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CARLOS CAETANO EXPLICA PORQUE DEIXOU O PARTIDO SOCIALISTA

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Academic year: 2021

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PUB

Diretor: António José Ferreira www.jornaldamarinha.pt SEMANÁRIO QUI27MAI2021 ANO: LIX - Nº 2957 Preço: 1,20 € (IVA inc.)

» pág. 2

Num artigo de opinião, o agora vereador independente explica o que o levou a sair do Partido Socialista e a aceitar o desafio do PSD para

concorrer como cabeça de lista às eleições autárquicas deste ano. Carlos Caetano afirma-se de consciência tranquila » pág. 9

Porte Pago A u t o r i z a d o p e l o s C T T a c i r c u l a r e m invólucro fechado de plástico. Autorização nº DE11332021GSB2B

DREAMPLAS DESTRUÍDA PELO FOGO

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TÓGUI SUCEDE A GANDAIO

NO ATLÉTICO MARINHENSE

» pág. 11

Ò SOCIEDADE

TIROTEIO FAZ FERIDO GRAVE

EM CASAL DE MALTA

Um homem ficou gravemente ferido após ter sido

atingido a tiro no bairro de Casal de Malta, cerca das

20h10 da última quinta feira, junto à PSP » pág. 3

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Um incêndio de grandes dimensões

consumiu na tarde deste domingo, 23

de maio, as instalações da empresa

DreamPlas, na Embra » pág. 3

Pub

Ò CULTURA

GAMA DINIZ: UMA VIDA

DEDICADA À ARTE

Aos 83 anos, Gama Diniz

mostra-se “satisfeito” pelo

percurso que tem trilhado.

Em entrevista à Marinha TV, o

artista diz-se “desiludido” com

a política » págs. 6 e 7

Ò ECONOMIA

BÖLLINGHAUS INVESTE 22

MILHÕES DE EUROS NA VIEIRA

A Böllinghaus Steel, produtora de perfis de aço

inoxidável, está a investir na aquisição de um novo trem

de laminagem de última geração » última

CARLOS CAETANO

EXPLICA

PORQUE

(2)

JORNAL DA MARINHA GRANDE | www.jornaldamarinha.pt

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local

ALERTA FOI DADO MOMENTOS ANTES DO INCÊNDIO NA DREAMPLAS

RAPID TOOL ALVO DE TENTATIVA

DE FOGO POSTO

A Polícia Judiciária está a investigar uma tentativa de fogo posto na empresa Rapid Tool, situada na Rua da Indústria Metalúr-gica, na Embra, ocorrida ao final da tarde do passado domingo, 23 de maio.

Segundo o JMG apurou, os responsá-veis pela empresa foram alertados pouco antes das 19h30 para a existência de fumo nas traseiras das instalações. Che-gados ao local depararam-se com “um forte cheiro a gasolina” e o portão “cha-muscado”. Através das imagens de video-vigilância “foi possível ver um indivíduo a fugir”.

Entretanto, e com a PSP já no local,

terá sido ouvido “um estrondo” nas pro- ximidades, e poucos minutos depois era dado o alerta para um incêndio nas ins- talações da empresa DreamPlas, situada nas imediações (ver peça, pág. 3). ß

»CARTA AO DIRETOR

Carros abandonados

pela cidade

Gostaria que denunciassem esta situação: vários carros abando-nados, em diversas ruas da Mari-nha Grande, há muitos meses; aos quais estão a ser roubadas as ro-das, ficando os mesmos sobre pe-dras ou tijolos, e em risco de serem facilmente derrubados, e causarem danos.

Não é aceitável esta situação, existente há tanto tempo, de modo tão flagrante. Ocupam espaço, atraem vandalismo, e dão um as-peto muito desagradável.

Estes são apenas alguns exem-plos. Há tantas cidades em Portu-gal, inclusive no Centro, a serem muito bem cuidadas, em cada de-talhe, para darem qualidade de vida aos residentes e atraírem visi-tantes/turistas!

A Marinha Grande tem demasia-dos imóveis abandonademasia-dos, em ruí-nas, em péssimo estado, no centro e nas vias principais e secundárias.

Não há necessidade de tanto desleixo das autoridades, perante algo tão à vista de todos e tão fácil de resolver, como é o caso dos car-ros abandonados, sendo que são pagas para cuidar da cidade. Um turista que faça fotos ou vídeos de um passeio pela Marinha Grande, para partilhar pelos seus contatos, vai involuntariamente fazer má pu-blicidade da cidade, de tantos pré-dios e carros em mau estado que tem, e apesar dos recursos financei-ros da autarquia, acima da média!

Leitor devidamente identificado

PATINAGEM DE VELOCIDADE

PITEIRA CHAMADO À SELEÇÃO NACIONAL

Depois de no passado sábado se ter sagrado Campeão Nacional no escalão de Juvenis na vertente de Velocidade que inclui a pontuação obtida em duas provas (ver peça, pág. 11), António Piteira foi con-vocado para o 1.º estágio de Esperanças de preparação das Seleções Nacionais de Patinagem de Velocidade que, de acordo com o Plano Anual das Seleções Nacionais se realizará de 28 a 30 de maio no

Pa-tinódromo Armando Silva Rodrigues, em Canelas.

A equipa técnica nacional tentará assim preparar o melhor grupo possível para que Portugal esteja representado ao mais alto nível no Campeonato Europeu que se reali-zará em Canelas de 18 a 25 de julho.

Recorde-se que o atleta marinhense teve a sua primeira experiência internacional, representando a seleção nacional em

agos-to de 2019, quando em Ostende, na Bélgi-ca, participou no Campeonato Challenger. Internamente e em Campeonatos Na-cionais, Piteira soma já 15 títulos de Cam-peão Nacional, três títulos de vice-cam-peão nacional e 5 medalhas de bronze.

Para este estágio foi ainda convocado outro atleta da Marinha Grande, Diogo Silveira, que representa a “Associação de

Patinagem Inline Marinha Grande”. ß

COMBATE AO TRÁFICO DE DROGA

PRISÃO PREVENTIVA PARA 9 DOS 13 DETIDOS PELA PSP

Ficaram em prisão preventiva 9 dos 13 detidos na operação “Solum” da PSP desen-cadeada no dia 19 de maio e que envolveu a realização de 15 buscas domiciliárias e 40 não domiciliárias em 8 concelhos do país, entre os quais a Marinha Grande.

Segundo a PSP, a operação de combate ao tráfico de estupefacientes, desencadeada pela Esquadra de Investigação Criminal da Divisão Policial de Leiria, decorreu no âmbito de um inquérito crime dirigido pelo DIAP de Leiria iniciado há cerca de um ano, e incidiu ainda nos concelhos de Leiria, Batalha, Porto de Mós, Nazaré, Loures, Seixal e Vila Nova da Barquinha.

No terreno estiveram 80 agentes do

Co-mando Distrital de Leiria, que contaram com o apoio do Comando Metropolitano de Lis-boa, da Unidade Especial de Polícia e da GNR.

Na operação foram detidas 5 mulheres e 8 homens, com idades entre os 30 e os 56 anos, pela prática de vários crimes, em especial o de tráfico de droga e foram ainda constituídas arguidas outras duas pessoas.

As autoridades apreenderam 1020 doses de cocaína, 200 doses de canábis e 1 dose de haxixe, 6 automóveis, alguns dos quais de gama alta, 1 motociclo, 2 bicicletas, 1 mini moto 4, 245 euros em dinheiro, 3 armas de fogo e 91 munições, 2 armas brancas e ainda diversos computadores portáteis,

tele-móveis e outros objetos relacionados com o crime em investigação. ß

(3)

JORNAL DA MARINHA GRANDE | 27 de maio de 2021

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local

PREJUÍZOS RONDAM 1 MILHÃO DE EUROS

INCÊNDIO CONSUMIU INSTALAÇÕES

DA EMPRESA DREAMPLAS

Um incêndio de grandes dimensões consumiu na tarde deste

domingo, 23 de maio, as instalações da empresa DreamPlas,

situada na Rua da Indústria Metalúrgica, na Embra, causando

danos na ordem de 1 milhão de euros

Segundo o JMG apurou, o alerta foi dado cerca das 19h30, tendo sido mobi-lizados para o local vários elementos dos Bombeiros Voluntários da Marinha Gran-de, que contaram com o apoio dos Muni-cipais de Leiria e dos Voluntários da Viei-ra, Ortigosa, MaceiViei-ra, Leiria e Batalha, num total de 55 efetivos e 18 viaturas.

O trânsito esteve cortado durante rias horas naquela rua onde existem vá-rias outras empresas de plásticos, moldes

e cartão.

Em declarações à Agência Lusa, a res-ponsável pela DreamPlas referiu que o in-cêndio terá causado prejuízos de “quase um milhão de euros” e que “só o escritó-rio é que ficou de pé”.

Segundo Maria João Almeida, sócia e diretora da empresa, o incêndio terá tido início, ao que tudo indica, fora da fábri-ca e está a ser investigado pela Polícia Judiciária.

Criada em março de 2020, a Dream-Plas estava a laborar nas atuais

instala-ções, que eram alugadas, desde o

passa-do mês de setembro. ß

CASAL DE MALTA

HOMEM BALEADO JUNTO

À ESQUADRA DA PSP

Um homem ficou gravemente ferido após ter sido atingido a tiro no bairro de Casal de Malta, cerca das 20h10 da última quin-ta feira, dia 20 de maio.

Terão sido efetuados vários disparos, que provocaram ferimentos graves na víti-ma, que foi assistida pelos Bombeiros Volun-tários da Marinha Grande e transportada ao Hospital de Leiria.

Os agressores colocaram-se em fuga. A PSP deslocou-se de imediato ao local. Aliás, o crime foi cometido a poucos metros da Esquadra da Polícia. ß

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JORNAL DA MARINHA GRANDE | www.jornaldamarinha.pt

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local

CONCESSÃO

POR 15 ANOS

CONCURSO PÚBLICO

PARA EXPLORAÇÃO

DE CAFETARIA

A Câmara da Marinha Grande tem aberto o concurso público para a conces-são de exploração do estabelecimento de bebidas – cafetaria de apoio à Casa da Cultura e Museu do Vidro. Segundo o anúncio publicado em Diário da Re-pública, está em causa a atribuição da exploração do espaço onde funcionou a “Cafetaria D’Arte”, junto aos Paços do Concelho, por um período de 15 anos, com possibilidade de uma renovação. Será vencedora a proposta de valor mais

elevado. ß

PEDRULHEIRA

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO

DE 2018 AVANÇA ESTE ANO

A requalificação do campo de jogos da Pedrulheira e

do espaço envolvente, projeto vencedor do Orçamento

Participativo (OP) 2018, vai finalmente avançar e

abarcará uma intervenção superior ao inicialmente

previsto

Em nota de imprensa, a autarquia fez saber que a obra, cuja ideia resultou do OP 2018, incluirá a beneficiação do espaço envolvente, nomeadamente a reabilitação do campo polidesportivo da Pedrulheira, a criação de uma área de prática desportiva, a definição de um espaço de jogo e recreio, a criação

de espaços verdes, e a definição de no-vos acessos.

Em causa está um investimento na ordem dos 180 mil euros, bem acima do previsto no Orçamento Participa-tivo (100 mil euros), uma vez que a autarquia “entendeu estender a bene-ficiação ao espaço envolvente”, com

vista a “uma integração deste espaço na malha urbana e vivência da comu-nidade”.

Serão instaladas balizas e tabelas e haverá marcações para a prática de diversas modalidades coletivas, estan-do igualmente prevista a colocação de equipamentos de ginástica destinados a uma faixa etária abrangente.

O espaço será ainda beneficiado com novos bancos, papeleiras e um be-bedouro e na envolvente exterior serão criados passeios e uma área de

esta-cionamento. ß

»PARTICIPAR PARA MELHORAR

Mais um elefante branco a nascer

Em 2019, na reunião de Executivo ocorri-da a 5 de junho, foi aprovaocorri-da a proposta de aquisição do imóvel da ex-Albergaria No-bre pelo valor de 250 000 euros. Segundo a Presidente da autarquia, o objetivo desta aquisição tinha em conta (i) A revitalização do Centro Tradicional; (ii) A existência de três Pólos de Ensino Profissional, Superior e de Investigação; e (iii) A atração e fixação de quadros técnicos especializados. No site da Câmara, existe uma foto e uma notícia que assinala a realização da escritura do imóvel, 30 de agosto, embora não seja assinalada o ano da mesma. No texto que acompanha a foto é referido outro objetivo para a sua aquisição “Criar uma residên-cia para estudantes que sirva de âncora ao rejuvenescimento do Centro Tradicional da cidade”. Como se observa, há pouco cui-dado na divulgação dos objetivos da aquisi-ção do imóvel e na informaaquisi-ção que é dada aos cidadãos. Ainda não sabem porque adquiriram o imóvel e o que vão fazer. Não existem dossiês devidamente preparados que demonstrem um trabalho cuidado e or-ganizado. Compram por comprar. É preciso

dar destino aos milhões que estão no banco a ganhar bolor.

Passados dois anos da aquisição do refe-rido imóvel, e antes que o mandato termine, o Executivo PS levou, à pressa, à reunião do passado dia 10 de maio, um Protocolo de colaboração entre a Autarquia e o Politéc-nico de Leiria (PL), através do Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentável de Produto. Neste, é afirmado que o Município da Marinha Grande disponibiliza um edi-fício para acolhimento de uma Residência de Estudantes. Curiosamente, este Protocolo refere que o mesmo é feito ao abrigo da Lei 7/2013 que estabelece o Regime Jurídi-co de transferência de Jurídi-competências, mas, como se sabe, este Executivo PS rejeitou. Segundo o teor do Protocolo, a autarquia faz a reabilitação integral do edifício e, posteriormente, fará a sua cedência ao PL. Perante um enunciado pouco claro do papel e da responsabilidade de ambas as partes neste processo, a discussão so-bre este assunto foi acesa. A Oposição considerou que a informação era escassa e questionou o Executivo PS. Por exemplo,

a Vereadora Ana Monteiro colocou várias questões, nomeadamente, (i) Há um estudo prévio das condições do edifício? (ii) Qual o investimento previsto? (iii) Será o mesmo convertido em rendas (iv) Quais as regras de utilização do edifício? (v) Existem Proje-tos de requalificação da zona envolvente? (vi) Qual a participação do Politécnico no processo? (vii) Quem vai assumir os custos de manutenção? Nenhuma destas preocupa-ções constava do Protocolo, nem preocupou o Executivo PS. Como afirmou a Vereadora Alexandra Dengucho “Um Protocolo vazio, pobre, fraquinho, fraquinho”.

Como resposta às questões colocadas, a Presidente referiu “A intenção é de fazer um Protocolo com o PL que terá regras semelhan-tes às outras residências de estudansemelhan-tes que o Instituto tem. Esta residência vem trazer vida ao Centro. É para começar a colabo-ração”. Perante a insistência da Oposição sobre o papel do PL neste projeto, o Executi-vo solicitou ao mesmo que acrescentasse um parágrafo ao Protocolo, enunciando a sua colaboração com a Autarquia. Este chegou e referia: “o Politécnico de Leiria prestará o

apoio técnico necessário à Câmara Muni-cipal na fase de estudo e elaboração dos projetos de arquitetura e especialidades para a construção da futura Residência de Estudantes”. Um parágrafo que acrescenta muito pouco às preocupações colocadas pela Oposição. A Autarquia assumirá quase todas as responsabilidades. Subserviência.

Não se entende tanta leviandade na elaboração de um documento, aliás, algo que, sistematicamente, se verifica nos docu-mentos apresentados em reunião de câma-ra. Estar-se-á perante um apoio indireto ao Pólo que o Instituto de Leiria tem instalado na zona industrial? Este Protocolo não pas-sa de um conjunto de intenções mal defini-das, mal explicadefini-das, evidenciando querer vender gato por lebre. Embora seja regra deste Executivo PS aprovar Protocolos para colocar no Facebook e assim fazer propa-ganda, estes, por si só, não conduzem à implementação dos projetos. No entanto, podemos estar, daqui a alguns anos, pe-rante o aparecimento de mais um elefante branco numa das ruas mais desertas da cidade. ß

Elvira Ferreira

(5)

local

JORNAL DA MARINHA GRANDE |27 de maio de 2021

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local

CULTURA

ACR COMEIRA ‘GANHA’

COMPANHIA DE TEATRO

A Associação Cultural e Recreativa da Comeira acaba de firmar um proto-colo com a Associação Teatro à Solta, tendo em conta “o interesse comum de desenvolvimento e aprofundamento de ações de cooperação” e a “defesa do teatro”. O acordo, assinado no passa-do sábapassa-do, dia 22 de maio, estabele-ce que o Teatro à Solta terá residência artística nas instalações da coletivida-de da Comeira, oncoletivida-de coletivida-deverá estrear os espetáculos que ali venham a ser ensaiados.

Na ocasião, a ACR Comeira as-sinou também um protocolo com o Centro do Património da Estremadura (CEPAE) com vista ao estabelecimento de “bases de cooperação em matérias de interesse comum, designadamen-te em domínios técnicos, científicos e

pedagógicos”, estando prevista a rea-lização de eventos e projetos de inves-tigação em parceria.

Finalmente, o CEPAE e o Teatro à Solta firmaram, por sua vez, um

acor-do para a realização de colóquios, palestras, congressos e ações de for-mação na valorização humana, cul-tural, científica e técnica, entre outros aspetos. ß

»LEITURAS

“No mundo há livros

fantásticos que

ninguém lê”,

Umber

to Eco

“ A Jangada de Pedra”, de José

Saramago, Círculo de Leitores, 1987

«(…) A primeira fenda apareceu numa grande lage natu-ral, lisa como a mesa dos ventos, algures nestes Montes Albe-res que, no extremo oriental da cordilheira, compassadamente vão baixando para o mar e por onde agora vagueiam os mal--aventurados cães de Cerbère, alusão que não é descabida no tempo e no lugar, pois todas estas coisas, mesmo quando o não parecerem, estão ligadas entre si. (…)»

Excelente romance de José Saramago. Na zona dos Piri-néus regista-se uma fractura que provoca a separação da Pe-nínsula Ibérica do resto da Europa e a afasta, como se de uma jangada se tratasse, navegando à deriva no Oceano Atlânti-co. Este é o tema, imaginado pelo autor, para uma narrativa que envolve o leitor, não só pela ironia, como pela notória crítica política e ideológica que introduz quando se refere às relações com os outros países da Europa. A previsibilidade da jangada chegar aos Estados

Unidos da América do Norte levanta problemas de fronteira e relações diplomáticas, por exemplo…

Dentro desta viagem pelo Oceano existe, ainda, a via-gem de cinco originais perso-nagens com aventuras que dão cor aos relatos; Joana Carda com uma mágica varinha de negrilho; a galega Maria Gua-vaira e Joaquim Sassa que se perdem de amores; José

Anai-ço, perseguido pelos estorninhos, e Pedro Orce que percorrem Portugal e Espanha, primeiro de automóvel e por fim numa galera puxada por dois cavalos.

«(…) O homem põe, o cão dispõe, tanto vale este ditado novíssimo como o antigo, algum nome teremos de dar a quem em instância final decide, nem sempre o dos despachos é Deus, como em geral se acredita. Cometeram-se ali as despe-didas, os homens para a Figueira da Foz, que é mais cercano, a mulher para casa dos parentes hospitaleiros, mas quando Dois Cavalos já soltara o travão e começava a rodar, foi visto com espanto geral colocar-se o cão diante de Joana Carda, impedindo-a de avançar. Não ladrou, mas mostrou os dentes, o gesto do pau deixou-o indiferente, que de gesto não passou. (…)»

José Saramago (1922-2010) nasceu em Azambuja, Go-legã. Foi um importante escritor português e ainda tradutor e jornalista. Ganhou o Prémio Camões em 1995. Em 1998 foi galardoado com o Prémio Nobel da Literatura. Foi considera-do o responsável pelo efectivo reconhecimento internacional

da prosa em língua portuguesa. ß

Carlos Reys

Designer

Cristóvão Carvalheiro, Carlos Franco e Adélio Amaro

PANDEMIA

FUNDO DE EMERGÊNCIA APOIOU UMA FAMÍLIA

Está em vigor há 5 meses e tem disponíveis 100 mil euros para apoiar famílias em dificuldades em virtude da pandemia. Falamos do Fundo de Emergência Municipal de Apoio Social – Impacto COVID-19

que a Câmara da Marinha Grande criou e que apoiou, até ao momen-to, uma única família.

Na reunião de câmara de se-gunda feira, dia 24 de maio, a vereadora Célia Guerra informou

que foram submetidas mais 19 can-didaturas ao fundo emergência, no entanto, “nenhuma reunia condições para ser apoiada”. A autarca referiu que vão ser introduzidas alterações

ao respetivo regulamento. ß

PRAIA DA VIEIRA

PARQUE

DE CAMPISMO

SEM LICENÇA

O Parque de Campismo da Praia da Vieira, propriedade do Município da Marinha Grande, não dispõe de licença de utilização. O assunto foi abordado na reunião do executivo de segunda feira quando uma cidadã residente no Parque reclamou por ter tido ordem de despejo por se ter recusado a pagar uma conta de eletricidade com a qual não concordou. Na altura ficou a saber-se que o concessionário do parque tem em atraso o pagamento de rendas à Câmara, não tendo sido revelados quais os montantes em causa, e que mensal-mente os serviços técnicos da autarquia realizam vistorias às instalações. Segundo a responsável pela divisão de ordena-mento do território, os concessionários ficaram de elaborar o projeto de arquitetura e especialidades para legalização do parque, mas, até ao momento, “o processo ainda não deu entrada” nos serviços do Município. ß

MARINHENSES ENTRE

OS ELEITOS

LIVRE LEIRIA ELEGE GRUPO

DE COORDENAÇÃO

O Núcleo Distrital do LIVRE, criado no passado dia 25 de abril, acaba de eleger o seu Grupo de Coordenação Local, composto por 5 membros efetivos e 3 suplentes. As eleições decorreram a 18 e 19 de maio e a lista vence-dora apresentou a moção estratégica “Esquerda Verde Europeísta no Distrito de Leiria”. O Grupo é composto por Filipe Honório e Joana Oliveira (Leiria), Ana Catarina Ber-nardes e Isabel Faria (Marinha Grande), Inês Pires (Cal-das da Rainha), Alberto Bettencourt (Peniche), Adriana C. Azevedo (Batalha), e Pedro Miguel Santos (Nazaré).

O LIVRE considera que o distrito “necessita de uma for-ça progressista ativa, aberta e inclusiva”, que seja repre-sentativa da “Esquerda Verde Europeísta” que defende. Igualdade e justiça social, ecologia e justiça ambiental, energia e mobilidade, transparência e participação cívi-ca são as “prioridades” a seguir pelo partido. ß

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JORNAL DA MARINHA GRANDE | www.jornaldamarinha.pt

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local

GAMA DINIZ:

“FUI, DE ALMA E CORAÇÃO,

UM VIDREIRO”

Aos 83 anos, dono de uma

vida dedicada à arte plástica

e autor de múltiplos trabalhos

que retratam a arte vidreira e

a luta dos homens e mulheres

que fizeram o 18 de Janeiro

de 1934, mas não só, Gama

Diniz mostra-se “satisfeito”

pelo percurso que tem trilhado.

Em entrevista à Marinha TV,

o artista diz-se “desiludido”

com a política, mas enaltece

a liberdade de expressão que

uma tela em branco lhe dá

É possível hoje, aos 83 anos, fazer um balanço daquilo que está para trás desta longa vida no mundo das artes?

De certo modo foi um percurso difícil e sinuoso, mas rico e cheio de satisfação.

O que é que dá mais prazer a um ar-tista colocar numa tela? O que o leva a pintar vidreiros ou cristos, por exemplo?

Não tem nada a haver. O nu é o que maior prazer me dá.

Porque está associado à beleza femi-nina?

A beleza feminina é a essência do ar-tista.

Posso concluir que poderá haver aqui ou acolá alguma, não direi frustração, mas coisas que ficaram por fazer ao lon-go da vida do artista que, em muitas cir-cunstâncias, se dedicou às artes?

Não, não há. A questão da beleza, superei-a, o nu deu-me satisfação. Casei com uma mulher que era uma beleza e que tive a sorte de [ela] me servir de mo-delo. Durante a minha vida, foi a minha modelo preferida, e deu-me prazer.

A Helena sempre foi a sua musa ins-piradora?

De certo modo, foi sempre.

Para além dos elementos femininos, temos a Nazaré muito presente, os vi-dreiros, os abstratos… Como é que um artista entra no mundo destes motivos, acontecem por acaso, por influência? O que leva a pintar hoje um vidreiro, e amanhã cavalos?

O que leva um artista a ser multiface-tado é isso mesmo. É a capacidade que o artista tem de poder manifestar o seu gosto por tudo aquilo que tem beleza. Os cavalos têm uma beleza fantástica, no seu movimento, na sua estrutura. É um manancial extraordinário. Como o vidrei-ro a trabalhar, também tem beleza, e eu transmiti essa beleza nos meus trabalhos. A alma do meu trabalho está no trabalho. É o trabalho que desenvolve as maiores capacidades que o homem tem de se mo-vimentar, e o movimento dos vidreiros é extraordinário.

O Gama Diniz é muito associado à te-mática dos vidreiros, isso aborrece um artista ou é um orgulho que se sente?

Não, hoje é um orgulho, um orgulho muito grande. Eu, se tivesse nascido na Marinha Grande, era vidreiro, não tinha outra maneira de ser outra coisa se não vidreiro. O vidreiro é para mim a alma do trabalhador e um indivíduo que procura a beleza e o trabalho e encontra esse moti-vo à mão, é feliz.

Se pudesse voltar atrás, o que mu-daria em si?

Não vejo razão para mudar, a mu-dança é uma questão intrínseca que cada um sofre, e só na essência é que um homem sente a prática e o efeito das coisas. Não se pode transmitir uma bele-za fora de um contexto. Eu fui, de alma e coração, um vidreiro, e dediquei ao vidro a minha vida e estou na Marinha Grande e graças a Deus. Graças a Deus ou ao diabo, tanto faz. Venha o diabo e

escolha! Mas não vejo razão para mu-dar o meu trabalho.

Há uma fase que é a coleção do 18 de Janeiro de 1934, em que se nota que há uma grande inspiração artística, e essa foi uma fase boa, de boa produção. Essa foi uma fase marcante, de viragem, ou foi mais uma fase entre tantas outras?

Não, foi a continuação da mesma fase. É uma fase em que eu constatei que tinha-se passado na Marinha Grande uma revolução da qual eu não sabia a existên-cia. Passei a minha vida a procurar no Sindicato dos Vidreiros, os elementos que encontrava na parte escrita e encontrei de facto esse trabalho. Portanto, as coisas conjugam-se, está tudo bem comigo, não tenho dúvida nenhuma.

Qual é a obra, ou obras, de que um pintor aos 83 anos mais orgulho tem? É alguma em especial? As mulheres do 18 de Janeiro de 1934, por exemplo?

Tudo isso tem a ver com a minha es-sência de viver, não se pode desligar uma coisa da outra. A minha mudança não se deu, e se deu, eu não dei por isso. Hoje faço uma pintura, de certo modo, também transversal, ou seja, o abstrato está ligado a tudo. O abstrato é a abstra-ção pura. A abstraabstra-ção pura, o que é que consta? É um traço e um ponto, ponto, traço e o plano. É um texto que eu gosto e que tem a ver com o Miró. A linha, o ponto e o plano. É tudo uma questão de jogar com isto, o ponto, a linha e o pla-no. O abstrato é o concreto, e o concreto é o abstrato.

»POEMA

Esperança

Valeu a pena sonhar o horizonte Saltar o muro

Arriscar no piso inseguro Acreditar na ponte. Valeu a pena iludir o medo Prosseguir

Chorar, na Esperança de rir Amar a causa em segredo. Valeu a pena segurar o vento Obrigar o aço

Curar à força o cansaço Clarear o pensamento. Valeu a pena, irmão Erguer os braços

Sentir na Esperança o abrigo, os abraços Até colher o doce pão.

Maria Teresa Sarzedas

2.º Classificado (Público adulto) no I

Concurso Poesia Mário Rui Sousa,

da Projetos de Vida Sénior

A solução

para

o seu

condomínio

244 551 319

Travessa Vieira

de Leiria, 9

Marinha Grande

Pub

(7)

JORNAL DA MARINHA GRANDE |27 de maio de 2021

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local

PARCERIA

ENTIDADES

PROMOVEM FORMAÇÃO

PROFISSIONAL

A Luas&Faluas – Associação para o Desenvolvimento Pessoal, Social e Co-munitário, em parceria com a Oestecon-sult e a Associação Cultural e Recreativa da Comeira, prepara-se para promover uma formação de “Técnico/a de Ação Educativa”. Com uma duração de 150 horas, a formação inicia-se no próximo dia 31 de maio, nas instalações da ACR Comeira e será gratuita.

“Técnicas de animação para crianças e jovens”, “Modelos Familiares e formas de parentalidade” e “Saúde, Nutrição, Higiene, Segurança, Repouso e Con-forto da criança dos 0 aos 3 anos” são alguns dos conteúdos a abordar. Mais informações pelo e-mail formacaoluase-faluas@gmail.com e pelo contacto 914

148 337. ß

O Gama Diniz ao longo da vida tam-bém fez muitos trabalhos por encomenda, sente orgulho nesses trabalhos também ou quando se olha para trás já há obras que…

Não, eu sinto orgulho no trabalho que fiz porque foi o que eu queria fazer. A enco-menda é uma coisa boa, não vejo nada de mal com as encomendas. Até agora com a idade, vou para o fim, e no fim acontece que eu gosto mais do abstrato, porque o abstra-to dá-me a possibilidade de eu ser livre, e a pintura é uma coisa que tem a ver com a liberdade. A liberdade de expressão é o máximo que a arte me pode dar, não vejo razão nenhuma para ser contra esse tipo de liberdade. A liberdade deu-me a possibili-dade de eu ser mais amplo, e deu-me tam-bém o prazer de me manifestar, em relação aos artistas da Marinha Grande, o prazer que eu tenho de ser livre, e uma das pes-soas que mais me acentuou esse prazer foi o Guilherme Correia. O Guilherme Correia levou tempo a compreender-me, e quando me compreendeu, descobriu que eu era li-vre, e elogiou-me. Deu-me prazer ele elogiar--me porque a satisfação de ter alguém que era um inimigo e que se torna um amigo, isso é o maior prazer. O Guilherme Correia morreu com a insatisfação de não me ser dada a mim a possibilidade de eu ser livre. Quem me deu essa impossibilidade de eu ser livre, foi a Câmara. A Câmara não, a minha mentalidade. A minha mentalidade é que me arrastou para coisas para as quais eu não estava habituado. Essa realidade deu-se com a minha abertura ao Partido Co-munista. Foi um erro, um erro crasso. Mas isso paga-se, paga-se porque as coisas não estão em favor, a desfavor. Há um senso, e um contrassenso, e foi um contrassenso. Por-que o Partido Comunista é a aversão à arte. Aliás, temos na própria Marinha Grande um exemplo disso. O exemplo maior é o atra-so que o Partido Comunista tem em relação às questões da cultura. Tinham um vereador que era o “Surfista”. Intitulava-se “Surfista” porque ele não tinha que fazer. Deram-lhe a cultura, porque a cultura era o prazer que devia ter a arte, e nomeou uma funcionária do partido, que era uma mulher que tinha 33 anos dedicados à cultura, a cultura dela. Porque a cultura dela não se adequava à própria cultura. Isso foi o princípio do fim. É claro que o pai, alheio, passou à frente e era um homem da cultura. E o que é que está ligado a ele? É o Partido Comunista Por-tuguês, e o Sindicato dos Vidreiros ou dos Metalúrgicos. E essa ligação entre o Partido e a prática artística não existe.

Nota-se aí algum ressentimento do Gama Diniz em relação à política, também algum desencanto. Há pouco falava-se do fim, nós nunca sabemos em rigor quando é que é o fim, mas aquilo que eu vejo, mesmo estando no fim, em teoria, ou em

tese, há novos recomeços, e o Gama Diniz está numa fase de recomeço…

Não é bem um recomeço.

Recomeço ou reconquista dessa liber-dade que teria perdido…

Sim, essa liberdade ganhei-a com a saí-da do Partido Comunista. Eu hoje sou um homem livre, sou um homem pessoalmente independente, sem partidos, e detesto o par-tidarismo.

Aos 83 anos, o que é que ainda lhe fal-ta fazer? Ainda há motivação?

Não, não há. Há um cansaço, um cansa-ço que eu procuro transportar para a tela em doses de uma certa liberdade e vou partin-do mais fortemente para esse princípio. Não vou dizer mais…

O que é que ainda podemos esperar nos próximos meses e anos relativamente a esta veia artística? Como é que é hoje olhar para uma tela em branco?

É o mesmo drama. Olhar para uma tela em branco, é olhar para um princípio sem fim, nem meios, não tem princípio nem meios. Eu, hoje tenho cansaço, mas é um cansaço próprio da idade. Eu sei que não estou muito longe do fim, marquei a data de encerramento da minha vida aos 88 anos. Estou a 4 anos, não vou viver mais, não que-ro.

Então aos 88, acabou? Acabou.

Até lá, então, o que é que ainda pode-mos esperar?

Muitas pinturas, mas nada de especial. Abstratos? Vamos voltar aos nus? Va-mos voltar aos cristos? VaVa-mos voltar aos rostos, aos retratos, à natureza? O que é que aí vem?

O que é que aí vem? Não sei. Nu não.

Esse capítulo está encerrado? Está. Agora abstração.

O Gama Diniz, com os anos perdeu alguma mobilidade, é verdade, mas a cabeça continua no sítio e isso é uma grande vantagem. Qual é a vantagem de se ter 83 anos? Ganha-se da expe-riência, ou pelo contrário, esse cansaço não permite de alguma forma expres-sar na tela estes anos de experiência?

Não, não faz. O que faz é o indivíduo viver. Viver mais um dia, viver menos um dia, é pouco importante. O que importa de fato, para o artista, são as cores, o movimento. É um instinto, mas não é mais que isso. Portanto, estou no fim.

Um homem aos 83 anos, que se con-sidera no fim, tem prazo de validade, segundo nos diz, ainda tem projetos?

Não, não tenho projetos. O meu proje-to não é nenhum. É pintar, quanproje-to muiproje-to, mas não tenho projetos.

Daqui a muitos anos, como é que gostava de ser recordado pelas novas gerações?

Não sei.

Como o homem que pintou vidreiros? Como um grande artista plástico? Um multifacetado?

Não sei.

Tem ainda muitas obras em seu po-der. Qual seria o destino que o Gama gostava que as suas obras tomassem?

Não faço ideia.

De que forma olha para trás e para uma componente tão importante da vida que é a família?

A família… A família perdeu-se. O tem-po levou tudo, também me levou a famí-lia. ß

»CARTA AO DIRETOR

Não sabem ler…

No dia 23 de Maio de 2019, o Jornal da Marinha Grande publicou o assunto sobre a ameaça de morte feita por uma pessoa desconhecida. Mais tarde, no dia 27 de Fevereiro de 2020, o Jornal da Marinha Grande também publicou algo sobre a proibição que me foi dada de eu não poder estar no Museu do Vidro. O Executivo Perma-nente é composto pela Sra. Presidente, pela Sra. Vereadora e pelo Sr. Vereador, e até hoje dia 24 de Maio de 2021, não houve nenhuma informação sobre eventuais mensagens, relativas ao caso da reunião, em que a pessoa em cau-sa mentiu, dizendo que não tinha cau-saído do Museu do Vidro, no dia 30 de Maio de 2019, apesar de ter sido vista, pe-los dois munícipes, quando vinham da Biblioteca e a senhora em causa vinha do edifício da Resinagem… dispensa comentários! Muitos marinhenses desco-nhecem vários assuntos do Código de Boa Conduta, e por isso basta no Artigo 22.º - na Obrigatoriedade de resposta, lerem o que foi publicado no dia 13 de Agosto de 2015. Já foi enviada em 12 de Maio de 2021, uma mensagem para o Executivo Permanente, explicando que em 15 minutos, todo o assunto que já vem de 23.05.2019, pode e deve ser eliminado, com uma pequena reunião composta por 5 pessoas.

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local

VIEIRA DE LEIRIA

ALUNOS DEBATEM

DINHEIRO NA ERA DIGITAL

O ciclo de “Conversas à Quar-ta, com os Alunos” dinamizado pela Educadora Social do Agrupamento de Escolas de Vieira de Leiria, Marina Lopes, terminou dia 30 de abril com uma sessão dedicada ao “Dinheiro, a era digital e o nosso dia a dia” (litera-cia financeira).

Na sessão, que contou com a in-tervenção de Sofia Oliveira, diretora de Sucursal, foram abordados os di-ferentes serviços de pagamento na era digital, as possíveis fraudes e os cuidados a ter, o papel da banca, os

créditos, a abertura de conta, as pou-panças e os investimentos que podem ser realizados.

Segundo fez saber o Agrupamento, “foi um espaço de conversa informal que os alunos sentiram como impor-tante, oportuno e produtivo para fa-zer questões na tentativa de perceber mais e melhor sobre os assuntos em questão e clarificar as suas dúvidas”.

ÒAMBIENTE EM EVIDÊNCIA

Na edição anterior do evento, no dia 21, Paula Silva, presidente

da Quercus – Associação Nacio-nal de Conservação da Natureza foi a oradora convidada. Houve oportunidade para falar sobre a instituição e discutir a importância da preservação do ambiente, as ações dinamizadas pela Quercus, bem como a pertinência e relevân-cia do voluntariado nas ações cívi-cas e ambientais. Os alunos “foram alertados para a consequência de práticas perigosas, poluidoras e da-nosas como as indústrias pecuárias da nossa região e, por exemplo, elucidados para o caso da destrui-ção de habitats para extradestrui-ção do óleo de palma (muito utilizado, por exemplo, no chocolate)”. Foram ain-da aborain-daain-das questões de proteção e recuperação de animais, onde foram mencionados os centros de reabilitação de animais selvagens da Associação, muito procurados para o exercício de voluntariado. No final, os alunos manifestaram in-teresse em participar nas atividades

promovidas pela Associação.ß

»OPINIÃO

Transformação de espaços

As zonas verdes e os acessos da Cidade encontram-se em manutenção de forma a “preparar o início da época Balnear” e “bem receber” a habitual “afluência de turistas nos meses de verão”. Estas operações encontram-se em curso em diversas artérias da cidade e ligam zonas ver-des à Mata Nacional, ao Parque da Cerca, Parque dos Heróis, Jardim Stephens, Jardim Luís de Camões, áreas verdes da Zona Industrial, os localizados em S. Pedro de Moel, Vieira de Leiria e Moita.

Trata-se de uma necessidade zelar pelos espaços ver-des de um Concelho cingido por uma Mata Nacional a proporcionar a quem visita uma imagem que se ajuste à nossa grandeza e ícone de referência, talvez nacional com centenas de anos de história no turismo industrial, servindo-se do circuito da rede religiosa e ambiental de que o nosso concelho já muito beneficiou.

E assim deviamos continuar a merecer dignidade, ca-paz de oferecer uma maior capacidade de acolhimento e embelezamento, aproveitando a execução de acções com o apoio e participação do nosso departamento de arquitectura paisagista, designer de paisagismo e am-bientes, que devia incentivar o nosso Concelho a aderir ao pacto de competências e boas práticas do programa “Intelligent Cities Challenge (ICC)”, uma iniciativa da Co-missão Europeia que apoia o uso de tecnologias de ponta para liderar a recuperação inteligente, verde e socialmen-te responsável. A cidade, ICC e seus ecossissocialmen-temas locais que servirão motores para a recuperação da economia local, criarão novos empregos e fortalecerão a participa-ção e o bem-estar dos cidadãos.

João E. Cruz

Ex-Vereador

PINHAL DE LEIRIA

BLOCO DE ESQUERDA SEM RESPOSTAS

DO GOVERNO HÁ MEIO ANO

Os deputados Ricardo Vicente e José Manuel Pureza, do

Bloco de Esquerda (BE), colocaram ao Governo, na semana

passada, um vasto leque de questões que aguardam

resposta há mais de seis meses

Os parlamentares questionaram a tutela a respeito da “inexistência de medidas e estratégias de recu-peração da biodiversidade das ma-tas litorais e seus habitats, dando o exemplo da lampreia-de-riacho, espécie ameaçada e que existia na Ribeira de São Pedro de Moel”, bem como sobre os 250 milhões de euros para recuperar matas nacionais que estão previstos no Plano Nacional de Investimentos 2030, “não se conhe-cendo nenhum exercício de planea-mento que possa suportar este valor e a sua aplicação”. Os deputados exigem saber o destino dessas

ver-bas e quais os montantes que serão alocados à Mata Nacional de Leiria, do Urso e do Pedrógão, entre outras. O Bloco de Esquerda mostra--se “preocupado” com o futuro do Pinhal de Leiria e “os seus valores ecológicos e socioeconómicos”, con-siderando que “o Governo não pode continuar a ignorar estas questões e as perguntas que lhe são dirigidas a partir da Assembleia da República”.

Em nota de imprensa, o BE recor-da o anúncio feito na Marinha Gran-de no passado dia 11 pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas de um investimento de 9

mi-lhões de euros na Mata Nacional de Leiria, frisando que “além da baixa concretização, estes anúncios são sempre realizados de forma avulsa, não havendo até hoje qualquer pla-no de médio-longo prazo para recu-perar a Mata Nacional de Leiria”.

“Recentemente foi público, através da Associação Acréscimo, que uma parte do cordão dunar da Mata Na-cional de Leiria, em zona de prote-ção, que foi afetado pelos incêndios de 2017, está a sofrer de um eleva-do nível de erosão, estaneleva-do o mes-mo a avançar 6,5 metros por ano em direção ao interior da mata. Este é um fator crítico e que exige inter-venção urgente, prioritária, mas até hoje nada foi feito, apesar de terem ocorrido vários alertas”, apontam os

deputados do Bloco. ß

»CARTA AO DIRETOR

Mais um dono privado de S. Pedro

Querer apoderar-se de um lugar de estacionamento para não fazer manobra para sair da garagem, VERGO-NHOSO. Colocar 2 barras em ferro de cor vermelha num lugar de estacionamento. Quem é esta pessoa para fazer esta operação? Tem interesse a retirar o mais urgente pos-sível e ganhar vergonha. Esta cena passa-se na rua refeita de novo ao pé da central velha (que vai ao campo de ténis velho), em São Pedro de Moel.

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JORNAL DA MARINHA GRANDE | 27 de maio de 2021

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local

»OPINIÃO

Coragem para mudar

A minha história pessoal é um testemunho de serviço e trabalho pela Marinha Grande. Sempre segui as minhas convicções e princí-pios. Para mim, a Marinha Grande e os Mari-nhenses estão, e sempre estiveram, acima de ideologias ou partidos.

Desliguei-me da minha antiga organiza-ção política de consciência tranquila por lhe ter dado todo o meu esforço e o melhor de mim. Ficarei para sempre grato pela oportuni-dade que me proporcionou de poder servir a nossa terra, enquanto Deputado Municipal e Vice-Presidente da Câmara. Por lá, fiz grandes amigos, alguns dos quais ainda lá permane-cem, enquanto muitos outros me acompanham nesta luta, quiçá heróica, que agora iniciamos para construir a Marinha Grande de amanhã. Hoje tenho a liberdade que me vem de ser um cidadão livre e independente e assim poder continuar ao serviço de todos.

Tivesse eu uma obsessão por um lugar ou uma ambição pura e simples pelo poder, não estaria aqui hoje. Teria sido muito mais fácil ficar acomodado e “bem comportado” no PS.

Aí teria sempre garantido mais um mandato de Vereador. Quando, aos 19 anos, iniciei a minha intervenção política local fi-lo por con-vicção e pela minha terra.

O processo de elevação da Marinha Gran-de a cidaGran-de que nessa época promovi, Gran- desen-volvi e levei até ao fim é um bom exemplo da minha antiga dedicação à nossa terra e da minha determinação em contribuir para o seu engrandecimento. E é essa mesma convicção e determinação que me faz hoje acreditar que posso fazer um trabalho melhor e prestar um grande serviço ao meu Concelho.

Depois de uma profunda reflexão pessoal e familiar, decidi aceitar o convite do PSD para ser o cabeça de lista à Câmara Municipal por-que acredito por-que, dessa forma, posso ajudar a construir um futuro melhor para a Marinha Grande e devolver a dignidade e respeitabili-dade a tão importante órgão autárquico, tanto mais que esta é uma organização claramente democrática com uma elevada importância histórica para a democracia marinhense. Na verdade, o PSD da Marinha Grande sempre fez parte das soluções e nunca dos problemas, independentemente dos poderes instalados.

Assim, a conjugação da minha experiência enquanto autarca com funções executivas e a trajetória histórica desta plataforma política oferece aos nossos cidadãos a melhor solução para a construção de um melhor futuro para o nosso concelho.

Sei que é preciso ter coragem para reali-zar grandes mudanças nas nossas vidas, nas nossas famílias, no nosso trabalho e na nossa comunidade. Por vezes é preciso coragem para mudar a rota e seguir novos caminhos. Coragem para mudar é o primeiro passo para atingir os nossos objetivos e enfrentar os imen-sos desafios que se colocarão aos Marinhen-ses nos tempos difíceis que se adivinham no período após a pandemia.

Somos um Concelho de gente corajosa e empreendedora que busca a melhoria contí-nua em todos os aspectos da vida.

É chegado o momento de ter a coragem de mudar uma realidade de que não gostamos. Mudanças são processos que exigem vonta-de, coragem e acção e a nossa história é uma prova disso. A Marinha Grande mudará na proporção da nossa coragem porque quando não temos coragem de mudar o futuro não acontece.

Por último, perante as “inquietações” insi-nuadas sobre a minha forma de estar enquan-to Vereador no que resta do presente manda-to, a minha resposta é simples, transparente e inequívoca.

Serei o que sempre fui: marinhense. Para reflexão, gostaria de citar um dos mais famosos pensamentos de Winston Chur-chill: “Algumas pessoas mudam de partido em defesa dos seus princípios. Outras mudam de princípios em defesa do seu partido”. ß

EPAMG DISPONIBILIZA SERVIÇOS À COMUNIDADE

PRECISA DE CORTAR O CABELO?

E DE CONSERTAR UM APARELHO?

Arrancou esta semana e vai

prolongar-se até ao dia 22 de

junho a iniciativa da Escola

Profissional e Artística da

Marinha Grande (EPAMG)

que visa colocar ao serviço da

comunidade alguns serviços úteis

Em causa estão serviços de corte de cabelo e/ou brushing, que serão assegu-rados pelos alunos do Curso Profissional de Cabeleireiro que, de forma gratuita, estão disponíveis para receber os interes-sados no Salão de Cabeleireiro da EPA-MG, às terças feiras, das 14h às 17h. A escola garante que serão tomadas todas as precauções com vista à prevenção da COVID-19 e as marcações podem ser

fei-tas pelo email guida.ferreira@epamg.pt. Também os alunos do curso Técnico de Eletrónica, Automação e Comando estão disponíveis para consertar, gratuitamen-te, pequenos eletrodomésticos. Mais in-formações pelo endereço de email

gon-calo.ceboleiro@epamg.pt.

Em nota de imprensa, a instituição sa-lienta que “valoriza bastante” a proximi-dade à comuniproximi-dade, “pois só assim será possível evoluir e formar cada vez melhor

os nossos alunos”. ß

Carlos Caetano

Vereador da CMMG

SUB-21

UNIDOS ‘EMPATAM’

SL MARINHA

Disputou-se este sábado, dia 22, a 3.ª jornada do Campeonato Distrital de Sub-21 com o Grupo Recreativo Os Uni-dos a receber o Sport Lisboa e Marinha. A equipa da Ordem esteve a ganhar, mas cedeu um empate a 3 bolas.

No final, Pedro Paulo, adjunto do SL Marinha, realçou que a equipa entrou bem em campo e marcou primeiro, no entanto “depois começámos a perder al-gum jogo no meio campo e tentámos re-cuperar na segunda parte. Colocámos mais homens no meio campo mas aca-bámos por sofrer um revés com algumas lesões e com uma expulsão”. Segundo o técnico, “a equipa lutou até ao fim. Não saímos com a vitória mas iremos trabalhar para melhorar, vêm aí jogos importantes e vamos estar de cabeça erguida”. ß

FUTSAL

MOITENSE

SEM DERROTAS

NO REGRESSO

A equipa de seniores masculinos do Moitense regressou à competição, após paragem devido à pandemia de Co-vid-19, alcançando uma vitória e um empate em partidas a contar para a 1.ª divisão da AF Leiria.

Na receção ao Casal de São Mame-de, o Moitense goleou por 7-2, com 3-1 ao intervalo. Ricardo Carpinteiro e Mar-celo Silvestre marcaram por duas vezes cada e David Mateus, Ricardo Oliveira e Diogo Cardeira completaram a lista de marcadores.

Na deslocação à zona de Peniche, a equipa da Marinha Grande mediu forças com o Ferrel, onde para além da equipa local teve que se bater com as reduzidas dimensões do recinto de jogo, conseguin-do arrancar um empate a conseguin-dois golos, com os tentos moitenses a serem da autoria de Marcelo Silvestre e Ricardo Carpinteiro.

No próximo sábado, pelas 21 horas, o Moitense visita o líder da desta série B da 1.ª divisão distrital, o Évora de Alco-baça. ß

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opinião

»PEÇO A PALAVRA...

Uma marinhense pede

publicamente ajuda

A política autárquica na Marinha Grande é uma caixinha de surpresas, onde a única consideração ausente é a melhoria da qua-lidade de vida dos marinhenses. Acabo de ler nos jornais que Cidália Ferreira se volta a candidatar para terminar “projectos que “ficaram por fazer””. Será a creche da Ivima prometida há dez anos? Será a piscina pro-metida há vinte? Haverá por aí alguém que acredite que Cidália Ferreira, que nada fez durante anos, agora é que vai fazer?

Li também a grande novidade de que o número dois da autarquia, Carlos Caetano, se vai candidatar pelo PSD. Está tudo doido? Então um autarca que foi uma desgraça du-rante anos, que enrolou todas as iniciativas úteis para o concelho, cuja capacidade de realização é próxima de zero, vai agora re-nascer das cinzas para um novo mandato?

Mais a sério, li também o texto de uma

marinhense enganada por Carlos Caetano, com obras prometidas e não realizadas, obras, diga-se, do interesse da autarquia, marinhense que num acto de puro desespero pede ajuda pública neste jornal. Será que o PSD não sabe de nada? Será que os mari-nhenses ficam indiferentes a este caso?

Felizmente, também li uma notícia que faz todo o sentido, a união dos dois movimen-tos de independentes do concelho, que num acto de inteligência política se unem para concorrer às próximas eleições e que Aurélio Ferreira se volta a candidatar à Presidência. Espero que os marinhenses se deem conta de que Aurélio Ferreira tem sido todos estes anos uma referência de estabilidade, de trabalho consequente e de propostas sensatas. Um trabalho de qualidade reconhecido no País e que espero seja finalmente reconhecido

na Marinha Grande. ß

Henrique Neto

Empresário

henriquejosesousaneto@gmail.com

# EDITORIAL

Mas que grande confusão…

Esta semana, mais uma reunião de câmara e, para sermos simpáticos, pode-remos apelidá-la de… acalorada. Perdão: aquilo a que se assistiu continua a ser absolutamente surreal. A política não é nada disto e alguns dos atores que ali estão representados jamais deveriam andar nestas andanças, pois não têm notoriamente vocação para representar os munícipes. São excelentes pessoas, nada a dizer, mas estão a mais na política. Não queremos aqui pessoalizar, pois uns considerarão que a culpa é sempre dos outros. E não saímos disto.

No essencial, os poucos que têm pachorra para assistir às reuniões de Câmara deparam-se semana após semana com espetáculos degradantes que nada digni-ficam uma atividade nobre e que deveria ser um exemplo para as gerações mais jovens.

Deixamos aqui uma questão: como é que se cativam as gerações mais novas a ingressar na política com este tipo de “espetáculos” absolutamente sinistros? Quem é que está disponível para integrar um executivo com este nível de truculência?

Note-se que não temos nada a apontar a nenhum dos sete eleitos. São pessoas que nos merecem respeito mas, caramba, já chega. Atingiu-se um limite, uma linha vermelha sucessivamente ultrapassada em que já ninguém respeita ninguém. Até mesmo os munícipes que ali vão, a maioria com razão, utilizam uma linguagem que, do nosso ponto de vista, excede os limites da sã convivência, do respeito, que deveria imperar neste órgão autárquico.

Não nos parece que, até ao final do mandato, este estado de coisas vá mudar, pelo contrário. Até nos parece que com o aproximar das eleições se vá radicalizar o discurso de alguns eleitos, as acusações vão subir de tom e não antevemos nada de útil. Veremos como será, pois há quem já tenha percebido que a gritaria não é o caminho e se esteja a resguardar numa clara estratégia de mostrar serenidade para o seu eleitorado tradicional.

Poderíamos estar aqui a escrever que, depois da tempestade, virá a bonança, ou seja, que depois das eleições será tudo diferente. Desengane-se quem pensa desta maneira pois estamos convictos que tudo continuará como até aqui, pois os prota-gonistas do futuro serão provavelmente os mesmos de hoje, salvo uma ou outra ex-ceção. Cidália Ferreira, Alexandra Dengucho e Aurélio Ferreira lá estarão de novo a digladiar-se e veremos qual deles conseguirá vencer. É a única dúvida que existe pois paz na autarquia é coisa que não se vislumbra tal tem sido a espiral verbal em que os atores políticos se acantonaram.

Se não se entenderam ao longo de quatro anos, será que a votação popular os fará alterar alguma coisa? Se conseguirem entender-se, o que duvidamos, o conce-lho só terá a ganhar. Mas essas contas só se começarão a fazer no dia após as elei-ções quando os dinossáurios dos partidos começarem a negociar nos bastidores os tempos e os pelouros, algo absolutamente sinistro que tem inquinado a política local.

Note-se que a culpa do concelho da Marinha Grande estar aquém do nível de desenvolvimento ambicionado é, obviamente, dos atores políticos, dos partidos e movimentos e, naturalmente, dos abstencionistas e, por último, dos eleitores que provavelmente não têm feito as melhores escolhas.

Hoje tínhamos uma férrea vontade de aqui denunciar um conjunto de incongruên-cias que vamos vendo e ouvindo pelo nosso concelho. É absolutamente inaceitável que algumas instituições da Marinha Grande criem plataformas para promover os produtos e serviços locais, apelem a que todos compremos no concelho e, depois, não dão o exemplo e o que fazem? Compram fora! Inacreditável.

O Jornal da Marinha Grande jamais deixará de lutar para que este tipo de práticas deixem de ocorrer e lutará até às últimas consequências para proteger as entidades locais, pois não podemos aceitar que os recursos financeiros dos ma-rinhenses, que poderiam ficar no concelho, continuem a sair com uma facilidade extrema. Basta!

A Direção do Jornal da Marinha Grande

FALTA DE MANUTENÇÃO

OU VANDALISMO?

A duas semanas do arranque da época balnear, um dos espaços mais frequentados de São Pedro de Moel, mesmo defronte do areal, terá sido alvo de vandalismo. A veda-ção, em que alguns dos pilares mostram sinais de apodrecimento e em que saltam à vista parafusos enferrujados, tombou para o passeio. A escassos metros, as escadas que se encontram junto às piscinas também ‘pedem’ uma intervenção, dado que o seu desnível

representa um verdadeiro perigo de queda. ß

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JORNAL DA MARINHA GRANDE | 27 de maio de 2021

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desporto

FUTEBOL

MARINHENSE REGRESSA

ÀS VITÓRIAS COM TOGUI AO LEME

O Marinhense regressou aos triunfos, ao ganhar 1-0 na receção

ao Condeixa, na estreia de Togui Santos como treinador principal

da equipa, depois de Pedro Gandaio ter sido dispensado, isto na

penúltima jornada da época

Apesar do triunfo, o Marinhense deixou de ter possibilidades de alcançar o acesso à Liga 3, porque na outra partida do grupo 6, o U. Santarém arrancou um nulo em Alverca e as duas equipas ribatejanas garantiram as duas vagas de acesso à Liga 3.

Com Togui Santos e Leandro Falé a coman-darem a equipa, houve um regresso a uma linha defensiva de quatro, bem como de Guilherme Quichini para o eixo da defensiva, fazendo dupla com André Sousa, relegando Roberto Cunha para o banco, numa aposta que foi bem sucedida.

Jean Sinisterra voltou ao seu lugar natural (médio defensivo) e regressou às exibições ao seu nível. De qualquer forma, foi notória a fal-ta de confiança dos jogadores do Marinhense, que com o andar dos minutos foi sendo reabili-tada e acabou por resultar numa vitória, graças a um belo golo de Cláudio Ribeiro, espelho de uma entrega em defesa da camisola alvinegra

digna de destaque.

ÒPRIMEIRA PARTE COM POUCA QUALIDADE

A partida, entre duas equipas que se apre-sentavam ainda com possibilidades matemáti-cas de alcançarem o acesso à Liga 3, come-çou com défice de qualidade, sendo que o Marinhense, a jogar contra o forte vento que se fazia sentir, aproveitou para consolidar rotinas defensivas e, aos poucos, foi chegando junto da baliza adversária, terminando a primeira parte com uma oportunidade soberana para marcar, com Cláudio Ribeiro a cobrar um livre junto à área, que Seidi desviou de cabeça, mas esta saiu rente ao poste. Já o Condeixa, apesar de ter tido o vento pelas costas e algum ascendente na posse de bola, não criou nenhuma oportuni-dade de golo no primeiro tempo.

ÒMARINHENSE ACABA PARTIDA EM ALTAS

Na segunda parte, as equipas

continua-ram encaixadas e a formação forasteira foi acentuando um nervosismo que já se ha-via notado nos momentos finais da etapa inicial, com muita contestação às decisões da equipa de arbitragem, que apesar de ter demonstrado algum défice qualitativo, em nada prejudicou o Condeixa.

No último quarto de hora, o Marinhense fez por merecer o golo que viria a alcançar. Com Seidi a ter duas boas oportunidades para marcar e, aos 85 minutos, Cláudio Ri-beiro fez um golaço, com um remate forte à entrada da área, após lance de ataque rápido conduzido pelo veloz dianteiro ma-rinhense.

Foi o culminar lógico de uma exibição só-lida do Marinhense, sempre em crescendo, perante um adversário que também lutou muito, mas não criou nenhuma oportunida-de clara oportunida-de golo.

No próximo fim de semana o Marinhen-se despede-Marinhen-se desta faMarinhen-se de acesso à Liga 3, visitando o U. Santarém que, já é certo, a par do Alverca, irá integrar a Liga 3 na próxima época. Quanto ao Marinhense, irá

manter-se no Campeonato de Portugal. ß

PATINAGEM DE VELOCIDADE

ANTÓNIO PITEIRA SAGRA-SE CAMPEÃO

NACIONAL EM CANELAS

Não poderia ter corrido melhor a participação dos jovens atletas do

Agrupamento de Escolas Marinha Grande Poente no Campeonato

Nacional Individual de Pista que teve lugar este fim de semana em

Canelas, no concelho de Estarreja. António Piteira trouxe para casa

um título de campeão nacional

A prova, destinada aos escalões de Cadetes, Juvenis, Juniores e Seniores, de-correu nos dias 22 e 23 de maio, no Pa-tinódromo Armando da Silva, situado na Freguesia de Canelas, que recebeu 156 atletas em representação de 13 Clubes Nacionais.

Do Agrupamento Marinha Grande Poen-te competiram os atletas Manuel PiPoen-teira no escalão de Cadetes, Soraia Marques, Rita Lopes, Edna Correia e António Piteira em Juvenis, Beatriz Vieira, Flávio Coelho e Diogo Pereira no escalão de Juniores, e Ricardo Marques em Seniores.

No primeiro dia de competição o atleta

Juvenil, António Piteira, esteve em foco ao terminar a classificação Ranking de Veloci-dade nas provas de 200 metros persegui-ção e 500m+D, no 1.º lugar, conquistando o título de Campeão Nacional.

“Tal como o António, todos os outros pa-tinadores dignificaram igualmente o Con-celho da Marinha Grande, superando-se a si mesmos, pois mesmo sem as condições adequadas ao treino, lutaram levando o seu esforço ao limite, conseguindo prova a pro-va novos recordes pessoais e obtendo boas classificações dentro do seu escalão”, refe-riram no final os responsáveis pelo Clube.

A próxima prova de âmbito nacional

será o Campeonato Nacional Individual de Estrada que está agendado para os pró-ximos dias 5 e 6 de junho no Complexo

Desportivo do Arsenal de Canelas. ß

FUTEBOL

TOGUI SUCEDE

A GANDAIO

NO MARINHENSE

Pedro Gandaio já não é treina-dor da equipa principal do Mari-nhense. O treinador dos juniores, Togui, vai acumular funções e será o timoneiro da equipa no que resta desta época. O Marinhense ainda tem mais um jogo na fase de aces-so à Liga 3.

O jovem treinador nazareno teve uma curta passagem pelo clu-be da Portela, pouco mais de um mês, nesta que foi a sua primeira experiência como treinador princi-pal. A sucessão de maus resultados e exibições pouco conseguidas,

es-tarão na base desta decisão. ß

TRIATLO

SOUSA

E DOMINGUES

NO PÓDIO

EM OEIRAS

Teve lugar no passado dia 16 de maio, domingo, mais uma edi-ção do Triatlo de Oeiras, que con-tou com diversas provas em que marcaram presença os melhores atletas nacionais. O Desportivo Náutico da Marinha Grande par-ticipou no Campeonato Nacional Individual de Grupos de Idades com Rui Rocha, Solange Sousa, Joana Domingues e Maria Domin-gues.

A competição realizou-se na distância Sprint (0,750 Km de Natação, 20 Km de Bicicleta e 5 Km de Corrida), sendo que as condições atmosféricas foram fa-voráveis a andamentos elevados, apenas na prova de natação foi alterado o percurso em virtude da forte corrente lateral.

Os triatletas marinhenses ini-ciaram desta forma as competi-ções após o desconfinamento e superaram as expectativas reali-zando prestações bastantes inte-ressantes.

Os destaques vão para Maria Domingues que alcançou o 3.º lugar no grupo de idades 20-24 anos, e para Solange Sousa que se tornou vice-campeã nacional no

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desporto

ANDEBOL

SIR 1.º MAIO REGRESSA ÀS VITÓRIAS

NA 1.ª DIVISÃO FEMININA

A SIR 1.º Maio regressou aos triunfos na 1.ª divisão fe-minina, ao bater o Maiastars por claros 23-15. Em mais uma jornada-dupla, a equipa de André Afra cedeu ainda um empate frente ao adversário direto na luta pela manu-tenção, o Santa Joana.

No sábado, frente ao Santa Joana, a SIR 1.º Maio/ADA CJB chegou ao intervalo a ganhar por 13-11, mas acabou por permitir a recuperação da equipa maiata na segunda parte, com o empate a 20 golos a surgir no último lance do desafio. Neuza Valente foi a melhor marcadora da equipa de Picassinos, seguida por Joana Correia com 4 golos e Francisca João e Luana Periquito com três golos cada.

ÒVITÓRIA FOLGADA FRENTE AO MAIASTARS

No domingo, receção ao Maiastars, adversário teorica-mente mais forte, mas a quem a SIR 1.º Maio não permitiu

quaisquer veleidades, ganhando por 23-15, com 10-4, ao intervalo. Neste jogo a jovem Joana Correia apontou 5 go-los e Neuza Valente e Luana Periquito fizeram 4 gogo-los cada.

Com estes resultados, a formação marinhense saiu da zona de despromoção, quando ainda lhe faltam disputar três partidas neste campeonato nacional da 1.ª divisão. Sábado, pelas 20h30, a SIR 1.º Maio joga no pavilhão Flávio Sá Leite, em Braga, frente ao ABC.

Na 2.ª divisão feminina, a jovem equipa B da SIR 1.º Maio teve duplo confronto com o Batalha, perdendo por 20-18 fora e por 21-18 em casa. No próximo fim de semana terão dois jogos fora de casa, em Porto Alto e Mafra.

Quanto aos seniores masculinos, voltam a jogar para a

3.ª divisão no próximo sábado na Batalha. ß

HÓQUEI EM PATINS

SP. MARINHENSE COMPLETA PRIMEIRA

VOLTA DO CAMPEONATO SEM DERROTAS

O Sp. Marinhense empatou a 6 golos na receção à Académica

de Espinho, em partida da última jornada da 1.ª volta

da 2.ª divisão. Numa partida que opôs os dois primeiros

classificados da zona norte, a repartição pontual manteve as

equipas separadas por 7 pontos, favorável ao Sp. Marinhense,

que continua invencível

O jogo frente à Académica de Espinho foi uma partida “de loucos”, uma autêntica montanha russa de emoções. Aos 8 minutos, a equipa de Nuno Domingues já ganhava por 3-0, com golos de Gonçalo Domingues, Luís Silva e Nico Carmona. Até ao intervalo os forasteiros reduziram para 3-2 e o guar-da-redes do Sp. Marinhense, Pedro Freitas, ainda defendeu um penálti. A reviravolta no marcador completou-se na segunda parte, com mais três golos espinhenses, que causa-vam surpresa ao marcarem 5 golos sem

res-posta, levando o resultado de 3-0, para 3-5. A 11 minutos do fim do jogo, Gonçalo Domingues reduziu para 4-5. Pedro Freitas fez uma defesa fantástica num penálti e a 8 minutos do final, Nico Carmona restabele-ceu o empate. No minuto seguinte, Gonçalo Domingues voltou a colocar o Sp. Marinhen-se a ganhar. A vantagem acabou por Marinhen-ser anulada com o 6.º golo dos visitantes a dois minutos do fim.

O Sp. Marinhense termina a 1.ª volta com 35 pontos, relativos a 11 vitórias e 2

empates (nas duas últimas jornadas). No próximo sábado, a equipa da Embra inicia

a 2.ª volta do campeonato, com uma

deslo-cação a Valença do Minho. ß

FUTEBOL DISTRITAL

MARINHENSE B EMPATA LÍDER

PENICHE

O Marinhense B impôs um empate na receção ao Peniche (1-1) e o Vieirense ganhou na Moita do Boi (0-2) em partidas a contar para a divisão de honra da AF Leiria. No campo da Portela, a formação de Peniche mostrou o porquê de ser o principal candidato ao título distrital e a ascender ao Cam-peonato de Portugal, dificultando a tarefa da jovem equipa B do Marinhense. Depois de se atingir o intervalo com o nulo no marcador, a meio do segundo tempo a formação do sul do distrito acabou por se adiantar no marcador, porém o Mari-nhense ainda conseguiu evitar a derrota, com um golo do brasi-leiro Marcelo Benia, aos 87 minutos. Com a perda destes dois pontos, o Peniche perdeu a liderança do campeonato para o Sp. Pombal, tendo menos um ponto que os pombalenses, mas também menos um jogo disputado. Já o Vieirense ganhou, com alguma naturalidade, na Moita do Boi, com dois golos aponta-dos por Willian, ainda no 1.º tempo. Com mais este triunfo, a equipa de Luciano Silva ascendeu ao 4.º lugar, a 4 pontos do líder. No próximo domingo, pelas 16 horas, o Marinhense B visita o Portomosense e o Vieirense recebe o Alcobaça. ß

FUTEBOL JOVEM

MARINHENSE SOMA VITÓRIAS

As equipas jovens do Marinhense que disputam os Tor-neios Nacionais averbaram dois triunfos. Os juniores ganha-ram por 1-0 ao Loures e os iniciados bateganha-ram o Marrazes, por 3-2. No próximo domingo, pelas 11 horas, os iniciados jogam na Portela, frente ao U. Leiria. ß

BASQUETEBOL

SP. MARINHENSE

COM MAIS DUAS DERROTAS

No passado fim de semana, o Sp. Marinhense somou duas derrotas no campeonato nacional da 1.ª divisão de seniores masculinos, continuando sem conhecer o sabor da vitória no reatamento do campeonato. No

sá-bado, a equipa de Amadeu Cordeiro perdeu em Paço de Arcos, por 77-61, quando ao intervalo ganhava por 23-28, e no domingo, perdeu em casa frente ao Salesianos de Lisboa, por 60-63, depois de ao intervalo,

tam-bém estar a ganhar, por 39-34. No próximo fim de semana, o Sp. Marinhense jogará por duas vezes na Embra, sábado frente ao Odisseia Basket e domingo contra o Angra Basket. ß

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SAÚDE

JORNAL DA MARINHA GRANDE | 27 de maio de 2021

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SAÚDE

VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19

45% DA POPULAÇÃO DO CONCELHO

DA MARINHA GRANDE VACINADA

Segundo informações prestadas pela presidente da autarquia

na reunião do executivo da passada segunda feira, 24 de maio,

cerca de 45% da população do concelho já foi vacinada com pelo

menos uma dose da vacina contra a COVID-19

Cidália Ferreira fez saber que de acor-do com os daacor-dos da plataforma nacional são 39393 os utentes inscritos no Centro Saúde da Marinha Grande para vacina-ção contra a COVID-19, sendo que des-te total 17851 já receberam pelo menos uma toma da vacina.

Segundo a autarca, só nos últimos 15 dias foram vacinadas no concelho 4991 pessoas e “prevê-se que todos estejam

va-cinados até final de agosto”.

A líder da autarquia informou também que a partir desta semana vão começar a ser chamados para vacinação os utentes a partir dos 55 anos de idade, e que será aumentada a capacidade dos centros de vacinação para a inoculação de 450 do-ses/dia assim as vacinas vão chegando aos serviços em número suficiente para tal. ß

Pub Arquivo

COVID-19

MARINHA GRANDE COM MAIS UM INFETADO

O concelho da Marinha Grande tinha à data de fecho desta edição, na terça feira, dia 25 de maio, 7 casos ativos de infeção por COVID-19, segundo os dados da Comissão Distrital de Proteção Civil de

Leiria.

Nas 24 horas anteriores havia sido identificado um novo caso e uma recupe-ração, pelo que o número de casos ativos se mantinha nos 7.

O total de infetados desde o início da pandemia era de 1967, o número de óbi-tos mantinha-se inalterado (47), e havia 1913 pessoas já recuperadas da doença.

Quanto ao distrito de Leiria eram 119

os casos ativos, e havia cinco concelhos ‘livres’ da doença, isto é, sem qualquer caso ativo: Alvaiázere, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Pedrogão

Referências

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