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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ TAISSA RAFAELA MISKALO BARBOSA A IMPORTÂNCIA DO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS

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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ

TAISSA RAFAELA MISKALO BARBOSA

A IMPORTÂNCIA DO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS

Arapongas 2020

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ARAPONGAS 2020

A IMPORTÂNCIA DO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS

TAISSA RAFAELA MISKALO BARBOSA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Farmácia.

Orientador: Jéssica Rufino

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TAISSA RAFAELA MISKALO BARBOSA

A

IMPORTÂNCIA

DO

USO

RACIONAL

DE

MEDICAMENTOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Farmácia.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

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Dedico este trabalho aos meus pais, pelo apoio, incentivo e força para a conclusão desta etapa em minha vida.

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AGRADECIMENTOS

A Deus por me conceder saúde e força para superar as dificuldades.

À minha orientadora, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas correções e incentivos.

Aos meus pais, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.

E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, a minha eterna gratidão.

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“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.”

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BARBOSA, Taíssa Rafaela Miskalo. O uso irracional de medicamentos. 2020. 20 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia) – Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), Arapongas-PR. 2020.

RESUMO

O uso irracional de medicamentos é uma preocupação constante de gestores e profissionais da saúde. O farmacêutico é o profissional da saúde que desenvolve um papel de fundamental importância para a inibição do uso irracional de medicamentos, realizando um trabalho de proteção à vida através da orientação eficiente e responsável do uso do medicamento. Em sintonia com essa realidade, o objetivo desta pesquisa foi compreender o papel do farmacêutico no uso racional do medicamento. Pois é notório, a responsabilidade do farmacêutico na promoção da qualidade de vida da população através da orientação, prescrição e acompanhamento do paciente no uso racional do medicamento realizando um trabalho educativo de prevenção acerca dos riscos da automedicação, da interrupção e da troca da medicação prescrita, bem como quanto à necessidade da receita médica, no tocante à dispensação de medicamentos tarjados. Assim, o conhecimento da Política Nacional de Medicamentos estabelece parâmetros para que o farmacêutico realize seu trabalho com segurança, acompanhando e informando o paciente para ao uso racional do medicamento. O trabalho foi desenvolvido por meio da Revisão Bibliográfica que permitiu pesquisar, compilar e refletir sobre publicações científicas realizadas por autores e órgãos conceituados no assunto.

Palavras-chave: Uso Racional e Irracional do medicamento. Papel do Farmacêutico.

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BARBOSA, Taíssa Rafaela Miskalo. The irrational use of medicines. 2020. 20 pages. Course Conclusion Paper (Graduation and Pharmacy) - Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), Arapongas-PR. 2020.

ABSTRACT

The irrational use of medicines is a constant concern of managers and health professionals. The pharmacist is the health professional who plays a fundamental role in inhibiting the irrational use of medications, carrying out work to protect life through efficient and responsible guidance on the use of the medication. In line with this reality, the objective of this research was to understand the role of the pharmacist in the rational use of the medication. Because the pharmacist's responsibility in promoting the quality of life of the population through the guidance, prescription and monitoring of the patient in the rational use of the medicine is well known, carrying out an educational preventive work on the risks of self-medication, interruption and exchange of the prescribed medication, as well as the need for a prescription, with regard to the dispensing of prescription drugs. Thus, the knowledge of the National Medicines Policy establishes parameters so that the pharmacist can safely carry out his work, accompanying and informing the patient on the rational use of the medication. The work was developed through the Bibliographic Review that allowed to research, compile and reflect on scientific publications made by authors and renowned bodies on the subject.

Keywords: Rational and irrational use of the medication. Role of the Pharmacist.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

PNM Política Nacional de Medicamentos

Sinitox Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas Fiocruz Fundação Osvaldo Cruz

AT Atenção Farmacêutica AF Assistência Farmacêutica URM Uso Racional de Medicamentos

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...10 2. POLÍTICA NACIONAL DE MEDICAMENTOS E O PAPEL DO

FARMACÊUTICO...11 3. USO IRRACIONAL DE MEDICAMENTOS E SEUS EFEITOS NA SAÚDE DO USUÁRIO...13 4. O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA DISPENSAÇÃO DO MEDICAMENTO. 15 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS... 18 REFERÊNCIAS...19

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1. INTRODUÇÃO

O uso irracional de medicamentos é uma prática que está presente no cotidiano dos usuários brasileiros que buscam uma melhora imediata para seus problemas de saúde. No entanto, esta atitude além de provocar retardo no tratamento da doença ainda pode contribuir para a sua evolução e, em muitos casos, levar a óbito. Em busca da solução desse problema, a Política Nacional de Medicamentos determina algumas diretrizes de orientação para o uso racional de medicamentos.

A realização dessa pesquisa se justifica diante dessa problemática pois busca agregar conhecimento sobre as normas que orientam sobre a responsabilidade do farmacêutico na dispensação, orientação e acompanhamento do paciente quanto ao uso correto do medicamento. Cuidando para que o mesmo obtenha o efeito desejado, promovendo a qualidade da saúde do doente e evitando gastos financeiros prescindíveis.

Nesse sentido, buscou-se responder a questão: sabendo que o uso irracional de medicamentos pode causar resultados negativos que irá interferir no tratamento, qual a o papel do farmacêutico na conscientização do usuário sobre a importância do uso racional de medicamentos?

Para o desenvolvimento da pesquisa foi estipulado como objetivo geral: compreender o papel do farmacêutico no uso racional de medicamentos e como objetivos específicos: conhecer alguns fundamentos sobre a Política Nacional de Medicamentos, apontar as consequências do uso irracional de medicamentos e discutir o papel do farmacêutico no uso racional de medicamentos.

O presente trabalho foi desenvolvido por meio de Revisão Bibliográfica, que busca compilar e analisar trabalhos previamente publicados sobre o tema. Tendo sido utilizadas as bases de dados Scielo, Google Acadêmico entre outras publicações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde pertinentes ao tema. Os descritores utilizados foram uso racional e irracional de medicamentos, papel do farmacêutico, dispensação farmacêutica, Política Nacional de Medicamentos. Os trabalhos utilizados referem-se a publicações de cerca de vinte anos.

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2. POLÍTICA NACIONAL DE MEDICAMENTOS E O PAPEL DO FARMACÊUTICO

O uso irracional de medicamentos é uma preocupação constante de gestores e profissionais de saúde. A Constituição Federal Brasileira de 1988, garante que:

Art.196. A saúde é direito de todos e dever do estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação (BRASIL,1988).

Para a melhoria do setor da saúde no Brasil, medidas políticas que vão desde mudanças curriculares nos cursos universitários, até alterações operacionais nos serviços de saúde são ferramentas imprescindíveis para melhorias. Na tentativa de obter tais melhorias, a Política Nacional de Medicamentos foi aprovada pela portaria nº 3.916 de 30 de outubro de 1998, com o propósito de garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade de medicamentos, a promoção do uso racional e o acesso da população àqueles considerados essenciais (MARGONATO, 2006).

A Política Nacional de Medicamentos determinou algumas diretrizes que visam a adoção da relação de medicamentos essenciais, a regulamentação sanitária de medicamentos, o desenvolvimento da ciência e da tecnologia na criação, fabricação e distribuição do medicamento, a garantia da segurança, eficácia e a qualidade dos medicamentos e o desenvolvimento e a capacitação dos recursos humanos (ANGONESI; SEVALHO, 2008).

A elaboração da Política Nacional de Medicamentos torna claro a preocupação com o volume de serviços prestados pelo sistema de saúde, onde se verifica que grande parcela da população é excluída de algum tipo de atenção. Verifica-se constantes mudanças no perfil epidemiológico onde ao lado de doenças típicas de países em desenvolvimento surgem agravos característicos de países desenvolvidos. Assim, ao mesmo tempo em que são prevalentes as doenças crônico-degenerativas aumentam a morbimortalidade decorrente da violência, em especial de homicídios e dos acidentes de trânsito. Além da incidência de doenças que aparecem e desaparecem como a malária, a cólera, a dengue, as doenças sexualmente transmissíveis e a AIDS (BRASIL, 2001).

Uma necessidade que justifica a elaboração da Política Nacional de Medicamentos é a análise do perfil do consumidor brasileiro que pode ser dividido em três grupos: o primeiro, formado por aqueles com renda acima de 10 salários mínimos, que corresponde a 15% da população, consome 48% do mercado total e tem uma

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despesa média anual de 193,40 dólares per capita; o segundo, apresenta uma renda entre 4 a 10 salários mínimos, que corresponde a 34% da população, consome 36% do mercado e gasta anualmente, em média, 64,15 dólares per capita; o terceiro, tem renda 0 a 4 salários mínimos, que representa 51% da população, consome 16% do mercado e tem uma despesa média anual de 18, 95 dólares per capita (BRASIL, 2001).

Quanto à promoção do uso racional de medicamentos, será concedida atenção especial à informação relativa às repercussões sociais e econômicas do receituário médico, principalmente no nível ambulatorial, no tratamento de doenças prevalentes. Especial ênfase será concedida, também ao processo educativo dos usuários ou consumidores acerca dos riscos da automedicação, da interrupção e da troca de medicação prescrita, bem como, quanto à necessidade da receita médica, no tocante a dispensação de medicamentos tarjados. Quanto aos medicamentos genéricos, terá enfoque de importância quanto à produção, comercialização, a prescrição e o uso. Nesse particular, é importante ressaltar que a farmácia deve ser considerada estabelecimento comercial diferenciado (BRASIL, 2001).

No que diz respeito à Assistência Farmacêutica, a PNM, prioriza garantir a aquisição e a distribuição de forma descentralizada pelos municípios e sob a coordenação dos estados, de medicamentos necessários a atenção básica à saúde da população (BRASIL, 2001).

Compreende-se por Assistência Farmacêutica o conjunto de ações e serviços com vista a assegurar a assistência terapêutica integral, a promoção e a recuperação da saúde, nos estabelecimentos públicos e privados que desempenham atividades de pesquisa, manipulação, produção, conservação, distribuição, garantia e controle de qualidade, vigilância sanitária e epidemiológica de medicamentos e produtos farmacêuticos (BRASIL, 2001).

Diante da responsabilidade da Assistência Farmacêutica é essencial que o profissional da saúde, faça uma reflexão sobre suas atribuições, suas aptidões, estabeleça consensos e tome decisões para que o farmacêutico seja incluso no serviço público. Trazendo assim, melhoria na qualidade de vida da população e garantindo a integralidade da Assistência Farmacêutica (BRASIL,2001).

A Política Nacional de Medicamentos também faz referência à Vigilância Sanitária de Medicamentos, um campo com escassez de profissionais farmacêuticos. Como atividade pertinente nesse contexto, aplica-se a revisão dos procedimentos de

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registro de medicamento de marca e similares. Para tanto, o farmacêutico deve estar apto e atualizado para realizar atribuições tais como informar sobre produtos registrados no mercado, sua composição, indicações principais e formas de comercialização, conhecer os produtos retirados do mercado, trabalhar no controle da venda de psicotrópicos e entorpecentes, no controle de propaganda realizada pelos fabricantes de medicamentos junto aos prescritores (BRASIL, 2001).

Sendo o farmacêutico, o responsável pela dispensação do medicamento receitado pelo profissional competente, tem o dever de conhecer as orientações da Política Nacional de Medicamentos para favorecer o uso seguro e racional do medicamento a toda a população.

3. USO IRRACIONAL DE MEDICAMENTOS E SEUS EFEITOS NA SAÚDE DO USUÁRIO

Os medicamentos são de grande importância no sistema de saúde e, quando utilizados de maneira correta, cumprem seu papel no restabelecimento da homeostase e se tornam um recurso terapêutico financeiramente viável (FERNANDES; CEMBRANELLI, 2014). Assim, deve se afirmar a importância da administração e dispensação correta do medicamento para que não ocorra prejuízos para o usuário e nem para o sistema de saúde.

Segundo Ferreira e Terra Júnior (2018), o consumo de medicamentos pela população brasileira é influenciado por diversos fatores que contribuem para o grande número de seu uso. Entre os fatores, pode ser citado o aumento da expectativa de vida da população e seu reflexo em forma de aumento no número de doenças crônicas, bem como o surgimento de novas doenças sejam elas psíquicas e todas as doenças que surgem a partir da degradação do meio ambiente, poluição ambiental, mudanças climáticas e até mesmo o aumento nos investimentos com o objetivo de garantir o acesso à saúde.

Nesse sentido, a Constituição Federal garante entre os direitos fundamentais básicos a saúde do cidadão, tendo como premissas a saúde ser um dever do Estado e um direito do cidadão (BRASIL,1988). Porém muito ainda há por se fazer para que esse direito seja usufruído por todos os cidadãos de forma justa e igualitária.

Diante da inviabilidade de muitos cidadãos ao acesso a informações sobre o uso correto do medicamento acontece o uso irracional do medicamento que, segundo

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Lima (2018), esta prática está diretamente associada à situação cultural, social e governamental. A população deve ser orientada mediante campanhas educativas, além de melhorar as condições socioeconômicas, gerenciadas por políticas de desenvolvimento capazes de promover a saúde.

O uso de medicamentos de forma irracional é configurado quando o paciente se automedica de acordo com a indicação de terceiros não capacitados, ou somente confiando em si mesmo em busca de aliviar os sintomas, sem a orientação de farmacêutico, correndo o risco de sofrer reações adversas e interações medicamentosas, intoxicações e agravamento do quadro clínico (FERREIRA; TERRA JÚNIOR, 2018).

A medicação por conta própria, ou seja, a automedicação, geralmente é baseada na indicação de um amigo, parente ou outra pessoa próxima, assim, conforme Lima (2018), pode provocar danos à saúde, porque a pessoa pode utilizar o produto errado, ou na quantidade e dosagem incorreta. Todo o medicamento, até o mais comum, pode causar reações adversas dependendo de cada organismo. O uso de forma irracional pode desencadear alguma doença ou até aumentar a sua gravidade, quando dois ou mais medicamentos são administrados ao mesmo tempo, podendo causar a diminuição ou o aumento do efeito esperado, ou ainda o surgimento, de efeitos indesejados. Há então a necessidade de se informar sobre a utilização correta do medicamento com o médico ou o farmacêutico, evitando as consequências mais variadas, quer seja ao usuário diretamente, ou ao orçamento dos serviços públicos de saúde.

De acordo com Aquino (2008), os dados acerca do uso irracional de medicamentos no Brasil, são alarmantes. Aproximadamente um terço das internações ocorridas no país tem como origem o uso incorreto de medicamentos. Estatísticas do Sistema Nacional de Informações Tóxicos-Farmacológicas (Sinitox) da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), revelam que os medicamentos respondem por 27% das intoxicações no Brasil, e 16% dos casos de morte por intoxicação são causados por medicamentos.

Um dos incentivadores do uso desnecessário de medicamentos sem receita médica no Brasil, segundo Lima (2018), é a propaganda veiculada pelos meios de comunicação, onde chega a gastar cerca de 18,5% de seu faturamento em anúncios que não apresentam as informações necessárias da medicação, mascarando os usos e os efeitos colaterais. Esta situação ainda se agrava com a crescente utilização da

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Internet para disseminar propagandas para os consumidores, muitas delas, assumindo uma forma menos explícita já que tentam dar a impressão de que são instrumentos educativos ou de informação, objetivando promover a saúde.

Ainda é importante lembrar que esse tipo de comércio remoto, por fugir à fiscalização e a outros tipos de controle pode ainda fazer com que produtos falsificados ou com prazos de validade vencido vão parar nas mãos de usuários pouco cautelosos (LIMA, 2018).

Um ponto importante que deve ficar claro à população é que a conscientização é a melhor saída para o uso irracional de medicamentos e que é necessário buscar orientação adequada com profissionais capacitados. No caso, o farmacêutico pode exercer essa função com responsabilidade e eficiência.

4. O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA DISPENSAÇÃO DO MEDICAMENTO

O farmacêutico é o profissional da saúde que possui grande importância para a inibição do uso irracional de medicamentos, uma vez que quando orientado de maneira devida pelo profissional da farmácia o paciente estará mais disposto a utilizar racionalmente o medicamento advindo da automedicação. Assim conforme Ferreira e Terra Junior (2018), o profissional farmacêutico assume importante papel como orientador e agente sanitário, contribuindo com seu amplo conhecimento sobre fármacos para a dispensação correta e o uso racional do medicamento.

A Política Nacional de Medicamentos (PNM) define como dispensação, o ato profissional farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, geralmente como resposta à apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado. Neste ato, o farmacêutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento (BRASIL, 2001).

Em se tratando de uso de medicamento, Ferreira e Terra Junior (2018), colocam que faz-se necessário compreender a relação entre automedicação e uso irracional de medicamentos, onde se define a automedicação como a utilização de medicamentos sem prescrição médica, enquanto que o uso irracional de medicamentos se dá quando ocorre a automedicação sem prescrição e sem acompanhamento do farmacêutico. No caso da automedicação, o farmacêutico deve estar atento à segurança, qualidade e eficácia da medicação, observando a possibilidade de interações medicamentosas e as reações adversas.

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Ambos colocam ainda que o uso irracional de medicamentos é configurado quando o paciente se automedica conforme a indicação de terceiros não capacitados, ou confiando somente em si mesmo, em busca do alívio dos sintomas, sem a orientação do profissional farmacêutico, correndo risco de sofrer reações adversas e interações medicamentosas, intoxicações e agravamento do quadro clínico.

Em se tratando de automedicação e uso irracional do medicamento, o farmacêutico é o profissional que deve participar de forma ativa na promoção da saúde da população. Segundo Santana (2018), o farmacêutico tem como ferramentas a Atenção Farmacêutica (AT) e a Assistência Farmacêutica (AF) que o possibilita realizar seu trabalho de uma forma contínua e ativa para que ocorra melhorias na saúde da população quanto à promoção da qualidade da saúde e Uso Racional de Medicamentos (URM).

O profissional farmacêutico possui relevante importância na sociedade realizando um trabalho de proteção da vida através da orientação eficiente e responsável do uso do medicamento. Realiza a ação da Assistência Farmacêutica (AF) que tem como objetivo ações voltadas à promoção, orientação e recuperação da saúde tanto de forma individual quanto coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao seu acesso e seu uso racional (PARANÁ, 2020).

O objetivo da Atenção Farmacêutica (AF) consiste em tratar dos cuidados que o farmacêutico deve prestar ao paciente, monitorando os resultados do tratamento farmacológico, a fim de que esse paciente tenha uma melhor qualidade de vida, nesse sentido Tasso (2015), ainda coloca que a Atenção Farmacêutica só alcança os objetivos perante as orientações fornecidas pelo farmacêutico, como: as características farmacológicas do medicamento, a administração, as possíveis interações com outros fármacos ou alimentos, os efeitos indesejáveis e os efeitos tóxicos. Assim, o farmacêutico também deve advertir o paciente a respeito das doenças que mais prevalecem no ambiente ou região onde este vive.

Diante das atribuições e da importância do uso racional de medicamentos, é imprescindível que o profissional seja capacitado e tenha noção de sua competência, bem como seus limites e o de suas intervenções, sendo hábil para tomar a atitude correta para cada caso, sempre avaliando a situação do paciente e, se necessário, conduzindo-o ao ambiente hospitalar (FERREIRA, TERRA JÚNIOR, 2018).

Diante do contexto apresentado, deve-se ressaltar a importância do farmacêutico na dispensação, orientação e acompanhamento do usuário para o uso

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racional de medicamento visando à recuperação de sua saúde e da saúde da população em geral, pois através de seu conhecimento e do exercício de sua função com compromisso e responsabilidade pode colaborar com a promoção da saúde individual e coletiva.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização desta pesquisa de Revisão Bibliográfica colaborou para a compreensão da importância do farmacêutico na dispensação racional do medicamento, pois o uso irracional é uma realidade presente na vida das pessoas. Assim, a literatura pesquisada colabora para a afirmação de que o farmacêutico é peça fundamental para a concretização das normas estabelecidas pela Política Nacional de Medicamentos.

A Política Nacional de Medicamentos deixa claro que deverá ser concedida atenção especial ao processo educativo dos usuários ou consumidores acerca dos riscos da automedicação, da interrupção ou da troca de medicação prescrita, assim como, quanto à necessidade da receita médica, no tocante à dispensação de medicamentos tarjados e, quanto à produção, comercialização, a prescrição e o uso de medicamentos genéricos.

Há uma grande preocupação quanto ao cumprimento das normas estabelecidas. No entanto, a conscientização da população ainda é a melhor saída para o uso irracional de medicamento e é necessária a busca de profissionais capacitados para uma orientação adequada. No caso, o farmacêutico deve estar apto para exercer esta função.

Esta pesquisa abre a discussão sobre esta profissão tão importante na preservação da saúde da população, pois o farmacêutico está em contato direto com o paciente, sendo a última pessoa que ele terá contato após a consulta médica, confiando ao profissional da farmácia a eficácia na dispensação do medicamento, na orientação e no acompanhamento do tratamento, visando uma recuperação rápida e satisfatória da saúde do paciente e da comunidade em geral.

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REFERÊNCIAS

ANGONESI, Daniela; SEVALHO Gil. Atenção Farmacêutica: fundamentação conceitual e crítica para um modelo brasileiro. Faculdade de Farmácia, UFMG-Belo Horizonte,MG. Disponível

em:https://www.scielosp.org/article/csc/2010.v15suppl3/3603-3614/ acesso em 25 de setembro de 2020.

AQUINO, Daniela Silva de. Por que o uso racional de medicamentos deve ser uma prioridade? Ciênc. saúde coletiva [online]. 2008, vol.13, suppl., pp.733

Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232008000700023. Acesso em: 20 de outubro de 2020.

BRASIL. Política Nacional de Medicamentos 2001. Ministério da Saúde, Secretaria

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https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt3916_30_10_1998.html. Acesso em 28 de setembro de 2020.

BRASIL. Constituição de 1988. Disponível em:

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FERNANDES, Wendel Simões ; CEMBRANELLI, Júlio César. Automedicação e Uso Irracional de Medicamentos: o papel do profissional farmacêutico no combate a essas práticas. Revista Univap on line, v.15. nº 37. 2014. Disponível em:

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FERREIRA, Rogério Lobo, TERRA JÚNIOR, André Tomáz. Estudo sobre a

automedicação, o uso irracional de medicamentos e o papel do farmacêutico na sua prevenção. Revisão de Literatura ( Farmácia). Revista FAEMA ( Faculdade de

Educação e Meio Ambiente), v.9, pp. 570-576. Ariquemes-RO. 2018. Disponível

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LIMA, Regiane De Oliveira. Uso irracional de medicamentos (automedicação).

Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 11, Vol.

07, pp. 80-88 Novembro de 2018. ISSN:2448-0959. Disponível em:

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/uso-irracional-de-medicamentos. Acesso em 29 de set de 2020.

MARGONATO, Fabiana Burdini. As Atribuições do Farmacêutico na Política

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PARANÁ, Secretaria da saúde. Assistência Farmacêutica. 2020. Disponível em: https://www.saude.pr.gov.br/Farmacia. Acesso em 24 de outubro de 2020.

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SANTANA, K. dos S et al. O papel do profissional farmacêutico na promoção da saúde e do uso racional de medicamentos. Revista Científica da Faculdade de

Educação e Meio Ambiente,v.9,n.1,p.399412,2018. DOI: 10.31. Disponível em:

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TASSO, Davi. Atenção Farmacêutica. Farmacêuticas (Portal da Indústria

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Referências

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