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REABILITAÇÃO PROFISSIONAL DOS EMPREGADOS EM EMPRESA DE ECONOMIA MISTA

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Academic year: 2021

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REABILITAÇÃO PROFISSIONAL DOS EMPREGADOS EM EMPRESA DE ECONOMIA MISTA

Cláudia Cristina Augusto

Currículo: Pedagogia pela - Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1996-1999); Pós-Graduação em Pedagogia Empresarial(2006-2007).

Endereço: Avenida da Saudade, 500, Campinas - SP. Ponte Preta - Cep. 13041-903

e-mail: apoio.empregado@sanasa.com.br

Telefone: 19-3735-5278 – FAX: 19-3735-5070

PALAVRAS-CHAVE: REABILITAÇÃO PROFISSIONAL .

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1. INTRODUÇÃO

Em 1989, percebemos durante os acompanhamentos realizados, que vários empregados da Empresa, estavam exercendo funções das quais não foram contratados como também, pessoas ociosas, “paradas no pátio” da Empresa, em função das limitações ocorridas por problemas na saúde. Após esse diagnóstico, procuramos minimizar os problemas gerados e levar para este indivíduo qualidade de vida, fazendo com que recuperassem sua auto-estima, sentindo-se útil para uma sociedade e para sua família, através de uma adaptação.

Foi quando de “maneira caseira”, começamos trabalhar com alguns casos isolados buscando trabalha-los para uma adaptação considerando sua limitação, e mais tarde firmamos Convênio de Cooperação Técnica (INSS) que tem como objeto a homologação da reabilitação profissional, troca ou não de função/posto de trabalho desenvolvida ou promovida pela empresa com os empregados que, sem estarem em percepção de auxílio doença, sejam portadores de patologias incapacitantes para a função que exercem, mas que reúnem condições para o desempenho de outra, ou como forma de prevenção dos riscos relacionados aos postos de trabalho.

Frente ao exposto foi que desenvolvemos o presente trabalho visando estabelecer critérios para a inserção do empregado no Programa de Readaptação e Reabilitação Profissional, bem como informar os processos pelos quais os reabilitandos passarão, cumprindo a fundamentação legal em Empresas Públicas.

2. OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é demonstrar o estudo de caso de Empresa de Economia Mista no que se refere aos critérios para a inserção do empregado no Programa de Readaptação e Reabilitação Profissional, bem como informar os processos pelos quais os reabilitandos passarão, cumprindo a fundamentação legal.

O Programa foi desenvolvido visando:

• Readaptar ou Reabilitar o empregado com problema de saúde e que se encontra impossibilitado de exercer todas as habilidades inerentes ao seu cargo;

• Buscar habilidades que o empregado esteja apto a desenvolver.

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3. METODOLOGIA

1. REQUISITO PARA READAPTAÇÃO/REABILITAÇÃO PROFISSIONAL.

A Readaptação/Reabilitação Profissional ocorrerá quando o empregado apresentar problemas de saúde que o impossibilite de exercer as habilidades inerentes ao seu cargo, obedecendo aos seguintes critérios:

• O empregado deverá apresentar laudos médicos de profissionais que não sejam da Empresa, avalizados pelos médicos da empresa;

• O empregado (dependente químico) deverá estar abstêmio, isto é, não poderá fazer uso de bebidas alcoólicas e/ou drogas. Caso não esteja sem fazer uso, ficará a afastado pelo INSS, para o tratamento da doença;

• Estar inapto às habilidades, por motivo psiquiátrico. - dirigir veículos de máquinas pesadas;

- operar máquinas e/ou equipamentos; - trabalhar sozinho;

- trabalhar em altura (ex. andaimes, limpeza de reservatório ou equivalente);

- atendimento a clientes e/ou outras situações que serão avalizada pela equipe interprofissional.

Em caso de acidente do trabalho ou trajeto, doença ocupacional, doença mental ou dependência química (ingestão de bebidas alcoólicas ou drogas, caracterizado como uso excessivo e ativo de tais produtos), a Readaptação/Reabilitação ficará sob responsabilidade da URRP / INSS.

2. READAPTAÇÃO/REABILITAÇÃO PROFISSIONAL NA EMPRESA. 2.1. Caberá ao Setor Médico da Empresa

• Encaminhar ao profissional responsável pelo Programa, avaliação médica minuciosa do empregado que apresentar problema de saúde e que necessite de uma Readaptação/Reabilitação Profissional, constando à indicação de mudança de cargo e as limitações apresentadas pelo empregado, bem como, quais habilidades poderá desempenhar considerando seu quadro de saúde, desde que não seja Acidente de Trabalho.

• Encaminhar indicação junto com a avaliação, de pelo menos três funções em que o empregado poderá exercer.

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Estes encaminhamentos deverão respeitar um tempo suficiente para o trabalho do profissional responsável pelo Programa procurar uma nova atividade/vaga para o empregado.

2.2. Caberá ao profissional responsável pelo Programa

• Receber as documentações relacionadas no item 2.1.;

• Estar de posse do formulário M.P. (Movimentação de Pessoal) para preencher a vaga com ciência do Gerente que está liberando o empregado, bem como de quem irá receber;

• Levantar o perfil social, funcional e profissional do empregado, que junto ao perfil médico será pesquisado uma nova função;

• Analisar o cargo proposto (com aumento salarial ou não), bem como o recebimento de adicional insalubridade ou periculosidade, se o novo cargo assim exigir;

• Informar o empregado sobre a Norma do Programa, bem como do cargo sugerido para ser reabilitado;

• Assinar termo de compromisso comprometendo-se a passar por todas as etapas do Programa de Readaptação/Reabilitação Profissional;

• Fazer abordagem familiar, quando se fizer necessário, com o objetivo de promover o apoio familiar e informar sobre o cumprimento do papel social da empresa e o seu benefício;

• Fazer uma abordagem grupal no setor onde e quando o reabilitando iniciar o estágio, com o intuito de divulgar, esclarecer e sensibilizar a promoção da saúde e integração social, profissional e educativa;

• Solicitar ao setor de segurança do trabalho análise do ambiente e característica do trabalho/riscos e equipamentos e materiais de trabalho (inclusive os EPIs) do novo cargo;

• Fazer um acompanhamento (quando solicitado pelo coordenador e/ou empregado) do estágio do reabilitando e, após o prazo estipulado, uma avaliação com o mesmo e seus superiores imediato e médico da empresa, para a aprovação ou não da permanência deste no cargo proposto;

• Analisar, quando o estágio não for aprovado, juntamente com o médico da empresa em oferecer mais uma oportunidade ao empregado;

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• Encaminhar o dossiê do empregado, através de ofício conforme convênio com a URRP/ INSS para homologação;

• De posse a Movimentação de Pessoal – MP e o Certificado de Homologação de Reabilitação enviado pela URRP/INSS providenciar o adequação de setor/função e arquivamento no Prontuário Funcional;

2.3. Caberá ao Setor de Segurança do Trabalho

• Verificar se no cargo indicado, o empregado reabilitando terá direito de permanecer/iniciar ou cancelar o recebimento do Adicional Insalubridade ou Periculosidade;

• Fazer uma visita ao setor em que o mesmo será lotado, com o objetivo de verificar e avaliar as condições do local de trabalho para o exercício do cargo, segundo as Normas Regulamentadas pela Portaria n.º 3214 de 08/06/78.

• Preencher documentação exigida pelo INSS.

2.4. Caberá ao Reabilitando

• Assinar um Termo de Compromisso;

• Realizar um estágio de, no mínimo, 30 (trinta) e no máximo, 90 (noventa) dias no novo cargo, sendo que, se tiver direito ao recebimento de Adicional Insalubridade e/ou Periculosidade, o receberá se aprovado no novo cargo;

• Passar por uma avaliação médica junto ao Setor Médico da Empresa, a fim de certificar o seu estado de saúde atual.

• Receber a diferença salarial, após três meses de exercício da nova função quando houver um aumento.

2.5. Caberá a URRP/INSS

• Analisar o dossiê e convocar o empregado reabilitando para avaliação, através do profissional responsável pelo Programa, informando data e hora do atendimento;

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• Comunicar a empresa, através de ofício e realizar estudo de cargos compatíveis junto à mesma nos casos em que houver discordância da reabilitação promovida pela Empresa.

• Emitir o Certificado de Homologação de Reabilitação à Empresa, se comprovado a compatibilidade laborativa residual do mesmo frente ao cargo indicado para a reabilitação e a propriedade da preparação profissional pela mesma;

3. REABILITAÇÃO PROFISSIONAL PELA URRP / INSS

3.1. Caberá ao Setor Médico da Empresa

• Encaminhar ao profissional responsável pelo Programa na Empresa, avaliação médica minuciosa do empregado que apresentar problema de saúde e que necessitar de uma Reabilitação Profissional, constando à indicação de mudança de cargo e as limitações apresentadas pelo empregado, bem como, quais habilidades poderá desempenhar considerando seu quadro de saúde, para que possa trabalhar preventivamente, até que chegue a indicação formal do INSS. • Encaminhar indicação junto com a avaliação, de pelo menos três funções em que

o empregado poderá exercer.

3.2. Caberá a URRP/INSS

• Solicitar ao profissional responsável pelo Programa na Empresa nova atividade, dentro da estrutura de cargos da Empresa, passando as limitações do empregado; • Realizar visita na empresa, quando assim necessitar ou solicitado pela própria

empresa;

• Encaminhar ao profissional responsável pelo Programa na Empresa, o Certificado da Reabilitação Profissional do Empregado, mediante o envio do relatório da Empresa, caso o estágio tenha sido aprovado. Se for reprovado, o empregado voltará a ser de responsabilidade da URRP / INSS, que poderá encaminhá-lo ao mercado de trabalho, sugerindo a rescisão contratual com a empresa, ou encaminhá-lo à Perícia Médica, que poderá aposentá-lo por invalidez.

3.3. Caberá ao Reabilitando

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• Realizar um estágio de, no mínimo, 30 (trinta) e no máximo, 90 (noventa) dias no novo cargo, sendo que, se tiver direito ao recebimento de Adicional Insalubridade e/ou Periculosidade, o receberá se aprovado no novo cargo;

• Passará por uma avaliação médica no setor médico da Empresa, a fim de certificar o seu estado de saúde atual;

• Receber a diferença salarial, após três meses de exercício da nova função quando houver um aumento.

3.4. Caberá ao Profissional responsável pelo Programa na Empresa

• Contatar a URRP / INSS para análise do cargo proposto e sendo necessário, solicitar visita à empresa;

• Encaminhar o reabilitando para estágio de, no mínimo, 30 (trinta) e no máximo, 90 (noventa) dias no setor indicado conforme indicação do INSS/URRP;

• Acompanhar quando necessário, o reabilitando em estágio e, após o prazo estipulado, fazer uma avaliação, com o mesmo e superiores imediatos, para a aprovação ou não da permanência do reabilitando no cargo proposto;

• Dar seguimento a Movimentação de Pessoal - MP, visando sua regularização e acertos necessários junto ao departamento de pessoal, quando aprovado na nova função.

3.5. Caberá ao Setor de Segurança do Trabalho

• Verificar se no cargo indicado, o empregado reabilitando terá direito de permanecer/iniciar ou cancelar o recebimento do Adicional Insalubridade ou Periculosidade;

• Fazer uma visita ao setor em que o mesmo será lotado, com o objetivo de verificar e avaliar as condições do local de trabalho para o exercício do cargo, segundo as Normas Regulamentadas pela Portaria nº. 3214 de 08/06/78;

• Preencher documentação exigida pelo INSS;

4. CONSIDERAÇÕES GERAIS

A Readaptação/Reabilitação Profissional via Empresa ou INSS se dará em uma única tentativa e, excepcionalmente ocorrerá outra, se for necessária, a critério da análise da Equipe

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interprofissional. Caso o empregado se negue à proposta de reabilitação, não existirá outra oportunidade. Em ambas as situações poderá seu processo ser avaliado administrativamente, o que poderá implicar em rescisão contratual.

O empregado que exercer um cargo que o expõe a agravo à saúde será retirado imediatamente do setor, podendo ou não ser alocado ao processo de Readaptação/Reabilitação Profissional. Problema de relacionamento no trabalho, não será incluído neste Programa.

Será cancelado o Adicional de Insalubridade e/ou Periculosidade do reabilitando, quando este não estiver exercendo o seu cargo, por motivo de afastamento ou de estágio em outro cargo que não lhe dê direito ao recebimento destes. Terá direito de recebê-lo, posteriormente, se o cargo aprovado exigir, a partir da data da aprovação e autorização da diretoria na MP para regularização funcional na empresa.

Será obrigatória a participação efetiva do reabilitando em todas as atividades propostas no processo de Readaptação/Reabilitação Profissional, como também a do gerente e coordenador no treinamento e acompanhamento do reabilitando. A não participação do empregado nas atividades propostas pode levar à interrupção ou não aprovação do processo. Todavia, se tratando de processo interno, o reabilitando, deixando de cumprir uma das etapas do processo poderá sofrer sanções administrativas até mesmo rescisão contratual.

O empregado deverá assinar um Termo de Compromisso comprometendo-se a passar por todas as etapas do processo de Readaptação/Reabilitação Profissional, quando se tratar de processo interno.

Os profissionais envolvidos no Programa realizarão visita “in loco”, quando necessário com o intuito de verificar a adequação da relação trabalhador / trabalho através da observação e análise do empregado (não o reabilitando) no exercício do cargo de origem ou anterior, para estudo de possíveis intervenções de caráter preventivo e de promoção de saúde, que possam contribuir para a redução da necessidade de futuras reabilitações.

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4. RESULTADOS

Podemos afirmar que os empregados, são em sua maioria, muito resistentes a qualquer tipo de mudança, quando inseridos no Programa. Procuramos com os atendimentos oferecidos, responder a todas suas dúvidas, com o objetivo de tranqüilizá-lo. O resultado é de um estágio mais eficaz.

A transferência de posto de trabalho, atividades/função em função da perda laboral, foi muito mais trabalhosa à partir da implantação do Sistema de Gestão de Pessoas, que devido às regras de progressão na carreira, foi fator impeditivo para algumas mudanças, tendo que haver outra análise.

Esta limitação demandou muito trabalho e empenho para trabalharmos com as vagas nas carreiras, bem como aquela de função gratificada, adequando o Sistema de Gestão de Pessoas com a limitação do empregado.

Através da utilização de ferramentas do Programa, difunde-se uma nova visão na empresa, ou seja, todos colaboram no processo, as dificuldades de outras áreas passam a ser gerenciadas dentro de um contexto global, sendo solucionadas em conjunto, com mais equipes, observando e adotando sugestões de melhoria, até a possibilidade de verificação da eficácia da ação tomada.

5. CONCLUSÃO

Com o desenvolvimento do Programa, foi possível proporcionar aos empregados um bem estar bio-psico-social e profissional, mantendo-os produtivos, evitando a sua marginalização e ociosidade, promovendo saúde e prevenido doenças.

Com isso a Empresa também foi beneficiada, pois com empregados satisfeitos, sua produção repercute diretamente nos resultados positivos da Empresa.

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AGRADECIMENTOS

Responsável pela área de Desenvolvimento: Alexandre Leoni Silva Lima Responsável pela Gerência de Recursos Humanos: Mário Guerreiro

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FONTES BIBLIOGRÁFICAS

• Lei 8.213 de 24 de julho de 1991

Título III – Capítulo II – Seção V – Subseção XI – artigo 86 (anexo I)

Título III – Capítulo II – Seção VI – Subseção II – artigos 89 aos 93 (anexo II) • Decreto 3.048 de 06 de Maio de 1999

Capítulo V – artigos 136 aos 141 – (anexo III)

• Instrução Normativa INSS/DC 84 de 17 de Dezembro de 2002 Capítulo V – artigos 361 aos 367 – (anexo IV)

• Decreto 2.172 de 05 de Março de 1997

Capítulo VII - Seção II – artigo 201 – (anexo V) Capítulo VIII – artigos 207 e 208 - (anexo VI)

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ANEXO I Início PHC Fim PHM PHM PHC / FHM / FHT Empregado PHC / PHP PHC S Estágio aprovado? Aprovado? Rebaixamento de função? É caso de Reabilitação?

- Efetua a avaliação médica; - Afasta o empregado, quando necessário;

- Define uma nova função/cargo; - Levanta o perfil do empregado;

- Realiza um estágio;

- Avaliação médica;

- Recebe o Certificado de Homologação Profissional e emite a MP;

- Regulariza a situação funcional. PHC / PHM Equipe Interprofissional PHC Sim Sim Sim Não Sim - Encaminha o processo de Homologação à UERP/INSS; URRP/INSS Aprova? Sim Não Não Não - Analisa e decide (novo estágio ou afastamento). - Afasta ou readapta o empregado à sua função .

Não

Empregado - Apresenta problema de saúde;

Equipe Interprofissional

- Analisa novamente e decide (novo estágio ou

afastamento). Equipe Interprofissional - Analisa e decide. Empregado aceita? Sim Não PHC / PHM - Afasta o empregado.

Referências

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