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_O Cortiço_ Aluísio Azevedo

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Academic year: 2021

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_O Cortiço_

Aluísio Azevedo

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Autor

• São Luís/MA, 1857; Buenos Aires/AR, 1913)

• Caricaturista, jornalista, romancista: sentido plástico de suas obras

“Primeiro desenho os meus romances. Depois redijo-os.”

• Diplomata

• Escritor mais conhecido do Naturalismo no Brasil • folhetins

• Inicialmente, produziu romances românticos até chegar às suas obras mais famosas, naturalistas, tais como:

 O Mulato (1881), ainda de teor romântico,  Casa de Pensão (1884),

 O Cortiço (1890).

• Influências em Émile Zola e Eça de Queirós

O gosto naturalista pela descrição minuciosa, pelos painéis abrangentes e pelos costumes coletivos adequava-se às tintas carregadas de sua linguagem.

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FRENOLOGIA

1. “ciência” que estabelecia as

relações entre as características mentais e a forma e do tamanho do

crânio das pessoas. Teve grande

aceitação na segunda metade do séc.XIX

2. doutrina segundo a qual cada

faculdade mental se localiza em uma parte do córtex cerebral, e o tamanho

de cada parte é diretamente

proporcional ao desenvolvimento da faculdade correspondente, sendo este tamanho indicado pela configuração externa do crânio.

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Grandes influências da ciência na Literatura

• Charles Darwin – naturalista (ciência), desenvolveu a teoria da evolução em As origens das espécies (1859)

• Auguste Comte – Desenvolveu a ideia do positivismo (1855), o qual pregava ordenar o mundo pelo conhecimento humano em detrimento de outros valores (religiosos, metafísicos)

Noção de superioridade pela intelectualidade • Karl Marx – Primeiro pensador a desenvolver a

ciência que estuda a sociedade enquanto conjunto e suas relações conhecida como sociologia August Comte 1798-1857 Charles Darwin 1809-1882 Karl Marx 1818-1883

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O que é o Naturalismo?

 Realismo + Ideias científicas

• Objetivo – Impessoal – Verossímil – Contemporâneo - Pessimista • Perfeição formal, porém linguagem simples

• Denúncia social: a luta de classes, Marx (socialismo) e Bakunin (anarquismo)

 Ciência:

• DETERMINISMO: Hyppolite Taine (social, histórico, biológico, racial) • Sociedade é um ser vivo: Charles Darwin, o mais forte sobrevive

• Descrição desse ser vivo, a sociedade: construção dos estereótipos:

animalização do ser humano, que vive pelos instintos

• Machismo; banalização da violência, da mulher e da sensualidade

O que o diferencia do Realismo é seu caráter cientificista do mundo.

O estereótipo, por i só, já é uma visão preconceituosa.

A descrição da personalidade tende à desconstrução do sujeito, sempre em processo de ridicularização e/ou corrupção

Hippolyte Taine, 1828-1893. França.

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O Cortiço

em análise

AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. L&PM POCKET: Porto Alegre, 2015.

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Tarsila do Amaral: Morro de Favela

Características da obra

 Narrado em 3ª pessoa

 Linguagem simples e descritiva

 Denúncia social: romance retrato social • Pessimista (

• Tendemos a uma interpretação de preconceitos (leitor) • Cor local de Machado de Assis: ambiente e personagens

brasileiros  Subúrbio do RJ

• Episódios da vida comum

• A formação da pobreza no Brasil • Classes populares

• O cortiço é um ser orgânico

• Ideal colonizador: o português João Romão é o único vencedor do romance

• Comportamento humano determinado pelos instintos: a lei do mais forte

Três planos Botafogo Burguesia Cortiço Classe baixa (pobres) Sobrado Burguesia Núcleo da narrativa

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Resumo

João Romão: imigrante português, herdou do patrão a venda e 1 conto e 500 aos 25 anos

 Trabalhador, mesquinho, sonhava ser rico

 Bertoleza: escrava, propriedade de outro senhor, vizinha que arranjava comida para Romão, dona da quitanda, amansada com um português que viria a morrer

 Tornaram-se amigos, e Romão virou seu confidente e contador: tomou a quitanda dela

 Amantes: visão de Bertoleza

“Ele propôs-lhe morarem juntos, e ela concordou de braços abertos, feliz em meter-se de novamente com um português, porque, como toda a cafuza, Bertoleza não queria sujeitar-se a negros e procurava instintivamente o homem numa raça superior à sua.” (p. 12)

 Romão forja uma carta de alforria falsa e, sem saber, a negra torna-se escrava fugitiva

 O português arrendou as terras e comércios à volta da venda: construiu casinhas roubando materiais - Surgiu a estalagem, o Cortiço São Romão

 Comprou a pedreira

 Enganava fregueses e empregados: todo o dinheiro acabava retornando para ele  Ideal colonizador: domina, explora, acumula - MONOPÓLIO

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“Desde que a febre de possuir se apoderou dele totalmente, todos os seus atos, todos, fosse o mais simples, visavam um interesse pecuniário. Só tinha uma preocupação: aumentar os bens. Das suas hortas recolhia para si e para a companheira os piores legumes, aqueles que, por maus, ninguém compraria; as suas galinhas produziam muito e ele não comia um ovo, do que no entanto gostava imenso; vendia-os todos e contentava-se com os restos da comida dos trabalhadores. Aquilo já não era ambição, era uma moléstia nervosa, uma loucura, um desespero de acumular; de reduzir tudo a moeda. E seu tipo baixote, socado, de cabelos à escovinha, a barba sempre por fazer, ia e vinha da pedreira para a venda, da venda às hortas e ao capinzal, sempre em mangas de camisa, de tamancos, sem meias, olhando para todos os lados, com o seu eterno ar de cobiça, apoderando-se, com os olhos, de tudo aquilo de que ele não podia apoderar-se logo com as unhas.” (p. 23)

(10)

• Miranda: negociante português, dono de uma casa de tecidos em Botafogo  Casado com D. Estela pelo seu dote: garantia-lhe a vida e status

 Desejava ser Barão: torna-se Barão do Freixal

 Filha Zulmirinha: 12/13 anos, era desprezada pelos pais

“Zulmira tinha então doze para treze anos e era o tipo acabado da fluminense; pálida, magrinha, com pequeninas manchas roxas nas mucosas do nariz, das pálpebras e dos lábios, faces levemente pintalgadas de sardas.” (p. 29)

 Mudaram-se para o sobrado ao lado do Cortiço para fugir das traições de D. Estela (adúltera)  Romão e Estela se odiavam, dormiam em quartos separados

 Tinham encontro sexuais esporádicos: necessidade física e formalidade – felicidade sexual e repugnância moral

Ob. Romão e Miranda brigam por um punhado de metros de terras que divisam o sobrado do cortiço: rivalidade pela dominação lusa

 Romão se nega a vender meio palmo de terra, pois não gosta de perder nada, só de ganhar e adquirir

 A venda virou bazar

 Os trabalhadores das fábricas e da pedreira comiam na venda e moravam na estalagem de Romão

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• Henrique: 15 anos, venho de MG para o RJ terminar os estudos

 Hospedou-se na casa de Miranda, mas logo foi morar em Botafogo

 D. Estela tinha grande apreço por ele, tinham muita intimidade, andavam sempre juntos

 Foram surpreendidos pelo velho Botelho no jardim; D. Leocádia afirma ter visto os dois aos beijos  Botelho: português, ex contador de escravos, ficou pobre depois da abolição

- É a sombra do Miranda, um parasita, manipulador - Escuta as reclamações de Estela e Miranda

- Não denuncia Henrique e Estela

“A criadagem da família, do Miranda compunha-se de Isaura, mulata ainda moça, moleirona e tola, que gastava todo o vintenzinho que pilhava em comprar capilé na venda de João Romão; uma negrinha virgem, chamada Leonor, muito ligeira e viva, lisa e seca como um moleque, conhecendo de orelha, sem lhe faltar um termo, a vasta tecnologia da obscenidade [...] e finalmente o tal Valentim, filho de uma escrava que foi de Dona Estela e a quem esta havia alforriado.” (p. 31)

“As portas das latrinas não descansavam, era um abrir e fechar de cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se demoravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças ou as saias; as crianças não se davam ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali mesmo, no capinzal dos fundos, por detrás da estalagem ou no recanto das hortas.” (p. 40)

A descrição dos pobres

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• Leandra (a machona): duas filhas, Ana das Dores (separada, 25) e Neném (virgem, 17), e Agostinho (diabo)

 “[...] portuguesa feroz, berradora, pulsos cabeludos e grossos, anca de animal do campo” (p. 40) • D. Isabel: velha amargurada, viúva; o marido cometeu suicídio após negócio falir

 Educou bem a filha, Pombinha

• Pombinha: 18 anos, não tinha menstruado ainda; doentinha, prestativa, uma flor  “[...] loira, muito pálida, com uns modos de menina de boa família” (p. 43)

 Noiva de João da Costa, burguês

• Nhá-Rita: Rita Baiana; mulata sensual, fogosa, independente, bom coração; vadiagem (samba)  Amansada com Firmo, um mulato, torneiro, capoeirista, ciumento, vadio

 Sumiu por três meses com Firmo em Jacarepaguá

Ob. Todas as mulheres do cortiço eram lavadeiras, tinham de alugar as tinas e materiais de Romão para trabalharem. Eram obrigadas a conviver.

(13)

• Jerônimo: português, ótimo cavouqueiro, custava 70 mil réis seu trabalho

 trabalhador, perseverante, habilidoso, forte, bom caráter e costumes; muito respeitado e fiel

 Contratado por Romão para trabalhar na pedreira: tornou-se mestre de serviço na pedreira

 Foi morar no cortiço, casa 35 (mau agouro)

 Casado com Piedade de Jesus (30), simpática, boa aparência, honesta

 Filha: Marianita

“Firmo, o atual amante de Rita Baiana, era um mulato pachola, delgado de corpo e ágil como um cabrito; capadócio de marca, pernóstico, só de maçadas, e todo ele se quebrando nos seus movimentos de capoeira. Teria seus trinta e tantos anos, mas não parecia ter mais de vinte e poucos. Pernas e braços finos, pescoço estreito, porém forte; não tinha músculos, tinha nervos.” (p. 73)

• Firmo: brasileiro, 30 anos, capoeirista, gastava tudo na roleta, era oficial de torneiro; um vadio

 cabeça quente, fanfarrão; estava sempre no samba, era muito violento  Tinha obsessão por Rita Baiana

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“[...] Firmo tomou conta da mulata; mas pouco depois se

separaram por ciúmes, o que aliás não impediu que se

tornassem a unir mais tarde, e que de novo brigassem e de novo

se procurassem. Ele tinha “paixa” pela Rita, e ela, apesar de

volúvel como toda a mestiça, não podia esquecê-lo por uma

vez; metia-se com outros, é certo, de quando em quando, e o

Firmo então pintava o caneco, dava por paus e por pedras,

enchia-a de bofetadas, mas, afinal, ia procurá-la, ou ela a ele, e

ferravam-se de novo, cada vez mais ardentes, como se aquelas

turras constantes reforçassem o combustível dos seus amores.

(p. 74)

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• Jerônimo vê Rita Baiana enquanto dançava numa festa no cortiço, ao

anoitecer

• Ele tocava uma canção portuguesa que foi musicada por Firmo e Porfírio

• Transformação de Jerônimo:

Apaixonou-se por Rita Baiana; começou a matar serviço, alegava estar

doente

Rita aparece em seu quarto e oferece café com parati (cachaça)

Agia de forma áspera e seca com a esposa

Começou a beber e fumar diariamente, a frequentar o samba e virar

noites

Aproximou-se de Rita, enquanto deixava de dormir com Piedade e

acomodava-se numa rede à porta de casa

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“[...] Uma transformação, lenta e profunda, operava-se nele, dia a dia,

hora a hora, reviscerando-lhe o corpo e alando-lhe os sentidos, num

trabalho misterioso e surdo de crisálida. A sua energia afrouxava

lentamente: fazia-se contemplativo e amoroso. A vida americana e a

natureza do Brasil patenteavam-lhe agora aspectos imprevistos e

sedutores que o comoviam; esquecia-se dos seus primitivos sonhos de

ambição; para idealizar felicidades novas, picantes e violentas; tornava-se

liberal, imprevidente e franco, mais amigo de gastar que de guardar;

adquiria desejos, tomava gosto aos prazeres, e volvia-se preguiçoso

resignando-se, vencido, às imposições do sol e do calor, muralha de fogo

com que o espírito eternamente revoltado do último tamóio

entrincheirou a pátria contra os conquistadores aventureiros. E assim,

pouco a pouco, se foram reformando todos os seus hábitos singelos de

aldeão português: e Jerônimo abrasileirou-se.” (p. 104)

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• Léonie:

prostituta, cafetona; morava num sobrado em Botafogo

 Vestia-se à francesa: vestido de seda e curto, sapatos bons, chapéus luxuosos, jóias  Bons costumes e modos: visitava o cortiço constantemente, era comadre da Augusta  Era venerada por todos: era a “madrinha” das meninas

 Queria saber de Pombinha: tinham muito apreço e intimidade

• Durante uma noite de samba, Jerônimo e Firmo se estranharam e chegam às vias de fato - O português usava um pedaço de pau, e Firmo uma navalha

- Firmo rasga o intestino do luso e foge pelo capinzal

- A briga generaliza, e a Bruxa e Marciana colocam fogo em algumas casas do cortiço

- Marciana: mãe de Florinda, grávida de Domingos (um caixeiro de Romão que fugira do compromisso)

- Rita é tão solicita a Jerônimo quanto a esposa (o acompanhou ao hospital)

Ob. A polícia não entra no cortiço: os

moradores se armam para defendê-lo, independente do lado com que simpatizavam na briga.

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Transformação de João Romão: desejava ser visconde

• Tinha inveja de Miranda, que agora era barão

• Passou a ler, ir a eventos culturais, tratou da aparência física e social: adquiriu bons modos

Pombinha: retorna da casa de Léonie mudada; tiveram certa intimidade, troca de beijos

• Léonie se declara à menina: mesmo com a negativas de Pombinha, fazem sexo (p. 149-150) • Tiveram orgasmos, as duas; a mulher estava apaixonada

• Pombinha ganhou um anel, que D. Isabel a obrigou a aceitar • Estava contrariada, mas...

Transformação de Pombinha: masturbação e menstruação; uma passagem lírica, metáfora

requintada da borboleta (dedos) e da rosa (clitóris)

• Estava nua no capinzal; ela desenvolve a puberdade • Já podia casar com João da Costa, pois era uma mulher

• Adquiriu consciência do poder das mulheres sobre os homens (p. 163) • Dissimulada, maliciosa e inteligente

(19)

“Porque, só depois que o sol lhe abençoou o ventre; depois que nas suas

entranhas ela sentiu o primeiro grito de sangue de mulher, teve olhos para

essas violentas misérias dolorosas, a que os poetas davam o bonito nome de

amor. A sua intelectualidade, tal como seu corpo, desabrochara

inesperadamente, atingindo de súbito, em pleno desenvolvimento, uma

lucidez que a deliciava e surpreendia. Não a comovera tanto a revolução

física. Como que naquele instante o mundo inteiro se despia à sua vista, de

improviso esclarecida, patenteando-lhe todos os segredos das suas paixões.

Agora, encarando as lágrimas do Bruno, ela compreendeu e avaliou a

fraqueza dos homens, a fragilidade desses animais fortes, de músculos

valentes, de patas esmagadoras, mas que se deixavam encabrestar e conduzir

humildes pela soberana e delicada mão da fêmea.” (p. 162)

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Rivalidade violenta entre cortiços: São Romão (carapicu) x Cabeça de Gato • Firmo foi morar no Cabeça de Gato para enfrentar Jerônimo

• João Romão e Miranda começam uma amizade: Bertoleza era cada vez mais escrava

• O velho Botelho fala a Romão sobre a possibilidade de casamento com Zulmira (17 anos) - Romão e Botelho se unem para fazer o casamento

- O velho ganharia 20 contos de réis se o plano desse certo - Romão foi convidado para jantar na casa de Miranda

- Botelho o alerta: deveria livrar-se de Bertoleza; Romão pensa na morte dela (p.175) • Rita Baiana deixou de comparecer a um encontro com Firmo

• Firmo descobre que Jerônimo saiu do hospital na véspera do encontro: promete matar os dois naquele domingo mesmo

• Rita diz a Jerônimo que abandonou Firmo, e começam a ter um caso (p. 180) • Jerônimo arma uma emboscada como Zé Carlos e Pataca para matar Firmo

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A morte de Firmo

“Soltaram-no então. O capoeira, mal tocou com os pés em terra, desferiu um golpe com a cabeça, ao mesmo tempo que a primeira cacetada lhe abria a nuca. Deu um grito e voltou-se cambaleando. Uma nova paulada cantou-lhe nos ombros, e outra em seguida nos rins, e outra nas coxas, outra mais violenta quebrou-lhe a clavícula, enquanto outra logo lhe rachava a testa e outra lhe apanhava a espinha, e outras, cada vez mais rápidas, batiam de novo nos pontos já espancados, até que se converteram numa carga continua de porretadas, a que o infeliz não resistiu, rolando no chão, a gotejar sangue de todo o corpo.” (p. 191)

• Firmo foi largado no mar

• Pataca entregou a navalha de Firmo a Jerônimo: troféu • Jerônimo foi ver Rita Baiana: confessa que matou Firmo

- Combinam de fugir para ficarem juntos

- Deixaria suas economias a Piedade e pagaria a escola da filha - Fazem amor

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• Rita Baiana e Piedade brigam ferozmente: a briga generaliza

- Aparece o bando dos Cabeça de Gato: desejam vingar a morte de Firmo - Em meio à batalha, uma casa pega fogo, que se dissipa por todo o cortiço - o incêndio deixou destruição e mortos

- Romão rouba o velho Libório e o deixa para morrer no incêndio

• Jerônimo emprega-se na pedreira São Diogo e foi morar com Rita no cortiço Cidade Nova • Piedade mudou-se de desgosto: tornou-se preguiçosa e passou a beber diariamente

• Jerônimo devia 6 meses da escola da filha: Piedade foi cobrar-lhe, mas ele estava bêbado e devia a todos na praça

- A dívida não foi saldada, e Piedade retorna com a filha 15 dias depois: mas de nada adiantou - Pataca consolara Piedade afim de se ajeitar com ela

- Transformação de Piedade: alcóolica, , suja, abusada pelos homens, vários de uma vez

“O português abrasileirou-se para sempre; fez-se preguiçoso, amigo das extravagâncias e dos abusos, luxurioso e ciumento; fora-se-lhe de vez o espírito da economia e da ordem; perdeu a esperança de enriquecer, e deu-se todo, todo inteiro, à felicidade de possuir a mulata e ser possuído só por ela, só ela, e mais ninguém.” (p. 225)

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• Romão aproveita o incêndio para aumentar o cortiço: pensava nos lucros - Av. São Romão: o cortiço passava pelo processo de Aristocratização

- Obra: estalagem, venda, bodega, quitanda, casa de Romão

- No cortiço, moravam agora artistas, comerciantes, famílias de operários, funcionários públicos

• Miranda exige que se resolva a situação de Bertoleza

- Romão quer ser Visconde: para casar, teria de dar cabo da negra

- Bertoleza escuta a conversa entre Romão e Botelho: interfere indignada, mas o amava

- A pergunta de Botelho lembra Romão de que Bertoleza ainda é escrava de Freitas de Melo - Romão iria entregá-la como fugitiva e deixou a execução do plano nas mãos de Botelho • O suicídio de Bertoleza (p. 265-266)

- Reconhece o filho de seu antigo feitor, entende a situação: fora enganada - Rasga o próprio ventre de lado a lado com a faca de escamar peixe

- Neste momento, chega uma comissão de abolicionistas: entregam um diploma de sócio benemérito a Romão

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• Transformação de Pombinha (p. 257-258): não suportou a vida de casada; em dois anos, tornara-se adúltera

- O marido a flagrou e entregou-a de volta D. Isabel, que sabia das traições da filha

- Meses depois, Pombinha desaparece da casa da mãe: morava num hotel com Léonie - Sustentava a mãe com seus ganhos: PROSTITUIÇÃO

- Pombinha tornou-se “madrinha” da filha de Jerônimo como Léonie fora sua - D. Isabel falece numa casa de sáude

As personagens Não têm complexidade psicológica

O cortiço é o principal personagem da obra,

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Personagem Quem é no enredo Característica

João Romão Capitalista, dono da pedreira e do cortiço Capitalista

Bertoleza Negra, amante e “escrava” de João Romão Trabalhadora

Miranda Dono do sobrado ao lado do cortiço, marido de Estela. Deseja ganhar

um título de nobreza Burguês

Estela Rica, mulher de Miranda, traía-o constantemente. Mulher de elite Adúltera Jerônimo Português trabalhador e disciplinado, casado com Piedade, e que se

envolve com Rita Baiana. Animaliza-se totalmente. Disciplina Piedade Mulher de Jerônimo, trabalhadora. Termina alcoólatra Mulher europeia Rita Baiana Mulher sambista que se envolve com Firmo e Jerônimo Sensualidade

Firmo Malandro que mantém relacionamento com Rita Baiana e a disputa

com Jerônimo Malandro

Pombinha Moça de família, pura, que é pervertida pelo meio Pureza

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UFRGS

2016

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UFRGS

2016

Referências

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