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DIREITO PENAL MILITAR

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Academic year: 2021

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DIREITO PENAL

MILITAR

Prof. Pablo Cruz

Crimes contra o serviço e o dever militar

Parte 3

(2)

CRIMES CONTRA O SERVIÇO E O DEVER MILITAR Deserção especial

Art. 190. Deixar o militar de apresentar-se no momento da partida do navio ou aeronave, de que é tripulante, ou do deslocamento da unidade ou força em que serve: (Redação dada pela Lei nº 9.764,

de 18.12.1998) Pena - detenção, até três meses, se após a partida

ou deslocamento se apresentar, dentro de vinte e quatro horas, à autoridade militar do lugar, ou, na falta desta, à autoridade policial, para ser comunicada a apresentação ao comando militar competente.(Redação dada pela Lei nº 9.764, de 18.12.1998)

§

Se a apresentação se der dentro de prazo superior a vinte e quatro horas e não excedente a cinco dias: Pena - detenção, de dois a oito meses.

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CRIMES CONTRA O SERVIÇO E O DEVER MILITAR

§

2º Se superior a cinco dias e não excedente a oito dias: (Redação dada pela Lei nº 9.764, de 18.12.1998)

Pena - detenção, de três meses a um ano.

§

2º-A. Se superior a oito dias: (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.764, de 18.12.1998)

Pena - detenção, de seis meses a dois anos. Aumento de pena

§

3º A pena é aumentada de um terço, se se tratar de sargento, subtenente ou suboficial, e de metade, se oficial. (Redação dada pela Lei nº 9.764, de 18.12.1998)

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CRIMES CONTRA O SERVIÇO E O DEVER MILITAR

Crime propriamente militar.

Consumação: No momento da partida da aeronave ou do deslocamento da tropa.

Deserção instantânea (ou deserção especial): não há que se falar

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CRIMES CONTRA O SERVIÇO E O DEVER MILITAR Concerto para deserção

Art. 191. Concertarem-se militares para a prática da deserção: I - se a deserção não chega a consumar-se:

Pena - detenção, de três meses a um ano. Modalidade complexa

II - se consumada a deserção:

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CRIMES CONTRA O SERVIÇO E O DEVER MILITAR

Crime propriamente militar.

Consumação: Na forma básica do inciso I o crime de consuma com os agentes consentem com a prática do delito de deserção. Na hipótese do inciso II – modalidade complexa – o crime se consuma com a configuração de uma das modalidades de

deserção por dois ou mais militares.

Trata-se de crime plurissubjetivo. (COIMBRA NEVES, Cícero Robson e

STREIFINGER, Marcello. Manual de Direito Penal Militar. São Paulo: Saraiva, 3ª edição, 2013, p. 937.)

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CRIMES CONTRA O SERVIÇO E O DEVER MILITAR Deserção por evasão ou fuga

Art. 192. Evadir-se o militar do poder da escolta, ou de recinto de detenção ou de prisão, ou fugir em seguida à prática de crime para evitar prisão, permanecendo ausente por mais de oito dias: Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

Crime propriamente militar.

Consumação: no momento em que se completam mais de 8 dias inteiros de ausência após a evasão ou fuga.

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CRIMES CONTRA O SERVIÇO E O DEVER MILITAR Favorecimento a desertor

Art. 193. Dar asilo a desertor, ou tomá-lo a seu serviço, ou proporcionar-lhe ou facilitar-lhe transporte ou meio de ocultação, sabendo ou tendo razão para saber que cometeu qualquer dos crimes previstos neste capítulo:

Pena - detenção, de quatro meses a um ano. Isenção de pena

Parágrafo único. Se o favorecedor é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena.

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CRIMES CONTRA O SERVIÇO E O DEVER MILITAR

Crime impropriamente militar.

Consumação: No momento em que o agente (qualquer pessoa, com exceção do próprio desertor) esconde, abriga, emprega, ocupa ou proporciona transporte ou mecanismo que prejudique ou impeça a incorporação.

≠ Favorecimento Pessoal (art. 350 do CPM). Situação em que o agente auxilia autor qualquer crime militar conforme menciona o art. 350 do CPM. No presente crime o agente auxilia o Desertor que é autor dos crimes do Capítulo II (art. 187 a 194 do CPM). Com exceção do art. 191, I – Concerto para a

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CRIMES CONTRA O SERVIÇO E O DEVER MILITAR Omissão de oficial

Art. 194. Deixar o oficial de proceder contra desertor, sabendo, ou devendo saber encontrar-se entre os seus comandados:

Pena - detenção, de seis meses a um ano.

Crime propriamente militar.

Consumação: quando o Oficial deixa de realizar a captura de comandado desertor.

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CRIMES CONTRA O SERVIÇO E O DEVER MILITAR Abandono de pôsto

Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, o pôsto ou lugar de serviço que lhe tenha sido designado, ou o serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

Crime propriamente militar.

Consumação: quando o autor se afastar de seu posto, deixar o

lugar em que devia, por imposição de sua função, permanecer, ou ainda, no momento em que interrompe a atividade que desempenhava em serviço. (COIMBRA NEVES, Cícero Robson e STREIFINGER, Marcello. Manual

de Direito Penal Militar. São Paulo: Saraiva, 3ª edição, 2013, p. 954.)

Crime de perigo. De se ressaltar que o abandono de posto é delito instantâneo.

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CRIMES CONTRA O SERVIÇO E O DEVER MILITAR Descumprimento de missão

Art. 196. Deixar o militar de desempenhar a missão que lhe foi confiada:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave.

§

1º Se é oficial o agente, a pena é aumentada de um têrço.

§

2º Se o agente exercia função de comando, a pena é aumentada de metade.

Modalidade culposa

§

3º Se a abstenção é culposa:

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CRIMES CONTRA O SERVIÇO E O DEVER MILITAR

Crime propriamente militar.

Consumação: o crime se consuma no momento em que o agente

deveria desempenhar a missão e não realiza qualquer ato que tenha aptidão para o seu cumprimento.

É crime omissivo, que não se confunde com o abandono de

serviço.

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CRIMES CONTRA O SERVIÇO E O DEVER MILITAR Retenção indevida

Art. 197. Deixar o oficial de restituir, por ocasião da passagem de função, ou quando lhe é exigido, objeto, plano, carta, cifra, código ou documento que lhe haja sido confiado:

Pena - suspensão do exercício do pôsto, de três a seis meses, se o fato não constitui crime mais grave.

Parágrafo único. Se o objeto, plano, carta, cifra, código, ou documento envolve ou constitui segredo relativo à segurança nacional:

Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.

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CRIMES CONTRA O SERVIÇO E O DEVER MILITAR

Crime propriamente militar.

Consumação: no momento em que o oficial deixa de restituir o

objeto material que lhe foi confiado.

É crime de mão própria, ou seja, não basta a condição de militar,

sendo indispensável que o sujeito ativo seja oficial, de qualquer posto.

É crime subsidiário.

Objeto material é o elemento físico sobre o qual recai a conduta,

no caso será: o objeto, plano, carta, cifra, código ou documento

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CRIMES CONTRA O SERVIÇO E O DEVER MILITAR Omissão de eficiência da fôrça

Art. 198. Deixar o comandante de manter a força sob seu comando em estado de eficiência:

Pena - suspensão do exercício do pôsto, de três meses a um ano.

Crime propriamente militar.

Consumação: o crime se consuma no momento em que o comandante deixa de determinar ou providenciar instrução aos seu subordinados a respeito do preparo pessoal ou de determinado material.

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CRIMES CONTRA O SERVIÇO E O DEVER MILITAR Omissão de providências para evitar danos

Art. 199. Deixar o comandante de empregar todos os meios ao seu alcance para evitar perda, destruição ou inutilização de instalações militares, navio, aeronave ou engenho de guerra motomecanizado em perigo:

Pena - reclusão, de dois a oito anos. Modalidade culposa

Parágrafo único. Se a abstenção é culposa: Pena - detenção, de três meses a um ano.

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CRIMES CONTRA O SERVIÇO E O DEVER MILITAR

Crime propriamente militar.

Consumação: o crime se consuma no momento em que o

comandante, diante do evento, deixa de tomar providência apta a impedir ou minorar os danos decorrentes de perigo.

José da Silva LOUREIRO NETO expõe que: “Trata-se de crime

omissivo puro, não se admitindo, portanto, a forma tentada.”

(LOUREIRO NETO, José da Silva. Direito Penal Militar. São Paulo: Atlas, 2010, 5ª edição, p. 159.)

Referências

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