D A C A A er o n av e
Introdução ao Avião
e
Disciplinas de Projecto
Introdução ao Avião
e
Disciplinas de Projecto
D A C A A er o n av e
1. Estabilidade e Controlo
1.
Estabilidade e Controlo
D A C A A er o n av e
1.1 Equilíbrio
1.1
Equilíbrio
C.G. Mx x y z My Mz Fx Fz FyVamos supor que o nosso avião se encontra numa condição de equilíbrio em voo nivelado. Nesse caso podemos considerar que a força aerodinâmica
resultante, soma de todas as contribuições (da asa, da fuselagem, etc.), se
encontra aplicada no centro de gravidade. Só assim é que não temos qualquer momento resultante, que mude a atitude do avião.
Para existir equilíbrio, os momentos e forças resultantes segundo os eixos da aeronave devem ser nulos.
D A C A A er o n av e
• Equilíbrio estável
Chamamos equilíbrio estável ao caso em que há um ponto de
equilíbrio e se dele sairmos, por algum motivo, regressarmos
sempre a essa condição. Por exemplo, uma esfera no interior
dum cálice volta sempre para o fundo.
Figura - Esfera em equilíbrio estável no interior dum cálice
1.2 Estabilidade
D A C A A er o n av e
• Equilíbrio indiferente
O equilíbrio é indiferente quando conseguimos, apenas, manter o ponto de equilíbrio, não conseguindo retornar a ele. Por exemplo, uma esfera sobre um plano horizontal.
Figura -
Esfera em equilíbrio sobre um plano horizontal1.2 Estabilidade
D A C A A er o n av e
• Equilíbrio instável
Se conseguirmos equilibrar uma pequena esfera no topo de
uma bola, ela cairá à primeira perturbação. Neste caso
dizemos que a esfera estava em equilíbrio instável.
Figura - Esfera em equilíbrio instável sobre outra esfera
1.2 Estabilidade
D A C A A er o n av e C.G.
1.2.1Estabilidade longitudinal
A estabilidade longitudinal diz respeito ao movimento em torno do eixo transversal. A este movimento, como vimos, chamamos arfagem. Quando o nariz do avião está em cima, com o eixo longitudinal inclinado acima da horizontal, dizemos que o avião está cabrado; quando o nariz está em baixo, dizemos que está picado.
Figura - Movimentos em torno do eixo transversal
1.2 Estabilidade
D A C A A er o n av e
Para existir estabilidade estática longitudinal, se surgir uma perturbação que levante o nariz, então, o resultado será um momento de nariz em baixo que
tenderá a restabelecer o equilíbrio.
1.2 Estabilidade
1.2
Estabilidade
No entanto, se o centro de gravidade estivesse colocado atrás do centro de pressão da asa*, o aumento da sustentação na asa provocaria um
momento de cabrada que tenderia a aumentar o efeito da perturbação. O momento estabilizador gerado pela empenagem horizontal terá de ser sempre maior que o momento desestabilizador gerado pela asa, para posições do C.G. recuadas. Isto limita a posição mais recuada do C.G..
1.2.1Estabilidade longitudinal(2)
D A C A A er o n av e
Figura – Estabilidade longitudinal
1.2 Estabilidade
1.2
Estabilidade
C.G. L W perturbação ∆ ∆∆ ∆L L' M‘H1.2.1Estabilidade longitudinal(3)
D A C A A er o n av e
Figura – Estabilidade longitudinalcom CG recuado
1.2 Estabilidade
1.2
Estabilidade
C.G. L W perturbação L' M‘H LH L’H M‘a1.2.1Estabilidade longitudinal(4)
D A C A A er o n av e
1.2.1Estabilidade longitudinal(5)
Figura – Estabilidade longitudinal com CG adiantado
1.2 Estabilidade
1.2
Estabilidade
C.G. L W perturbação L' M‘H LH L’H M‘aD A C A A er o n av e
Margem de estabilidade
A margem de estabilidade é, por definição, a distância em percentagem da corda média geométrica entre a posição actual do centro de gravidade e a posição mais recuada em que poderíamos colocar o CG sem que o avião se tornasse estaticamente instável (posição recuada do CG para a qual o equilíbrio em torno do eixo transversal seria estaticamente indiferente).
1.2 Estabilidade
1.2
Estabilidade
1.2.1Estabilidade longitudinal(6)
Este ponto de CG mais recuado coincide com o que podemos chamar de centro aerodinâmico do avião (já sabemos que o centro aerodinâmico dum perfil é o ponto em torno do qual o momento aerodinâmico se mantém aproximadamente constante indiferentemente do ângulo de ataque).
Normalmente, a margem de estabilidade tem um valor superior a 10%. Emalguns casos, por exemplo: nos aviões de acrobacia, a margem de estabilidade pode ser reduzida.
D A C A A er o n av e
Para determinarmos a posição do centro aerodinâmico do avião partimos da equação do equilíbrio, para o momento resultante em torno do eixo transversal, nulo. Mas temos que determinar a posição do CG para a qual a variação deste momento resultante com o ângulo de ataque do modelo seria nula. Vejamos,
1.2 Estabilidade
1.2
Estabilidade
1.2.1Estabilidade longitudinal -
Margem de estabilidade
Figura – Grandezas para determinar o centro aerodinâmico do avião
CH/4 C.G. C C/4 CH xcg lH M0 Lw LH
D A C A A er o n av e
Da figura tira-se para o momento resultante em torno do eixo transversal,
− − − − + = 4 4 0 c X l L c X L M M w cg H H cg
ou em forma de coeficiente, com,
0 0 qScCm M = ; Lw = qSCLw ; LH = qSH CLH temos − − − − + = 4 4 0 c X l C qS c X qSC C c qS C c qS m m Lw cg H LH H cg
Substituindo por , por e por : c 4 h0c
x
cgh
⋅
c
(
0)
[
h(
h h0)
]
S S C h h C C Cm = mo + Lw − − LH H H − −1.2.1Estabilidade longitudinal -
Margem de estabilidade
(1) 2 2 1 V q = ρ H
l
hH cD A C A A er o n av e
1.2.1Estabilidade longitudinal -
Margem de estabilidade
igualando o coeficiente de momento a zero e resolvendo em ordem a CLH
(
SH S)
,
temos(
)
(
0)
0 0 h h h h h C C S S C C H La m H LH LH − − − + = = ′onde
(
h
−
h
0)
c
é a distância do CG atrás dec
4
Para um perfil simétrico Cm0 ≈ 0Nesse caso, a equação (2) fica
(
)
(
h h)
c l c h h C C H Lw LH 0 0 − − − = ′ (2) (3)D A C A A er o n av e
1.2.1Estabilidade longitudinal -
Margem de estabilidade
Sabendo que o ângulo de ataque na E.H. é dado por
H H
i
d
d
1
+
−
=
α
ε
α
α
Usando as equações (1) e (5), ficamos com a seguinte expressão para o coeficiente de momento em torno do CG
(
0)
[
(
0)
]
01
h
h
h
S
S
d
d
a
h
h
a
C
C
m m H
H H−
−
−
−
−
+
=
α
ε
α
α
(4) (5) e que,α
a
C
L=
(6)D A C A A er o n av e
1.2.1Estabilidade longitudinal -
Margem de estabilidade
ε pode ser estimado por:
eAR a k d d π α ε = eAR C k L π ε = e : 1<k<2
k=1 com a empenagem horizontal na proximidade da asa e 2 se estiver a grande distância. Assumir k=1,5 se este valor não for determinado de outro modo.
D A C A A er o n av e
1.2.1Estabilidade longitudinal -
Margem de estabilidade
A posição do ponto neutro obtém-se derivando a equação (6) em ordem ao ângulo de ataque,
(
)
(
)
− − − − − = H H 0 H 0 m h h c l S S d d 1 a h h a d dC α ε α(
)
(
h h)
0 S S d d 1 a c l S S d d 1 a h h a 0 H H H H H − 0 = − + − − −α
ε
α
ε
Resolvendo em ordem a h obtém-se
S
S
d
d
a
a
h
S
S
d
d
a
h
h
H H H H H ca
−
+
−
+
=
α
ε
α
ε
1
1
0Sendo hn, a distância, adimensionalizada pela corda, do centro aerodinâmico do avião a partir do bordo de ataque na posição da corda média da asa
e igualando a zero, ficando:
D A C A A er o n av e C.G.
1.2.1Estabilidade longitudinal -
dinâmica
Até agora tratámos apenas da estabilidade estática longitudinal, ou seja,
equilíbrio. Na prática, qualquer perturbação resulta num movimento para mudar de posição, e a resposta, ou o percurso percorrido para chegar novamente ao equilíbrio caracteriza-se , normalmente, por alguma oscilação, de amplitude decrescente.
Figura - Movimentos dinâmicos de oscilação
1.2 Estabilidade
D A C A A er o n av e C.G.
1.2.2 Estabilidade longitudinal dinâmica
Modo de período curto
A resposta no modo de período curto corresponde a uma oscilação no ângulo de ataque e caracteriza-se pela sua rapidez. Em geral, este modo não é problemático, ou seja, quando existe uma margem de estabilidade estática superior a 10%, o modo de período curto
mostra-se estável e as oscilações desaparecem rapidamente, sendo até difícil apercebermo-nos delas.
Figura - Movimentos dinâmicos de oscilação em torno do CG alterando o ângulo de ataque
1.2 Estabilidade
D A C A A er o n av e
1.2.2 Estabilidade longitudinal dinâmica
Modo de período longo
O modo de período longo é o movimento que normalmente nos apercebemos que existe quando jogamos um modelo numa atitude cabrada e ele sobe e pica e repete o ciclo.
Também nos apercebemos, se o modelo tiver com o cg muito recuado (reduzida margem de estabilidade), que este movimento de cabrar e picar acentua-se, estando o modelo, neste caso, dinamicamente instável no modo período longo. Este movimento também se chama de fugóide, consistindo numa série de oscilações na velocidade de voo acompanhadas por subidas e descidas. Para que o modelo seja considerado estável, a amplitude das oscilações deve diminuir até estabelecermos a nova velocidade de equilíbrio.
Figura - Movimentos dinâmicos de oscilação do CG alterando o ângulo de ataque, a velocidade
1.2 Estabilidade
1.2
Estabilidade
D A C A A er o n av e
1.2.2 Estabilidade longitudinal dinâmica
1.2 Estabilidade
1.2
Estabilidade
D A C A A er o n av e
1.2.2 Estabilidade latero-direccional
A estabilidade em torno dos eixos vertical - movimento de direcção, e longitudinal - movimento de rolamento, aparece sempre como uma só. Isto porque assim que surge uma perturbação num dos movimentos, surgirá uma resposta com movimentos dos dois tipos. Vejamos, o ângulo entre o eixo longitudinal e a linha de voo é o ângulo de guinada, e sempre que existe um ângulo de guinada diferente de zero, então existirá uma componente de velocidade do vento relativo na direcção do eixo transversal - uma derrapagem.
1.2 Estabilidade
1.2
Estabilidade
V x y derrapagem guinadaD A C A A er o n av
e
Estabilidade estática direccional
A estabilidade relativamente à mudança de direcção, com o
aparecimento dum ângulo de guinada, vai ser garantida
pela empenagem vertical, actuando de forma análoga à
empenagem horizontal, no movimento de arfagem.
1.2 Estabilidade
1.2
Estabilidade
Tal como em relação à estabilidade longitudinal, podemos
começar a análise sem considerar a velocidade do
movimento, no desequilíbrio. Aqui, a vantagem adicional,
é que podemos desacoplar o movimento de guinada do
movimento de rolamento.
D A C A A er o n av e Efeito de diedro
O efeito de diedro, conforme a figura seguinte, gera uma assimetria na sustentação entre as duas asas sempre que existe uma componente de velocidade de derrapagem. Esta assimetria resulta num momento em torno do eixo longitudinal que tende a fazer o avião rolar no sentido de contrariar a derrapagem.
1.2 Estabilidade
1.2
Estabilidade
1.2.2 Estabilidade latero-direccional(3)
z y ∆α derrapagem L+∆L L-∆LNão é só o ângulo de diedro das asas que contribui para o efeito de diedro. Na prática, a asa alta, o enflechamento da asa, a enpenagem vertical estar acima do eixo longitudinal e a empenagem em V contribuem positivamente para o efeito de diedro.
D A C A A er o n av e
Enflechamento
1.2 Estabilidade
1.2
Estabilidade
1.2.2 Estabilidade latero-direccional(4)
V V D+∆D D-∆DD A C A A er o n av e
Enflechamento
O enflechamento é uma forma de aumentar a estabilidade estática, seja direccional (como na figura abaixo), seja lateral (pois a assimetria no arrasto da asas é acompanhada por uma assimetria na sustentação).
1.2 Estabilidade
1.2
Estabilidade
1.2.2 Estabilidade latero-direccional(5)
Uma vantagem do enflechamento é que confere um aumento de estabilidade estática lateral, tanto em voo normal, como em voo invertido (ao contrário do diedro, que aumenta a estabilidade em voo normal mas piora em voo invertido). Por isso, vemos muitos aeromodelos de acrobacia com asas enflechadas.
A utilização do enflechamento permite a concepção de asas voadoras ao dispensar a empenagem vertical.
D A C A A er o n av e
Dinâmica
Em relação à estabilidade dinâmica latero-direccional, é
importante saber que ela não existirá sem que haja
estabilidade estática lateral e direccional. No entanto, um
avião estaticamente estável lateral, e direccionalmente, pode
não ter estabilidade dinâmica. Tal acontece sempre que existe
uma desproporção entre estes dois tipos de estabilidade
estática. Se a estabilidade estática direccional prevalecer
(empenagem vertical desproporcionalmente grande), o
modelo entrará progressivamente num mergulho em espiral,
afastando-se da condição de equilíbrio. Se a estabilidade
estática lateral for em demasia (demasiado ângulo de diedro),
então, o avião oscilará cada vez mais vigorosamente num
movimento conjunto de rolamento e guinada, a que chamamos
Dutch Roll.
1.2 Estabilidade
1.2
Estabilidade
D A C A A er o n av e
Dinâmica
1.2 Estabilidade
1.2
Estabilidade
1.2.2 Estabilidade latero-direccional
D A C A A er o n av e
Para exercermos o controlo sobre o avião temos que tornar não nulo, e para a direcção desejada, a força ou momento que nos permite executar a manobra
1.3 Controlo
1.3
Controlo
Por exemplo, se quisermos fazer uma volta para a esquerda temos que tornar Mx negativo, quanto maior o seu módulo, mais rapidamente rolamos, quando chegamos ao ângulo de pranchamento desejado devemos accionar novamente o comando de ailerons para tornar positivo Mx anulando a velocidade de rolamento para a esquerda, agora é necessário mudar a deflexão de ailerons para que Mx se anule passando a nossa posição de equilíbrio a ser esta condição de volta à esquerda.
D A C A A er o n av e
1.3. Controlo
1.3.
Controlo
C.G. Mx x y z My Mz Fx Fz FyD A C A A er o n av e
Note-se que quando maior for a estabilidade estática do modelo,
tanto maiores terão que ser os momentos de comando, ou seja,
para mudarmos de ponto de equilíbrio, vamos ter que introduzir
através dos lemes, uma perturbação maior, e mudar a configuração
do modelo, mantendo a deflexão necessária para que possamos
voar na atitude que desejamos. Isto obriga a que um avião mais
estável necessite de lemes maiores, para além dos maiores
estabilizadores, e, por isso, não atinja o mesmo desempenho.
1.3 Controlo
D A C A A er o n av e
–
Volumes de cauda e de comandos
Os momentos de equilíbrio, de estabilidade e de
controlo, que são gerados pela empenagem vertical
ou horizontal, são proporcionais às forças geradas por
estas e aos braços até ao CG. Como as forças são
proporcionais às áreas das empenagens, então, o
momento gerado por uma superfície é proporcional à
sua área e à sua distância relativamente ao cg. Ao
produto da área pela distância ao cg chamamos
volume da empenagem.
1.4 Volumes de cauda
D A C A A er o n av e CH/4 C.G. C C/4 CH lcg lH SV b V
1.4 Volumes de cauda
1.4
Volumes de cauda
D A C A A er o n av e b/2 bH/2 SH/2 C.G. CV CV/4 lH S/2
1.4 Volumes de cauda
1.4
Volumes de cauda
D A C A A er o n av e
– Volumes de cauda e de comandos
Definimos o volume de empenagem horizontal como,
ou seja,
Definimos o volume de empenagem vertical como,
ou seja,
Os comandos também têm volumes que, neste caso, são volumes
de controlo e são definidos como sendo a área da superfície de
controlo multiplicada pela distância do seu centro de pressão ao
cg do avião.
H H Hl
S
V
=
H H H Hl
b
c
V
=
V V Vl
S
V
=
V V V Vl
b
c
V
=
1.4 Volumes de cauda
1.4
Volumes de cauda
D A C A A er o n av e
–
Coeficientes de volume
•
Para efeitos de projecto, convém ter grandezas indiferentes à
dimensão do nosso avião. Por isso definimos os coeficientes
de volume, como forma de adimensionalizar os volumes de
cauda que acabámos de ver. Para adimensionalizar, vamos
dividir os volumes de cauda por uma grandeza com a mesma
dimensão, (comprimento ao cubo, neste caso) e unidade (m
3),
que seja conveniente.
•
Na prática verifica-se que, independentemente do avião, e da
sua escala, o volume da
empenagem horizontal
é
aproximadamente
proporcional
ao produto da área alar pela
corda média geométrica
. Da mesma forma, o volume de
empenagem vertical
é aproximadamente
proporcional
ao
produto da área da asa pela sua
envergadura
.
1.4 Volumes de cauda
D A C A A er o n av e
–
Coeficientes de volume
•
Empenagem Horizontal
•
Empenagem Vertical
c
S
S
l
V
H=
H HSb
S
l
V
V=
V V1.4 Volumes de cauda
1.4
Volumes de cauda
D A C A A er o n av e
Como foi visto anteriormente a função da E.V. é proporcionar estabilidade direccional. Para tal é necessário que esta tenha um
determinado volume relativo. Assim, na forma adimensional, existem valores típicos para os coeficientes de volume para diferentes tipos de aeronave (ver tabela). Estes valores são orientadores – cada aeronave específica terá de ser testada para os valores usados.
1.4 Volumes de cauda
D A C A A er o n av e
• Exitem várias contribuições para o efeito de diedro para
além do ângulo de diedro da asa. Como foi explicado nos princípios básicos o efeito de diedro proporciona estabilidade lateral. O efeito de diedro total é tipicamente equivalente a 3 º de diedro da asa. Com as contribuições dos vários componentes resumidas na tabela 5.2 podemos determinar qual o ângulo de diedro a dar à asa.
1.5
Efeito de diedro
D A C A A er o n av e