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VIII Congresso Brasileiro de Administração e Contabilidade - AdCont a 21 de outubro de Rio de Janeiro, RJ

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Academic year: 2021

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Potencial Exportador de Pequenas Empresas, uma Revisão de Literatura de Negócios Internacionais desde 1978 até 2016

T. Diana L. van Aduard de Macedo-Soares, Doutora pela Université de Montréal (Canadá) IAG PUC-Rio

diana@iag.puc-rio.br

Vivian Steinhäuser, Mestre em Administração de Empresas pelo IAG PUC-Rio IAG PUC-Rio

peuker.steinhauser@phd.iag.puc-rio.br

Augusto Ferreira da Costa Neto, Mestre em Engenharia de Produção pela PUC-Rio IAG PUC-Rio

augusto.costa@phd.iag.puc-rio.br

Resumo

Apresentamos, neste artigo, uma revisão da literatura do construto “potencial exportador de pequenas empresas”, buscando aplicação ao caso brasileiro. Não só a literatura sobre o tema se encontra bastante fragmentada, como são poucos os estudos realizados no Brasil a auxiliarem no propósito de identificar os antecedentes relevantes à entrada de uma pequena empresa no mercado internacional. A pesquisa buscou apresentar os principais resultados epistemológicos e metodológicos encontrados na literatura referente a negócios internacionais vigente no período de 1978 a 2016, em periódicos com alto fator de impacto, que tivessem como foco o estudo dos antecedentes do potencial exportador em empresas de forma geral, e em empresas de pequeno porte em particular. A revisão desses artigos permitiu a construção de um panorama sobre o estado-da-arte e principais tendências sobre as teorias, metodologias e epistemologias utilizadas no estudo do tema.

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2 1. Introdução

As empresas de pequeno porte constituem mais de 99% do total de estabelecimentos existentes no Brasil e foram responsáveis por exportações de US$ 2,0 bilhões em 2014. Essas empresas representaram 59,4% das empresas exportadoras do país no mesmo ano. No entanto, sua participação nas exportações totais brasileiras em valor foi de apenas 0,82% no período, um dos percentuais mais baixos da série histórica iniciada em 1998 (Sebrae, 2015). O resultado é insignificante quando comparado a países desenvolvidos como a Itália, onde a participação de pequenas empresas na exportação chega a 30% (Associação de Comércio Exterior do Brasil; Fundação de Economia e Estatística, 2016).

A internacionalização de empresas é um tema bastante discutido na academia desde as décadas de 1960 e 1970 (por exemplo, Hymer, 1960, 1976; Johanson & Vahlne, 1977). São muitos os estudos sobre desempenho exportador, perfis e comportamento de exportadores e não exportadores, assim como barreiras à exportação. No entanto, os resultados obtidos são fragmentados e pouco convergentes (Cavusgil, Bilkey, & Tesar, 1979; Christensen, Da Rocha, & Gertner, 1987; Aaby & Slater, 1989; Zou & Stan, 1998).

No final dos anos 1980, surge uma literatura mais recente no campo de negócios internacionais, cujo foco são as empresas, na maioria das vezes pequenas, que se lançam aos mercados internacionais de forma muito mais rápida e fácil do que as empresas nas décadas anteriores. Chamamos essa literatura de “empreendedorismo internacional”.

No caso do Brasil, não se dispõe de um modelo recente que identifique as características que diferenciam exportadores e não exportadores. O presente trabalho tem como objetivo principal apresentar uma revisão da literatura de negócios internacionais, ao longo do período de 1978 até 2016, tendo em vista identificar os antecedentes relevantes à entrada de uma pequena empresa no mercado internacional.

Este estudo buscou assim contribuir para preencher esta lacuna, unindo a literatura mais antiga àquela mais recente, procurando na integração encontrar os antecedentes relevantes à entrada de pequenas empresas brasileiras no mercado internacional. Assim sendo, as perguntas

de pesquisa que orientaram o estudo foram:

Quais são as epistemologias e metodologias apresentadas nos estudos de negócios internacionais onde são identificados antecedentes relevantes da entrada de uma pequena empresa no mercado internacional? Como estes antecedentes podem ser aplicados ao caso Brasileiro?

2. Referencial Teórico

O construto potencial exportador e a literatura de negócios internacionais

O referencial teórico deste estudo considera as duas literaturas, no campo de negócios internacionais, que tratam de potencial exportador ou internacional das empresas. O primeiro grupo de estudos inclui:

• Modelos de pré-internacionalização seminais (Welch & Wiedersheim-Paul, 1980; Wiedersheim-Paul, Welch, & Olson, 1978);

• Modelos graduais de internacionalização (por exemplo, Johanson & Wiedersheim-Paul, 1975; Johanson & Vahlne, 1977, 1990; Bilkey, 1978; Cavusgil, 1980);

• Estudos sobre o comportamento e perfil exportador (por exemplo, Cavusgil, Bilkey, & Tesar, 1979; Becker & Egger, 2013);

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3 • Estudos sobre barreiras à exportação (por exemplo, Cavusgil & Yeoh, 1994; Leonidou, 1995, 2004; Shaw & Darroch, 2004; Wright, Westhead, & Ucbasaran, 2007; Awan, 2011; Kahiya, Dean, & Heyl, 2014);

• Estudos sobre desempenho exportador (por exemplo, Aaby & Slater, 1989; Zou & Stan, 1998; Leonidou & Katsikeas, 2010).

O segundo grupo de estudos examinado encontra-se no campo do empreendedorismo internacional, compreendendo ainda a literatura sobre born globals que, embora de origem diversa, acabou por se incorporar ao empreendedorismo internacional, dada a convergência de objeto de estudo das duas correntes (por exemplo, Aspelund, Madsen, & Moen, 2007; Coviello, McDougall, & Oviatt, 2011; Jones, Coviello, & Tang, 2011; Wiklund, Davidsson, Audretsch, & Karlsson, 2011; Covin & Miller, 2014; Laufs & Schwens, 2014).

3. Metodologia

Considerando os objetivos do estudo, podemos caracterizar esta pesquisa como exploratória, com uso do método qualitativo. O estudo foi dividido em 4 fases:

Fase 1. Levantamento dos artigos seminais e revisões de literatura. Primeiramente

foi feito um levantamento dos artigos seminais sobre comportamento pré-exportador. Em seguida buscamos por revisões de literatura realizadas no período entre 1978 e 2012. Essa fase teve como objetivo orientar e facilitar a compilação de artigos mais recentes dentro de subáreas temáticas. As principais revisões e artigos seminais utilizados que consolidam o conhecimento do potencial exportador estão resumidos na primeira parte do Quadro 1.

Fase 2. Seleção de artigos conforme a fonte sobre o tema potencial exportador. Essa

fase consistiu nos seguintes passos: 1) extração de artigos em business e management, publicados entre 1978 e 2016, pela ferramenta Web of Science (Thomson Reuters, 2012) com as palavras-chave export potential OR export performance OR small companies. A escolha temporal teve como objetivo analisar a produção acadêmica mais recente, e a busca na base limitou-se a artigos, já que estes são submetidos a rigorosos processos de revisão pelos pares. 2) A partir dessa busca inicial, foram selecionados os artigos de acordo com a fonte: foram considerados apenas os artigos publicados em periódicos com maior fator de impacto, tendo como base o JCR – Journal Citation Reports. Dentre estes, foram selecionados aqueles com orientação mais generalista, totalizando 3 periódicos: Journal of International Business Studies, Research Policy e Small Business Economics. Essa seleção resultou em 163 artigos, com um h-index 48.

Fase 3. Seleção de artigos conforme o título e palavras-chave: a partir da leitura dos

títulos e das palavras-chave de cada artigo, retiramos da seleção aqueles cuja abordagem sobre alianças apenas tangenciasse o objetivo principal do mesmo. Analisamos os 163 artigos separadamente e, após a análise, a seleção de cada autor foi comparada, de forma a haver coerência nas escolhas. Nesse passo, foram selecionados um total de 18 artigos.

Fase 4. Análise dos artigos. Os 18 artigos foram revisados cuidadosamente e a partir

do material bibliográfico coletado, foram identificados preliminarmente os possíveis antecedentes do potencial exportador de pequenas empresas, assim como classificados os estudos segundo sua epistemologia e metodologia (Quadro 1).

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4 4. Revisão de Literatura

Modelos de pré-internacionalização seminais e modelos graduais de internacionalização

A literatura existente sobre a fase anterior à internacionalização de empresas não é vasta e houve uma tendência a negligenciá-la em estudos anteriores. No entanto, trata-se de uma fase estrategicamente importante e ao mesmo tempo extremamente frágil neste processo. Há maior probabilidade de ocorrerem falhas nesta fase, e é por isso que um estudo mais aprofundado de empresas que se encontram neste estágio se faz importante (Welch & Wiedersheim-Paul, 1980). No desenvolvimento de seu modelo, Wiedersheim-Paul, Welch and Olson (1978) assumem que a maior parte das empresas que se encontram nesta fase são pequenas e têm apenas um tomador de decisão: o gestor. Os três principais fatores são: o tomador de decisão, o ambiente em que a empresa se encontra e a empresa em si. Esses três fatores, a interação entre eles e o impacto que geram têm influência sobre a decisão a ser tomada. Esta decisão é influenciada não somente pelas características pessoais do gestor que a toma, mas também pelo ambiente em que este está ou esteve inserido, bem como pelo perfil da empresa em que trabalha. A localização da empresa também é um fator importante: se está localizada em um ambiente onde existem outras empresas exportadoras, é muito provável que desenvolva uma atitude favorável à exportação.

Estudos sobre o comportamento e perfil exportador

Em seu artigo de 1978, Bilkey apresenta uma tentativa de síntese do conhecimento até então existente sobre o comportamento de exportação das empresas. Os pontos convergentes são: motivações, obstáculos, gestão, tamanho da empresa, destino da exportação, riscos e subsidiárias no exterior (Bilkey, 1978). Na maior parte dos estudos analisados pelo autor, motivação para exportação não é obter lucro a curto prazo, mas sim lucro a longo prazo, sendo outro fator importante a diversificação de mercado - fugir de um mercado doméstico saturado. Estudos em exportação realizados até então indicavam que o processo de exportação é um processo de desenvolvimento da empresa, uma sequência de aprendizado que envolve estágios sequenciais ou com uma relação dinâmica (Bilkey, 1978). Cavusgil, Bilkey and Tesar (1979) definem o perfil exportador como a combinação de características objetivas associadas ao fato de a empresa exportar ou não exportar. O reconhecimento de perfis exportadores é útil, à medida em que pode ser utilizado por órgãos ou agências de fomento à exportação para detectar o potencial exportador de empresas, permitindo que concentrem seus esforços para desenvolver aquelas empresas com maior potencial.

Estudos sobre barreiras à exportação

Barreiras à exportação são restrições atitudinais, estruturais e operacionais que impedem empresas de iniciar, desenvolver e sustentar a operação em um mercado estrangeiro (Leonidou, 1995). Segundo Morgan (1997), existem duas principais categorias de barreiras à exportação: barreiras enfrentadas por empresas que ainda não iniciaram seu processo de exportação e problemas enfrentados por empresas que já iniciaram o processo de exportação. No caso das últimas, as barreiras normalmente são experiências vividas ao longo dos processos anteriores (Leonidou, 1994). Para as empresas que ainda não iniciaram o processo de exportação, as barreiras referem-se às percepções dos gestores responsáveis pelo negócio (Morgan, 1997).

Estudos sobre desempenho exportador

Segundo Zou and Stan (1998, p.333) o conhecimento sobre os determinantes do desempenho exportador são uma “coleção fragmentada de achados confusos”. Muito foi escrito sobre o assunto, mas não há síntese. Os estudos analisados tratam de dimensões de exportação que os autores consideram mais amplas do que as necessárias para avaliar o desempenho

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5 exportador, como por exemplo: propensão a exportar, dicotomia exportadores versus não exportadores e barreiras à exportação.

Aaby and Slater (1989) fizeram uma revisão conceitual em 55 estudos durante o período de 1978 a 1988 para compilar o conhecimento existente sobre variáveis controláveis, tais como: características da empresa; competências da empresa e estratégia empresarial, e o quanto esses fatores podem influenciar o sucesso das empresas que exportam. Os autores concluem que as competências da empresa têm influência maior na exportação do que as suas características. A empresa cujos gestores têm uma visão internacional, objetivos de exportação consistentes, percepções e atitudes favoráveis com relação à exportação, predisposição a correr riscos e capacidade de se engajarem positivamente em atividades de exportação tem maior probabilidade de se tornar uma exportadora de sucesso. A tecnologia pode ser um fator importante na exportação, desde que a empresa tenha uma boa gestão e um mercado propenso a receber a nova tecnologia (Aaby & Slater, 1989).

Empreendedorismo internacional e “born globals”

No final de 1980, pesquisadores começaram a questionar a universalidade dos modelos de estágios comportamentais e graduais. Ganitsky (1989) mostrou que algumas empresas de Israel já iniciaram suas atividades exportando seu produto. Alguns anos mais tarde, a McKinsey and Co. criou o termo "born globals" para designar as pequenas e médias empresas que competiam com grandes empresas do mercado global desde o momento de sua fundação (Rennie, 1993). Oviatt and McDougall (1994, p.49) definem o fenômeno, que denominaram “international new venture” como "uma empresa que desde o início procura obter vantagem competitiva significativa do uso de recursos a partir da venda de produtos para vários países". A partir de então, vários autores publicaram artigos sobre o fenômeno do empreendedorismo internacional que foram compilados por outros autores em revisões de literatura.

Aspelund et al. (2007) fizeram uma revisão dos estudos empíricos de empreendedorismo internacional e de “born globals” ao longo do período compreendido entre 1992 e 2004. Sobre a velocidade do processo de internacionalização, os autores explicam que é um fato reconhecido que um número crescente de empresas obtém considerável envolvimento internacional logo após a sua fundação. Isto é um claro indicativo de que elas funcionam de forma diferente de empresas mais antigas que seguiram um processo gradual de exportação.

O empreendedorismo internacional está muito mais próximo da literatura do empreendedorismo do que do campo dos negócios internacionais (Coombs, Sadrieh, & Annavarjula, 2009). O tamanho menor da empresa não impede a internacionalização, embora a relação entre tamanho e internacionalização permaneça ambígua e incerta na literatura. Com relação à idade, a literatura sobre marketing internacional concentra-se em pequenas empresas, enquanto aquela sobre empreendedorismo internacional é centrada em empresas mais jovens. A relação entre estas duas variáveis (idade e tamanho) e a internacionalização deveria ser explorada em pesquisas futuras. Outro fator como a experiência prévia internacional dos gestores parece estar positivamente associado com a internacionalização. Existe também um número de variáveis moderadoras, tais como a presença de parceiros estrangeiros, pesquisa sistemática sobre dados de mercado estrangeiros e a duração do envolvimento internacional, que podem influenciar esta relação. A diversificação de produtos é positivamente associada à internacionalização (Coombs et al., 2009).

A revisão de Coviello et al. (2011) busca resumir, sintetizar e interpretar a pesquisa no campo do empreendedorismo internacional cobrindo o período de 1989 a 2009. Foram analisados 323 artigos. A intenção dos autores foi construir um repositório de pensamento existente no campo de empreendedorismo internacional e do seu desenvolvimento. A descrição

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6

ontológica do domínio do campo de pesquisa, assim como o mapeamento, tanto em ordem temática quanto cronológica, foi oferecida como um recurso para o campo do empreendedorismo internacional. Os autores buscaram também contribuir para a metodologia, documentando e classificando o desenvolvimento e conhecimento do campo do

empreendedorismo até então.

Peiris, Akoorie and Sinha (2012) examinaram 291 artigos de revistas publicados entre os anos de 1993 e 2012 inclusive. Com base em duas dimensões – grau de internacionalização da empresa e tempo decorrido entre a fundação e a internacionalização – os autores propõem uma tipologia para as empresas estudadas no âmbito do Empreendedorismo Internacional: “born globals”, empresas que permanecem globais ao longo do tempo, exportadoras precoces e exportadoras maduras (Peiris et al., 2012).

Artigos recentes relacionados ao construto “potencial exportador” (1999-2016)

Grande parte dos artigos recentes selecionados examinam variáveis do desempenho exportador e sua relação com a internacionalização vistas em artigos seminais e revisões anteriores, como por exemplo, o papel do tamanho da empresa, e o papel da experiência internacional dos gestores. Reuber and Fischer (1998) examinam o papel da experiência internacional da equipe de gestão ao longo do processo de internacionalização de empresas Canadenses de Software. O estudo combina a visão baseada em recursos e a teoria comportamental para explicar a internacionalização de pequenas empresas. Equipes de gestão internacional são vistas como recursos de pequenas empresas que levam as mesmas a um maior grau de internacionalização. Os resultados do estudo sugerem que o tamanho e idade da empresa não determinam a capacidade de internacionalização da empresa, de forma que a teoria do empreendedorismo internacional (Oviatt & McDougall, 1994) pode ser aplicada a pequenas empresas (Reuber & Fischer, 1998). Sterlacchinni (1999) sugere, através de um estudo empírico com 143 pequenas empresas, que aquelas que chegam a um tamanho mínimo para tornarem-se eficientes e atingirem o status de empresas independentes, aparentemente apresentam condições necessárias para entrar no mercado externo. O resultado do estudo sugere que a probabilidade de ser um exportador é afetada positivamente pelo tamanho da empresa e negativamente por sua natureza como um fornecedor. Especialmente, atividades de inovação, investimento em design e engenharia de pré-produção têm impacto positivo nas vendas de exportação. Filatotchev, Liu, Buck and Wright (2009), estudaram os fatores que afetam a propensão de uma empresa exportar e o desempenho na exportação da mesma. Os autores argumentam que a orientação exportadora e o desempenho dependem não só do desenvolvimento das capacidades e transferência de tecnologia, mas nas características empresariais, a experiência internacional do gestor e redes globais. Verwaal and Donkers (2002) analisam os custos de transação do tamanho da empresa e sua relação com a intensidade de exportação.

Majocchi and Zucchella (2003) investigam a relação entre a internacionalização e o desempenho, e sugerem que o desempenho não é determinado pela intensidade de exportação nem pelo número de acordos internacionais, mas sim, pela habilidade que as empresas têm em conseguir acesso a alguns mercados, como por exemplo o americano.

Alguns estudos relacionaram a inovação com a internacionalização: Nassimbeni (2001) apresenta um modelo que mostra que a propensão de pequenas empresas se internacionalizarem está diretamente relacionada à habilidade de inovar seu produto e manter relações entre organizações (outras organizações) válidas. A propensão de pequenas empresas exportarem está menos relacionada ao perfil tecnológico da empresa (manufatura, controle de qualidade, gestão, design, comunicação, manuseamento, tecnologia de estoque). Segundo o autor, a vantagem competitiva de empresas exportadoras parece estar relacionada a uma maior sensibilidade às suas áreas de gerência de produto e comercial. A área de gerência de produto

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7 precisa estar sempre estimulando seus recursos internos: a criatividade e inovação de sua equipe. Por outro lado, a equipe comercial tem responsabilidade em desenvolver e estabilizar os relacionamentos entre empresas. Uma gestão muito centralizada e totalmente voltada para seus hábitos internos não consegue explorar adequadamente os recursos internos e as potencialidades de relacionamento externo. Higón and Driffield (2010) analisam os determinantes da exportação de pequenas e médias empresas britânicas com foco na relação das atividades de inovação (diferenciando inovação em processo e inovação em produto) com o desempenho da exportação. Os autores não encontram evidência robusta, em seu estudo empírico, de que inovação em processo aumenta a probabilidade de uma empresa exportar, quando comparada a inovação em produto. Golovko and Valentini (2011) alegam que a inovação e a exportação se estimulam positivamente em um círculo dinâmico e virtuoso. As empresas presentes em mercados externos aprendem mais e melhoram seu desempenho inovador. Os autores sugerem em seu estudo, que o efeito positivo da inovação nas taxas de crescimento das empresas é maior quando estas também exportam. Sui and Baum (2014) estudam como a estratégia de internacionalização modera a importância relativa dos recursos de uma pequena empresa para sua sobrevivência internacional. Os autores sugerem que recursos de inovação são mais importantes para empresas “born globals” e para as nascidas regionais do que para as empresas que passam pelo processo de internacionalização gradual.

Recursos e capacidades das empresas também aparecem como importantes componentes influenciadores da internacionalização de pequenas empresas nos estudos revisados: Raymond and St. Pierre (2011) investigaram as diferentes capacidades de configurações de pequenas empresas que se internacionalizaram com sucesso. O estudo foi realizado com base em 292 empresas de manufatura localizadas no Canadá e na França. Os resultados do estudo revelam que capacidades específicas relacionadas a produtos, mercados, redes, tecnologia, e recursos estão associadas a um grau mais alto de internacionalização. Quando encaram a competição global, as pequenas empresas são estimuladas pelos parceiros a se internacionalizarem. Arranz and Arrobaye (2009) fizeram um estudo empírico com 250 pequenas empresas espanholas, usando como base teórica duas vertentes da literatura que embasam os estudos sobre o processo de internacionalização: a teoria processual e a teoria do empreendedorismo internacional. Os resultados sugerem que as duas teorias explicam de forma complementar o processo de internacionalização, e que o posicionamento estratégico de pequenas empresas faz parte e resulta do processo de aprendizagem da empresa (capacidade), ajudando as mesmas a contornar as barreiras de exportação. O estudo também sugere que quando a pequena empresa está comprometida com as atividades internacionais, ela tende a preferir mecanismos de controle alternativos, como por exemplo a cooperação. Zhang, Lil, Hitt and Cui (2014) estudaram os efeitos da flexibilidade organizacional (capacidade) de pequenas empresas chinesas e seu efeito na internacionalização. Os autores sugerem que a flexibilidade estratégica das pequenas empresas é beneficiada pela internacionalização, mas a flexibilidade operacional enfraquece este efeito principal. A flexibilidade estrutural da pequena empresa não tem efeito na relação desempenho e internacionalização. Por fim, Onkelinx, Manolova and Edelman (2016) estudaram a relação do capital humano e a internacionalização de pequenas empresas belgas e sugerem que a relação é curvilínea e invertida entre o capital humano e a intensidade de exportação, quando a estratégia de internacionalização é acelerada.

O impacto da adoção do uso de e-commerce e websites por pequenas empresas no seu relacionamento com canais de exportação, fenômeno recente, foi estudado por Houghton and Winklhofer (2004). Os autores advertem que a adoção poderia afetar as relações de canais por causa de conflitos. No estudo os autores demonstram, através das repostas das entrevistas em profundidade com empresas, que a comunicação sozinha pode não reduzir os conflitos. O que aparentemente parece importante é a comunicação em um relacionamento comprometido e de

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8 confiança. Em suma, os autores concluem que a Internet tem a capacidade de ser construtiva e destrutiva nos canais de relacionamento.

Em um estudo recente de Lamb, Sandberg and Liesch (2011), encontramos uma proposta diferente da maioria dos estudos revisados: os autores estudaram o processo de internacionalização de pequenas vinícolas australianas, sob a ótica da fenomenografia. Os autores afirmam que, sob esta ótica, foi possível reter, compreender e explorar as variações do comportamento dos gestores envolvidos no processo de internacionalização no contexto de uma indústria específica de um certo país.

Programas de apoio a exportação sempre foram mencionados por estudos do potencial exportador, e recentemente vimos que, no estudo de Sousa and Bradley (2009), os autores sugerem que programas de assistência à exportação e suporte dos distribuidores são importantes determinantes do desempenho de exportação. Foi utilizada uma amostra com 287 gerentes sêniores responsáveis por mercados externos. Os autores argumentam que a influência de programas de assistência à exportação e suporte dos distribuidores no potencial exportador nunca foram testados e validados previamente, e sugerem um modelo integrando os dois construtos.

Por fim, encontramos em nossa revisão recente dois estudos feitos com amostras de empresas brasileiras: Cirera, Marin and Markwald (2015) explicam como a inovação e diversificação de produtos é determinante no desempenho de exportação das empresas. Os autores usam, como amostra, dados de empresas brasileiras em fase de pré-exportação e exportação. Os resultados do estudo sugerem que ainda existe oportunidade de explorar a inovação de produto no país, por isso, investimento em conhecimento e inovação, como por exemplo áreas de pesquisa e desenvolvimento são fundamentais para o desenvolvimento do processo de internacionalização no país. Lengler, Sousa, Perin, Sampaio and Martínez-López (2016) estudaram os efeitos da orientação para o cliente sobre o desempenho da internacionalização de pequenas empresas. O estudo foi feito com pequenas empresas brasileiras, e os resultados sugerem que a relação entre a orientação para o cliente e o desempenho na internacionalização de pequenas empresas é uma relação em “U quadrático”, e que a intensidade de tecnologia e competição são determinantes importantes na internacionalização de pequenas empresas.

5. Resultados

No Quadro 1 são incluídos sumários dos artigos revisados, com título, natureza e epistemologia do estudo, origem e tamanho da amostra:

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9 Quadro 1 – Revisão da Literatura

ARTIGOS SEMINAIS E REVISÕES DE LITERATURA (1978 - 2012)

Título Estudo Data Amostra Epistemologia Teorias Autores

Pre-export activity: The first step in

internationalization Empírico 1978 35 empresas não exportadoras australianas Positivista Teoria da localização

Wiedersheim-Paul, Welch e Olson An attempted integration of the literature

on the export behavior of firms

Conceitual (Revisão de

literatura) 1978 43 estudos de 11 países Positivista International Business Bilkey

A note on the export behavior of firms:

exporter profiles. Empírico 1979

Pequenas e médias empresas de manufatura dos

EUA Positivista International Business

Cavusgil, Bilkey e Tesar Uma questão para as exportações

brasileiras de produtos manufaturados Empírico 1980 150 exportadores de manufaturados Positivista International Business

Dornbusch e Cardoso Management influences on export

performance: a review of the empirical literature 1978-1988.

Conceitual (Revisão de

literatura) 1989 55 estudos durante o período de 1978-1988 Positivista International Business Aaby e Slater Strategies for innate and adoptive

exporters: lessons from Israel′ s case. Conceitual 1989 18 organizações exportadoras em Israel Positivista International Business Ganitsky Empirical research on export barriers:

review, assessment, and synthesis Empírico 1994 1.100 empresas de manufatura do Chipre Positivista International Business Leonidou

Toward a theory of international new

ventures Conceitual 1994

A formação de organizações que são internacionalizadas desde o momento de sua

fundação Positivista International Business; Empreendedorismo; Gestão estratégica Oviat e McDougall The determinants of export performance: a

review of the empirical literature between 1987 and 1997.

Conceitual (Revisão de

literatura) 1998 50 estudos empíricos revisados Positivista International Business Zou e Stan

A review of the foundation, international marketing strategies, and performance of international new ventures

Conceitual (Revisão de

literatura) 2007 Revisão sistemática de estudos empíricos Positivista International Business

Aspelund, Koen Madsen, Moen

Two decades of international

entrepreneurship research: what have we

learned-where do we go from here? Conceitual 2009 150 estudos empíricos e conceituais Positivista International Business

Coombs, Sadrieh, Annavarjula

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10 International entrepreneurship research

(1989–2009): a domain ontology and

thematic analysis. Conceitual 2011

Foram analisados 323 artigos publicados entre

1989-2009. Positivista International Business

Jones, Coviello e Tang International entrepreneurship: a critical

analysis of studies in the past two decades

and future directions for research Conceitual 2012

291 artigos de revistas publicados entre os anos de

1993 e 2012 Positivista Grau de internacionalização; International Business Peiris, Akoorie e Sinha ARTIGOS SELECIONADOS WOS (1997-2016)

Título Estudo Data Amostra Epistemologia Teorias Autores

Market Size and the Internationalization of

Small and Medium-Sized Enterprises. Empírico 1997 132 empresas canadenses de software Positivista

Visão baseada em recursos; Emprendedorismo

Internacional

Reuber e Fischer

Do innovative activities matter to small firms in non-R&D-intensive industries?

An application to export performance. Empírico 1999

143 pequenas empresas sem ligação com pesquisa e desenvolvimento, mas sim como representante de cadeias de fornecedores de alguns setores da

indústria. Positivista Sterlacchinni

Technology, innovation capacity, and the export attitude of small manufacturing

firms: a logit/tobit model. Empírico 2001

165 Pequenas empresas de manufatura na Itália, que

se tornaram exportadoras Positivista Nassimbeni

Firm size and export intensity: Solving an

empirical puzzle Empírico 2002

642 empresas holandesas ativas em comércio

exterior Positivista Custos de transação

Verwaal e Donkers Internationalization and performance:

Findings from a set of Italian SMEs. Empírico 2003 220 empresas italianas Positivista

Majocchi e Zucchella The effect of website and e-commerce

adoption on the relationship between SMEs and their export intermediaries

Entrevista em

profundidade 2004

25 empresas dos setores têxteis, eletrônico e alimento

Paradigma relacional e controle autoritário

Houghton e Winklhofer

Effects of export assistance and distributor support on the performance of SMEs: The

case of Portuguese export ventures. Empírico 2009

287 gerentes sêniores de pequenas empresas

portuguesas Positivista Visão baseada em recursos

Sousa e Bradley Internationalization process of Spanish

small firms: strategies, transactions and

barriers. Empírico 2009 250 pequenas empresas espanholas Positivista

Teoria processual e Modelo de internacionalização de novos empreendimentos

Arranz e De Rroye

(11)

11 The export orientation and export

performance of high-technology SMEs in emerging markets: The effects of knowledge transfer by returnee

entrepreneurs. Empírico 2009 711 pequenas empresas chinesas Positivista

International Business e Visão baseada em recursos

Filatotchev et al

Exporting and innovation performance: Analysis of the annual Small Business

Survey in the UK. Empírico 2010

Pequenase médias empresas do Reino Unido, extraídas do Survey anual de pequenas empresas em

2004. Positivista

Teoria comportamental e inovação

Higón e Driffield Strategic capability configurations for the

internationalization of SMEs: A study in

equifinality. Empírico 2011

292 empresas de manufatura localizadas no Canadá e

na França Positivista Visão baseada em recursos

Raymond e St. Pierre Exploring the complementarity between

innovation and export for SMEs’ growth Empírico 2011

Empresas manufatureiras espanholas entre

1990-1999 Positivista

Completentaridade entre exportação e inovação

Golovko e Valentini Small firm internationalisation unveiled

through phenomenography Empírico 2011 Pequenas vinícolas australianas Positivista Fenomenografia

Lamb, Sandberg e Liesch Internationalization strategy, firm

resources and the survival of SMEs in the

export market. Empírico 2014

1.959 novos empeendimentos Canadenses de

pequeno ou médio porte analisados entre 1997-2005. Positivista Sui e Baum

How can emerging market small and medium-sized enterprises maximise

internationalisation benefits? Empírico 2014 Pequenas empresas chinesas Positivista Flexibilidade organizacional Zhang et al

Explaining export diversification through firm innovation decisions: The case of

Brazil. Empírico 2015 Empresas brasileiras exportadoras Positivista

Inovação e desempenho exportador

Cirera, Marin e Markwald The antecedents of export performance of

Brazilian small and medium-sized enterprises (SMEs): The non-linear effects

of customer orientation. Empírico 2016 700 pequenas empresas exportadoras brasileiras Positivista RBV e SCP Lengler et al

Human capital and SME

internationalization: Empirical evidence

from Belgium Empírico 2016

Pequenas empresas belgas que internacionalizaram

entre 1998 e 2005 Positivista RBV e internacionalização de pequenas empresas Onkelinx, Manolova e Edelman Fonte – Elaborado pelos autores

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12 6. Considerações Finais

A pesquisa buscou apresentar os principais resultados epistemológicos e metodológicos encontrados na literatura vigente de negócios internacionais, abrangendo os últimos 38 anos.

O construto “Potencial exportador” foi amplamente estudado na literatura mais antiga sobre negócios internacionais, como um construto importante para a compreensão dos fatores que levam uma empresa a exportar, assunto muito relevante para órgãos governamentais, associações empresariais e entidades sem fins lucrativos. Quando a corrente teórica do empreendedorismo internacional surgiu, houve um novo entendimento, o de que o fenômeno da internacionalização encontraria suas causas na globalização, e empresas menores e jovens poderiam se internacionalizar. Na literatura de exportação, o construto ‘potencial exportador’ aparece de forma fragmentada, nos modelos de pré-internacionalização, nos modelos graduais, nos estudos sobre perfil exportador e nos que abordam comportamento e desempenho exportador, bem como nos levantamentos sobre barreiras à exportação. Já na literatura de empreendedorismo internacional, incluindo os estudos sobre “born globals”, não há a intenção de estudar especificamente esse construto, estando o interesse nas diversas formas de internacionalização possíveis a uma empresa pequena. Mesmo assim, a maior parte dos estudos empíricos acaba por abordar empresas exportadoras, já que essa é a principal forma de abordagem de mercados externos para empresas pequenas.

De toda forma, encontramos nos artigos mais recentes sobre o tema construtos e variáveis advindas tanto da literatura mais antiga quanto da literatura de empreendedorismo internacional, o que demonstra que, naturalmente, os objetos de estudo, bem como os estudos em si, evoluíram incluindo os conceitos vistos na literatura seminal e naquela sobre empreendedorismo internacional. Variáveis importantes como tamanho da empresa e experiência internacional dos gestores surgem como determinantes na literatura recente (Reuber & Fischer, 1998; Sterlacchinni, 1999; Verwaal & Donkers 2002; Majocchi & Zucchella, 2003; Filatotchev et al., 2009). A inovação, construto importante que predomina na literatura de empreendedorismo internacional, surge como importante determinante do potencial exportador (Nassimbeni, 2001; Higón & Driffield, 2010; Golovko & Valentini, 2011; Sui & Baum, 2014). Recursos e capacidades, que vimos nos modelos seminais do potencial exportador, também aparecem como importantes componentes influenciadores da internacionalização de pequenas empresas nos estudos revisados recentemente (Arranz & Arrobaye, 2009; Raymond & St. Pierre, 2011; Zhang et al., 2014; Onkelinx, Manolova, & Edelman, 2016). Influenciadores novos e mais antigos, como impacto da adoção de recursos mais atuais, como o e-commerce nos canais de exportação e o apoio de programas de exportação, também surgem na literatura recente (Houghton & Winklhofer, 2004; Sousa & Bradley, 2009). Aplicado ao caso brasileiro, vimos nos estudos de Cirera, Marin and Markwald (2015) e Lengler et al. (2016), que inovação e diversificação de produtos são determinantes no desempenho de exportação das empresas, e que a intensidade de tecnologia e competição de mercado são fundamentais. Existe oportunidade de explorar a inovação do produto no Brasil, e por isso investimento em conhecimento e desenvolvimento de produto são fundamentais para um efeito maior na internacionalização de pequenas empresas.

O estudo apresenta algumas limitações que devem ser levadas em consideração por futuros pesquisadores. Em função do método utilizado, baseado em revisão da literatura em periódicos de alto fator de impacto, é possível que esta revisão tenha falhado em identificar artigos importantes, que poderiam trazer acréscimos relevantes. No entanto, o uso de revisões de literatura sobre os temas tratados permitiu ter acesso a um número substancial de artigos pré-selecionados, permitindo superar as dificuldades em acessar o grande número de trabalhos já existentes. Mesmo assim, artigos recentes relevantes podem ter sido omitidos.

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13 Para que essa consolidação pudesse ser feita, os autores optaram por analisar apenas os artigos de 1997 a 2016 publicados em 3 periódicos mais generalistas na área de gestão e negócios; esses critérios, embora facilitem o trabalho do pesquisador, também são responsáveis pela criação de vieses que interferem na consolidação da produção literária sobre o tema. Como exemplo, a maior parte dos artigos analisados são empíricos e de caráter positivista, com a proposição de hipóteses e sua refutação ou não através de surveys ou outras fontes de dados. Grande parte dos artigos analisados também testa variáveis que interferem no desempenho da internacionalização das empresas, podendo ser reflexo das orientações dos periódicos que os selecionam.

Esta revisão de literatura teve como contribuição, além da consolidação do conhecimento, a análise do estado-da-arte e das tendências sobre o construto “potencial exportador”. É possível identificar, através do artigo, os construtos, variáveis, epistemologias, metodologias, além das teorias que embasam os estudos recentes, e entender a sua origem através dos artigos seminais e revisões de literatura apresentados.

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