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Demonstrações Financeiras 2010 em IFRS

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Academic year: 2021

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Demonstrações Financeiras 2010

em IFRS

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Senhores Acionistas:

Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras Consolidadas no padrão internacional de contabilidade (IFRS) do Banco Mercantil do Brasil S.A., de 31 de dezembro de 2010, e o Balanço Patrimonial Consolidado de abertura, em 01 de janeiro de 2010, em conformidade com a Resolução CMN nº 3.786/2009 e normas complementares.

CONJUNTURA ECONÔMICA E SISTEMA FINANCEIRO

A conjuntura econômica internacional tem exibido indicadores que sinalizam recuperação moderada, mas continuam em evidência as questões relacionadas à fragilidade das finanças públicas de países europeus.

No Brasil, 2010 foi de forte expansão da atividade econômica e indicadores mais recentes apontam para a continuidade do cenário favorável, com expectativas de crescimento do PIB da ordem de 4,5% em 2011. O setor industrial prosseguiu na sua rota de recuperação. O comércio apresentou forte expansão, sobressaindo-se os setores de veículos, material de construção, móveis, eletrodomésticos e material para escritório.

Contribuíram para esse cenário positivo, o emprego em alta, a expansão da massa salarial, o crédito farto e a prazos dilatados, que propiciaram forte pressão da demanda por bens e serviços.

Contudo, constatou-se a necessidade de atenuar a pressão da demanda, o que ensejou a adoção governamental de medidas macroprudenciais e novo ciclo de aumento da taxa básica de juros visando manter a inflação sob controle e restabelecer a convergência para o centro da meta governamental de 4,5% ao ano. O Sistema Financeiro Nacional continua demonstrando sua solidez. De fato, a crescente exigência de capital ponderado pelo risco, a criação do Fundo Garantidor de Crédito, aliados ao avanço da governança corporativa nas instituições financeiras e ao monitoramento contínuo pela Autoridade Monetária têm conferido crescente transparência e segurança às operações no mercado financeiro e de capitais. Em 2010, o crescimento das operações de crédito no Sistema Financeiro Nacional refletiu a favorável dinâmica da economia nacional e atingiu a cifra de R$ 1,7 trilhão, expansão de 20,5%. Para 2011, as expectativas de mercado apontam para um crescimento da ordem de 15%.

A qualidade do estoque de crédito no Sistema Financeiro Nacional, pelo histórico no conceito de perda esperada, mostrou evolução, atestada pelo percentual de provisionamento de 5,6%, ante 6,9% em dezembro de 2009. No Brasil, não existem dados de mercado disponíveis sobre o percentual de perdas e classificação de “rating” no conceito de perda incorrida, que é o critério utilizado para fins das Demonstrações Financeiras em IFRS.

CONTEXTO CORPORATIVO E MERCADOLÓGICO

O Mercantil do Brasil é um banco múltiplo de médio porte, que dispõe de estrutura segmentada para os negócios, com destaque para o varejo, com 153 agências distribuídas de forma estratégica nas principais regiões e centros econômicos do País.

Atua nos segmentos financeiros, de investimento, de crédito ao consumidor, de câmbio, de arrendamento mercantil, de distribuição de valores e de intermediação de títulos e valores mobiliários. Possui Agência no exterior, em Grand Cayman, no Caribe, utilizada para potencializar o aproveitamento das oportunidades de negócios no mercado internacional.

Dispõe, também, de plataformas especiais de negócios em Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Bahia, Brasília, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Trata-se de unidades de atendimento segmentado, com foco em investidores e grandes empresas, direcionadas à busca de respostas eficientes e adequadas às demandas específicas dos segmentos de médio e grande portes. Com visão de futuro, o Mercantil do Brasil elegeu como aspectos mais importantes à sua perpetuidade as fontes de capital, a qualidade de seus ativos, a valorização do capital humano, a simplicidade em suas atividades e o relacionamento com seus clientes.

Para isso, dispõe de um bem estruturado Planejamento Estratégico e Mercadológico que orienta a implementação de projetos calcados na eficácia operacional e na eficiência estratégica, que dão sustentação ao seu crescimento e à sua evolução, para a cada dia ser diferente, melhor e contemporâneo.

Nessa perspectiva, o ano de 2010 foi um ano de sucesso para o Mercantil do Brasil, que avançou em termos de reforço da marca e de governança corporativa, alcançou novo patamar na base de clientes, na estrutura de ativos, nas fontes de capitais e em patrimônio líquido, o que se traduz especialmente em criação de mais valor para a Instituição.

Faz parte, também, da cultura organizacional a permanente e parcimoniosa gestão dos custos e investimentos, de forma a maximizar a geração de benefícios econômicos para o Mercantil do Brasil.

Quanto à Governança Corporativa, vale citar a implantação da Estrutura de Gerenciamento de Risco de Crédito, que resulta em maior agilidade e assertividade na tomada de decisões, a implantação do Comitê de Projetos Corporativos, que deu curso e também desenvolveu projetos de alto teor estratégico, e o Comitê de TI, que cuida do aprimoramento do planejamento estratégico de TI integrado ao planejamento corporativo.

• Eventos de Destaque no Exercício >> Habilitação de Direito Creditório – COFINS

O Banco obteve êxito na ação judicial movida em face da União Federal, através da qual postulou a repetição do indébito, por meio de compensação do valor recolhido indevidamente a título de COFINS, originando um direito creditório de aproximadamente R$ 192,0 milhões, líquidos de impostos.

Referido crédito tributário foi habilitado no primeiro semestre para compensação com futuros recolhimentos de tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

>> Aumento de Capital

O aumento do capital social no valor de R$ 45.006.008,00 deliberado em Assembleia Geral Extraordinária de 14 de dezembro de 2009 foi totalmente subscrito e integralizado. A Assembleia Geral Extraordinária para a sua homologação ocorreu em 10 de maio de 2010, tendo sido homologado também pelo Banco Central do Brasil.

>> Captação no Exterior

Foram realizadas novas captações, em julho de 2010, através da emissão de títulos de dívida no exterior, de US$ 200 milhões a 9,625% ao ano, e de US$ 50 milhões a 9,50% ao ano, com prazo de vencimento de 10 anos e que preenchem os requisitos de elegibilidade à categoria de dívida subordinada.

A classificação dessas captações no nível II do Patrimônio de Referência, na categoria dívida subordinada de que trata a Resolução CMN nº 3.444/2007, foi aprovada pelo Banco Central do Brasil em 23 de setembro de 2010.

Essas captações funcionam como importante funding de longo prazo às operações da Instituição e contribuem para aumento do índice de Basileia, conferindo maior respaldo ao plano de expansão operacional do Banco, em conformidade com as diretrizes do Planejamento Estratégico e Mercadológico.

>> Ampliação da Rede de Agências

Em 2010, foi implementado um modelo de atendimento exclusivo aos beneficiários do INSS, inclusive mediante a abertura de novas agências, com previsão de outras quinze novas agências em 2011, visando à plenitude do atendimento das demandas e do aproveitamento das potencialidades de negócios com esse público. >> Criação da Cosefi

A COSEFI - Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros foi criada em 2010, com capital social de R$ 5.000.000,00 totalmente integralizado por subsidiárias integrais do Mercantil do Brasil. A Companhia está em fase pré-operacional e poderá contar com fontes estruturadas de capitais que permitam a alavancagem operacional e um maior aproveitamento das oportunidades de negócios no âmbito de seu objeto social.

• Limites Operacionais

Os limites operacionais da Instituição são calculados de forma consolidada e o índice de adequação do patrimônio aos ativos de risco (Acordo de Basileia II) posicionou-se em 13,38%, ante 13,25% de dezembro de 2009, perante um mínimo requerido de 11,0%.

• Gestão dos Riscos

No Mercantil do Brasil, a Gestão dos Riscos é parte integrante e fundamental nas atividades da Instituição, principalmente nos processos de tomada de decisão, visando obter a melhor relação risco/retorno, através da otimização do uso do capital, bem como para a seleção das melhores oportunidades de negócios. Informações mais detalhadas sobre o gerenciamento dos riscos de crédito, operacional, de liquidez e de mercado podem ser obtidas na Nota Explicativa nº 39. • Capital Humano

O Mercantil do Brasil reconhece o Capital Humano como diferencial competitivo e dispõe de programas de gestão que reforçam cada vez mais a parceria com as lideranças, além do “Crescer MB” que valoriza o desempenho individual, a prática de feedback como fonte de conhecimento e abriga um modelo de gestão de pessoas voltado para o desenvolvimento de competências gerenciais, essenciais e técnicas. Adicionalmente, foi intensificado nos últimos anos programas de treinamento e desenvolvimento, implementado um moderno programa de participação nos lucros e resultados, instituído um modelo formal de gestão do desempenho e passou-se a utilizar o recrutamento interno como fonte principal de identificação de talentos e construção de carreira.

A alta favorabilidade do expressivo índice de 77% de satisfação constatado em pesquisa de clima realizada por uma conceituada empresa com o corpo funcional, em maio de 2010, incluiu o Banco entre as instituições detentoras de melhores práticas de gestão de pessoas.

Este cenário contribui para tornar o corpo funcional cada vez mais conhecedor, alinhado e engajado na implementação do posicionamento estratégico e mercadológico do Mercantil do Brasil.

Em 2010 foram registradas 32.737 participações em treinamentos, sendo 90% em treinamentos a distância. Foram disponibilizados, ainda, 13 novos cursos a distância, focando produtos e serviços e vários deles com foco na política de atendimento aos beneficiários do INSS.

• Tecnologia e Canais Eletrônicos

A estrutura tecnológica é considerada como prioridade na política de investimentos, com vistas a garantir adequado suporte e proporcionar segurança e agilidade às atividades. Em 2010, foram investidos R$ 15,0 milhões em atualização tecnológica, objetivando suportar maior volume de transações e maior disponibilização dos canais eletrônicos de negócios.

Modernizou-se, também, o parque de estações de trabalho e telefonia, com a inserção da tecnologia de rede sem fio, possibilitando aumento de produtividade e propiciando a mobilidade a um prazo e custo mais adequados.

Os Canais Eletrônicos, como vem acontecendo de maneira recorrente, contribuíram decisivamente para uma ampla oferta de serviços e produtos de crédito, além de oferecer aos clientes comodidade, segurança e agilidade em suas transações. Todo o parque de equipamentos de autoatendimento foi revitalizado, proporcionando aos usuários maior agilidade em suas transações. Foram adquiridos, ainda, novos Terminais de Pagamentos (TPG), acessíveis também aos portadores de necessidades especiais.

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O canal internet continua em constante evolução, tanto tecnológica quanto em disponibilidade de produtos e serviços, tendo sido muito bem avaliado em pesquisa recente, quando 81% dos entrevistados afirmaram estar muito satisfeitos com o nível de produtos e serviços oferecidos.

Da mesma forma, os sistemas e procedimentos de segurança adotados nos canais eletrônicos mostram-se eficientes e os clientes têm percebido essa segurança e demonstraram sua satisfação em pesquisa de imagem, quando 91% dos pesquisados aprovaram os métodos de segurança adotados pelo Mercantil do Brasil.

>> Campanhas Publicitárias

Em 2010, foram veiculadas 11 campanhas publicitárias, que tiveram como principais objetivos divulgar produtos, serviços e outras de cunho institucional.

As campanhas também divulgaram as vantagens e benefícios de produtos destinados às pessoas física e jurídica, como o Capital de Giro, o Empréstimo Consignado e o Crédito Pessoal.

>> Eventos de Relacionamento

Foram realizados diversos eventos de relacionamento com foco em clientes, tendo como base para esta seleção o perfil e segmentação dos mesmos.

• Imagem Corporativa e Qualidade de Atendimento

A realização sistemática de pesquisas de opinião e mercado faz parte do planejamento estratégico da organização para avaliar e monitorar aspectos ligados à imagem corporativa, à qualidade no atendimento e ao relacionamento com os clientes.

São realizadas pesquisas com foco na avaliação da imagem e satisfação; canais de atendimento humano e eletrônico; clima organizacional, processos, produtos, serviços, atuação socioambiental e ações de relacionamento.

Merece destaque o excelente resultado da Pesquisa de Imagem e Satisfação de 2010, que registra os maiores saltos de desempenho desde a sua primeira edição. O atendimento humano foi citado espontaneamente como o aspecto mais positivo do Mercantil do Brasil, sendo lembrado pelos clientes como disponível, ágil, cordial e atencioso. O resultado que combina a importância deste atendimento com a satisfação dos clientes, chegou a 92% em 2010.

Os destacados e crescentes índices de satisfação obtidos nas pesquisas realizadas com diferentes públicos atestam o alinhamento das ações à estratégia proposta. • Responsabilidade Socioambiental

Foram realizadas 29 iniciativas de responsabilidade socioambiental corporativa, voltadas para comunidades onde a empresa está inserida, envolvendo patrocínios, eventos, projetos ou programas próprios, de caráter social e ambiental.

Destaca-se o lançamento, no segundo semestre, do programa Mercantil do Brasil Educacional, voltado para a comunidade escolar de cidades de Minas Gerais onde o Banco está presente. Realizado em parceria com instituição do terceiro setor, o Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento, o programa contribui com a formação de crianças e jovens por meio da capacitação de educadores para utilização de pedagogias e tecnologias sociais inovadoras. Foram capacitados 186 educadores, de 115 escolas.

Na área ambiental, foi relevante a continuidade do MB Consciente Ambiental, programa que visa contribuir para a preservação do meio ambiente promovendo educação ambiental junto a funcionários, prevenindo e minimizando impactos ambientais das atividades do Mercantil do Brasil.

DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO – CONSOLIDADO

As demonstrações financeiras do Mercantil do Brasil exibem apropriada estrutura de capitais, em linha com a sua estratégia e objetivos mercadológicos.

Constata-se que o Mercantil do Brasil obteve destacado crescimento com qualidade em 2010, sobressaindo-se as operações de crédito e os depósitos totais, o ativo total e o patrimônio líquido, em face do resultado obtido.

• Ativos e Passivos

Ativo Total, Operações de Crédito e Captação de Recursos

O Ativo total consolidado do Mercantil do Brasil alcançou o montante de R$ 11,0 bilhões, crescimento de 17,4% no exercício.

Os instrumentos financeiros de liquidez somam R$ 3,4 bilhões, representados por Caixa e Reservas no Banco Central do Brasil de R$ 3,0 bilhões, ativos financeiros mantidos para negociação e disponíveis para venda de R$ 0,4 bilhão.

Esses ativos representam 37,4% do passivo financeiro ao custo amortizado, que é composto, sobretudo, por depósitos, obrigações por empréstimos e repasses, obrigações por operações compromissadas, recursos de aceites cambiais e letras hipotecárias, e 30,9% do ativo total.

Os empréstimos e recebíveis somam R$ 6,6 bilhões e estão representados, essencialmente, por operações de crédito, refletindo expansão de 21,4% no exercício e participação de 60,0% sobre o ativo total.

A provisão para risco de operações de crédito, no conceito de perda incorrida, posicionou-se em R$ 193,3 milhões, ante 281,6 milhões no balanço de abertura, em 01 de janeiro de 2010.

Captação de Recursos

Os principais recursos captados somam R$ 9,8 bilhões, 16,7% superiores aos R$ 8,4 bilhões do balanço de abertura, e estão constituídos por captações nos mercados interno e externo.

Na composição desses recursos, destacam-se R$ 4,8 bilhões de depósitos a prazo, R$ 2,1 bilhões de obrigações por empréstimos e repasses, R$ 941,1 milhões de captações no mercado aberto e R$ 509,9 milhões de depósitos à vista. Somam-se a esses recursos R$ 920,0 milhões de captações e empréstimos no exterior. Os Depósitos a Prazo alcançaram crescimento de 33,7% no exercício.

Do total de recursos provenientes do exterior, R$ 631,8 milhões estão registrados como Dívida Subordinada, ou seja, em status de capital para fins de níveis de capitalização, nos termos da Resolução CMN nº 3.444/2007.

• Contas de Resultado

As Receitas de Juros alcançaram R$ 2,0 bilhões e contemplam, principalmente, rendas de operações de crédito e rendas de aplicações interfinanceiras de liquidez. As Despesas de Juros totalizaram R$ 1,2 bilhão e estão representadas por despesas de captação de R$ 0,6 bilhão, despesas de cessão de operações de crédito de R$ 0,2 bilhão e despesas com títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos R$ 0,2 bilhão, dentre outras.

O total da Receita Líquida de Juros é de R$ 741,3 milhões.

As Perdas Líquidas com Ativos financeiros somam R$ 278,5 milhões e é essencialmente composta por despesas com provisões para operações de crédito. As Receitas de Taxas e Comissões totalizaram R$ 103,1 milhões e estão compostas, principalmente, por rendas de prestação de serviços.

As Despesas de Pessoal posicionaram-se em R$ 374,6 milhões, impactadas, sobretudo, pelas contingências trabalhistas, em decorrência do aperfeiçoamento na metodologia de cálculo das provisões (R$ 67,0 milhões em provisões adicionais). As Outras Despesas Administrativas posicionaram-se em R$ 255,2 milhões. O seu montante foi impactado, principalmente, em decorrência das despesas de processamento de dados e propaganda e publicidade.

O Lucro Operacional antes da Tributação alcançou R$ 286,3 milhões. • Lucro Líquido e Patrimônio Líquido

O Mercantil do Brasil registrou Lucro Líquido Consolidado de R$ 191,4 milhões no exercício, equivalente a uma rentabilidade de 30,6% em 2010 sobre o Patrimônio Líquido de R$ 625,3 milhões.

O Patrimônio Líquido de Referência é de R$ 1,0 bilhão e inclui o Patrimônio Líquido Consolidado das Instituições Financeiras do Mercantil do Brasil e a Dívida Subordinada no montante de R$ 330,8 milhões, nos termos da Resolução CMN nº 3.444/2007.

PARTICIPAÇÕES EM CONTROLADAS

As participações em empresas controladas encontram-se detalhadas em quadro específico das demonstrações financeiras.

INSTRUÇÃO CVM nº 381/2003

Em atendimento ao que dispõe a Instrução CVM nº 381/2003, o Mercantil do Brasil e suas empresas controladas vêm informar que os auditores externos, Pricewaterhousecoopers Auditores Independentes, realizaram exclusivamente serviços de auditoria externa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Além dos aspectos de solidez e segurança que permeiam a Instituição ao longo de sua existência, destacam-se no Mercantil do Brasil a contínua avaliação e implementação de projetos e ações que dão sustentação ao seu crescimento e à sua evolução, para a cada dia ser diferente, melhor, contemporâneo e garantir a sua perpetuidade.

Finalizando, registramos agradecimentos aos clientes e acionistas pela confiança e apoio com que nos têm prestigiado, bem como aos nossos profissionais, que mais uma vez se mostram engajados no contínuo aprimoramento institucional. Belo Horizonte, abril de 2011.

A ADMINISTRAÇÃO

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BALANÇOS PATRIMONIAIS EM

Em R$ mil

As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

A T I V O MB Consolidado

31/12/2010 01/01/2010

CAIXA E RESERVAS NO BANCO CENTRAL (Nota 4.) ... 3.037.861 2.775.876 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez (Nota 4.1.) ... 2.740.670 2.549.074 Relações Interfinanceiras ... 206.385 148.836 Disponibilidades (Nota 4.2.) ... 87.014 72.280 Relações Interdependências ... 3.792 5.686 ATIVOS FINANCEIROS MANTIDOS PARA NEGOCIAÇÃO (Nota 5.) ... 92.355 125.330 ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA (Nota 6.) ... 232.096 143.363 EMPRÉSTIMOS E RECEBÍVEIS (Nota 7.) ... 6.682.015 5.334.105 Operações de Crédito ... 6.592.637 5.380.647 (-)Provisão para Operações de Crédito (Nota 7.1.) ... (193.285) (281.627) Outros Créditos ... 26.122 72.074 Rendas a Receber ... 483 2.325 Devedores por Compra de Valores e Bens ... 5.967 5.564 Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio ... 19.830 64.331 (-) Provisão para Outros Créditos ... (158) (146) Comissões e Custos Diferidos na Originação de Operações de Créditos ... 256.541 163.011 INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Nota 8.) ... 634 656 ATIVOS FINANCEIROS MANTIDOS ATÉ O VENCIMENTO (Nota 9.) ... 3.413 67.698 IMOBILIZADO (Nota 10.) ... 85.911 76.908 Imóveis de Uso ... 36.750 41.825 Instalações, Móveis e Equipamentos de Uso ... 27.531 18.376 Outros Imobilizados ... 21.630 16.707 ATIVOS INTANGÍVEIS (Nota 11.) ... 32.605 31.230 Software ... 72.527 61.207 Em Uso ... 65.239 55.150 Em Desenvolvimento... 7.288 6.057 (-) Amortização Acumulada de Ativos Intangíveis ... (40.142) (30.046) Outros Ativos Intangíveis ... 220 69 ATIVOS FISCAIS CORRENTES (Nota 12.) ... 297.274 142.560 Impostos e Contribuições a Compensar... 295.008 140.392 Impostos e Contribuições a Recuperar ... 2.266 2.168 ATIVOS FISCAIS DIFERIDOS (Nota 13.) ... 177.889 223.950 Créditos Tributários de Impostos e Contribuições ... 177.889 223.950 Imposto de Renda... 117.163 147.086 Contribuição Social ... 60.726 76.864 ATIVOS NÃO CORRENTES DISPONÍVEIS PARA VENDA (Nota 14.) ... 10.285 9.120 OUTROS ATIVOS (Nota 15.) ... 391.338 472.598 Devedores por Depósitos em Garantia (Nota 15.1.) ... 208.448 252.410 Despesas Antecipadas ... 15.268 13.418 Títulos e Créditos a Receber (Nota 15.2.) ... 106.925 96.896 Pagamentos a Ressarcir (Nota 15.3.) ... 30.513 30.038 Diversos (Nota 15.4.) ... 30.184 79.836 TOTAL DO ATIVO ... 11.043.676 9.403.394

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Em R$ mil

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM

As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

P A S S I V O MB Consolidado

31/12/2010 01/01/2010

PASSIVO FINANCEIRO AO CUSTO AMORTIZADO (Nota 16.) ... 9.081.149 8.128.211 Depósitos (Nota 16.1.) ... 5.567.952 4.264.448 Obrigações por Empréstimos e Repasses (Nota 16.2.) ... 2.136.325 2.123.202 Obrigações por Operações Compromissadas (Nota 16.3.) ... 941.150 1.165.246 Recursos de Aceites Cambiais, Letras Imobiliárias, Hipotecárias e Debêntures (Nota 16.4.) ... 376.998 471.586 Carteira de Câmbio ... 22.188 64.568 Relações Interdependências ... 35.385 34.109 Relações Interfinanceiras ... 33 3.776 Diversas ... 1.118 1.276 INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Nota 17.) ... 234.873 162.377 PASSIVO FISCAL CORRENTE (Nota 18.) ... 3.472 5.698 Impostos e Contribuições sobre o Lucro a Pagar ... 2.880 5.249 Imposto de Renda... 1.744 3.203 Contribuição Social ... 1.136 2.046 Provisão para Impostos e Contribuições sobre o Lucro ... 592 449 Imposto de Renda... 429 318 Contribuição Social ... 163 131 PROVISÕES (Nota 19.)... 218.196 218.615 Provisão para Passivos Contingentes (Nota 19.1.) ... 127.324 105.544 Provisão para Riscos Fiscais (Nota 19.2.) ... 90.872 113.071 PASSIVO FISCAL DIFERIDO (Nota 20.) ... 10.149 13.476 Provisão para Impostos e Contribuições Diferidos ... 10.149 13.476 DÍVIDA SUBORDINADA (Nota 21.) ... 676.675 267.092 OUTROS PASSIVOS (Nota 22.) ... 193.868 163.112 Obrigações Diversas (Nota 22.1.) ... 140.663 112.417 Obrigações Sociais e Estatutárias (Nota 22.2.) ... 26.932 22.231 Impostos e Contribuições a Recolher (Nota 22.3.) ... 18.133 18.335 Receitas de Exercícios Futuros ... 2.542 4.128 Cobranças e Arrecadação de Tributos e Assemelhados (Nota 22.4.)... 4.190 4.151 Negociação e Intermediação de Valores ... 1.408 1.850

PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Nota 23.) ... 625.294 444.813 CAPITAL SOCIAL (Nota 23.1.) ... 332.760 220.360 OUTRAS RESERVAS (Nota 23.2.) ... 317.964 299.523 AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL (Nota 23.3.) ... (62) 422 Ativos Financeiros Disponíveis para Venda ... (62) 422 LUCROS OU (PREJUÍZOS) ACUMULADOS ... (68.441) (115.681)

PARTICIPAÇÃO DOS NÃO CONTROLADORES (MINORITÁRIOS) (Nota 23.4.) ... 43.073 40.189

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DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

Para o exercício findo em

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE

Para o exercício findo em

Em R$ mil

Em R$ mil

MB Consolidado 2010 RECEITA DE JUROS (Nota 27.) ... 1.971.210 DESPESA DE JUROS (Nota 28.) ... (1.229.877)

RECEITA LÍQUIDA COM JUROS ... 741.333

Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ... (64) Receita de Taxas e Comissões (Nota 30.) ... 103.121 Variação Cambial ... 8.280 Outras Receitas / Despesas Operacionais (Nota 31.) ... 363.071 TOTAL DE RECEITAS ... 1.215.741

Despesas Administrativas (Nota 32.) ... (629.845) Depreciação e Amortização (Nota 33.) ... (23.770) Perdas Líquidas com Ativos Financeiros (Nota 34.1.) ... (278.471) Perdas Líquidas Com Outros Ativos (Nota 34.2.) ... (2.540) Ganhos / Perdas na Alienação de Valores e Bens (Nota 35.) ... 5.187 LUCRO OPERACIONAL ANTES DA TRIBUTAÇÃO ... 286.302 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (Nota 36.) ... (94.936) LUCRO LÍQUIDO CONSOLIDADO DO EXERCÍCIO ... 191.366 Lucro Atribuível à Controladora ... 185.672 Lucro Atribuível aos não Controladores ... 5.694

LUCRO BÁSICO POR AÇÃO (em reais)

Ações Ordinárias... 5,2450 Ações Preferenciais ... 5,2450 LUCRO LIQUIDO ATRIBUIDO (R$ mil)

Ações Ordinárias... 137.744 Ações Preferenciais ... 47.928 MÉDIA PONDERADA DAS AÇÕES EMITIDAS - BÁSICA E DILUÍDA

Ações Ordinárias... 26.262.082 Ações Preferenciais ... 9.137.918

As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

MB Consolidado 2010 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO ... 191.366 OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES ... (484) Ativos Financeiros Disponíveis para Venda ... (807) Imposto de Renda Diferido ... 323

OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES DO EXERCÍCIO, LÍQUIDO DE IMPOSTOS ... 190.882

RESULTADO ABRANGENTE TOTAL DO EXERCÍCIO ... 190.882 Lucro Atribuível à Controladora ... 185.188 Lucro Atribuível a Participações Minoritárias ... 5.694

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DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - MÉTODO INDIRETO

Para exercício findo em

Em R$ mil

MB Consolidado 2010 1. FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS

Lucro Líquido Consolidado do Exercício ... 191.366 Ajustes ao Lucro ... 302.674 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ... 278.471 Depreciação e Amortização do Ativo Tangível e Intangível ... 23.770 Provisões e Perdas com Ativos Financeiros (Líquidas) ... 1.122

Ganhos Líquidos na Alienação do ativo tangível, Investimentos e Ativos não Correntes Mantidos para Venda ... (477)

Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ... 64 Outros... (276) (Aumento) Decréscimo Líquido nos Ativos Operacionais ... (1.555.013) Caixa e Reservas no Banco Central ... 98.493 Ativos Financeiros Mantidos para Negociação ... 32.975 Ativos Financeiros Disponíveis para Venda ... (89.540) Empréstimos e Recebíveis ... (1.626.381) Ativos Fiscais Correntes ... (154.714) Ativos não Correntes Disponíveis para Venda ... (471) Ativos Financeiros Mantidos Até o Vencimento ... 64.285 Ativos Fiscais Diferidos ... 46.061 Outros Ativos Financeiros ao Valor Justo no Resultado ... 22 Outros Ativos ... 74.257 Aumento (Decréscimo) Líquido nos Passivos Operacionais ... 1.065.686 Passivo Financeiro ao Custo Amortizado ... 952.938 Passivo Fiscal Corrente... 12.919 Provisões ... (419) Passivo Fiscal Diferido ... (3.004) Outros Passivos Financeiros ao Valor Justo no Resultado ... 72.496 Outros Passivos ... 30.756 Impostos Pagos ... (15.145)

TOTAL DO FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (1)... (10.432)

2. FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

Investimentos ... (46.768) Ativo Tangível ... (35.298) Ativo Intangível ... (11.470) Alienação... 16.177 Ativo Tangível ... 16.177

TOTAL DO FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (2) ... (30.591)

3. FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Dívida Subordinada ... 409.583 Dividendos Pagos e Juros Sobre o Capital Próprio ... (50.247) Aumento de Capital ... 44.975 Variação da Participação dos Acionistas Minoritários ... (2.810)

TOTAL DO FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (3) ... 401.501

AUMENTO / (REDUÇÃO) NAS DISPONIBILIDADES (1+2+3) ... 360.478 Caixa e Equivalente de Caixa no Início do Exercício ... 661.693 Caixa e Equivalente de Caixa no Fim do Exercício ... 1.022.171 AUMENTO / (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA ... 360.478

(9)

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

Para exercício findo em

Em R$ mil

MB Consolidado 2010

1 - RECEITAS ... 2.069.196 Intermediação Financeira ... 1.971.210 Prestação de Serviços ... 103.121 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ... (278.471) Outras ... 273.336 2 - DESPESAS DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ... (1.229.877) 3 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS ... (218.462) Materiais, Energia e Outros ... (16.246) Serviços de Terceiros ... (66.951) Outros ... (135.265) Comunicações ... (11.484) Processamento de Dados ... (45.013) Propaganda e Publicidade ... (9.781) Serviços do Sistema Financeiro ... (13.344) Serviço de Vigilância e segurança ... (11.487) Serviços Técnicos Especializados ... (12.039) Despesas de Transporte ... (9.099) Outros ... (23.018) 4 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2-3) ... 620.857 5 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO ... (23.770)

6 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (4-5) ... 597.087

7 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA ... (64) Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ... (64) 8 - VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR (6+7) ... 597.023 9 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO ... 597.023 Pessoal ... 228.383 Remuneração Direta ... 170.987 Benefícios ... 35.972 F.G.T.S ... 13.278 Outras ... 8.146 Impostos, Taxas e Contribuições ... 156.405 Federais ... 149.511 Estaduais ... 185 Municipais ... 6.709 Remuneração de Capitais de Terceiros ... 20.869 Alugueis... 20.869 Remuneração de Capitais Próprios ... 191.366 Juros sobre o Capital Próprio ... 43.266 Dividendos ... 6.981 Lucros ... 135.425 Participação dos não Controladores nos Lucros Retidos ... 5.694

(10)

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Para exercício findo em

Em R$ mil

LUCROS AJUSTE PATRIMÔNIO

CAPITAL RESERVAS RESERVAS OU PREJUÍZOS DE AVALIAÇÃO PATRIMÔNIO PARTICIPAÇÃO DOS LÍQUIDO

SOCIAL DE CAPITAL DE LUCRO ACUMULADOS PATRIMONIAL LÍQUIDO NÃO CONTROLADORES AJUSTADO

SALDOS EM 01/01/2010 ... 220.360 56.275 243.248 (115.681) 422 404.624 40.189 444.813

SALDOS INICIAIS AJUSTADOS... 220.360 56.275 243.248 (115.681) 422 404.624 40.189 444.813

TRANSAÇÕES DE CAPITAL COM OS SÓCIOS ... 41.600 3.375 - (50.247) - (5.272) - (5.272)

AUMENTO DE CAPITAL... 41.600 3.375 - - - 44.975 - 44.975

DIVIDENDOS ... - - - (6.981) - (6.981) - (6.981)

JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO ... - - - (43.266) - (43.266) - (43.266)

RESULTADO ABRANGENTE TOTAL ... - - - 185.672 (484) 185.188 5.694 190.882

LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO... - - - 185.672 - 185.672 5.694 191.366

OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES ... - - - - (484) (484) - (484)

.ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA ... - - - - (807) (807) - (807)

.IMPOSTO DE RENDA DIFERIDO ... - - - - 323 323 - 323

MUTAÇÕES INTERNAS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ... 70.800 (42.207) 57.273 (88.185) - (2.319) (2.810) (5.129)

AUMENTO DE CAPITAL... 70.800 (42.207) (28.593) - - - - -

CONSTITUIÇÃO DE RESERVAS ... - - 85.866 (85.866) - - - -

BAIXA DE REAVALIAÇÃO EM CONTROLADAS ... - - - (2.319) - (2.319) - (2.319)

OUTROS ... - - - (2.810) (2.810)

SALDOS EM 31/12/2010... 332.760 17.443 300.521 (68.441) (62) 582.221 43.073 625.294

(11)

NOTAS EXPLICATIVAS EM IFRS - DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS EM 31/12/2010

(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

1. Contexto - Operacional

O Banco Mercantil do Brasil S.A. realiza as suas atividades operacionais por intermédio das carteiras comercial, de crédito imobiliário e câmbio, através de sua rede de 153 agências, 3 Postos de Atendimento Bancário – PAB e 28 Postos de Atendimento Eletrônico – PAE, uma agência no exterior, localizada em Grand Cayman, e um quadro de 2.644 funcionários. Atua nos demais segmentos financeiros, nas áreas de investimento, crédito ao consumidor, arrendamento mercantil, distribuição de valores e intermediação de títulos e valores mobiliários. O Banco Mercantil do Brasil S.A., por intermédio de sua controlada Mercantil do Brasil Distribuidora S.A. – Títulos e Valores Mobiliários, atua também na administração de fundos de investimento.

2. Resumo das principais políticas contábeis

As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas estão definidas a seguir. Essas políticas foram aplicadas no balanço de abertura em 1º de janeiro de 2010 e de 31 de dezembro de 2010.

2.1. Base de preparação

As demonstrações financeiras consolidadas do Banco Mercantil do Brasil S.A. (MB Consolidado) foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com os Padrões Internacionais de Demonstrações Financeiras (International Financial Reporting Standards - IFRS), em conformidade com a Resolução CMN nº 3.786/09 e normas complementares, que facultaram a emissão das primeiras demonstrações financeiras em IFRS.

Estas demonstrações contábeis consolidadas não representam a primeira demonstração contábil completa em IFRS, tendo em vista não apresentar demonstrações contábeis consolidadas comparativas. Essas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas com base nas IFRSs que se esperam ser aplicadas em 31 de dezembro de 2011.

As demonstrações financeiras consolidadas, conforme determina a IAS 1, incluem o balanço patrimonial, que passa a ser denominado demonstração da posição financeira, a demonstração consolidada do resultado e a demonstração do resultado abrangente como duas demonstrações, a demonstração da mutação do patrimônio líquido, o fluxo de caixa e as notas explicativas. As demonstrações contábeis do MB Consolidado foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor, exceto para os ativos financeiros disponíveis para venda, os ativos e passivos financeiros, inclusive instrumentos derivativos e o ativo imobilizado, que deverão ser mensurados ao valor justo.

A demonstração das mutações do patrimônio líquido inclui apenas as mutações decorrentes de transações com acionistas. As mutações com não controladores foram apresentadas na demonstração do resultado abrangente e teve seu total transportado para a demonstração das mutações do patrimônio líquido.

A demonstração consolidada do fluxo de caixa demonstra as mudanças no caixa e equivalentes de caixa ocorridas durante os exercícios das atividades operacionais, atividades de investimento e atividades financeiras. Os valores considerados como caixa e equivalentes de caixa incluem investimentos de liquidez imediata. A nota 4 demonstra em quais itens do balanço patrimonial eles estão inseridos.

Os riscos dos instrumentos financeiros estão divulgados na gestão dos riscos de crédito, operacional, de liquidez e de mercado descritos na nota 39.

A preparação de demonstrações financeiras em conformidade com o IFRS requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da Administração da Companhia no processo de aplicação das políticas contábeis do Grupo.

Neste contexto, os impactos nas demonstrações financeiras do MB Consolidado decorrentes da implementação das normas e interpretações que entraram em vigor em 2010 estão divulgados na nota 38.

Estas demonstrações financeiras consolidadas foram concluídas e aprovadas pelo Conselho de Administração do Banco Mercantil do Brasil S.A. em 27/04/2010. 2.2. Consolidação

2.2.1. Controladas

As operações entre as empresas do Grupo, bem como os saldos, os ganhos e as perdas não realizados nessas operações, foram eliminados. As políticas contábeis das controladas foram ajustadas para assegurar consistência com as políticas contábeis adotadas pelo Grupo.

Assim, foram eliminadas as participações de uma empresa em outra, os saldos de contas e as receitas e despesas entre as mesmas, bem como foram destacadas as parcelas do lucro líquido e do patrimônio líquido referentes às participações dos acionistas não controladores. As demonstrações financeiras do MB Consolidado contemplam o Banco Mercantil do Brasil S.A. e empresas controladas, direta e indiretamente, relacionadas a seguir, e o Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) que, para fins de elaboração dessas demonstrações financeiras, foi considerado Entidade de Propósito Específico (EPE), conforme as práticas contábeis internacionais (IFRS) adotadas para elaboração destas demonstrações financeiras:

Empresa Atividade % – Participação

31/12/2010 01/01/2010

Banco Mercantil de Investimentos S.A. Banco de investimento 78,77 78,77

Mercantil do Brasil Administradora e Corretora de Seguros e Previdência

Privada S.A. (*) Administração, corretagem de seguros em geral e de previdência privada 100,00 100,00

Mercantil do Brasil Corretora S.A. – Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários Corretora de câmbio, títulos e valores mobiliários 99,97 99,97

Mercantil do Brasil Distribuidora S.A. – Títulos e Valores Mobiliários Distribuidora de títulos e valores mobiliários 100,00 100,00

Mercantil do Brasil Financeira S.A. – Crédito, Financiamento e Investimentos Financeira 76,41 76,41

Mercantil do Brasil Imobiliária S.A. Imobiliária 100,00 100,00

Mercantil do Brasil Leasing S.A. – Arrendamento Mercantil Arrendamento mercantil 100,00 100,00

(*) Nova denominação social da Eletrodados Corretora de seguros e Previdência Privada S.A. aprovado em Assembleia Geral Extraordinária de 14 de dezembro de 2010. 2.3. Apresentação de relatórios por segmentos

O relatório por segmentos operacionais está apresentado de modo consistente com o relatório interno fornecido para o principal tomador de decisões operacionais. O principal tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de desempenho dos segmentos operacionais é o Comitê Executivo. As decisões estratégicas do MB Consolidado estão a cargo do Comitê Diretivo (vide nota explicativa nº 3).

2.4. Conversão de moeda estrangeira em moeda funcional

O critério para conversão dos saldos ativos e passivos das operações em moedas estrangeiras consiste na conversão desses valores para moeda nacional (Reais - R$), que é a moeda funcional do MB Consolidado, à taxa de câmbio vigente na data de encerramento do exercício. Em 31 de dezembro de 2010, a taxa de câmbio aplicável era: US$ 1,00 = R$ 1,6662 (Em 31 dezembro de 2009: US$ 1,00 = R$ 1,7412).

2.5. Caixa e Equivalentes de Caixa

Os valores referentes a Caixa e equivalentes de caixa, alocados na rubrica Caixa e reservas no Banco Central, estão representados, basicamente, por disponibilidades, depósitos bancários disponíveis e investimentos de curto prazo de alta liquidez que são prontamente conversíveis em caixa e estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor e limites, cujo prazo de vencimento seja igual ou inferior a 90 dias, na data de aquisição, que são utilizados pelo MB Consolidado para gerenciamento de seus compromissos de curto prazo.

2.6. Instrumentos Financeiros

2.6.1. Classificação dos ativos financeiros para fins de apresentação

Os ativos financeiros são classificados por natureza nas seguintes rubricas do balanço patrimonial consolidado: 1. “Caixa e reserva no Banco Central”: saldos de caixa e valores referentes a depósitos no BACEN.

2. “ Empréstimos e recebíveis”: inclui os empréstimos concedidos, incluindo operações de créditos de leasing financeiro e outros saldos devedores de natureza financeira, tais como capital de giro, desconto de títulos, crédito rural e imobiliário e itens similares.

3. “Instrumentos financeiros”: estão subdivididos nas categorias: – Ativos financeiros mantidos para negociação.

– Outros ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado. – Ativos financeiros mantidos para venda.

– Ativos financeiros mantidos até o vencimento.

4. Instrumentos Financeiros Derivativos incluem o valor justo dos derivativos designados como instrumentos de proteção (hedge). 2.6.2. Classificação dos ativos financeiros para fins de mensuração

Os ativos financeiros são classificados inicialmente nas diversas categorias utilizadas para fins de gestão e mensuração, salvo quando é obrigatória sua apresentação como “Ativo não circulante destinado à venda” ou se forem referentes a “Caixa e Reservas no Banco Central do Brasil”, “Derivativos utilizados para hedge” e “Investimentos”, os quais são contabilizados separadamente. Os ativos financeiros são incluídos, para fins de mensuração, em uma das seguintes categorias:

1. Ativos financeiros para negociação (mensurados ao valor justo por meio do resultado): essa categoria inclui os ativos financeiros que são adquiridos com o propósito de serem ativa e frequentemente negociados.

2. Ativos financeiros disponíveis para venda: Nesta categoria estão contempladas as operações que não foram classificadas como mantido até o vencimento ou operações onde não haja intenção de negociação ou realização de lucro no curto prazo.

3. Empréstimos e recebíveis: essa categoria inclui os financiamentos concedidos a terceiros, com base em sua natureza, independentemente do tipo de tomador e da forma de financiamento, incluindo as transações de leasing financeiro nas quais as entidades incluídas na consolidação atuam como arrendadoras. As entidades incluídas na consolidação têm, de modo geral, a intenção de manter os empréstimos e créditos que concedem até o vencimento final, os quais, por isso, são apresentados no balanço patrimonial consolidado pelo custo amortizado, o que inclui os ajustes necessários para refletir as perdas por não-recuperação estimadas.

4. Investimentos mantidos até o vencimento: são incluídas nesta categoria as operações que o MB Consolidado não tiver intenção de vender antes de seu vencimento por entender que a remuneração do papel já esteja em seu preço justo não justificando portanto sua exposição à volatilidade dos preços de mercado e às quais existe a capacidade financeira de manter até o vencimento. 2.6.3. Classificação dos passivos financeiros para fins de apresentação

Os passivos financeiros são classificados por natureza nas seguintes rubricas do balanço da posição financeira consolidada:

1. Passivos Financeiros: obrigações contratuais de entregar caixa ou outro ativo financeiro para outra entidade, de trocar ativos ou passivos financeiros com outra entidade sob condições potencialmente desfavoráveis para a entidade ou contrato que pode ser liquidado com títulos patrimoniais da própria entidade e estão subdivididos nas categorias:

(12)

– Passivos financeiros para negociação.

– Outros passivos financeiros ao valor justo no resultado. – Passivo financeiro ao custo amortizado.

2. Instrumentos Financeiros Derivativos inclui o valor justo devido referente aos derivativos designados como instrumentos de proteção (hedge). 2.6.4. Classificação dos passivos financeiros para fins de mensuração

Os passivos financeiros são resultantes de atividades de tomada de financiamentos e estão classificados, para fins de mensuração, na categoria passivo financeiro ao custo amortizado independentemente de sua forma e vencimento.

2.6.5. Mensuração dos ativos e passivos financeiros e reconhecimento das mudanças do valor justo

Em geral, os ativos e passivos financeiros são inicialmente reconhecidos ao valor justo, que é considerado equivalente ao preço de transação. Os instrumentos financeiros não mensurados ao valor justo no resultado são ajustados pelos custos de transação. Os ativos e passivos financeiros são posteriormente mensurados, no fim de cada exercício, da seguinte forma:

a) Mensuração dos ativos financeiros

Os ativos financeiros são mensurados ao valor justo, sem dedução de custos estimados de transação que seriam eventualmente incorridos quando de sua alienação, exceto empréstimos e financiamentos e investimentos mantidos até o vencimento, cujo valor justo não possa ser apurado de forma suficientemente objetiva e derivativos financeiros que tenham como objeto participações acionárias dessa espécie e que sejam liquidados mediante a entrega dessas participações.

O “valor justo” de um instrumento financeiro em uma determinada data é interpretado como o valor pelo qual ele poderia ser comprado ou vendido naquela data por duas partes bem informadas, agindo deliberadamente e com prudência, em uma transação em condições regulares de mercado. A referência mais objetiva e comum para o valor justo de um instrumento financeiro é o preço que seria pago por ele em um mercado ativo, transparente e significativo (“preço cotado” ou “preço de mercado”).

Todos os derivativos são reconhecidos no balanço patrimonial ao valor justo desde a data do negócio. Quando o valor justo é positivo, são reconhecidos como ativos; quando negativo, como passivos. O valor justo na data do negócio equivale ao preço de transação. As mudanças do valor justo dos derivativos desde a data do negócio são reconhecidas na rubrica “Despesa de Juros” da demonstração dos resultados. Especificamente, o valor justo dos derivativos financeiros padrão incluídos nas carteiras de ativos ou passivos financeiros mantidos para negociação é considerado equivalente ao seu preço cotado diário; se, por razões excepcionais, não for possível apurar o preço cotado em uma data específica, esses derivativos são mensurados adotando-se métodos similares aos utilizados para mensurar os derivativos negociados em mercado de balcão.

Os “Empréstimos e recebíveis” e “Ativos financeiros mantidos até o vencimento” são mensurados ao custo amortizado, adotando-se o método dos juros efetivos. O “custo amortizado” é considerado equivalente ao custo de aquisição de um ativo ou passivo financeiro, adicionados ou subtraídos, conforme o caso, os pagamentos do principal e a amortização acumulada (incluída na demonstração do resultado) da diferença entre o custo inicial e o valor no vencimento. No caso dos ativos financeiros, o custo amortizado inclui, além disso, as eventuais reduções por não recuperação ou impossibilidade de cobrança.

A “taxa de juros efetiva” é a taxa de desconto que corresponde exatamente ao valor inicial do instrumento financeiro em relação à totalidade de seus fluxos de caixa estimados, de todas as espécies, ao longo de sua vida útil remanescente. No caso dos instrumentos financeiros de taxa fixa, a taxa de juros efetiva coincide com a taxa de juros contratual definida na data da contratação, adicionados, conforme o caso, as comissões e os custos de transação que, por sua natureza, façam parte de seu retorno financeiro.

Os valores pelos quais os ativos financeiros são reconhecidos representam, sob todos os aspectos relevantes, a exposição máxima ao risco de crédito na data de cada uma das demonstrações financeiras. Além disso, existem garantias e outros incrementos de crédito para mitigar a exposição ao risco de crédito, as quais compreendem principalmente hipotecas, cauções em dinheiro, participações acionárias, fianças, ativos arrendados mediante contratos de leasing e locação, ativos adquiridos mediante compromissos de recompra, empréstimos de títulos e derivativos. b) Mensuração dos passivos financeiros

Os passivos financeiros estão mensurados ao custo amortizado, conforme mencionado, exceto os passivos financeiros designados como objeto de hedge (ou instrumentos de proteção) em hedges de valor justo, os quais são mensurados ao valor justo.

c) Técnicas de avaliação

Os instrumentos financeiros que são mensurados pelo valor justo após o reconhecimento inicial devem ser agrupados nos níveis 1 a 3 com base no grau observável do valor justo. Mensurações de valor justo de Nível 1 são obtidas de preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos.

Mensurações de valor justo de Nível 2 são obtidas por meio de outras variáveis além dos preços cotados incluídos no Nível 1, que são observáveis para o ativo ou passivo diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, com base em preços).

Mensurações de valor justo de Nível 3 são as obtidas por meio de técnicas de avaliação que incluem variáveis para o ativo ou passivo, mas que não têm como base os dados observáveis de mercado (dados não observáveis).

A tabela abaixo apresenta os ativos e passivos mensurados pelo valor justo em 31 de dezembro de 2010.

Descrição Nível I Nível II Saldo Total

Ativo

Ativos Financeiros Mantidos para Negociação 92.355 - 92.355

Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 232.096 - 232.096

Instrumentos Financeiros Derivativos - 634 634

Ativo Total 324.451 634 325.085

Passivo

Instrumentos Financeiros Derivativos - 234.873 234.873

Passivo Total - 234.873 234.873

A tabela abaixo apresenta os ativos e passivos mensurados pelo valor justo em 01 de janeiro de 2010

Descrição Nível I Nível II Saldo Total

Ativo

Ativos Financeiros Mantidos para Negociação 125.330 - 125.330

Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 143.363 - 143.363

Instrumentos Financeiros Derivativos - 656 656

Ativo Total 268.693 656 269.349

Passivo

Instrumentos Financeiros Derivativos - 162.377 162.377

Passivo Total - 162.377 162.377

Instrumentos financeiros ao valor justo, determinados com base em cotações públicas de preços em mercados ativos (Nível 1), incluem títulos da dívida pública, títulos de dívida privada e ações de companhias abertas.

Quando as cotações de preços não podem ser observadas, a Administração, utilizando seus próprios modelos internos, faz a sua melhor estimativa do preço que seria fixado pelo mercado. Na maioria dos casos, esses modelos utilizam dados baseados em parâmetros de mercado observáveis como uma importante referência (Nível 2).

Várias técnicas são empregadas para fazer essas estimativas, inclusive a extrapolação de dados de mercado observáveis e técnicas de extrapolação. A melhor evidência do valor justo de um instrumento financeiro no reconhecimento inicial é o preço da transação, a menos que, o valor justo do instrumento possa ser obtido a partir de outras transações de mercado realizadas com o mesmo instrumento ou com instrumentos similares ou possa ser mensurado utilizando-se uma técnica de avaliação na qual as variáveis usadas incluem apenas dados de mercado observáveis, sobretudo taxas de juros.

Em 31 de dezembro de 2010 e 2009 o Banco não possuía nenhum instrumento financeiro classificado como Nível 3. d) Reconhecimento de variações do valor justo

Variações no valor contábil de ativos e passivos financeiros são reconhecidas na demonstração consolidada do resultado, sendo distinguidas entre aquelas decorrentes do provisionamento de juros e ganhos similares - reconhecidas na rubrica “Receitas de juros” ou “Despesas de juros”, conforme apropriado.

Ajustes devidos a variações no valor justo decorrentes de ativos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos temporariamente no patrimônio líquido na rubrica “Ajuste de avaliação patrimonial”. Itens debitados ou creditados a essa conta permanecem no patrimônio líquido do MB Consolidado até que os respectivos ativos sejam baixados, quando então são debitados à demonstração consolidada do resultado.

Após o reconhecimento inicial, os ativos financeiros, incluindo derivativos que forem ativos, são mensurados por seus valores justos, sem qualquer dedução para custos de transação, exceto os ativos classificados em Empréstimos e Recebíveis e em Ativos Financeiros Mantidos até o Vencimento.

Os passivos financeiros, após o reconhecimento inicial, são mensurados pelo custo amortizado, utilizando-se o método de juros efetivos. 2.6.6. Operações de hedge

Os instrumentos financeiros derivativos são classificados, na data de sua aquisição, de acordo com a intenção da Administração em utilizá-los como instrumento de proteção hedge ou não, conforme o IAS 39. As operações que utilizam instrumentos financeiros derivativos e que não atendam aos critérios de hedge contábil estabelecido pelo IAS 39, principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco, são contabilizadas pelo seu valor de mercado, com as valorizações ou desvalorizações reconhecidas diretamente no resultado.

Adicionalmente, a operação contratada deverá contemplar o mesmo prazo e a mesma contraparte da operação associada.

As variações no valor justo de derivativos designados e qualificados como hedge de valor justo são registradas na demonstração do resultado, com quaisquer variações no valor justo do ativo ou passivo protegido por hedge que são atribuíveis ao risco “hedgeado”. O ganho ou perda relacionado com a parcela efetiva de swaps de taxa de juros de proteção contra operações de captação com taxas fixas é reconhecido na demonstração do resultado como “Despesa de Juros”.

Se o hedge não mais atender aos critérios de contabilização do hedge, o ajuste no valor contábil de um item protegido por hedge, para o qual o método de taxa efetiva de juros é utilizado, é amortizado no resultado durante o período até o vencimento.

2.6.7. Reconhecimento e baixa de ativos e passivos financeiros

O tratamento contábil de transferências de ativos financeiros depende da extensão em que os riscos e benefícios relacionados aos ativos transferidos são transferidos a terceiros:

1. Se não são transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios a terceiros, o ativo financeiro transferido é baixado e quaisquer direitos ou obrigações retidos ou criados na transferência são reconhecidos simultaneamente.

(13)

critérios utilizados antes da transferência. Neste caso, os seguintes itens são reconhecidos:

a) Um passivo financeiro correspondente, por um valor igual à contraprestação recebida; esse passivo é mensurado subsequentemente pelo custo amortizado. b) A receita do ativo financeiro transferido não baixado e qualquer despesa incorrida com o novo passivo financeiro.

3. Se são transferidos e nem retidos substancialmente todos os riscos e benefícios associados ao ativo financeiro transferido, é feita a seguinte distinção:

a) Se o cedente não retém o controle do ativo financeiro transferido, o ativo é baixado e quaisquer direitos ou obrigações retidos ou criados na transferência são reconhecidos.

b) Se o cedente retém o controle, ele continua a reconhecer o ativo financeiro transferido por um valor equivalente à sua exposição a variações de valor e reconhece um passivo financeiro associado ao ativo financeiro transferido. O valor contábil líquido do ativo transferido e do respectivo passivo é o custo amortizado dos direitos e das obrigações retidas, se o ativo transferido for mensurado ao custo amortizado, ou o valor justo dos direitos e das obrigações retidos, se o ativo transferido for mensurado ao valor justo.

Desse modo, ativos financeiros somente são baixados quando os direitos sobre os fluxos de caixa que geram tiverem sido extintos ou quando substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes tiverem sido transferidos a terceiros. Similarmente, passivos financeiros somente são baixados quando as obrigações que gerarem tiverem sido extintas ou quando forem adquiridos com a intenção de serem cancelados ou revendidos.

As aquisições de ativos financeiros são reconhecidas na data de transação. Os ativos são revertidos quando os direitos de receber fluxos de caixa expirarem ou quando for transferido substancialmente todos os riscos e benefícios de propriedade.

2.6.8. Ativos financeiros não recuperáveis a) Ativos mensurados ao custo amortizado

O MB Consolidado avalia, em cada data do balanço, se existem evidências objetiva de que um ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros está com perda do valor recuperável (impairment). Um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros sofrerão apenas se houver evidência objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos que ocorreram após o reconhecimento inicial do ativo (um “evento de perda”) e que evento de perda (ou eventos) tenha um impacto sobre os fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que possa ser fielmente estimado.

Os critérios que o grupo utiliza, essencialmente, para determinar que não há provas objetivas de uma perda por impairment incluem: – dificuldade significativa financeira do emitente ou devedor;

– quebra de contrato, tal como falta de pagamento do juros ou principal;

– o credor, por razões econômicas ou legais relacionadas com as dificuldades financeiras do mutuário, conceder ao devedor uma concessão que o credor de outra forma não consideraria; – torna-se provável que o mutuário vá entrar em falência, ou outra reorganização financeira;

– o desaparecimento de um mercado ativo para esse ativo financeiro por causa de dificuldades financeiras; ou

– dados observáveis indicando que há uma redução mensurável nos fluxos de caixa futuro estimado de uma carteira de ativos financeiros desde o reconhecimento inicial dos ativos, embora a redução ainda não possa ser identificada com os ativos financeiros individuais em carteira, incluindo:

(I) alterações adversas no estado de pagamento dos mutuários da carteira e

(II) condições econômicas nacionais ou locais que se correlacionam com a falta de carteira para o ativo.

No caso de Instrumentos de dívida registrados ao custo amortizado, o valor de uma perda por não-recuperação incorrida é igual a diferença entre seu valor contábil e o valor presente de seus fluxos de caixa futuros estimados e é apresentado como uma redução do saldo do ativo ajustado. Ao estimar os fluxos de caixa futuros de instrumentos de dívida, os seguintes fatores são levados em conta: – Todos os valores que se espera obter ao longo da vida remanescente do instrumento, incluindo, conforme o caso, aqueles que possam resultar da garantia prestada para o instrumento (menos

os custos de obtenção e posterior venda da garantia). A perda por não recuperação leva em conta a probabilidade de cobrança de juros provisionados a receber. – Os vários tipos de riscos a que cada instrumento está sujeito.

– As circunstâncias em que se preveja que as cobranças serão efetuadas.

Esses fluxos de caixa são posteriormente descontados utilizando-se a taxa de juros efetiva do instrumento, se a sua taxa contratual for fixa, ou a taxa contratual efetiva na data de desconto, se for variável.

Especificamente em relação a perdas por não-recuperação decorrentes da materialização do risco de insolvência das contrapartes (risco de crédito), um instrumento de dívida torna-se não recuperável por motivo de insolvência quando há prova de deterioração da capacidade de pagamento da contraparte, seja por estar em mora ou por outros motivos.

O MB Consolidado possui políticas, métodos e procedimentos para cobrir seu risco de crédito decorrente de insolvência atribuível a contrapartes.

Essas políticas, métodos e procedimentos são aplicados na concessão, no exame e na documentação de instrumentos de dívida, passivos contingentes e compromissos, na identificação de sua não recuperação e no cálculo dos valores necessários para cobrir o respectivo risco de crédito.

No tocante à provisão para operações de crédito, efetua-se a distinção da Carteira de Crédito em 2 Grupos conforme suas especificidades: – Grupo 1 – Operações de Fiança, Crédito Rural e Instituições Financeiras

• Operações de Fiança: Os serviços prestados de Fiança possuem um histórico de perda muito baixa e consequentemente a probabilidade de perda é baixa. Considerando estes aspectos e o conceito de perda incorrida, particularmente tratando-se de um serviço, são provisionados em 100% os valores correspondentes às fianças honradas, cuja análise do afiançado indique evento de perda iminente. • Crédito Rural: considerando a especificidade do segmento, e as questões relativas a securitização e legislação específica, são provisionados em 100% os valores relativos às operações vencidas há mais de 90 dias.

• Instituições Financeiras: considerando a especificidade do segmento em relação à legislação, controles e normas da Autoridade Monetária, são provisionados em 100% os valores relativos às operações realizadas com instituições financeiras que venham a entrar em processo de intervenção por parte do Bacen. Para efeito de exigência de provisão, as operações serão analisadas caso a caso, identificando as garantias, acordos de compensação, entre outros aspectos.

– Grupo 2 – Itens Relevantes, Itens Repactuados e Itens Massificados

• Itens Relevantes: este grupo está constituído pelos clientes cujo saldo devedor seja igual ou superior a 1% do Patrimônio de Referência (PR), do trimestre imediatamente anterior. A avaliação desses clientes ocorre caso a caso de forma julgamental e são classificados segundo o seu grau de risco de crédito. A classificação tem validade por no máximo 180 dias, com revisões trimestrais. • Itens Repactuados: este grupo é constituído pelos clientes que estão em situação de repactuação de dívida. Entende-se por repactuação as operações de renegociação, de composição de dívida, de empréstimo parcelado e de recuperação judicial. A avaliação deste grupo acontece a partir da apuração dos percentuais de perda por produto e tipo de garantia das operações de repactuação. Estes percentuais de perda são revisados trimestralmente, alicerçados na base de dados histórica mais recente à época da nova análise.

• Itens Massificados: este grupo é constituído pelos demais clientes não contemplados nos itens anteriores. A avaliação deste grupo acontece a partir da apuração dos percentuais de perda por produto e tipo de garantia. Tais percentuais de perda são revisados trimestralmente, alicerçados na base de dados histórica mais recente à época da nova análise.

b) Ativos classificados como disponíveis para venda

O MB Consolidado avalia no final de cada período de apresentação de relatórios se há evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros está deteriorado. Para os títulos da dívida, são utilizados os critérios mencionados em (a) acima. No caso de investimentos de capital classificados como disponíveis para venda, uma queda relevante ou prolongada no valor justo do título abaixo de seu custo também é uma evidência de que os ativos estão deteriorados. Se qualquer evidência desse tipo existir para ativos financeiros disponíveis para venda, o prejuízo cumulativo - medido como a diferença entre o custo de aquisição e o valor justo atual, menos qualquer prejuízo por impairment sobre o ativo financeiro reconhecido anteriormente no resultado - será retirado do patrimônio e reconhecido na demonstração consolidada do resultado. Perdas por impairment reconhecidas na demonstração do resultado em instrumentos patrimoniais não são revertidas por meio da demonstração consolidada do resultado. Se, em um período subsequente, o valor justo de um instrumento da dívida classificado como disponível para venda aumentar, e o aumento puder ser objetivamente relacionado a um evento que ocorreu após a perda por impairment ter sido reconhecido no resultado, a perda por impairment é revertida por meio de demonstração do resultado. 2.7. Operações compromissadas

As operações compromissadas são realizadas no Mercado de Balcão das Instituições do SFN – Sistema Financeiro Nacional em que o MB Consolidado, ao vender os títulos, assume o compromisso de recomprá-los em data prefixada e também mediante o pagamento de juros prefixados. Em contrapartida, o comprador deve assumir o compromisso irreversível de revender o título na data do vencimento do compromisso pelo preço fixado.

Aplica-se também neste contexto as aplicações efetuadas em outras instituições do mercado, na forma da regulamentação vigente e específica para as operações de depósitos interfinanceiros. 2.8. Ativo Imobilizado

O Ativo Imobilizado inclui imóveis, móveis e utensílios, equipamentos e sistemas de comunicação, de processamento de dados, de segurança e veículos, bem como ativos imobilizados adquiridos com base em leasing financeiro.

Todo o ativo imobilizado está apresentado pelo seu valor justo menos depreciação, calculada usando o método linear para alocar seus custos aos seus valores residuais durante a vida útil estimada, como segue:

Edificações 4%

Móveis e utensílios e equipamentos 10%

Sistemas de comunicação, processamento de dados, segurança e veículos 20%

Os valores residuais, a vida útil e o valor recuperável dos ativos são revisados e ajustados, se apropriado, ao final de cada exercício. 2.9. Ativos Intangíveis

O ativo intangível corresponde a gastos com aquisição e desenvolvimento de logiciais. Os gastos com desenvolvimento de logiciais são reconhecidos como ativo intangível somente se:

a) Potencialmente este ativo seja capaz de gerar receita na venda de produtos ou serviços, redução de custos e/ou outros benefícios resultantes de sua utilização; b) O custo deste ativo puder ser mensurado com segurança;

c) Este ativo puder ser identificado individualmente ou em grupo;

d) O controle, sobre este ativo, dos direitos legais de usufruir os benefícios econômicos futuros esteja com o MB Consolidado.

São registrados pelo custo de aquisição, ou, conforme o caso, pelos gastos realizados diretamente no processo de desenvolvimento interno do referido ativo. A amortização dos ativos intangíveis foi calculada com base na vida útil atribuída ao bem, que está definida entre 3 e 5 anos.

2.10. Arrendamentos

O MB Consolidado arrenda certos bens do imobilizado. Os arrendamentos financeiros do imobilizado, aqueles nos quais o MB Consolidado detém, substancialmente, todos os riscos e benefícios da propriedade são capitalizados no início do arrendamento pelo menor valor entre o valor justo do bem arrendado e o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento.

Referências

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