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Cicatrização e cuidados com a ferida cirúrgica

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Academic year: 2021

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Cicatrização e cuidados

com a ferida cirúrgica

TCBC Matthias Weinstock Doutor em Ciências da Saúde pela Disciplina de Cirurgia Plástica EPM-UNIFESP/Universidade de Pittsburgh Professor Instrutor da Disciplina de Técnica Cirúrgica da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

(2)

Cicatrização

 A cicatrização constitui um conjunto de eventos biofísicos e bioquímicos que tenta restabelecer a integridade dos tecidos.

(3)

Cicatrização

 Pele - Epiderme - Derme: Papilar Reticular

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Cicatrização

 Cicatrização primária ou de

primeira intenção: bordas

são aproximadas

(5)

Cicatrização

 Cicatrização de segunda

intenção: bordas não são

apostas, com formação e retração de tecido de granulação e posterior epitelização.

(6)

Cicatrização

 Cicatrização terciária ou

primária tardia: ocorre

quando uma ferida aberta é fechada primariamente

(7)

Cicatrização

Fases:

Inflamatória

Proliferativa ou Fibroplasia

Maturação ou Remodelação

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Fase Inflamatória – 48H

Lesão Produtos Cascata de coagulação Degranulação de plaquetas tromboplásticos

Protrombina - trombina Fibrinogênio - fibrina

Fibrina = coagulo estável

Trombina: fator de crescimento endotelial – fragmentos -estimulam os

monócitos e as plaquetas.

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Fase Inflamatória – 48H

Coágulo estável Inicio angiogênese Cininas Complemento prostaglandinas vasodilatação neutrofilos Complento C5 Restos celulares Destruição bacteriana Monocito-macrófagos

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Fase de Fibroplasia

 Fibroplasia  Granulação  Epitelização

(12)

Fase de Fibroplasia

 Fibroplasia

- Proliferação de fibroblastos

- Produção da matriz extracelular (colágeno I e III; ác. hialurônico e fibronectina)

(13)

Fase de Fibroplasia

 Granulação ou Angiogênese

- densa população de fibroblastos, vasos e macrófagos dentro da

matriz extracelular (fibronectina, ác. Hialurônico e colágeno)

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Fase de Fibroplasia

 Colágeno:

- estrutura tripla-hélice

- dependente de cofatores: vitamina C, alfa-cetoglutarato, íon ferro e derivados do oxigênio

(15)

Fase Fibroplasia – 72H

fibroblastos + granulação

Matriz extracelular

Tecido de granulaçao

colágeno, fibronectina e ácido hialurônico, com densa

infiltração de macrófagos,

fibroblastos e células endoteliais capilares

Penetração de fibroblatos

Digestão de ác. hialurônico e deposição de GAG

maiores + Colágeno I e III

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Fase de Maturação

 Formação final da cicatriz

 Morfologia : ausência de organização tecidual em comparação com a arquitetura do tecido normal circundante

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Fase de Maturação

 Regreção de fibroblastos e capilares

 Equilíbrio entre a síntese e degradação de colágeno

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Fase de Maturação

 Contração

- miofibroblastos leva redução circunferencial da cicatriz

 Contratura

(20)

Fase de Maturação

 Força tênsil da ferida:

- 21 dias = 30% da força

tênsil da pele normal

- 60 dias = 80% da força

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Fatores de crescimento

 TGF-β (transforming growth factor) - estimula deposição de colageno

- inibe colagenase

 PDGF (platelet-derived growth factor)

- Mitógeno + atrai neutrofilos , macrofagos e fibroblastos  FGFa e FGFb (acid fibroblast growth factor, basic

fibroblast growth factor)

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Fatores de crescimento

 EGF (epidermal growth factor) e KGF (keratinocyte

growth factor)

- estimula epitelização

 IGF-1 (insuline-like growth factor)

- estimula síntese de colágeno e proloferação de fibroblastos

 Interferon-γ - inibe síntese de colágeno

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Fatores que influenciam na cicatrização

 Nutrição  Oxigênio  Anemia  Perfusão tecidual  Diabetes  Obesidade  Quimioterapia  Radioterapia  Corticóides  Idade avançada

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Nutrição

 Depleção proteica –perda ponderal recente ultrapassar de 15 a 25% o peso corporal. O risco de deiscência da ferida aumenta nos pacientes com hipoalbuminemia.

 Deficiência de vitamina C (ácido ascórbico)). A vitamina C é necessária para a hidroxilação de resíduos lisina e pralina.

 Deficiência de vitamina A (ácido retinoico). Reverte parcialmente o comprometimento da cicatrização dos pacientes que fazem uso crônico de esteroides.

 Deficiência de vitaminas do complexo B – o déficit de vitamina B6 (piridoxina) compromete a formação de ligações cruzadas do colágeno

 Oligoelementos – a deficiência de zinco e cobre têm sido implicadas no reparo insatisfatório das feridas

 suplementação alimentar com arginina, glutamina e hydroxi- metilbutirato aumentaou a produção de colageno.

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Oxigênio

 Essencial: inflamação, angiogênese, epitelização e deposição de matriz

 Isquemia: risco maior de infecção

 Síntese de colágeno: aumenta com a administração suplementar de oxigênio.

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Anemia

 Não é deletéria em paciente normovolêmico para o reparo de feridas (hematócrito superior a 15%)

 Aumento da PO2 saturação de hemoglobina > 100%, otimiza a síntese de colágeno.

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Perfusão tecidual

 Fator determinante final da oxigenação e da nutrição das feridas

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Diabetes melitus e obesidade

 Diabetes : Feridas crônicas por neuropatia, vasculopatia (microangiopatia), comprometimento das defesas do hospedeiro contra infecção e distúrbios metabólicos.  Diabetes: quimiotaxia de leucócitos defeituosa

dificultando o processo de fagocitose por parte das células imune.

 Obesidade: perfusão insatisfatória das feridas e os restos adiposos necróticos

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Idade

 American College of Surgeons National Improvement Program: 25000 cirurgias plásticas : sem nenhuma diferença estatisticamente significante

 Piora desses índices: fatores de morbidade

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Corticosteroides quimioterapia e

radioterapia

 Os esteroides :reduzem a reação inflamatória, a epitelização e a síntese de colágeno nas feridas.  Radiação :efeitos nas células em divisão

 Agentes quimioterápicos: efeitos nas células em divisão  Agentesem investigação profilaxia e tratamento de

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Infecção

 A contaminação da ferida por bactérias provoca

infecção clínica e retarda a cicatrização se mais de 10 microrganismos/mg estiverem presentes.

 Processo inflamatório intenso piora aspecto da cicatriz  ATB terapia adequada

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Cicatrização patológica

 Cicatriz hipertrófica : permanece dentro dos limites da ferida original

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Cicatrização patológica

 Queloide: passam dos limites da ferida original Excisão seguida de betaterapia: recorrência 8% 70% de resposta a tratamento

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Cuidados com feridas

 Avaliação do ferimento: - abrasivo - cortocontuso - puntiforme - perfurante ou penetrante - inciso - laceração

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Cuidados com feridas

 Analgesia/ anestesia

 Limpeza

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Cuidados com feridas

 Síntese:

- Desbridamento retirada de corpos estranhos e tecidos desvitalizados

- Não utilizar tecido isquêmico ou causar isquemia - Síntese Técnica cirúrgica deve ser adequada;

pinçamento excessivo e manipulação inadequada

aumentam o processo inflamatório piorando aspecto da cicatriz, bem como sutura sobre tensão

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Cuidados com feridas

 Curativos Tradicionais

- Condição ideal ede umidade e temperatura - substâncias como fatores de crescimento qu estimulam proliferação de fibroblastos e células endoteliais , promovendo

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Cuidados com feridas

 Debridantes:

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Cuidados com feridas

 Hidratantes:

Condições locais para proliferação celular e epitelização Ex ácidos graxos essenciais

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Cuidados com feridas

 Fatorese de crescimento

rhPDGF-BB (Becaplermin), por enquanto sua melhor indicação é paraúlceras em pé diabético profundas, entretanto existem estudos relacionando esta droaga com o desenvolvimento de Câncer.

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Cuidados com feridas

 Compostos dermicos

 Apligraf (Organogenesis, Inc., Canton, Mass.)

composto dermico/epidérmico feito de cultura celular de pele -contém células vivas - produz fatores de crescimento que

promovem a cicatrização + substituto de pele. Estudos mostraram ser efetivo em lesões crônicas. (Janisis )

 Neoderme bilaminada Integra (Integra LifeSciences Corp., Plainsboro,N.J.)

- é um substituto dérmico composto de colágeno bovino e condroitin 6-sulfato de tubarão coberto por silicone

queimaduras perdas de partes moles  Alloderm

- consiste derme de cadaver de onde foram removidos seus fatores celulares e antigênicos)

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Cuidados com feridas

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Cuidados com feridas

 Câmara hiperbárica:

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Bibliografia

1- Cicatrização – Cabral M; Tratado de Cirurgia CBC Atheneu 1 edição pp 143-148

2-Príncipios gerais do tratamento de ferimentos – Ferreira LM, Camelo-Nunes JM, Santos RA, Aloe RC ; Guias de medicina ambulatorial e hospitalar UNIFESP/EPM – Cirurgia PLástica- Manole 1 edição, pp 75-81

3-Corsi RCC, Corsi PR, Pirana S, Muraco FAE, Jorge D.

Factors which compromise wound healing: a review. Rev Brás Cir, 1995; 85(2): 47-53

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Bibliografia

4 - Janis JE, Kwon RK, Lalonde DH. A practical guide to wound healing. PRS, 2009; volume 125, number 6; 230e-244e

5 - Fan K, Tang J, Escandon J, Kirsner R. State of the art in topical wound-healing products. PRS, 2010; volume 127, number 1S; 44s-59s

6 - Karamanos E, Osgood G, Siddiqui A,Rubinfeld I. Wound healing in plastic surgery: does age matter?An American College of Surgeons National

Surgical Quality Improvement Program Study. PRS, 2014; volume 135, number 3.

7 - Ogawa R, Akaishi S, Dohi T, Kuribayashi S, Miyashita T, Hyakusoku H. Analysis of the surgical treatments of 63ke;oids on the cartilaginous part of the auricle: effectiveness of the core excision method. PRS,2014;

volume 135, number 3.

8 - Kavalukas SL, Barbul A. Nutrition and woud healing: An update. PRS, 2010; volume 127, number1s, 38s-43s

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CURSO DE MICROCIRURGIA

APLICADO A ESPECIALIDADES

CIRÚRGICAS

L O C AL : AN F I T E AT R O 1 5 AN D AR H O S P I TAL S Ã O PAU L O – RUA NAPOLEAO DE B AR R O S 7 3 7 , 1 5 AN D AR , S Ã O PAU L O ( AU L A S T E Ó R I C AS )

L AB O R AT Ó R I O D E M I C R O C I R U R G I A ( AU L A S P R Á T I C AS )

DATAS: 10/04/2015 e 11/04/2015

AULAS PRÁTICAS:

•TREINAMENTO EM TÉCNICAS MICROCIRÚRGICAS •DISSECÇÃO DOS VASOS FEMORAIS DO RATO •CLAMPEAMENTO E PREPARO DOS COTOS VASCULARES

•ANASTOMOSE TERMINOTERMINAL DAS ARTÉRIA E VEIA FEMORAIS DO RATO, SEGUIDAS DOS TESTES DE PERMEABILIDADE VASCULAR

•ANASTOMOSE NERVOSA DO NERVO CIÁTICO DO RATO

AULAS TEÓRICAS:

•PRINCÍPIOS E INSTRUMENTAIS EM MICROCIRURGIA •MICROCIRURGIA NA RESIDÊNCIA DE CIRURGIA PLÁSTICA REPARADORA •RETALHOS MICROCIRÚRGICOS •REANIMAÇÃO FACIAL •TRANSPLANTES HOMÓLOGOS E IMUNOSSUPRESSORES •MODELOS EXPERIMENTAIS

•PRINCÍPIOS DE ANASTOMOSE VASCULAR

PROGRAMAÇÃO

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Referências

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