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Exmo. Sr. Dr. João Batista Gomes Soares MD Presidente do Egrégio Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais

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Exmo. Sr.

Dr. João Batista Gomes Soares

MD Presidente do Egrégio Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais

SOCIEDADE DE RADIOLOGIA E DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DE MINAS GERAIS – SRMG; ASSOCIAÇÃO DE GINECOLOGISTAS E OBSTETRAS DE MINAS GERAIS – SOGIMIG; DEPARTAMENTO DE IMAGEM CARDIOVASCULAR DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA – SBC E ICOOP, na pessoa de seus representantes legais, vem à presença de V. Exa. apresentar a presente DENÚNCIA e solicitar providências nos termos do Código de Ética Médica - RESOLUÇÃO CFM Nº1931/2009, (Publicada no D.O.U. de 24 de setembro de 2009, Seção I, p. 90), (Retificação publicada no D.O.U. de 13 de outubro de 2009, Seção I, p.173) com fulcro nos fatos e fundamentos seguintes:

I. Em publicação datada de 22 de junho de 2012, a UNIMED-BH, por meio de denominado Comunicado, edição Nº 78, perpetrou de forma unilateral e arbitrária, sem qualquer fundamento, o que, no entender das denunciantes fere os princípios gerais de direito, disposições do Código Civil brasileiro e do Código e Ética Médica, conforme se demonstrará pontualmente no curso da presente denúncia, uma alteração unilateral in pejus nos contratos de seus cooperados, denominando tal ação legal como Projeto Imagem, informando um reajuste que, nada mais foi que uma redução unilateral no valor de procedimentos de radiologia e diagnóstico por imagem, e preço de filmes.

II. O dito projeto imagem teve como escopo aplicação unilateral e arbitrária de redutor de 20% (vinte por cento) nos exames de tomografia e ressonância magnética, 30% (trinta por cento) nos exames de densitometria óssea e alteração do preço do metro quadrado do filme para R$10,00 (dez reais), redução essa que compromete a qualidade de

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atendimento das especialidades médicas que trabalham com radiologia e diagnóstico por imagem, com consequente comprometimento das boas práticas médicas

III. Inicialmente, as denunciantes tentaram a via da negociação em reunião na UNIMED BH. No dia 02/08/2012, com a presença de representantes do CRMMG, nas pessoas Dra. Cibele Alves de Carvalho (SRMG/CRMMG) e Dr. Hermann Alexandre Vivacqua Von Tiesenhausen (CRMMG/CFM) e dos seguintes médicos(as): Dr. Heli Teodomiro de Paula Freitas (SRMG), Dr. Marcelo Lopes Cançado (SOGIMIG), Dr. Ulisses Campanha Parente (SRMG/Representante de Clínicas de Diagnóstico por Imagem), Dr. Carlos Henrique Mascarenhas (SOGIMIG), Dr. Crasso Campanha Parente (ICOOP), Dr. José Luiz de Barros Pena (SMC), Dr. Rogério de Aguiar Ferreira (Representante de Clínicas de Diagnóstico por Imagem), Dr. Luiz Edmundo Noronha Teixeira (FENCOM), e Dra. Angélica Navarro (SMC), ocasião em que foi entregue ao Dr. Luiz Otávio, da UNIMED BH, um ofício firmado pelas entidades SRMG, SOGIMIG, SBC e ICOOP, cuja síntese de solicitações foi:

1. Eliminação do redutor implantado em maio de 2012, com início a partir de julho de 2012, e ressarcimento dos descontos efetuados a partir daquela data;

2. Equiparação igualitária dos valores pagos aos Médicos Cooperados e Credenciados;

3. Adoção imediata da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos 2011 para os exames da área do Diagnóstico por Imagem.

IV. Em reuniões subsequentes, todas realizadas com presença de associados e representantes de várias entidades, inclusive de representantes do CRMMG, foi ratificado o teor do ofício anteriormente referenciado, mantendo-se as entidades na linha da negociação, sendo que definiu-se e efetivou-se o envio de um segundo ofício à UNIMED BH, requerendo que a resposta ao Ofício de 02/08/2102 se desse até o dia 24/08/2012, isso porque as clínicas têm sofrido, mês a mês, prejuízos vultosos, o mesmo ocorrendo com alguns médicos cooperadas, comprometendo a receita das mesmas e consequentemente, a curto prazo, as boas práticas médicas, o bom atendimento aos usuários finais da Unimed, em razão do comprometimento da manutenção da qualidade dos serviços, da manutenção e atualização de radiologia e diagnóstico por imagem, todos de alto custo, a manutenção de mão de obra que recebe proteção legal trabalhista representada por salário mínimo profissional, adicional de periculosidade para uns, adicional de insalubridade para outros, custo com a implementação de todas as medidas e consequentes obras e equipamentos de proteção radioativa impostas pela própria cooperativa e pela ANVISA E VISA, além das altas taxas tributárias na importação de equipamentos.

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V. Outra grave questão debatida foi que em Assembléia Geral da UNIMED-BH, realizada em agosto de 2004 (doc. anexo), foi deliberado que a implantação da CBHPM dar-se-ia em curto prazo a partir daquela data, não tendo as Diretorias da cooperativa cumprido a deliberação, causando sérios prejuízos aos cooperados que atuam na área da radiologia e Diagnóstico por Imagem.

VI. Em razão da falta de resposta, pela UNIMED, do ofício a ela enviado em 02/08/2012 até a presente data, decidiu-se encaminhar denúncia ética ao Presidente do CRMMG, visando tomada de providências, vez que entende-se, com os redutores aplicados pela Unimed por meio de seu projeto imagem, a procedimentos médicos e valor de filme, estar o fato enquadrado dentro dos seguintes dispositivos do Código de Ética Médica vigente:

PREÂMBULO

I – O presente Código de Ética Médica contém as normas que devem ser seguidas pelos médicos no exercício de sua profissão, inclusive no exercício de atividades relativas ao ensino, à pesquisa e à administração de serviços de saúde, bem como no exercício de quaisquer outras atividades em que se utilize o conhecimento advindo do estudo da Medicina.

II - As organizações de prestação de serviços médicos estão sujeitas às normas deste Código.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

III - Para exercer a Medicina com honra e dignidade, o médico necessita ter boas condições de trabalho e ser remunerado de forma justa.

IV - Ao médico cabe zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da Medicina, bem como pelo prestígio e bom conceito da profissão

V - Compete ao médico aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente.

VIII - O médico não pode, em nenhuma circunstância ou sob nenhum pretexto, renunciar à sua liberdade profissional, nem permitir quaisquer restrições ou imposições que possam prejudicar a eficiência e a correção de seu trabalho

XIV - O médico empenhar-se-á em melhorar os padrões dos serviços médicos e em assumir sua responsabilidade em relação à saúde pública, à educação sanitária e à legislação referente à saúde.

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XV - O médico será solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissional, seja por remuneração digna e justa, seja por condições de trabalho compatíveis com o exercício ético profissional da Medicina e seu aprimoramento técnico-científico.

XVII - As relações do médico com os demais profissionais devem basear-se no respeito mútuo, na liberdade e na independência de cada um, buscando sempre o interesse e o bem-estar do paciente.

XVIII - O médico terá, para com os colegas, respeito, consideração e solidariedade, sem se eximir de denunciar atos que contrariem os postulados éticos.

DIREITOS DOS MÉDICOS

III - Apontar falhas em normas, contratos e práticas internas das instituições em que trabalhe quando as julgar indignas do exercício da profissão ou prejudiciais a si mesmo, ao paciente ou a terceiros, devendo dirigir-se, nesses casos, aos órgãos competentes e, obrigatoriamente, à comissão de ética e ao Conselho Regional de Medicina de sua jurisdição. IV - Recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam dignas ou possam prejudicar a própria saúde ou a do paciente, bem como a dos demais profissionais. Nesse caso, comunicará imediatamente sua decisão à comissão de ética e ao Conselho Regional de Medicina.

X– Estabelecer seus honorários de forma justa e digna.

RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL

É vedado ao médico:

Art. 17. Deixar de cumprir, salvo por motivo justo, as normas emanadas dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina e de atender às suas

requisições administrativas, intimações ou notificações no prazo determinado;

Art. 19. Deixar de assegurar, quando investido em cargo ou função de direção, os direitos dos médicos e as demais condições adequadas para o desempenho ético-profissional da Medicina.

Art. 49. Assumir condutas contrárias a movimentos legítimos da categoria médica com a finalidade de obter vantagens.

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Art. 63. Explorar o trabalho de outro médico, isoladamente ou em equipe, na condição de proprietário, sócio, dirigente ou gestor de empresas ou instituições prestadoras de serviços médicos.

Termos em que Pedem Deferimento

Belo Horizonte, 12 de setembro de 2012

SOCIEDADE DE RADIOLOGIA E DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DE MINAS GERAIS – SRMG

ASSOCIAÇÃO DE GINECOLOGISTAS E OBSTETRAS DE MINAS GERAIS – SOGIMIG

DEPARTAMENTO DE IMAGEM CARDIOVASCULAR DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA – SBC

COOPERATIVA DOS MÉDICOS DE DIAGNÓSTCO POR IMAGEM DE MINAS GERAIS

Referências

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