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Academic year: 2021

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Departamento de Neonatologia

Obstrução nasal

no recém-nascido

recomendações

Sociedade de Pediatria de São Paulo

Alameda Santos, 211, 5º andar 01419-000 São Paulo, SP (11) 3284-9809

Atualização de Condutas em Pediatria

Departamentos Científicos da SPSP, gestão 2007-2009. nº

36

Departamento de Adolescência

Minhas dúvidas

sobre o HPV

Departamento de Gastroenterologia

Diarréia persistente

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recomendações

recomendações

Departamento de Gastroenterologia

A

Organização Mun-dial de Saúde (OMS) definiu em 1988 a diarréia persistente (DP) como uma síndrome clíni-ca, que ocorre na criança após um episódio de diarréia aguda, de etiologia

presumi-velmente infecciosa, que se prolonga de modo não ha-bitual, de forma intermiten-te ou contínua por mais de 14 dias, que acarreta grave comprometimento nutricio-nal, além de alta morbidade e mortalidade.

Diarréia

persistente

Autora: Izaura G. Ramos Assumpção DEPARTAMENTO DE GASTROENTEROLOGIA Gestão 2007-2009 Presidente: Mauro Sérgio Toporovski Vice-Presidente: Eraldo Samogin Fiore Secretário: Vera Lúcia Sdepanian Membros: Adriano de Castro Filho, Ana Maria Magni, Ceres Concilio Romaldini, Cesar Augusto Lunardi, Clóvis Duarte Costa, Dorina Barbieri, Eliana Vidolin, Gilda Porta, Helga Verena L. Maffei, Izaura G. Ramos Assumpção, José Espin Neto, Liliane Maria Salgado de Castro, Lívia Carvalho Galvão, Luiz Henrique Hercowitz, Maraci Rodrigues, Maria Fernanda M. D’Amico, Maria Inez M. Fernandes, Maria Teresa T. Alves, Mauro Batista de Morais, Nancy T. B. Cordovani, Ramiro Anthero de Azevedo, Regina Sawamura, Renata Alessandra Cazzaniga, Rosa Helena M. Bigelli, Silvio Kazuo Ogata, Soraia Tahan, Soraya Goshima, Ulysses Fagundes Neto, Yu Kar Ling Koda.

Fatores de risco para desenvolvimento de DP

► Hospedeiro

Idade < 1 ano

Baixo peso ao nascimento Desnutrição

Deficiência imunológica

► Infecções prévias

Gastroenterocolite prévia recente Diarréia persistente prévia

► Hábito alimentar anterior à diarréia

Aleitamento materno ausente Desmame precoce

Introdução recente de leite de vaca

► Microrganismos isolados

E. coli enteropatogênica E. coli enteroaderente Cryptosporidium spp Rotavírus

► Drogas utilizadas durante a diarréia aguda

Metronidazol Antibióticos

Agentes anti-secretores e antimotilidade

► Prática alimentar durante a diarréia aguda

Jejum

Aleitamento artificial

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recomendações

recomendações

Departamento de Gastroenterologia

Fisiopatologia Os mecanismos fisiopa-tológicos da DP são múlti-plos e bastante complexos, mas estão basicamente rela-cionados a duas condições: persistência de fatores que agravam ou perpetuam a le-são da mucosa e incapacida-de incapacida-desta mucosa em se rege-nerar e estão sintetizados no Quadro 1.

Quadro clínico A criança com diarréia persistente, em geral, é um lactente jovem, com desma-me precoce ou sem aleita-mento materno, que apresen-ta diarréia de longa duração, com inúmeras evacuações diárias, líquidas, esverdeadas, às vezes com muco e sangue e que lesam facilmente a pele do períneo. O estado nutri-cional é freqüentemente bas-tante comprometido, depen-dendo do estado nutricional prévio e do tempo de dura-ção da diarréia. A septicemia é encontrada em 20 a 35% dos casos. Múltiplas interna-ções e manipulainterna-ções dietéti-cas são comuns. Apesar da diarréia, a criança pode estar hidratada e poderá ser trata-da em casa. De todo modo, constituem critérios de in-ternação a idade inferior a 4

meses, a desidratação, des-nutrição grave e a presença de infecção sistêmica. Exames

complementares Não existe nenhum exa-me específico para o diag-nóstico de DP. A avaliação deve ser direcionada, para detecção dos distúrbios hi-droeletrolíticos e metabó-licos, que serão corrigidos, além da presença de anemia e infecção. A coprocultura e a pesquisa de vírus nem sempre são positivos, pois na maioria das vezes o ente-ropatógeno já foi clareado. Hemoculturas para crianças com sinais clínicos de sep-ticemia são valiosas para di-recionar a antibioticoterapia específica.

As provas de absorção de dissacárides, monossacárides e gordura não estão indica-das, tanto pelo comprometi-mento do estado geral, como pelo resultado óbvio de má absorção. Alergia à proteína do leite de vaca é comum e também não requer exames. O manuseio dietético pode ser utilizado para esse fim. Importante é ressaltar que as crianças com DP já são víti-mas de excessivas manipula-ções inadequadas. Desta

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recomendações

Departamento de Gastroenterologia

forma, os exames devem ser restritos àqueles essenciais à manutenção da vida.

Tratamento

► Restauração do equilíbrio hidroeletrolítico

A terapia de reidratação oral é a primeira opção. A reposição endovenosa está indicada nos casos em que a via oral não é suficiente ou correções de distúrbios me-tabólicos e de eletrólitos es-tejam indicadas.

► Terapia nutricional Entende-se como tera-pia tanto o uso da dieta mais adequada em função da lesão de mucosa, como também a manutenção ou recuperação nutricional. A compreen-são da fisiopatologia da DP é que vai nortear o manejo dietético.

O aleitamento materno deve ser mantido e encora-jado. A retirada do leite de vaca está indicada, pela into-lerância à lactose decorrente da lesão da mucosa. Opções ao leite de vaca: leite huma-no e leites isentos de lactose. A diluição do leite não tem indicação. A alergia à proteí-na do leite de vaca também é freqüente e, nestes casos, as opções são as fórmulas à base de proteína de soja para

maiores de 6 meses de idade e os hidrolisados protéicos para menores de 6 meses. A nutrição parenteral está indicada somente nos pacientes com intolerâncias múltiplas e/ou naqueles ca-sos em que a oferta oral não esteja suprindo a calórica al-mejada.

É importante salientar que, mesmo com o trata-mento adequado, o número de evacuações diárias de-mora a diminuir, em função também do reflexo gastro-cólico exacerbado nestas crianças. Desta forma, os parâmetros para avaliação de eficácia terapêutica deverão ser a melhora do estado ge-ral, a manutenção do estado de hidratação e o ganho de peso.

A OMS preconiza o uso de suplemento de vitamina A, acido fólico e zinco, no dobro da dose diária reco-mendada, por 2 a 3 semanas, nas crianças com desnutrição grave.

Terapêutica medicamentosa Antimicrobianos não es-tão indicados rotineiramen-te, nem de modo profilático. Há indicação de antibiotico-terapia para as crianças com

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Departamento de Gastroenterologia

nutrição grave, imunodepri-midas ou imunossupriimunodepri-midas com infecção comprovada, e dirigidas ao agente infec-cioso etiológico. A parasito-se intestinal deve parasito-ser tratada quando presente, não exis-tindo indicação de teste tera-pêutico com antiparasitários.

Os fármacos anti-secretores, absorventes ou inibidores do peristaltismo são contra-indicados.

Profilaxia

Incentivo ao aleitamento materno, educação e melho-ria das condições higiênicas. Quadro 1: Mecanismos fisiopatológicos da DP

Gastroenterocolite aguda Lesão/disfunção da mucosa Diminuição das dissacaridases Má absorção de dissacárides Diarréia Desnutrição Aumento da permeabilidade da mucosa Absorção e sensibilização por proteína heteróloga Alergia à proteína heteróloga Má absorção de sais biliares Diminuição dos sais biliares Má absorção de gordura Sobrecrescimento bacteriano Desconjugação dos sais biliares

Referências

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