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LITERATURA COLONIAL QUINHENTISMO

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Academic year: 2021

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Texto

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Antes de iniciar a lista de exercícios leia atentamente as seguintes orientações:

É fundamental a apresentação de uma lista legível, limpa e organizada. Rasuras podem invalidar a lista. Questões discursivas deverão ser respondidas na própria lista.

Não há necessidade de folhas em anexo, todas as respostas serão exclusivamente na lista. O não atendimento a algum desses itens faculta ao professor o direito de desconsiderar a lista. Capítulo(s) do livro trabalhado (s): capítulo 10 – páginas 160 a 174.

Conteúdo: Quinhentismo – contexto histórico e produção literária. Data de apresentação da lista ao professor: 25/02/2021

 Data de entrega e prova: 26 /02 /2021.

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LITERATURA COLONIAL – QUINHENTISMO

Leia com atenção:

I. “A feição deles é serem pardos, maneira d’avermelhados, de bons rostos e bons narizes bem-feitos. Andam nus sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma coisa cobrir nem mostrar suas vergonhas e estão acerca disso com tanta inocência como têm de mostrar o rosto.”

Pero Vaz de Caminha – Carta

II. “Não se pode numerar nem compreender a multidão de bárbaro gentio que semeou a natureza por toda esta terra do Brasil; porque ninguém pode pelo sertão dentro caminhar seguro, nem passar por terra onde não acha povoações de índios armados contra todas as nações humanas, e assim como são muitos permitiu Deus que fossem contrários uns aos outros, e que houvesse entre eles grandes ódios e discórdias, porque se assim não fosse os portugueses não poderiam viver na terra nem seria possível conquistar tamanho poder de gente.

Havia muitos destes índios pela Costa junto das Capitanias, tudo enfim estava cheio deles quando começaram os portugueses a povoar a terra; mas porque os mesmos índios se levantaram contra eles e faziam-lhes muitas traições, os governadores e capitães da terra destruíram-nos pouco a pouco e mataram muitos deles, outros fugiram para o sertão, e assim ficou a costa despovoada de gentio ao longo das Capitanias. Junto delas ficaram alguns índios destes nas aldeias que são de paz, e amigos dos portugueses.

A língua deste gentio toda pela Costa é uma: carece de três letras: não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem sem Justiça e desordenadamente.

Pero de Magalhães Gândavo

III. Todos andam nus, assim homens como mulheres, e não têm gênero nenhum de vestido e por nenhum caso envergonham-se, antes parece que estão no estado de inocência nesta parte, pela grande

Lista de exercícios – P1 – 1º Bimestre Aluno (a): __________________________________ Turma: 2º ano (Ensino Médio) Professor: Daniel Disciplina: Literatura

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honestidade e modéstia que entre si guardam, e quando algum homem fala com mulher vira-lhe as costas. Porém, para saírem galantes, usam de várias invenções, tingindo seus corpos com certo sumo de uma árvore com que ficam pretos, dando muitos riscos pelo corpo, braços etc.

Fernão Cardim

01. Os três fragmentos descrevem os costumes dos indígenas que viviam no Brasil na época em que os portugueses começaram a colonizá-los. Que visão sobre os nativos seus autores demonstram ter?

02. Que fato é constatado com ironia no primeiro parágrafo do texto de Gândavo?

03. Qual dos três autores parece aceitar melhor os costumes indígenas, tão exóticos para sua cultura europeia? Justifique.

04. Comente a descrição que Pero de Magalhães Gândavo faz da língua dos indígenas. Como você interpreta a análise desse autor?

05. Dentre os costumes indígenas relatados, qual parece causar maior estranheza aos europeus? Por quê?

Comente os fragmentos a seguir, de Pero Magalhães Gândavo, destacando o ponto de vista dos colonizadores sobre os índios:

06. “ São mui desonestos e dados à sensualidade, e assim se entregam aos vícios como se neles não houvera razão de homens: ainda que todavia em seu ajuntamento os machos e fêmeas têm o devido resguardo e nisto mostram ter alguma vergonha.”

07. “ (...) não possuem nenhuma fazenda, nem procuram adquiri-la como os outros homens, e assim vivem livres de toda a cobiça e desejo desordenado de riquezas.”

08.

Entende-se por literatura informativa no Brasil:

a) o conjunto de relatos de viajantes e missionários europeus, sobre a natureza e o homem brasileiros. b) a história dos jesuítas que aqui estiveram no século XVI.

c) as obras escritas com a finalidade de catequese do indígena. d) os poemas do padre José de Anchieta.

e) os sonetos de Gregório de Matos. 09.

Texto 1

"De ponta a ponta, é tudo praia... muito chã e muito formosa. Nela, até agora, não podemos saber que haja ouro nem prata... porém a terra em si é de muitos bons ares, assim frios e temperados... Águas são muitas, infindas."

Texto 2

"Então estiraram-se de costas na alcatifa, a dormir, sem buscarem maneira de encobrir suas vergonhas."

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a) escreveu documentos oficiais;

b) é festejado representante da prosa modernista; c) criou vasta obra romanesca;

d) concebeu textos com finalidade pedagógica; e) não propaga em sua obra a fé cristã.

10. Leia o texto:

Meu bem, meu amor, meu esposo, meu senhor, meu amigo, meu irmão, centro do meu coração, Deus e pai!

Pois com entranhas de mãe quereis de mim ser comido roubai todo o meu sentido, para vós!

(J. Anchieta)

Assinale a alternativa que corresponde ao texto:

a) Trata-se de um poema barroco, por causa do jogo de antíteses;

b) Pertence à fase do Romantismo, como revela o intenso sentimento religioso;

c) Percebe-se, pelo desejo de exaltação, que é um poema épico do período quinhentista; d) Expressa a religiosidade nos padrões simbolistas;

e) Trata-se de um poema lírico do Quinhentismo.

11. Sobre a literatura de catequese, é correto afirmar, exceto:

a) Os principais jesuítas que se dedicaram à Literatura de Catequese foram os padres José de Anchieta, Manuel da Nóbrega e Fernão Cardim.

b) Para as comemorações de datas religiosas, José de Anchieta escrevia e levava ao público autos que veiculavam de forma amena e agradável a fé e os mandamentos religiosos.

c) O alvo central da literatura de catequese eram os índios. Toda produção literária desse período é de cunho pedagógico e educacional.

d) Além do trabalho de catequese realizado entre os índios, os jesuítas promoveram a educação no país, de forma que fundaram os primeiros colégios no Brasil.

e) Antônio Vieira é a principal expressão da literatura de catequese no Brasil. Sua obra está relacionada com as inúmeras atividades que desempenhou como religioso e como conselheiro do rei de Portugal.

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12.“Se suas cartas não apresentam valor literário reconhecível, os demais aspectos da obra do missionário – um representado por criações literárias com objetivo pedagógico em relação à catequese, outro por criações desinteressadas – devem ser literariamente valorizadas, sobretudo o teatro em verso”. O texto refere-se aos textos produzidos no século XVI por:

a) José de Anchieta. b) Pero Vaz de Caminha. c) Antônio Vieira.

d) Bento Teixeira. e) Manuel da Nóbrega.

13. Diz o crítico Alfredo Bosi a respeito do Quinhentismo brasileiro:

"E não é só como testemunhos do tempo que valem tais documentos (a literatura informativa): também como sugestões temáticas e formais. Em mais de um momento a inteligência brasileira, reagindo contra certos processos agudos de europeização, procurou nas raízes da terra e do nativo imagens para se afirmar em face do estrangeiro: então, os cronistas voltaram a ser lidos, e até glosados, tanto por um Alencar romântico e saudosista como por um Mário ou Oswald modernistas. Daí o interesse obliquamente estético da 'literatura' de informação."

Alfredo Bosi - História concisa da Literatura Brasileira

Segundo Bosi, quais os motivos da retomada dos textos dos cronistas?

Assinale a alternativa correta em relação ao Quinhentismo brasileiro:

a) É um período bastante produtivo da literatura brasileira, com importantes poetas exaltando as qualidades da nova terra.

b) É o primeiro movimento literário ocorrido no Brasil, tendo como destaque o poeta Basílio da Gama. É uma escola de exaltação do sentimento de brasilidade.

c) É um período em que não se pode falar numa literatura brasileira, e sim em literatura ligada ao Brasil, mas que reflete as ambições e intenções do homem europeu.

d) É composto de crônicas de viagem e de uma vasta produção jesuítica, com objetivos de descrever o interior do Brasil e converter índios e negros à fé católica.

e) É uma fase inicial da nossa literatura, mas essencial para a formação cultural brasileira pela qualidade dos poemas e romances nela produzidos.

14. As “informações” que caracterizavam os textos dos viajantes, nos primeiros tempos de nossa colonização, diziam respeito, sobretudo:

a) ao nível estético progressivamente alcançado pelas obras das primeiras gerações de autores nativos. b) às discussões, que aqui começavam a se desenvolver, sobre a necessidade de nossa emancipação política.

c) aos aspectos da geografia, da fauna e da flora locais, além dos usos e costumes dos indígenas. d) aos progressos que os jesuítas obtinham na conversão dos judeus portugueses, aqui radicados, à fé cristã.

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e) aos roteiros marítimos que as expedições de captura de negros africanos deveriam seguir.

15. O padre Anchieta se destaca, na literatura brasileira do século XVI, devido a: a) seus autos e poemas concebidos dentro da tradição medieval;

b) sua poesia de feição renascentista; c) seus sermões enérgicos e espirituosos;

d) seus escritos históricos sobre a colonização do país; e) seu teatro de inspiração clássica ou renascentista.

16. “ a pré-história das nossas letras interessa como reflexo da visão do mundo e da linguagem que nos legaram os primeiros observadores do país. É graças a essas tomadas diretas da paisagem, do índio e dos grupos sociais nascentes, que captamos as condições primitivas de uma cultura que só mais tarde poderia contar com o fenômeno da palavra-arte.”

Alfredo Bosi – História concisa da literatura brasileira

O período caracterizado, no trecho acima, como a pré-história das nossas letras, representa-se sobretudo em textos:

a) dissertativos, que argumentam a favor do processo colonial. b) marcados por uma preocupação narrativa, de tom épico.

c) dramatúrgicos, nos quais se encenam os anseios de uma emancipação. d) marcados por uma preocupação eminentemente descritiva.

e) poéticos, nos quais a natureza é idealizada segundo os padrões clássicos.

17. Qual das afirmações não corresponde à Carta de Caminha? a) Observação do índio como um ser disposto à catequização. b) Deslumbramento diante da exuberância da natureza tropical.

c) Mistura de ingenuidade e malícia na descrição dos índios e seus costumes. d) Composição sob forma de diário de bordo.

e) Exagero no tratamento literário e no lirismo das descrições.

18. A importância das obras realizadas pelos cronistas portugueses do século XVI e XVII é: a) determinada exclusivamente pelo seu caráter literário;

b) sobretudo documental;

c) caracterizar a influência dos autores renascentistas europeus; d) a de terem sido escritas no Brasil e para brasileiros;

e) n.d.a.

19. São características da poesia do Padre José de Anchieta:

a) a temática, visando a ensinar os jovens jesuítas chegados ao Brasil;

b) linguagem cômica, visando a divertir os índios; expressão em versos decassílabos, como a dos poetas clássicos do século XVI;

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c) temas vários, desenvolvidos sem qualquer preocupação pedagógica ou catequética;

d) função pedagógica; temática religiosa; expressão em redondilhas, o que permitia que fossem cantadas ou recitadas facilmente.

e) n.d.a.

20. A famosa “Carta de achamento do Brasil”, mais conhecida como “A carta de Pero Vaz de Caminha”, foi o primeiro manuscrito que teve como objeto a terra recém-descoberta. Nela encontramos o primeiro registro de nosso país, feito pelo escrivão do rei de Portugal, Pero Vaz de Caminha. Podemos inferir, então, a seguinte intenção dos portugueses:

(a) objetivavam o resgate de valores e conceitos sociais brasileiros.

(b) buscavam descobrir, através da arte, a história da terra recém-descoberta. (c) estavam empenhados em conhecer um pouco mais sobre a arte brasileira. (d) firmar um pacto de cordialidade com os nativos da terra descoberta.

Referências

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