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Os grãos da voz e do espaço: escutando objetos sonoros de Schaeffer nas salas de Lucier

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Academic year: 2021

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Os grãos da voz e do espaço: escutando objetos sonoros de Schaeffer nas

salas de Lucier

MODALIDADE: COMUNICAÇÃO SUBÁREA: SONOLOGIA

Lucas Vilas Boas UFMG - lucas-vb@ufmg.br Sérgio Freire UFMG - sfreire@musica.ufmg.br

Resumo: O espaço pode transformar um objeto sonoro? Este estudo tem por objetivo discutir as

influências do espaço na estrutura intrínseca do material sonoro, segundo os critérios tipo-morfológicos de Pierre Schaeffer. Os ambientes escolhidos para o trabalho provém de duas gravações da peça I’m Sitting in a Room, de Alvin Lucier. Ao final do trabalho, são apontadas as transformações sofridas pelos objetos sonoros - que não raro perdem sua identidade inicial neste processo - através da ação desses espaços e quais os critérios utilizados para descrevê-las.

Palavras-chave: Objeto sonoro. Espaço. Schaeffer. Lucier. Tipo-morfologia.

The Grains of the Voice and Space: Listening to Schaeffer’s Sound Objects Inside Lucier’s Rooms

Abstract: May the space transform a sound object? The goal of this study is to discuss the

influences of space on the inner structure of the sound material, according to Schaeffer’s typo-morphological criteria. The rooms chosen for this work are from recordings of the piece I’m Sitting in a Room, by Alvin Lucier. At the end, the intrinsic transformations of the sound objects - which not rarely loose their initial identity in this process - by these spaces are indicated, as well the criteria to describe them.

Keywords: Sound object. Space. Schaeffer. Lucier. Typo-morphology.

1. Introdução

O conceito de espaço como um importante elemento estético ocupa um lugar de destaque na música acusmática. Composições eletroacústicas podem criar uma movimentação do gesto musical outrora impossível na música tradicional. Dessa forma, a presença de alto-falantes possibilita alterações de planos e hierarquias sonoras, que se tornam importantes ferramentas de expressão. Através do distanciamento entre a fonte sonora e o som produzido, o posicionamento dos sons e o seu comportamento no interior de uma paisagem sonora ganham maior relevância e, nesses casos, a audição do ouvinte é desafiada a compreender o seu entorno. É possível inferir que, em muitos casos na música eletroacústica, a “noção de espaço pode ser mais importante que a própria noção de tempo” (SMALLEY, 2007: 38, tradução nossa).

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Ao isolarmos sons que integram um mesmo espaço virtual nos alto-falantes, percebemos que cada um possui informações acústicas referentes ao ambiente em que foi gravado. E, no caso de sons gravados em condições (quase) anecoicas, essas informações sobre o espaço são manipuladas a posteriori. A princípio, a espacialidade é um atributo que nossa percepção identifica como um elemento extrínseco e complementar à fonte sonora. Entretanto, seria possível verificarmos transformações intrínsecas de um som, mudanças que o afastassem da sua condição original e o fizessem evoluir, somente a partir de uma interferência do ambiente?

O objetivo do presente trabalho é identificar as alterações causadas na tipo-morfologia de objetos sonoros através da ação recursiva do espaço em que se encontram, segundo os critérios de Pierre Schaeffer, discutidos em seu Traité des Objets Musicaux (SCHAEFFER, 1966a). Optamos aqui por utilizar o termo "alterações" dos objetos sonoros, mesmo cientes de que muitas vezes eles perdem sua identidade inicial. Schaeffer nos alerta para o fato de que "os mesmos poucos centímetros de fita magnética podem conter uma quantidade de objetos diferentes" (SCHAEFFER, 1966a: 96, tradução nossa), mas ao mesmo tempo diz, ao comparar diferentes transformações de uma gravação, que "trata-se aqui do mesmo objeto sonoro submetido a diferentes meios de observação, que comparamos a ele mesmo, original e transposto. Mas o que o faz dele um mesmo objeto é, precisamente, nossa vontade de comparação" (idem). Foram escolhidas para este estudo duas versões da obra “I’m

sitting in a Room”, criada em 1969 por Alvin Lucier, gravadas em diferentes espaços

(LUCIER, 1969, 1980). Com isto, pretende-se contribuir com informações relevantes para o uso de atributos do espaço nos âmbitos da escuta e da criação musical.

2. O objeto sonoro e os critérios tipo-morfológicos

Em seu Guia dos Objetos Sonoros (CHION, 1983), dedicado ao Tratado de Schaeffer, Chion faz um paralelo entre a escuta acusmática, a escuta reduzida e o objeto sonoro:

A situação acusmática renova a maneira de se escutar. Ao isolar o som do seu “complexo audiovisual”, ao qual ele inicialmente pertencia, são criadas situações favoráveis para uma escuta reduzida, que se concentra no som propriamente dito, como um objeto sonoro, independente de suas causas e significados (…) (CHION, 1983: 18, tradução nossa).

A escuta reduzida está ligada a uma forma de escuta cuja intenção nos permite uma apreciação dos atributos do som, afastando-o da relação causal do evento que o produziu.

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De certa forma, o processo de bloqueio de informações externas ao som em busca do conhecimento do seu sistema interno aproxima-se do conceito de redução fenomenológica:

A escuta reduzida é assim denominada por referência à noção de redução fenomenológica (epoché), e porque consiste de alguma forma em despojar a percepção do som do tudo o que “não seja ele” para não escutar senão este, na sua materialidade, na sua substância, nas suas dimensões sensíveis. Escuta reduzida e objecto sonoro estão assim correlacionados um com o outro; definem-se mutuamente e respectivamente como actividade perceptiva e como objecto de percepção (CHION, 1983: 38, traduzido por António Souza Dias).

Uma vez estabelecida a independência do objeto sonoro, Schaeffer pôde descrever as suas características constitutivas de uma maneira mais detalhada, sobretudo em relação aos seus critérios tipológicos e morfológicos:

É através desta “escuta reduzida” que tomamos consciência do objecto em si mesmo, que nos esforçamos por o descrever face a outros objectos. Descrever um objecto é falar da sua forma [gr. morphé]; confrontá-lo com outros objectos é definir o seu tipo. Eis-nos às portas da morfologia e da tipologia (SCHAEFFER, 1966b: 52, tradução de Dias).

Schaeffer denominou de tipo-morfologia a fase inicial de estudo do objeto sonoro, que trata da sua exploração, categorização e descrição. Assim, o objeto é identificado e isolado por meio de edição sonora, para posterior classificação tipológica. Entretanto, é preciso lembrar que o objeto sonoro não é o fragmento gravado:

O objecto sonoro define-se como o correlato da escuta reduzida: não existe em si mas sim através de um intenção constitutiva especifica. É uma unidade sonora percebida na sua matéria, textura, qualidades e dimensões próprias. Por outro lado representa uma percepção global que se mantêm idêntica através de diferentes escutas; um conjunto organizado que podemos assimilar a uma “gestalt” no sentido da psicologia da forma. (DIAS, 2007: 62, in: SCHAEFFER, 1966b)

Para esta primeira classificação tipológica, são empregados o "par de critérios de identificação articulação/apoio" (CHION, 1983: 114, tradução nossa). Para a descrição dos objetos, parte-se do "par fundador da morfologia: matéria/forma" (idem: 116). Em um refinamento posterior, são definidos sete critérios para a classificação dos objetos sonoros: massa, perfil dinâmico, timbre harmônico, perfil melódico, perfil de massa, grão e allure. Esses critérios derivam-se da forma e da matéria do objeto, sendo que “a matéria é o que se mantém de modo quase constante no desenvolvimento temporal do som” e a “forma é o

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timbre harmônico e grão são critérios mais ligados à matéria, enquanto perfil dinâmico e

allure são referentes à forma.

A massa de um objeto sonoro pode ser definida como "sua maneira de ocupar o campo das alturas". O timbre harmônico é um critério "satélite" do critério de massa, representando "o halo mais ou menos difuso e, de modo geral, as qualidades anexas que parecem associadas à massa e que permitem qualificá-la" (CHION, 1983: 145, 150, tradução nossa).

O perfil dinâmico tem a ver com a forma geral do objeto e com a “evolução do som no campo das intensidades”. Já o perfil melódico e o perfil de massa são critérios de variação. São dois perfis gerais, sendo o primeiro “traçado por um som evoluindo na tessitura” e o segundo característico “de um som cuja massa é 'esculpida' por variações internas” (DIAS, 2007: 63, in: SCHAEFFER, 1966b).

A princípio, grão e allure são dois critérios advindos da sustentação, mas podem também ser percebidos como critérios de matéria e forma. Na verdade, a “sustentação une a forma e a matéria do objeto em cada momento” (CHION,1983: 117, tradução nossa).

O allure que proporciona equilíbrio a uma desordem de pequenos eventos, a flutuação característica de um agente vivo, constitui uma classe ou tipo central entre os estilos de sustentação. De um lado colocamos a previsível ordem mecânica e de outro a não previsibilidade do acaso, a desordem (SCHAEFFER, 1966a : 557, tradução nossa).

O critério de grão, por sua vez, está relacionado com a microestrutura do som que afeta a superfície do objeto sonoro. É um elemento intrínseco ao som, definido por uma irregularidade em sua superfície que:

[...] evoca, de forma análoga, à sensação tátil de minerais ou tecidos, ou à sensação visual da deformação de um revestimento. Dessa forma, diz respeito à textura dos materiais sonoros. Por exemplo, um som iterativo como um rufo de bateria, um som raspado como de um arco de violino, ou a ressonância de um prato são tipos de grão. Entretanto, um rápido Allure pode igualmente causar a sensação de grão, pois ambos são critérios decorrentes da Sustentação do som (CHION, 1983: 152, tradução nossa).

No presente trabalho, o emprego desses critérios foram norteados por sua possível relação com as alterações produzidas pelo ambiente. Entretanto, foi observada a crítica sobre a ausência de atributos do espaço na tipo-morfologia de Schaeffer:

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[...] nota-se que o descondicionamento de escuta proposto por Schaeffer tende para a ideia de música absoluta, ao concentrar-se apenas em elementos musicalmente “intrínsecos”, derivados da escuta reduzida. Apesar de dedicar-se à generalidade e totalidade dos sons existentes, a tipologia (arte de separar os sons) proposta, por exemplo, não utiliza nenhum critério de localização espacial, de características ambientais ou mesmo semântico. Seus objetos sonoros (selecionados segundo sua conveniência) parecem acontecer em um espaço absolutamente neutro, onde não mais importa a fonte sonora e sua interação com o ambiente, já́ que ambas se fundem no objeto sonoro a ser submetido à escuta reduzida (FREIRE, 2004: 79).

Pretendemos verificar a aplicabilidade dos critérios tipo-morfológicos de Schaeffer a objetos sonoros que, devido a uma aplicação recursiva de atributos espaciais, já não oferecem à percepção uma clara distinção entre características intrínsecas e extrínsecas, como ocorre na peça escolhida.

3. Sons no espaço

Em nossa percepção, tendemos a agrupar sons pela similaridade entre “as suas frequências fundamentais, seus timbres (no caso, a distribuição de intensidade de harmônicos no espectro), por sucessão de eventos sonoros e sua localização espacial” (BREGMAN, 1993: 23, tradução nossa). Entretanto, as distorções causadas pela acústica do ambiente, “que podem tornar incorreta a localização espacial de fontes sonoras”, tornam os demais fatores “mais relevantes que a sua localização espacial” (idem: 27).

Apesar de nossa audição não ser muito eficiente na localização do som refletido no ambiente, geralmente a nossa percepção consegue separar as contribuições da fonte geradora de som das contribuições do espaço. Os parâmetros subjetivos mais importantes do ambiente “estão representados por expressões matemáticas que geram índices objetivos, assumindo o papel de grandezas físicas mensuráveis, como TR para reverberação, C80 para a clareza e BR para a razão de graves, entre outros.” Para esse índices objetivos há uma correspondência qualitativa: Vivacidade (RT60), Calor e Brilho (BR e TR), Nível de

Som Direto e Reverberante, Intimismo (ITDG) e Clareza (C50, C80) (IAZZETTA et al.,

2004: 2).

Uma vez compreendidos os parâmetros acústicos do ambiente e a relação entre um objeto sonoro conhecido com o espaço em que ele acontece, seria possível pensar em uma influência do espaço externo no interior do objeto sonoro, de modo que percebêssemos transformações do próprio objeto e não do seu entorno? É difícil de imaginar que uma influência externa seja capaz de, por si só, promover tais alterações. No entanto, a já mencionada obra musical de Lucier, que explora recursivamente a reverberação de um ambiente (tanto pela coloração do timbre quanto pelo espalhamento e multiplicação dos

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transientes), pode fornecer o material inicial para se estudar essa possibilidade. De forma não apenas metafórica, essa obra de Lucier pode ser bem caracterizada pela noção de grão da voz de Barthes: " o grão da voz não é - ou não é somente - seu timbre; o significado que ele abre não pode ser mais precisamente definido do que pela própria fricção entre a música e outra coisa que é a língua (e não a mensagem)" (BARTHES, 1972: 153, tradução nossa). Seria uma oportunidade de desvendar a real influência do ambiente externo no interior do objeto sonoro, em busca de algo que se aproxime a um meta-gesto espacial no som.

4. Um proto-estudo de caso

I’m sitting in a Room, de Alvin Lucier, é uma composição desenvolvida através

da regravação contínua do texto narrado pelo compositor. Nas gerações consecutivas do discurso, a ressonância da sala progressivamente toma o espaço da narrativa. Assim, o ambiente age como um filtro e cria efeitos harmônicos e tímbricos relativos às suas condições acústicas. A partitura da obra prescreve sua realização em diferentes espaços e com diferentes vozes e textos, cujo resultado pode ser bastante variado em sonoridade e duração.

Através de um processo de decupagem e edição da obra de Lucier, iniciou-se um processo de escuta reduzida e categorização de objetos sonoros. Dessa forma, foi possível comparar um mesmo trecho em diferentes gerações do texto, para uma classificação tipo-morfológica. Para o estudo, foram consideradas amostras de sílabas do texto que pareciam incorporar influências do espaço, que contribuíram para a transformação intrínseca do objeto sonoro. Com base na classificação tipo-morfológica, foi possível observar que tipo de alteração esses elementos podem causar na percepção dos objetos.

A princípio, foram gerados espectros de longo termo das frases finais de duas gravações de Lucier, de 1969 e 1980. Conforme apresentado na figura 1, na sala de 1969, há uma ressonância constante em torno de 1850 Hz. A sala parece agir como um vocoder. Ao compararmos com a gravação de 1980, esta outra sala evidencia frequências graves, em torno de 350 Hz. A integridade dos objetos se mantém por mais tempo na segunda gravação, que

inclusive possui mais gerações: 32 contra 10 da primeira. Na 10a geração da segunda

gravação ainda há um vestígio do texto inicial, enquanto que na primeira gravação, a 9a

geração é praticamente ininteligível. Aqui, o critério de timbre harmônico gerado pela sala fica evidente. Ao compararmos a última geração das duas gravações, é possível perceber que, na primeira, a tipo-morfologia sonora praticamente não se altera, enquanto que a massa se divide em torno à frequências de 450 e 1850 Hz (dois grupos nodais estreitos), com uma maior predominância da última; ela é não variável e praticamente tônica. Já na segunda

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gravação, tanto a forma quanto a matéria são variáveis, sendo que a massa se torna complexa.

(Vide figs. 1 e 2 e excertos sonoros I e II)1,2.

Dentre os objetos sonoros gerados através das sílabas do texto, destacamos o estudo de quatro exemplos extraídos da gravação de 1980. Três destes objetos sonoros evidenciam um determinado critério morfológico, em detrimento de outros, caracterizando-se como sons déponents (CHION, 1983: 102).

O exemplo 1 é a 12a geração da sílaba “hum”, do trecho “hum... not so much (as a

demonstration...”. Neste exemplo, observamos o aparecimento do critério de grão no objeto

sonoro. (Vide figs. 3 e 4 e excerto sonoro III)3.

O exemplo 2 é a 9a geração da palavra “Rhythm”, do trecho “the exception of

rhythm” onde percebemos o aparecimento de um allure. (Vide figs. 5 e 6 e excerto sonoro

IV). Pode-se notar que o perfil dinâmico é alterado, com o decaimento bastante atenuado na segunda versão. Além disso, há uma pequena modificação no perfil de massa.

O exemplo 3 é a 10a geração do fonema /s/ do trecho “smooth out”. Aqui,

evidenciamos a transformação de um objeto que tinha um perfil dinâmico e uma distinção entre apoio e sustentação em um único fonema. O efeito da sala atenua o seu perfil dinâmico, evidencia outro timbre harmônico (com perda significativa de energia no registro agudo), mudando a categoria de massa (de um nó largo para grupo nodal), e suaviza o caráter iterativo da sustentação em parte do trecho. (Vide figs. 7 e 8 e excerto sonoro V).

Já o exemplo 4 trata dos critérios de variação. Na 8a geração do trecho “resonant

frequencies of the room”, a sala cria um “legato” entre as palavras, amalgamando objetos

anteriormente distintos e modificando a sua relação de apoio/sustentação. Além disso, a filtragem do ambiente proporciona um novo perfil de massa, se compararmos com o trecho original. (Vide figs. 9 e 10 e excerto sonoro VI).

5. Considerações finais

Embora não tenha sido realizada uma análise exaustiva da peça, os resultados obtidos apontam para a percepção de uma transformação intrínseca dos objetos sonoros analisados (ou mesmo da criação de novos objetos) através da ação do espaço, graças a uma extrapolação desta ação nas gerações sucessivas da obra de Lucier. Este fato pode abrir diversas possibilidades para a experimentação técnica e criativa dos limites entre contribuições extrínsecas e intrínsecas dos atributos espaciais aos objetos sonoros, podendo contar também com recursos tecnológicos atuais que nos permitem a convolução de objetos sonoros com uma grande variedade de ambientes reais ou fictícios.

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Referências:

BARTHES, Roland. Le grain de la voix. In: BARTHES, R. Œuvres Complètes IV. Paris: Seuil, 2002, p. 148-156.

BREGMAN, Albert S. Auditory scene analysis: Hearing in complex environments. Thinking

in sound: The cognitive psychology of human audition, p. 10-36, 1993. Disponível em: <

https://www.researchgate.net/profile/Albert_Bregman/publication/213798505_Auditory_scen e_analysis_hearing_in_complex_environments/links/54384e4c0cf2d6698bded2bc.pdf> . Acesso em 31 mar. 2016.

CHION, Michel. Guide des Objets Sonores: Pierre Schaeffer et la recherche musicale Paris: Buchet/Chastel, 1983.

FREIRE, Sérgio. São Paulo, 2004. 216f. Tese (Doutorado em Comunicação e Semiótica. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2004).

IAZZETTA, Fernando; FIGUEIREDO, Fábio Leão; MASIERO, Bruno Sanches. Parâmetros subjetivos em salas destinadas à pratica musical. In: ACÚSTICA, 2004, Guimarães, Portugal.

ID: 083, p.1- 8. Disponível em: <http://gsd.ime.usp.br/acmus/publi/id83.pdf>. Acesso em 31

mar. 2016.

SCHAEFFER, Pierre. Traité des objets musicaux. Nova edição de 1977. Paris: Seuil, 1966a.

SCHAEFFER, Pierre; REIBEL, Guy. Solfège de l'objet sonore. Nova edição de 1998. Paris: INA-GRM-Groupe de recherches musicales, 1966b.

SCHAEFFER, Pierre. Solfejo do objecto sonoro. Tradução para o português de 2007 de

António de Sousa Dias (manuscrito). Diponível em: <

http://www.dmu.uem.br/aulas/tecnologia/SolObjSon/PDFs/Schaeffer_SolfejoObjeto_port.pdf >. Acesso em 01 abr. 2016.

SMALLEY, Denis. Space-form and the acousmatic image. Organised sound, v. 12, n. 01, p.

35-58, Cambridge University Press, 2007. Disponível em:

<https://www2.ak.tu-berlin.de/~gastprof/schumacher/Smalley Space-Form.pdf>. Acesso em 31 mar. 2016.

Gravações:

I’M SITTING IN A ROOM. Alvin Lucier (compositor). Alvin Lucier (intérprete). Boston, MA: Eletronic Music Studios, Brandeis University, 1969. MP3 e Partitura original transcrita. Para voz e fita eletromagnética. Disponível em: <http://www.ubu.com/sound/lucier.html>. Acesso em 31 mar. 2016.

I’M SITTING IN A ROOM. Alvin Lucier (compositor). Alvin Lucier (intérprete). Nova Iorque, NY: Lovely Music, 1990. Compact Disc. Para voz e fita eletromagnética. Gravação realizada em 29 out. 1980.

1 Os excertos sonoros estão disponíveis através do link: <https:// https://drive.google.com/open?id=0B7SZq17EH1uqVE9ZYlhXZlVQZW8>

2 Os excertos sonoros I e II, incluem amostras da gravação de 1969 - 1a e 10ª gerações; e da gravação de 1980 – 1a e 32ª gerações.

3 Do excerto sonoro III em diante, as amostras incluirão sempre na seguinte ordem: o trecho de origem / a 1ª geração da sílaba, palavra, ou fonema escolhido (objeto sonoro) no trecho, repetida três vezes / a mesma sílaba, palavra ou fonema (objeto sonoro), da geração indicada no exemplo, repetida três vezes. No excerto VI, foi escolhido todo o trecho de origem.

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ANEXO Frequency (Hz) 0 5000 S o u n d p re s s u re l e v e l (d B/ H z ) 0 80 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 40

Versão 1969 - LTAS da última geração

Figura 1: Espectro de longo termo da gravação de 1969.

Frequency (Hz) 0 5000 S o u n d p re ss u re le ve l ( d B/ H z) -20 80 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 Versão 1980 - LTAS da última geração

Figura 2: Espectro de longo termo da gravação de 1980.

Time (s) 0 0.7557 0 5000 F re q u e n cy ( H z) 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500

5000 Hum - primeira geração - 1980

Figura 3: Espectrograma da sílaba “hum”, 1a geração do trecho (gravação de 1980).

Time (s) 0 0.7557 0 5000 F re q u e n c y ( H z ) 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500

5000 Hum - 12a. geração - 1980

Figura 4: Espectrograma da sílaba “hum”, 12a geração do trecho (gravação de 1980). Foi percebido o critério de Grão no objeto sonoro.

Time (s) 0 0.7151 29.71 76.31 In te n si ty ( d B ) Time (s) 0 0.7151 70.43 86.67 In te n si ty ( d B )

Rhythm - 9a. geração - 1980 Rhythm - primeira geração - 1980

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XXVI Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – B. Horizonte - 2016 Time (s) 0 0.7151 29.71 In te n si ty ( d B ) Time (s) 0 0.7151 70.43 86.67 In te n si ty ( d B )

Rhythm - 9a. geração - 1980

Figura 6: Envelope dinâmico da palavra “rhythm”, 9a geração do trecho (gravação de 1980). Foi percebido o critério de Allure no objeto sonoro. Nota-se um aumento de energia no final do trecho e a mudança da forma.

Time (s) 0 1.3 0 2·104 F re q u e n c y ( H z ) 0 2000 4000 6000 8000 104 1.2·104 1.4·104 1.6·104 1.8·104 2·104 S..sss - primeira geração - 1980

Figura 7: Espectrograma do fonema /s/ de “smooth out”, 1a geração do trecho (gravação de 1980). Time (s) 0 2.405 0 2·104 F re q u e n c y ( H z ) Time (s) 0 1.3 0 104 F re q u e n c y ( H z ) S..sss - 10a. geração - 1980 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 104

Figura 8: Espectrograma do fonema /s/ de “smooth out”, 10a geração do trecho (gravação de 1980). Foram percebidas alterações nos critérios de Perfil Dinâmico, Timbre Harmônico, Massa e Sustentação.

Time (s) 0 3.129 0 2·104 F re q u e n c y ( H z ) 0 2000 4000 6000 8000 104 1.2·104 1.4·104 1.6·104 1.8·104

2·104 Resonant frequencies... - primeira geração - 1980

Figura 9: Espectrograma da frase “resonant frequencies of the room”, 1a geração do trecho (gravação de 1980). Time (s) 0 3.129 0 2·104 F re q u e n cy ( H z) 0 2000 4000 6000 8000 104 1.2·104 1.4·104 1.6·104 1.8·104

2·104 Resonant frequencies... - primeira geração - 1980

Time (s) 0 3.129 0 104 F re q u e n cy ( H z) 0 2000 4000 6000 8000

104 Resonant frequencies... - 8a. geração - 1980

Figura 10: Espectrograma da frase “resonant frequencies of the room”, 8a geração do trecho (gravação de 1980). Foram percebidas alterações nos critérios de Perfil Dinâmico, Timbre Harmônico, Massa e Sustentação.

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