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INFLUÊNCIA DE SUBSTRATO COM CASCA DE ARROZ NA GERMINAÇÃO DE GIRASSOL

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Academic year: 2021

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INFLUÊNCIA DE

SUBSTRATO COM CASCA DE ARROZ NA

GERMINAÇÃO DE GIRASSOL

Viviane Farias Silva1, Kalyne Sonale Arruda de Brito1, Elka Costa Nascimento1 Vera Lucia Antunes de Lima1, José Geraldo Vasconcelos Baracuhy1

1 Universidade Federal de Campina Grande, Rua Aprigio Veloso,882- Bairro Universitário, www.ufcg.edu.br,

flordeformosur@hotmail.com;linebrito@hotmail.com;elka_costa@hotamil.com;antuneslima@hotamil.com;geraldobara cuhy@yahoo.com.br, 2101 1000

RESUMO

O reuso de resíduos agroindustriais minimiza os impactos ambientais evitando a acumulação destes resíduos. Neste contexto a pesquisa foi realizada na Universidade Federal de Campina Grande, objetivando-se avaliar o efeito do uso de casca de arroz como substrato na germinação de girassol (AG 262). Foram utilizadas as seguintes combinações com a casca de arroz natural: S1)Casca de arroz (100%); S2)Casca de arroz (80%) + solo (20%); S3) Casca de arroz (50%) + solo (50%) e S4) Casca de arroz (30%) + solo (70%). Foram avaliados diariamente até os 14 dias após a semeadura (DAS) a porcentagem de germinação (PG) e tempo médio de germinação (Tm). A porcentagem de germinação variou de 34,73 a 84,73 %, o índice de velocidade de emergência variou de 1,97 a 5,68 germinação/dia. A composição de substrato S3 e S2 tiveram uma melhor porcentagem de germinação.

PALAVRAS CHAVE: resíduo agroindustrial, AG 262, emergência de plântula. ABSTRACT

INFLUENCE OF SUBSTRATE WITH RICE HUSK ON THE GERMINATION OF

SUNFLOWER

The reuse of industrial residues minimizes environmental impacts by avoiding accumulation of these wastes. In this context the research was conducted at the Federal University of Campina Grande, aiming to evaluate the effect of using rice husk as a substrate on the germination of sunflower (AG 262). Were used the following combinations of natural rice husks: S1) Rice Husks (100%); S2) Rice husk (80%) + soil (20%); S3), rice husks (50%), soil (50%) and S4) rice husks (30%), soil (70%). Were evaluated daily until 14 days after sowing (DAS) the germination percentage (PG) and mean germination time (Tm). The germination percentage ranged from 34.73 to 84.73%, the rate of emergence rate ranged from 1.97 to 5.68 germination / day. The composition of the substrate S2 and S3 had improved germination rates.

KEYWORDS: agroindustrial residue, AG 262, seedling emergence. INTRODUÇÃO

A utilização dos resíduos provenientes dos processos empregados na agricultura e agroindústria, evita a acumulação dos resíduos, maior controle da poluição, melhores condições de saúde pública, reduz a dependência de fertilizantes químicos importados e viabiliza o desenvolvimento sustentável na agricultura. O uso destes resíduos para adubação ou substrato

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permite a recuperação de elementos presentes nos resíduos, tais como nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K) e elementos traço. Além disso, a adição de matéria orgânica ao solo contribui para melhorar sua estrutura física, capacidade de absorção de água, fornecimento de nutrientes para as plantas, viabilizando o aumento da produção e a melhoria da qualidade dos alimentos (MALHEIROS & PAULA JÚNIOR, 1997).

De acordo com Matos (2005), a casca de arroz, por exemplo, corresponde, em média, de 20 a 25 % do peso do grão, enquanto que cerca de 39 % do peso do fruto do cafeeiro é constituído pela casca. A casca de arroz carbonizada apresenta grande potencial para utilização como substrato, dada suas propriedades físicas (MEDEIROS et al. 2008). Dentre as características desse material destacam-se o baixo custo, fácil manuseio, grande capacidade de drenagem e ausência de contaminantes (MINAMI, 1995).

De acordo com as prescrições das regras para Análise de Sementes (BRASIL, 1992) além da luz, temperatura e oxigênio, o substrato tem fundamental importância nos resultados do teste de germinação. Os melhores substratos devem apresentar, entre outras importantes características, fácil disponibilidade de aquisição e transporte, ausência de patógenos, riqueza em nutrientes essenciais, pH adequado, boa textura e estrutura (SILVA et al., 2001).

O cultivo de girassol em substratos alternativos tem sido cada vez mais empregado. O girassol tem diversas formas de aproveitamento, dentre estas se destacam o uso medicinal, ornamental, em adubação verde, em rotação de culturas, na apicultura, na alimentação de animais, na produção de óleo, para alimentação humana e na produção de biodiesel (SILVA et al, 2011).

Nesse contexto, a pesquisa foi realizada objetivando-se avaliar o efeito do uso de casca de arroz como substrato na germinação de girassol (AG 262).

MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa foi realizada em casa de vegetação, pertencente à Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola (UAEAg), na Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, localizado no município de Campina Grande -PB, nas coordenadas geográficas 7º15’18” de latitude sul e 35º52’28” de longitude oeste, a uma altitude de 550 m.

Foram utilizadas as seguintes combinações com a casca de arroz natural: S1)Casca de arroz (100%); S2)Casca de arroz (80%) + solo (20%); S3) Casca de arroz (50%) + solo (50%) e S4) Casca de arroz (30%) + solo (70%). A variedade de girassol para o experimento foi o AG 262.

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Todos os tubetes foram preenchidos com os substratos e foi realizada a semeadura com 3 sementes por tubete. A irrigação foi realizada ao final da tarde.

Foram avaliados diariamente até os 14 dias após a semeadura (DAS) a porcentagem de germinação (PG) e tempo médio de germinação (Tm) de acordo com Labouriau & Valadares (1976) e o índice de velocidade de germinação (IVG) foi determinado segundo Maguire (1962).

Os resultados foram avaliados por análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância com o auxilio do programa computacional Sistema para Análise de Variância -SISVAR (FERREIRA, 2003).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com a Tabela 1, verifica-se que mesmo não sendo estatisticamente significativo o substrato com 80 % e 50 % de casca de arroz em sua composição teve porcentagem de germinação melhores com 82, 64 % e 84,73 %, respectivamente.

TABELA 1. Resumo da análise de variância para a porcentagem de germinação (PG), índice de

velocidade de germinação (IVG) e tempo médio (Tm) germinação da variedade de girasol AG262.

Médias seguidas da mesma letra minúscula na coluna, não diferem significativamente entre si pelo teste Tukey a 5% de significância. 1 Opção de transformação: Raiz quadrada de Y + 1.0 - SQRT ( Y + 1.0 ). IVG(germinação/dia);Tm(dias).

O índice de velocidade de germinação variou de 1,97 a 5,68 germinação/dia. A casca de arroz como substrato puro possui bastante aeração, devido a porosidade. Segundo Marcos Filho (2005), para que a germinação ocorra, ela depende da presença de um nível ideal de hidratação dos tecidos, que possibilite a ativação dos processos metabólicos que culminam no desenvolvimento do eixo embrionário.

O tempo média de emergência do girassol AG 262 teve na maioria aproximadamente 7 dias, enquanto que com 100 % de casca de arroz foi em média 8,79 dias. De acordo com Rabanni et

al., (2013) a análise do tempo médio de germinação é importante para serem avaliadas como as Quadrados Médios

Fonte de Variação GL %G 1 IVG1 Tm

Substrato (S) 3 10,08ns 0,657 ns 2,31ns

Resíduo 15 3,19 0,27 0,95

CV (%) 22,36 22,93 12,75

Tipo de Substrato Médias

Casca de arroz (100%)-S1 34,73a 1,97a 8,79a

Casca de arroz (80%) + solo (20%)-S2 82,64a 4,78a 7,52a Casca de arroz (50%) + solo (50%)- S3 84,73a 5,68a 7,27a Casca de arroz (30%) + solo (70%)-S4 61,12a 5,16a 7,12a

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condições do meio de instalação de um experimento podem influenciar na velocidade da embebição e, por conseguinte, o tempo médio de emergência da semente.

Santos Júnior et al. (2013) que estudaram o crescimento inicial do girassol (variedade EMBRAPA 122-V2000) cultivados em sistema hidropônico em vários substratos e irrigado com água salina, teve melhores índice de velocidade de germinação para o substrato areia e bagaço de cana de açúcar.

Silva et al.,(2014)avaliaram o efeito de substrato de bagaço de cana de açúcar e fibra de coco em genótipos de girassol e verificaram que a variedade de girassol AG 262 teve porcentagem de germinação de 29, 21% e uma média de IVG de 4,43. Comparando com os resultados obtidos neste experimento percebe-se que os valores obtidos são superiores tornando a casca de arroz um substrato com potencial na emergência de plântulas de girassol.

CONCLUSÃO

Os substratos com casca de arroz (50%) + solo (50%) e casca de arroz (80%) + solo (20%), tiveram efeito importante na germinação do girassol.

O reuso de resíduos agroindustriais beneficia o meio ambiente reduzindo os impactos ambientais e viabiliza os custos dos substratos na produção de mudas principalmente para os pequenos agricultores.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Regras para análise de sementes. Brasília: LAVARV/ SNAD, 1992, 365p.

FERREIRA, D. F. SISVAR. Versão 4.3. Lavras: UFLA, 2003. Software.

MALHEIROS , S. M. P. &PAULA JÚNIOR, D. R. Utilização do processo de compostagem com resíduos agroindustriais. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 26., 1997. MATOS, A. T. 2005. Tratamento de Resíduos Agroindustriais. Curso sobre tratamento de resíduos agroindustriais. Universidade Federal de Viçosa. Minas Gerais.

MEDEIROS, L.A.M. Influência da fertirrigação em substratos no crescimento e desenvolvimento da alface (Lactuta sativa L.) conduzida em estufa plástica. Santa Maria: UFSM – Centro de Ciências Rurais, 1999, 59 p. (Dissertação de Mestrado).

MINAMI K. 1995. Produção de mudas de alta qualidade em horticultura. São Paulo: T.A. Queiroz. 128p.

RABBANI, A. C. R.; SILVA-MANN, R.; FERREIRA, R. A.; CARVALHO, S. V. A.; NUNES, F. B. S.; BRITO, A. S. Efeito do estresse salino sobre atributos da germinação de sementes de

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SANTOS JÚNIOR, J. A.; MEDEIROS, S. S.; GUEDES FILHO, D. H.; DIAS, N. S. Emergência do girassol cultivado em sistema hidroponicocom vários substratos sob estresse salino. Inovagri International Meeting. IV Workshop Internacional de Inovações Tecnológicas na Irrigação, 2013. SILVA, A. R. A.; BEZERRA, F. M. L.; SOUSA, C. C. M.; PEREIRA FILHO, J. V.; FREITAS, C. A. S. Desempenho de cultivares de girassol sob diferentes lâminas de irrigação no Vale do Curu, CE. Revista Ciência Agronômica, v. 42, n. 1, p. 57-64, 2011.

SILVA, R. P.; PEIXOTO, J. R.; JUNQUEIRA, N. T. V. Influência de diversos substratos no desenvolvimento de mudas de maracujazeiro-azedo (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa DEG).

Revista Brasileira de Fruticultura, v.23, n.2, p.377-381, 2001.

SILVA, V.F.; BRITO, K.S.A.; NASCIMENTO, E.C.S.; ANDRADE, L.O.; FERREIRA, A.F.Efeito de diferentes substratos na germinação de genotipos de girassol. Revista Verde de Agroecologia e

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