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INTERPRETAÇÃO PATRIMONIAL EM ESPAÇOS CULTURAIS RELACIONADOS À TEMÁTICA MILITAR: BRASIL, ESCÓCIA E PORTUGAL

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Academic year: 2021

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INTERPRETAÇÃO PATRIMONIAL EM ESPAÇOS CULTURAIS RELACIONADOS À TEMÁTICA MILITAR: BRASIL, ESCÓCIA E

PORTUGAL

Claudia Corrêa de Almeida Moraes UFF - Universidade Federal Fluminense ccamoraes@id.uff.br Aneth Satie Esaki UFF - Universidade Federal Fluminense sat.esaki@gmail.com Maria Beatriz Quitério Santiago UFF - Universidade Federal Fluminense mariabqs@id.uff.br Resumo: Nos últimos anos, a necessidade de se encontrar outras formas de mediação cultural tem suscitado o aparecimento de propostas de conjunto de estruturas culturais, que visam a apropriação dos valores da cultura e do patrimônio pelos moradores e turistas. A finalidade da interpretação do patrimônio é produzir mudanças nos âmbitos cognitivos, afetivos e comportamentais do visitante. No Brasil, os espaços culturais com patrimônio militar, nem sempre têm apresentado o resultado proposto pela finalidade da interpretação do patrimônio. Diante desta realidade, indaga-se em que sentido os exemplos positivos de espaços culturais, com patrimônios militares, podem servir para auxiliar na alteração de seus planos de ação interpretativa? Para responder ao questionamento, foram estudados três espaços culturais com visitação significativa: o Castelo de Stirling, na Escócia; o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, em Portugal e o Espaço Cultural da Marinha no Rio de Janeiro, Brasil, com o objetivo de analisar seus planos de ações interpretativas e verificar se podem ser usados como inspiração para os planos brasileiros. Como procedimento metodológico, realizou-se estudos documentais e de referências, que possibilitaram estabelecer as premissas para as visitas in loco, realizadas entre 2018-2019. A coleta de dados desenvolveu-se por meio de registros visuais e escritos, seguindo um roteiro previamente definido criado à luz das teorias de interpretação do patrimônio. Os dados foram tratados, sistematizados, classificados, analisados e o resultado apontou que os objetos de estudo possuem planos interpretativos que aproximam o visitante do patrimônio e apresentam interação mediada pela ação humana e pela tecnologia, que podem ocasionar reflexões e novos conhecimentos a seus visitantes. Portanto, se mostraram ser formas possíveis de aplicação de programas e técnicas interpretativas, que permitam ser usadas nos estudos de alteração de planos de ação interpretativos no Brasil.

Palavras-chave: Espaços Culturais. Patrimônio Cultural. Interpretação Cultural. Patrimônio Militar.

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As novas dinâmicas culturais, os atuais modelos de interpretação e a percepção da necessidade de se encontrarem outras formas de mediação cultural e patrimonial têm nos últimos anos, suscitado o aparecimento de propostas de conjunto de estruturas culturais, que visam a apropriação pela(s) comunidade(s) dos valores da cultura e do patrimônio, posicionando estes dois fatores no centro de modelos de desenvolvimento local, regional e nacional.

A presença do turismo nos espaços culturais é outro desafio para os gestores ao terem que conciliar públicos diversos nas mediações culturais, nas exposições e nos programas e, em especial no caso brasileiro, os espaços culturais militares, que há poucas décadas começaram a se preocupar com este público. Esses espaços, nem sempre tem apresentado o resultado proposto pela finalidade da interpretação do patrimônio.

Com o objetivo de comparar como foram desenvolvidas as ações interpretativas em espaços culturais relacionados à temática militar e verificar se eles podem ser exemplos positivos para os espaços culturais militares brasileiro, desenvolveu-se uma pesquisa tendo como locus três espaços patrimoniais, um no Brasil (Complexo Cultural da Marinha, Rio de Janeiro), um na Escócia (Castelo de Stirling, Stirling) e outro em Portugal (Centro Interpretativo da Batalha de Aljubarrota, Porto de Mós). Os espaços escolhidos possuem visitação significativa, programas interpretativos com a temática relacionada à questão do patrimônio militar visando descortinar a história, preservar as estruturas e os equipamentos de segurança e proteção de um território.

As sessões tratam da teoria sobre interpretação patrimonial, os estudos de casos de patrimônios culturais militares, a pesquisa e seus resultados e as considerações.

2. Interpretação Patrimonial

Contemporaneamente, o patrimônio cultural forma-se a partir de referências culturais que estão presentes na história de um grupo social. Ele contempla apenas uma parte dos bens culturais e, para cada época, há escolhas a respeito do que, para quem e por que preservar, então é um conjunto de bens simbólicos que precisam ser desconstruídos e reinterpretados para apreender o seu significado. Não apenas como memória que transmuta um passado, mas que constrói e reconstrói um presente, que se atualiza constantemente com as identidades e as interpretações da cultura, e ante as ações daqueles que vivem e convivem

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na sociedade, podemos assim pensar na indispensabilidade de uma educação para esse Patrimônio.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN, 2020, [S/P]) explicita que a Educação Patrimonial

Constitui-se de todos os processos educativos formais e não formais que têm como foco o patrimônio cultural, apropriado socialmente como recurso para a compreensão sócio-histórica das referências culturais em todas as suas manifestações, a fim de colaborar para seu reconhecimento, sua valorização e preservação.

Considera-se ainda, que os processos educativos devem primar pela construção coletiva e democrática do conhecimento, por meio da participação efetiva das comunidades detentoras e produtoras das referências culturais, onde convivem diversas noções de patrimônio cultural. Entendemos como um processo dialógico que inclui o tripé educador, educando e objetos dos conhecimentos. Não sendo a prática educativa a pura técnica e nem a transferência de conhecimentos e, segundo Freire (2005), o educador e o educando podem se abrir para um crescimento e a conquista de novos conhecimentos. Este processo torna possível auxiliar no entendimento do mundo que o rodeia, permitindo fazer leituras para compreender o universo sociocultural e a trajetória histórico-temporal em que o indivíduo está inserido.

Para realizar a Educação Patrimonial é preciso um plano de ação interpretativa de acordo com Murta e Goodey (2002, p.13). Os autores assinalam que a interpretação é um ato de comunicação e interpretar o patrimônio “é acrescentar valor a experiência do visitante ao fornecer informações e representações que realcem a história e as características culturais e ambientais de um lugar”.

Bakhtin (1999) explicita que a aquisição do conhecimento é constituída na interação da linguagem que media a ação do sujeito sobre o objeto, desempenhando a função mediadora. As metodologias para estes planos dependerão do objetivo que se quer atingir, o público que atenderá, o que será tratado no processo educativo e como será realizada a interpretação e a avaliação dos resultados. Para chegar a esse resultado será preciso observar, desenvolver a narrativa, expressão em uma arte performática e expressiva estimulando a percepção sensorial, a imaginação, a demonstração, a ilustração, a experimentação e a gamificação para gerar a troca do conhecimento.

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A mediação deve ser voltada a essa troca e construção. Para Molon (2003), são estes planos que definem o sucesso ou não da mediação. O autor entende mediação como um processo de intervenção de um elemento intermediário numa relação que se estabelece entre duas ou mais pessoas, o que é corroborado por Davallon (2007, p.4) ao explicitar que a mediação cultural “é uma acção [que] consiste em construir uma interface entre esses dois universos estranhos um ao outro (o do público e o, digamos, do objecto cultural) com o fim precisamente de permitir uma apropriação do segundo pelo primeiro". Nota-se que a presença física de alguém, não necessariamente corresponde ao sucesso da mediação, ele depende dos signos, das palavras, da semiótica, dos instrumentos de mediação de acordo com Vygotsky (1988 apud La Tralle, Oliveira, Dantas, 1992) distingue dois tipos de elementos mediadores: os instrumentos e os signos. O instrumento é algo interposto entre o trabalhador, o objeto de seu trabalho e os signos são as ferramentas que auxiliam nos processos psicológicos.

Os instrumentos agem nas ações concretas, já os signos não. As mediações em espaços culturais podem ser realizadas com o uso de ferramentas e/ou de signos. Ela está presente na relação entre o público com os objetos da exposição e na relação desses com as outras pessoas.

Os visitantes têm significações diferenciadas sobre a exposição e o processo de sua compreensão e apropriação. Para Munley (1987) avaliar uma aprendizagem em um espaço cultural é um desafio por causa dos vários níveis de interesses e conhecimentos. O resultado da visita é uma experiência pessoal onde diferentes elementos são desvelados de indivíduo para indivíduo. Logo, a mediação cultural não pode se fechar em uma única interpretação. É um caminho aberto que pode proporcionar experiências diversas e o público pode fazer escolhas autônomas.

Nos espaços culturais, as mediações possibilitam auxiliar a compreensão do significado dos objetos expostos. Para exercer estas mediações existe uma série de recursos como painéis de texto ou imagem, recursos multimídia, aparatos interativos e a mediação humana, por exemplo.

Uma das intermediações mais usadas é a visita guiada, seja ela para escolares ou para o público em geral e podem ser interativas ou as mais tradicionais. Para Grinspum (2000),

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há três tipos de visitação monitorada: a visita palestra; a discussão dirigida e a visita descoberta. A primeira tem como característica a fala do mediador especialista com pouca integração com os visitantes; na segunda o mediador procura obter a participação dos visitantes dirigindo-lhes perguntas durante sua explanação. As respostas dos visitantes

são consideradas na intermediação, o que denominamos de dialógica, tornando mais coletiva a aprendizagem e, na última, são propostas atividades ou questões que estimulem os visitantes a explorarem o ambiente do espaço cultural com o objetivo de chegar a considerações sobre o que lhe foi proposto e é dialógica. Nos três casos, o mediador mantém o controle dos mediados, estimulando as atividades e direcionando-as para atingir os objetivos da visita. Há ainda a possibilidade de mesclar as mediações.

Moscardo (1996) aponta que os visitantes de um espaço cultural podem estar no estado mindful visitors (atentos) ou mindless visitors (não atentos) e o ambiente e as exposições podem auxiliar a obter ou não o estado de atentos. A interação, o apelo aos vários sentidos do visitante, ao inseri-lo em um universo indagador tende a favorecer ao estado mindfulness e, com isso, poderá auxiliá-lo a desenvolver um conhecimento patrimonial. 3. Estudo de Casos de Patrimônios Culturais Militares

Em muitos países a visita a bens culturais relacionados à história e a cultura militar, denominado patrimônio ambiental e cultural militar é bastante presente. O Brasil também possui um grande patrimônio cultural e militar e muitos espaços são abertos à visitação turística. Alguns estão sob a tutela das Forças Armadas e outros ou na mão dos Estados da Federação ou dos municípios. O turismo tem se apropriado destes patrimônios como atrativos e usados para estimular os deslocamentos para os destinos. Mas, também são conteúdos do ensino escolar e de pessoas que trabalham nos setores militares. A seguir iremos apresentar os bens culturais militares estudados: o Castelo de Stirling, o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, e o Complexo Cultural da Marinha.

3.1. Castelo de Stirling, Escócia

Stirling, foi o coração estratégico da Escócia Medieval. É uma cidade localizada entre as Terras Altas e as Terras Baixas. Banhada pelo Rio Forth. Segundo a Historic Environment Scotland (2021), o Castelo de Stirling, um dos mais importantes do país pela

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sua história e arquitetura, situa-se no topo de uma colina vulcânica que permite enxergar quilômetros de distância em todas as direções e por ser cercado por escarpas íngremes, lhe dava uma forte posição defensiva. Atualmente, é um Scheduled Ancient Monument protegido pelo patrimônio histórico e aberto à visitação pública, sob a administração da agência estatal Historic Environment Scotland.

Sua construção iniciou no século XII, pelo Clan Canmore e, em 1174, sob o domínio de Alexander I, foi construída a capela. No entanto, a maior parte das edificações são renascentistas, erigidas sob os reis Stuarts, entre 1400 a 1600 quando tornou-se um palácio. Seu estilo arquitetônico é uma mistura eclética com influência inglesa, francesa e alemã.

Para Yeoman e Owen (2011), em 1685, deixou de ser residência real e tornou-se uma base militar, tendo suas defesas reforçadas face às rebeliões jacobinas e no século seguinte passou a melhorar suas defesas. No século XIX, foi convertido em quartel e sofreu muitas alterações para atender as questões militares. Em 1906, o Rei Eduardo VII expressou desagrado pelo uso indevido, pelo exército, daquele castelo com significado histórico, mas foi somente em 1964 que o exército deixou o Castelo de Stirling. Muitos de seus edifícios foram restaurados baseados nos aspectos que tinham no final do século XVIII com estudos realizados pela Universidade de Glasgow (RUSH, 2011). Ainda é, atualmente, o quartel-general do regimento Argyll and Sutherland Highlanders, no entanto não é mais local para aquartelamento do regimento.

O Castelo e seus arredores foram locais importantes para a história escocesa. O edifício vivenciou mais de 16 ataques. Só durante as Guerras de Independência da Escócia, travada contra a Inglaterra entre 1296 a 1342 ele mudou de mãos oito vezes entre escoceses e ingleses. As batalhas mais famosas foram a de Stirling Bridge1, quando William Wallace e exército escocês derrotam o exército do Rei Edward I e a batalha célebre Bannockburn liderada por Robert, o Bruto, que ajudou a restabelecer um Estado soberano escocês. Além dessas histórias militares, foi a casa residência oficial de

1 Tornou-se um local de cineturismo por causa do filme Coração Valente (estrelado por Mel Gibson, no

papel de Willian Wallace), e a história de Robert também foi filmada em Robert The Bruce, além de filmagens das séries Outlander e Guerra dos Tronos.

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membros da Família Real Escocesa onde houve a coroação dos principais monarcas escoceses como Mary, a Rainha da Escócia.

Na restauração do castelo, a história mais recente dos militares do regimento Argyll and Sutherland Highlanders foi substituída pela anterior do período dos reis escoceses e mantém um Museu Regimental, onde há um acervo e exposições de conflitos em todo o mundo onde o regimento atuou. Possui para a visitação: Área de Recepção, Loja de Lembranças, Café Unicórnio, Sanitários, Jardim da Rainha Anne, Palácio Real Stirling e Heads Gallery (com réplicas Stirling heads (medalhões do século 16) e no hall interno da rainha, há sete tapeçarias artesanais que recriam as cenas da Caçada do Unicórnio, produzidas anteriormente nos Países Baixos, refeitas no Estúdio dos Tapestry (estúdio do projeto das tapeçarias), além dos aposentos decorados e mobiliados (STRING CASTLE, 2021).

3.2. Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, Portugal.

O Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota – CIBA é um dos atrativos de grande importância para a nação portuguesa, devido a um dos mais célebres enfrentamentos bélicos que marcaram a consolidação de Portugal como nação. A Batalha de Aljubarrota, que ocorreu em 14 de agosto de 1385, entre tropas portuguesas com aliados ingleses, comandadas por D. João I de Portugal e D. Nuno Álvares Pereira, contra o exército castelhano e seus aliados liderados por João I de Castela. Esta batalha afirmou Portugal como reino independente, proclamando o D. João como rei de Portugal e o primeiro da Dinastia de Avis. A batalha ocorreu no campo de São Jorge e trouxe inovações com sua tática militar permitindo que homens a pé vencessem uma poderosa cavalaria (MINISTÉRIO DA CULTURA, 2010).

Como demonstração de seu agradecimento pela vitória na Batalha de Aljubarrota, D. João I mandou edificar o Mosteiro de Santa Maria da Vitória e fundar a vila da Batalha e, passados sete anos da batalha, o condestável D. Nuno Álvares Pereira mandou construir a Ermida de São Jorge, em Calvaria de Cima, onde precisamente está o campo militar de São Jorge e ele havia depositado o seu estandarte naquele dia. O campo da Batalha de Aljubarrota é considerado e classificado como monumento nacional pelo Ministério da Cultura (2010).

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O Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota está localizado na Região do Distrito de Leiria, na freguesia da Calvaria de Cima e Concelho de Porto de Mós. Está a cerca de 100 km de Lisboa, 20 km de Fátima, 25 km da Nazaré e a 20 km da sede do distrito. É administrado pela Fundação Batalha de Aljubarrota – FBA, uma entidade privada de utilidade pública, que desenvolve programas, projetos e ações tendentes à valorização da zona onde se encontra, tendo em vista a reconstituição das condições naturais onde no século XIV decorreu a Batalha de Aljubarrota (MINISTÉRIO DA DEFESA, 2004). O CIBA dispõe de uma área útil de 1.908 m2 distribuídos em Área expositiva (900 m2), com dois núcleos expositivos dedicados à Batalha de Aljubarrota, à época em que se inseriu e às descobertas arqueológicas no campo de batalha, um Auditório para projeção de um espetáculo multimídia que reconstitui a Batalha e os eventos que a originaram; Serviços educativos (1.500 m2 na área interior e exterior); Área de exposições temporárias; Loja; Cafeteria; Parque de Merendas e Parque de Engenhos Medieval. Há a possibilidade de uma visita integrada no campo da batalha e no edifício do CIBA (FBA, 2021).

3.3. Complexo Cultural da Marinha no Rio de Janeiro,Brasil

O Espaço Cultural da Marinha (ECM), também comumente conhecido por Centro Cultural da Marinha, integra o Complexo Cultural da Marinha, o qual é um centro cultural situado no bairro do Centro, no Rio de Janeiro, Brasil. Com uma área expositiva de 1.100 m², localiza-se na Orla Conde (Boulevard Olímpico), entre o Largo da Candelária e a Praça Quinze de Novembro e é subordinado à Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM).

O ECM foi inaugurado em 20 de janeiro de 1996 e sua instalação foi construída sobre uma área aterrada na segunda metade do século XIX, nas antigas docas da Alfândega do Porto do Rio de Janeiro. O local abriga parte importante do acervo da Marinha do Brasil, formado por equipamentos militares em exposição: o Helicóptero-Museu Sea King, a Aeronave Skyhawk, a Galeota D. João VI, a Nau dos Descobrimentos, o Submarino-Museu Riachuelo, o Contratorpedeiro Submarino-Museu Bauru e o Carro de Combate Cascavel. Do Espaço Cultural partem dois passeios: um pela Baía de Guanabara e o outro para a Ilha Fiscal, a bordo do Rebocador Laurindo Pitta e/ou na escuna Nogueira da Gama. O passeio

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marítimo passa ao largo das Ilhas das Cobras, Fiscal, das Enxadas e Villegagnon e da cidade de Niterói, onde pode-se visualizar todo sistema de defesa fortificado da Baia da Guanabara e de sua paisagem também faz parte do Complexo Cultural da Marinha. A visita à Ilha Fiscal, que se situa próxima ao porto, pode ser feita por embarcações ou por micro-ônibus. A pequena ilha abrigou um entreposto de fiscalização para a cidade do Rio de Janeiro, do século XIX, construído na época de D. Pedro II. Em 1913, as construções e a gestão da Ilha foram transferidas para a Marinha pelo Ministério da Fazenda. A escolha do estilo arquitetônico do edifício foi do Imperador, que para não conflitar com a paisagem da Serra do Mar, optou por um pequeno château no estilo gótico provençal. A Ilha Fiscal, ficou mais conhecida pelo episódio do “Último Baile do Império”, um baile realizado pela Família Imperial dias antes da Proclamação da República. O edifício é tombado pela Prefeitura do Rio de Janeiro desde 1990, e em 1997 foi aberto à visitação pública, além do palacete há uma lanchonete e loja de souvenir. Ainda faz parte do Complexo Cultural da Marinha o Museu Naval, situado bem próximo ao Espaço Cultural. (DPHDM-Marinha do Brasil, 2021).

4. Percurso Metodológico e Resultados

Para realizar a pesquisa qualitativa de cunho exploratório, foram usados como percurso metodológico a consulta a documentos e referências, que possibilitaram estabelecer as premissas para as visitas in loco, realizadas entre 2018-2019, dirigindo-se a coleta de dados feitas por meio de registros visuais e escritos seguindo um roteiro previamente definido, criado a luz das teorias de interpretação do patrimônio. Os dados depois de tratados, sistematizados e classificados foram comparados levando em consideração aos espaços e as interpretações patrimoniais aplicadas no lócus da pesquisa correspondente ao Castelo de Stirling, na Escócia, o Centro de Interpretação de Aljubarrota, em Portugal e o Espaço Cultural da Marinha do Rio de Janeiro, no Brasil.

Um espaço cultural recepciona, apresenta, comunica, orienta, salvaguarda, transfere e investiga. Desta forma, com os dados obtidos foram realizados quadros comparativos entre os três espaços culturais avaliados.

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Quanto aos temas desenvolvidos, por se tratar de espaços históricos e militares, a temática entre eles é muito similar, mas não no conteúdo pelas suas singularidades. Os três apresentam histórias relacionadas às batalhas que travaram, a arquitetura voltada a segurança e defesa ou civil. No caso do Castelo de Stirling, há parte da arquitetura militar, mas há também sua conexão à história da realeza e no ECM, os edifícios não foram construídos para a defesa e a Ilha Fiscal tinha objetivo que seu nome traduz, por fim; o CIBA é um espaço construído para a interpretação em um campo de batalha, por isso, somente a igreja e o campo fazem parte de uma arquitetura de defesa. Artes de vários tipos estão presentes também nos três espaços, como os vitrais da Ilha Fiscal, as tapeçarias do Castelo de Stirling ou na literatura no ECM. Os equipamentos bélicos estão nos três espaços, bem como as técnicas construtivas. No contexto destes grandes temas se desenvolvem as interpretações (Figura 1).

Figura 1: Temas desenvolvidos nos espaços culturais

Temas Castelo de Stirling CIBA ECM

Principais Grandes Temas tratados no espaço História; Arquitetura; Equipamentos Bélicos Arte; Técnicas construtivas. História; Arquitetura; Arqueologia; Equipamentos Bélicos; Arte; Técnicas Construtivas. História; Arquitetura; Equipamentos Bélicos; Arte; Técnicas Construtivas. Especificidades de Temas

História das Batalhas História da Dinastia Vestuário

Heróis e Mitos

Composição do país História das Batalhas Vestuário

Heróis e Mitos

História do Brasil por meio da Navegação. Vestuário

Heróis e Mitos Fonte: Das autoras.

Quanto ao público, observou-se que o Castelo de Stirling recebeu mais visitantes numericamente, seguido de ECM e o com menor visitação foi o CIBA. Mas, todos são atrativos e conseguem atrair um grande público. Quanto aos tipos de públicos, como em todos os equipamentos culturais, os estudantes estão presentes e representam a sua maioria no CIBA. No espaço escocês, eles também correspondem a uma boa parcela dos visitantes, não superando a presença de turistas e o mesmo se verifica no ECM. Este último por não ter projetos específicos para estudantes, além dos do Museu Naval, tem a presença menor desta categoria. Observamos que no caso do Museu Naval, a própria “família naval” (militares da marinha e suas famílias), têm visitação estimulada ao

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espaço, como também ocorre no CIBA com os militares portugueses. No caso do Castelo de Stirling não há uma programação especial somente para militares. Os espaços trabalham com grupos diferenciados em Portugal e na Escócia, que não são trabalhados no Brasil, por exemplo: programa para famílias ou ainda casamentos, treinamento de executivos, eventos corporativos, entre outros. Estes públicos aumentam os recursos dos espaços e a presença maior do público (Figura 2).

Figura 2: Público frequentador dos Espaços Culturais

Público em 2019 Castelo de Stirling CIBA ECM

Nº de visitante 605.241 visitantes 36.763 visitantes 182.384 visitantes

Público Estudantes Turistas Famílias Sênior Grupos Específicos Estudantes Turistas Famílias Adultos Operadores Turísticos Empresários Estudantes Turistas Famílias Grupos Específicos (Família da Marinha) Empresários

Serviços Extras Casamentos, Banquetes Medievais, Jantar de gala, Jantar no Palácio, Passeios exclusivos fora do expediente. Espaços para filmagens e Shows. e Eventos como Queens’

Feast Event Eventos, Animação medieval/batalhas, Restaurante Temático, Banquete medieval, Oficinas orientadas, História, Ciência e Arqueologia, Teambuilding, Arco e

besta, jogos educativos e desafios.

Alguns eventos relacionados à Marinha como o Dia do Marinheiro; Cantata de Natal; Eventos em geral; Chá na Ilha Fiscal.

Fonte: Das autoras.

A mediação desenvolvida nos três equipamentos culturais estudados apresentou tanto a modalidade guiada como a autoguiada. Nas visitas (Figura 3) autoguiadas, o que muda são as técnicas empregadas e a divisão para públicos diferenciados, por exemplo, no Castelo de Stirling, uma família pode optar por visitá-lo seguindo a Sally, uma serva do palácio e com ela conhecer os animais e suas lendas. No CIBA, ao praticar arborismo no Parque de Aventura de São Jorge, um parque tematizado, durante o circuito o participante vivencia algo relacionado à Batalha. No ECM não há este tipo de circuito temático ou que percorre o espaço com alguma temática e nem há audioguia disponível.

Figura 3: Formas de Interpretação Guiada ou Autoguiada

Forma de

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Indireta/ Autoguiada

Em todos os espaços – Áudio Tours – usando o celular ou tablet do visitante por meio de navegador e pagamento.

Em todos os espaços por meio de audioguia, mapas e painéis interpretativos, ou vídeos e outros instrumentos. Em todos os espaços com informações em painéis, placas e legendas informativas. Direta/Guiada

Público em geral em todas as dependências do Castelo ou especiais para pequenos grupos e para escolares. Tour temáticos. Pessoas vestidas com roupa de época contando histórias em diversos lugares do Castelo

No campo de Batalha e para escolares.

Só na Ilha Fiscal e passeio pela Baia da Guanabara para o público em geral. Museu Naval para escolares.

Fonte: Das autoras.

As visitas guiadas no ECM são classificadas como palestra ou discussão dirigida, sendo realizadas somente no Museu Naval para grupos agendados e na Ilha Fiscal. O primeiro é feito pelos membros do Setor Educativo e o segundo por guias de turismo. No CIBA a visita guiada ocorre somente nos campos de Batalha e para escolares agendados nas outras instalações, trabalha-se também, com a técnica de discussão dirigida e visita descoberta. As mesmas técnicas são aplicadas no Castelo de Stirling que pode ocorrer em todas as suas dependências.

O conceito de edutainment, como a produção de conteúdo educacional, soluções tecnológicas ou métodos de ensino que utilizam valores do entretenimento foi apropriado pela educação patrimonial. Nas criações do edutainment, a educação é o objetivo e o entretenimento é a linguagem. Imagens cenográficas, teatralizações, filmes, efeitos holográficos, tecnologias 2D ou 3D, inteligência artificial, realidade aumentada ou virtual são usados juntamente com outros processos como gamificação, métodos tradicionais – papel e caneta – ou outros sem recursos digitais.

Ao analisar a expografia, observa-se instrumentos que agem nas ações concretas e os signos que levam a construção das narrativas e que tipo de mediação foi desenvolvida. O Castelo de Stirling e o CIBA usaram muito a iluminação como cenário para o destaque de suas exposições, o que já é pouco explorado no ECM. Vitrines e mobiliários são usados nos três exemplos.

A disposição do ECM, em algumas partes da exposição, é feita em suportes que dão destaque ao objeto exposto e com uso de cores que ajudam na narrativa. Como forma de

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aquecer e humanizar as mostras foram criadas ambientações do dia a dia nas embarcações com o uso de manequins vestidos e reproduções fotográficas. As embarcações são visitadas e por meio de cenários montados pode-se conseguir decodificar o acervo. Há pouco uso de tecnologia digital e o contato com o acervo é mais passivo.

Uma opção para dinamizar mais a narrativa da Ilha Fiscal é a apresentação de um vídeo que por meio de uma convidada, o narra o baile enquanto ele ocorre. A experiência de conhecer o patrimônio de defesa por meio de um passeio de barco pela Baía da Guanabara é bastante ativa. O Programa Educativo está moldado pela participação da Marinha na História e na importância do mar para os brasileiros. São várias atividades específicas para grupos, com visitação às exposições e aulas ministradas por historiadores militares; passeios guiados pelas dependências do Museu; teatro para jovens e recreação infantil. Viagem ao Mundo da História – espetáculos teatrais encenados com figurinos de época. Estas atividades devem ser agendadas e a DPHDM oferece transporte gratuito para os alunos de escolas públicas. Há ainda alguns eventos relacionados à Marinha como o Dia do Marinheiro; Cantata de Natal; Eventos em geral e Chá na Ilha Fiscal.

O CIBA possui além das peças expostas, uma série de painéis e instrumentos interativos que permitem consultar, jogar e descobrir informações sobre o tema do Centro. As atividades regulares contam com atividades de heráldica, arqueologia, iluminura medieval, jogo e ciência na Idade Média; visita de curta duração de hora em hora em diferentes pontos do campo de batalha e Explaratorium: ateliê para famílias aos fins de semana e feriados. Há ainda as atividades não regulares, como as férias no Campo de Batalha, Colônia de Férias, Parque de Engenhos Medievais, Parque de arborismo e festas de aniversários.

No Castelo de Stirling há presença dos contadores de história vestindo roupas de época, o manuseio de artefatos como experimentar roupas de época ou usar materiais que levam a descobrir sobre os costumes da época. Uma cenografia que faz com que o visitante possa se sentir participando do dia a dia de uma da grande cozinha do Castelo; um workshop sobre Guerra Medieval ou sobre a tecnologia de construção é oferecido, pode-se realizar um tour que propõe uma investigação de detetive no tempo, visitar e experimentar o ateliê onde foi executada a tapeçaria que está no castelo e tantas outras

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atividades fazem parte do seu conteúdo na mediação. Casamentos, Banquetes Medievais, Jantar de gala, Jantar no Palácio, Passeios exclusivos fora do expediente. Espaços para filmagens, além de Shows e Eventos.

Considerações

Esta pesquisa foi conduzida com o propósito de conhecer e estudar exemplos positivos de espaços culturais com patrimônios militares visando auxiliar os espaços culturais brasileiros em seus planos de ação interpretativa. Observamos que foi possível conhecer e analisar o processo que usam para as leituras das narrativas e entendimento do acervo dos espaços estudados. Nos três casos, há acréscimo de valor à experiência dos visitantes de todas as classificações, com realce para a história e as características culturais e ambientais.

A interpretação se realiza pela comunicação e é pautada em planos interpretativos que se estabeleceram por meio da observação, desenvolvimento da narrativa, expressões em uma arte performática voltada a percepção sensorial, a imaginação, a demonstração, a ilustração, a experimentação e a gamificação ocasionando a troca dos conhecimentos. Os planos foram colocados em prática por meio da parte física da exposição (instrumentos) e dos (signos). Ao observar os planos interpretativos, percebemos que a mediação nos casos de Portugal e Escócia estão mais inseridos na visão do conceito dialógico que no exemplo brasileiro. Não por considerar que os exemplos internacionais escolheram uma expografia com recursos tecnológicos que despertam mais os sentidos que a brasileira, mas, principalmente pelos motivos: da mediação, com exceção aos escolares, é a discussão dirigida, consistindo, em sua maior parte, baseada apenas por leitura de textos, obstante em alguns espaços com cenografias mais dinâmicas e a falta de uma integração com as comunidades em programas regulares.

Programas como “Investigating Stirling Castle and Palace” ou “Serviço Educativo” do CIBA, aproximam do conceito da apropriação pela(s) comunidade(s) dos valores da cultura e do patrimônio. Corroboram também no setor comunicacional, os sites com muitas informações que estimulam tanto as escolas, famílias, turistas em grupos organizados ou sozinhos a conhecerem e vivenciarem o que o espaço planejou e preparou para os determinados públicos.

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Um exemplo que não está mencionado em nenhum dos três, mas que também pode ser adotado é do Castelo de Edimburgo. Ele oferece roteiros de acordo com o tempo que a pessoa dispõe para a visitação, assim, há possibilidade de planejamento para a visita. Finalizamos com a sugestão que se faça, como complemento desta pesquisa, o mesmo exercício em outros casos brasileiros para podermos também conhecer e analisar o que já possuímos de experiências a compartilhar no Brasil.

Referências

BAKHTIN, M. (VOLOCHÍNOV, V. N.). Marxismo e filosofia da linguagem:

problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. Trad. Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. São Paulo: HUCITEC, 1999.

DAVALLON, J. A mediação: a comunicação em processo? Revista de Ciências e Tecnologias da Informação e Comunicação do CETAC.MEDIA, nº4 - junho de 2007. Disponível em: <http://revistas.ua.pt/index.php/prismacom/article/view/645/pdf>. Acesso em: 10 jan. 2021.

DPHDM Marinha do Brasil. ILHA FISCAL Disponível em:

<https://www.marinha.mil.br/dphdm/ilha-fiscal>. Acesso em: 30 maio 2021.

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FBA - Fundação Batalha de Aljubarrota. Centro de Interpretação da Batalha de

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Referências

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