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Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA Luiz Renato de França

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Academic year: 2021

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Presidência da República

Dilma Vana Rousseff

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

Clelio Campolina Diniz

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA

Luiz Renato de França

INCT-CENBAM

Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia

Centro de Estudos Integrados da Biodiversidade Amazônica

CAPES-PNADB

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

Programa Nacional de Apoio e Desenvolvimento da Botânica

Editora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Av. André Araújo, 2936 – Caixa Postal 2223

CEP : 69067-375 Manaus – AM, Brasil

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Instruções de coleta de macrofungos

Agaricales e gasteroides

Ruby Vargas-Isla

Tiara Sousa Cabral

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Editores

Ruby Vargas-Isla Tiara Sousa Cabral Noemia Kazue Ishikawa

Coordenação

Noemia Kazue Ishikawa

Fotografias

Arquivos Grupo de pesquisa Cogumelos da Amazônia - INPA

Revisão

Sergio Luiz Pereira

Ficha Catalográfica

Copyright 2014 - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Fotos da capa

Arquivo Grupo de pesquisa Cogumelos da Amazônia - INPA

Projeto Gráfico e Editoração

Eletrônica

Leandro Mery e Amanda Muniz

Editora INPA -

Editores: Mario Cohn-Haft; Isolde Dorothea Kossmann Ferraz.

Produção editorial: Rodrigo Verçosa; Shirley Ribeiro Cavalcante; Tito Fernandes.

V297 Vargas-Isla, Ruby

Instruções de coleta de macrofungos agaricales e gasteroides / Ruby Vargas -Isla, Tiara Sousa Cabral, Noemia Kazue Ishikawa. --- Manaus : Editora INPA, 2014.

30 p. : il. color.

ISBN 978-85-211-0131-4

1. Macrofungos - Coleta. I. Cabral, Tiara Sousa. II. Ishikawa, Noemia Kazue. IV. Título.

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1 Instruções de coleta de macrofungos: Agaricales e gasteroides

Prefácio

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) desempenha diversas nobres missões e dentre elas certamente se encontram a geração e a divulgação do conhecimento. Esses preciosos frutos são particulamente mais doces e suculentos quando fazem interface com a sociedade. Ilustrando uma vez mais que a simplicidade é apenas um gracioso disfarce do saber, este por assim dizer livreto sobre macrofungos se propõe a ensinar de forma divertida como se disseca no sentido literal e metafórico os pequenos segredos dessas graciosas criaturas da natureza, que desempenham importantes papéis entre o que se foi e o que será. Assim, no majestoso e ilimitado teatro da biodiversidade, aqui representado pela Amazônia, o ciclo da vida se descortina e se mostra em inesperadas cores e feitios que alimentam e ao mesmo tempo se alimentam de nosso imaginário, florescido em forma de garbosos e delicados Agaricales e gasteroides. Nesse lúdico cenário, aguçado pela curiosidade despertada pelas magas poções das autoras Ruby, Tiara e Noemia, convido todos vocês a embarcarem nessa instrutiva e agradável aventura com leveza e portando em sua mala de caixeiro-viajante seu arsenal de truques.

Luiz Renato de França Diretor do INPA/MCTI

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2 Ruby Vargas-Isla, Tiara Sousa Cabral, Noemia Kazue Ishikawa

Sumário

Material Necessário...

Registros de Campo...

Coleta de Macrofungo...

Amostra para Genética Molecular...

Registros no Laboratório...

Confecção de Exsicatas...

Depósito em Herbário...

05

07

15

18

20

27

29

04

Introdução...

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3 Instruções de coleta de macrofungos: Agaricales e gasteroides

Apresentação

Na floresta amazônica encontra-se uma das maiores diversidades de espécies de macrofungos (cogumelos) do mundo. Por conta de seu papel na decomposição de matéria orgânica e pelas suas interações micorrízicas, endofíticas e parasíticas, os fungos são fundamentais para a manutenção e equilíbrio dos ecossistemas. Entretanto, é necessário fortalecer esse conhecimento na sociedade local assim como a sociedade científica.

Com o intuito de quebrar nas escolas o ciclo de – não se leciona porque não se sabe, não se sabe porque não se ensina – por meio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – INCT – Centro de Estudos Integrados da Biodiversidade Amazônica – CENBAM, iniciou-se, em 2010, cursos de capacitação sobre macrofungos da Amazônia para professores e alunos da rede pública.

Este livreto surgiu da necessidade de um material didático simples, objetivo e acessível para o uso durante os cursos e apoio aos participantes, além do período e locais que o projeto conseguir atender.

Com finalidade de facilitar o acesso ao material, uma versão digital deste livreto ficará disponível na página do Programa de Pesquisas em Biodiversidade (ppbio.inpa.gov. br).

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4 Ruby Vargas-Isla, Tiara Sousa Cabral, Noemia Kazue Ishikawa

Introdução

Neste livreto, os procedimentos de coleta entre a observação de um macrofungo na floresta ao seu depósito no herbário estão apresentados em dez passos.

No Campo No Laboratório Observação do habitat

02

Amostras para genética molecular 06 Anotações de campo 04 Análise morfológica 08 Depósito 10 Preparo do material 01 Coleta 05 Registros fotográficos 03 Obtenção de esporada 07 Confecção de exsicata 09

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5 Instruções de coleta de macrofungos: Agaricales e gasteroides

Material Necessário

Régua Lupa Lápis e caneta Sacos de papel Caderno de anotações Faca ou canivete e pinça

Caixa plástica com divisórias Sacos plásticos

Levar um pequeno espelho. Antes de remover os macrofungos, o espelho pode ajudar na

observação de estruturas de difícil visualização.

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Ruby Vargas-Isla, Tiara Sousa Cabral, Noemia Kazue Ishikawa 6

Material Necessário

Antes de sair para o campo, verificar se as baterias da câmera fotográfica e do GPS estão carregadas.

Levar sacos plásticos para proteger da chuva as amostras, o caderno de anotações e os equipamentos.

Os dados obtidos com o receptor de GPS (Global Positioning System) podem contribuir para estudos de distribuição geográfica da espécie, mas a falta deste equipamento não inviabiliza uma coleta.

Aparelho GPS

Câmera Fotográfica

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Instruções de coleta de macrofungos: Agaricales e gasteroides 7

Registros de Campo

Tipos de Substrato

Informações sobre o substrato onde o macrofungo é encontrado auxiliam nos estudos taxonômicos. Os substratos podem ser:

1 - Troncos 2 - Galhos

Se possível, registrar informações sobre a madeira, como a espécie, família ou o nome popular.

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8 Ruby Vargas-Isla, Tiara Sousa Cabral, Noemia Kazue Ishikawa

Registro de Campo

3 - Solo 4 - Liteira ( Folhas e Galhos Finos)

No momento da coleta é importante constatar se o fungo realmente está no solo ou ligado a outro substrato. Às vezes o substrato do macrofungo pode estar coberto pelo solo.

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9 Instruções de coleta de macrofungos: Agaricales e gasteroides

Registro de Campo

Fotografias

As fotografias registram características, como cores e tamanho, que podem ser alteradas durante o processo de secagem. É essencial fotografar o macrofungo em vários ângulos e se possível em diferentes estágios de desenvolvimento.

Para manter informação sobre o tamanho, lembre-se de registrar pelo menos uma fotografia com a régua posicionada próxima ao macrofungo. Remover um macrofungo e fotografá-lo virado junto com os demais enriquece as informações.

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Ruby Vargas-Isla, Tiara Sousa Cabral, Noemia Kazue Ishikawa 10

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Instruções de coleta de macrofungos: Agaricales e Gasteroides 11

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Ruby Vargas-Isla, Tiara Sousa Cabral, Noemia Kazue Ishikawa 12

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Instruções de coleta de macrofungos: Agaricales e Gasteroides 13

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14 Ruby Vargas-Isla, Tiara Sousa Cabral, Noemia Kazue Ishikawa

Registro de campo

Anotações

No caderno de campo devem ser anotadas informações necessárias para caracterizar a coleta.

Essas informações serão utilizadas para catalogar o material em bancos de dados. Os dados adicionais ficam a critério do coletor de acordo com o grupo de fungo estudado.

Por exemplo: cores, odores, produção de látex.

Nome do coletor: Número da coleta:

Data:

Grupo do macrofungo: Substrato:

Local:

Equipe de coleta: Dados adicionais:

Manter atualizado o número de coleta, isso ajudará na organização dos dados no futuro.

Lembrar que as anotações escritas a caneta quando molhadas podem ficar ilegíveis, assim é aconselhado escrever a lápis.

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15 Instruções de coleta de macrofungos: Agaricales e gasteroides

Retirar o cogumelo com ajuda de canivete e/ou faca para não danificar a base.

Dica

Coleta do macrofungo

Amostragem

Para uma boa amostragem é necessário remover o macrofungo com cuidado para não danificar nenhuma de suas estruturas.

Outro ponto importante é a obtenção de diferentes estágios de desenvolvimento da espécie, o que auxilia na taxonomia.

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16 Ruby Vargas-Isla, Tiara Sousa Cabral, Noemia Kazue Ishikawa

Coleta do macrofungo

Acondicionamento

Cada amostra deve ser acondicionada separadamente. Isso evita a mistura de esporos, o que minimiza problemas na identificação da espécie.

Os recipientes mais utilizados são:

Colocando-se uma folha dentro do recipiente junto com o macrofungo ajudará a manter a umidade da amostra durante o transporte. Para auxiliar na organização da amostragem, indentifique os sacos sequencialmente.

Dica

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17 Instruções de coleta de macrofungos: Agaricales e gasteroides

Coleta do macrofungo

Acondicionamento

2 - Caixas plásticas com divisórias

Identifique cada espaço da caixa de acordo com a sequência de coleta.

Evite a exposição direta ao sol e/ou calor do material coletado.

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18 Ruby Vargas-Isla, Tiara Sousa Cabral, Noemia Kazue Ishikawa

Amostra para genética

molecular

Material necessário

Além da identificação morfológica, vários estudos são realizados utilizando ferramentas de genética molecular. É necessário o preparo do material antes de seguir com a desidratação.

- Microtubos ou tubo Falcon - Sílica gel

- Algodão hidrofóbico - Papel filtro

É aconselhado o uso de sílica gel azul, pois a cor azul indica que o material não está úmido.

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19 Instruções de coleta de macrofungos: Agaricales e gasteroides

Amostra para genética

molecular

Preparo de amostra com sílica gel

Os métodos de preparo da amostra variam de acordo com o laboratório assim como o grupo de macrofungo. Existem métodos utilizando tampões e cartões apropriados, no entanto o método da sílica gel é o mais acessível.

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20 Ruby Vargas-Isla, Tiara Sousa Cabral, Noemia Kazue Ishikawa

Registro de Laboratório

Medidas Microscópicas

Isopor Placa de Petri Lâmina e lamínula Pinça Conta-gotas Agulha Lâmina de barbear Bisturi Corante Solução de KOH Microscópio

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21 Instruções de coleta de macrofungos: Agaricales e gasteroides

Registro de Laboratório

Medidas Macroscópicas

Para a identificação morfológica é necessário realizar medições e anotar os caracteres macroscópicos observados. As medições macroscópicas podem variar dentre as amostras de uma mesma coleta.

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22 Ruby Vargas-Isla, Tiara Sousa Cabral, Noemia Kazue Ishikawa

Registro de Laboratório

Medidas Microscópicas

Conhecer os dados microscópicos é imprescindível para a determinação de muitos gêneros e espécies. Os caracteres microscópicos são estáveis e confiáveis.

Para auxiliar na observação das estruturas microscópicas pode utilizar por exemplo:

reagentes como KOH (2,5-5%) e/ou Vermelho de Congo.

Dependendo do grupo de fungo, devem ser realizados cortes de partes específicas do macrofungo para a observação ao microscópio.

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23 Instruções de coleta de macrofungos: Agaricales e gasteroides

Registro de Laboratório

Exemplo de diagnóstico

Panus strigellus (Berk.) Overh.

São alguns dos caracteres diagnósticos da espécie Panus strigellus:

Basidiomas maturos

Cheilocistídios Pleurocistídios

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24 Ruby Vargas-Isla, Tiara Sousa Cabral, Noemia Kazue Ishikawa

Registro de Laboratório

Exemplo de diagnóstico

Geastrum echinulatum T. S. Cabral, B. D. B. Silva & Baseia

São alguns dos caracteres diagnósticos da espécie Geastrum echinulatum:

Peristômio não delimitado Ornamentação

dos esporos e capilícios

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25 Instruções de coleta de macrofungos: Agaricales e gasteroides

Utilizar uma folha de papel metade branca e metade preta facilitará a visualização de esporadas escuras ou claras.

Registro de Laboratório

Obtenção de esporada em Agaricales

Com a obtenção da esporada é possível observar a cor dos esporos, que é uma característica importante para ser considerada na taxonomia.

Dica

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26 Ruby Vargas-Isla, Tiara Sousa Cabral, Noemia Kazue Ishikawa

Registro de Laboratório

Observação de esporos em gasteroides

A obtenção de esporos em fungos gasteroides é diferente. Eles possuem liberação dos esporos de forma passiva, e por isso é necessário retirar os esporos com auxílio de pinça, diretamente da gleba, estrutura onde estão os esporos.

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27 Instruções de coleta de macrofungos: Agaricales e gasteroides

Atenção

Confecção de

exsicatas

A exsicata é uma amostra de fungo (ou planta) que foi coletado e desidratado em estufa. Esse processo é conhecido como herborização, e é necessário para a preservação do material em uma coleção biológica.

Desidratadores de alimentos também podem ser utilizados para o processo de herborização, lembrando de manter a temperatura adequada de secagem.

Dica

Em geral, o material deve ser mantido em estufa com circulação de ar a 40°C durante 24-48 horas. Para alguns macrofungos também é necessário realizar cortes para garantir a completa desidratação.

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28 Ruby Vargas-Isla, Tiara Sousa Cabral, Noemia Kazue Ishikawa

Confecção de exsicatas

A exsicata deve ser acondicionada em sacos de papel, sacos com fecho hermético ou caixas, e deve estar acompanhada de uma etiqueta indicando o nome da espécie, data e local de coleta, substrato e nome do coletor.

Atenção

Adicionar sílica gel para manter o material seco. Também pode ser adicio-nado cravo-da-índia para evitar ataque de outros fungos e artrópodes.

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29 Instruções de coleta de macrofungos: Agaricales e gasteroides

Atenção

Depósito em Herbário

As exsicatas são depositadas em um herbário, que tem a finalidade de armazenar o material. Toda coleção ficará disponível para os interessados em realizar estudos taxonômicos.

Os dados sobre a coleta são preenchidos em uma planilha que será inserida no sistema do Herbário gerando um número de registro. Esse número servirá de referência em toda pesquisa que tenha utilizado o material.

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30 Ruby Vargas-Isla, Tiara Sousa Cabral, Noemia Kazue Ishikawa

Depósito em Herbário

Herbário do INPA

Herbário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia Curador: Michael John Gilbert Hopkins

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INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

CBIO - Coordenação de Biodiversidade Av. André Araújo, 2936 CEP: 69067-375 Manaus - AM

Endereço

Tiragem 1.000 exemplares Contato noemia@inpa.gov.br Impressão Gráfica Gráfica Ziló - Manaus - AM

Referências

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