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Desapropriação. Fonte: Leonardo da Cunha e Rafael Oliveira

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Academic year: 2021

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Desapropriação

Fonte: Leonardo da Cunha e Rafael Oliveira

A desapropriação é modalidade de intervenção ​supressiva da propriedade, em que o Estado, por meio do procedimento previsto em lei, adquire bem de particular mediante o pagamento de justa e prévia indenização. Também ressalto que é modalidade originária de aquisição da propriedade, em que independe da vontade do particular, sem qualquer ônus para o poder público, tendo em vista que todas as questões se sub-rogam no preço pago.

Importante! O ente desapropriante ​não responde por tributos incidentes sobre o imóvel desapropriado nas hipóteses em que o período de ocorrência dos fatos geradores é anterior ao ato de aquisição originária da propriedade (Informativo 606, STJ).

De acordo com Rafael, o ato deve ser também justificado ao atendimento do interesse público​​, sob pena de desvio de finalidade e antijuridicidade da intervenção, p.ex.: perseguição política.

Todos os entes podem desapropriar, União, Estados, DF, Municípios, mas a competência para legislar sobre desapropriação é da ​União​​, conforme previsto no artigo 22, II, da CRFB.

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Todo bem de valor econômico pode ser desapropriado, salvo se for facilmente encontrado no mercado, como papel, caneta, pois não seria proporcional. É possível que exista desapropriação de ações de empresas privadas.

O procedimento desapropriatório é composto de duas fases: uma declaratória, em que o poder público declara a necessidade da desapropriação e outra executória, em que o mesmo começa a adotar atos para efetivar a desapropriação. O ato da desapropriação deve individualizar o bem e declarar a justificativa para tanto.

Entes que podem declarar: União, Estados, DF, Municípios, ANEEL, DNIT (atenção PGF) e também o poder legislativo, conforme artigo 8º, vejamos:

Art. 8o O Poder Legislativo poderá tomar a iniciativa da desapropriação, cumprindo, neste caso, ao Executivo, praticar os atos necessários à sua efetivação.

Efeitos da declaração: autoriza que as autoridades ingressem no bem, começa a contar o prazo decadencial do decreto expropriatório e fixa o estado do bem para eventuais benfeitorias.

O ato de declaração pode ser efetivado por decreto do executivo, estando sujeitos a controle de legalidade pelo poder judiciário, pois se equiparam a um ato administrativo. No caso de desapropriação por utilidade ou necessidade pública, o prazo decadencial é de 5 anos a partir da formalização do decreto, enquanto nos casos de interesse social, o prazo é de apenas 2 anos. Depois de 1 ano, pode ser expedido novo decreto expropriatório. Interessante ressaltar a posição de leonardo:

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Esses prazos de 5 (cinco) e de 2 (dois) anos são decadenciais. Logo, ​não se interrompem, nem se suspendem, nem se prorrogam​​. Findo o prazo, haverá caducidade, podendo ser examinada pelo juiz na desapropriação.

O decreto 3.365/1941 dispõe que apenas os juízes que possuem vitaliciedade podem conhecer das ações de desapropriação. Tal dispositivo é bastante criticado pela doutrina, mas nas provas objetivas ele deve ser marcado como previsto na lei. Vejamos:

Art. 12. Somente os juizes que tiverem garantia de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos poderão conhecer dos processos de desapropriação.

A demanda deve ser proposta no lugar em que situado o bem desapropriado, tendo em vista se tratar de ação real imobiliária. Caso seja proposta pela União ou entidades federais, deve ser processada na justiça federal, ou na justiça comum, se for pelos outros entes, p.ex: estado ou município.

Desapropriação entre entes públicos: Vejamos a previsão legal:

§ 2 o Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios poderão ser desapropriados pela União,

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e os dos Municípios pelos Estados, mas, ​em qualquer caso, ao ato deverá preceder autorização legislativa.

O artigo demonstra o princípio da hierarquia federativa, muito cobrado em provas, em que o ente “maior” pode desapropriar bens do ente “menor”. Vale ressaltar que sempre é preciso autorização legal. Rafael rezende entende ser aplicável esse dispositivo também para o caso de desapropriação de bens da administração indireta.

Atenção: Essa restrição não se aplica aos atos de tombamento. Assim, um Município poderá tombar livremente bem estadual (Caiu na PGE-SE).

A cognição horizontal na ação de desapropriação é ​limitada​​, somente podendo o particular alegar vício processual ou discutir o preço, qualquer outro tema só poderá ser impugnado em ação própria. Vejamos:

Art. 20. ​A contestação só poderá versar sobre vício do processo judicial ou impugnação do preço​​; qualquer outra questão deverá ser decidida por ação direta.

Legitimidade ativa: ente público ou concessionária (desde que exista autorização em lei ou contrato para tanto).

Art. 3o Os concessionários de serviços públicos e os estabelecimentos de caráter público ou que exerçam funções delegadas de poder público poderão promover

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desapropriações mediante autorização expressa, constante de lei ou contrato.

Legitimidade Passiva: Proprietário do bem. Caso haja dúvida, devem ser citados todos os que afirmam ser proprietários, sendo o preço depositado, até que a questão do domínio seja decidida pelo juízo competente, pois na desapropriação, como dito, a cognição horizontal é bastante limitada.

Artigo 34, Parágrafo único. Se o juiz verificar que há dúvida fundada sobre o domínio, o preço ficará em depósito, ressalvada aos interessados a ação própria para disputá-lo.

Não é possível propor reconvenção na ação de desapropriação, em virtude da limitação da cognição. De acordo com Leonardo:

Ora, se não é possível ao juiz apreciar, na desapropriação, qualquer outra matéria, não é cabível a reconvenção, exatamente porque esta amplia a cognição do juiz, introduzindo outra demanda ao processo. ​É incabível, enfim, a reconvenção na desapropriação.

Em qualquer tipo de desapropriação, é possível que o réu peça o direito de extensão, previsto na LC 76/93. Vejamos as hipóteses:

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Art. 4º Intentada a desapropriação parcial, o proprietário poderá requerer, ​na contestação​​, a desapropriação de todo o imóvel, quando a área remanescente ficar:

I - reduzida a superfície ​inferior à da pequena propriedade rural​​; ou

II - prejudicada substancialmente em suas condições de exploração econômica, caso seja o seu valor inferior ao da parte desapropriada.

No processo de desapropriação, não ocorre o efeito material da revelia, que é a presunção de veracidade dos fatos, sendo ​SEMPRE NECESSÁRIO A REALIZAÇÃO DE PERÍCIA! SÓ NÃO TEM PERÍCIA SE O RÉU CONCORDAR EXPRESSAMENTE COM O PREÇO!

Assim entende o STJ:

A revelia do expropriado não justifica o acolhimento automático e obrigatório da oferta inicial feita pelo ente expropriante, fazendo-se necessária a avaliação judicial, a teor da Súmula 118 do extinto Tribunal Federal de Recursos.

Em se tratando de desapropriação, a prova pericial para a fixação do justo preço somente é dispensável quando há expressa concordância do expropriado com o valor da oferta inicial.

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Importante: Teses do STJ sobre o tema: O valor da indenização por desapropriação deve ser contemporâneo à data da avaliação do perito judicial (STJ).

Em ação de desapropriação, é possível ao juiz determinar a realização de perícia avaliatória, ainda que os réus tenham concordado com o valor oferecido pelo Estado.

Desistência da ação: de acordo com o STJ, é possível que o ente público desista da desapropriação mesmo se houver o trânsito em julgado, desde que não tenha sido pago o preço. Vejamos:

A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que é possível a desistência da desapropriação, a qualquer tempo, mesmo após o trânsito em julgado, desde que ainda não tenha havido o pagamento integral do preço e o imóvel possa ser devolvido sem alteração substancial que impeça que seja utilizado como antes.

Remessa necessária: ocorre se a sentença conceder indenização superior ao dobro do valor oferecido inicialmente. Vejamos:

§ 1 º A sentença que condenar a Fazenda Pública em quantia superior ao dobro da oferecida fica sujeita ao duplo grau de jurisdição.

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Em tese, são cabíveis todos os recursos na ação de desapropriação, merecendo destaque a previsão do artigo 28:

Art. 28. Da sentença que fixar o preço da indenização caberá apelação com efeito simplesmente devolutivo, quando interposta pelo expropriado, e com ambos os efeitos, quando o for pelo expropriante.

Desapropriação indireta: acontece quando o poder público se apossa de um bem sem o devido processo legal. Vale a pena ver a lição de Leonardo:

Acontece de o Poder Público, em alguns casos, apossar-se de imóvel privado sem a realização da desapropriação. Tal expediente constitui um ato ilegal, caracterizando um esbulho possessório. Ao particular franqueia-se a ação possessória. Se, todavia, tiver em andamento ou já tiver sido concluída uma obra pública antes da ação possessória ou antes da concessão da liminar, não será mais possível acolher o pedido possessório. Sobrará ao particular a possibilidade de ser indenizado pela perda da posse do bem.

Fundamento legal da desapropriação indireta:

Art. 35. Os bens expropriados, uma vez incorporados à Fazenda Pública, não podem ser objeto de reivindicação,

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ainda que fundada em nulidade do processo de desapropriação. Qualquer ação, julgada procedente, resolver-se-á em perdas e danos.

A ação de desapropriação indireta tem ​natureza real​​, devendo ser proposta no foro da situação do bem, sendo que tal competência é ​absoluta. Importante ressaltar que os juros compensatórios são devidos a partir da ocupação do imóvel (súmula 69, STJ), bem como alguns doutrinadores entendem que se trata de um fato administrativo​​.

Prazo prescricional: segundo o STJ, ​10 anos​​:

Nos termos da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, "considerando que a desapropriação indireta pressupõe a realização de obras pelo Poder Público ou sua destinação em função da utilidade pública/interesse social, com base no atual Código Civil, o prazo prescricional aplicável às expropriatórias indiretas passou a ser de 10 (dez anos)", observada a regra de transição do art. 2.028 do Código Civil de 2002.

Honorários:

Aplicam-se às desapropriações indiretas, para a fixação de honorários advocatícios, os limites percentuais estabelecidos no art. 27, §§ 1º e 3º, do Decreto-Lei 3.365/1941 (entre 0,5% e 5%).

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Atenção: Não pode haver limitação de R$ 150 mil, conforme julgado do STF que irei mencionar ao final.

Participação do MP:

"Em regra, a ação de desapropriação direta ou indireta não pressupõe automática intervenção do Parquet, exceto quando envolver, frontal ou reflexamente, proteção ao meio ambiente, interesse urbanístico ou improbidade administrativa".

Obs: na desapropriação para reforma agrária, a participação do MP é obrigatória.

Expropriação: a CF estabelece caso em que a desapropriação não dependerá de prévia indenização, vejamos:

Art. 243 As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular,​sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º. (Redação da EC 81/2014)

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Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei. (Redação da EC 81/2014)

Importante ressaltar que o STF entendeu que essa expropriação pode ser afastada. Vejamos a tese que foi cobrada na PGE AC: “A expropriação prevista no art. ​<​243​​> da CF pode ser afastada, desde que o proprietário comprove que não incorreu em culpa, ainda que ​in vigilando ​ou​ in elegendo”​.

Também existe um entendimento do STF no sentido de que mesmo se a produção ilegal de drogas acontecer em apenas parte do terreno, a expropriação deve englobar toda a propriedade. Importante também conhecer a tese de repercussão geral aprovada em maio de 2017 pelo STF sobre o tema:

“É ​possível o confisco de todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico de drogas, sem a necessidade de se perquirir habitualidade e reiteração do uso do bem para tal finalidade​​, a sua modificação para dificultar a descoberta do local do acondicionamento da droga, ou qualquer outro requisito, além daqueles previstos expressamente no artigo 243, parágrafo único, da Constituição Federal”.

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A competência para promover a expropriação é exclusiva da ​união​​, sendo desnecessário o prévio decreto expropriatório. De acordo com Rafael Rezende:

Nesse caso, temos verdadeiro confisco autorizado pelo texto constitucional, uma vez que a propriedade será retirada do particular sem qualquer indenização. Efetivada a expropriação, a União deve proceder à reforma agrária e à implementação de programas de habitação popular.

Importante! imóvel improdutivo não tem direito aos juros compensatórios. Vejamos:

Em suma, os dispositivos impugnados são constitucionais e condicionam a condenação do Poder Público ao pagamento aos juros compensatórios aos seguintes requisitos:

a) ter ocorrido imissão provisória na posse do imóvel;

b) a comprovação pelo proprietário da perda da renda sofrida pela privação da posse;

c) o imóvel possuir graus de utilização da terra e de eficiência na exploração superiores a zero.

Fonte: Dizer o Direito - Prof. Márcio André

Importante! Não incide Imposto de Renda sobre os valores recebidos no processo de desapropriação:

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A jurisprudência pacífica do Superior Tribunal de Justiça emende que não incide Imposto de Renda sobre verba recebida a título de indenização decorrente de desapropriação, seja por necessidade ou utilidade pública, seja por interesse social, por não constituir ganho ou acréscimo patrimonial.

Súmulas importantes:

Súmula 157, STF:

É necessária prévia autorização do Presidente da República para desapropriação, pelos Estados, de empresa de energia elétrica.

Súmula 561, STF:

Em desapropriação, é devida a correção monetária até a data do efetivo pagamento da indenização, devendo proceder-se à atualização do cálculo, ainda que por mais de uma vez.

Súmula 164, STF

No processo de desapropriação, são devidos juros compensatórios desde a antecipada imissão de posse, ordenada pelo juiz, por motivo de urgência.

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A base de cálculo dos honorários de advogado em desapropriação é a diferença entre a oferta e a indenização, corrigidas ambas monetariamente.

Súmula 408, STJ: Nas ações de desapropriação, os juros compensatórios incidentes após a Medida Provisória n. 1.577, de 11/06/1997, devem ser fixados em 6% ao ano até 13/09/2001 e, a partir de então, em 12% ao ano, na forma da Súmula n. 618 do Supremo Tribunal Federal.

Súmula 141, STJ: OS HONORÁRIOS DE ADVOGADO EM DESAPROPRIAÇÃO DIRETA SÃO CALCULADOS SOBRE A DIFERENÇA ENTRE A INDENIZAÇÃO E A OFERTA, CORRIGIDAS MONETARIAMENTE.

Súmula 113, STJ: OS JUROS COMPENSATORIOS, NA DESAPROPRIAÇÃO DIRETA, INCIDEM A PARTIR DA IMISSÃO NA POSSE, CALCULADOS SOBRE O VALOR DA INDENIZAÇÃO, CORRIGIDO MONETARIAMENTE.

Súmula 69, STJ: NA DESAPROPRIAÇÃO DIRETA, OS JUROS COMPENSATÓRIOS SÃO DEVIDOS DESDE A

ANTECIPADA IMISSÃO NA POSSE E, NA

DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA, A PARTIR DA EFETIVA OCUPAÇÃO DO IMÓVEL.

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Súmula 67, STJ: NA DESAPROPRIAÇÃO, CABE A ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA, AINDA QUE POR MAIS DE UMA VEZ, INDEPENDENTE DO DECURSO DE PRAZO SUPERIOR A UM ANO ENTRE O CÁLCULO E O EFETIVO PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO.

Súmula 56, STJ: NA DESAPROPRIAÇÃO PARA INSTITUIR SERVIDÃO ADMINISTRATIVA SÃO DEVIDOS OS JUROS COMPENSATÓRIOS PELA LIMITAÇÃO DE USO DA PROPRIEDADE.

Informativos importantes sobre o tema:

Se, em procedimento de desapropriação por interesse social, constatar-se que a área medida do bem é maior do que a escriturada no Registro de Imóveis, o expropriado receberá indenização correspondente à área registrada, ficando a diferença depositada em Juízo até que, posteriormente, se complemente o registro ou se defina a titularidade para o pagamento a quem de direito. ​​A indenização devida deverá considerar a área efetivamente desapropriada, ainda que o tamanho real seja maior do que o constante da escritura, a fim de não se configurar enriquecimento sem causa em favor do ente expropriante.

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Nas desapropriações para fins de reforma agrária, o valor da indenização deve ser contemporâneo à avaliação efetivada em juízo, tendo como base o laudo adotado pelo juiz para a fixação do justo preço, pouco importando a data da imissão na posse ou mesmo a da avaliação administrativa. ​​De fato, a avaliação efetivada em juízo, ordinariamente, deverá se reportar à época em que for realizada - e não ao passado - para fixar a importância correspondente ao bem objeto da expropriação, haja vista que exigir que esses trabalhos técnicos refiram-se à realidade passada (de anos, muitas vezes) pode prejudicar a qualidade das avaliações e o contraditório. A propósito, extrai-se do art. 26 do Decreto-Lei 3.365/1941 que a indenização, em regra, deverá corresponder ao valor do imóvel apurado na data da perícia (avaliação judicial).

Na ação de desapropriação por utilidade pública, a citação do proprietário do imóvel desapropriado dispensa a do respectivo cônjuge. ​​Isso porque o art. 16 do Decreto-Lei 3.365/1941 (Lei das Desapropriações) dispõe que a "​​citação far-se-á por mandado na pessoa do proprietário dos bens; a do marido dispensa a da mulher". Ressalte-se que, apesar de o art. 10, § 1º, I, do CPC dispor que "ambos os cônjuges serão necessariamente citados para as ações que versem sobre direitos reais imobiliários", o art. 42 do referido Decreto-Lei preconiza que o CPC somente incidirá no

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que for omissa a Lei das Desapropriações. Assim, havendo previsão expressa quanto à matéria, não se aplica a norma geral.

No procedimento de desapropriação para fins de reforma agrária, caso se constate que a área registrada em cartório é inferior à medida pelos peritos, o expropriado poderá levantar somente o valor da indenização correspondente à área registrada, devendo o depósito indenizatório relativo ao espaço remanescente ficar retido em juízo até que o expropriado promova a retificação do registro ou até que seja decidida, em ação própria, a titularidade do domínio.​​Essa é a interpretação que se extrai do art. 34,​caput ​e parágrafo único, do Decreto-lei 3.365/1941, segundo o qual "O levantamento do preço será deferido mediante prova de propriedade, de quitação de dívidas fiscais que recaiam sobre o bem expropriado, e publicação de editais, com o prazo de 10 dias, para conhecimento de terceiros." e "Se o juiz verificar que há dúvida fundada sobre o domínio, o preço ficará em depósito, ressalvada aos interessados a ação própria para disputá-lo".

Não se encontrando averbada no registro imobiliário antes da vistoria, a reserva florestal não poderá ser excluída da área total do imóvel desapropriando para efeito de cálculo da produtividade do imóvel rural.

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A União é parte legítima para figurar no polo passivo de ação em que o arrendatário objetive ser indenizado pelos prejuízos decorrentes da desapropriação, por interesse social para a reforma agrária, do imóvel arrendado. Isso porque o direito à indenização do arrendatário não se sub-roga no preço do imóvel objeto de desapropriação por interesse social para a reforma agrária, pois a relação entre arrendante (expropriado) e arrendatário é de direito pessoal. Assim, não se aplica, nessa hipótese, o disposto no art. 31 do Decreto-Lei 3.365/1941, pois a sub-rogação no preço ocorre apenas quanto aos direitos reais constituídos sobre o bem expropriado. (atenção aqui quem fizer PGF).

É ônus do ​​expropriado ​​provar a existência de fato impeditivo do direito de desistência da desapropriação. A questão consiste em determinar a quem incube o ônus da prova da impossibilidade de restauração do imóvel ao estado anterior a fim de obstar o exercício do direito de desistência da desapropriação. ​​Sobre o tema, a jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que é possível a desistência da desapropriação, a qualquer tempo, mesmo após o trânsito em julgado, desde que ainda não tenha havido o pagamento integral do preço e o imóvel possa ser devolvido sem alteração substancial

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que impeça que seja utilizado como antes. O raciocínio é o de que, se a desapropriação se faz por utilidade pública ou interesse social, uma vez que o imóvel já não se mostre indispensável para o atingimento dessas finalidades, deve ser, em regra, possível a desistência da desapropriação, com a ressalva do direito do atingido à ação de perdas e danos. A partir do julgamento do REsp 38.966/SP, surgiu uma hipótese de impossibilidade de desistência da desapropriação. Se for demonstrado que não há condição de o bem ser devolvido no estado em que recebido ou com danos de pouca monta, não se admitirá a desistência. Nesse ponto, por ser a desistência a regra, contra ela pode ser alegado fato impeditivo, cujo ônus é do expropriado a prova de sua existência. Trata-se de aplicação da tradicional regra que vinha consagrada no art. 333, II, do CPC/1973. Ela, aliás, vem repetida no art. 373 do CPC/2015. Ademais, a Constituição, no seu art. 5º, XXIV, dispõe que "a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social". Obrigar o poder público a ficar com um bem de que não precisa certamente não atende nenhuma dessas finalidades, mas apenas o interesse particular do expropriado. Da mesma forma, inverter o ônus da prova em detrimento do ente público viola a cláusula do devido processo legal, estabelecida no art. 5º, LIV, da Constituição.

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Questões: PGE AC - 2017: ​​A expropriação pode ser afastada desde que o proprietário do imóvel comprove que não incorreu em culpa, ainda que ​​in vigilando ou ​​in elegendo​​. ​​Correto! aplicação do julgado que comentei acima. Vejamos o que diz o professor Márcio André sobre o tema:

Desapropriação confiscatória

A doutrina denomina este art. 243 de "desapropriação confiscatória" em

virtude de não conferir ao proprietário direito à indenização, como ocorre

com as demais espécies de desapropriação (CARVALHO FILHO, José dos Santos. ​Manual de Direito Administrativo. ​São Paulo: Atlas, 2016, p. 1044). Outros autores preferem falar em "confisco" (MORAES,

Alexandre. ​Constituição do Brasil interpretada e legislação constitucional​.

4ª ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 2135). Pressupostos

Existem dois motivos que geram esse confisco:

a) o fato de no imóvel estarem localizadas culturas ilegais de plantas

psicotrópicas; ou

b) o fato de no imóvel haver exploração de trabalho escravo. Extensão da expropriação

A expropriação irá recair sobre a totalidade do imóvel, ainda que o

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apenas parte dele. Nesse sentido: STF. Plenário. RE 543974, Rel. Min. Eros Grau, julgado em 26/03/2009.

Procedimento

As regras e o procedimento para essa expropriação estão disciplinados

na Lei nº 8.257/91 e no Decreto nº 577/92. Trata-se de um rito muito

célere no qual a Lei estipula poucos dias para a realização de cada ato

processual. Veja abaixo o resumo do procedimento:

1. ​Processo judicial​. Para haver a desapropriação confiscatória, é

necessário processo judicial que tramita na Justiça Federal.

2. ​Petição inicial​. A União deverá propor uma demanda chamada de

"ação expropriatória" contra o proprietário do imóvel (expropriado). Vale

ressaltar que apenas a União é competente para realizar a expropriação

de que trata o art. 243 da CF/88, não podendo ser feita pelos outros

entes federativos.

3. ​Citação​. Recebida a inicial, o juiz determinará a citação do expropriado, no prazo de 5 dias.

4. ​Perito​. Ao ordenar a citação, o Juiz já nomeará um perito para fazer a avaliação do imóvel. Este deverá entregar o laudo em 8 dias.

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5. ​Audiência​. O juiz determinará audiência de instrução e julgamento,

que deverá ser realizada no prazo máximo de 15 dias, a contar da data

da contestação.

6. ​Mandado de imissão na posse​. O juiz poderá imitir, liminarmente, a

União na posse do imóvel expropriando, garantindo-se o contraditório

pela realização de audiência de justificação. Em outras palavras, o

magistrado poderá conceder tutela provisória de urgência determinando

que o proprietário saia do imóvel e este fique na posse da União. Vale

ressaltar que o INCRA é quem irá imitir-se em nome da União (art. 6º do

Decreto nº 577/92).

7. ​Prova testemunhal​. Na audiência de instrução e julgamento cada

parte poderá indicar até 5 testemunhas.

8. ​Oitiva do Ministério Público​. A Lei nº 8.257/91 não prevê, mas o

Procurador da República deverá ser ouvido como fiscal da ordem jurídica, nos termos do art. 178, I, do CPC/2015.

9. ​Sentença​. Encerrada a instrução, o Juiz prolatará a sentença em cinco

dias.

10. ​Haverá expropriação mesmo que o imóvel esteja em garantia​. A

expropriação prevalece sobre direitos reais de garantia, não se admitindo

embargos de terceiro fundados em dívida hipotecária, anticrética ou pignoratícia.

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11. ​Recurso​. Da sentença, caberá apelação.

12. ​Trânsito em julgado​. Transitada em julgado a sentença

expropriatória, o imóvel será incorporado ao patrimônio da União. Em

seguida, a gleba será destinada à reforma agrária e a programas de

habitação popular.

O proprietário poderá evitar a expropriação se provar que não

teve culpa pelo fato de estarem cultivando plantas psicotrópicas em seu imóvel?

SIM.

A expropriação prevista no art. 243 da Constituição Federal pode ser afastada, desde que o proprietário comprove que não incorreu em culpa, ainda que ​in vigilando​ ou ​in eligendo​.

STF. Plenário. RE 635336/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/12/2016 (repercussão geral) (Info 851).

Não se exige que o proprietário tenha participado

Para que haja a sanção do art. 243 não se exige a participação direta do

proprietário no cultivo ilícito. Se o proprietário não participou, mas agiu

com culpa, deverá ser expropriado. Isso porque a função social da

propriedade gera para o proprietário o dever de zelar pelo uso lícito do

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Mesmo tendo esse dever, poderá provar que não teve como evitar

Esse dever de zelar pelo correto uso da propriedade não é ilimitado, só

podendo ser exigido do proprietário que evite o ilícito quando estiver ao

seu alcance.

Assim, o proprietário pode afastar sua responsabilidade demonstrando

que não incorreu em culpa. Ele pode provar, por exemplo, que foi esbulhado ou até enganado pelo possuidor ou pelo detentor.

Se agiu com culpa, aplica-se o art. 243

Vale ressaltar, mais uma vez, que, se o proprietário agiu com culpa,

deverá ser expropriado.

Essa culpa pode ser ​in vigilando​ ou ​in eligendo​:

• Culpa ​in vigilando é a falta de atenção com a conduta de outra pessoa. Ocorre quando não há uma fiscalização efetiva.

• Culpa ​in eligendo consiste na má escolha daquele a quem se confia a

prática de um ato. Também chamada de “responsabilidade pela má eleição”.

Desse modo, se o proprietário agiu com culpa ​in vigilando ou ​in eligendo​, deverá incidir o art. 243 da CF/88.

E se houver mais de um proprietário, o que fazer neste caso?

Se o imóvel pertencer a dois ou mais proprietários (condomínio), haverá

a expropriação mesmo que apenas um deles tenha participação ou culpa. Restará apenas ao proprietário inocente buscar reparação daquele que participou ou teve culpa.

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Ônus da prova

Importante destacar que cabe ao proprietário (e não à União) o ônus da

prova. Em outras palavras, caberá ao proprietário provar que não agiu com culpa.

MP RR - CESPE: Concluído determinado processo de desapropriação, com o

pagamento integral do valor e a incorporação do bem ao patrimônio do poder

público, este decidiu devolver o bem expropriado ao antigo dono, por não lhe ter sido atribuída a destinação prevista no decreto expropriatório nem qualquer outra destinação pública.

Essa reversão do procedimento expropriatório é denominada: Retrocessão! A

retrocessão ocorre quando a desapropriação não é efetivada e o particular recupera o domínio do bem. Vejamos a previsão legal no código civil:

Art. 519. Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou

serviços públicos, caberá ao expropriado direito de

preferência, pelo preço atual da coisa.

PGM FOR: A possibilidade de realização de obras para a passagem de cabos de

energia elétrica sobre uma propriedade privada, a fim de beneficiar determinado

bairro, expressa a concepção do regime jurídico-administrativo, o qual dá

prerrogativas à administração para agir em prol da coletividade, ainda que contra

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limitação administrativa, que restringe o uso da propriedade em favor da coletividade.

PGM FOR: Segundo o entendimento do STJ, ao contrário do que ocorre em

desapropriação para fins de reforma agrária, é irregular, nos casos de

desapropriação por utilidade pública, a imissão provisória na posse pelo poder

público. Falso! O STJ não faz essa distinção, sendo possível a imissão provisória em todos, desde que cumpridos os requisitos legais. Vejamos:

Art. 15. Se o expropriante alegar urgência e depositar quantia arbitrada de conformidade com o art. 685 do Código de Processo Civil, o juiz mandará imití-lo provisoriamente na posse dos bens;

§ 1º A imissão provisória poderá ser feita, independente da citação do réu, mediante o depósito: (Incluído pela Lei nº 2.786, de 1956)

a) do preço oferecido, se êste fôr superior a 20 (vinte) vêzes o valor locativo, caso o imóvel esteja sujeito ao impôsto predial; (Incluída pela Lei nº 2.786, de 1956)

b) da quantia correspondente a 20 (vinte) vêzes o valor locativo, estando o imóvel sujeito ao impôsto predial e sendo menor o preço oferecido; (Incluída pela Lei nº 2.786, de 1956)

c) do valor cadastral do imóvel, para fins de lançamento do impôsto territorial, urbano ou rural, caso o referido valor tenha sido atualizado no ano fiscal imediatamente anterior; (Incluída pela Lei nº 2.786, de 1956)

d) não tendo havido a atualização a que se refere o inciso c, o juiz fixará independente de avaliação, a importância do depósito, tendo em vista a época em que houver sido fixado originàlmente o valor cadastral e a valorização ou desvalorização posterior do imóvel. (Incluída pela Lei nº 2.786, de 1956)

(27)

§ 2º A alegação de urgência, que não poderá ser renovada, obrigará o expropriante a requerer a imissão provisória dentro do ​prazo improrrogável de 120 (cento e vinte) dias​​. (Incluído pela Lei nº 2.786, de 1956)

§ 3º Excedido o prazo fixado no parágrafo anterior não será concedida a imissão provisória. (Incluído pela Lei nº 2.786, de 1956)

§ 4 o A imissão provisória na posse será registrada no registro de imóveis

competente. (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009)

Art. 15-A No caso de imissão prévia na posse, na desapropriação por necessidade ou utilidade pública e interesse social, inclusive para fins de reforma agrária, havendo divergência entre o preço ofertado em juízo e o valor do bem, fixado na sentença, expressos em termos reais, incidirão juros compensatórios de até seis por cento ao ano sobre o valor da diferença eventualmente apurada, a contar da imissão na posse, vedado o cálculo de juros compostos. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

§ 1 o Os juros compensatórios destinam-se, apenas, a compensar a perda de

renda comprovadamente sofrida pelo proprietário. (Incluído pela Medida

Provisória nº 2.183-56, de 2001) (Vide ADIN nº 2.332-2)

§ 2 o Não serão devidos juros compensatórios quando o imóvel possuir graus

de utilização da terra e de eficiência na exploração iguais a zero. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001) (Vide ADIN nº 2.332-2)

§ 3 o O disposto no ​caput deste artigo aplica-se também às ações ordinárias

de indenização por apossamento administrativo ou desapropriação indireta, bem

assim às ações que visem a indenização por restrições decorrentes de atos do

Poder Público, em especial aqueles destinados à proteção ambiental, incidindo os

juros sobre o valor fixado na sentença. (Incluído pela Medida Provisória nº

2.183-56, de 2001)

§ 4 o Nas ações referidas no § 3 o​, não será o Poder Público onerado por juros

(28)

titulada pelo autor da ação. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001) (Vide ADIN nº 2.332-2)

PGM FOR: Em se tratando de desapropriação por utilidade pública em que a

imissão prévia na posse tenha se dado por ordem judicial e o ente expropriante

tenha depositado em juízo o preço ofertado, é incabível o pagamento de juros

compensatórios. Falso! São cabíveis juros compensatórios desde a imissão

provisória na posse, conforme súmula 69 e 164 do STJ.

TJPR - CESPE: O juízo competente para processar e julgar a desapropriação indireta é o do foro de situação do bem. Correto! conforme já mencionado, o juízo competente é o da situação do imóvel, trata-se de competência absoluta.

Juiz TRF2: A expedição do Decreto de utilidade pública marca o início de prazo quinquenal findo o qual, não havendo acordo e não intentada a ação, o ato caducará. Correto! conforme mencionado, após o decreto, ente público tem 5 ou 2 anos para intentar a ação.

Principais pontos da decisão do STF sobre desapropriação: Seguem as conclusões, com base no material do Prof. Márcio André, sobre desapropriações:

1) em relação ao “caput” do art. 15-A do DL 3.365/41:

1.a) reconheceu a constitucionalidade do percentual de juros compensatórios no patamar fixo de 6% ao ano para remuneração do proprietário pela imissão provisória do ente público na posse de seu bem;

(29)

1.c) deu interpretação conforme a Constituição ao “caput” do art. 15-A, de maneira a incidir juros compensatórios sobre a diferença entre 80% do preço ofertado em juízo pelo ente público e o valor do bem fixado na sentença;

2) declarou a constitucionalidade do § 1º do art. 15-A, que condiciona o pagamento dos juros compensatórios à comprovação da “perda da renda comprovadamente sofrida pelo proprietário”;

3) declarou a constitucionalidade do § 2º do art. 15-A, afastando o pagamento de juros compensatórios quando o imóvel possuir graus de utilização da terra e de eficiência iguais a zero;

3) declarou a constitucionalidade do § 3º do art. 15-A, estendendo as regras e restrições de pagamento dos juros compensatórios à desapropriação indireta. 4) declarou a inconstitucionalidade do § 4º do art. 15-A;

5) declarou a constitucionalidade da estipulação de parâmetros mínimo (0,5%) e máximo (5%) para a concessão de honorários advocatícios e ​a inconstitucionalidade da expressão “não podendo os honorários ultrapassar R$ 151.000,00 (cento e cinquenta e um mil reais)” prevista no § 1º do art. 27. STF. Plenário. ADI 2332/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 17/5/2018 (Info 902).

Link completo - leitura obrigatória:

https://www.dizerodireito.com.br/2018/07/entenda-decisao-do-stf-sobre-os-juros.ht ml

Legislação aplicável: Para não ficar muito grande, envio apenas o link

Referências

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