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GRAFISMO E A SUA RELAÇÃO COM ALFABETIZAÇAO

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GRAFISMO E A SUA RELAÇÃO COM ALFABETIZAÇAO

Suely da Silva Clauido¹

RESUMO

O presente artigo aborda o tema Grafismo e a relação com a Alfabetização, com o objetivo de elucidar questões pertinentes ao desenvolvimento infantil e suas construções mentais percorridas por meio dos níveis evolutivos do grafismo, buscando uma correlação entre o desenho infantil e a escrita como sistemas gráficos distintos, porém que se relacionam na sistematização da representação. A pesquisa é de cunho bibliográfico e análise de produções gráficas infantis do grafismo e hipótese de escrita, subsidiada pelos estudos teóricos de diversos autores, ressaltando entre eles Jean Piaget, no qual, através dos níveis de desenvolvimento constituindo evidencias de como desenho e escrita se constituem para as crianças através da função semiótica, e Emília Ferreiro ao processo de aprendizagem da psicogênese da língua escrita que não se reduz a um conjunto de técnicas, que os conhecimentos se dão por meio de interações. A análise de diversas produções gráficas de crianças, para elucidar a interação entre o desenho e a escrita, por meio de etapas e níveis. Dessa maneira, o desenho pesquisado por vários teóricos, juntamente com os aportes de Ferreiro, nos leva a compreender e traçar pontos entre os dois sistemas, elencando que são modos distintos de representar objetos.

Palavras-Chave: Grafismo. Alfabetização. Criança.

ABSTRACT

This article discusses Graphics and relationship to literacy, in order to clarify issues related to child development and their mental constructions covered by the evolutionary levels of graphics, seeking a correlation between children's drawing and writing as graphics systems distinct but that relate the systematization of representation. The research is a bibliographic analysis and graphic productions and children's graphic writing hypothesis, supported by theoretical studies of several authors, highlighting among them Jean Piaget, in which, through the development levels constituting evidence of how drawing and writing constitute for children through the semiotic function, and Emilia Ferreiro the learning process of psychogenesis of written language that cannot be reduced to a set of techniques that knowledge occur through interactions. The analysis of various productions graphical children, to elucidate the interaction between drawing and writing, via steps and levels. Thus, the design researched by many theorists, along with contributions by Ferreiro, leads us to understand and plot points between the two systems, listing which are different ways of representing objects.

Keywords: Graphics. Literacy. Child.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho surgiu das inquietações sobre o tema grafismo e sua relação com a alfabetização, bem como a suas contribuições para o desenvolvimento da escrita. Buscou-se bases teóricas nos estudos elencados a cerca do desenvolvimento do grafismo infantil, e nos estudos da teoria da

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psicogênese de Emília Ferreiro, trançando pontos relevantes entre os dois sistemas representativos e suas fases evolutivas.

Ainda para elucidar a correspondência gráfica com a expressão da escrita foi levantado junto a alunos(as) de 04 a 06 anos de idade (Pré-escola) representações por meio de desenhos livres, o grau de desenvolvimento infantil (segundo Lowenfeld e Piaget) e o nível da psicogênese da linguagem escrita (Emília Ferreiro). Por meio dos estudos bibliográficos buscou-se compreender a diferença entre os dois distintos sistemas e suas correlações, a expressão da arte do desenho gráfico e a influência do grafismo em relação a escrita numa perspectiva interacionista.

Percorreu-se ainda por abordagens teóricas de Piaget e Lev Vygotsky nos quais retratam o desenvolvimento infantil, fomentando a importância da criança atuar como sujeito de sua aprendizagem. Através dos estudos bibliográficos buscou-se compreender a diferença entre os dois distintos sistemas e suas correlações, a influência do grafismo em relação a escrita numa perspectiva interacionista.

O desenho no currículo da educação infantil vem como um dos objetivos específicos dessa etapa, num entendimento de que a criança é um ser indivisível, inteiro é único, baseando se nos princípios éticos, políticos e estéticos, no qual os estéticos devam valorizar a criatividade e a sensibilidade da criança por meio da ludicidade, objetivando as habilidades da capacidade de expressão nas múltiplas linguagens, gestuais, corporais, pictóricas, escrita e musicais.

É durante a primeira infância que a criança percorre o estágio sensório motor descrito na teoria Piagetiana, na qual a criança é capaz de produzir seus primeiros gestos pictóricos. Constituindo um desenvolvimento progressivo que perpassa desde os primeiros rabiscos, as primeiras garatujas para construções mais elaboradas.

De acordo com Piaget (1982, apud PILLAR, 2012) é na fase pré-operatória que vai de 02 a 07 anos, que a função semiótica começa a se desenvolver, a qual pode ser descrita como a capacidade da criança representar por meio do grafismo,

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as situações fora do seu campo de visão usando suas estruturas mentais. Buscando a interação com o mundo que acerca.

O currículo da educação infantil diz ainda que o desenho livre visa a liberdade de criação impulsionando o desenvolvimento cognitivo infantil em três pontos importantes o psicomotor, afetivo e estético (CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL, DF, 2013).

A representação pictórica antecede a construção da escrita realizada primeiramente pelo simples prazer em realizar o gesto. Sendo um ato motor, ao perceber que produz um traço, o faz outra vez pela satisfação imediata.

A criança, através da manipulação de objetos e produção de trabalhos manuais, dá ênfase na sua representação, entra no mundo dos jogos simbólicos (PIAGET, 1982, apud, PILLAR, 2012) é a educação infantil deve atribuir que esse progresso seja gradativo. Quanto mais a criança desenha vai aprimorando seu jogo simbólico, passando-se de um ato imprescindível, no qual vai paulatinamente construir significados aonde a criança possa se familiarizar cada vez mais no mundo letrado da alfabetização.

Uma das inquietações para estudar o presente tema, é que quando a criança não vivencia tais experiências fundamentais na educação infantil, algumas vezes chegam ao ensino fundamental com dificuldades acentuadas na aquisição da escrita, sendo o processo de letramento algo que compreende dimensões um tanto complexas. Quando a criança desde cedo tem contato com o mundo letrado e vivencia práticas pedagógicas que desenvolvem o grafismo, seu processo de alfabetização e letramento se torna menos complexo, pois de acordo com Ferreiro (1999) a aquisição da língua escrita percorre por estágios ou níveis de desenvolvimento.

O desenho infantil é a primeira escrita, sua primeira marca, na qual a Pillar (2012) em seus estudos elenca cincos pontos relevantes e intrinsicamente correlacionados aos dois sistemas. Podendo relacionar que o grafismo torna o

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processo da escrita carregada de sentidos, quando a escrita deixa de ser apenas uma representação mental e passa ser gráfica.

METODOLOGIA

A presente pesquisa é de caráter exploratório e abordagem qualitativa, sendo desenvolvida com o intuito de investigar o grafismo infantil e a relação com a aquisição da psicogênese da língua escrita, buscando um paralelo e enfocar os dois processos e as construções e interações de ambos. Para Ferreiro tecer um paralelo entre o modo que se concebe o desenho e um modo de considerar a escrita lembrando que a criança desenha não apenas o que vê, mas sim o que se sabe.

Os instrumentos utilizados para obter os dados, com o objetivo em atingir os resultados foram as produções do grafismo infantil e as hipóteses de escritas, através de uma amostra constituída por doze crianças em idade escolar, de 4 a 6 anos, de uma Instituição Pública de Ensino Básico do Distrito Federal, além das referências bibliográficas e documentais.

RESULTADOS TEÓRICOS

O DESENHO INFANTIL A DESCOBERTA DOS ADULTOS

O ser humano desde os seus primórdios, sente a ânsia em expressar-se, impulsionados pelo desejo de se comunicar com os outros de sua espécie, buscou meio para expressar se, relacionar e traduzir seus pensamentos. Há milhares de anos atrás o ser humano com o desejo explícito para comunicar-se, criou meios diferentes de expressão, sendo então praticados desde a pré-história (SANS, 2009).

Como a necessidade de expressão se faz presente na condição humana. Para Lee Thayer (1974, apud, SANS, 2009) a comunicação é tão fundamental para o sistema vivo – individuo/sociedade como a ingestão de alimento para movimentar a máquina física e psicológica do indivíduo. Desde a primeira infância, a criança

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procura modos para se fazer presente, no início por meio de choros, gestos, e aos poucos desenvolvem seu código para se comunicar.

A maneira de expressão mais comum vista em todas as crianças, e o desenho. Ao desenhar ela mostra sua história, seus medos, suas fantasias e alegrias. Deixa sua marca, cada traço e único, apresenta sua personalidade ao mundo (PILLAR, 2012).

O estudo ao desenho infantil começa ter relevância ao final do século XIX e começo do século XX, podemos considerar recentes estes estudos, só depois de avanços tecnológicos e com a popularização do papel e do lápis, e que começam a apreciação ao desenho infantil (SANS, 2009).

Não podemos esquecer que um dos primeiros a se interessar pelo desenho infantil foi um italiano chamado Corrado Ricci na década de 1880, interessou-se pelos desenhos desajeitados porem muito encantadores que estavam numa parede, enquanto se abrigava em uma viela, assim começou seu interesse pelo estudo da arte infantil, abordando o assunto em seu livro “A arte das crianças pequenas”, publicado em 1887 (COX 2007).

Até meados do século XIX, a criança não era vista como ser em desenvolvimento, a visão era que se tratava de um adulto em miniatura, onde não havia separação do que era para adultos e o que para crianças. Não se tinha uma preocupação e consciência do tempo de infância. Foi Jean Jaques Rousseau o primeiro a ter consciência (1712-1778) quando abordou numa perspectiva que a criança era pura e somente uma criança e não um adulto.

A partir da descoberta e tomada de consciência que a criança e um ser autônomo com potencialidades e um ser em desenvolvimento, os estudos científicos por parte dos psicólogos e pedagogos se tornaram possíveis.

Ao fim do século XIX com “O Movimento de educação artística”, com o objetivo de apontar a importância da expressão artística da criança, valorizando crianças que moravam em colônias africanas. Carl Götze, em sua obra A criança

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como artista em 1898, diz que os princípios essenciais para formação são evidenciados se a criança puder desenvolver livremente suas habilidades orgânicas (apud. OSINSKI, 2001).

Este estudo se situa dentro das abordagens teóricas mais relevantes, dentre os vários que abordam o desenho infantil podem ser destacados Herbert Read, Viktor Lowenfeld e Arno Stern, essas abordagens retratam a importância da criança expressar se livremente.

Uma abordagem que possui um olhar criterioso e lança qualidades as produções pictóricas infantis e a de Rudolf Arnheim, sendo uma das mais difusas. Outros trabalhos valiosos são os dos Georges Henri Luquet, Jean Piaget, Henri Wallon, Howard Gardner, Florence Mèredieu, e no Brasil destacam se os estudos de Ana Alice Dutra Pillar, Edith Derdik, Paulo Tarso Cheida Sans entre outros (PILLAR, 2012).

DESENHO INFANTIL E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

A criança desenha pelo prazer em realizar o movimento motor, Para Philippe Greig (2004) a criança mal começa a andar e se apossa do lápis, ou qualquer outro objeto parecido sendo lhe suficiente, pois se contenta com um jogo de imitação constatando satisfação que seu gesto deixa sua marca.

Crotti (2011) diz que para a criança o desenho é a sua maneira de expressar, a criança a partir dos dois anos garatuja, traça linhas, pinta coisas nas paredes ou em qualquer lugar que possa expressar se graficamente, desenha sobre areia, solo, usa os dedos, palitos. Sendo sua maneira de escrita ou fala, ao mundo que a rodeia.

Os primeiros desenhos infantis não mostram a aparência real dos elementos, não sendo projeções fieis da análise da observação visual. Para a criança o ato de desenhar é tão natural como qualquer outra atividade, o importante e a ação é o gosto pelo movimento desenvolvido. Ela age impulsivamente, com curiosidade,

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desenha espontaneamente com faz quando brinca, associa e simboliza objetos (SANS, 2009).

Pillar (2012), em seu estudos demonstra que os desenho são produções gráficas, que seu resultado não compreende-se como uma cópia, mas se dá por meio da interação e interpretação que faz dos objetos em um contexto cultural da época.

Lowenfeld acreditava que as crianças se desenvolvem sem interferência do mundo exterior, e que nenhum estímulo algum seria necessário para seu trabalho artístico, para ele era importante que a criança pudesse usar a arte como verdadeiro meio de auto expressão (1977, apud PILLAR, 2012).

Para Sans (2009), a criança tem senso de observação aguçado, em várias vezes em seus desenhos, chama a atenção para pormenores não observados pelos adultos, no ato do desenho o faz com bastante concentração, colocando o que lhe interessa. Read afirma que a criança não desenha o que ver ou pensa, mas sim o sinal ou símbolo que gradualmente se projetou em seu espirito como um resíduo das suas respostas sensoriais, desenhando o que sete a respeito do determinado objeto (READ, 1982).

Arno Stern externa que a arte sai da criança e não entra nela (1974, apud. SANS, 2009). Nesta visão o educador se restringe a não influenciar nem sugerir nada a criança, lançando mão que a criança não reproduz lembranças visuais, mas que traduz seus pensamentos e sensações.

O século XXI tem apresentado mudanças significativas sobre tudo com o aparecimento das novas tecnologias e mídias, mesmo assim as crianças mantem um esquema atemporal da representação gráfica, não é que a cultura e o tempo não irá influenciar a condutas e nos gostos infantis. Em relação ao desenho como ato espontâneo e evidente que vem sofrendo influências eletrônicas, e preciso que os adultos urgentemente dê apoio para que as crianças não parem de desenhar antes da adolescência (SANS, 2009).

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A criança quando grafa, prende-se pouco a aparência do momento e traduz mistério sentidos pelo objeto e foca ao meio que acerca. O processo criativo infantil não se apresenta o mesmo para todas as crianças, mas há características que permitem o estudo e o desenvolvimento da criança em fases ou estágios. No grafismo infantil e possível visualizar o nível de desenvolvimento intelectual em que se encontra a criança, mostrando o seu estágio emocional e perceptível.

NIVEIS DO DESENHO INFANTIL

O desenho infantil segundo Viktor Lowenfeld (1976 apud. SANS 2009) estabelece três fases distintas, no qual a maioria dos estudos posteriores se baseia nas pesquisas deste teórico.

Fases do Desenho Segundo Lowenfeld: Fase inicial/primeira fase

 Por volta de um a dois anos, apresentando uma coordenação imatura, aonde a criança e capaz de riscar na folha de papel, mesmo que linhas simples e curtas. Sem consciência gráfica, na qual segura com as duas mãos alternadamente, mostrando prazer em explorar o material que segura em suas mãos.

 Por volta dos dois a três anos, adquiri controle muscular considerável, onde descobre o poder de realizar imagens em movimentos circulares ou espiralados, começando a rabiscar em diversas áreas (Figura 1).

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 A criança retrata a figura humana, cada vez mais detalhada, quando atinge essa fase desvenda a fórmula para produzir uma imagem representativa, podendo aparecer a junção das descobertas, como a imitação da escrita com alguns rabiscos e insinuações em círculos, acrescentando a figura humana. O valor nessa fase está no relacionamento emocional. Desmond Morris (1978, apud. Sans 2009) retrata que é o grande momento da criação pictórica, surge a criança com uma descoberta agradável como origem caligráfico gradual (Figura 2).

FIG. 02: André, 04 anos de idade

Fase da figuração esquemática/segunda fase

 Esquemática - os movimentos circulares da etapa anterior evoluem, a partir dos seis anos, descobre-se então a relação da realidade com o seu desenho, baseia se na sua experiência, transmitindo em seu desenho toda sua afetividade e valores tanto nas expressões do personagens quanto nos locais ou objetos. Para a criança não há arte abstrata sempre desenhará momentos vividos. A representação espacial aprimora-se, sua visão gráfica geralmente nessa fase ainda apresenta se desprovida de perspectiva (Figuras 3 e 4).

FIG. 03: Lucas, 05 anos de idade FIG. 04: Alana, 06 anos de idade Pré-esquemática - Piaget.

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Figuração realista – terceira fase

 Figuração realista - por volta dos 10 anos atingindo uma nova etapa de desenvolvimento mental, com senso crítico mais apurado (SANS, 2007).

A última etapa do estudo de Lowenfeld, não será aprofundada pois o foco desde estudo se encontra no desenvolvimento da criança no período de quatro anos a seis, um período que Philippe Greig considera “a idade de ouro do desenho da criança”. Ele ainda diz que quando a criança chega por volta dos doze anos há um “esgotamento” nos traços mais extraordinário dessa evolução (GREIG, 2004).

Podemos ainda relacionar os estágios do desenho infantil aos estágios da teoria da epistemologia genética de Jean Piaget. O desenho em sua perspectiva teórica e determinada como “função semiótica”, na qual tem correlação ao jogo simbólico, intrinsicamente ligado ao prazer, e a imagem mental, na qual esforça se em imitar o real de maneira interiorizada (apud. PILLAR, 2012).

Sendo o desenho como representação e construção da figura por meio de sua percepção subjetiva. A atividade intelectual parte da relação de interdependência entre o organismo e o meio e/ou indiferenciação entre o objeto e o indivíduo, onde evoluem simultaneamente na conquista dos objetos e na reflexão própria de si, sendo interligados entre si (PILLAR, 2006).

A representação é gerada pela função semiótica, a qual possibilita à criança reconstruir o pensamento do objeto ausente por meio de um símbolo ou signo, sendo condição básica para seu pensamento existir, a inteligência puramente vivida no seu nível sensório motor. E com o surgimento da função semiótica a criança, consegue reconstruir e chamar o pensamento de ações passadas a as relaciona com as ações atuais (1948, apud. PILLAR 1999).

O desenvolvimento do grafismo infantil de Piaget seguem analógicos aos estágios de desenvolvimento de representação e ainda mostram se alinhados aos estudos de Luquet (1969, apud. Mèredieu, 2006).

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Classificando as fases do desenho infantil segundo os estudos de Piaget:

Garatuja: esta fase inicia se de zero a dois anos e pega uma parte da fase pré-operatória que vai dos dois anos a sete. Sendo que esta fase pode se dividir em outras duas partes. A representação da figura humana e inexistente, não há uma intenção consciente. E o desenho se dá de maneira prazerosa (Figura 05).

FIG. 05: Kauan, 04 anos de idade,

Garatuja segundo os estágios de Piaget, nota se uma dificuldade, o grafismo da criança está aquém da sua faixa etária gráfica.

Desordenada: sem controle da motricidade seus movimentos aparecem amplos e desordenados. Sendo um ato de simples riscos ainda desprovidos de controle motor, onde ignora os limites do papel. As primeiras garatujas são linhas longitudinais que, com o tempo, vão se tornando circulares e, por fim, se fecham em formas independentes, que ficam soltas na página. No final desta fase começam a aparecer as representações de figuras humanas, como cabeças com olhos (Figura 06).

FIG. 06: Mirella,04 anos de idade

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Ordenada: encontra-se na fase pré-operatória, quando aparece a descoberta na relação entre desenho, pensamento e realidade. Começa aparecer as primeiras noções espaciais, já consegue respeitar os limites do papel. Ainda não há relação com a realidade, o que dependerá do seu relacionamento emocional. Dentro da expressão, o jogo simbólico aparece como: "nós representaremos juntos" (Figura 07).

FIG. 07: Samuel, 04 anos de idade, Garatuja ordenada segundo os estudos de Piaget.

No estágio pré esquemático Piaget (1948, apud. PILLAR, 2012), considera

que ele tem início por volta dos quatro anos de idade estendendo-se aos sete anos, ao final dessa fase a criança encontra-se entre os sete aos nove anos entrando no estágio esquemático, longo após dos nove anos passa para o estágio do realismo nascente, ressaltando que estes estágios são compreendidos nos período que as crianças iniciam as operações concretas (Figura 08).

FIG. 08: Ismael, 05 anos de idade, Pré-esquematica segundo os estudos de Piaget

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Florence Mèredieu faz seus estudos baseados nas fases do desenho infantil de Luquet, que foi o primeiro a abordar o desenho infantil numa perspectiva cognitivista, abordando o “erro” as “imperfeiçoes” e atribuiu inabilidade e falta de atenção, afirmando que há uma intenção natural e voluntaria da criança para o realismo.

Luquet distingue quatro estágios na evolução do grafismo:

Realismo fortuito – inicia por volta dos dois anos acabando com o período do rabisco.

Realismo fracassado – uma vez que descobre a identidade da forma e o objeto, ela busca reproduzir a forma, uma fase pontuada na aprendizagem em meio ao sucesso e ao fracasso (Figura 09)

FIG. 09: Kevyn, 04 anos de idade Realismo fracassado - Luquet.

Realismo intelectual – aos quatro anos sendo o principal estagio e se estende por volta dos doze anos. O que se caracteriza neste estágio e que a criança desenha aquilo que sabe e não aquilo que vê (Figura 10 e 11).

FIG. 10: Sarah,05 anos de idade FIG. 11: Gabriel 06 anos de idade Realismo intelectual - Luquet.

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Realismo virtual – por volta dos doze anos às vezes aparece antes por volta dos oito ou nove, marcado pela perspectiva e submissão, se dando um empobrecimento tende se a juntar com as produções adultas.

Para Mèredieu mesmo Luquet sendo o primeiro a abordar o grafismo infantil em fases, e muitos teóricos retomando seus estudos como referência, e que definiram o desenho em fases sem grandes modificações, diz que não explica o nascimento do grafismo nem a passagem de um para o outro, o que não fica nítido por que o desenho infantil acaba por empobrecer-se e desaparecer. Sendo necessário situar todas estas fases numa abordagem genética que pudesse não se descreve, mas sim explica-los (MÈREDIEU, 2006).

O nascimento do grafismo acontece com os rabiscos muitas vezes pouco compreendidos pelos teóricos e o onde Mèredieu, destaca sua relevância a evolução infantil que começa com os desenhos “informais” na qual não possui intenção construída de não – figuração. Sendo o nascimento que ele caracterizou como plano plástico, iniciando-se com o borrão, constituindo uma pré história do desenho.

Visto que o grafismo e uma manifestação gráfica complexa com fases distintas na qual a criança para desenvolve-las se apropria de conhecimentos adquiridos através da sua interação com o meio e à medida que vai desenvolvendo-se biologicamente, desenvolvendo-sendo fundamental para sua evolução, porém tem um estancamento, aos doze anos de idade, apropriando se de outros conceitos que acham relevantes.

O DESENHO E RELAÇÃO COM A EVOLUÇÃO DA ESCRITA

Como vimos a criança possui necessidade biológica em expressar-se no mundo deixando sua marca, seu traço, sendo esta a sua maneira subjetiva de comunicação /linguagem. Teria então o desenho uma relação correspondente com as fases de evolução da escrita descrita por Emilia Ferreiro e Ana Teberosky em seus estudos da psicogênese da língua escrita.

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O desenvolvimento do desenho infantil perpassa por abordagens teóricas de estágios e fases, Piaget (1982, apud PILLAR, 2012) faz relação do grafismo com o jogo se tratando da função que ele determina como semiótica, definindo ainda em seus estudos cinco condutas representativas, as quais aparecem quase que momentaneamente, e numerando as em ordem crescente por sua complexidade;

1) há imitação diferida – que seria a reprodução do ato motor sem vínculo com o contexto.

2) jogo simbólico pensamento e sua representação imaginaria, utilizando se de gestos imitativos aonde se tornam simbólicos.

3) o desenho ou representação gráfica sendo intermediada pelo jogo logo no início, imitação interna do real.

4) a imagem mental princípio da imitação interna.

5) chamamento das ações através da linguagem, apoiando-se nos sinais linguísticos.

Os estudos de Ferreiro se baseiam na teoria Piagetiana, não a tratando como “dogma”, mas respeitando sua importância cientifica, aonde permite abranger a escrita como objeto de conhecimento e o sujeito como cognoscente, a partir da assimilação (FERREIRO e TEBEROSKY,1999).

Sob o ponto de vista teórico os estudos de Piaget, e Ferreiro se entrelaçam, logo podemos distinguir linhas distintas entre desenho e escrita, porém correlacionadas.

Sendo o desenho uma manifestação da necessidade de comunicação e a escrita a evolução da necessidade que os seres humanos tendem de deixar escrito sua história, podemos destacar pontos importantes entre essas duas maneiras de expressão. Para Pillar (2012) o desenho e a escrita são duas formas distintas de sistemas de representação, no qual seus estudos se fundamentam nas teorias de Piaget e Ferreiro.

A partir da década de 80 há uma mudança radical sob a ótica da aquisição da linguagem escrita, vista primeiramente como mais um modismo. Antes os estudos

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acerca da discussão da alfabetização era centrada na avaliação dos métodos de ensino, na qual o indivíduo para aprender a escrever ou ler tinha que ter pré-requisitos, sem ele não poderia aprender. A abordagem da psicogênese da língua escrita de Ferreiro veio quebrar estes paradigmas, onde a abordagem tem o foco na aprendizagem como ela se dá no individuo, e não como deveremos ensinar.

Para Ferreiro “a escrita é um objeto simbólico”, um substituto que representa algo. Desenho e escrita são como substitutos do objeto evocado, são como manifestações posterior a função semiótica e ainda descreve a escrita como um sistema que tem suas próprias regras já o desenho não as possuem (FERREIRO e TEBEROSKY, 1999).

Quando a criança realiza a escrita primitiva inocentemente como ato de imitação, na qual o seu desejo infantil em representar primeiramente seu nome por meio de sinais ou símbolos, inicia se um processo onde começam a levantar hipóteses de escrita.

Seguindo esta ótica de evoluções e estágios, podemos distinguir uma relação entre estes dois processos de representações gráficas, cada um com sua singularidade, a partir de desenvolvimentos e interações.

A escrita, apresenta-se intrinsicamente ligada a função simbólica da criança, dependendo mesmo que de maneira tímida, da evolução do grafismo. A partir do três a quatro anos a criança começa a produzir um tipo de escritura fictícia, intrigada pela fascinação em alinhar signos ou mesmo liga-los entre si (FERREIRO e TEBEROSKY, 1999).

A criança em sua primeira infância de 02 a 07 anos, tem início a questões biológicas de seu desenvolvimento, onde aparecem mudanças significativas no seu campo afetivo e intelectual, apresentando consequências primordiais ao seu desenvolvimento mental, tem início com a socialização de ações, modificando sua conduta por meio do pensamento, socialização e a intuição segundo Piaget (1999).

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Lev Vygotsky em sua teoria aborda a evolução da escrita infantil, com pontos relevantes essenciais para o processo de desenvolvimento e do aprendizado infantil, com laços estreitos na mediação simbólica e uso de instrumentos, se entrelaçando a teoria de Emilia Ferreiro, sendo um ponto em comum entre as duas teorias e que a escrita e um sistema representativo da realidade no qual se inicia muito antes do ingresso da criança na escola (OLIVEIRA, 1997).

O desenvolvimento da escrita no indivíduo na concepção teórica de Vygotsky (OLIVEIRA, 1997), diz que além dessas associações simbólicas com a realidade, a escrita se fundamenta muito antes da criança entrar na escola, sendo necessário que aprofundemos os estudos acerca desse desenvolvimento que precede a idade escolar o que para ele é “a pré-história da linguagem escrita”. Por esta perspectiva podemos elencar aspectos significantes entre escrita e desenho, no qual precedem a idade escolar, não que o grafismo seja um pressuposto para que a criança saiba e consiga escrever, e entender que são duas formas distintas de sistemas gráficos com ideia de comunicar se com o outro, caminhado juntas.

A concepção nos estudos da psicogênese da língua escrita por Ferreiro mostra que a mesma perpassa por níveis, que se subdividem em categorias, sendo o estudo da origem das representações mentais na psique humana, abordando como nasce e se desenvolve o conhecimento nas estruturas mentais de ser humano juntamente com a interação com o meio.

Para compreender a concepção do processo de aquisição do sistema de representação da escrita, e preciso que a criança seja vista como o centro, o sujeito e autor pelo seu conhecimento, um ser que aprende paulatinamente através de suas interações e ações com o mundo, construindo categorias próprias do pensamento ao mesmo tempo que o organiza (FERREIRO E TEBEROSKY, 1999).

Quando a criança pensa em escrever procura reproduzir algo que reflita as diferenças na linguagem oral, logo depois que consegue fazer a distinção entre linguagem oral e escrita aparecem outras preocupações, como distinguir tamanho, quantidade, forma e outras características e outras formas que assemelhem a escrita ao objeto real.

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Outro enfoque na teoria de Ferreiro (1999) e que o “erro” que a criança comete na tentativa da representação gráfica e visto de maneira construtivista, quando a criança erra, e pode estruturar em seu pensamento, associar e reconstruí novos sistemas interpretativos evidenciando um processo de construção de sua aprendizagem.

Para Pillar (2012) o desenho e a escrita seguem pontos distintos de evolução constituindo cinco grandes períodos comuns em sua construção dos sistemas gráficos. Seria o primeiro nascimento entre os dois sistemas, a distinção entre o que icônico e não icônico, a construção da diferenciação das formas, construção, coordenação e distinção entre os elementos e as relações de ambos, e aperfeiçoar os dos sistemas pictóricos e gráficos.

No início da interpretação de sua escrita a criança pode utilizar dos desenhos como sinais que representem seu próprio nome. Ao longo do desenvolvimento e interação, a criança começar a perceber que o há uma diferenciação entre os dois sistemas de representação, no qual a escrita representa o nome do objeto desenhado.

NIVEIS DA EVOLUÇÃO DA PSICOGENESE DA LINGUA ESCRITA

A escrita pode ser entendida como uma representação da linguagem ou como um código de transcrição gráfica das unidades sonoras. O ato de escrever perpassa por evoluções o que Ferreiro distingue em níveis, os níveis analisados nesta pesquisa são:

- Nível 1 distinguido por traços básicos que a criança realiza tentando

reproduzir a forma básica da escrita de imprensa, aonde a intenção da criança conta nos resultados obtidos. Pode aparecer tentativas de correspondências entre figura e a escrita do objeto. O escritor espera que a escrita dos nomes devam ser proporcionais ao tamanho. Nesta fase faz uso dos mesmos sinais gráficos, letras convencionais ou outros símbolos para escrever o que deseja (Figuras 12 e 13).

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FIG. 12 Kauan, escrita pré silábica com Grafismo primitivos.

Hipótese da escrita para as palavras:

Bola Boneca Patinete Pá O menino ganhou uma bola.

FIG. 13 Ana Clara, escrita uni

gráfica Com grafismo da figura

humana. Hipótese da escrita para as palavras: Bola Boneca Patinete Pá O menino ganhou uma bola.

- Nível 2 a centralidade está em atribuir significados distintos, há uma

diferenciação mais evidente neste processo gráfico, aproximando das formas das letras habituais. (Figuras 14 e 15)

FIG. 14 Samuel uso de letras do próprio nome. FIG. 15 Ismael uso de signos linguísticos. Hipótese da escrita para as palavras: Bola, Boneca, Patinete, Pá, O menino ganhou uma bola.

- Nível 3 marcado pela busca de dar significados ao valor sonoro a cada uma

das letras que constitui o que está tentando escrever. Passando por um momento evidente da evolução, constituindo cada letra vale por uma silaba. O que e

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denominada por Ferreiro (1999) de “Hipótese Silábica”, na qual pode aparecer tanto numa escrita distantes do formato convencional das letras. (Figuras 16 e 17)

FIG. 16 Sarah hipótese da escrita para as palavras FIG. 17 Gabriel hipótese da escrita para as palavras: bola, boneca, patinete, pá, o menino ganhou uma bola.

As figuras 05 e 12 são da mesma criança, no entanto nos dois casos é visível que a criança se encontra aquém dos níveis de desenvolvimento, apresentando dificuldades no processo de aprendizagem.

As figuras 7 e 14 são do mesmo aluno, no qual o mesmo já se encontra na fase pré operatória, quando o seu grafismo encontra-se na fase ordenada de acordo com Piaget (1999) aonde o pensamento, iniciando o processo de entendimento entre figura e realidade, quanto a suas hipóteses da produção da escrita. Apesar de fazer uso do grafismo para indicar a frase o menino ganhou a bola, utilizou se de estratégias linguísticas para construir sua hipótese da escrita, com as letras do seu pré nome.

Evidenciamos ainda que os desenhos se mostrem mais evoluídos em relação à escrita, abrindo uma precedência do desenho sob a escrita. Apesar das estruturas entre os dois sistemas serem diferentes, as crianças perpassam por períodos semelhantes na aquisição dos dois. Mas que primeiramente percorrem pelos processos mentais do desenho para então percorrer para a escrita. Embora mostrem períodos semelhantes há momentos do desenho e da escrita distintos de interação entre ambos.

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Existe uma interação estritamente ligada entre desenho e aquisição da escrita durante o processo de construção ente ambos, aonde essa interação são desenvolvidas concomitantes na sala de aula. Percebendo se ainda que as crianças pré silábicas podem estar no nível do realismo fortuito, da incapacidade sintética.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente artigo foi elaborado buscando um pouco mais de entendimento nesses dois aspectos importantes da evolução da humanidade, no qual a escrita é algo fundamental para a comunicação humana e o grafismo algo tão natural da criança, que desde pequena sente a necessidade de se mostrar ao outro.

Ao longo dos estudos bibliográficos feitos, em busca do entendimento e estabelecimento da relação entre o grafismo e a escrita, podemos distinguir que ambos são códigos que realizamos ao longo de nossa evolução humana com intenção de nos comunicarmos ou por sentirmos necessidade em deixar nossa história registrada no mundo.

Para Pillar (2012) o desenho e a escrita são “sistemas de representação”, no qual Piaget descreve que a representação é um apontamento do desenvolvimento cognitivo das crianças, tendo dois sentidos diferentes: uma ampla inteligência que se fundamenta num sistema de conceitos que chega a confundir-se com o pensamento, e outro restrito, no qual a imagem se reduz às lembranças mentais (1982, apud, PILLAR, 2012)

Os dois sistemas perpassam por níveis ou etapas evolutivas, interdependentes, porém correlacionados, a criança em um nível de desenho mais avançado irá ter menos implicações para a aquisição de sua escrita, quando ela consegue realizar a diferenciação entre a grafia pictórica e a gráfica caligráfica.

Durante o estudo foi possível mergulhar e aprofundar os conhecimentos a cerca do tema: o grafismo e a relação entre a alfabetização que, apesar de serem sistemas representativos distintos percorrem lado a lado durante suas evoluções.

Com o desenvolvimento gradativo do grafismo podemos evidenciar o progresso na aquisição da escrita, partir dos estudos bibliográficos e da análise de um pequeno grupo de desenhos infantis e hipóteses com relação a escrita, podemos elencar uma estreita relação entre esses dois processos, com interações e entre a construção dos sistemas, visto que a criança consegue construir seu sistema gráfico

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(escrita), quando se encontra no nível mais avançado do seu grafismo. As crianças que estão mais avançados nos seus desenhos suscetivelmente também o estão em relação à escrita.

Visto que mesmo o grafismo sendo algo tão primordial e natural do desenvolvimento infantil ele ainda não é considerado pelo professor como um instrumento valioso, no qual poderá através e por meio dele conhecer e distinguir em que fase de desenvolvimento infantil o aluno se encontra. Infelizmente ainda é muito trabalhado como uma pratica de “tapa buraco”, no qual o professor não tem a percepção da importância do desenvolvimento do grafismo e suas contribuições significativas para o processo da aquisição da escrita, e que através do desenho a criança exprime suas experiências, carências e etc.

É preciso uma mudança de concepção por parte do professor, visto que atualmente a prática educativa deve proporcionar aos educandos uma formação crítica, questionadora no qual ele faz parte do seu processo de aprendizagem de maneira significativa.

E preciso pensar no desenho como sistema de representação que antecede os níveis de construção de hipóteses da escrita, e que há algumas interações e influencias entre esses dois sistemas. A prática pedagógica deva oportunizar à criança o ensino da arte que possibilite a interação conjunta entre desenho e escrita, com vista ao seu pleno desenvolvimento.

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AGRADECIMENTOS

Estou muito feliz por concluir mas essa etapa em minha vida, alguns motivos, me forçaram a interromper minha graduação, mas creio que tudo tem o tempo correto. No entanto, a paixão por ser professora me motivou a retomar. E logo poderei dizer que serei uma pedagoga, habilitada, sonho se tornando realidade.

Não foi fácil, mas nunca estive só em minha caminhada, quero agradecer a DEUS, por estar sempre em meu lado nos momentos mais difíceis. E aos anjos que ele tão sublime colocou em minha vida. Mãe Pai muito obrigado, por nunca me deixar caminhar por percursos duvidosos por sempre me ensinar a caminho do bem, essa vitória e tão minha quanto dos senhores obrigada.

Agradeço a você Alisson por todo amor e carinho, paciência que esses últimos meses não foram fáceis, mas esteve sempre ao meu lado, obrigada, essa vitória e sua também.

E quero agradecer a todos os meus amigos e familiares que direta ou indiretamente me apoiaram, pois que tem amigos nunca está só, posso me sentir abençoada por tê-los em minha vida. Não citarei o nomes para não se injusta com ninguém e por que não teria espaço, mas peço que todos se sintam agradecidos.

Quero agradecer a todos professores que passaram por minha vida acadêmica, e dizer que todos contribuíram para esse momento, mas claro que em especial a minha orientadora Edlamar Maria De Fátima Clauss, por ser uma excelente professora o meu muito obrigada, por me ensinar questões que vai além do acadêmico, quero dizer que es uma brilhante professora, mesmo com um tempo escasso por conta de inúmeras tarefas docentes sempre me atendeu e tirou minhas dúvidas, com dedicação.

Não poderia esquecer de agradecer a coordenadora do curso de pedagogia a professora Marlene Monteiro, que neste início de semestre quando resolvi retomar com minha graduação, me foi solicita, resolvendo minha vida acadêmica com muito esmero.

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E ao Lucas Henrique um dos incentivadores do estudo deste tema, que com apenas dois anos e meio, me mostrou através de uma fala como o desenho e importante para o desenvolvimento infantil. Desenhou e pintou a casa inteira e depois disse a sua mãe:

“Pronto mãe Jana, já terminei agora a casa ficou mais bonita que eu virei pintor.” Do seu jeitinho me mostrou o quanto o desenho e uma forma de escrita da criança.

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REFERÊNCIAS

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CROTTI MAGN, Evi e Alberto. Garatujas rabiscos e desenhos a linguagem

secreta das crianças. (s.l) Editora Isis Ltda. 2011.

DISTRITO FEDERAL (DF). Secretaria de Educação – Currículo em Movimento – Primeiro Ciclo – Educação Infantil: Versão Para Validação Fevereiro 2013.

FERREIRO, Emilia e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999.

_________, Emília. Alfabetização em processo. Tradução Sara Cunha Lima, Maria do Nascimento Paro. 20. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

GREIG, Philippe. A criança e seu desenho: o nascimento da arte e da escrita. Porto alegre: Artmed, 2004.

MEREDIEU, Florence. O desenho infantil. 11ª ed. São Paulo: Cultrix, 2006.

PIAGET, Jean. Seis estudos de psicologia. 24. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1999.

PILLAR, Ana Alice Dutra. Desenho e escrita como sistemas de representação. 2 ed. ver. ampl. Porto Alegre: Penso, 2012.

OLIVEIRA, Martha Kohl. Vygostky: Aprendizado e Desenvolvimento Um Processo Sócio Histórico. SP.: Editora Scipione, 1997.

OSINSKI, Dulce. Arte, História e Ensino – Uma Trajetória. São Paulo: Editora Cortez, 2001.

RABELLO, Nancy. O desenho infantil: entenda como a criança se comunica por meio de traços e cores. Rio de Janeiro: Wak Editora 2013.

READ, Herbert. Educação pela arte. Lisboa, edições 70, 1982.

SANS, Paulo Tarso Cheida. Pedagogia do desenho infantil. 3ª ed. Campinas: Editora Alínea, 2009.

WIDLÖCHER, Daniel. Interpretação dos desenhos infantis. RJ: Editora Vozes, 1971.

Referências

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