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CARACTERIZAÇÃO FllCO-HI1DRICA DO SOLO. II UNIDADE UTINGA (Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico) 1

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CARACTERIZAÇÃO FllCO-HI1DRICA DO SOLO. II UNIDADE UTINGA (Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico) 1

LUIZ BEZERRA DE OLIVEIRA 2 e VALDEMIR DE ME LO 3

RESUMO . Foram estudados 17 perfis de solo, portencentes à Unidade de Utinga, constituída por so-los classificados pelo Serviço Nacional de Levantamento e Conservação do Solo, da EMBRAPA (SNLCS). como "Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico" (LVd1). Estes ocorrem, nas Zonas Lito.-al e Mata, dos Estados de Alagoas e Pernambuco, numa área de, aproximadamente, 2.180 quilômetros quadrados, com uma distribuiçâo do 81%, no primeiro e 19%, no segundo. As amostras de solo com es-trutura não deformada, foram coletadas utilizando-se o extrator de soros de UHLAND (1949), após a descrição do perfil feita segundo as normas do DEPARTAMENT OF AGRICULTURE (1951), e de LEMOS et ai (1967). Tabelas a Figuras fornecem as características físicas e hídricas necessárias aos es-tudos de irrigação e manojo do solo, e dados químicos e fisíco-quimicos dos perfis estudados. Pela in-terpretação dos resultados, verificou-se que os solos da Unidade Utinga, fisicamente, são: profundos, porosos, da textura preponderantomente média na superfície, e argilosa em profundidade, de díwoni-bilidade de água, média, de permeodíwoni-bilidade média a afta na superfície, e média,em profundidad.. Qui-micamente, possuem baixa capacidade de troca de cátions, acidez elevada, e têm necessidade de cala-9am.

Termos para indexaçáb: física do solo, parâmetros, físico e hídrico, Latossolo Vermelho-Amarelo

(Oxisol).

INTRODUÇÃO

Para dar continuidade ao plano de pesquisa do primeiro autor, "Caracterização físico-hídrica dos solos do Nordeste", foi escolhida a Unidade Uda-ga por ser formada por solos classificados como "Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico".

A escolha dessa Unidade para o segundo traba-lho da série foi motivada pelos seguintes fatos:

a. Pertencer a outra classe taxonómica a ser for-mada pelo mesmo material de origem da Unidade Itapirema;

L Estar localizada em áreas próximas aos

cen-tros de consumo de Recife e Maceió;

- Aceito para publicação em 26 de Julho do 1978. Trabalho realizado no Serviço Nacional de Levanta-mento e Conservação de Solos da EMBRAPA (SNLCS) com a colaboração do Conselho Nacional de Pesquisas e da Divisão de Agrologia da SUDENE. Apresentado no XIII Congresso Brasileiro de Ciências do solo, reali-zado em Vitória do Espírito Santo, em-julho de 1971. 2 Pesquisador da EMBRAPA, Chefe da UEPAE do

Itapi-rema e Ex-Chefe do Pesquisado CNPq, km 53-BA-101, 55.900- Goiana, PE.

En90 Agronómo, da ELECTROCONSULT do Brasil

Ltda., Rua Dr. Manoel da Costa, 323, 50000 - Recife, PE.

c. Ser bastante utilizada com culturas de subsis-tência e cana-de-açúcar;

d Apresentar condições altamente favoráveis à implantação de uma agropecuária desenvolvida.

Os objetivos principais dessa pesquisa foram:

a- Caracterizar sob o ponto de vista físico-hídri-co os solos da Unidade, através de trabalhos de campo e laboratório;

b. Estabelecer dados básicos para estudos e pla-nejamentos agrícola e pastoril das áreas onde esses solos ocorrem;

c- Obter dados para definição do uso e poten-cialidade agrícola visando a melhor orientação das atividades agropecuárias e para estudos de cor-relação entre constantes físicas e hídricas.

MATERIAL E MÉTODOS

Segundo dados fornecidos pela Coordenadoria do Convênio SUDENE/DRN/AG-Ministério da A-gricultura/EPFS e, também, através de estudos morfológicos, físicos e químicos realizados pelos

autores em 17 perfis de solo, a Unidade Utinga é

assim caracterizada: Conceito da Unidade

Compreende solos com horizonte B latossólico, profundos, bem drenados, derivados de sedimentos da Formação Barreiras, ácidos a muito ácidos, bai-xa capacidade de saturação de cátions, fertilidade

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natural baixa, horizonte A não antropogênico, tex-tura média na superfície e argilosa em profundida-de.

Variaç3eu da Unidade

Morfologicamente, os solos da Unidade apresen-tam três variações, quando comparados tomando--se como base a textura do horizonte superficial. Essas variações são as seguintes:

Utinga franco-arenoso: Constituída de perfis profundos e com seqüência de horizonte A, B e C. O horizonte A possui espessura de 16 a 30 cm, bem desenvolvido, coloração que varia de bruno-acinzentado a bruno-bruno-acinzentado-escuro, no matiz 10YR, textura franco-arenosa, estrutura granular variando de fraca a moderada e de pequena a mé- dia. A consistência é friável e ligeiramente firnie quando iSinido, ligeiramente plástico e plástico quando molhado. O horizonte B apresenta colora-ção aniarelo-brunado no matiz 10YR podendo ocorrer o bruno-amarelado, textura argilo-arenosa a argilosa, estrutura maciça porosa itt situ, com tendência a muito fraca a fraca, pequena e média, blocos subangulares. A consistência é friávçf a mui-to friável quando úmido, plástico a pegajoso quan-do molhaquan-do. Está representada pelos perfis: quatro, doze, quinze e 16.

Utinga franco-argilo-arenoso: constituída de perfis profundos, bem drenados, com seqüência de horizontes A, B e C subdivididos em Ap, AS, Dl e B2, sendo a transição entre estes, gradual. O hori-zonte A tem espessura que varia de 14 a 39 cm, co-loração bruno-acinzentada muito escura no matiz 10YR, textura franco-argilo-arenosa, estrutura fra-ca a moderada, pequena e média granular. A con-sistência é friável e ligeiramente firme quando úmi-do, ligeiramente plástico a plástico quando molha-do. O sub-horizontà AS possue cor bruno-amarela-da, textura média a argilosa, estrutura fraca a mo-derada, pequena e média granular e pequena a mé-dia, blocos subangulares, consistência idêntica ao Ap. O horizonte B é muito espesso e compreende um Bi, B2 eB3. O B2 é de coloração amarelo-bruna-da, textura argilosa, estrutura com aspecto maçiço poroso insitu, comtendência afraca pequena, blocos subangulares e consistência muito fiável a fiável quando úmido, plástico e pegajoso quando molhado. Está representada pelos perfis: uru, três, cinco, oito, nove, dez, doze, treze, quatorze, 17, 18 e 19. Pesq. agropec. bras., Brasília, 13 (N? 3): 67-81, 1978

Utinga argilo-arenoso: Esta variação ocorre em menor proporção que as outras. Os solos possuem seqüência de horizontes A, De C e profundidade ge-ralmente, superior a quatros metros. O horizonte A tem espessura de 29 cm, coloração bruno-acinzen-tada, no matiz 10YR, textura argilo-arenosa, estru-tura moderada, média granular e consistência friá-vel quando úmido, ligeiramente plásticoe pegajoso quando molhado.

O horizonte B, de coloração amarelo-brunada no matiz 10YR, textura argilosa e estrutura maciça porosa in situ, possue as mesmas características apresentadas pelos solos de variação anterior. Está representada pelo perfil sete.

Distribulço geográf ice

Ocorre na faixa sedimentar do Terciário, nas Zonas do Litoral e Mata dos Estados de Alagoas e Pernambuco, por vezes associada com a Unidade Itapirema e também com o Podzol hidromórfico. No Estado de Pernambuco ocorre nos seguintes municípios: Paudalho, lgarassu, Paulista, São Lou-renço da Mata e Nazaré da Mata. Em Alagoas, nos municípios de: Atalaia, Boca da Mata, Bana de Santo Antonio, CoqueiroSeco, Maceió, Marechal Deodoro, Matriz de Camaragibe, Passo de Camara-gibe, Pilar, Rio Largo, Santa Luzia do Norte, São

Luis do Quitunde e São Miguel dos Campos. Abrange uma árça de, aproximadamente, 2.180 quilômetros quadrados, sendo 1.762 em Alagoas e 418 em Pernambuco

Material de Origem -

Os solos da Unidade são formados a partir de sedimentos argilo-arenosos da Formação Barreiras, em geral de estratificação horizontal.

Relevo e Altitude

Plano ou com suaves ondulações, constituindo os platôs costeiros, geralmente denominados de "tabuleiros", dissecados por vales estreitos em for-ma de V ou de fundo chato. A altitude varia de 30 até 180 metros, com domin&ncia da faixa entre 50 a 100 metros.

Vegetaç3o

Remanescentes de floresta tropical sempre-ver-de úmida restrita a áreas sempre-ver-de precipitação mais ele-vada.

Floresta tropical semi-sempre-verde, em menor ocorrênCia, devido à devastação intensa que se pro-

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CARACTERIZAÇÃO FísIco-HIbRIcA DO SOLO 69

cessou na região.

Formações florestais secundárias (capoeiras di-versas), predominando na área sob as formas de ca-poeiras em formação, até matas secundárias.

Campos antrópicos (secundÁrios) com pequena ocorrência e constituídos, na sua maior parte, por gramíneas.

Clima•

Aplicando-se a classificação climática de Kõppen, verifica-se haver o predomínio do tipo As', ou seja, quente e úmido com chuvas de outo-no e inverno. As precipitações médias anuais va-riam de 1.100 a 1.700 milímetros com urna esta-ção seca em torno de seis meses.

As temperaturas oscilam pouco durante o ano e apresentam valores médios anuais entre 23,8 a

26,0°C.

Métodos de análise

Coleta de amostras. As amostras foram coleta-das com e sem estrutura deformada, segundo téc-nicas citadas na bibliografia apresentada.

Análise física (amostras com estrutura deforma-da):

a. Densidade aparente: Determinada em função do peso do solo seco a 105 0C contido no cilindro deUhland (OLIVEIRA 1961).

li. Coeficiente de permeabiidade: Obtido dire-tamente no bloco do solo contido no cilindro de Uhland, com aplicação de um gradiente hidráulico de 1 :3, duração de percolação de sete a oito horas e cálculo do valor Ie, pela aplicação da Lei de Darcy

(OLIVEIRA 1961).

c. Macro e microporosidade: Obtidas pelo méto-do da "mesa de tensão" segunméto-do LEAMER & SHAW (1941) e descrito por OLIVEIRA (1968).

Determinações feitas na terra fina seca ao ar: d. Densidade real: Método do picnômetro se- gundo o INSTITUTO DE QUÍMICA AGRÍCOLA

(1949).

e. Equivalente de umidade:Método da centrífu-ga, descrito por OLIVEIRA (1960).

£ Umidade a 15 atmosferas: Métõdo da mem-brana de tensão de Richards, segundo o SALI N ITY

LABORATORY STAPF (1946).

g. Análise granulométrica: Dispersão total: Mé-todo da pipeta com o emprego do "cilindro de Koettinge" modificado, e o hidróxido de sódio co-mo dispersante. Separação das frações segundo a

escala americana.

Dispersão natural: Método similar ao anterior com determinação da argila sem o uso de disper-sante.

h. Grau de floculação: Cálculo segundo a ex-pressão:

100- (% argila natural x 100) % argila total

i. Coeficiente de aeração: Calculado segundo a fórmula:

microporosidade % porosidade total %

j. Agua disponível: Calculada pela diferença en-tre a capacidade de campo e a umidade a 15 at-mosferas.

k. Capacidade máxima de água disponível no solo, calculada em função desta, e expressa em lâ-mina de água, dividido por 10 (mm de chuva), por espessura de horizonte e calculada pela expressão:

Ad.H/10, sendo H a espessura do horizonte ex-pressa em cm.

1. Capacidade de campo: Determinada pelo mé-todo direto conforme técnica descrita por OLI-VEIRA &MELO (1970).

m. Capacidade de infiltração: Método dos anéis duplos do Muntz, segundo técnica descrita por

OLIVEIRA (1963).

n. Curvas de umedecimento do solo: Método descrito por OLI VEIRA (1963).

o. Análises químicas: Métodos referenciados por OLIVEIRA et aI. (1968)e utilizados na Seção de Solos do IPEANE.

RESULTADOS

São apresentados: Dados químicos e suas varia-ções, de 17 perfis (Tabela 1). Níveis de fertilidade atual e suas variações dos sub-horizontes coletados, (Tabela 2). Valores de capacidade de campo e da dis-ponibilidade de água de oito perfis (Tabela 3).

Repre-sentação esquemática dos perfis analisados (Tabela 4). Diagramas físico-volumétricos com valores da água inativa, água disponível, macroporosidade, mi-croporosidade e porosidade total (Fig. 1 a 17). Cur-vas de umedecimento do solo de cinco perfis (Fig. 18

a 22). Gráficos da capacidade de infiltração de cinco perfis (Fig. 23 a 27). Gráficos da disponibilidade de água de seis perfis (Eig. 28 a 32).

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CARACTERIZAÇÃO nTsIco-HibRIcA DO SOLO 71

TABELA 2. Resultados das análises de fertilidade e suas vaiiaçôcs. Dados relativos às amostras superficiais de 17 perfis de solos da Unidade Utinga.

Fósforo Potássio Cálcio + Alum(nio Recomendaçb

Horizonte Magnésio pH para Cakário

pprn ppm m.eq11100cm3 m.eqJlOOcm3 Ton/ha

1-5 48- 110 1,6-5,4 0,1 -0,3 4,6-5,2 0,0-2,5

Superficial

Baixo Baixo-médio-alto Baixo-médio-alto

TABELA 3- Resultados da capacidade de campo, umidade a quinze atmosfera e água disponível expressas em % volu- me e da capacidade máxhna de água disponível, em mm de chuva, de oito perfis de solo da Unidade Utinga.

Horizonte Capacidade Umidade a 15 Água dispo- Cap. máxima de campo atmosferas n(vel âgua disponível Perfil

símbolo pref.cm %vol. % vol % vol. mm de chuva

PU -12 Ap O - 16 24,5 9,7 14,8 23,7 - franco A3 16 - 30 26,0 14,8 11,2 15,7 39,4 arenoso B1 30 - 53 31,8 19,2 12,6 29,0 68.4 53 -120 30.9 21,0 9,9 66,3 134,1 PU -15 Ap O - 18 20,1 10,1 10,6 19,1 - franco A3 18 - 30 22,1 12,3 10,4 12.5 31,6 arenoso B1 30 -112 30,2 20,6 9,6 78,7 110,3 B2 112 -120 30,0 19,7 10.3 8,2 118,5 PU-1 Ap O - 17 23,2 12,5 10,1 18,2 - franco A3 li - 33 23,1 15,8 1,3 11,7 29,9 argilo B1 33 - 80 27,8 21,3 6,5 30,6 60,5 arenoso B2 80 -120 29,8 19,7 10,1 40,4 100,9 PU-3 Ap O - 11 26,2 11,4 8,8 15,0 - franco A3 11 - 37 28,2 18,9 9,3 18,6 33,6 argilo B1 31 - 10 30,5 21,0 9,5 31,4 65,0 arenoso B2 10 -120 31,3 20,4 10,9 54,5 119,5 PU-5 Ap 0-11 23,1 11,6 11,5 19,6 - franco A3 17 - 31 23,2 12.5 10,5 14,7 34.3 argilo B1 31 - 62 26.3 21,0 5.3 31,1 65,4 arenoso B2 62 -120 28,5 21,7 6,8 39,4 104,8 PU-8 Ap O - 16 24,8 14,4 10,4 16,6 - franco A3 16 - 31 30,2 19,0 11,2 16,8 33,4 argilo 81 31 - 56 30,4 22,4 8,0 20,0 53,4 arenoso B2 56 -120 29,8 21,8 8,0 51,2 94,6 PU-13 Ap 0-21 22,4 11,0 11,4 23,9 - franco A3 21 - 38 23,8 13,9 9,9 16,8 40.7 argilo B 1 38 - 61 28,3 18,8 9.5 21,9 62,6 arenoso B2 61 -120 31,4 20,0 11,4 67,3 129,9 PU-7 Ap O - 16 29,4 17,9 11,5 18,4 - argilo A3 16 - 29 30,9 19,7 11,2 14,6 33,0 arenoso B1 29 - 41 32,8 22,0 10,8 11,2 50,2 B2 47 -120 32,8 23.3 9,5 69,4 119,6

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FIG. 1. Diagrama f(sico-volumdtrico do perfil n?12.

LOCAL PEEFI!. 4*4_ (EG• ALOOIA- NE,lçi dE*E OS SOLO IITIE4SA FE) OCO *440050

E CA44

°

1 451

OSEtEAlSI 105445*4

FIG. 2. Diagrama f(sico-volumdtriw do perfil n?4.

LOCAL 444550, 40.4*? EELOHO 5Z4Ttí,I.s,lç(Øo*E44. 000dSEAL SOLO. IJTPSGA F4)ECOA1500SO

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FIG. 1 Diagrama f(siw-volumétrico do perfil n?15.

LOC*4., PÇEÇIL 04 ls-F...44SEO F(Es*4D(S-40 IEIØ*4 — CAAL

no: VIlOSA YEAECO.A05005O

1

P004545415104. O-LA. * r T0iTIfr /Jd41M • :. 0 O Sã 4ô •ó 00 ló AO 00 '4E0*'T4Ee SE 04*4144

CARACTERIZAÇÃO FisIco-HÍDIUcA DO SOLO 73

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FIG. 4. Diagrama f(sico-voluStrico do perfil n 16.

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SOLO, UTII4ÇA FRAI4CO A111t0 ARENOSO LOCALI PERFIL 55). tsr PESALATO 5.5141* PssII.0.-P( SoLO: UTInA FRANCO*ROILOARES050 :

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LOCAL: PERFIL NII7.FAZ. 1. IAAZ -MU.idià ,. lis. MisIs-. solo: UrInA FIAICo-ARSII.O- ARENOSO

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FIO. 5. Diagrama físico-volumétrico do perfil n9 17

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FIG. 6. Diagrama físico-volumétrico do perfil nR 19.

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FIG. 7. Diagrama físico-volumétrico do perfil n9 13.

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PI544RIA$IN IR 705.050

FIG. 9. Diagrama físico-volumétrico do perfil 11%.

LOCAL: PERFL MOIA. FOI SUNAUÇOA-I4I.nIt(ø0 Pi5Ip.AL

0040: 57:50* FIA ISCO- AR55LOARtPI 050

5 -- • ___ - - R0001Isilo PL - I.R.A • :: : :: : - DAS RIRCIIT*SIR (5 VILOSO

FIO. 10. Diagrama fftico-volumdtrico do perfil n914

LOCIL; PERFIl. Sfl.EN4t PAU FERRORS.olcós S.L51 lIsA N°11-74 - - S0L0 UTOSIA FPAICO - ARSILO -AR050

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PIA0 55* *55*

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FIO. 11. Diagrama físico-volumétrico do perfil n'?2.

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PISEISIMIS IS RERCES4E ES RO.J-I

FIO. 8. Diagrama físico-volumétrico do perfil n?18.

1°esq. agropec. bras., Brasília, 13 (N?3):67-81, 1978

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FIO. 17. Diagréma físico-volumétrico do perfil n? 7.

LOCAL: 000011. 507.0007 Q*15Lfl00. as L0105AL flO; LITA ASL*-.0.

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CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-HÍDRICA DO SOLO 75

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30 - 30 a 50 00 70 50 50 :00

flSflIS*0I II 003.000

FIO. 14. Diagrama físico-volumétrico do perfil n?8.

i

LOCAL: 005FI. *5 Io-F.ã:o. SídI5005i.450AI30n 3ç.-AL SOLO: I)T1045A FIA 500 000ILO-Afl51050

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40 * d: -a 025 IA? ESCALA (0 co

FIG. 18. Umedecimento do solo do perfil n?15.

0 £0 30 40 50 00 70 00 50

0100101*EII0N 5050*0

FIO. 15. Diagrama físico-volumétrico do perfil n? 10.

toca.: 000015 - 0 (I tA4I00 Itt 1J00-00050 -

ao: UTINS* Fs00Ce-*n-0000 O 00 ' A. Se lo. 000 rt105fl101. ES 000*54

FIO. 16. Diagrama f(sico-volumétrico do perfil n? 1

LOCAL: 01005L 55 IS-LISO c*.*oÁ,. SIJSICI•0I0 ATALAIA 4L

5050: AbItA FSASCO-ASOILO-A4050SO

100*L*t

FIO. 19. Umedecimento do solo do perfil n? 13.

}°esq. agropee. bras., Brasilia, 13 (N? 3): 67-81. 1978

O —a — 025 *34 520 520

J

a."

(10)

TEMPO (MOIAS)

FIG. 24. Capacidade de infiltraç5o do perfil ? 13.

t

O E

20 00 50 50 40 20 O 20 AO 10 50 00 li ESCALA CM —

FIG. 21. Umedecimento do solo do perfil n?8.

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a

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LOCAL PElL øjS. FAZEMOS SILO .4OS1OMTrMUM FIOØMICCMM. O(0O0OAL LOCAL: PÉ_li MI 3- (MOI SCSALMO -MOMIdMO O! PUL4315.Pt tOLO: UTINSA 1111C0 51(1020

SOLO: UTINSA F*41W 554IL0 lIENOSO

---

i ° ..:,ITIT - - - :

IT771

lO ,

ESCALA EM C

FIG. 20. Umedecimento do solo do perfil n?3.

WCAL: PERFIL APS USINA UTINGAMunictpio PAAUiSS -AI zaO UTINGA FRANCO-AROILO'AR(NOSO

TEMPO 1 MONAS)

FIG 23. Capacidade de infiltraçilo do perfil El? 15.

LOCALI PISFIL - 15 CMSCASAOÁS. JNC(P SI ATALAIAAL SOLO: UTISNA FlANCO. ARIILO ANIMOSO

LOCa. 1 PISFIL MI 7. CMII CO_QT•LS(- MUNIC(PI0 MIO IMItO. AI SOLO ATIMIA AISIà• MIMOSO

ESCALA EM -

FIG. 22. Umedecimentõ do solo do perfil n?7.

Pesq. agropec. bras, Brasília, 13 (N? 3): 67-81, 1978

LOCAL: PÉIFL Nt) (NOS IÉSALATO MUMIC(PlO CI PAULISTA -P1 SOLO UTINGA FlANCO - AIOILOAICNOSO

TEMPO (MOES')

(11)

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-HÍDRICA DO SOLO 77

LOCSIJ PERFIL 545 USlIGA UTINSA MUNICÍPIO SE MESSIASAL SOLO: UTINGA FRANCO.ARSILO.ARENOSO

E 5

IS SI 3' 45 SI 45 ?4 TEMPO ROSAS)

FIO. 26. Capacidade de infiltraçffo do perfil n?8.

LOCAL PIIL Nt?. 4541 CLOTILOEMURICIIIO Nt LARGO - AI. GO(O ATINGI flSIW ARENOSO

TEMPO (50*101

FIO. 27. Capacidade de infiltraçio do perfil n?7.

LOCALI PESPIL Nus_FIZ. SELO IoRIZONTE4SUW: MAnCHIL 0400010A1. SOLO ATINGI PRANCOARENOGO

WCAL PERFIL N.I5.EIISflARAOIS_NIJRICiPIO DE ATALAIAIU. SOLO UTIN4A FMNCO IILOAR(N0SO

ISC —AøjA3 '1 55

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o

O lo 20 SO 40 SO 50 'O 10 GO 100 110120 PSOFUNOIDIOC ES

FIO. 29. Disponibilidade de água calculada segundo a ca-pacidade de campo e umidade a 15 atmosferas. do perfil n?13.

LeGAL PERFILHA 5-EMO' REGALA1D-MUN. PAULtSTA -PC

s0l_Ø! ATINGA FRAIICO-AAG!LOAREN050 1 5 5 AI

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lO 20 3040 5040 70 'O '0 '00 110120 PROFUNOIOAOE - A.

FIO. 28. Disponibilidade de água calculada segundo a ca-pacidade de campo e unidade a 15 atmosferas, do perfil n?1s.

e lo 50 50 40 50 $0 70 lo NO Co 110 120 PROPUNOIOAOE - EI

FIG. 30 Disponibilidade de água calculada segundo a ca-pacidade de campo e umidade a 15 atmosferas, doperfiln.o 3.

(12)

LOCAL! PISFI L 44 6.0114* UTINIA IIUIICÇPIO Ct 44111*1 *L SOLO! 07,44* Pft*NCO.*441I.0-*414030 5

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1

01 O 0 20 30 40 50 60 70 30 90 00 110 120 405u4010*DÉ - ti.

FIG. 31. Disponibilidade de água calculada segundo a

ca-pacidade de campo e umidade a 15 atmosferas, do perfil n?8.

LOCILI PINFt 4%1 10! 0TILDI SuNc;o RIO LA*90 - AL IOLO UTINÇA AAllLfl**INO30

'40 * 3 -

40

O lo 20 30 40 30 40 70 40 90 00 110 LIZO P*0PU14010*OC - ci.

FIO. 32. Disponibilidade de água calculada segundo a

ca-pacidade de campo e umidade a 15 atmosferas,

do perfil n?7.

DISCUSSÃO

Os estudos morfológicos e a análise granulomé-trica dos 17 perfis estudados determinaram a exis7 tência de três variações para os solos da Unidade Utinga, considerando a textura do horizonte super-ficial.

O sub-horizonte A possue textura franco-are-nosa, franco-argilo-arenosa e argilo-arefranco-are-nosa, e es-pessura que varia de 14 a 21 cm; o A3 é de textura franco-argilo-arenosa, e espessura compreendida Pesq, agropec. bras., Brasilia, 13 (14? 3): 67-81. 1978

entre 12 a 22 cm. O horizonte B1 apresenta as classes texturais franco-argilo-arenosa, argilo-areno-sa e argiloargilo-areno-sa, e espessura de 18 a 24 cm, enquanto que o B2 possue espessura superior a 100 cm e tex-tira, geralmente, argilosa.

Examinando-se as Tabelas 1, 2 e 3, observa-se que no horizonte superficial o valor S variou de 0,6 a 5,0 milequivalentes por 100 gramas de solo, ocorrendo valores mais elevados quando o teor de matéria orgânica aumentava. Os valores das bases trocáveis são sempre baixos nos horizontes inferio-res. A acidez hidrolítica é alta e a proveniente do H +Al, é também elevada, devido, possivelmente, ao tipo de argila (1:1). Os teores de nitrogênio,

fós-foro e potássio são também baixos e estão correla-cionados com a quantidade de mathia orgânica presente. Nota-se, portanto, que, sob o ponto de vista químico, a potencialidade desses solos está limitada ao horizonte A. A necessidade de calagem e a aplicação de matéria orgânica parecem consti-tuir os elementos prioritários na manutenção da ri-queza química desses solos.

Fisicamente, apresentam boas condições. Estas, aliadas à boa profundidade efetiva, indicam não haver problemas para o desenvolvimento do siste-ma radicular das plantas cultivadas.

A capacidade de retenção de £gua disponível, considerando-se os teores elevados de argila dos horizontes dos perfis, especialmente do B2, deveria ser bem maior do que aquela obtida, ficando os va-lores expressos em milímetros de chuvas até uma profundidade de 120 cm, variando de 94,6 a 140,0. Merecem destaque os altos valores obtidos para a umidade de quinze atmosferas, influindo assim no resultado da água disponíveL Estes resultados, no entanto, foram confirmados através da determi-nação da umidade de murchamento, pelo método fisiológico, feita pelo método sugerido por OLI-VEIRA (1960). Pelos gráficos pode-se calcular

aU-mina de água a ser aplicada ao solo, como uma do-se de irrigação, para uma determinada profundida-de, admitindo-se estar o solo na condição de umi-dade igual à de murchamento.

Com relação ao adensamento no perfil, segundo os diagramas volumétricos e pelas observações de camgo, nota-se, apenas, uma tendência à formação desse impedimento nos perfis um, três, quatro e oito e numa profundidade que varia de 40 a 80 cm.

(13)

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-HIbRICA DO SOLO 79 As condições de aeração do solo 4 para a

totali-dade dos perfis estudados, de acordo com o crité-rio empregado, são consideradas "média" na super-fície e "fraca" em profundidade. A infiltração ten-dente à estabilização variou de 25 mm/h a 470 mm/h para o tempo de aplicação de água de seis horas, indicando uma variação muito grande. Este fato era esperado, tendo em vista os fatores que contribuem para essa ocorrência, tais como: textu-ra, estrutura e porosidade de cada perfil analisado.

As curvas de umedecimento do solo, Fig. 18 a 22, mostram o comportamento da água que se iii-filtrou no solo durante o teste da capacidade de in-filtração após seis horas de aplicação de água, sendo uma medida indireta do espaçamento entre sulcos a ser adotado numa irrigação desse tipo. Observou--se que a zona de umedecimento variou de 20 a 40 cm de largura, para cada lado, na superfície, e de 80 a 120cm em profundidade.

A permeabilidade 5 variou de rápida a média, na superfície, e de média a moderadamente lenta, em profundidade, o que demonstra a possibilidade de saturação rápida das camadas superficiais no pe-ríodo das chuvas, aumentando assim a erosão hI-drica e o "run-off".

CONCLUSÕES

Pelo exposto, conclui-se que os solos da Unida-de Utinga (Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófi-co), que ocorrem nas Zonas Litoral e Mata dos Es-tados de Pernambuco e Alagoas, apresentam três variações na sua classificação, segundo. a natureza textural da camada superficial, assim denomina-dos: os franco-argilo-arenosos e os argilo-arenosos.

Quimicamente, possuem baixa capacidade de

Condiçffo de aeraçilo em funçá'o do coeficiente de aera-çio:

má >0,90; fraca 0,90- 0.70; média 0,69- 0,408 boa,

<0,40.

CondlçSo de permeabilidade em funçio do valor do coeficiente de permeabilidade (k), expressa em cm/h.

Muito rápida >25,0; rápida 25,0 a 12,7; moderada-mente rápida 12,7 - 6,5; média 6,5 -2,0; moderada-mente lenta 2,0 -0,5; lenta de 0,5- 0,12 e muito lenta

>0,12.

troca de cátions, acidez elevada, necessidade de ca-lagem. Apresentam teores muito baixos para o fós-foro, baixos para o potássio, médios para a matéria orgánica, na superfície e baixos e muito baixos, em profundidade.

A sua potencialidade, em relação à riqueza quí-mica, está, praticamente, limitada ao horizonte A. Fisicamente, são profundos, porosos, bem dre-nados, sem problemas de adensamento, textura preponderanteinente média na superfície e argilosa em profundidade. A disponibilidade de água é con-siderada média, permeabilidade de rápida a média, na superfície e média a moderadamente lenta, nos horizontes inferiores.

Segundo os estudos de OLIVEIRA & MELO

(1970), esses solos foram enquadrados na Classe II para a capacidade de uso (MARQUES 1958), Clas-se III para a aptidão agrícola no manejo primitivo, e Classe 1, para manejo desenvolvido (BENNEMA & CAMARGO 1964).

Em virtude de esses solos ocorrerem em áreas de topografia plana nas Zonas do Litoral e Mata de dois grandes Estados produtores de açúcar, a apli-cação de uma tecnologia adequada, como: aduba-ções, drenagem, subsolagem, e outras, viria a pro-porcionar alta produtividade agrícola, principal-mente para a cultura de cana-de-açúcar.

Os dados físicos e hídricos para a implantação de irrigação e de outras práticas de manejo do solo são aqui fornecidos, além de outros sobre as carac-terísticas químicas desses solos.

AGRADECIMENTOS

À Diretoria do IPEANE, ao Conselho Nacional de Pesquisa e à Divisão de Agrologia da SUDENE, pela colaboração prestada e aos auxiliares do Setor de Física do Solo da Seção de Solos do IPEANE e da Divisão de Agrologia, pela participação e efi-ciência nos serviços prestados.

LOCALIZAÇÃO DOS PERFIS ESTUDADOS Ne Estado de Pernambuco:

Perfil 1-Engenho Cajueiro Escuro, estrada Recife-Pau d'alho, distando 30 km de Recife. Município de Pau d'alho. Solo cultivado com cana-de-açúcar.

(14)

Perfil 2-Engenho Pau-Ferro, estrada Recife-Al-deia, a 18 km de Recife. Município de São Lourenço da Mata. Solo cultivado com cana-de-açúcar.

Perfil 3-Engenho Regalato, estrada Recife-Aldeia, a 26 lan de Recife. Município de Paulista. Solo reflorestado com Eucaliptos. Perfil 4-Engenho Aldeia, estrada

Recife-Arassoia-ba, a 36 km de Recife. Município de Iga-rassu. Solo cultivado com cana-de-açúcar. Perfil 5 -Engenho Independência, estrada

Recife-Arassoiaba, a 50km de Recife. Município de Igarassu. Solo cultivado com cana-de--açúcar,

No Estado do Alagoas:

Perfil 7-Terras da Usina Sta. Clotilde, estrada Ma-ceió-Recife, a 20 km de Maceió. Municí-pio de Rio Largo. Solo cultivado com ca-na-de-açúcar.

Perfil 8-Terras da Usina Utinga, estrada Maceió-Recife, a 37 km de Maceió. Município de Messias. Solo cultivado com cana-de-açú-car.

Perfil 9-Estrada Maceió-Recife, a 8 km de Maceió, lado direito. Município de Maceió. Solo cultivado com cana-de-açúcar.

Perfil 10-Estrada Cajueiro Seco-Poços da Petrobás, a 600 metros da cidade. Município de Ca-jueiro Seco. Solo cultivado com

niandio-ca.

Perfil 12-Terras da Fazenda Lago, estrada Maceió-Capela, a 47 km de Capela. Município de Atalaia. Solo cultivado com cana-de-açú-car.

Perfihl3-Engenho Caradás, estrada Atalaia-Palmei-ra dos Índios, a 11,2 km de Atalaia. Muni-cípio de Atalaia. Solo cultivado com ca-na-de-açúcar.

Perfil 14-Engenho Sumaúma, estrada Maceió-Mare-chal Deodoro, a 7 lcm da Usina Terra No-va. Município de Pilar. Solo cultivado com cana-de-açúcar.

PerfzllS-Fazenda Belo Horizonte, estrada Maceió-São Miguel dos Campos, a 8,8 km da Usi-na Terra Nova. Município de Marechal Deodoro. Solo cultivado com cana-de-açú-car.

Perfil 16-Fazenda Pedro Fernandes, estrada São Pesq. agropec. bras., Brasília, 13 (N? 3): 67-81, 1978

Miguel dos Campos -Barra de São Miguel. Município de São Miguel dos Campos. So- lo cultivado com cana-de-açúcar.

Perfil 17-Fazenda São Braz, estrada Maceió-São Luiz de Quitunde, a 40 km de Maceió. Município de Barra de Sto. Antônio. Solo cultivado com cana-de-açúcar.

Perfil 18-Terras da Usina Saudinha, a 6 lcm da Sede da Usina. Município de Maceió. Solo cul-tivado com cana-de-açúcar.

4'erfil 19-Estrada São Luiz do Quitunde-Passo de Camaragibe, a 6,4 km de São Luiz do Qui- tunde. Município de São Luiz de Quitun-de. Solo cultivado com cana-de-açúcar.

REFERÊNCIAS

BENNEMA, JB; BEEK, K4. &CAMARGO, M.N. Um sis- tema do classificação de capacidade de uso de terra pa- ra levantamento do reconhecimento de solo. Rio de Janeiro, Div. Ped. Fert. Solo., M.A., 1964.

DEPARTAMENT OF AGRICULTURE, Washington. Sou

Survey manual. Washington, U.S. Dop. Agric., 1951. 503 p. (Handbook, 18).

INSTITUTO DE QUllIlCA AGRÍCOLA. Rio de Janeiro. Métodos de análise do solo. Rio do Janeiro, 1949. 66 p. (Boletim Técnico, 11).

LEAMER, R.W. & SHAW, B. A simplo apparatus for measuring non capilary in extensivo scale. Journai of the American Society of Agronomy., 33:1003-8, 1941.

LEMOS, R.C.; SANTOS, R.D. dos.; ARAOJO, J.E.G. & PAVAGEAU, M. Manual do métodos de trabalhos de campo. 2a. aprox. Rio de Janeiro, Soc. Bras. Cién. Solo. 1967.33 p.

MARQUES, J.Q. de A. Manual brasileiro para levantamen-tos conservacionistas. Rio do Janeiro, Esc. Tec. Agrlc., 1958. 135p.

OLIVEIRA, L.B. de. Coeficiente do permeabilidade de dois tipos de solos (aluvial) da Estação Experimental do Curado. Recife, Instituto Agronômico do Nordeste, 1961.32p. (Boletim Técnico, 16).

Determinação da macro o microporosidade pela 'mesae-ten5o" em amostras de solo com estru-turas indeformada. Pesq. agropec. bras. Sér. Agron, Rio de Janeiro, 3:197-200,1968.

Estudo f(sico-h(drico do solo; caracteriza-ção completa, sob o ponto de vista físico, de uma área experimental da série Recife, localizada na Estação Ex-perimental do Curado. Recife, Instituto Agronômico do Nordeste, 1963.39 p. (Boletim Técnico, 19).

Estudo do sistema solo-água-planta em se' los do Nordeste. Recife, Instituto Agronômico do Nor-deste. 1960.76 p. (Boletim Técnico, 14).

(15)

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-HÍDRICA DO SOLO 81

OLIVEIRA, L.B. de.; DANTAS, H. da 5.; CAMPELO, A. O.; GALVÂO, S.J. &GOMES, I.F. CaracterizaçSo de adensamento no subsolo de uma área de "Tabuleiro" da EstaçEo Experimental do Curado. Pesq. agropec. bras. Sér. Agron., Rio de Janeiro, 3:207•14, 1968.

& MELO, V. Potencialidade agr(cola dos solos da Unidade Utinga (Latossolo Vermelho-Amare' lo, distrófico). Recife, SUDENE, 1970. 72 p. (Efado-

logia, 2).

UHLAND, R.E. Physical properties of soil as modified by crops and Management, SoU Sci. Soc. Arn. Proc., 14:361-6,1949.

SALINITY LABORATORY STAFF, Washington. Diagno-sis and improvement of saline and sofia. Washington, 1948. (Handbook, 60).

ABSTRACT . SOIL-HVDRO-PHYSICAL STUDIES. II UTINGA SOIL.

Seventeen soil prefiles ef Utinga sou (Red-yallow distrophic latosol) were analytically studied. This soil eccurs in the Northeastern Brazil in humid region of the states of Pernambuco and Alagoas. The soil samplos (undisturbod soil samples) were collected by means ef a soil extractor apparatus and by usual methods. The purpose of the study was te establish hydric and physical data te be used In irrigation practices and soil management. It was concluded that Utinga soil is deep and porous without compaction problems, with medium textura at the surface and clay in the O horizon. It has medium available water capacity, medium to high permeability at the surface, and medium In the lower layers. The soil has a low base exchange capacity, high acidity, and 10w fertility. Tho soil was ctassified as Class II for use capacity, in Class III for its agricultura capabilities in primitive management, and in Class 1 for its advancod management. A higher productivity may be obtained with a rational use of

limestone, fertilizers, and suplomentary Irrigation.

Index tenns: soil physics, soil hidro-physics properties, Red-yellow Distrophic Latosol (Oxisol).

Referências

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