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Lição 5 Resgatando o lazer em família Texto Bíblico: Jó 1.4

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Academic year: 2021

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Lição 5 – Resgatando o lazer em família Texto Bíblico: Jó 1.4

Uma das áreas mais prejudicadas na vida das famílias é o lazer. Por falta de diversão em família muitos lares tornaram-se frios e o relacionamento entres seus membros se distanciaram. Há homens que só pensam no trabalho e em economizar dinheiro. São incapazes de sair com a família ou gastar algum recurso para promover um encontro festivo em suas casas. Em outros casos, há mulheres super dedicadas ao trabalho, tanto em casa como fora de casa, mas que não atentam para o fato de suas famílias precisarem de momentos de diversão.

Na história de Jó há um destaque para o fato de que ele e seus filhos se divertiam juntos. O texto revela que eles se reuniam, cada vez na casa de um dos filhos, e ali passavam um tempo se banqueteando. Certamente, embora o texto não revele os detalhes, esses encontros eram verdadeiras festas para se divertirem, provavelmente com danças alegres, comida, bebida e muitas gargalhadas. A Bíblia diz que a diversão é a melhor coisa que o dinheiro do nosso trabalho pode nos dar e que isso é também uma dádiva divina: “A melhor coisa que alguém pode fazer é comer e beber e se divertir com o dinheiro que ganhou. No entanto, compreendi que mesmo essas coisas vêm de Deus” (Ec 2.24 – NTLH). Esse texto mostra que o trabalho não é um fim em si mesmo, ele serve para o sustento, a segurança e o lazer da família.

É muito importante refletir sobre a diversão em família, pois ela é fundamental para o bem estar, para a união, para a segurança e cumplicidade da mesma. Além do que, se a Bíblia destaca essa prática, então devemos dar a ela a atenção que merece. Os evangelhos mostram Jesus participando de várias festas e anunciando o reino de Deus como um grande banquete. “O Reino do Céu é como um rei que preparou uma festa de casamento para seu filho” (Mt 22.2 – NTLH). Porém, apesar da Bíblia destacar a importância da diversão, e de nós também sentirmos essa necessidade, muitas famílias não inclui em seus planejamentos e orçamentos, a diversão.

Parece que para alguns crentes a Igreja já se constitui essa opção de lazer, mas Igreja não é lugar de se divertir. A Igreja não é divertida. Em alguns momentos ela não é nem agradável. Vamos à Igreja, e o fazemos com alegria, porque ela é

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verdadeira, não porque seja divertida. Quem faz da Igreja a opção de lazer da sua família está cometendo um grande erro.

Um dos valores que precisam ser resgatados é o lazer em família.

1. A diversão em família promove união

Pessoas que se divertem juntas ficam mais unidas. Quanto mais cedo começar, melhor. Se o casal ainda não tem filhos, a diversão de ambos já acontece naturalmente, pois é mais fácil combinar coisas para fazerem juntos. Além do que, quase sempre nesta fase, os casais encontram várias formas de diversão que agradam os dois. Com a chegada dos filhos, as coisas mudam. No princípio tem a novidade da criança, então é comum os pais brincarem com o bebê. Mas com o passar do tempo, os pais tendem a abandonar a ideia da diversão em função, muitas vezes, de compromissos de trabalho para manter ou melhorar a renda, já que as despesas também aumentam. E ainda tem também a questão do cansaço que a chegada da criança provoca.

Brincar com os filhos, além de ser didático, é fundamental para fortalecer a união, como explica o professor de educação física e personal kids Rogerio Ribeiro, em entrevista ao Instituto Conde: “Atividades recreativas em família fortalecem os laços entre pais e filhos e ajudam no desenvolvimento das crianças, melhorando a coordenação motora, o equilíbrio, a noção de espaço, entre muitos outros aspectos”. Quando uma família tem o hábito de se divertir junta a união da mesma é fortalecida. Separar tempo para o lazer em família prepara a mesma para o enfrentamento das demais questões que as desafiam, como, por exemplo, momentos de enfermidades, dificuldades financeiras, conflitos nos relacionamentos, decisões difíceis a serem tomadas, etc. Além disso, o ambiente familiar fica mais “doce”, exala um suave “perfume” de paz e amor. “Como é bom e agradável que o povo de Deus viva unido como se todos fossem irmãos! É como o azeite perfumado sobre a cabeça de Arão, que desce pelas suas barbas e pela gola do seu manto sacerdotal” (Sl 133.1-2 – NTLH).

2. A diversão em família transmite segurança

A diversão em família também transmite segurança aos seus membros, pois quem tem prazer em se divertir junto é porque gosta da companhia do outro; e ter a companhia do outro é uma garantia de que não estará sozinho nas horas difíceis.

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Aos filhos, isso dá a ideia de que podem contar com os pais sempre que precisarem, pois os filhos passam por situações desafiadoras durante seu amadurecimento, nas quais o apoio e a participação dos pais é fundamental para que consigam vencê-las.

As crianças desenvolvem a ideia de que são muito amadas e desejadas por seus pais, e isso faz com que, na medida em que vão crescendo, permaneçam por perto dos pais, o que é uma questão de segurança para elas. Os pais, por sua vez, sentem a segurança de que na velhice poderá contar com a presença e apoio dos filhos. Enfim, a diversão em família é fundamental na constituição e vivência da mesma.

Mas é preciso saber que:

• A diversão deve ser agradável para todos

Tanto pais quanto filhos devem ter o cuidado para não tentar impor o tipo de lazer que agrada apenas a si mesmo. A diferença de idade, bem como a experiência de vida são fatores que podem dificultar a família a se divertir junta, pois na maioria das vezes, o que diverte uns não diverte outros. É preciso buscar agradar a todos, ainda que, em alguns momentos, alguém tenha que fazer um esforço para aceitar participar de um tipo de diversão que não é a sua preferida, mas isso são eventualidades. Para tanto, não pode haver egoísmo, é preciso que pais aceitem a diversão escolhida pelos filhos e vice versa.

Seria interessante que no planejamento do lazer já se combinasse quem vai escolher a próxima diversão em família, os filhos ou os pais. Além disso, quando a diversão não for aquela escolhida pelos pais, estes devem se esforçar para se divertirem junto com os filhos. Da mesma forma os filhos, quando seus pais escolherem a diversão, devem se esforçar para se divertir juntos e não ficar sentado num canto, com cara de “poucos amigos”, olhando o celular o tempo todo.

• A diversão tem que ter coerência com a fé

Outra questão muito importante é o tipo de lazer que vão escolher. Seja de quem for a vez de escolher, se os pais ou os filhos, ambas as partes devem ter o bom senso de escolherem algo coerente com a fé que professam. Toda a liberdade para escolher a forma de lazer deve estar dentro dos limites definidos pela Bíblia, pois ela é nossa regra de fé e prática. Não apenas de fé, mas também de prática. Não adianta uma família ser cristã, ir à Igreja aos domingos e, na folga, escolher um tipo de diversão que fira os princípios da Palavra de Deus. “Por último, meus irmãos,

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encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente” (Fp 4.8 – NTLH).

Pessoas crentes que se divertem como os ímpios estão negando a fé, ou declarando uma fé morta, pois toda fé só se confirma se seguida de práticas coerentes. “Portanto, a fé é assim: se não vier acompanhada de ações, é coisa morta” (Tg 2.17 – NTLH).

• A diversão tem que ter coerência com o perfil financeiro da família

Finalmente, porém não menos importante, vem a questão financeira da família. Devemos escolher formas de diversão que cabem no nosso bolso. Diversão que endivida a família passa a ser “dor de cabeça”, melhor que não tivessem feito. Quem tem pouco, ou nenhum dinheiro para investir no lazer, deve usar a criatividade para se divertir. Não precisa ficar sem diversão, mas usar a criatividade para escolher maneiras de se divertir, sem necessariamente gastar dinheiro.

• Não se esqueça das regras

Seja qual for o tipo de lazer escolhido, no planejamento deve entrar as regras. As regras estabelecidas, comunicadas e praticadas são a garantia de que tudo vai terminar bem. Os pais se frustram quando gastam dinheiro, investem tempo e energia para ter um dia de lazer com os filhos e estes voltam aborrecidos para casa, porque os pais não concordaram em “esticar” um pouco mais o horário para a volta, ou porque não compraram o lanche que gostariam de comprar, etc. Por isso, o planejamento é fundamental e deve incluir as regras.

Quando todos saem para se divertir seguindo regras pré-estabelecidas, a garantia de que o dia termine bem é muito maior. Mesmo que a diversão seja dentro de casa, por exemplo, os pais concordam em adaptar a sala para um tipo de brincadeira com as crianças, além de desforrar mesas e arrastar cadeiras, ainda tem os brinquedos que vai se espalhar pelo chão. Antes de começar a operação de adaptação do ambiente deve-se combinar que, na hora em que terminar a brincadeira, todos vão ajudar a arrumar a sala novamente. Assim não haverá estresse no final de tudo.

Para pensar e agir

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- Todos concordam que atividades de lazer são importantes e bíblicas para a família?

- Como você coopera para que sua família tenha momentos de lazer junta? - Será que não seria este um valor a ser resgatado na sua família?

- Que tal começar por você?

Leitura Diária: Segunda-feira: Jó 1.4 Terça-feira: Eclesiastes 2.24 Quarta-feira: Mateus 22.2 Quinta-feira: Salmos 133.1-2 Sexta-feira: Filipenses 4.8 Sábado: Tiago 2.17 Domingo: Filipenses 4.8

Referências

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