a necessidade de preservação. Apresenta uma cobertura vegetal diversificada e exuberante (Figura 1), assim como a fauna que possui siriemas, sanhaço frade, tesourinha, gavião e gambá.

FIGURA 1: ENTRADA DA MATA NO PARQUE AGGEO PIO SOBRINHO

O objetivo deste trabalho é identificar e analisar a relação existente entre os aspectos pedológico-vegetativos, sociais, ambientais e urbanos, assim como os métodos e as técnicas que influenciam o meio no qual está inserido o Parque Municipal Aggeo Pio Sobrinho.

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Analisando o espaço que caracteriza a singularidade de sua paisagem para uma melhor compreensão dos fenômenos que ali atuam e interferem.

METODOLOGIA

Os dados coletados para a elaboração deste trabalho foram embasados em fontes bibliográficas, sites acadêmicos e institucionais os quais serviram de base. Além do trabalho de campo, coleta de informações sobre a formação do parque na administração do mesmo e pesquisa local com a população visitante do parque visando o saber local e informações adicionais acerca da criação do parque. Usou-se também mapa geológico para diagnóstico da pedologia cuja função nos subsidiou identificar os principais minerais e rochas predominantes no parque, uma vez que se encontra localizado no Quadrilátero Ferrífero.

PARQUES URBANOS

A origem dos primeiros parques urbanos se encontra na Inglaterra (séc.XVIII) expandindo-se anos mais tarde para outros países da Europa. No continente americano eles surgiram através do “Movimento de Parques Urbanos”, se espalhando por várias cidades dos Estados Unidos.

No Brasil, a história de parques urbanos iniciou-se no Rio de Janeiro com a construção do Jardim Botânico. Em 1960 e 1970 os parques passaram por transformações relacionadas aos objetivos, como instrumento de socialização comunitária, assumindo novas configurações físico-ambientais.Os parques surgiram como local de lazer e recreação para cidades urbano-industrial, para proporcionar uma maior qualidade de vida à população, onde pessoas podem desfrutar das várias finalidades. Assim como pode ser observado, em visita ao parque em estudo, que o mesmo é utilizado para organizar jogos de futebol, caminhadas, passeios com crianças, entre outros.

“O espaço livre é entendido como todo espaço nas áreas urbanas e em seu entorno que não está coberto por edifícios; a amplitude que se pretende diz respeito ao espaço e não somente ao solo e a água que não estão cobertos por edifícios, também diz respeito aos espaços que estão ao redor, na auréola da urbanização, e não somente internos, entre tecidos urbanos”

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Este trabalho tem como finalidade o estudo e entendimento da relação homem/natureza no centro urbano, caracterizando e descrevendo a dinâmica da cidade com o surgimento dos Parques Municipais, de forma a enfatizar a importância de conservação e preservação destes, uma vez que é notório o quanto a degradação vem avançando, desta forma à percepção ambiental deve ser vista e compreendida enquanto um processo participativo, envolvendo uma série de fatores sensoriais, subjetivos e de identidade, onde são analisados também valores culturais e sociais.

De acordo com a Fundação de Parques Municipais de Belo Horizonte, o Aggeo Pio Sobrinho é importante fonte de preservação de espécies vegetais (Figura 2), pois devido à sua proximidade com a Serra do Curral faz com que se torne relevante a proteção e conservação, possui uma grande e significativa importância ambiental para a região, pois além de representar um espaço verde e recreativo, interfere indiretamente no micro-clima local. São perceptíveis as alterações de quente para mais úmido à medida que se aproxima do curso de água na trilha.

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FIGURA 2: DIVERSIDADE VEGETAL NO INTERIOR DA MATA

A vegetação nativa é de grande significado, com espécies de porte arbóreo típicas de mata atlântica e cerrado, caracterizada por campo rupestre, tendo grande parte composta por mata ciliar e campo sujo, apresenta ao fundo do vale exuberância (mata de galeria), composto basicamente por campo sujo e campo limpo, nota-se a existência de gramíneas, pequenos arbustos e herbáceas, raízes grampiformes, troncos espessos.

O córrego que passa pelo parque apresenta a presença de seixos arredondados, que devido à erosão e à drenagem, foram carregados até a base da nascente. Segundo informações coletadas com população local, há indícios de poluição do córrego, o que torna inviável qualquer tipo de utilização dessa água (Figura 3 e 4).

FIGURA 3: CÓRREGO PONTE QUEIMADA FIGURA 4: LIXO

A presença, portanto, de todas estas espécies, inclusive da fauna é de extrema relevância para preservação da biodiversidade, o impacto antrópico é muito forte neste lugar, onde os visitantes jogam lixo na mata e próximo ao curso d água que passa pelo parque. Fator este que se dá também devido a grande extensão do parque e ao rápido processo de ocupação em seu entorno fazendo com que venha sofrendo por um processo de limitação de suas áreas.

É visível nas fotos acima a presença de resíduos plásticos próximos a nascente do córrego Ponte Queimada, constituída por mata ciliar que confere suporte vegetativo e equilíbrio em torno da nascente. Pelo material não apresentar alto estágio de decomposição, pode-se deduzir que não está há muito tempo no local. O que nos permite inferir a necessidade de projetos de conscientização quanto à educação ambiental, necessária a todos e principalmente a população que freqüenta o parque.

Foram realizadas em campo duas tradagens (perfurações no solo) em pontos estratégicos, a fim de analisar o solo mais detalhadamente para avaliar as relações entre tonalidade e croma de acordo com a profundidade. A tradagem 1 foi realizada em uma área onde o solo apresentou maior compactação e menor umidade, a tradagem 2 foi feita em uma área úmida próxima ao leito do córrego apresentando menor compactação e maior umidade.

Na entrada da mata verificou-se a presença de solos do tipo cambissolo e latossolo

(Figura 2). Num ponto de

aproximadamente 923 metros de caminhada adentrando ao parque pode–se notar no solo afloramentos rochosos (filito), observando também que há serrapilheira no horizonte O (solo orgânico)

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Indiscutivelmente, a utilização de dados quantitativos constitui ferramentas para o geógrafo, em suas análises espaciais dos fenômenos. Porém não basta usar técnicas estatísticas sofisticadas e não transformá-las em dados que possam ser interpretados no meio em que se inserem.

Realizou-se uma amostragem no parque em estudo nos dias 22 e 23 de maio de 2010, em média com 60 pessoas que visitaram o parque nesse período. Nas perguntas foram abordados os seguintes temas: interesse das pessoas em irem ao parque, segurança, conhecimento da história e a porcentagem de pessoas residentes próximas ao parque. O resultado e análise dos dados coletados são descritos nos gráficos abaixo:

GRÁFICO 1 – HABITANTES QUE RESIDEM PRÓXIMO AO PARQUE AGGEO PIO SOBRINHO – BURITIS BH/MG

Com a análise feita a partir do gráfico, podemos dizer que, dos freqüentadores, mais de 80% reside nas imediações do parque. Isso pode ser explicado pelo motivo do parque estar posicionado dentro da área residencial do bairro e ser uma boa opção de lazer e o local mais próximo de suas residências para este tipo de atividade.

GRÁFICO 2 – MOTIVO DA FREQÜÊNCIA AO PARQUE AGGEO PIO SOBRINHO

Após analisar os dados referentes ao gráfico que apresenta o motivo da frequência ao parque, pode ser notado as diversas razões que levam as pessoas a visitarem o mesmo, dentre essas razões se destacam lazer e diversão e a prática de atividades físicas. Algumas pessoas frequentam o parque para descansar, ter contato com a natureza e até mesmo para namorar.

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GRÁFICO 3 – SEGURANÇA DO PARQUE AGGEO PIO SOBRINHO

Ao analisar o gráfico que demonstra a segurança do parque, pode-se concluir que possui uma boa infra-estrutura, uma vez que a presença de guarda - municipais é constante dentro do parque. Porém, segundo relato de alguns moradores, a segurança foi reforçada há três anos quando o parque passou por uma reforma, pois a mata era habitada por alguns usuários de drogas.

CONCLUSÃO

Através do estudo no parque Aggeo Pio Sobrinho, pode-se notar a relação de interdependência homem/natureza, o que reflete imediatamente na paisagem. Após visitas no local percebeu-se a relevância biológica, degradação e necessidade de preservação ambiental. As delimitações urbanas que o parque sofre fazem com sua área seja constantemente diminuída, restringindo assim o habitat das espécies ali existentes tanto de fauna quanto de flora, devido ao avanço da construção imobiliária, com grandes condomínios e “áreas verdes”. A contaminação das nascentes é visível, além da poluição dos visitantes que deixam no parque detritos, como restos de alimentos, materiais não degradáveis, entre outros; tornando mais rápido o processo de degradação.

AGRADECIMENTO

O resultado de trabalho é fruto da orientação da professora Fabiana Silva Ribeiro Faria que contribuiu com seu conhecimento, através de um apoio didático e dedicação representativa. Por isso, recebe as sinceras homenagens. Ao Centro Universitário de Belo Horizonte, a UFMG e a Fundação de Parques Municipais de Belo Horizonte que forneceram material para a pesquisa e também aos autores que se comprometeram em realizar esse trabalho de forma assídua.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Press, Siever; Grotzinger e Jordan. Para entender a Terra, 4ªEd. Editora: Bookman® 2006 Kuhlmann, Edgar. Noções de Biogeografia.

Troppmair, H. Biogeografia e Meio Ambiente, 5ª Ed., Rio Claro 2002

Melazo; C.Guilherme, colesanti. T.M.Marlene. Parques Urbanos: Importante

“EspaçosVerdes” Na Dinâmica Ambiental das Cidades. Novembro 2003.

Segurança do Parque Aggeo Pio Sobrinho

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