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prática de enfermagem

em central de material e esterilização (CME) é bastante comple-xa devido à diversidade de atividades setoriais. Por suas características peculiares, essas atividades exigem conhecimento específico, diversificado e complexo, que pode ser adquirido, não só de modo formal, mas também, através da comunicação e troca de experiências, sendo, portanto, a prática, o

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Enêde Andrade da Cruz*

Enedina Soares**

RESUMO: RESUMO:RESUMO: RESUMO:

RESUMO: Objetiva-se, neste estudo, identificar as representações sociais da prática de enfermagem, construídas pelos trabalhadores da Central de Material e Esterilização (CME), através da determinação do núcleo central e sistema periférico. A amostra foi constituída de 104 profissionais de enfermagem atuan-tes na CME de três hospitais da cidade de Fortaleza – Ceará, em 2002. Foram coletadas evocações livres, produzidas a partir do termo indutor – a prática de enfermagem em central de material e esterilização. Os resultados evidenciam que a estrutura das representações sociais da prática de enfermagem em CME tem como elemento central a responsabilidade e como sistema periférico, elementos cognitivos de informa-ções e atitudinais, expressos na diversidade de atributos profissionais e pessoais exigidos. Conclui-se que o estudo dos elementos das representações sociais desses trabalhadores indica uma evolução na compreensão da prática de enfermagem nesse setor e uma necessidade de maior aprofundamento na compreensão dos elementos constitutivos das representações sociais, relacionados aos atributos pesso-ais necessários à prática de enfermagem.

Palavras-chaves: Palavras-chaves:Palavras-chaves: Palavras-chaves:

Palavras-chaves: Abordagem estrutural; central de material e esterilização; práticas de enfermagem; representações sociais.

ABSTRACT ABSTRACTABSTRACT ABSTRACT

ABSTRACT::::: This study aimed to identify the social representations of the nursing practice, built by the workers of a Center of Materials and Sterilization (CMS), by the determination of the central nucleus and outlying system. The sample was constituted of 104 nursing professionals working in the CMS of three hospitals of the city of Fortaleza – Ceará, during the year of 2002. Free evocations were collected, produced starting from the inductor term - the nursing practice in a center of material and sterilization. The results demonstrate that the structure of the social representations of the nursing practice in a CMS has the responsibility as its central element and, as its outlying system, the attitudinal and cognitive elements of information, expressed in the diversity of professional and personal attributes demanded. We concluded that the study of the elements of those workers’ social representations indicates an evolution in the understanding of the nursing practice in that working sector and the need to broaden the understanding of the constituent elements of the social representations related to the personal attributes demanded by the nursing practice.

Keywords: Keywords:Keywords: Keywords:

Keywords: Nursing practice; center of materials and sterilization; social representations; structural approach.

resultado de um processo dinâmico de construção da realidade profissional que pode ser apreendida atra-vés do discurso, o que, neste estudo, está relacionado à prática profissional inserida no contexto de CME, uma unidade fechada.

Dessa forma, a prática de enfermagem nesse setor caracteriza-se como fruto da experiência co-tidiana construída a partir do desenvolvimento de

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atividades contínuas e específicas de rotina, em todas as áreas de CME. Essas podem ser substituídas conti-nuamente por outras representações, constituindo o resultado de um conjunto de atividades estabelecidas e desenvolvidas de forma sistemática através do pro-cesso de comunicação e interação de um grupo social inserido em um determinado contexto.

Esse contexto, no desenvolvimento da prática profissional é concebido pelo indivíduo ou, pelo menos, parcialmente, pelo grupo enquanto prolon-gamento do seu comportamento, de suas atitudes e das normas às quais ele se refere1. Portanto, a prática

de enfermagem em CME pode demonstrar os ele-mentos resultantes não só do contexto como do pro-cesso de comunicação inerente ao grupo de traba-lhadores desse setor, que têm uma existência própria independente das manifestações individuais.

Dentro do contexto hospitalar, a CME é mui-tas vezes relegada a segundo plano e considerada unidade secundária, onde são lotados funcionários com problemas de saúde, próximos à aposentadoria e/ou com dificuldades de relacionamento, cuja prá-tica, na maioria das vezes, não é valorizada nem re-conhecida.

Nesse sentido, Moscovici2afirma que as

repre-sentações sociais (RS) se caracterizam como produ-tos resultantes da atividade humana, elaborados atra-vés da interação indivíduo e objeto social, uma vez que os indivíduos constroem uma realidade particu-lar que indica os comportamentos direcionados pela comunicação sobre um determinado objeto.

Dessa forma, a vida cotidiana desses trabalha-dores expõe uma realidade interpretada por eles com significados subjetivos e intersubjetivos, na medida em que cada um participa desses significados com os outros indivíduos3.

Essa prática é, pois, um fenômeno social depen-dente da condição individual, podendo ser influen-ciada por situações internas e externas inerentes às relações estabelecidas no grupo, devendo, portanto, ser esclarecidas.

Essas relações, segundo Oliveira e Alvarenga (p.60)4,

são complexas se constituindo uma verdadeira teia de relações da qual participam três elementos: o pon-to de vista do profissional, sobre o objepon-to de sua prá-tica (suas representações), o contexto institucional onde essa prática se desenvolve e as demandas trazidas pela população atendida (suas representações).

Assim, é necessário buscar a natureza interna das questões da prática de enfermagem em CME, pois a atuação dos profissionais nesse setor reflete a visão dos

trabalhadores sobre as transformações que vêm ocor-rendo em sua prática. Na afirmação de Moscovici5,

não existe separação entre o universo externo e o universo interno do indivíduo (ou do grupo) onde o sujeito e objeto não são forçosamente distintos.

O estudo da prática de enfermagem nesse setor, através da estrutura das representações sociais, pode determinar a recuperação de uma prática profissional com um enfoque global que possibilite o reconheci-mento das concretas condições de trabalho e os pro-cessos que exprimem e articulam a relação entre a ob-jetividade da prática de enfermagem e a subob-jetividade de cada profissional inserido no grupo social de traba-lho, cujos elementos de RS podem vir a ser deduzidos a partir do seu próprio discurso mediante indicadores quantificáveis6.

Para Abric1, a estrutura da representação

soci-al é constituída de elementos sócio-cognitivos estruturados que formam o núcleo central rígido e estável e são compostos de elementos que dão sentido a outros mais flexíveis denominados peri-féricos, os quais podem ser elementos constitutivos das representações sociais da prática de enferma-gem em CME. Daí a importância e necessidade da identificação do núcleo central dessa prática para se conhecer, o objeto da representação, ou seja, o que realmente está sendo representado.

Moscovici2 destaca que o conteúdo das RS

é organizado segundo três dimensões: a informa-ção, que indica o conjunto de conhecimentos relativos ao objeto que um grupo possui; o campo ou imagem, correspondente à organização dos conhecimentos relativos a um ou alguns aspectos do objeto; e, enfim, a atitude, que possibilita a orientação global ou posicionamento dos indiví-duos, em relação ao objeto, que pode ser favorá-vel ou desfavoráfavorá-vel a esse.

Diante desses conceitos objetivamos, neste estudo, identificar as representações sociais da prática de enfermagem construídas pelos traba-lhadores de CME, através da determinação do núcleo central e do sistema periférico.

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rata-se de um estudo

exploratório des-critivo com abordagem quantitativa e qualitati-va, utilizando, como base, os aportes teóricos da teoria das representações sociais no que se refere à estrutura da representação social da prática de en-fermagem em CME.

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de evocação livre de palavras ao termo indutor prá-tica de enfermagem em CME. Segundo Sá7, trata-se

de uma técnica para aquisição dos elementos constitutivos de uma representação, portanto possi-bilitando a identificação da estrutura da representa-ção social através da determinarepresenta-ção dos elementos do núcleo central e do sistema periférico, levando à atualização dos elementos implícitos e latentes que poderiam ser perdidos ou camuflados nos conteúdos discursivos8.

Para o teste de associação ou evocação livre de palavras, solicitamos aos participantes da pesquisa que dissessem palavras ou expressões que lhes tinham vin-do à mente, após serem estimulavin-dos por uma expres-são que caracterizasse a prática de enfermagem em CME, representação em estudo.

Em 2002, foram entrevistados 104 profissionais de enfermagem, com idade entre 31 e 66 anos, com média de 44 anos, atuantes nas diversas áreas da CME de três hospitais de grande porte da cidade de Forta-leza – Ceará, que após terem sido orientados, segun-do a Resolução nº 196 de Ética em Pesquisa, aceita-ram participar do estudo assinando termo de con-sentimento esclarecido.

Os dados foram analisados com apoio do software EVOC e da técnica de quatro quadrantes de Vergès9,10 que permitem a análise quantitativa dos

dados, a partir da análise lexicográfica. O EVOC é um programa que organiza as palavras evocadas por or-dem de freqüência e média de evocação.

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média de evocações em torno de três e a freqüência média de palavras em torno de 8,84, o que possibilitou a construção das linhas que dividem os quatro quadrantes, onde os eixos vertical e horizontal referem-se respectiva-mente, à freqüência média e à ordem média de evo-cação11.

Segundo Tura12, os elementos que pertencem

ao sistema central da RS são aqueles que apresen-tam maior freqüência de ocorrência e pronta evoca-ção e estão situados no quadrante superior esquerdo do diagrama, enquanto os elementos periféricos são aqueles situados no quadrante inferior direito.

Dos 104 sujeitos da pesquisa, sete são enfermei-ras, vinte e cinco, técnicos de enfermagem e setenta e dois, auxiliares de enfermagem, sendo 100 do sexo fe-minino e apenas quatro do sexo masculino, com tem-po de serviço em CME, de mais de um a mais de trinta anos, com média de 10 anos de atuação no setor.

Desses sujeitos foram evocadas 520 palavras. Conforme Tura12, para tornar mais consistente,

re-presentativa e limpa a análise, pode-se desprezar as palavras evocadas, apenas uma vez; daí terem sido desprezadas 69 (13,26%) palavras e utiliza-das 451 (86,74%) palavras evocautiliza-das, que consti-tuíram ocorpus, com 51 vocábulos diferentes.

Conforme se pode observar no quadro 1, os ele-mentos responsabilidade, compromisso, consciência e atenção estão no quadrante superior esquerdo, como elementos principais, por apresentarem mai-or saliência na mai-ordem de evocações, provavelmente indicando que esses elementos compõem o núcleo central da representação social da prática de enfer-magem em CME, por terem sido aquelas palavras de maior freqüência de evocação e mais prontamente evocadas, pois dão autonomia à prática profissional nesse setor. Esses constituem os elementos conside-rados mais importantes no desenvolvimento da prá-tica em CME e determinantes da atitude profissio-nal que pode ser marcada, respectivamente, pelas di-mensões funcional e normativa6. (Ver Figura 1)

Também, os elementos garra, saúde, disposição e organização estão nesse quadrante, podendo ser caracterizados como elementos adjuntos, não ativos, cuja ativação seria determinada pela especificidade e natureza da relação existente no grupo com a prá-tica profissional13.

Essas evocações podem demonstrar a serieda-de e importância atribuídas, pelo grupo, aos elemen-tos constituintes da prática profissional em CME, pois demonstram, não só a evolução da prática nes-se nes-setor, como retratam as funções das RS relaciona-das nas afirmações de Moscovici2, quanto a sua

equi-valência a sistemas de valores, idéias e práticas. Essa equivalência se apresenta sob duas formas: uma que estabelece uma ordem, capacitando as pes-soas para seguirem uma orientação em seu mundo social, material e de domínio, que podem determi-nar o modelo adotado pelo grupo; e a outra, que tor-na possível a comunicação entre os membros desse grupo social, sob a forma de códigos que permitem o intercâmbio grupal para compreender e explicar a realidade, manter a exclusividade do mesmo, classi-ficando os diversos aspectos do mundo individual e grupal.

Essas constatações também são confirmadas por Abric1, quando, na teoria do núcleo central, salienta

suas duas funções. Uma é geradora, porque cria ou transforma o significado dos elementos constitutivos da representação que, por sua vez, proporcionam que outros elementos adquiram sentido e valor; e a outra

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tem função organizadora, que unifica e estabiliza a re-presentação, dando dimensão qualitativa à represen-tação do grupo, o que nos parece ser condição essen-cial construída para efetivação da prática em CME.

Os elementos segurança, união, ética, respeito, cooperação, compreensão, interesse dentre outros, com menor freqüência de evocação, estão no quadrante inferior direito, os quais parecem se cons-tituírem em elementos do núcleo periférico por apre-sentarem menor freqüência, além daqueles, evocados nos últimos lugares, que podem demonstrar menor relevância sobre a prática em CME.

Esses elementos, segundo Abric1, são esquemas

organizados pelo núcleo central que permitem o enraizamento e adaptação do grupo à realidade em função da interação das experiências cotidianas que podem gerar representações mais individualizadas, constituindo componentes mais acessíveis e mais con-cretos às funções do núcleo central.

Dessa forma, os elementos periféricos parecem estar relacionados a atributos profissionais e pessoais, necessários à prática em CME, os quais, de certa for-ma, se constituem em cognições elementares que se organizam em estruturas complexas, permitindo que o trabalhador assuma um papel ativo na aquisição de conhecimentos essenciais à prática cotidiana, funda-mentados na experiência e observações, processo de comunicação e crenças elaboradas14.

Os elementos do quadrante superior direito,

con-forme Sá7podem evoluir para o núcleo central ou

fa-zer parte dele, e aqueles do quadrante inferior direito são elementos intermediários situados entre o núcleo central e periférico da representação, os quais, na con-cepção desse mesmo autor, não são analisáveis, pois existe oposição entre os autores da teoria, por serem encargos da teoria geral e não do núcleo central.

Tentando restaurar o conteúdo das representa-ções sobre a prática de enfermagem em CME que está relacionada a uma série de significados, reconstruiu-se os conteúdos a partir das palavras evocadas, que foram ordenadas segundo o lugar que ocupam na es-trutura da representação e categorizadas conforme sua relação e ligação com os diversos significados.

Assim, foram identificados os seguintes núcleos de significados, compostos por uma categoria central e duas periféricas. Foram consideradas as palavras con-tidas no quadrante inferior direito e outras comple-mentares para explicar as categorias.

Categoria Central

Categoria Central

Categoria Central

Categoria Central

Categoria Central

Prática de Enfermagem em CME e responsabi-lidade no trabalho – determinada pelas palavras res-ponsabilidade, compromisso, consciência e atenção. Esta categoria mostra com exatidão o significado e a natureza da prática de enfermagem em CME para os trabalhadores desse setor, cujo comportamento, se-gundo Abric13, pode estar diretamente ligado à

his-tória ou à memória coletiva desse grupo, ao seu

sis-FIGURA FIGURA FIGURA FIGURA

FIGURA 1:1:1:1:1: Visualização do Núcleo Central - Prática de enfermagem em CME: Freqüência e Ordem Média de Palavras Evocadas. N. 104, Fortaleza – CE, 2002.

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tema de normas e valores e à natureza do envolvimento do grupo na situação social vivenciada correspondente à orientação global dos trabalhado-res para o desenvolvimento da prática profissional, especialmente aqueles relacionados aos atributos pessoais necessários à atuação nesse setor.

Também, como valor funcional voltado para a instrumentalização do saber, enquanto objeto de re-ferência para a construção das relações sociais, in-terpretação e controle da realidade do grupo. Esta voltada para o objeto da prática transformado em saber útil que tem como finalidade, a tradução e com-preensão do mundo profissional15.

Essa categoria coaduna com o pensamento de Santa Rosa16quando destaca que a responsabilidade

está vinculada ao conhecimento adquirido pelos pro-fissionais ao longo de sua experiência de vida, sua prática ou, mesmo, pela forma como deve resgatar sua atuação profissional diante das transformações do mundo, portanto, como produto do processo de interação e comunicação social. As palavras aten-ção, saúde, garra, disposição e organização ainda po-dem ser consideradas informações apreendidas pe-los profissionais, sobre as condições necessárias à efetivação da prática de enfermagem em CME.

Categorias P

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Categorias P

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Categorias Periféricas

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Prática de enfermagem em CME associada a atributos profissionais – definida pelas palavras: se-gurança, ética, cooperação, respeito, compreensão, interesse, coragem, desempenho, disponibilidade e honestidade, que refletem condições essenciais a se-rem introduzidas na prática profissional, como re-cursos de informações complementares necessários à atuação profissional nesse setor.

Prática de enfermagem em CME associada a atributos pessoais – determinada pelas palavras: co-laboração, humanidade, vocação, satisfação, criatividade, boa-vontade, bom-humor, cumplicida-de, interação e prazer, que podem demonstrar atitu-des positivas expressas por sentimentos e julgamen-tos de valor evocados, na prática, como elemenjulgamen-tos imprescindíveis à prática profissional.

Essas categorias ainda podem representar ele-mentos coadjuvantes ao ato da consciência, de ca-ráter cognitivo, afetivo e psicomotor que, através do conhecimento e de experiências profissionais, pro-porcionam as habilidades para o saber fazer em CME. É preciso, segundo Callado17, competência

profissi-onal e pessoal, disposição para aprender e sabedoria para tornar proveitosa a experiência que proporcio-na o enriquecimento do aprendizado.

Dessa forma, os componentes dessas categori-as demonstram pontos importantes de reflexão so-bre os elementos que estão associados a um ou al-guns elementos privativos do núcleo central, ao co-nhecimento e à experiência profissional, que neces-sitam de maior aprofundamento para melhor com-preensão da prática profissional, especialmente, aqueles relacionados aos atributos pessoais.

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, verificou-se que a análi-se das evocações livres de palavras possibilitou a iden-tificação dos elementos constitutivos da RS da prá-tica profissional em CME. Foi determinada pelas palavras responsabilidade, compromisso, consciên-cia e atenção, como os possíveis elementos do nú-cleo central da representação da prática de enferma-gem nesse setor, dentro do grupo estudado.

Essa constatação conduz à afirmação de que a RS da prática de enfermagem em CME tem como es-trutura e elemento central a responsabilidade que ser-ve como guia orientador do grupo. Esse núcleo reser-ve- reve-la, ainda, conteúdos consensuais do grupo de traba-lhadores de CME, os quais têm função determinada para a manutenção da união dos outros elementos da representação que não abrangem todo o conteúdo.

Essa estrutura do núcleo central indica uma evolução positiva na compreensão da prática de en-fermagem em CME e seu conteúdo está, certamen-te, determinando a prática cotidiana dos profissio-nais nesse setor.

Como sistema periférico foram verificadas as pala-vras: ética, união, segurança, respeito, cooperação, inte-resse, compreensão, honestidade, coragem, disponibili-dade e desempenho, dentre outras que parecem indicar mecanismos cognitivos complementares de atributos profissionaisepessoaisqueprecisamseradotadosnaprá-tica em CME, como uma forma de posicionamento do profissional no desempenho da prática.

Esses resultados indicam a necessidade de mai-or aprofundamento na compreensão dos elementos constitutivos das representações sociais relacionados aos atributos, não só pessoais quanto profissionais, es-pecialmente aqueles voltados para atitudes positivas expressas por sentimentos e julgamento de valor.

Com este estudo, esperamos contribuir para a construção do conhecimento, especialmente no que tange à reflexão da equipe de enfermagem de CME sobre o enfoque dado à prática profissional nesse se-tor, no sentido de servir de estímulo para a valoriza-ção do profissional de CME.

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RESUMEN:RESUMEN: RESUMEN:

RESUMEN: Se apunta a, en este estudio, identificar las representaciones sociales de la práctica de la enfermería, construyó por los obreros de la Central del Material y Esterilización (CME), a través de la determinación del núcleo central y sistema periférico. La muestra se constituyó de 104 profesionales de la enfermería activas en la Central del Material y Esterilización de tres hospitales de la ciudad de Forta-leza – Ceará, en 2002. Las evocaciones libres eran el arranque reunido, producido del término inductor - la práctica de la enfermería en la central del material y esterilización. La evidencia de los resultados que la estructura de las representaciones sociales de la práctica de la enfermería en el CME tiene como el elemento central la responsabilidad y como el sistema periférico, elementos cognoscitivos de información y atitudinais, expresados en la diversidad de profesional y los atributos personales exigida. Ha acabado que el estudio de los elementos de las representaciones sociales de esos obreros indica una evolución a fondo en la comprensión de la práctica de la enfermería en esa sección y una necesidad de estudio más grande por la comprensión de los elementos constitutivos de las representaciones sociales, relacionado a los atributos personales necesarios a la práctica de la enfermería.

Palabras Clave: Palabras Clave:Palabras Clave: Palabras Clave:

Palabras Clave: El acercamiento estructural; central del material y esterilización; las prácticas de la enfermería; las representaciones sociales.

Notas NotasNotas NotasNotas

*Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Professora Adjunta da Universidade Federal da

Bahia (UFBA) E-mail: enedeeac@ig.com.br

**Professora Doutora em Enfermagem. Bolsista do Programa de Desenvolvimento Científico Regional (DCR-CNPq). Professora Adjunta

Aposentada da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto - Universidade do Rio de Janeiro.

Recebido em: 18.06.2003 Aprovado em: 09.07.2003

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