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A vida frutífera. Estudo 2 - O fruto do Espírito é benignidade. [ Gl ]

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Academic year: 2021

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-A vida frutífera

Estudo 2 - O fruto do Espírito é benignidade

[ Gl 5.16-26 ]

Uma das mais belas criações musicais que o mundo já conheceu é a “Sonata ao Luar” de Beethoven. É uma interpretação magistral da glória indizível de uma noite ao luar. Ela foi criada porque o compositor queria dar algo de si mesmo e de seu talento para uma garota cega. A menina não podia ver a beleza da noite iluminada. Ela não podia ver o brilho prateado sobre as árvores, os arbustos e a grama. Assim, Beethoven comunica através da melodia o que ela não podia ver. Por causa de seu ato de bondade, o mundo foi enriquecido com a bela apresentação escrita por Beethoven.1 É apenas uma das muitas evidências da bondade presente em nosso mundo, e o valor duradouro da bondade em nossa sociedade.

“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gl 5.22–23) – A Bíblia na versão Nova Tradução na Linguagem de Hoje interpreta a quinta virtude do fruto do Espírito “benignidade” por “delicadeza”. Mas a palavra grega Christatos é melhor traduzida por “benignidade”.2 Benignidade e bondade são tão intimamente relacionadas que, com frequência, utiliza-se uma no lugar da outra. Elas indicam um desejo ativo de reconhecer e satisfazer as necessidades dos outros. Por causa da relação próxima entre elas, vamos considerá-las juntas neste estudo.

Benignidade é a disposição interna, criada pelo Espírito Santo, que faz que sejamos sensíveis às necessidades de outros, física, emocional ou espiritual. Bondade é benignidade em ação. Palavras e ações.3 Bondade é benignidade em ação, como Deus demonstrou para com os homens. Uma vez que Deus é bondoso para com os pecadores (cf. Rm 2.4; Ef 2.7) um cristão deve exibir a mesma virtude (cf. 2Co 6.6; Cl 3.12).4

I. A Bondade de Deus

Precisamos constantemente lembrar-nos de que nossa meta de produzir frutos é crescer tanto em nossa devoção a Deus quanto em nossa semelhança a Ele em caráter e conduta.5 A Bíblia tem muito a dizer sobre a benignidade de Deus.

1 Jeremiah, D. (1995). Fruit of the spirit: Study guide (p. 60). Nashville, TN: Thomas Nelson Publishers.

2 Chrestotes (χρηστότης, em grego) denota “bondade”: (a) no sentido do que é reto, justo (Rm 3.12. (b) No sentido de bondade de coração ou ato (Rm 2.4, 11.22 (três vezes); Ef 2.7; Tt 3.4; 2Co 6.6; Cl 3.12; Gl 5.22 (gentileza). Vine, W. E., Unger, M. F., & White, W., Jr. (1996). Vine’s Complete Expository Dictionary of Old and New Testament Words. Nashville, TN: T. Nelson.

3 BRIDGES, Jerry. A vida frutífera. O transbordamento do amor de Deus por seu intermédio. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2010, p. 95.

4 Campbell, D. K. (1985). Galatians. In J. F. Walvoord & R. B. Zuck (Orgs.), The Bible Knowledge Commentary: An Exposition of the Scriptures (Vol. 2, p. 608–609). Wheaton, IL: Victor Books. 5

Bridges, J. (2006). The Fruitful Life: The Overflow of God’s Love Through You (p. 118). Colorado Springs, CO: NavPress.

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-1. Visto em Sua Criação

A bondade de Deus se expressa no mundo de várias maneiras. Por exemplo, a bondade de Deus é expressa em Sua criação. No Salmo 85 está escrito: “Também o SENHOR dará o que é bom, e a nossa terra produzirá o seu fruto” (Sl 85.12). De acordo com o salmista, o próprio fato das estações e a terra que dá o fruto é uma prova da bondade de Deus. Todas as leis da natureza são simplesmente a indicação da bondade de Deus.

O Salmista declarou: “Se lhes dás, eles o recolhem; se abres a mão, eles se fartam de bens” (Sl 104.28). A bondade de Deus é vista em Sua criação. Em todo lugar, vemos a manifestação de um Pai bondoso (Sl 19.1-3).

2. Visto em Seu cuidado

Deus se preocupa com o mundo que Ele criou. Há uma filosofia de que Deus criou o mundo e se afastou para deixá-lo a sua própria sorte. Mas a Escritura ensina que Deus está envolvido no processo. Por Ele, não só foram criadas todas as coisas, mas por Ele todas as coisas subsistem. Deus está envolvido no cuidado contínuo do mundo que Ele criou. No Salmo 145, está escrito:

“Meu Deus e meu Rei, eu anunciarei a tua grandeza e sempre serei grato a ti. Todos os dias te darei graças e sempre te louvarei. O SENHOR Deus é grande e merece receber altos louvores. Quem pode compreender a sua grandeza? Ó Deus, cada geração anunciará à seguinte as coisas que tens feito, e todos louvarão os teus atos poderosos. Eles falarão da tua glória e da tua majestade, e eu meditarei nas coisas maravilhosas que fazes. Falarão dos teus atos poderosos, e eu anunciarei a tua grandeza. Falarão da tua imensa bondade e cantarão com alegria a respeito da tua fidelidade” (Sl 145.1-7).

O Salmista fala sobre a necessidade de se contemplar a maneira como Deus lida com o mundo, não apenas na natureza, mas na história, bem como, examinar as evidências da bondade de Deus no mundo que Ele criou.

No Novo Testamento, descobrimos a bondade de Deus se refletindo até mesmo na vida dos ímpios e dos piedosos, sobre aqueles que são ingratos e maus e sobre aqueles que são gentis e bons. Mesmo a pessoa ímpia que ostenta a sua independência em face de Deus, experimenta a bondade do Altíssimo. Se por um momento, a bondade de Deus fosse retirada do mundo, os ímpios entenderiam imediatamente a primazia do nosso Deus (Mt 5.45).6

3. Visto em Sua compaixão

A bondade de Deus é vista em Sua compaixão para com aqueles que estão perdidos. O apóstolo Paulo declara em Romanos: “Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?” (Rm 2.4). Qual foi o maior ato de bondade que o mundo já conheceu? A bondade mostrada a este mundo por Deus, o Pai, quando Ele deu ao mundo

6 Jeremiah, D. (1995). Fruit of the spirit: Study guide (p. 61). Nashville, TN: Thomas Nelson Publishers.

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-Jesus Cristo, Seu Filho. Por esse ato de bondade Ele tornou possível conduzir muitos filhos à glória na redenção.

O Antigo Testamento descreve o caráter de Deus. O Novo Testamento ilustra-o na pessoa de Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo. Quando Jesus estava andando sobre a terra, as pessoas perguntaram-lhe: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (Jo 14.9). Jesus estava dizendo: “Se você quer saber quem é Deus, então olhe para mim, eu sou Deus”.

No primeiro capítulo de Hebreus, o escritor diz:

“Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas, tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles”(Hb 1.1-3).

Em outras palavras, Jesus Cristo é a última palavra de Deus. Jesus Cristo é o Deus visível. Quando estudamos o fruto do Espírito, estamos pintando um quadro de Jesus Cristo. Ao estudar a vida de Cristo nos evangelhos, vemos uma vida cheia do Espírito.

A bondade é uma qualidade expressa na vida e no ministério de Jesus. Ele foi capaz de alimentar 5.000 pessoas famintas no milagre da multiplicação de pães e peixes. Vemos a Sua bondade ao curar uma mulher no dia de sábado, apesar da pressão dos fariseus. Como declarou o apóstolo Pedro na casa de Cornélio, o centurião: “como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (At 10.38).

II. O mundo precisa de bondade

“Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé” (Gl 6.10).

A qualidade da bondade de uma vida cheia do Espírito Santo é desesperadamente necessária em nosso mundo hoje. Como cristãos, podemos ficar escandalizados com o egoísmo do mundo em que vivemos.

Embora precisemos observar a prioridade de Paulo em Gálatas 6 para “os da família da fé”, não podemos negligenciar o “todos” mencionado no mesmo versículo. Porque as oportunidades para fazer o bem são ilimitadas, é preciso ser sensível ao Espírito Santo de Deus.

A verdadeira bondade é auto-sacrifício, não apenas de dinheiro, mas também de tempo. Como os cristãos macedônios “que doaram, além da sua capacidade” (2Co 8.3).

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-Estaremos sempre ocupados demais para ajudar os outros a não ser que realmente compreendemos a importância que Deus coloca em fazermos boas obras.

Uma das necessidades menos óbvias, porém crítica e que muitas pessoas têm é de alguém para ouvi-las. Elas não precisam de nosso conselho, tanto quanto de nossa atenção. Uma das declarações mais melancólicos da Bíblia é o grito de Davi no Salmo 142: “Olha à minha direita e vê, pois não há quem me reconheça, nenhum lugar de refúgio, ninguém que por mim se interesse” (Sl 142.4). Você conhece alguém que possivelmente se sente assim? Então, você tem uma bela oportunidade de fazer o bem para essa pessoa, dizendo: “Eu só quero que você saiba que eu me importo”.

Entretanto, a verdadeira bondade não é apenas auto-sacrifício, mas também é incansável. “Não nos cansemos de fazer o bem” (Gl 6.9). Uma coisa é fazer o bem para alguns, ou até mesmo para vários, em casos isolados; outra bem diferente é enfrentar alegremente a perspectiva de fazer algum ato particular de bondade dia a dia por um período interminável de tempo, particularmente se essas ações não são bem aceitas por aqueles que as recebem. Mas a verdadeira bondade não olha para os resultados de suas ações ou recompensa. Ele olha somente a Deus e Sua aprovação.

Talvez uma das declarações mais preocupantes na Bíblia seja encontrada em Hebreus: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Não é a minha profissão, mas a minha santidade que comprova a validade da minha experiência cristã e minha posse da vida eterna. Mas o relato do dia do julgamento registrado em Mateus 25 é muito preocupante. Lá, o teste são as boas ações: alimentar os famintos, dar água aos sedentos, vestir os necessitados, mostrar hospitalidade ao estrangeiro, atender aos doentes e visitar os presos.7 Jesus não está ensinando que a salvação seja resultado das boas obras, mas que elas são necessárias e evidências vitais de que estamos ligados ao céu (Ap 14.13).

Deste modo, sem santidade, ninguém verá o Senhor. A essência de Mateus 25.31-46 é que, sem a bondade, ninguém verá o Senhor. Ambos os pensamentos são bem sensatos para o que leva com seriedade as palavras da Escritura.

III. O seu mundo precisa de bondade

O mundo precisa de benignidade. Mas vamos restringir o escopo ainda mais. O seu mundo precisa de gentileza. Sua casa precisa de bondade. Onde as pessoas vivem em grande proximidade, a bondade, às vezes se perde.

Observe a declaração do apóstolo Paulo aos Gálatas: “Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé” (Gl 6.10). Nossas boas ações devem espalhar-se por todos, cristãos e não cristãos. Temos que seguir o exemplo de nosso Pai celeste que “faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mt 5.45).

Destarte, devemos fazer o bem a todas as pessoas, especialmente aos membros de nossa própria família. Paulo falou a Timóteo: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente” (1Tm 5.8). No Novo Testamento a igreja se reunia em casa. Quando Paulo diz as Efésios: “Antes,

7 Bridges, J. (2006). The Fruitful Life: The Overflow of God’s Love Through You (p. 126). Colorado Springs, CO: NavPress.

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-sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou” é também dirigido ao lar (Ef 4.32).

Boas ações devem começar em casa. Se fizermos boas ações para os outros enquanto negligenciamos as necessidades de nosso cônjuge, pais ou filhos, não estamos praticando a graça da bondade.8 O fruto do Espírito é testado em um laboratório que chamamos de família.9 Se você conseguir trabalhar lá, poderá trabalhar em qualquer lugar na face da terra.

Conclusão:

A concluir este estudo, gostaria que você considerasse os seus dons e talentos como uma responsabilidade especial de Deus para servi-Lo, servindo aos outros. Como escreveu o apóstolo Pedro: “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1Pe 4.10). Lembre-se que você não é responsável por fazer todo o bem que precisa ser feito no mundo, mas para fazer o que Deus planejou para você.

Não espere apenas por circunstâncias extraordinárias para ajudar alguém, como a oportunidade de retirar uma vítima de um automóvel em chamas. Todos têm a oportunidade para administrar a palavra amável ou encorajadora – para fazer a pequena, talvez despercebida, obra capaz de tornar a vida de outra pessoa mais agradável. Que as pessoas possam dizer ao seu respeito o que reconheceram na vida de Dorcas: “Havia em Jope uma discípula por nome Tabita, nome este que, traduzido, quer dizer Dorcas; era ela notável pelas boas obras e esmolas que fazia” (At 9.36).

Dizem que John Wesley era um homem muito gentil. Mesmo tendo que ser forte para defender a fé, mesmo tendo que ser um fogo flamejante no púlpito, ele era um homem amável. A regra da vida de Wesley era: “Faça todo o bem que você puder, com todos os recursos que você puder, por todos os meios que você puder, em todos os lugares que você puder, em todos os tempos que você puder, para todas as pessoas que você puder, sempre e quando você puder”.

Como você acha que Deus se sente quando tratamos de maneira cruel os outros? O que as pessoas dizem ao seu respeito? O que a sua família diz sobre você?

Leia Mateus 5.45 e responda: O que aconteceria com o mundo se Deus retirasse Sua bondade?

Leia Tito 3.4- e responda: Como se manifestou a bondade de Deus?

8 Bridges, J. (2006). The Fruitful Life: The Overflow of God’s Love Through You (p. 122–123). Colorado Springs, CO: NavPress.

9 Jeremiah, D. (1995). Fruit of the spirit: Study guide (p. 64). Nashville, TN: Thomas Nelson Publishers.

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