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MINISTÉRIO DAS CIDADES, ADMINISTRAÇÃO LOCAL, HABITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL
COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL - LISBOA E VALE DO TEJO
DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DE MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL DIVISÃO DE MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL
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Elaboração Cristina SoaresLisboa, Dezembro de 2004
ÍNDICE
1. Introdução... 1
2. Localização e caracterização das zonas balneares ... 1
3. Percursos e calendário de amostragem das zonas balneares interiores ... 2
4. Colheitas e análises... 3
5. Parâmetros de amostragem... 3
6. Frequência de amostragem... 4
7. Critérios de classificação... 4
8. Avaliação de conformidade... 5
9. Designações de águas balneares para a Comissão Europeia ... 8
10. Divulgação dos resultados ... 8
11. Considerações finais... 8 Anexo I - Folheto informativo divulgado pelas zonas balneares
1. Introdução
De acordo com o disposto do capítulo IV do decreto-lei n.º 236/98 de 1 de Agosto, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), tem competências, entre outras, no âmbito da monitorização das águas balneares interiores, cabendo-lhe a verificação de conformidade das águas analisadas com as normas de qualidade. Ao Ministério da Saúde fica a responsabilidade de fazer a vigilância sanitária das águas.
Na época balnear de 2004 foram monitorizadas quinze zonas balneares interiores, das quais cinco estão designadas para a Comissão Europeia, encontrando-se as restantes em fase de estudo quanto à sua qualidade.
2. Localização e caracterização das zonas balneares
A figura 1 mostra o mapa com a localização das estações de amostragem das águas balneares monitorizadas no decorrer da época balnear de 2004.
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0 10 20 30 40 50 km LEGENDAS Águas balneares interiores
---- Linhas de água
---- Limites da CCDR/LVT
Os elementos informativos considerados mais relevantes para caracterização das zonas balneares monitorizadas, tais como, código da estação, concelho administrativo, coordenadas militares e número da carta militar 1:25000, são apresentados na tabela 1.
Tabela 1 – Lista das estações de amostragem e respectivos elementos informativos
Nome Código Concelho Coorden. M Coorden. P 1:25MCarta
Alvega 14.01.01 Abrantes 207620 277880 332 Aldeia do Mato 14.01.02 Abrantes 187590 286375 321
Olhos de Água* 14.02.01 Alcanena 150270 275330 328
Patacão 14.04.01 Alpiarça 161350 259360 353 Valada (Praia) 14.06.01 Cartaxo 145820 234950 377
Rio Zezêre 14.08.01 Constância 182150 278520 330 Monte da Barca 14.09.02 Coruche 170370 215730 407 Agolada de Baixo 14.09.01 Coruche 162950 221860 392 Castanheira ou Lago Azul* 14.11.01 Ferreira do Zêzere 191610 300900 300 Doce 14.15.01 Salvaterra de
Magos 142340 231820 377
Lapa 14.17.01 Sardoal 201280 285350 322 Alverangel 14.18.01 Tomar 185510 286730 321 Montes* 14.18.02 Tomar 189740 295780 311
Vila Nova – Serra* 14.18.03 Tomar 188570 289650 321 Agroal* 14.21.01 Tomar/ Ourém 174010 301200 299
QQ* - Águas balneares interiores classificadas para a prática balnear, designadas para a Comissão Europeia.
3. Percursos e calendário de amostragem das zonas balneares
interiores
De modo a perder o mínimo tempo na colheita de amostras, foram considerados três percursos, A, B, e C, para os pontos de amostragem indicados, como se pode ver na tabela 2.
Tabela 2 – Percursos para os pontos de amostragem das zonas balneares interiores
Percurso A Percurso B Percurso C
Castanheira (Lago Azul)* Vila Nova- Serra*
Montes* Alverangel Aldeia do Mato Agroal* Alvega Lapa Rio Zêzere Olhos d’Água* Patacão Agolada de Baixo Monte da Barca Doce Valada
Na tabela 3 pode observar-se o calendário de colheitas para a época balnear de 2004, tendo sido cumprido na totalidade.
Tabela 3 – Datas de amostragem nos percursos considerados
Dias de colheita em 2004
Percursos Maio Junho Julho Agosto Setembro
A 17, 31 14, 28 12, 26 9, 23 6, 20 B 18 1, 15, 29 13, 27 10, 24 7, 21 C 19 2, 16, 30 14, 28 11, 25 8, 22
4. Colheitas e análises
As amostras de água foram colhidas por pessoal afecto à Divisão Sub-Regional de Santarém e as análises de qualidade foram efectuadas pelo laboratório desta CCDR, incluído na Divisão de Laboratórios, a qual faz parte da DSMA.
5. Parâmetros de amostragem
Tabela 4 - Parâmetros utilizados na monitorização das águas balneares e respectivos métodos analíticos
PARÂMETRO UNIDADES MÉTODO ANALÍTICO
Coliformes totais UFC/100ml Filtração por membrana Coliformes fecais UFC /100ml Filtração por membrana Estreptococos fecais
(ou enterococos intestinais) UFC /100ml Filtração por membrana
Óleos minerais - Observação visual
Substâncias tensioactivas - Observação visual
Fenóis - Observação visual
PH Escala de
Sorensen
Electrometria no campo à temperatura da amostra Temperatura do ar ºC Termómetro de mercúrio Temperatura da amostra ºC Electrometria
Aspecto - Observação visual
Transparência m Disco de Secchi
Condutividade (20 ºC) µS/cm Condutimetria no campo a 20º
Oxigénio dissolvido % saturação de oxigénio
Os parâmetros de amostragem monitorizados encontram-se na tabela 4, baseados no anexo XV do decreto-lei n.º 236/98, de 1 de Agosto.
6. Frequência de amostragem
Em Portugal, a época balnear oficial começa a 1 de Junho e termina a 30 de Setembro.
De acordo com o estipulado na legislação vigente, a frequência de amostragem deve ser, no mínimo, quinzenal durante a época balnear, começando 15 dias antes do seu início. Se os resultados de amostragem estiverem bastante abaixo dos valores limite, a frequência de amostragem pode ser mensal.
Com excepção da praia Doce, em Salvaterra de Magos, em que não foi feita uma colheita devido à pouca altura de água, em todas as outras zonas balneares foram colhidas dez amostras. Assim, a frequência mínima quinzenal de amostragem (nove amostras) nesta época balnear foi cumprida.
7. Critérios de classificação
Os parâmetros utilizados na verificação de conformidade foram aqueles que se vêem na tabela 5, conforme estipula a alínea e) do ponto 4 do Despacho n.º 7845/2002 de 16 de Abril.
Tabela 5 - Parâmetros utilizados na monitorização das águas balneares e respectivos limites PARÂMETRO UNIDADES VALOR MÁXIMO ADMISSÍVEL (VMA) VALOR MÁXIMO RECOMENDADO (VMR) Coliformes totais (.../100ml) 10 000 500 Coliformes fecais (.../100ml) 2 000 100 Estreptococos fecais (.../100ml) - 100 Substâncias tensioactivas - Ausência - Fenóis - Ausência -
Óleos minerais - Ausência -
A avaliação de conformidade das águas balneares regeu-se pelo n.º 4 do art.º 52 do Decreto-Lei n.º 236/98 de 1 de Agosto, cujos respectivos valores limites podem ser observados também na tabela 5.
À medida que os resultados analíticos foram sendo disponibilizados ao longo da época balnear, foi sendo feita a classificação do estado de qualidade das águas balneares em boa, aceitável ou má, parâmetro a parâmetro, de acordo com o critério da tabela 6.
Tabela 6 – Critérios de classificação da qualidade das águas balneares, colheita a colheita
Boa +
Se os valores dos coliformes fecais e coliformes totais foram iguais ou inferiores aos VMR e os óleos minerais, substâncias tensioactivas e fenóis estiveram ausentes.
Aceitável +
Se as análises dos coliformes totais e dos coliformes fecais foram inferiores aos VMA mas superiores aos VMR, e os óleos minerais, substâncias tensioactivas e fenóis estiveram ausentes
Má +
Se as análises dos coliformes totais e coliformes fecais, foram superiores aos VMA, ou algum dos óleos minerais, substâncias tensioactivas ou fenóis estiveram presentes
Com o conjunto dos resultados obtidos no final da época balnear procedeu-se à classificação das águas balneares, seguindo-se o critério da tabela 7.
Tabela 7 – Critérios de classificação da qualidade das águas balneares interiores para a totalidade dos resultados
Boa +
Se, na totalidade das 10 amostras, os VMA dos coliformes fecais e coliformes totais não foram ultrapassados e os óleos minerais, substâncias tensioactivas e fenóis estiveram ausentes.
Aceitável +
Se, na totalidade das 10 amostras, os VMA dos coliformes fecais e coliformes totais não foram ultrapassados e em pelo menos 8 das 10 amostras os valores dos coliformes totais e dos coliformes totais foram inferiores aos VMR, e os óleos minerais, substâncias tensioactivas e fenóis estiveram ausentes
Má +
Se, em pelo menos uma da totalidade das amostras foi ultrapassado o VMA dos coliformes fecais e coliformes totais, ou estiveram presentes óleos minerais, substâncias tensioactivas ou fenóis
8. Avaliação de conformidade
Na tabela 8 pode ser visualizada a qualidade das águas balneares interiores, para os parâmetros atrás referenciados.
Por aplicação do critério apresentado na tabela 6, foi elaborada a tabela 9, em que se mostra a avaliação de conformidade para a totalidade das amostras. No caso da praia Doce, em que teve 9 amostras e não 10 no total, o mesmo critério pôde ser aplicado, uma vez que todas as amostras pontuais foram aceitáveis, ficando com classificação final de aceitável.
Tabela 8 – Qualidade pontual das águas balneares interiores para a época balnear de 2004
Concelho Nome estação Parâm. 1ª colheita 2ª colheitaa) 3ª colheita 4ª colheita 5ª colheita 6ª colheita 7ª colheita 8ª colheita 9ª colheita 10ª colheita
CT 1070 8800 10000 200 10000000 450000 270000 12000 13000 68000 CF 350 1500 2800 70 540000 18000 44000 2300 6200 62000 14.01.01 OM P A A A A A A A A A DET A A A A A A A A A A FEN A A A A A A A A A A CT 10 48 540 70 16 60 2100 14 44 31 CF 0 0 0 0 1 15 650 4 2 2 14.01.02 OM A A A A A A A A A A DET A A A A A A A A A A FEN A A A A A A A A A A CT 140 320 370 500 2000 2500 4100 600 2700 3000 CF 25 31 37 80 230 580 430 140 150 180 14.02.01 OM A A A A A A A A A A DET A A A A A A A A A A FEN A A A A A A A A A A CT 5300 2800 5900 2700 88000 9000 7000 14000 15000 26000 CF 310 50 470 120 13000 1900 800 1600 1400 620 14.04.01 OM A A A A A A A A A A DET A A A A A A A A A A FEN A A A A A A A A A A CT 1400 740 800 1400 13000 900 3300 2700 1800 2700 CF 170 68 92 210 9000 300 400 64 200 250 14.06.01 OM A A A A A A A A A P DET A A A A A A A A A A FEN A A A A A A A A A A CT 1800 3700 42000 31000 3000 700 400 4100 2600 5500 CF 100 120 370 3300 120 20 74 140 160 320 14.08.01 OM A A A A A A A A A A DET A A A A A A A A A A FEN A A A A A A A A A A CT 546 120 70 104 78 6500 19000 260 70 40 CF 7 18 20 68 15 910 1300 32 17 10 14.09.01 OM A A A A A A A A P A DET A A A A A A A A A A FEN A A A A A A A A A A CT 5 3 20 43 40 74 180 410 230 11 CF 0 0 4 13 13 21 71 35 27 3 14.09.02 OM A A A A A A A A A A DET A A A A A A A A A A FEN A A A A A A A A A A CT 60 62 860 108 40 70 600 48 6600 170 CF 7 2 0 3 3 5 12 1 570 10 14.11.01 OM A A A A A A A A A A DET A A A A A A A A A A FEN A A A A A A A A A A CT 900 3000 700 Pouca altura 2000 5700 2000 1400 4500 4300 CF 40 52 66 água 1300 106 160 270 390 240 14.15.01 OM A A A A A A A A A A DET A A A A A A A A A A FEN A A A A A A A A A A CT 20000 3800 3600 800 4200 210 1400 200 80 530 CF 7 11 5 13 0 3 70 2 9 46 14.17.01 OM A A A A A A A A A A DET A A A A A A A A A A FEN A A A A A A A A A A CT 80 114 560 110 150 230 70 130 830 40 CF 6 1 2 0 7 24 13 46 80 1 14.18.01 OM A A A A A A A A A A DET A A A A A A A A A A FEN A A A A A A A A A A CT 5 30 980 7 40 74 49 6 80 120 CF 0 15 0 0 1 3 3 0 90 86 14.18.02 OM A A A A A A A A A A DET A A A A A A A A A A FEN A A A A A A A A A A CT 60 126 360 100 500 220 50 80 54 45 CF 0 0 1 0 0 7 0 0 0 0 14.18.03 OM A A A A A A A A A A DET A A A A A A A A A A FEN A A A A A A A A A A CT 50 170 68 130 240 980 200 280 1140 290 CF 0 6 7 7 6 9 22 11 31 6 14.21.01 OM A A A A A A A A A A DET A A A A A A A A A A FEN A A A A A A A A A A Legenda
CT - Coliformes totais (.../100ml) VMR -Valor máximo recomendado Boa CF e CT < VMR e OM, DET e FEN = A CF - Coliformes fecais (.../100ml) VMA - Valor máximo admissível Aceitável VMR < (CF e CT) < VMA e OM, DET e FEN = A OM - Óleos minerais A - Ausência Má CF ou CT > VMA e algum OM, DET e FEN = P DET - Substâncias tensioactivas P - Presença
Lapa Alvega Tomar Tomar Alpiarça Sardoal Aldeia do Mato Abrantes Montes *
Vila Nova - Serra *
MAIO Abrantes Alcanena Doce Cartaxo Constância Coruche Coruche Agroal * Ferreira do Zêzere Monte da Barca Castanheira ou Lago Azul * SETEMBRO AGOSTO JULHO JUNHO
Tomar/ Vila Nova de Ourém Salvaterra de Magos Olhos de Água * Patacão Valada Rio Zezêre Agolada de Baixo Tomar Alverangel
Tabela 9 – Avaliação de conformidade das águas balneares interiores para a época balnear de 2004
Nº amostras
Concelho Código Nome estação Avaliação
Total Boa Aceitável Má conformidade
Abrantes 14.01.01 Alvega 10 1 1 8 M
Abrantes 14.01.02 Aldeia do Mato 10 8 2 0 B
Alcanena 14.02.01 Olhos de Água 10 4 6 0 A
Alpiarça 14.04.01 Patacão 10 0 6 4 M
Cartaxo 14.06.01 Valada 10 0 8 2 M
Constância 14.08.01 Rio Zezêre 10 1 7 2 M
Coruche 14.09.01 Agolada de Baixo 10 6 2 2 M
Coruche 14.09.02 Monte da Barca 10 10 0 0 B
Ferreira do Zêzere 14.11.01 Castanheira ou Lago Azul 10 7 3 0 A Salvaterra de Magos 14.15.01 Doce 9 0 9 0 A Sardoal 14.17.01 Lapa 10 3 6 1 M Tomar 14.18.01 Alverangel 10 8 2 0 B Tomar 14.18.02 Montes 10 9 1 0 B
Tomar 14.18.03 Vila Nova - Serra 10 10 0 0 B
Tomar/ N. Ourém
V. 14.21.01 Agroal 10 8 2 0 B
Legenda: B –boa; A – aceit
da qualidade da água das zonas balneares interiores pode ser
o temporal da classificação das águas balneares interiores
ável; M – má. A evolução temporal vista na tabela 10.
Tabela 10 – Evoluçã
Anos
Concelho Código Nome estação
1999 2000 2001 2002 2003 2004
Abrantes 4.01.011 Alvega A M M M M M
Abrantes 14.01.02 Aldeia do Mato A B
Alcanena 14.02.01 Olhos de Água M M A A b)
A A
Alpiarça 14.04.01 Patacão M M M M M M
Cartaxo 14.06.01 Valada M A A A b) M M
Constância 14.08.01 Rio Zezêre M M A A b)
M M
Coruche 14.09.01 Agolada de Baixo A B M M M M
Coruche 14.09.02 Monte da Barca B B A M A B
Ferreira Zêzer do go e 14.11.01 Castanheira ou La Azul A B B A M A Salvaterra de Magos 14.15.01 Doce A A M M M A Sardoal 14.17.01 Lapa M a) A M M M Tomar 14.18.01 Alverangel B B A B A B Tomar 14.18.02 Montes B A A B A B
Tomar 14.18.03 VilaNova - Serra A B A B A B
Tomar 14.18.04 Casa Nova B B B A A c)
Tomar/V. N.
Ourém 14.21.01 Agroal B B B B
b) A B
L
B –b eitáv
A monitorização não foi efectuada neste ano porque a barragem da Lapa, logo a montante do local, se encontrava ova deixou de ser monitorizada nesta época balnear 2004.
egenda:
oa; A – ac el; M – má. a)
em construção.
b) Foi dada a derrogação no âmbito do n.º 8 do art.º 52 do DL n.º 236/98 de 1 de Agosto. c) Casa N
Em todas as águas balneares designadas para a Comissão Europeia foi verificada a conformidade, sendo 60% de boa qualidade, ou que cumprem os VMR, e 40% com qualidade aceitável, ou que cumprem os VMA.
Para a totalidade das zonas balneares monitorizadas, constata-se que a percentagem de maus resultados é de 40%, de resultados aceitáveis é de 20% e de bons é de 40%.
9. Designações de águas balneares para a Comissão Europeia
Casa Nova, em Tomar. deixou de ser monitorizada em 2004 devido ao número baixo de banhistas, além de não constar como zona balnear no Plano de Ordenamento da Albufeira do Castelo do Bode, que prevê outros locais mais adequados à prática balnear. Desta forma, foi retirada a designação de água balnear classificada para a Comissão Europeia.
No final de 2003 foram designadas para a Comissão Europeia duas novas zonas balneares, Montes, em Tomar, e Olhos de Água, em Alcanena.
Para a próxima época balnear de 2005 espera-se a designação de Alverangel, em Tomar e Aldeia do Mato, em Abrantes.
10. Divulgação
dos
resultados
Todos os resultados analíticos foram divulgados às Autarquias e Serviços de Saúde a que pertencem as zonas balneares, e ao Instituto da Água. Os boletins de análise foram afixados nos locais correspondentes, assim como o folheto informativo que se encontra no Anexo I. A informação existente neste folheto foi retirada e condensada do sítio da Internet. http://www.vivapraia.com, onde também se encontra a informação relativa às zonas balneares designadas.
Em todos os locais monitorizados não designados para a Comissão Europeia foram colocados painéis informativos com a indicação “Desaconselhada a prática balnear”. Nos locais designados foram colocados painéis com a indicação “Água com qualidade compatível com a prática balnear”, ver Anexo I.
11. Considerações
finais
De um modo geral, a monitorização das águas balneares interiores correu conforme planeado.
A qualidade da água, no conjunto dos locais monitorizados, não sofreu grandes alterações relativamente ao ano anterior.
No próximo ano pretende-se acelerar o processo de divulgação dos resultados analíticos às zonas balneares, pois por vezes não eram colocados tão rapidamente como deveriam.
Anexo I
Entende-se como águas balneares todas as águas interiores, correntes e paradas, águas de transição (estuarinas) e águas costeiras que:
Sejam autorizadas para uso de banhos pelas entidades competentes e activamente promovidas a nível local, regional, nacional ou internacional (ou que se pretenda que o venham a ser de futuro) e/ou;
Não sendo áreas proibidas, sejam regularmente utilizadas para banhos por um número considerável de banhistas locais e/ou visitantes.
As zonas balneares são os locais definidos/assinalados em águas balneares onde, em média, durante a época balnear, se encontre a maioria dos banhistas.
De acordo com estes pressupostos, qualquer local onde se verifique uma afluência significativa de utentes é passível de ser considerado como zona balnear e passar a ser objecto de análises periódicas que verifiquem a qualidade da sua água de acordo com a legislação vigente.
Deste modo, o processo de designação de novas zonas balneares, é da competência dos órgãos de poder local que de acordo com os seus planos de desenvolvimento municipais, formalizem o pedido de classificação para a prática balnear de determinado local junto das Direcções Regionais de Ambiente e Ordenamento do Território.
Locais onde existe um número considerável de banhistas, mas cuja qualidade para a prática de banhos, ou não é conhecida ou apresenta qualquer tipo de condicionante que impeça a sua classificação como zona
balnear.
Quando a qualidade não é conhecida, a praia apresenta afixado em local visível um painel desaconselhando a prática de banhos naquelas águas. Nas praias costeiras, o painel identifica o local como zona de recreio e lazer e nas praias interiores, o local é identificado como zona ribeirinha de recreio e lazer
Actuam na área da gestão da água diversas entidades nas várias fases do processo de monitorização, sendo o INAG o organismo centralizador da informação sobre a qualidade desta. Este é um processo de conjunção de esforços destas entidades, tendo em vista a diminuição do risco de ocorrência de problemas ambientais mas sobretudo de saúde pública.
De acordo com a legislação em vigor, a frequência de amostragem, a começar 15 dias antes da época balnear, é a seguinte:
Análises quinzenais durante a época balnear, para as águas balneares que não apresentem variações significativas de qualidade. No caso das águas balneares terem revelado qualidade boa pelo menos nas duas épocas imediatamente anteriores, a frequência pode ser mensal;
Quando se verifique variações sistemáticas de qualidade, a análise realizada passa a ter uma frequência semanal.
A classificação é feita com base nos seguintes parâmetros:
PARÂMETRO VALOR MÁXIMO RECOMENDADO (VMR) VALOR MÁXIMO ADMISSÍVEL (VMA) Coliformes totais /100ml 500 10 000 Coliformes fecais /100ml 100 2 000
Óleos minerais mg/l Menos de 0,3 Ausência de manchas ou cheiro Substâncias
tensioactivas mg/l Menos de 0,3 Ausência de espuma persistente Fenóis mg/l Menos de 0,005 Ausência de cheiro específico Os dois primeiros são indicadores de contaminação de origem fecal, os três últimos indicam presença de contaminante de origem físico-química.
Para além destes parâmetros, realizam-se em complemento análises a outros:
- Microbiológicos – Estreptococos fecais /100 ml;; Salmonelas /litro – A salmonela já não influencia a classificação, no entanto, sempre que a sua pesquisa se revele positiva este facto é assinalado juntamente com a classificação da zona balnear.
- Físico - químicos – PH;
- Avaliação estética - resíduos flutuantes, cor; transparência (ou turvação). Encontram-se definidos valores - limite para os diferentes parâmetros analisados:
Valores Máximos Recomendados (V.M.R.) – Valores guia (G), valor de norma de qualidade que, de preferência, deve ser respeitado ou não excedido. Valores Máximos Admissíveis (V.M.A.) – Valores imperativos (I), valor de norma da qualidade que não deverá ser excedido.
Em termos de divulgação dos resultados é utilizada a seguinte terminologia:
Boa – Águas conformes com os valores guia para os parâmetros coliformes
totais e coliformes fecais, corresponde à classificação C(G).
Aceitável – Águas conformes com os valores imperativos para os
parâmetros coliformes totais, coliformes fecais, óleos minerais, substâncias tensioactivas e fenóis, corresponde à classificação C(I).
Má – Águas não conformes com os valores imperativos para pelo menos
um dos parâmetros coliformes totais, coliformes fecais, óleos minerais, substâncias tensioactivas e fenóis, corresponde à classificação NC. Todas as zonas balneares em
conformidade com a legislação em vigor, terão no início da época balnear um painel com a indicação: “Água com qualidade compatível com a prática balnear”.
Se uma zona, durante a época balnear, apresentar degradação da qualidade por uma
contaminação acidental, evidenciada por um ou mais resultados de classificação Má, esta será temporariamente encerrada através da afixação no local de painéis, alertando para a inaptidão temporária para banhos, até que a água em questão recupere a qualidade compatível com a actividade balnear. A interdição é obrigatoriamente estabelecida pela Autoridade de Saúde local, sempre que possa existir risco para a saúde pública.
As zonas balneares litorais e interiores que nos últimos anos apresentaram má qualidade devido a problemas de contaminação crónica de difícil ou demorada resolução, terão um painel afixado no local com a indicação "Desaconselhada a prática balnear". Este painel permanecerá na zona balnear enquanto o plano de acção estabelecido para a melhoria da qualidade das águas não estiver funcional.
Condensado do site da internet realizado pelo Instituto da Água (INAG): http://WWW.vivapraia.com por Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo
Direcção de Serviços deMonitorização Ambiental Divisão de Monitorização Ambiental
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