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TÉCNICA DE REDAÇÃO PROFª JULIANA

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Academic year: 2021

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TÉCNICA DE REDAÇÃO PROFª JULIANA

(2)

1. Do que trata a reportagem? 2. Quem é testemunha do fato principal?

3. Qual é o objetivo de se recolher a história contada por Annie,

amiga de Anne Frank?

4. Que marcas linguísticas indicam o caráter pessoal do que é

narrado?

5. Qual a importância desse tipo de relato nos dias de hoje?

(3)

relatar. V.t.d. 1. Mencionar, narrar, referir, expor. 2. Fazer relação,

lista ou rol de; relacionar. 3. Fazer relatório de. T. d. i. 4. Referir,

narrar, expor

Relātus (Latim) >> relato. S. m. 1. Ato ou efeito de relatar; relação.

2. Descrição, notícia, informação, relação, relatório (de um fato, de

(4)
(5)

Estrutura:

Título simples e breve

Introdução – O quê {aconteceu}? Quem? Quando?

Desenvolvimento – Como? (sequência, desenrolar dos

fatos)

Conclusão – Desfecho do ocorrido

Linguagem:

Marcadores de tempo (ex.: “Era um cálido mês de maio quando...”)

Verbos no Pretérito – Perfeito e Imperfeito –, na maioria das vezes (pode aparecer também o Presente)

Grau equilibrado de informalidade

Texto narrativo – oral

ou escrito – que tem

como função

principal tornar

conhecida uma ação

ou sequência de

(6)

Notas informativas

Depoimento/Testemunho

Boletim de Ocorrência

Notícia

Biografia

Diário

Blog/Diário Virtual

Relatório

(7)

RELATO PESSOAL

“Não me lembro do amanhecer do sexto dia. Tenho uma idéia nebulosa de que, durante toda a manhã, fiquei prostrado no fundo da balsa, entre a vida e a morte. Nesses momentos, pensava em minha família e a vida tal como me contaram agora que esteve durante os dias do meu desaparecimento. Não fiquei surpreso com a notícia de que tinham me prestado homenagens fúnebres. Naquela sexta manhã de solidão no mar, pensei que tudo isso estava acontecendo.

Sabia que haviam comunicado à minha família o meu desaparecimento. Como os aviões não voltaram, sabia que tinham desistido da busca e que me haviam declarado morto.

Nada disso era errado, até certo ponto.

Em todos os momentos, tratei de me defender. Encontrei sempre um meio de me defender. Encontrei sempre um meio de sobreviver, um ponto de apoio, por insignificante que fosse, para continuar esperando. No sexto dia, porém, já que não esperava mais nada. Eu era um morto na balsa.

(8)

“Não me lembro do amanhecer do sexto dia. Tenho uma idéia nebulosa de que, durante toda a manhã, fiquei prostrado no fundo da balsa, entre a vida e a morte. Nesses momentos, pensava em minha família e a vida tal como me contaram agora que esteve durante os dias do meu desaparecimento. Não fiquei surpreso com a notícia de que tinham me prestado homenagens fúnebres. Naquela sexta manhã de solidão no mar, pensei que tudo isso estava acontecendo.

Sabia que haviam comunicado à minha família o meu desaparecimento. Como os aviões não voltaram, sabia que tinham desistido da busca e que me haviam declarado morto.

Nada disso era errado, até certo ponto.

Em todos os momentos, tratei de me defender. Encontrei sempre um meio de me defender. Encontrei sempre um meio de sobreviver, um ponto de apoio, por insignificante que fosse, para continuar esperando. No sexto dia, porém, já que não esperava mais nada. Eu era um morto na balsa.

(9)

Onde?

Quando?

Quem?

Como?

NÃO

ESQUEÇA

DO TÍTULO!

(10)

EU ERA UM MORTO

Não me lembro do amanhecer do sexto dia. Tenho uma idéia nebulosa de que,

durante toda a manhã, fiquei prostrado no fundo da balsa, entre a vida e a morte. Nesses momentos, pensava em minha família e a vida tal como me contaram agora que esteve durante os dias do meu desaparecimento. Não fiquei surpreso com a notícia de que tinham me prestado homenagens fúnebres. Naquela sexta manhã de solidão no mar, pensei que tudo isso estava acontecendo.

Sabia que haviam comunicado à minha família o meu desaparecimento. Como os aviões não voltaram, sabia que tinham desistido da busca e que me haviam declarado morto.

Nada disso era errado, até certo ponto.

Em todos os momentos, tratei de me defender. Encontrei sempre um meio de me defender. Encontrei sempre um meio de sobreviver, um ponto de apoio, por insignificante que fosse, para continuar esperando. No sexto dia, porém, já que não esperava mais nada, eu era um morto na balsa.

À tarde, pensando que logo seriam cinco horas e os tubarões voltariam, fiz um

desesperado esforço para me levantar e me amarrar à borda. Em Cartagena, há dois

anos, vi na praia os restos de um homem destroçado por tubarão. Não queria morrer

(11)

Eram quase cinco horas. Pontuais, os tubarões estavam ali, rodando a balsa.

Levantei-me PENOSAMENTE para desatar os cabos do estrado.

A tarde era fresca. O mar, tranqüilo. Senti-me ligeiramente fortalecido. SUBITAMENTE, vi outra vez as sete gaivotas do dia anterior e essa visão infundiu em mim renovados desejos de viver.

Nesse instante teria comido qualquer coisa. A fome me incomodava. Mas o pior era a garganta e a dor nas mandíbulas, endurecidas pela falta de exercício. Precisava mastigar qualquer coisa. Tentei arrancar tiras de borrachas dos sapatos, mas não tinha com que cortá-las. Foi então que lembrei dos cartões da loja de Mobile.

Estavam num dos bolsos da calça, quase completamente desfeitos pela umidade. Rasguei-os, levei-os à boca e comecei a mastigar. Foi um milagre: a garganta se aliviou um pouco e a boca se encheu de saliva. Lentamente continuei mastigando, como se aquilo fosse chiclete. [...]

Pensava continuar mastigando os cartões indefinidamente para aliviar a dor das mandíbulas e até achei que seria desperdício jogá-los no mar. Senti descer até o estômago a minúscula papa de papelão moído e desde esse instante tive a sensação de que me salvaria, de que não seria destroçado pelos tubarões. [...]

Afinal, amanheceu o meu sétimo dia no mar. Não sei por que estava certo de que esse não seria o último. O mar estava tranqüilo e nublado, e quando o sol saiu, mais ou menos às oito da manhã, eu me sentia reconfortado pelo bom sono da noite. Contra o céu cinza e baixo passaram sobre a balsa as sete gaivotas.

(12)

Dois dias antes eu sentira uma grande alegria vendo as sete gaivotas. Mas quando as vi pela terceira vez, depois de tê-las visto durante dois dias consecutivos, senti o terror renascer. “São sete gaivotas perdidas”, pensei, com desespero. Todo marinheiro sabe que, às vezes, um bando de gaivotas se perde no mar e voa sem direção, durante vários dias, até encontrar e seguir um barco que lhes indique a direção do porto. Talvez aquelas gaivotas que vira durante três dias fossem as mesmas todos os dias, perdidas no mar. Isso significa que eu me distanciava cada vez mais da terra.

(Gabriel Garcia Márquez, Relato de um náufrago. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 1970. p. 70-3.)

(13)

Em 28 de fevereiro de 1955, oito tripulantes do destróier Caldas, da Marinha da Colômbia, caíram na água e desapareceram durante uma tormenta no Mar do Caribe. Apenas um deles sobreviveu, Luís Alexandre Velasco, que, após passar dez dias à deriva, sem comer nem beber, foi encontrado semimorto numa praia deserta do norte da Colômbia. Praticamente seqüestrado pelas autoridades e colocado num hospital naval, só lhe foi permitido falar nesse tempo a jornalistas do regime, e apenas um da oposição, disfarçado de médico, conseguiu entrevistá-lo.

(14)

No Relato O QUE IMPORTA são OS FATOS TAIS COMO

ACONTECERAM, sem “maquiagem”.

Na Narração é costume “exagerar” nas expressões ao se contar uma

história, além de estar ligada à ficção.

(15)

RELATO PESSOAL

Narra fatos reais vividos por uma pessoa e suas

consequências.

CARACTERÍSTICAS:

Apresenta elementos básicos da narrativa (sequência de fatos; tempo; espaço; narrador; personagens).

O narrador é protagonista (Narrador-personagem). Presença de interlocução (relação eu-tu)

Verbos, em sua maioria, encontram-se na 1ª pessoa e no tempo Pretérito. Pronomes pessoais e possessivos

(16)
(17)

“Em primeiro lugar, quero esclarecer uma coisa: isto é um

LIVRO DE MEMÓRIAS, não um diário.

Eu sei

o que diz na capa, mas,

quando a mamãe saiu para comprar essa coisa, eu disse

ESPECIFICAMENTE que queria um caderno sem a palavra “diário”

escrita nele.

Ótimo. Tudo que eu preciso é que um idiota me pegue com

este livro e entenda errado.

A outra coisa que

quero

esclarecer agora mesmo é que isso

foi ideia da minha MÃE, não minha. Mas se ela acha que vou

escrever meus “sentimentos” aqui ou coisa do tipo, ela está louca.

Então, só não espere que eu seja todo “Querido Diário” isso,

“Querido Diário” aquilo.

(18)

“23 DE JULHO Liguei o rádio para ouvir o drama8. Fiz o almoço e deitei. Dormi uma hora e meia. Nem ouvi o final da peça. Comecei [a] fazer o meu diário. De vez em quando parava para repreender os meus filhos. Bateram na porta. Mandei o João José abrir e mandar entrar. Era o Seu João. Perguntou-me onde encontrar folhas de batatas para sua filha bochechar um dente. Eu disse que na Portuguesinha era possível encontrar. Quis saber o que eu escrevia. Eu disse ser o meu diário.

--- Nunca vi uma preta gostar tanto de livros como você. Todos têm um ideal. O meu é gostar de ler.

O Seu João deu cinquenta centavos para cada menino. Quando ele me conheceu eu só tinha dois meninos.

Ninguém tem me aborrecido. Graças a Deus. [...]”

8 Referência às radionovelas, dramas radiofônicos de grande popularidade no Brasil no período do pós-guerra até meados da década de 50.

(19)

DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 1942

Vou começar a partir do momento em que ganhei você, quando o

vi na mesa, no meio dos meus outros presentes de aniversário. (Eu estava

junto quando você foi comprado, e com isso eu não contava.)

Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às seis horas, o que não é de

espantar; afinal, era meu aniversário. Mas não me deixam levantar a

essa hora; por isso, tive de controlar minha curiosidade até quinze para

as sete. Quando não dava mais para esperar, fui até a sala de jantar,

onde Moortje (a gata) me deu as boas-vindas, esfregando-se em

minhas pernas.

(20)

diário. Adj. 1. Que se faz ou sucede todos os dias;

cotidiano, dial, diurnal. ∙ S. m. 2. Relação do que se faz ou

sucede em cada dia. 3. Obra em que se registram, diária

ou

quase

diariamente, acontecimentos, impressões,

confissões. 4. Jornal que se publica todos os dias.

(21)

Relato íntimo em que se registram ideias, opiniões e

impressões pessoais destinadas a ser lidas pelo próprio

autor do texto.

(22)

O depoimento da pequena Anne

Frank, morta pelos nazistas após

passar anos escondida no sótão de

uma casa em Amsterdã, ainda hoje

emociona leitores no mundo inteiro.

Seu diário narra os sentimentos,

medos e pequenas alegrias de uma

menina judia que, com sua família,

lutou em vão para sobreviver ao

Holocausto.

Lançado em 1947, O diário de Anne

Frank tornou-se um dos maiores

sucessos editoriais de todos os

tempos [...]

(23)

Diário eletrônico em que se registram experiências pessoais.

Do inglês, Weblog (Web = teia; log = diário de bordo), surgiu pela

primeira vez em 1999, através da criação do Blogger, que

(24)

RELATO PESSOAL

EXEMPLOS

DIÁRIO PESSOAL/ÍNTIMO

DIÁRIO VIRTUAL/BLOG

• Data

• Vocativo

• Destinado à leitura do próprio narrador/escritor

• Título

• Subtítulo (Resumo do assunto em uma frase)

• Destinado à leitura de um público

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1. Qual é o assunto principal do Texto 1 e do Texto 2? 2. Transcreva um trecho do Texto 1 e outro do Texto 2 em que se narra um tipo de experiência do narrador. 3. No Texto 2, como se posiciona o narrador em

relação aos fatos (foco narrativo; narrador-observador ou narrador-personagem)?

4. Quem é o interlocutor em cada um dos textos (a quem se dirige o narrador)?

5. Que tipo de linguagem é utilizada em ambos os textos? Por quê?

6. Quais são as marcas linguísticas que indicam interlocução nos dois trechos?

7. Identifique e transcreva um trecho de Texto 1 e de Texto 2 em que se utiliza a descrição como um

exemplo.

ATIVIDADE – 29/03

DEPOIS DE LER E

COMPARAR TEXTO 1 E

TEXTO 2, RESPONDA AS

SEGUINTES QUESTÕES:

(26)

ATIVIDADE – 29/03

DEPOIS DE LER E

COMPARAR TEXTO 1 E

TEXTO 2, RESPONDA AS

SEGUINTES QUESTÕES

(RESPOSTAS):

1. O texto 1 trata de uma recomendação que o próprio escritor faz para os leitores lerem seus autores. O texto 2 trata da importância que teria o diário de Anne, caso fosse publicado.

2. Texto 1: parágrafo 2. Texto 2: Parágrafo 2, linhas 1-3. 3. Como narrador-personagem.

4. No texto 1: o leitor. No texto 2: Kitty, ou o próprio diário.

5. Linguagem coloquial. Porque ambos estão no contexto da pessoalidade.

6. Uso do pronome pessoal na 2ª pessoa (Você), vocativo (Caro leitor, querida Kitty), verbo na 2ª pessoa do imperativo subjuntivo (Imagine que...). 7. Texto 1: 2º parágrafo, linhas 1-4. Texto 2: 2º

Referências

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