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Criação do efetivo de reposição do rebanho leiteiro: as vacas do futuro. URI:

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Criação do efetivo de reposição do rebanho leiteiro: as vacas do futuro

Autor(es):

Matos, José Estevam da Silveira

Publicado por:

Publindústria

URL

persistente:

URI:http://hdl.handle.net/10316.2/33567

Accessed :

26-Jun-2021 12:37:29

digitalis.uc.pt

impactum.uc.pt

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ApiculturA com GpS

monte dA torre - ForrAGenS HidropónicAS

trAçA dA BAtAtA

AutomAtizAção de eStuFAS

3.º trimestre2013 // 6€ (portugal) trimestral AGROTEC.PT

NÚMERO

8

do coAlho

Plásticos

BiodEgrAdávEis

* 2 1 8 2 -4 4 0 1 F *

(3)

CRIAÇÃO DO EFETIVO DE

REPOSIÇÃO DO REBANHO LEITEIRO

AS VACAS DO FUTURO

A

s explorações leiteiras de sucesso reconhecem como sendo um dos investimentos

mais importantes a criação do efetivo de reposição, as novilhas – as vacas do futuro. Infelizmente muitas destas explorações não cuidam, como deveriam, deste inves-timento.

O principal objetivo da criação das novilhas de reposição é que estas iniciem a sua 1ª lac-tação aos 22-24 meses, minimizando-se o custo do investimento, por um lado e otimizando-se os níveis de produção por outro. Estes objetivos só poderão ser alcançados através de um bom maneio, suscetível de manter elevados níveis elevados de crescimento, através de uma nutrição adequada e elevado nível sanitário, conseguido através de programas adequados de vacinação, desparasitação e medidas de profilaxia sanitária.

ASpeTOS eCOnómiCOS

O sucesso, ou o insucesso, na criação das novilhas está muito ligado ao aspeto económico. Os custos de reposição significam 15 a 20% do custo total da produção do leite, sendo por isso o 2º ou 3º fator económico da produção leiteira, depois da alimentação e dos custos da mão de obra (Dairy Home, 2012).

Os principais fatores a influenciar estes custos são (Dairy Home, 2012): 1) Os custos de alimentação, alojamento e mão de obra;

2) A morbilidade/mortalidade durantes as fases de cria e recria das novilhas; 3) A taxa de reposição do rebanho;

4) Idade ao primeiro parto das novilhas;

iDADe AO 1° pARTO

Este parâmetro, e a taxa de reposição do rebanho, são os principais os fatores associados aos custos da criação das novilhas, na medida que condicionam o número de novilhas necessárias para que se mantenha um número de vacas estável no rebanho.

No Quadro 1 apresenta-se a estimativa do número de novilhas necessárias em função des-tes dois parâmetros.

Quadro 1

Número de novilhas necessárias por cada 100 vacas (assumindo uma taxa de 10% de novilhas a serem descartadas por falta de qualidade) (Dairy Home, 2012).

Taxa de reposição

do rebanho (%) Idade ao primeiro parto (meses)

22 24 26 28 30 26 53 58 63 67 72 30 61 66 72 78 83 34 69 76 82 88 94 38 77 84 92 99 106 42 86 93 101 109 117

Aumentando a idade ao 1º parto crescem dramaticamente os custos associados à reposição. Comparando, por exemplo, para uma mesma taxa de reposição, suponhamos 30% e se as no-vilhas parirem aos 30 meses e não aos 24 meses, seriam necessárias mais 17 nono-vilhas/ano para

um rebanho de 100 vacas. O custo associado à criação deste número extra de animais tem um impacto tremendo nas contas da explo-ração, para além de que, considerando um “sex ratio” de 50% (o normal) será impossível conseguir este número de fêmeas dentro do rebanho, sendo então obrigatória a aquisição externa ou a utilização de sémen sexado, al-ternativas que oneram ainda mais o processo (Tozer et al., 2012).

A minimização da morbilidade e morta-lidade das vitelas envolve vários aspetos, cuja gestão não deve ser descurada, tais como: a administração do colostro; alimentação ade-quada em cada uma das fases; higiene e cui-dados adequados de maneio. Para além disso deverá assegurar-se o cumprimento rigoroso de um programa de saúde, através de uma

© A g n ie sz k a B ia lo b rz e sk a

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zOOTECNIA

Por:

José Estevam da Silveira Matos

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vacinação das mães no momento da secagem. Deverão ser os seguintes os objetivos do programa de cria/recria de novilhas: 1) menor mortalidade possível 2) poucas doenças

3) crescimento rápido

4) utilização eficiente dos alimentos 5) baixo custo

OS ASpeTOS mAiS

ReLeVAnTeS DA pROFiLAXiA

SAniTÁRiA

Administração do colostro

Os ruminantes, no momento do seu nasci-mento, não possuem nenhuma proteção con-tra as doenças. É acon-través da ingestão do colos-tro que recebem anticorpos maternos que os protegem, até que sejam capazes de produzir os seus próprios.

Só que o seu intestino só está “aberto” à ab-sorpção dos anticorpos maternos nas primei-ras hoprimei-ras de vida. Observa-se uma diminuição na eficiência de absorção dos anticorpos logo após o nascimento (Quadro 2). Rapidamente os anticorpos passam a ser digeridos e as cé-lulas intestinais tornam-se também imperme-áveis a anticorpos. Um dia após o nascimento as bezerras perdem a capacidade de absorver anticorpos intactos por isso é essencial que in-giram colostro logo após o nascimento. Quadro 2

Eficiência de absorção e concentração de imunoglobulinas no soro de bezerros nas horas após o nascimento (Adaptado de Selk,1997).

Horas após o

nascimento Soro sanguíneo (mg/ml) Absorção (%)

6 52.7 66

12 37.5 47

24 9.2 12

36 5.4 7

48 4.8 6

As vitelas que não recebem colostro nas primeiras 12 horas de vida, não absorvem anticorpos suficientes para garantir uma boa imunidade e proteção frente aos principais agentes infeciosos. A administração de

colos-elevados de imunoglobulinas séricas (anticorpos), menor incidência de diarreia, menores taxas de mortalidade e maiores ganhos de peso.

O melhor colostro é o da primeira ordenha e o das vacas mais velhas do rebanho. O exce-dente deste colostro, das pimeiras duas ordenhas, deve ser congelado, para ser administrado às vitelas filhas das vacas mais jovens, ou de vacas recém adquiridas, ou a filhas de vacas com mamite. Este colostro poderá permanecer congelado até 10 meses. A descongelação deverá ser feita em água morna, nunca em água quente.

O colostro poderá ser administrado diretamente num balde, de preferência com tetina ou, em caso de necessidade, com a ajuda de uma sonda naso-esofágica. Em cada refeição não se deve ultrapassar 1,5 a 2 litros (4% do peso da vitela)

Muito importante é a quantidade de colostro fornecido, para além do momento correto para a sua administação (primeira hora de vida): até 10 litros nas primeiras 24 horas. No máxi-mo dois litros em cada refeição.

O Quadro 3 dá-nos a relação entre mortalidade e quantidade de colostro fornecido aos bezerros recém-nascidos durante as 12 primeiras horas de vida.

Quadro 3

Relação entre a mortalidade e a quantidade de colostro dada a vitelos recém-nasci-dos Holstein nas primeiras 12h (Adaptado de : Wattiaux,1997)

Quantidade de colostro (Kg) Mortalidade (%)

2-4 15.3

5-8 9.9

8-10 6.5

Causas de falhas do colostro

1) ingestão de quantidade insuficiente ou tardia 2) administração de colostro pobre em anticorpos 3) rejeição materna ou úbere materno muito volumoso 4) vitelos débeis; inadequado reflexo de sucção 5) fatores de maneio

A concentração de anticorpos no colostro é influenciada por numerosos fatores, como são, a resistência às doenças e programa de vacinações do rebanho, particularmente das va-cas em início do período seco. Existem vacinas que, quando administradas às vava-cas durante o período seco, melhoram a qualidade do seu colostro.

A qualidade do colostro poderá ser avaliada indiretamente pelo seu aspeto. O colostro grosso e cremoso é rico em anticorpos. Ou então, esta avaliação poderá ser feita utilizando-se um densímetro (colostrodensímetro), ou um refratómetro.

A relação entre a densidade relativa e a concentração de gamaglobulinas do colostro é apresentada no Quadro 4 .

Quadro 4

Relação entre a densidade relativa e concentrações de imunoglobulinas e a qualidade do colostro (Adaptado de Toenjes et al., 1991)

Excelente Razoável Pobre

▶▶▶▶ ▶▶▶▶ ▶▶▶▶

Densidade relativa 1,064 – 1,055 1,055- 1,040 1,040-1,0 32 Imunoglobulinas/ml 96-73 73- 35 35-1,5

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Desinfeção do cordão umbilical

Logo após o nascimento deverá fazer-se sem-pre a desinfeção do cordão umbilical. A de-sinfeção deverá ser feita com uma solução à base de iodo, a 7%. O desinfetante deverá ser corretamente aplicado no interior do umbi-go. É importante ir apalpando os umbigos das vitelas nas primeiras semanas de vida para verificar se há inflamação ou abcesso (onfaloflebite).

ALimenTAÇÃO

Até ao desmame

Após as primeiras 48 horas, as vitelas são geralmente alimentadas com susbtitutos do leite, em pó. Vários fatores são importantes nesta fase: o tipo de leite fornecido; o volu-me de leite administado em cada refeição; a frequência de alimentação; os métodos de alimentação; e a temperatura do leite. Obvia-mente devem ser seguidas regras básicas de higiene por forma a evitar a transmissão de doenças.

Quanto à quantidade do leite a admi-nistrar diariamente, de preferência 2 vezes ao dia, deverá ser de cerca de 8 a 10% do Peso Vivo (4 a 5% em cada refeição), deven-do ser alimentadeven-dos com a mesma quantidade de leite até ao desmame como forma de as encorajar a consumir alimentos sólidos, con-centrado, desde muito cedo. Se a capacidade volumétrica do abomaso for excedida, o leite em excesso reflui para o rúmen, ainda ima-turo, causando problemas digestivos (putre-fação, timpanismo, alteração do pH, instala-ção de uma flora microbiana anormal).

A prática de uma única refeição só pode ter sucesso sob condições ótimas de maneio. A água deverá ser disponibizada ad libitum desde os primeiros dias de vida.

ADminiSTRAÇÃO De

COLOSTRO FeRmenTADO

OU ACiDiFiCADO

O colostro fermentado, ou acidificado, pode ser usado para alimentar as vitelas. A utili-zação de colostro na alimentação de vitelos permite obter crescimentos normais quando comparado com vitelos alimentados com lei-te de substituição ou com leilei-te inlei-teiro, com a vantagem de reduzir substancialmente os custos da alimentação da fase de aleitamento (Rodrigues, 1989). Vários estudos demons-traram que os ganhos de peso são

semelhan-tes aos obtidos com a alimentação com leite, ou sucedâneo de leite, quando o colostro for corretamente fermentado ou conservado pela adição de um ácido orgânico. O colostro des-tinado à fermentação é representado por todos os excedentes de colostro ordenhado das vacas a partir da segunda ordenha (Foley e Otterby, 1978; Rodrigues, 1989)(o colostro em excesso das primeiras duas ordenhas de vacas selecionadas, como atrás referimos, deverá ser conservado pela congelação).

O colostro fermentado, ou acidificado, deve ser armazenado em bidões de plástico. O leite de vacas tratadas com antibióticos não deve ser adicionado, dado que os antibióticos vão inibir a fermentação. A fermentação natural do colostro, com ou sem adição de cultura de arranque (por exemplo Kefir), faz-se melhor a temperaturas entre 15 e 26 °C, devendo ser armazenado à sombra. Abaixo dos 15° C, a fermentação é lenta. Quando a temperatura for superior a 26° C, poderá haver multiplicação de microrganismos indesejáveis (putrefação). A adição de pequenas quantidades de conservantes (ácidos orgânicos) pode prolongar a vida útil do colostro fermentado e diminuir a fermentação indesejável. O colostro leva aproxima-damente 10 a 14 dias para fermentar e pode ser armazenado por mais 14 a 30 dias (Foley e Otterby, 1978).

As vitelas poderáo ser alimentadas com colostro fermentado desde os quatro dias de idade, devendo este ser diluído, com água morna, numa proporção de 1 parte de água, para 2 partes de colostro fermentado.

A utilização de colostro/fermentado, ou acidificado, foi muito popular em alguns países nas décadas de 70 e 80, tendo sido progressivamente abandonado por ser pouco prática a sua utilização e também porque, em alguns rebanhos, colocava em causa o controlo de doenças, como por exemplo o IBR e BVD e a paratuberculose. Entretanto, mais recentemente, passou-se a utilizar a pasteurização a baixa temperatura dos colostros como forma de controlar a transmissão destes agentes (Stabel, 2008). Neste caso, a fermentação do colostro poderá ser conseguida pela adição de cultura de arranque (Bactérias Ácido lácticas (BAL)(Kefir, por exemplo)

ASpeTOS pRÁTiCOS DO ALeiTAmenTO

A administração do leite, ou substituto, deve ser feita preferencialmente com balde individu-al, munido de tetina. O sistema de alojamento considerado ideal é o alojamento em “casotas” individuais “calf hutchs”, por proporcionar um bom isolamento e conforto, essenciais ao bom êxito desta fase mais difícil da criação das vitelas.

Uma vez que o aleitamento é uma tarefa com elevado consumo de mão de obra, têm sido propostos sistemas coletivos, alguns automáticos, de aleitamento. Realçamos aqui, por ser muito prático e barato, o sistema neozelandês de aleitamento coletivo de bezerros, composto simplesmente por um tambor, tetinas (“tetos”) de borracha e tubos com válvulas de não-re-torno. O número de “tetos” deverá ser superior ao número de vitelos a alimentar (Figura 1) .

Figura 1

Sistema neozelandês de aleitamento coletivo de bezerros. http://www.ibiblio.org/ farming-connection/grazing/forgey/nzbarrel.htm (Fotos de TL Gettings)

Seja qual for o equipamento utilizado, este deverá ser higienizado após cada refeição.

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de manter as suas necessidades nutricionais. Embora seja possível o desmame precoce à 5ª semana, muitos produtores preferem alimentar com leite as suas vitelas até às 10-12 semanas. O certo é que a idade não é garantia de que o rúmen esteja bem desenvolvido, mesmo à 12ª semana.

A ingestão de cereais, desde as primeiras semanas, favorece o desenvolvimento do rúmen e possibilita o desmame precoce das vite-las. Os trabalhos de investigação, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, sobre o efeito do tipo da alimentação no desenvolvi-mento do rúmen em vitelos, revelaram a importância da alimentação precoce com cereais no favorecimento do desenvolvimento do rúmen e do retículo e no estabelecimento da respetiva microflora (Heinrichs, 2005). As imagens da Figura 2 revelam claramente esta influência, ao ponto do rúmen das vitelas com apenas 4 semanas, alimentadas com leite e cereal, terem um maior desenvolvimento das papilas e uma cor mais escura do que o dos animais alimentados apenas com leite e feno e já com 12 semanas. O feno quando dado a vitelas até esta idade deve ser administrado limitando a sua quantidade a um máximo de 400 gramas por dia e por cabeça, por forma a não limitar excessivamente o consumo de concentrado, considerado benéfico neste caso. O con-sumo de cereal, que deve ser admistrado a partir da 2ª semana de vida, deverá ser de pelo menos de 600 a 750 gramas nos dias que precedem o desmame, idependentemente da idade do animal.

b)

a) c)

Figura 2

Influência da dieta no desenvolvimento do rúmen. a) 4 sema-nas de idade - Dieta: leite e grão; b) 6 semasema-nas de idade - Die-ta: apenas leite; c)12 semanas de idade - DieDie-ta: leite e feno. Imagens da Universidade da Pensilvânia (acesso em 15 julho 2013), disponíveis em : http://extension.psu.edu/animals/dairy/ health/nutrition/calves/calf-rumen-images

Alimentação após o desmame

Um regime alimentar que proporcione uma transição suave do período de aleitamento para a alimentação sólida, é vital para o sucesso da criação das novilhas. O método de “desmame” influencia o consumo de alimen-to, o desenvolvimento do rúmen e o crescimento dos vitelos. O desmame progressivo estimula um maior consumo de alimentos sólidos, contri-buindo para um melhor desenvolvimento do rúmen e maturação gastro-intestinal, maior crescimento corporal, uma maior eficiência alimentar e uma menor incidência de doenças (Khan et al., 2011).

A relação entre o nível de alimentação durante o período de criação e a futura produção de leite da novilha tem sido muito estudada (Sejrsen e Purup, 1997; Sejrsen et al., 1998; Capuco et al., 1995). O aumento da concentração de energia da dieta, dos três meses de idade até a puberdade,

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resultando em taxas elevadas de ganhos de peso, pode prejudicar o desenvolvimento da glândula mamária pela substituição do parênquima ma-mário (células secretoras de leite) por tecido adi-poso, independentemente do tipo de dieta (Sejr-sen e Purup, 1997; Sejr(Sejr-sen et al., 1998). O efeito negativo da sobrealimentação é similar para todas as raças. O nível de alimentação que pode causar redução na futura produção de leite pode variar e é diferente entre raças Sejrsen e Purup, 1997; Sejrsen et al., 1998; Capuco et al., 1995. Se-gundo esses autores, o efeito negativo tem lugar acima de 400 g para animais da raça Jersey, 600 g para a Dinamarquesa vermelha e acima de 700 g para a Holandesa. O limite exato a partir do qual este efeito negativo passa a influenciar o desenvolvimento da glândula mamária ainda não está bem definido. Outros autores situam-no, para o caso de novilhas da raça Holstein, acima dos 820g/animal/dia (Quigley, 1997).

Alguns investigadores têm questionado se o aumento de outros nutrientes, e não só da energia, também prejudicaria o desenvol-vimento da glândula mamária. A alimentação com maior concentração de proteína reduz os riscos sobre o desenvolvimento da glândula mamária quando as vitelas são alimentadas para ganhos de peso superiores a 900 g/ani-mal/dia (Brown et al., 2005). Esta proteína extra permitiria uma redução na idade ao primeiro parto e nos custos de criação, sem prejudicar a produção de leite.

Metas de crescimento para as

novilhas dos 3 aos 24 meses

Os objetivos de peso a atingir devem estar re-lationadps com a raça e o peso das vacas adul-tas do rebanho. Este pode ser obtido por uma pesagem das vacas com mais de 4 lactações e que estejam a meio da lactação.

Brown EG, Vandehaar MJ, Daniels KM, Liesman JS, Chapin LT, Forrest JW, Akers RM, Pearson RE, Nielsen MS. 2005. Effect of increasing energy and protein intake on mammary development in heifer calves. J Dairy Sci. 88(2):595-603.

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Foley, J. A., and D. E. Otterby. 1978. Availability, storage, treatment, composition, and feeding value of surplus colostrum: a review. J. Dairy Sci. 61:1033.

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The Babcock Institute Publications, University of Wisconsin-Madison.

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bibLiOgRAFiA

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© I ri n a N a u m e ts

Os grandes objetivos a atingir deverão ser, tal como se poderá ver no Quadro 5, 30% do Peso Adulto aos 6 meses de idade; 40% aos 9 meses; e 60% do peso adulto aos 15 meses (idade da cobrição).

O Peso Adulto das vacas varia de rebanho para rebanho em função do património genético e do sistema de produção. Nos sistemas intensivos os animais da mesma raça tendem a ser mais corpulentos, mais pesados, do que nos sistemas de pastoreio.

Quadro 5

Metas de peso a atingir nas várias fases de crescimento das novilhas em percen-tagem do Peso Adulto das vacas do rebanho e do património genético do mesmo (Adapatdo de DairyNZ, 2012 e Wattiaux, 1997)

Idade em meses

3 6 9 15 22

% do peso adulto Raça Peso Vivo Adulto

Médio/kg 20% 30% 40% 60% 90% Jersey 400 80 120 160 240 360 JxHolstein 450 135 135 180 270 405 Holstein pequeno porte 500 100 150 200 300 450 Holstein de maior porte 600 120 180 240 360 540

Há grandes vantagens em atingir estas metas, uma vez que, por cada kg de PV acima da meta para a raça há um aumento de produção que, por exemplo, no caso da Nova Zelândia, é de 0,14 kg de gordura e 0,10 kg de proteína do leite. Cada kg de peso vivo adicional significa 4 kg mais de leite durante a primeira lactação. Atrasar o primeiro parto para além dos 24 meses tem um custo acres-cido e um aumento significativo dos encargos da exploração, dado o custo de manutenção médio por novilha não produtiva ser de 40 euros/mês por novilha (DairyNZ, 2012).

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Referências

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