Segurança na Condução - Equipamentos
ACT – Lisboa,19 de Novembro de 2015
Sistemas de Segurança nos Veículos
Boas práticas a adotar
Sumário
-
Segurança ativa e passiva
- Equipamentos de segurança e boas práticas
Segurança Ativa e Passiva
Homologação Europeia de Veículos (WVTA): Para que um veículo possa
circular no Espaço Europeu deve dispor deste tipo de homologação.
Um dos pilares essenciais da homologação europeia é a garantia da segurança dos ocupantes do veículo e dos restantes utentes da via; outros veículos e peões.
As questões da segurança podem ser subdivididas em: Ativa - que visa evitar a ocorrência do acidente;
Ex: (sistemas de travagem ABS; sistema de travagem de emergência aviso de afastamento da faixa de rodagem etc.)
Passiva - que visa minorar as consequências de um acidente; Ex: (airbags, cintos de segurança, encostos de cabeça etc.
Equipamentos de Segurança – Posição de Condução
Posicionamento do Condutor
1 – Ajustar o assento em altura de forma ter uma visão
completa da estrada (manter no entanto algum afastamento da cabeça relativamente ao tejadilho);
2 - Ajustar o assento longitudinalmente
de forma a conseguir atuar facilmente os pedais;
3 – Rodar a base do assento de forma a
evitar a pressão inferior sobre os joelhos;
4 – Ajustar as costas do assento de forma a
conseguir um acompanhamento total das costas até à altura do ombro;
Equipamentos de Segurança – Posição de Condução
Posicionamento do Condutor (cont.)
5 – Ajustar o apoio lombar de forma a ficar
confortável sem pontos de pressão ou espaços vazios distribuindo assim uniformemente a pressão exercida pelo assento nas costas;
6 – Ajustar o volante para trás e para baixo
de forma a alcancá-lo facilmente.
7 – Regular o retrovisor central e os laterais de forma
a que a sua utilização seja feita na posição
normal de condução sem provocar um esforço excessivo no pescoço ou na parte superior do tronco.
Equipamentos de Segurança – Posição de Condução
É recomendado que o volante seja seguro com as duas mãos na posição “um quarto para as três” ou “dez para as duas”. Isto permite um bom controlo e, no caso de um acidente se o veículo tiver airbag a sua insuflação não será obstruída pelos braços do condutor. O condutor nunca deve rodar a direção só com a palma da mão ou apenas com um dedo pois assim não terá o controlo total do veículo.
Manobra do volante
Os veículos pesados, como os autocarros, ou os conjuntos veículo pesado e reboque, requerem uma condução mais cuidada. A realização de uma viragem nestes veículos de maiores dimensões pode requerer que o volante seja rodado diversas vezes para se completer uma viragem à esquerda ou à direita.
Equipamentos de Segurança – Encosto de cabeça
Ao contrário daquilo que muito pensam ser – um dispositivo estético e de conforto – é na realidade um elemento de segurança de grande importância, pois, evita o chamado “golpe de coelho” ou seja o rápido e amplo movimento da cabeça relativamente ao tronco que poderá ocorrer aquando de uma colisão traseira e/ou lateral. O “golpe de coelho” continua a ser um dos fatores geradores de lesão cervical ou lombar (que pode ser mortal).
Cuidados a ter: Regular corretamente o afastamento
e a altura do encosto de forma a minimizar o percurso da cabeça para a retaguarda.
Equipamentos de Segurança – Cintos de Segurança
São um dispositivo de segurança passiva e tem
como principais objetivos:
Evitar a projeção dos ocupantes para o exterior;
O cinto de segurança proporciona ainda, em caso de
embate, a “defesa” do corpo humano contra qualquer embate numa superfície do interior da carroçaria, por exemplo, volante e/ou tablier, diminuindo o risco de lesões graves ou mesmo evitando a morte dos ocupantes do veículo.
Equipamentos de Segurança – Cintos de Segurança
Boas práticas:
Usar sempre o cinto de segurança
Colocar o cinto antes de iniciar a marcha
O condutor deve encontrar-se a uma distância mínima do volante de foram a evitar ou minorar o impacto com
este em caso de acidente e deixar espaço livre para o airbag.
Utilizar o cinto de forma a passar pelo peito e pela parte inferior da anca – Estas são as áreas do corpo mais aptas para resistir à força de um impacto.
Equipamentos de Segurança – Cintos de Segurança
A não fazer:
Usar qualquer parte do cinto dobrada ou torcida, um cinto nestas condições não vai distribuir a força de um acidente através de seu corpo de forma a protegê-lo corretamente;
Colocar a alça do cinto sob o braço ou atrás das costas.
Equipamentos de Segurança – Airbags
O airbag é um dispositivo de proteção dos condutores e ocupantes do veículo cuja eficácia, nomeadamente no caso de acidentes violentos já foi largamente comprovada.
A sua eficácia resulta do facto do impacto provocado pela colisão ser reduzido pois é realizado contra uma superfície
relativamente macia e com uma grande área o que permite uma distribuição da força e consequentemente uma redução dos danos provocados.
No entanto o airbag só é completamente eficiente se o cinto de segurança estiver corretamente colocado.
Equipamentos de Segurança – Airbags
São um dispositivo de segurança complementar ao cinto de segurança: Assim, no caso de um acidente de um veículo em que os airbags são atuados, se o ocupante mas não tem o cinto de segurança fechado, é possível que possa entrar em contacto com o airbag antes de este ser totalmente insuflado. O mesmo pode acontecer no caso de o condutor se sentar muito perto do volante. Embora a velocidade de enchimento do Airbag seja de cerca de 300 km/h. Se o ocupante do veículo entra em contacto com a almofada de ar antes que ela esteja seja totalmente cheia existe um risco real de o ocupante do veículo sofrer ferimentos graves.
Airbag frontal Volvo
Equipamentos de Segurança – Airbags
O AIR-BAG FRONTAL SÓ DEVE DISPARAR EM COLISÕES FRONTAIS DE
MÉDIA A ALTA INTENSIDADES,
NÃO DEVENDO DISPARAR EM CASO DE:
IMPACTOS FRONTAIS DE BAIXA INTENSIDADE (minimizar custo de reparação) IMPACTOS LATERAIS IMPACTOS TRASEIROS
Equipamentos de Segurança – Pneumáticos
Sendo o único ponto do veículo em contacto com o solo são
essenciais para a segurança do veículo.
Cuidados a ter com os pneus:
1. Pressão
A baixa pressão (devido ao aumento da flexão do pneu e aumento da temperatura) e a alta pressão devido à redução da área de contacto provocam ambas um maior desgaste. Verificar a pressão dos pneus a cada 14 dias com os pneus frios e ajustá-la se necessário.
2. Profundidade do piso
Recomenda-se a substituição dos pneus quando estes atingirem uma profundidade de 3 mm. A profundidade mínima exigida por lei é 1,6 mm. Com uma profundidade de piso reduzida, as distâncias de travagem aumentam bastante, principalmente em estradas com piso molhado.
Equipamentos de Segurança – Pneumáticos
Cuidados a ter com os pneus (continuação):
3. Estilo da condução – Evitar a abordagem agressiva das curvas, as travagens
bruscas bem como a alta velocidade pois aumenta a temperatura dos pneus e consequentemente o seu desgaste.
4. Alinhamento – Se o alinhamento das rodas for incorreto e se houver
desgaste excessivo nos componentes da suspensão, como as molas e amortecedores vão-se desgastar rapidamente e de forma desigual
5. Vida útil
Recomenda‐se a substituição de todos os pneus (incluindo o pneu sobresselente) com mais de 10 anos, por pneus novos.
Equipamentos de Segurança – Outros sistemas
Sistema de aviso de afastamento da faixa de rodagem (Lane Departure
Warning System – LDWS).
Sistema obrigatório nos novos veículos pesados a partir de 1-11-2015 Objetivo: avisar o condutor quando o veículo se afasta inopinadamente da sua trajetória normal (ex. se aproxima continuadamente da berma). Em caso de afastamento emite um sinal sonoro ou visual ou ambos.
Equipamentos de Segurança – Outros sistemas
Sistema de travagem de emergência (Advanced Emergency Braking System - AEBS).
Sistema obrigatório nos veículos pesados matriculados a partir de 1-11-2015. Objetivo: travar o veículo de forma automática quando este se aproxima de um obstáculo e o embate é iminente.
Em caso de emergência é emitido um aviso visual ou sonoro ou ambos e se o condutor não reage o veículo é progressiva e automaticamente travado.
Equipamentos de Segurança – Outros sistemas
Sistema de deteção de objetos no ângulo
morto de visão (Blind Spot Detection – BSD)
o Objetivo: avisar o condutor quando um outro veículo se posiciona no ângulo morto de visão. o Conceito: Quando um veículo nos ultrapassa
existe sempre uma zona em que o condutor não o visualiza esta situação é particularmente premente em veículos pesados. Pode ser crítico quando se muda de faixa de rodagem.
o Funcionamento: Este sistema usa radares montados na parte lateral da cabina permitindo monitorizar a zona morta e detetar a existência de objetos relevantes. Caso sejam detetados o sistema avisa o condutor permitindo-lhe assim, efetuar uma condução mais segura.