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JORNAL DA EREBAS. Editorial. Quem foi Vergílio Ferreira? Lançamento do JORNAL DA EREBAS!

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Academic year: 2021

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JORNAL DA EREBAS

(Escola de Referência para a Educação Bilingue de Alunos Surdos)

V O L U M E 1 , E D I Ç Ã O 1 I 6 D E Z E M B R O 2 0 1 5 Trimestral

JORNAL DA EREBAS

Escola Secundária Vergílio Ferreira

www.aevf.pt

E-mail: cristina.miranda@aevf.pt

Publicação: Professora de LGP Cristina Miranda.

Professoras da Equipa: Helena de Freitas, Paula Duarte e Ma-ria Manuel Salgado.

Interpretes de LGP: Sónia Ra-mos e Cátia Silva.

Alunos surdos: 10º 13ª e 11º.6ª

Editorial Pág. 1 História dos Surdos

Pág. 3 Dia Nacional de LGP

Pág.4

Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

Pág. 4

Atelier de Língua Gestual Portu-guesa Pág. 5 A despedida Pág. 7 Passatempos Pág. 8

Editorial

Lançamento do JORNAL DA EREBAS!

No ano letivo em que se publica pela 1ª vez o jornal da EREBAS, a equipa deseja expressar o seu agradecimento à nossa diretora, Dr.ª Maria Ger-trudes Coutinho, pela sua simpatia e disponibilidade na autorização do lançamento do nosso jornal, e aos docentes e seus alunos surdos pela preciosa colaboração que nos têm dado, permitindo assim, a publicação deste jornal. Renovamos a nossa gratidão a toda comunidade educativa pelo entusiasmo manifestado.

Quem foi Vergílio Ferreira?

Vergílio Ferreira, professor e escritor português de relevo nacional, nasceu na Beira Alta, na aldeia de Melo, do concelho de Gouveia, no dia 18 de janeiro de 1916 e morreu no dia 1 de março de 1996 em Lis-boa.

A sua vasta obra encontra-se dividida em livros de ficção, ensaio e diário e o seu nome está associado ao prémio Vergílio Ferreira, que homenageia não só o autor que lhe dá o nome como também todos os autores de língua portuguesa que apresentam uma obra relevante no domínio da narrativa ou do ensaio.

De toda a sua obra, destacamos o romance “Manhã Submersa” que se tornou mundialmente conhecido e que em 1980 foi adaptado para o cinema pelo realizador Lauro António. Neste filme, o próprio autor interpreta um dos principais papéis, o de reitor do seminário.

Em 1992 foi eleito para a Academia das Ciências de Lisboa e recebeu o Prémio Camões, o mais importante prémio literário dos países de lín-gua portuguesa.

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O primeiro Instituto de Surdos-Mudos e Cegos foi fundado a 20 de Abril de 1823, por decisão do Rei D. João VI, parece que por instâncias de sua filha, a infanta D. Isabel Maria. Situou-se primeiro no palácio do Conde de Mesquitela, no Largo da Luz em Lisboa. Esta escola ficou, então, conhecida como o “Instituto da Luz” de-vido ao nome do local em que foi implantado. O especialista sueco Per Aron Borg, então fundador e diretor do Instituto de Estocolmo, foi chamado pelo Rei para criar o referido Instituto dos Surdos-Mudos e Cegos em Portugal.

Per Aron Borg, pioneiro na educação de surdos e cegos, chegou a Portugal em 1823, iniciou o seu trabalho na criação do instituto e escolheu um professor por-tuguês que aprendeu o seu método de ensino.

História da Educação de Surdos em Portugal

A abertura oficial da Educação para alunos surdos-mudos e cegos na Luz, foi em 1 de março de 1824, após a publicação da portaria de 18 de fevereiro de 1824 pelo Intendente Geral da Polícia (mais tarde publicada no Diário do Governo de 16 de dezembro de 1847).

Os primeiros alunos que integraram turmas no neste instituto eram oriundos da Casa Pia de Lisboa: 4 rapazes e 8 raparigas, com idades entre os seis e os catorze anos e que pertenciam a famílias muito desfa-vorecidas. Todos os alunos eram surdos-mudos, com exceção de um menino que era apenas cego.

Per Aron Borg teve um papel fundamental no ensino de alunos surdos-mudos, porque com ele aprende-ram a comunicar através de um alfabeto manual, chamado da Datilologia, e através da Língua Gestual de origem sueca.

Mais tarde, o alfabeto manual e a língua gestual de origem sueca foram adaptados para a cultura portu-guesa, dando origem à Língua Gestual Portuguesa que atualmente a comunidade surda utiliza. Esta lín-gua, tal como todas as línguas, foi sofrendo evoluções até aos dias de hoje.

Per Aron Borg retirou-se para a Suécia em junho de 1828. Nessa data ficou a diri-gir a instituição o seu irmão Johan Borg até agosto de 1833, data em que faleceu no Porto e que foi sepultado no Cemitério da Vila de Porto de Mós (distrito de Leiria).

No dia 1 de março de 1834 o Instituto da Luz foi integrado na Casa Pia, atualmen-te conhecido pelo Instituto Jacob Rodrigues Pereira, em homenagem ao ilustre mestre nascido em Espanha e filho de pais portugueses.

Jacob Rodrigues Pereira viveu algum tempo em França, onde foi desenvolvendo o seu trabalho com surdos. Defendia a ideia de que os surdos deviam ser oraliza-dos, daí ter criado um alfabeto manual em que a cada gesto correspondia um som.

Só mais tarde, nos últimos anos da sua vida aceitou a ideia de que a língua gestual era a melhor forma de comunicação entre as pessoas surdas.

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Os alunos surdos do 10º13ª e do 11º6ª distribuíram marcadores para livros sobre o “Dia Nacional da LGP” aos colegas ouvintes das suas turma e aos professores das várias disciplinas.

Esta atividade teve por objetivo informar que a LGP foi reconheci-da pela Constituição reconheci-da República Portuguesa, em 1997: “ A LGP

está reconhecida como um instrumento de acesso à educa-ção, de acordo com o Artª74, nº2 alínea h) da Constituição da República Portuguesa (Lei nº 1/97), publicada no Diário da República, I Série-A, nº218 de 20-9-1997;”

DIA NACIONAL DA LGP

15 nov 2015

Distribuição de marcadores de livros

DIA INTERNACIONAL PARA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

3 dezembro 2015

No dia 2 de dezembro de 2015, a Escola Básica S. Vicente de Telheiras e a Escola Básica D. Luís da Cunha convidaram a professora Cristina Miranda para uma sensibilização aos alunos do en-sino pré-escolar e do 1º ciclo do enen-sino básico para a Língua Gestual Portuguesa (LGP).

A professora Cristina desenvolveu junto dos alunos um atelier de LGP, promovendo um primeiro contacto com esta língua através da apresentação de uma pequena história sobre um menino surdo que queria brincar com um menino ouvinte. Para se fazerem entender, o meni-no surdo utilizou alguns gestos naturais (gestos que todas as pessoas percebem) para dizer que queria andar de bicicleta.

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Os professores e os assistentes operacionais que acompanharam os alunos manifestaram muito agrado por esta sensibilização, agradecendo à professora Cristina pela sua visita.

Foi uma experiência tão interessante e enriquecedora para todos, que teremos de repetir mais ações de sensibilização à nossa comunidade educativa.

Após o conto da história em LGP, os alunos mostraram muita curiosidade e entusiasmo em aprender algumas palavras nesta língua. A professora aproveitou as imagens da história apre-sentada em PowerPoint levando os alunos a descobrir alguns ges-tos, como por exemplo cão, árvore, banana ou bicicleta. No final do atelier todos os alunos desejaram “Feliz Natal” em LGP.

Atelier de Língua Gestual Portuguesa

No dia 9 de dezembro, realizou-se um “Atelier de Língua Gestual Portuguesa” com as alunas do 12º 8ª. O objetivo foi

sensibilizar a comunidade escolar e educativa para o "Dia Internacio-nal da Pessoa com Deficiência".

Foram abordados alguns temas importantes na sensibilização à LGP e à cultura surda e comunidade ouvinte: diferenciação entre pessoa sur-da e pessoa deficiente auditiva; apresentação do alfabeto gestual e sau-dações.

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Quem são os SURDOS?

SURDOS são aquelas pessoas que não ouvem ou que conseguem ouvir um pouco mas não percebem o que os outros dizem. As pessoas surdas são aquelas que têm uma identidade surda (que se assumem a si próprias como surdas), uma cultura própria (manifestadas em associações, encontros, etc.) e que fazem parte da comunidade surda (surdos, intérpretes, alguns ouvintes falantes de LGP).

Apesar da sua perda auditiva, os surdos comunicam com as mãos através da Língua Gestual Portuguesa e são capazes de fazer tudo ou melhor ainda. Nas escolas, nos centros de saúde e outros serviços públicos, os surdos cada vez mais têm acesso a interpretes de LGP, fundamentais para a tradução/interpretação da comunicação entre pessoas surdas e ouvintes.

Quem são os DEFICIENTES AUDITIVOS?

DEFICIENTES AUDITIVOS são aquelas pessoas que não aceitam ser surdas e que vivem isoladas do mundo porque não fazem parte da comunidade surda. Co-mo não aceitam ser surdas, não possuem uma língua própria, que é a LGP. As-sim, estas pessoas vivem fechadas no mundo dos ouvintes e por isso não perce-bem o que lhes é transmitido. Estas pessoas sentem-se à parte como se fossem deficientes.

Língua Portuguesa:

- Olá, boa tarde!

- Tudo bem?

Língua Gestual Portuguesa:

SAUDAÇÕES

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Chegou o dia em que o nosso aluno Paulo Cardoso veio despedir-se. Todos os que estiveram ao seu lado no seu percurso académico, e que lhe deram todo o apoio e ajuda durante estes anos, estiveram presentes na sua “despedida”. Nunca iremos esquecer este aluno tão especial.

O Paulo, é um jovem inteligente e forte, capaz de ultrapassar com ajuda todos os obstáculos. Que continue a ser forte porque tem a vida pela frente e outros mundos a conhecer.

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PASSATEMPOS

Jogos; Piadas; Sopas de letras e muito mais!

Vamos aprender o Abecedário Gestual:

A b c d e f g h i j k l m n o

A B C D E F G H I J K L M N O

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P Q R S T U V X W Y Z Sopa de letras

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LISBOA PORTO FARO SANTARÉM ÉVORA BEJA PORTALEGRE COVILHÃ BRAGANÇA COIMBRA BRAGA AVEIRO TOMAR VISEU LAGOS GUARDA

A nossa escola recebeu o nome de um escritor. Quem é? Descobre-o!

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Jogos dos 7 erros…

Desta vez, a Mónica exagerou….

Piada

Descobre os 7 erros que existem entre as duas ilustrações. Vamos

en-contra-los?

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Neste Natal a EREBAS do Agrupamento de Escolas Vergílio

Ferreira deseja...

Referências

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