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UTILIZAÇÃO DA CARTOGRAFIA ESCOLAR PARA A ELABORAÇÃO DE MAPAS COGNITIVOS EM ALDEIAS INDÍGENAS NO NORTE DO BRASIL.

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Academic year: 2021

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UTILIZAÇÃO DA CARTOGRAFIA ESCOLAR PARA A ELABORAÇÃO

DE MAPAS COGNITIVOS EM ALDEIAS INDÍGENAS NO NORTE DO

BRASIL

.

Denison Lima CORREA1; Alexandra Borba²; Weleda Freitas²; Raoni Arraes²; Eneida Correa de Assis²

1 Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA/PA Caixa Postal 66.077-901 - Belém - PA, Brasil

{denison.lima.correa@gmail.com} ² Universidade Federal do Pará – UFPA

¹ ² Observatório de Educação Escolar Indígena-GEPI

O presente trabalho teve como objetivo realizar oficinas de educação escolar indígena na área de cartografia, onde foram trabalhadas junto a três aldeias indígenas do estado do Pará e uma do maranhão. As aldeias foram Turedjam kayapó, Cajueiro Tembé, Sussuarana Tembé e Sitio Novo Kká aApor, respectivamente. Primeiramente, foram apresentaadas as se apresentou as

propostas das atividades por meio de conversa com as aldeias e pós-aceite foi realizadoforam realizadas as oficinas nas escolas ou em lugares de fácil acesso a todos., cCada aldeia apresentou dinâmicas diferentes que foram se adequando a os trabalhos, a qualidade dos produtos forma de grande qualidade evidenciado o conhecimento local dos limites das aldeias, por meio de desenhos e pintura. Após a apresentação das atividades váarias informações foram trabalhadas com as aldeias, e outras oficinas também foram estabelecidas., dDe certa forma forma a oficina foi bem sucedida, pois, aos moradores participantes obtiveram grande aproveitamento e a qualidade dos mapas e informações foram de excelente qualidade.

Palavra Chave: Educação, oficinas, Indígenas. 1. INTRODUÇÃO

A experiência de trabalhar com geografia e mapas tem sido extremamente enriquecedora para o diagnóstico de problemas e necessidades das comunidades tradicionais da Amazônia, para propor soluções e delinear ações futuras., aAcreditamos que as populações tradicionais, principalmente as indígenas, precisam ser introduzidas a uma linguagem gráfica e cartográfica, conhecer os diferentes produtos e as novas tecnologias, tais como fotografias aéreas, imagens de satélite, GPS (ALMEIDA, 2005).

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Elaborar uma cartografia em que crianças, jovens e adultos possam entender de forma simplificada os segmentos de cartografia e geografia é bastante importante do ponto de vista da educação e se fez necessária não só no sentido de apresentar dados numéricos, gráficos onde em se possa se fazer entender a percepção de elementos significativos capazes de contribuir para futuras utilizações no dia a dia de populações indígenas.

O trabalho de Peixoto & Peixoto (2012) relata que algumas comunidades indígenas viviam como seres “invisíveis” na floresta, completamente desamparadas pelo poder público. Ali, produziam sua farinha, caçavam, praticavam festas e rituais e se reproduziam. Quando informados sobre a possibilidade de perder o direito à terra em que viviam, e de que uma das formas de garantir seu território seria a possibilidade de se auto reconhecerem, os indígenas lutam por seu território ainda de forma que não possuem o conhecimento necessário para conflitar os limites de seu território, e a cartografia juntamente com o sensoriamento remoto, podem, ser utilizados através do ensino e aprendizagem para que este conhecimento possa ser usufruído de forma correta e que beneficiem estas comunidades.

De acordo com Oliveira (2001), o espaço na visão indígena não pode ser compreendido isolando cada aldeia dentro de seu limite territorial administrativo. O modo como a sociedade indígena interpreta e representa seu espaço difere da de outros grupos étnicos como os compostos por brancos, negros, amarelos e pardos. Segundo Ladeira (1992), para as comunidades indígenas, o espaço vai além das matas, rios e igarapés, pois se trata de um território construído socialmente e gravado nas diferentes fases de vida desses grupos, assim sua concepção de mundo dá sentido ao seu modo de vida.

É de fundamental importância que o conhecimento tradicional, juntamente com o empírico possa ser formador de opinião e de forma bem didática possa ser repassado como ferramenta na utilização dos recursos naturais e territoriais de comunidades indígenas.

2. OBJETIVO

O presente trabalho teve como meta a realização de oficinas de cartografia práatica em 4 (quatro) aldeias localizadas no sudeste do estado do Pará para servir como ferramenta útil no mapeamento territorial das aldeias.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Área De Estudo

As oficinas foram ministradas em quatro aldeias de diferentes etnias: Kayapó, localizada próximo ao município de Ourilândia do Norte/ T.I. Turedjam; duas aldeias Tembé localizadas

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próximo ao Município de Paragominas/Aldeias Cajueiro e Sussuarana na T.I Alto Turiaçu, e Ká apor na Aldeia do Sitio Novo localizada na fronteira dos Estados do Pará e Maranhão, de acordo com a figura 01.

Figura 1. Localização dos municípios de Estudo.

4. METODOLOGIA

O observatório de educação escolar indígena foi o fundamental interlocutor entre as aldeias através de seu projeto de educação escolar, foique possível possibilitou inserir a

metodologia, a qual consistiu em atividades apresentadas no que consistiu seu organograma de

atividades,da figura 2.

Figura 2. Esquema da distribuição pPara geração dos mapas.

Apresentação das Propostas das oficinas

Distribuição das Tarefas Aula sobre Cartografia Coleta de informações

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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para cada aldeia trabalhada houve diferenças na dinâmica social e cooperativa sendo há que a que mais relacionou as atividades estabelecidas, bem como a maior quantidade de dados apresentados, foi a aldeia Turedjam., nNesta, 100% dos envolvidos nas atividades foram os homens.,Asa figuras 3 e 4 apresentam os homens trabalhando na confecção dos mapas. Para as aldeias Tembé, localizadas no município de Paragominas, houve a predominância de mulheres e poucas pessoas envolvidas.,aAs figuras 5 e 6 demostram a elaboração dos mapas.

Figura 3. Desenvolvimento de atividades Figura 4. Desenhos sendo finalizados Fonte: OBEDUC 2013 Fonte: OBEDUC 2013

Figura 5. Coleta de informações na aldeia Cajueiro. Figura 6. Mapa cognitivo da aldeia (Sussuarama) Fonte: OBEDUC 2013 Fonte: OBEDUC 2013

Na aldeia Sitio Novo (Ká apor), localizada asàs margens do Gurupi, lado do Maranhão,

houve a predominância de crianças e jovens, bem como a participação do líder da aldeia., aAlém de mapas diversosas, outras informações foram geradas na escola (fFiguras 7 e 8).

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Figura 7. Aldeia Sítio Novo desenhando. Figura 8. Detalhamento da aldeia Sitio Novo . Fonte: OBEDUC 2013 Fonte: OBEDUC 2013

Os produtos provenientes passaram por escaneamento para serem utilizados em cartilhas que serão entregues às aldeias. Para cada aldeia estudada, diversos fatores soócias e econômicos foram observados que, de certa forma, limitaram os trabalhos.

Os mapas das aldeias foram bem elaborados demostrando o conhecimento local, além do aprendizado obtido nas ciências cartografiaáficas. Cada mapa está apresentado abaixo (figura 9).

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a apresentação das atividades, váarias informações foram trabalhadas com as aldeias, e outras oficinas também foram estabelecidas., dDe certa forma, a oficina foi bem sucedida, pois aos moradores participantes obtiveram grande aproveitamento e a qualidade dos mapas e informações foram de excelente qualidade. A importância da cartografia para estas aldeia é bastante significativa, tendo em vista que o conhecimento territorial é um subsidio a à

qualidade de vida destas aldeias por motivos de exploração ilegal dos seus recursos por madeireiros e pecuaristas.

Outras oficinas foram sugeridas por parte das aldeias como as de agricultura e artesanato, essas atividades são necessárias para o desenvolvimento sustentável de base das aldeias e na medida do possível serão atendidas pelo Observatório de Educação Indígena.

LITERATURA CITADA

ALMEIDA. R. A, A CARTOGRAFIA NA AGENDA 21 DAS TERRAS INDÍGENAS DO

ESTADO DO ACRE. Anais do X Encontro de Geógrafos da América Latina – 20 a 26 de

março de 2005 – Universidade de São Paulo.

LADEIRA, M. I. 1992. “O caminhar sob a luz” – O território M’bya à beira do oceano. Dissertação de Mestrado em Ciências Sociais - Antropologia. Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, Brasil.

OLIVEIRA, B. A. de C. 2001. As terras indígenas da barragem (Morro da Saudade) e do

Krukutu e o Rodoanel Mário Covas – Trecho Sul. Relatório Antropológico, São Paulo, Brasil.

PEIXOTO, K.P.F & PEIXOTO, R. A luta territorial dos indígenas da Terra Maró. Encontro da Região Norte da Sociedade Brasileira de Sociologia: Amazônia e Sociologia: fronteiras do século XXI. Manaus, 26, 27 e 28 de setembro de 2012.

Referências

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