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Euronext Lisbon. Relatório de Gestão e Contas Consolidadas

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Academic year: 2021

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Euronext Lisbon

Relatório de Gestão

e Contas Consolidadas

1.º Semestre de 2012

(2)

ÍNDICE

1. SÍNTESE DA ATIVIDADE DA EURONEXT LISBON

2. ACONTECIMENTOS DE MAIOR RELEVÂNCIA

3. BREVE ENQUADRAMENTO ECONÓMICO - FINANCEIRO

3.1 Envolvente Internacional

3.2 Economia Portuguesa

4. ATIVIDADE DA EURONEXT LISBON

4.1 Movimentos de Valores Mobiliários e Capitalização Bolsista

4.1.1 Admissões e Exclusões 4.1.2 Capitalização Bolsista

4.2 Negociação

4.2.1 Mercado a Contado 4.2.2 Mercado de Derivados

4.3 Sistemas Centralizados e de Liquidação de Valores Mobiliários

4.3.1 Sistema Centralizado 4.3.2 Sistemas de Liquidação

5. RECURSOS HUMANOS

6. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA

6.1 Apreciação Global

6.2 Proveitos e Ganhos

6.3 Custos e Perdas

6.4 Estrutura Patrimonial

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1. SÍNTESE DA ATIVIDADE DA EURONEXT LISBON

No primeiro semestre de 2012 a evolução da atividade da Euronext Lisbon traduziu-se num decréscimo de resultados de 9,2%, quando comparados com o período homólogo do ano anterior. Uma redução dos proveitos, essencialmente resultante da evolução negativa das atividades de mercado a contado e de liquidação e custódia, foi acompanhado por um aumento nos custos operacionais (custos com o pessoal não recorrentes e gastos em tecnologias de informação). De registar a evolução muito positiva das receitas de admissão. A conjuntura económica, em particular da economia nacional, degradou-se e os mercados financeiros foram afetados pelo agravamento da crise das dívidas soberanas. Estes desenvolvimentos refletiram-se negativamente na evolução da negociação de valores mobiliários em Bolsa, traduzindo-se numa quebra dos volumes negociados. Os índices bolsistas nacionais, que iniciaram o ano a evoluir favoravelmente, inverteram essa trajetória e foram-se deteriorando ao longo do semestre em análise.

No primeiro semestre de 2012 o resultado líquido consolidado da Euronext Lisbon ascendeu a 8,4 milhões de euros, verificando-se um decréscimo de 851 mil euros (-9,2%) relativamente ao período homólogo do ano anterior. Este resultado consolida os resultados individuais da Euronext Lisbon e da Interbolsa, no montante, respetivamente, de 2,8 milhões de euros (excluindo os ganhos em subsidiárias no valor de 12 milhões de euros) e de 5,6 milhões de euros.

Os proveitos operacionais consolidados totalizaram 18,1 milhões de euros resultantes de proveitos operacionais da Euronext Lisbon e da Interbolsa, respetivamente, de 7,4 milhões de euros e 10,7 milhões de euros.

A evolução negativa dos proveitos, que reflectiu essencialmente reduções das receitas do mercado a contado e dos serviços de liquidação e custódia, foi acompanhada por um acréscimo dos custos operacionais (custos com o pessoal não recorrentes e gastos em tecnologias de informação e comunicação).

Os proveitos decorrentes do mercado a contado registaram um decréscimo de 23,2%, motivado pela diminuição do preço por negócio e também do número médio de negócios durante o primeiro semestre do ano de 2012, se compararmos com o período homólogo do ano anterior. O número médio de negócios por sessão diminuiu de 23.124 para 19.707, registando uma variação negativa de

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14,8%, tendo o preço médio por negócio acompanhado essa mesma tendência, de 0,53 euros (junho de 2011) para 0,48 euros (junho de 2012), o que correspondeu a um decréscimo de 9,4%

Registou-se um aumento das receitas de admissão e manutenção em cerca de 1 milhão de euros (+42,6%), que surge associado ao aumento muito significativo verificado ao nível das receitas de admissão.

No que respeita à evolução dos custos, os gastos com pessoal consolidados atingiram o montante de 3,1 milhões de euros, registando um aumento de 304 mil euros face ao período homólogo do ano anterior, justificado essencialmente por custos não recorrentes. Os encargos com tecnologias de informação, consolidados, atingiram perto de 1,1 milhões de euros, aumentando 55,4% face a junho de 2011.

O valor total das transações efetuadas nas sessões normais e especiais realizadas na Euronext Lisbon nos primeiros seis meses de 2012 decresceu 24,7%, em termos homólogos, mas a capitalização bolsista do conjunto dos valores mobiliários que nela se encontravam listados era, no final de junho do ano em curso, superior em 3,2% à registada no final do ano transato.

Os preços das ações encontravam-se no final do semestre a níveis inferiores aos do início do ano. Assim, considerando o conjunto das ações que compõem o índice PSI 20, no fim de junho de 2012 as cotações eram, em média, inferiores em 14,5% às apuradas no final do ano anterior.

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2. ACONTECIMENTOS DE MAIOR RELEVÂNCIA

De entre os acontecimentos de maior relevância registados no âmbito da Euronext Lisbon durante o primeiro semestre de 2012, com reflexos na atividade da empresa, merecem uma referência especial os seguintes:

Em janeiro

 A Euronext Lisbon atribuiu em janeiro, e referentes à atividade em 2011, os NYSE Euronext Lisbon Awards, um conjunto de prémios que se destinam a evidenciar o desempenho das empresas cotadas, a atividade dos intermediários no mercado, bem como as contribuições individuais e de instituições para o desenvolvimento do

Variação (*)

Nº de Negócios 2.502.807,0 -14,8%

Valor Negociado (milhões de euros) (**) 13.378,6 -24,7%

Capitalização Bolsista (milhões de euros) (***) 175.395,3 3,2%

Sessões Normais

Nº de Negócios 2.413.158 -14,5%

Valor Negociado (milhões de euros) 11.058,6 -29,7%

Capitalização Bolsista (milhões de euros) (***) 94.300,3 -8,2%

PSI Geral (valor de fecho no final de junho) 1.951,7 -10,0%

PSI 20 (valor de fecho no final de junho) 4.698,0 -14,5%

Sessões Especiais

Valor Negociado (milhões de euros) 1.009,8 -36,5%

Nº de Negócios 13.468 239,9%

Valor Negociado (milhões de euros) 317,1 149,9%

Capitalização Bolsista (milhões de euros) (***) 79.124,7 21,0%

Sessões Especiais

Valor Negociado (milhões de euros) 750,0 7400,0%

Nº de Negócios 37.382 -10,3%

Valor Negociado (milhões de euros) 99,9 -17,8%

Capitalização Bolsista (milhões de euros) (***) 675,7 17,8%

Nº de Contratos Negociados 29.914 -52,0%

Valor Negociado (milhões de euros) 145,2 -53,5%

Posições Abertas (no final do semestre) 4.545 -24,8%

(*) Variaçõ es ho mó lo gas, co m excepção das relativas às capitalizaçõ es bo lsistas e ao s índices que são semestrais (**) Inclui o valo r do s negó cio s em sessõ es especiais

(***) Final de junho de 2012

Euronext Lisbon: Indicadores de Atividade

Mercado de Derivados Total do Mercado a Contado

Mercado Acionista

Mercado Obrigacionista

Mercado dos Warrants 1º Semestre de 2012

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mercado de capitais português. Os NYSE Euronext Lisbon Awards são divididos em 10 categorias distintas.

 A Euronext Lisbon, juntamente com o Millennium BCP e o jornal Expresso, voltaram a

patrocinar o GIC - Global Investment Challenge. Durante 10 semanas os mais de 7000 participantes dispuseram de um valor fictício de 100 mil euros para aplicar em ações, warrants e certificados. Na edição de 2011/2012, aos vencedores desta simulação de bolsa foi dada a oportunidade de visitar a NYSE.

 A NYSE Euronext lançou uma nova área no seu “website” dedicada ao

enquadramento regulatório dos serviços financeiros na União Europeia. Esta nova área arrancou com uma análise das propostas da Comissão Europeia sobre a DMIF II e MiFIR e disponibiliza um novo campo para comentários e análises a todos os intervenientes no mercado de capitais europeu.

Em fevereiro

 Em 1 de fevereiro do semestre em análise a Comissão Europeia anunciou a decisão de impedir a fusão da NYSE Euronext com a Deutsche Borse, pese embora as propostas de “remédios” que as duas empresas apresentaram; na sequência dessa decisão a NYSE Euronext e a Deutsche Borse anunciaram o término do seu acordo de fusão, que havia sido celebrado entre as administrações das duas empresas em fevereiro de 2011.

 A NYSE Euronext anunciou a aquisição de 25% do capital da Fixnetix Limited, empresa líder no fornecimento de dados, serviços de negociação e gestão de riscos em mais de 50 mercados em todo o mundo.

Em março

 Em Março a NYSE Euronext anunciou a sua intenção de rescindir o acordo de

prestação de serviços com a LCH.Clearnet, na sequência da qual a compensação dos mercados de derivados de Amesterdão, Bruxelas, Paris e Lisboa será internalizada, numa central de compensação que está a ser desenvolvida para o efeito a partir de plataforma NYSE Liffe Clearing. Esta transição está sujeita a autorizações regulatórias e espera-se que seja concretizada no primeiro trimestre de 2014.

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 A NYSE Euronext e a Bloomberg TOMS estabeleceram uma parceria para uma oferta integrada das plataformas de negociação de obrigações de empresas nos EUA. Os investidores podem agora negociar no mercado de obrigações NYSE (NYSE Bonds) através do serviço Bloomberg Professional.

 Continuação do ressurgimento da emissão de obrigações dedicadas ao investidor

individual. Após a emissão de 200 milhões de euros realizada pela EDP em dezembro de 2011, verificou-se a emissão de 300 milhões de euros pela Semapa em março.

 Foi lançado pela CMVM o “Fórum CMVM/PME para o Mercado de Capitais”, que

junta um grupo alargado de especialistas com o objetivo de encontrar soluções de mercado que ajudem a recapitalizar as empresas portuguesas de menor dimensão. O Fórum conta também com a participação da Euronext Lisbon.

 A Euronext Lisbon desenvolveu um conjunto alargado de contactos e iniciativas, com

o objetivo de melhorar as condições de enquadramento do mercado e dinamizar o seu desenvolvimento. Entre esses contactos contaram-se reuniões com vários membros do Governo, com as entidades reguladoras, com o IGCP, com a SPGM e também com associações do setor, nomeadamente a AEM.

 Na sequência dos esforços que vêm sendo realizados no sentido de promover

soluções de financiamento para empresas de menor dimensão, a Euronext Lisbon celebrou dois protocolos com prestadores de serviço para o desenvolvimento do Alternext. Em fevereiro foi assinado um protocolo entre a Euronext Lisbon, o Montepio e a Abreu Advogados, e em março com a Uría Menéndez.

 A Euronext Lisbon voltou a “tocar o sino” por causas relevantes para o mercado e para a comunidade. Margarida Pinto Correia (Fundação do Gil) e Ana Pinto Coelho (Bolsa de Valores Sociais) tocaram o sino no Dia da Mulher.

Em abril

 O BTG Pactual, banco de investimento brasileiro e o maior banco de investimento independente da América Latina, foi admitido à negociação na NYSE Alternext em Amesterdão.

 À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, a NYSE Euronext Lisbon juntou-se às restantes localizações do Grupo para reforçar a consciencialização para o Autismo, através do toque do sino de encerramento do mercado no dia 2 de abril.

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Também neste mês, pela terceira vez, tocámos o sino para comemorar o ‘World Wish Day’. Os colaboradores da Bolsa portuguesa e da Interbolsa juntaram-se e angariaram fundos para realizar o desejo de uma criança.

Em maio

 A NYSE Technologies e a Americas Trading Group (ATG) estabeleceram uma parceria

de cooperação tecnológica com o objetivo de oferecerem acesso mais eficiente e rápido aos principais mercados da América Latina, aumentando os níveis de conectividade dos mercados financeiros mundiais.

 A NYSE Euronext assinou um acordo para adquirir a “Corpedia Corporation”,

consultora líder no mercado de “e-learning” nos temas da ética e governo corporativo, bem como de serviços de consultoria conexos. Desta forma a empresa alarga a sua oferta de serviços à comunidade emitente.

 Na sequência de outros protocolos da mesma natureza celebrados no primeiro

trimestre, a sociedade de advogados Rebelo de Sousa , a Deloitte Consultores e o Banco Carregosa, celebraram um protocolo de colaboração com o objetivo de promover a admissão à cotação de pequenas e médias empresas no mercado Alternext.

 A EDP voltou a emitir obrigações destinadas ao investidor individual, num montante

total de 250 milhões de euros, após a emissão de 200 milhões de euros que já havia realizado em dezembro.

 O sino da Bolsa foi tocado no Centro de Estágios da Seleção Portuguesa de Futebol,

em Óbidos, numa iniciativa de apoio à Selecção Nacional antes do início do campeonato Europeu de Futebol 2012.

Em junho

 A Zon Multimedia também recorreu à emissão de obrigações dirigida ao investidor de retalho, no valor de 200 milhões de euros, como forma de financiamento adicional.

 A 19 de junho, a Bolsa comemorou a entrada da primeira empresa portuguesa no NYSE Alternext – a ISA – Intelligent Sensing Anywhere, SA. Esta admissão foi concretizada através da colocação privada de 520.626 novas ações no valor de 5

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euros por ação, que permitiram um encaixe de 2,6 milhões de euros. Esta operação avaliou a empresa em 7,5 milhões de euros. A 20 de junho, foram admitidas à negociação 1,5 milhões de ações da empresa.

 Ocorreu a sessão especial para apuramento dos resultados da Oferta Pública de Aquisição sobre a Cimpor. Nesta operação a Intercement Austria Holding GmbH , entidade integralmente detida pelo Grupo Camargo Corrêa, adquiriu 637.102.036 ações da empresa, passando a ser-lhe atribuído 94,81% do capital.

 Realizou-se em Évora o 7º Retiro IPO, em parceria com o IAPMEI, a Ernst &Young e o

escritório de advogados Pedro Raposo & Associados, destinado à apresentação e discussão de questões relacionadas com a admissão em Bolsa. Estiveram presentes cerca de 30 empresas não cotadas.

 A INTERBOLSA procedeu à assinatura, em 26 de junho, do European Central Bank's

(ECB) Target2-Securities Framework Agreement, que assinala a sua intenção de proporcionar ao mercado Português o acesso à plataforma de liquidação T2S, que irá permitir a liquidação física e financeira, em Banco Central, de valores mobiliários, de uma forma harmonizada e customizada, num ambiente técnico integrado, com capacidade de liquidação cross-border similar à liquidação doméstica.

 27 de junho foi a data escolhida para reunir a comunidade financeira e celebrar o 20

º aniversário do índice PSI 20. Representantes dos emitentes portugueses, instituições financeiras, entidades reguladoras, militares e jornalistas juntaram-se a bordo do Navio Escola Sagres, na Base Naval do Alfeite, para assinalar esta data. Em simultâneo, o Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, Carlos Moedas, tocou o centenário sino da Bolsa e o Almirante José Saldanha Lopes tocou o sino da barca.

 No semestre em apreço entraram três novos membros para o mercado a contado –

o Baader Bank AG (Alemanha), o BTIG Limited (EUA), e o Winterflood Securities Limited (RU). No mesmo semestre, solicitaram a saída do nosso mercado o Bloxham (Irlanda), o Evolution Securities Limited (RU), o Virtu Financial Europe Limited (RU), o Leleux Associated Brokers (Bélgica) e o Traditional Securities and Futures (França). No final do primeiro semestre de 2012, dos 100 membros que podiam operar no mercado à vista, 16 eram portugueses, 33 ingleses, 20 holandeses, 12 franceses, 8

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alemães, 3 irlandeses, 3 espanhóis, 2 belgas, 1 italiano, 1 suíço, 1 sueco e um americano.

 Os encontros entre a Euronext Lisbon e os alunos das mais diversas escolas

secundárias e universidades continuam a revelar uma grande dinâmica. Com a concretização destes encontros a Bolsa consegue dar resposta aos pedidos frequentes feitos pelas escolas para trazerem os seus alunos a conhecerem melhor o funcionamento do mercado de capitais português. No primeiro semestre do ano estiveram nas instalações da Euronext Lisbon cerca de 1013 alunos e professores de 23 escolas e universidades, o que quase duplicou o verificado em período homólogo do ano anterior.

 Em prol da formação para o empreendedorismo e para a literacia financeira, vários

colaboradores da Euronext Lisbon voltaram a integrar o projeto Junior Achievement – Aprender e Empreender – apoiando, com o seu conhecimento e experiência, vários grupos de alunos do ensino secundário em diversas escolas.

(11)

3. BREVE ENQUADRAMENTO ECONÓMICO-FINANCEIRO

3.1Envolvente Internacional

No primeiro semestre de 2012, a economia mundial, globalmente considerada, refletiu uma evolução positiva da atividade económica, tendo-se assistido ao aumento real do produto da maioria dos países nas várias regiões do globo. Porém, os indicadores globais de crescimento demonstraram um abrandamento, mais pronunciado nas economias avançadas. No período em análise a periferia da zona euro esteve no epicentro de mais um momento de instabilidade nos mercados financeiros. Nesta região o crescimento económico no 1º trimestre foi negligenciável, e os indicadores disponíveis apontam para alguma contração no 2º semestre. Pelo contrário, as economias emergentes e em desenvolvimento continuam a registar um crescimento sólido, apesar de ligeiramente inferior ao registado no período homólogo.

Fonte: Banco de Portugal e INE

1º Trim 2º Trim 1º Trim 2º Trim

Produto Interno Bruto Real (t.v.h.) 2,5% 1,7% 0,0% -0,4%

Índice de Produção Industrial (t.v.h.) 6,7% 3,9% -1,6% -2,4%

Indicador do Sentimento Económico (s.r.e.) 107,4 105,2 94,1 91,1

Indicador de Confiança dos Consumidores (s.r.e.) -11 -11 -20,0 -20,0

Taxa de Desemprego 10,0% 10,0% 10,9% 11,2%

Taxa de Inflação Homóloga 2,5% 2,8% 2,7% 2,5%

Euribor a 3 meses (*) 1,2% 1,5% 0,8% 0,7%

Taxa de Rendibilidade da Dívida Pública a 10 anos - Área do Euro (*) 4,0% 3,9% 3,3% 3,4%

Taxa de Câmbio EUR/USD (*) 1,400 1,439 1,320 1,253

Taxa de Câmbio EUR/IENE (*) 114,4 115,8 108,9 99,3

Preço do Petróleo (USD/Barril Brent) (**) 115,2 110,8 123,7 92,5

(*) Fi m do período (médi a s mens a i s ) (**) Fi m do período

s .r.e. = s a l do da s res pos ta s extrema s t.v.h. = ta xa de va ri a çã o homól oga

Economia Internacional: Indicadores Económicos

2012

ÁREA DO EURO

OUTROS DADOS

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De acordo com o World Economic Outlook Update de julho do Fundo Monetário Internacional, a economia mundial expandiu-se no primeiro trimestre de 2012 a uma taxa real anualizada de 3,6%, ligeiramente acima do previsto pela mesma instituição em abril. O comércio mundial recuperou, em linha com a produção industrial, o que beneficiou essencialmente as economias mais viradas para o exterior, como a Alemanha e alguns países asiáticos. Contudo, os dados disponíveis para o segundo semestre revelam alguma deterioração destas condições. A criação de empregos mantém-se muito débil e o desemprego continua elevado em muitas economias avançadas.

Na Ásia, o crescimento foi impulsionado pela recuperação da produção industrial, à medida que as cadeias de fornecimento se foram restabelecendo das inundações na Tailândia em finais de 2011, e também pela evolução da procura no Japão, acima do esperado. O crescimento económico nos EUA terá perdido algum momentum, ao que não foram alheios os desenvolvimentos na zona euro. A par deste efeito, em algumas economias emergentes como o Brasil, China e Índia, a desaceleração do crescimento terá estado também associada ao abrandamento da procura interna relacionada com algumas medidas de política económica mais restritivas.

No período em análise a periferia da zona euro esteve no epicentro de mais um momento de instabilidade nos mercados financeiros, iniciado pela incerteza política e financeira na Grécia, e que se agravou com os problemas do sistema financeiro Espanhol e com as dúvidas sobre a capacidade de alguns governos concretizarem os ajustamentos orçamentais e as reformas necessárias, bem como sobre a extensão da vontade dos parceiros da área do euro em providenciarem o auxílio necessário.

Com efeito, na zona euro o crescimento económico homólogo no segundo trimestre de 2012 foi negativo, após a estagnação registada no primeiro semestre. Ao longo do semestre em análise, tanto o indicador do sentimento económico como o indicador de confiança dos consumidores continuaram em trajectória descendente, antecipando alguma contração do PIB no segundo semestre. A taxa de inflação desceu ligeiramente de 2,9% no último trimestre de 2011 para 2,7% e 2,5% nos primeiro e segundo trimestres de 2012, respetivamente. O mercado de trabalho continuou a apresentar sinais preocupantes, com a taxa de desemprego na zona euro a subir para 11,2% no segundo trimestre do ano, de 10,7% em dezembro de 2011.

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As taxas de juro de curto prazo, que haviam iniciado uma trajetória ascendente em março de 2010, inverterem essa tendência em junho de 2011, terminando o primeiro semestre de 2012 com um nível historicamente baixo (Euribor a 3 meses em junho = 0,7%). Esta evolução traduziu a manutenção de uma política monetária de forte suporte ao aumento de liquidez na economia, que tem vindo a ser empreendida devido à crescente turbulência nos mercados financeiros, que voltou a acentuar-se com as evoluções na crise da dívida soberana. Quanto às taxas de juro de médio e longo prazo, os níveis médios da zona euro acompanharam a trajetória das taxas de curto prazo, situando-se no fim junho de 2012 nos 3,4%. Porém, as condições de financiamento têm vindo a tornar-situando-se progressivamente mais assimétricas entre diferentes países. O acentuar da instabilidade financeira acima descrita, veio agravar substancialmente o diferencial das taxas em alguns países face ao benchmark alemão.

O valor transacionado nas principais bolsas mundiais decresceu significativamente face a idêntico período do ano anterior, de um modo generalizado. Das “top 10” bolsas mundiais, atendendo ao valor negociado na primeira metade de 2012 nos mercados acionistas, as bolsas de Xangai e Hong Kong foram as que registaram quebras do valor negociado mais acentuadas (-35,7% e -26,0%, respetivamente). A bolsa cujo valor das transações de ações registou uma menor redução foi o Nasdaq OMX (-9,5%).

2011 2012

USD Moeda Local

Grupo NYSE Euronext (EUA) 8.731 7.150 -18,1% -18,1%

Nasdaq OMX 6.008 5.437 -9,5% -9,5%

Bolsa de Toquio 2.202 1.810 -17,8% -19,8%

Bolsa de Xangai 2.219 1.473 -33,6% -35,7%

Bolsa de Shenzhen 1.551 1.282 -17,3% -19,9%

Bolsa de Londres 1.531 1.190 -22,3% -15,1%

Grupo NYSE Euronext (Europa) 1.129 853 -24,4% -17,4%

Bolsa Alemã 898 698 -22,3% -15,1%

Bolsa da Coreia 1.014 797 -21,4% -18,2%

Bolsa de Hong Kong 775 575 -25,8% -26,0%

BME - Bolsas Espanholas 655 463 -29,3% -22,7%

Fonte: World Federation of Exchanges (WFE)- (electronic order book)

10^9 USD

Var. Homóloga Bolsas da WFE

(14)

Tomando em consideração o comportamento, nos primeiros seis meses de 2012, dos preços das ações, medido pela variação dos índices dos mercados acionistas de um conjunto selecionado de bolsas, observou-se um movimento marcadamente positivo, embora com algumas exceções, essencialmente nos mercados do sul da Europa, mais fustigados pelos problemas relacionados com as dívidas soberanas e o sistema bancário na área do euro. Das bolsas observadas, a bolsa com melhor comportamento foi a da Islândia, cujo principal índice de ações (OMXI) terá aumentado 16,7% no primeiro semestre de 2012, logo seguido pela Índia (15,5%).

Fonte: Bloomberg -17,1% -14,5% -14,3% -5,4% -4,2% -2,5% -2,3% -1,7% -1,7% 0,0% 1,0% 1,2% 1,2% 2,2% 3,2% 3,4% 4,4% 5,0% 5,0% 5,5% 6,1% 6,4% 6,9% 8,8% 9,4% 14,8% 15,5% 16,7% -20% -15% -10% -5% 0% 5% 10% 15% 20% Espanha (IBEX 35) Portugal (PSI 20) Grécia (ASE 20) Itália (MIB 30) Brasil (IBOV) Irlanda (ISEQ 20) Rússia( RTSI$) Finlândia (OMXH15) Holanda (AEX) Reino Unido (FTSE 100) Luxemburgo (LuxX) China (Shangai SE A) França (CAC 40) Suiça (SMI) Suécia (OMXS 30) Coreia (KOSPI50) Áustria (ATX) Noruega (OBX) Dinamarca (OMXC 20) Hong Kong (Hang Seng) Polónia (WIG 20) EUA (NYSE US 100) Bélgica (BEL 20) Alemanha (DAX) Japão (Topix Core 30) EUA (Nasdaq 100) Índia (BSE) Islândia (OMXI)

Variação de Índices de Bolsa

(15)

3.2 Economia Portuguesa

Na primeira metade de 2012, a economia portuguesa caracterizou-se por um quadro recessivo, no contexto de um processo de correção de desequilíbrios macroeconómicos. Este processo está enquadrado no programa de ajustamento económico e financeiro elaborado no âmbito do pedido de assistência financeira acordado com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional ocorrido em abril de 2011.

O reforço da consolidação das finanças públicas e da prossecução de reformas estruturais no setor público, assim como uma gradual desalavancagem do setor privado, incluindo do sistema bancário, continuaram a marcar o enquadramento económico nacional no primeiro semestre de 2012. A adoção das medidas necessárias ao cumprimento desses objetivos continuará, possivelmente, a deprimir o crescimento económico.

A atividade económica, medida pela evolução do PIB, continuou a trajetória de contração no primeiro semestre de 2012, que se havia iniciado no final de 2010, evidenciada na redução de 2,2% do PIB em termos reais, no 1º trimestre face ao período homólogo de 2011, e de 0,1% em cadeia. Estes valores representam uma contração significativamente menos acentuada que no último trimestre de 2011, no qual se registou uma queda do PIB de 2,9% em termos homólogos e de 1,3% em cadeia. Esta evolução refletiu a diminuição das várias componentes da procura interna, incluindo o consumo privado, o consumo público e o investimento, tendo apenas as exportações mantido um crescimento significativo em termos homólogos.

De acordo com o Boletim Económico de Verão do Banco de Portugal, a informação disponível para o segundo trimestre de 2012 aponta para a acentuação do ritmo de contração do PIB em termos homólogos, refletindo quedas significativas da procura interna e uma desaceleração das exportações. A dimunuição da procura interna deverá ser particularmente acentuada na FBCF, nomeadamente no setor da construção, em linha com a informação já disponível para este setor.

As exportações deverão continuar a contribuir para atenuar o impacto da evolução negativa da procura interna no PIB, embora se projete um abrandamento significativo, refletindo a evolução esperada para a procura externa dirigida às empresas portuguesas. De facto, a informação relativa ao comércio internacional de mercadorias, divulgada pelo INE em abril, aponta no sentido de uma desaceleração das exportações no segundo trimestre de 2012.

(16)

A taxa de desemprego agravou-se no primeiro trimestre de 2012 para 14,9%, mais 2,5 p.p. que em idêntico período de 2011. O indicador baseado nas expectativas dos empresários sobre a evolução do emprego recuperou ligeiramente em junho, após ter atingido o mínimo histórico em maio (também registado em janeiro).

A inflação, medida pelo crescimento do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), revela um nível relativamente elevado, acima de 3%, o que traduz, em larga medida, o impacto de alterações da tributação indireta e de preços condicionados por procedimentos de natureza administrativa em 2011 e 2012, no contexto das medidas de consolidação orçamental.

1º Trim 2º Trim 1º Trim 2º Trim

Produto Interno Bruto Real (t.v.h.) -0,6% -1,1% -2,2% n.d.

Indicador Coincidente Mensal (t.v.h.) -0,4 -0,8 -2,8 -2,3

Indicador do Sentimento Económico (s.r.e.) e (v.c.s.) 91,3 87,6 76,2 77,8

Indicador de Confiança na Indústria (s.r.e.) e (v.c.s.) -8 -12 -21 -20

Índice de Produção na Indústria Transformadora (t.v.h.) 0,5% 0,3% -1,6% -4,8%

Indicador de Confiança no Comércio Retalho (s.r.e.) 7 -18 -25 -23

Indicador de Confiança nos Serviços (s.r.e.) e (v.c.s.) -9 -14 -30 -31

Taxa de Desemprego 12,4% 12,1% 14,9% 15,0%

Taxa de Inflação Média Anual (IHPC) (*) 2,2% 2,9% 3,5% 3,2%

Taxa de Rendibilidade das OT a 10 anos (*) 8,74% 11,24% 11,73% 10,03%

IHCP = Índi ce Ha rmoni za do de Preços no Cons umi dor t.v.h = taxa de va ri a çã o homól oga

s .r.e = s a l do da s res pos ta s extrema s v.c.s = va l ores corri gi dos da s a zona l i da de n.d. = nã o di s ponível

(*) Fi m do período

Fonte: Estatísticas do INE e do Banco de Portugal

2011 2012

(17)

4. ATIVIDADE DA EURONEXT LISBON

4.1Movimentos de Valores Mobiliários e Capitalização Bolsista

4.1.1 Admissões e Exclusões de Valores Mobiliários

Os 257 novos valores mobiliários admitidos à negociação nos Mercados Regulamentados da Euronext Lisbon no período em apreço integram:

• As ações da ISA, que inaugurou o mercado Alternext

• As obrigações correspondentes a 14 empréstimos emitidos pelo Millennium BCP (3 empréstimos), BES (2), Banif (2), Banco Popular Portugal (2), e Zon, EDP, Semapa e Montepio (1 cada uma);

• Papel Comercial (237 emissões), de que se destacam as seguintes emitentes: REN (77 emissões), Secil (29), Millennium BCP (27), Brisa (24), Sonae (14), Galp (13) e ZON (10);

• Os direitos de subscrição e de incorporação (4) de ações das sociedades Banco Santander (2), BES e Banco Popular.

Entretanto, saíram do Mercado Regulamentado da Euronext Lisbon 274 valores mobiliários devido a:

• Saída de negociação da empresa Sacyr, no segmento de ações estrangeiras;

• Extinção dos direitos de subscrição e de incorporação (4) de ações das sociedades Banco Santander (2), BES e Banco Popular;

• Amortização final de 20 empréstimos obrigacionistas: Tágus (5), Sagres (3), BES (2), BPI (2), Banco Invest (1), Banif (1), Millennium BCP (1), Banco Finantia (1), Sonae (1), CGD (1), Montepio (1) e da OT5%15JUN12;

• Amortização final de 248 emissões de Papel Comercial: entre outras, a REN (78 emissões), Secil (30), Brisa (23), BCP (17), Sonae (14), Galp (14), ZON (11).

(18)

Por seu turno, no segmento Easynext, no primeiro semestre de 2012, assistiu-se aos seguintes movimentos:

• Saída de negociação das empresas Fiação de Torres Novas, Polimaia e Norvalor;

• Foram extintas por amortização final obrigações do BPI (3) e APCL (1) ;

Uma expressiva movimentação de warrants autónomos e estruturados, traduzida na admissão à negociação de 1.373 novas emissões, muitas das quais entretanto reembolsadas; no caso dos warrants autónomos cerca de 65,8% por reembolso antecipado (knock-out) o que correspondeu a 94,9% para os warrants estruturados.

4.1.2 Capitalização Bolsista

No final de junho de 2012, a capitalização bolsista da Euronext Lisbon era de 175.395 milhões de euros, valor que comporta uma valorização de 3,1% face ao final de 2011, mas uma redução de 15,5% em termos homólogos.

Admissões Exclusões/Extinções Variação Líquida

Euronext Lisbon 257 274 -17

Ações 0 1 -1

Direitos 4 4 0

Dív. Pública + O.F. Públicos 0 1 -1

Obrigações Diversas 14 20 -6 Papel Comercial 237 248 -11 VMOC e equiparados 1 0 1 Alternext 1 0 1 Easynext Lisbon 1.373 1.530 -157 Ações 0 3 -3 Direitos 0 0 0 Obrigações Diversas 0 4 -4 Certificados 0 4 -4 Warrants Autónomos 4 636 -632 Warrants Estruturados 1.369 883 486 Total 1.631 1.804 -173

(*) Os números de warrants referem-se a todas as emissões que entraram e a todas as que sairam da Bolsa durante o semestre, incluindo também as que entraram e saíram neste período e que não estavam registadas nem no início nem no fim do mesmo

Movimentos de Valores Mobiliários na Euronext Lisbon

(19)

A repartição da capitalização bolsista da Euronext Lisbon atendendo aos valores nela negociados revela um peso significativo das ações, em especial de emitentes estrangeiras, e da dívida pública. De facto, a 29 de junho, a capitalização bolsista do conjunto das ações estrangeiras e dos empréstimos ao setor público representava cerca de 72,5 % do total da capitalização bolsista da praça lisboeta.

A capitalização bolsista do conjunto do mercado acionista concorria com 53,8% para o valor total da capitalização da Bolsa portuguesa no final de junho do ano em curso. Em termos evolutivos a capitalização bolsista do mercado acionista regulamentado perdeu 8,3% no semestre. No segmento obrigacionista o destaque vai para a dívida privada, cuja capitalização no semestre ganhou 32,2% e em termos homólogos subiu 63,4%.

No mercado dos warrants, a capitalização bolsista das 45 emissões de warrants autónomos, que no final de junho de 2012 estavam admitidas à negociação no segmento Easynext da Euronext Lisbon, era de 3,2 milhões de euros, valor que reflete uma contração homóloga de 97%. Por seu turno, na mesma data, estavam listadas 625 emissões de warrants estruturados, a que correspondia uma capitalização bolsista de 672,4 milhões de euros (+155,8% do que no final do primeiro semestre de 2011).

Tendo presente que no final de junho de 2012 cerca de metade da capitalização bolsista da Euronext Lisbon dizia respeito ao mercado acionista e sendo o valor deste indicador o resultado das quantidades admitidas à negociação ponderadas pelos respetivas cotações, concluiu-se que a evolução negativa semestral da capitalização bolsista total apurada no fim do semestre em apreço derivou maioritariamente da descida das cotações das ações.

A quantidade das ações listadas na Bolsa portuguesas, registou um acréscimo de 4.181.046.743 ações resultante de alterações do capital em 6 títulos cotados (acréscimo de 7.999.999 ações no Benfica SAD, 2.556.688.387 ações do Banco Espírito Santo, 867.866.147 ações do Banco Santander, 646.449.040 ações do Banco Popular, 120.751.502 ações do Espírito Santo Financial Group ao portador e uma redução de 18.708.332 ações do Espírito Santo Financial Group nominativas).

(20)

4.2Negociação

4.2.1 Mercado a Contado

No primeiro semestre de 2012, assistiu-se a uma contração de 14,8%, em termos homólogos, do número de negócios total efetuado na Euronext Lisbon, uma evolução que foi mais acentuada no valor transacionado, tendo-se registado uma redução de cerca de 28,2% do mesmo.

De facto, no período em análise foram efetuados na Euronext Lisbon 2.502.807 negócios (-14,8%, em termos homólogos), a que correspondeu um valor de 11.618,8 milhões de euros, o que representa uma variação negativa de 28,2% em confronto com o mesmo período do ano anterior.

À semelhança do verificado anteriormente, a evolução da atividade da Bolsa portuguesa no período em apreço foi determinada pelo comportamento do mercado acionista, no qual se concentra a

30-06-2011 30-12-2011 29-06-2012 30-06-2011 30-12-2011 29-06-2012 Homóloga (a) Semestral (b) Euronext Lisbon 382 385 368 204.528,5 167.667,6 172.753,4 -15,5% 3,0%

Açõe s 56 56 55 133.991,5 102.693,8 94.213,3 -29,7% -8,3%

(de emitentes nacionais) 50 50 50 56.603,1 43.395,4 38.108,8 -32,7% -12,2%

Di rei tos 1 0 0 s /c s /c s /c s /s s /s

Dív. Públ i ca + O.F. Públ i cos 32 32 31 65.832,9 59.265,5 71.061,6 7,9% 19,9%

Obri ga ções Di ve rs a s 213 237 231 4.454,8 5.504,1 7.278,4 63,4% 32,2%

Pa pel Comerci a l 71 50 40 s /c s /c s /c s /s s /s Exchange Traded Funds (ETF) 3 3 3 24,9 16,9 14,2 -43,0% -16,0%

Títul os de Pa rti ci pa çã o 2 2 2 28,1 28,1 28,1 0,0% 0,0%

Uni da des de Pa rtici pa çã o 4 5 5 196,3 159,2 157,8 -19,6% -0,9% Alternext s /c s /c 1 s /c s /c s /c s /c s /c

Easynext Lisbon 1.223 1.082 897 3.135,0 2.410,3 2.641,9 -15,7% 9,6%

Ações 17 17 14 92,5 58,2 87,0 -5,9% 49,5%

Obri ga çõe s Divers a s 17 12 8 1.545,3 628,4 791,5 -48,8% 26,0%

Certifi ca dos 209 209 205 1.125,9 1.150,2 1.087,8 -3,4% -5,4%

Warrants Autónomos 754 695 45 108,4 130,6 3,2 -97,0% -97,5%

Warrants Es trutura dos 226 149 625 262,9 442,9 672,4 155,8% 51,8% Total 1.605 1.467 1.265 207.663,5 170.077,9 175.395,3 -15,5% 3,1%

(a) 29 de junho de 2012 face a 30 de junho de 2011 (b) 29 de junho de 2012 face a 30 de dezembro de 2010 s/c = sem cotação

s/s = sem significado

Nº Valores Mobiliários Capitalização Bolsista (milhões de euros) Var. da Capitalização Bolsista

(21)

quase totalidade do valor transacionado (96%). Assistiu-se a uma quebra do número de transações realizadas no mercado acionista (-14,5%), por oposição ao crescimento do número de negócios no mercado de obrigações e de ETF’s, embora o valor transacionado nestes mercados ainda seja pouco relevante para a atividade da Euronext Lisbon.

Confrontando a atividade do Easynext Lisbon com a do Euronext Lisbon (Mercado Regulamentado), observou-se, por um lado, atendendo ao número de negócios efetuados, um aumento ligeiro do seu contributo (1,7% no semestre em apreço, contra 1,5% no período homólogo) e, também um aumento pouco significativo quanto ao valor movimentado (1,4% face 1,2% no primeiro semestre de 2011).

No semestre em análise entraram três novos membros para o mercado a contado – o Baader Bank AG (Alemanha), o BTIG Limited (EUA), e o Winterflood Securities Limited (RU). No mesmo semestre, solicitaram a saída do nosso mercado o Bloxham (Irlanda), o Evolution Securities Limited (RU), o Virtu Financial Europe Limited (RU), o Leleux Associated Brokers (Bélgica) e o Traditional Securities and Futures (França). No final do primeiro semestre de 2012, dos 100 membros que podiam operar

Euronext Lisbon 2.890.237 2.457.897 -15,0% 15.989 11.451 -28,4%

Ações 2.821.431 2.412.959 -14,5% 15.724,0 11.058,0 -29,7%

(de emitentes nacionais)(*) 2.588.782 2.229.279 -13,9% 14.841,8 10.556,9 -28,9%

Direitos 65.206 31.000 -52,5% 67,9 57,4 -15,5% Obrigações 3.108 13.269 326,9% 118,5 315,8 166,5% (Dívida Pública) 501 10.210 1937,9% 7,3 236,7 3142,5% Títulos de Participação 80 59 -26,3% 0,2 0,2 0,0% Unidades de Participação 143 159 11,2% 1,1 1,1 0,0% ETF 269 451 67,7% 77,1 18,5 -76,0% Alternext 0 0 s/s 0,0 0,0 s/s Easynext Lisbon(*) 46.490 44.910 -3,4% 187,6 167,8 -10,6% Ações 282 199 -29,4% 0,2 0,6 200,0% Obrigações Diversas 854 199 -76,7% 8,3 1,3 -84,3% Direitos 4 0 -100,0% S/ S 0,0 S/ S Warrants 41.656 37.382 -10,3% 121,5 99,8 -17,9% Certificados 3.694 7.130 93,0% 57,6 66,1 14,8% Total Geral 2.936.727 2.502.807 -14,8% 16.176,4 11.618,8 -28,2%

(*) Não inclui a EDP Renováveis, considerada est rangeira

Transações nos Mercados da Euronext Lisbon 1º Semestre

Número de Negócios Valor Transacionado (10^6 euros)

2011 2012 Variação %

Homóloga 2011 2012

Variação % Homóloga

(22)

no mercado à vista, 16 eram portugueses, 33 ingleses, 20 holandeses, 12 franceses, 8 alemães, 3 irlandeses, 3 espanhóis, 2 belgas, 1 italiano, 1 suíço, 1 sueco e 1 americano.

Mercado Acionista

Atendendo à origem geográfica das emitentes, verifica-se que as emitentes nacionais são responsáveis pela quase totalidade das transações de ações realizadas na Euronext Lisbon (92,3% em número de negócios e 95,4% em valor transacionado), que comparam com 91,8% e 94,4%, respetivamente, em 2011, conforme se pode ver no quadro seguinte.

Numa perspetiva mensal relativa ao número médio (por sessão) dos negócios efetuados no mercado acionista no semestre em referência, em termos homólogos verificou-se uma diferença negativa em cinco dos seis meses do ano, e positiva em apenas um mês (abril). Entre os seis primeiros meses do ano em curso, fevereiro foi o mês com maior movimento, registando 21.951 negócios diários (-4,2% que no mesmo mês de 2011), e março o mês de menor atividade, com 17.347 negócios (-33,8% em variação homóloga).

2011 2012 2011 2012

Ações de Emitentes Nacionais 91,8% 92,4% 94,4% 95,5%

Ações de Emitentes Estrangeiras 8,2% 7,6% 5,6% 4,5%

Nº de Negócios Valor Transacionado

Repartição das Transações de Ações por Origem das Emitentes no 1º Semestre

0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000

Jan Fev Mar Abr Mai Jun

22.217 22.919 26.217 18.569 24.523 20.812 18.147 21.951 17.347 20.306 18.667 17.839 Evolução do Nº Médio de Negócios (por sessão) sobre Ações

no 1º Semestre

(23)

Tomando em consideração o valor negociado, o panorama apresentou-se semelhante, caracterizado, no essencial, por uma evolução homóloga negativa em todos os meses do primeiro semestre de 2012.

É de sublinhar o facto de, no primeiro semestre de 2012, o grau de concentração do valor dos negócios efetuados nos mercados acionistas da Euronext Lisbon se ter reduzido ligeiramente, quando avaliado pelas transações das 20 empresas mais líquidas, que representaram 98,2% do total negociado em ações, contra 99,1% no período homólogo. Se avaliarmos o grau de concentração relativo às 5 empresas mais transacionadas, este indicador não revelou alteração significativa, registando 70,0% no semestre em análise, que compara com 71,7% no período homólogo. As ações da Galp contribuíram com a maior parcela para o valor transacionado (18,5%), seguidas pelas da PT (15,6%) e da EDP (15,0%).

No semestre em análise, os indicadores de liquidez relativos às referidas “top 20” ações evoluíram positivamente face ao primeiro semestre do ano precedente. Com efeito, o Turnover Médio do primeiro semestre cresceu de 23,3% para 55,0% entre o primeiro semestre de 2011 e idêntico período em 2012. De notar que as 20 ações mais transacionadas negociaram em todas as sessões em que estiveram admitidas.

0 20 40 60 80 100 120 140

Jan Fev Mar Abr Mai Jun

126,8 127,4 139,1 103,4 137,1 112,2 74,5 103,2 81,9 87,4 78,7 98,0 10^6 euros

Evolução do Valor Médio Transacionado de Ações (por sessão) no 1º Semestre

(24)

Quanto às restantes ações listadas no Mercado Regulamentado da Euronext Lisbon, comparativamente com o período homólogo, não se registaram alterações de realçar, quer no turnover médio, quer na frequência média de negociação.

Indicadores da Evolução da Liquidez das Ações Listadas no Mercado Regulamentado da Euronext Lisbon no 1.º Semestre

(*) Média simples do turnover do conjunto de ações a que se refere, sendo o valor do turnover calculado pelo rácio entre a quantidade transacionada e a quantidade admitida durante o período em análise.

(**) Média simples da frequência de negociação, que é medida pelo rácio entre o número de sessões em que a ação negociou e o número de sessões em que esteve admitida à negociação.

Como se vê no gráfico a seguir apresentado, que retrata a repartição setorial das transações de ações, na primeira metade de 2012, verifica-se a manutenção da estrutura quando comparada com idêntico período do ano anterior. Os setores com maior peso foram o setor financeiro, com 22,3% do total, seguido das utilities com 20,0%, do petrolífero (18,4%) e telecomunicações (16,0%). Em confronto com o mesmo período do ano transato, em 2012 os setores das utilities, financeiro, petrolíferos, e construção e materiais, viram o seu peso aumentar no total das transações.

2011 2012

Turnover Médio (*) 23,3% 55,0%

Frequência Média de Negociação (**) 100% 100%

Turnover Médio (*) 2,7% 0,9%

Frequência Média de Negociação (**) 63,4% 60,0%

20 Ações com Maior Valor Negociado

(25)

(*) Inclui vendas a retalho, media, viagens e lazer

No primeiro semestre de 2012, e face ao valor de fecho de 2011, o PSI Geral recuou 10,0% e o PSI 20 recuou 14,5%. Comparando este comportamento com o de algumas bolsas de referência europeias no mesmo período, constatou-se que o índice de referência da bolsa espanhola (IBEX 35) recuou 17,1%, o da bolsa alemã (DAX) subiu 8,8%, o da bolsa francesa (CAC 40) subiu 1,2%, o da bolsa italiana recuou 5,4% e o da bolsa inglesa (FTSE 100) aumentou 0,02%.

0% 5% 10% 15% 20% 25%

Repartição Setorial das Transações de Ações no 1º Semestre

2011 2012 -12% -8% -4% 0% 4% 8%

Jan Fev Mar Abr Mai Jun

Variação % Mensal do Índice PSI Geral no 1º Semestre

(26)

Com base na distribuição setorial das ações que compõem o PSI Geral, nota-se que se valorizaram os índices do setor dos bens de materiais de base, bens de consumo e dos serviços (17,1%, 6,1% e 3,7%, respetivamente). O índice relativo ao setor financeiro foi o que apresentou pior desempenho (-25,9%), seguido do setor das utilities (-21,6%).

A observação do gráfico relativo às variações percentuais diárias do índice PSI 20, nos primeiros semestres de 2011 e de 2012, não evidencia uma amplitude dos valores da flutuação deste muito diferente nos dois períodos referidos.

-16% -12% -8% -4% 0% 4% 8%

Jan Fev Mar Abr Mai Jun

Variação % Mensal do Índice PSI 20 no 1º Semestre PSI 20 2011 PSI 20 2012 Sectores 2011 2012 Materiais de Base -0,2% 17,1% Industrial -5,0% -4,6% Bens de Consumo -8,0% 6,1% Serviços 6,2% 3,7% Telecomunicações -2,8% -9,9% Utilities 4,6% -21,6% Setor Financeiro -15,0% -25,9% Tecnologia (IT) -12,8% -11,9%

(27)

De facto, a amplitude percentual do PSI 20, medida pelo quociente da diferença entre o maior e o menor valor de fecho pelo menor valor, subiu de 16,9% no primeiro semestre de 2011 para 29,3% no mesmo período de 2012. De igual forma, a diferença entre a maior variação positiva e negativa percentual diária do PSI 20 no primeiro semestre de 2011 foi de 5,4 p.p. - resultante de uma variação diária positiva de 2,6% registada em 15 de junho e de uma negativa de 2,8% em 23 de maio -, que compara com 6,1 p.p. no mesmo período do ano transato (+3,1% em 30 de junho e -3,0% em 7 de janeiro).

A volatilidade anualizada do PSI 20 (medida pelo produto do desvio padrão das rendibilidades diárias pela raiz quadrada de 250) subiu de 15,7% no primeiro semestre de 2011 para 17,2% nos primeiros seis meses de 2012.

Da revisão ordinária do PSI 20, que ocorreu em março de 2012, resultou a saída da empresa Banif que foi substituída pelo Espírito Santo Financial Group. Ainda no que se refere à composição do PSI 20, foi anunciado a 20 de Junho a saída da Cimpor, em resultado da Oferta Pública de Aquisição de que foi alvo pela Intercement Austria Holding.

A análise comparativa das cotações ajustadas das ações, que no final de junho de 2012 compunham a carteira do índice PSI 20, revela que as cotações de mais de metade das ações sofreram variações

-4% 0% 4%

Variação % Diária do PSI 20 no 1º Semestre

(28)

semestrais negativas, se bem que distribuídas por um amplo intervalo compreendido entre -60,0%, no caso das ações do BES e +14,3% nas da Portucel.

Expandindo a análise ao conjunto das ações que no final do primeiro semestre de 2012 compunham a carteira do PSI Geral, ou seja, todas as ações admitidas à negociação no Mercado Regulamentado da Euronext Lisbon, verifica-se que, no semestre em apreço, as ações do Banif foram as que mais se desvalorizaram (-64,7%). Neste espetro alargado, 13 empresas viram as suas cotações subir e todas as outras observaram evoluções negativas ou nulas.

4.2.2 Mercado de Derivados: Futuros

No primeiro semestre de 2012, comparativamente com o período homólogo do ano anterior, o número de contratos de futuros negociados no mercado de derivados português observou uma descida de 52%, refletindo sobretudo a evolução dos contratos negociados de Single

Stock Futures (em que se registou uma queda de 95%), mas também dos contratos sobre o

Índice PSI 20 (-29,2% relativamente ao período homólogo). Aderiram ao mercado de derivados nacional dois novos membros – o Panthera Investment GmbH e Société Générale, e deixaram o mercado a Virtu e a Goldenway.

-60,0% -42,9% -42,1% -28,6% -27,3% -22,9% -22,2% -10,9% -10,3% -9,5% -8,2% -5,3% -3,8% 1,0% 4,2% 6,5% 7,3% 7,7% 10,2% 14,3% -70% -60% -50% -40% -30% -20% -10% 0% 10% 20% BES EDP Renováveis Cimpor Millennium BCP Sonae Indústria P.Telecom EDP SONAE Galp Energia Altri SEMAPA ZON MULTIMEDIA BRISA ES Financial Group Jerónimo Martins SONAECOM Mota-Engil REN BPI Portucel

Variação das Cotações Ajustadas das Ações da Carteira do PSI 20 no 1º Semestre

(29)

No período em análise, foram transacionados no mercado de derivados de Lisboa 29.914 contratos de futuros, dos quais 1.082 corresponderam a contratos de Single Stock Futures, o que equivaleria a negociar no mercado à vista 108.200 ações envolvendo um valor da ordem dos 559.025 euros. No que respeita aos contratos de futuros sobre o PSI 20, os 28.832 contratos transacionados representaram um valor negociado de 144.766.647 euros.

(*) no final do período

No que se refere às posições abertas no final de junho, verificou-se uma redução em termos homólogos da ordem dos 12,8% nos contratos sobre o PSI 20 e não se registavam posições abertas de futuros sobre ações no final do primeiro semestre do ano.

Relativamente ao valor negociado no mercado de derivados de Lisboa, no semestre em apreço observou-se uma redução de 53,5%, em termos homólogos, diretamente relacionada com a evolução da negociação dos contratos de futuros sobre o PSI 20, que diminuiu 53,3%. Quanto ao valor negociado em contratos sobre ações individuais verificou-se um agravamento da tendência de retração registada no primeiro trimestre, tendo esse valor recuado 77,6% em termos homólogos.

Neste período, os investidores manifestaram um menor interesse pelo mercado de derivados português, face ao período homólogo de 2011, demonstrando no entanto preferência pelos contratos de futuros sobre o índice PSI20, seguidos pelos contratos de Single Stock Futures sobre a REN e Jerónimo Martins.

De referir a entrada, em abril de 2012, de um novo membro negociador no mercado de derivados de Lisboa – o Société Générale – e em junho de 2012 o Panthera Investment. Deixaram o mercado português a Virtu e a Goldenway.

2011 2012 2011 2012 2011 2012

Sobre o PSI 20 40.698 28.832 309,7 144,7 5.212 4.545

Sobre Ações 21.572 1.082 2,5 0,6 830 0

Total 62.270 29.914 312,2 145,2 6.042 4.545

Nº de Contratos Valor Negociado

(10^6 euros)

Posições Abertas(*)

Atividade do Mercado de Futuros no 1º Semestre

(30)

A Euronext Lisbon realizou um curso de análise técnica de dois dias (10 horas), nos dias 10 e 11 de Maio, com o objetivo de difundir o conhecimento sobre estes produtos e promover a sua utilização.

No final do primeiro semestre de 2012, encontravam-se disponíveis para ser negociados na Liffe, através do central order book, contratos de futuros sobre o principal índice acionista português (o PSI 20) e sobre 13 ações representativas de diversos setores da economia nacional: financeiro (Millennium BCP, BPI e BES), da energia (EDP, REN e EDP Renováveis), das comunicações (Portugal Telecom, ZON MULTIMEDIA e SonaeCom), da construção e manutenção de auto-estradas (Brisa), do retalho (Sonae e Jerónimo Martins) e petrolífero (GALP).

4.3 Sistemas Centralizados e de Liquidação de Valores Mobiliários

A gestão dos sistemas de liquidação e dos sistemas centralizados de valores mobiliários é da responsabilidade da Interbolsa, sociedade anónima, que faz parte do universo de consolidação da Euronext Lisbon. Além destas funções, à Interbolsa, enquanto membro da ANNA – Association of National Numbering Agencies, S.C.R.L., está confiada a gestão e o funcionamento da Agência Nacional de Codificação, entidade responsável pela atribuição de códigos ISIN - International Securities Identification Number e CFI - Classification of Financial Instruments a todos os valores mobiliários emitidos em Portugal, bem como a outros instrumentos financeiros, em conformidade com as normas ISO e as diretrizes da ANNA.

Nos termos legais, a Interbolsa no seu relatório relativo ao primeiro semestre de 2012 faz uma análise detalhada da forma como desenvolveu, neste período, as atividades que lhe estão atribuídas. Assim sendo, e apenas porque se trata de um relatório “consolidado”, apresenta-se a seguir uma breve resenha da atividade desenvolvida no semestre em apreço no domínio dos sistemas de liquidação e sistemas centralizados e de valores mobiliários, geridos por essa entidade gestora.

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4.3.1 Sistemas Centralizados

No final do primeiro semestre de 2012, encontravam-se integradas nos Sistemas Centralizados geridos pela Interbolsa 3.003 emissões de valores mobiliários, com um valor nominal global de 289 mil milhões de euros. Comparativamente com o período homólogo do ano anterior, verificou-se um decréscimo de 426 emissões e uma diminuição de 2,2% no montante nominal de valores mobiliários integrados.

Foram simultaneamente processados através da Interbolsa 4.327 operações de exercício de direitos de conteúdo patrimonial e outros eventos, número inferior em 3,8% ao registado no primeiro semestre de 2011; o montante nominal correspondente ao total destas operações apresentou um crescimento homólogo de 23,2%.

Valor das Operações Processadas na Interbolsa

(10^6 euros)

s/s = sem significado

(*) Inclui títulos de participação, papel comercial, obrigações clássicas, obrigações de caixa, obrigações convertíveis, obrigações com direito de subscrição, obrigações participantes, obrigações hipotecárias, obrigações titularizadas, valores estruturados e valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis (VMOC).

O montante de juros pagos através dos Sistemas Centralizados geridos pela Interbolsa, no primeiro semestre de 2012, referente a 17 operações respeitantes a emissões representativas da dívida pública portuguesa, ascendeu a 2.579,0 milhões de euros, valor que representa um decréscimo de 9,0% em confronto com o período homólogo do ano transato. Por sua vez, no mesmo período, os

1.º Sem. 2011 1.º Sem. 2012 Var. Homóloga Juros/Remunerações . Dívida Pública 2.833,8 2.579,0 -9,0% . Dívida Privada (*) 1.916,8 2.729,5 42,4% Amortizações . Dívida Pública 8.998,1 8.188,8 -9,0% . Dívida Privada (*) 21.693,8 30.487,5 40,5% Dividendos/Remunerações de UPs 3.240,6 2.598,5 -19,8% Aumentos de Capital . Por Subscrição 348,0 1.009,9 190,2%

. Por Incorporação de Reservas 219,3 0,8 -99,6%

Redução de Capital, Liquidação de Emissões, Fusões e Cisões de Empresas

1.854,1 3.036,7 63,8%

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juros/remunerações pagos nas 2.111 operações referentes ao conjunto da dívida privada, títulos de participação e outros valores mobiliários representativos de dívida, no total de 2.729,5 milhões de euros, cresceram em termos homólogos 42,4%.

No que diz respeito às amortizações, tanto de dívida pública como de dívida privada, títulos de participação e outros valores representativos de dívida movimentadas através da Interbolsa, no semestre em referência foram efetuadas 487 operações, tendo sido processada uma operação de amortização relativa à dívida pública. Em termos do valor envolvido nas operações de dívida privada, verificou-se um aumento de 40,5% a face ao período homólogo, tendo o valor nominal dos instrumentos de dívida pública apresentado um decréscimo de 9% face ao primeiro semestre de 2011.

No que respeita ao pagamento de dividendos/remunerações de ações e de unidades de participação integradas nos Sistemas Centralizados, nos primeiros seis meses de 2012, foram processadas 63 operações, nas quais foram movimentados 2.598,5 milhões de euros.

No sistema centralizado gerido pela Interbolsa foram ainda efetuadas, no período em análise, 5 operações de aumento de capital, sendo 1 na modalidade de subscrição e 4 de incorporação de reservas. O montante resultante de incorporação de reservas ascendeu a 790 mil euros, que compara com 219,3 milhões de euros no período homólogo, e o capital realizado por subscrição de capital cifrou-se em 1.009,9 milhões de euros.

No tocante às operações de redução de capital, fusão e cisão de empresas e liquidação de emissões que tiveram lugar na primeira metade de 2012, a Interbolsa registou 7 operações desta natureza (menos 2 do que no período homólogo), nas quais, no seu conjunto, foram movimentados 3.036,7

milhões de euros, valor que compara com 1.854,1 milhões de euros registados no primeiro semestre do ano transato.

No primeiro semestre de 2012, a Interbolsa processou 1.637 operações de exercício de valores mobiliários estruturados (warrants e certificados), ou seja, menos 505 operações do que em igual período de 2011. Nas operações realizadas em 2012 foram movimentados 26,5 milhões de euros, o que corresponde a um acréscimo homólogo de 16,0%.

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4.3.2 Sistemas de Liquidação

A Interbolsa está incumbida da organização e gestão dos sistemas de liquidação de valores mobiliários com vista a assegurar, designadamente, a realização de transferências de dinheiro associadas às transferências de valores mobiliários ou a direitos inerentes e a garantias relativas a operações sobre valores mobiliários.

São participantes nos sistemas de liquidação os intermediários financeiros filiados na Interbolsa e que asseguram a liquidação física e financeira das operações realizadas em mercado, regulamentado e não regulamentado, e, bem assim, as operações realizadas fora de mercado.

A Interbolsa gere três sistemas de liquidação: o Sistema de Liquidação em Geral,o SLrt – Sistema de Liquidação em Real Time e, desde Março de 2008, o SLME - Sistema de Liquidação em Moeda Estrangeira. A LCH.Clearnet, SA assume no mercado de capitais português as funções de câmara de compensação e de contraparte central.

O número de operações realizadas nos mercados geridos pela Euronext Lisbon e garantidas pela LCH.Clearnet, SA liquidadas na primeira metade de 2012 pela Interbolsa elevou-se a 103.244, a que correspondeu um valor de 8.825,5 milhões de euros (-29,9% do que em igual período do ano anterior).

Por seu turno, a liquidação de operações realizadas em mercado regulamentado e não garantidas pela LCH.Clearnet, SA deu origem a 360 instruções de liquidação, a que correspondeu um valor de 1,9 milhões euros, apresentando desta forma um decréscimo de 77,6% deste tipo de operação de liquidação.

Valor das Operações Realizadas nos Sistemas de Liquidação da Interbolsa

(10^6 euros)

1.º Sem. 2011 1.º Sem. 2012 Var. Homóloga Sistema de Liquidação em Geral

Operações Garantidas 12.586,9 8.825,5 -29,9%

Operações não Garantidas 8,4 1,9 -77,4%

Operações Garantidas submetidas a liquidação no SLrt

1.212,6 916,3 -24,4%

Sistema de Liquidação em tempo real (SLrt )

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Comparando as 13.025 instruções referentes a operações garantidas que, por falha de liquidação, durante os primeiros seis meses de 2012, foram resubmetidas a novas tentativas de liquidação com as que, no mesmo período de 2011, foram sujeitas a idêntico procedimento, registou-se um decréscimo de 1,4%; com a mesma tendência, o correspondente valor, que se cifrou em 916,3 milhões de euros, incorporou uma variação homóloga negativa de 24,4%.

Entretanto, no SLrt, que permite a liquidação de instruções FOP (Free Of Payment) e DVP (Delivery Versus Payment) num ambiente totalmente automatizado, foram liquidadas 29.130 e 205.636 instruções, respetivamente.

O valor global das instruções DVP liquidadas em tempo real ascendeu a 54.600,6 milhões de euros. Em termos homólogos, o número deste tipo de operações decresceu 11,1%, enquanto o valor movimentado contraíu 23,6%.

Durante o período em análise, as operações FOP liquidadas através do SLrt apresentaram um decréscimo de 92,3% no número de instruções, tendo a quantidade liquidada diminuído, em termos homólogos, 68,3%.

Para além das operações atrás referidas, a Interbolsa, através dos seus sistemas, efetua, por instrução do intermediário financeiro, a movimentação de valores mobiliários dentro da mesma conta e entre contas de diferentes intermediários financeiros, tanto para efeito de liquidação física de operações como para a mera transferência de valores.

Neste domínio, foram realizadas, nos primeiros seis meses do corrente ano, 133.601 operações de transferência de valores mobiliários, a que correspondeu uma quantidade movimentada de 7.384.935 milhões de unidades de valor mobiliário. Em termos homólogos, o número destas operações sofreu um decréscimo de 4,2%, que foi acompanhado por um acréscimo de 29,7 % da quantidade de valores mobiliários objeto de transferência.

5. RECURSOS HUMANOS

No primeiro semestre de 2012, a NYSE Euronext deu continuidade ás iniciativas globais do programa “Empowering Welness” reforçando a disponibilização de ferramentas educacionais e interativas, passatempos e jogos, numa lógica de melhoria do bem-estar, bem como a utilização de links para recursos inovadores centrados no desafio da atividade física, resistência ao stress, prevenção e

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nutrição. Em particular, no âmbito deste programa, foi lançada em junho uma “competição” de ténis de mesa denominada BOUNCE, na qual Lisboa está a participar, com um conjunto de equipas. O torneio terá sequência ao longo do segundo semestre.

De forma a dar resposta à vontade expressa pelos colaboradores através da Global Employee Survey anual, o Grupo NYX criou a NYX University, que tem como objetivo fornecer acesso a variadas áreas de formação sob um único portal comum on-line, disponível a todos os colaboradores, aumentando assim as oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional. Estão disponíveis novos cursos de E-Learning através do MyInfo/Global Training, nomeadamente de fornecedores de reconhecido mérito como a Harvard Business Publishing, SkillSoft e Rosetta Stone.

6. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA

6.1 Apreciação Global

O resultado líquido consolidado da Euronext Lisbon em junho de 2012 ascendeu a 8,4 milhões de euros, verificando-se um decréscimo de 851 mil euros (-9,2%) relativamente ao período homólogo do ano anterior. Este resultado consolida os resultados individuais da Euronext Lisbon e da Interbolsa, no montante, respetivamente, de 2,8 milhões de euros (excluindo os ganhos em subsidiárias no valor de 12 milhões de euros) e de 5,6 milhões de euros.

Os proveitos operacionais consolidados totalizaram 18,1 milhões de euros resultantes de proveitos operacionais da Euronext Lisbon e da Interbolsa, respetivamente, de 7,4 milhões de euros e 10,7 milhões de euros.

O aumento dos proveitos operacionais da Euronext Lisbon (+6,6%), conjugado com a diminuição dos proveitos da Interbolsa (-4,7%), originou uma variação negativa de 80 mil euros (-0,4%) nos proveitos operacionais consolidados, quando comparados com o verificado no primeiro semestre de 2011.

Os custos operacionais consolidados totalizaram 6,4 milhões de euros, evidenciando um aumento de 884 mil euros (+16%) face ao registado no primeiro semestre de 2011.

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À data de junho de 2012, a margem líquida foi de 46,7%, contra 51,1% em junho de 2011, resultante de uma margem operacional de 64,7% (69,7% em junho de 2011).

A rendibilidade do ativo de 15,9% manteve-se ao nível do período homólogo do ano anterior e a autonomia financeira, que se situou em 85,4%, decresceu quando comparada com dezembro de 2011 (87,7%).

6.2 Proveitos e ganhos

Os proveitos operacionais consolidados, como referido anteriormente, atingiram o montante de 18,1 milhões de euros, traduzindo uma pequena diminuição (-0,4%), face ao valor registado em junho de 2011.

Os proveitos decorrentes do mercado a contado registaram um decréscimo de 23,2%, motivado pela diminuição do preço por negócio e também do número médio de negócios durante o primeiro semestre do ano de 2012, se compararmos com o período homólogo do ano anterior.

O número médio de negócios por sessão diminuiu de 23.124 para 19.707, registando uma variação negativa de 14,8%, tendo o preço médio por negócio acompanhado essa mesma tendência, de 0,53 euros (junho de 2011) para 0,48 euros (junho de 2012), o que correspondeu a um decréscimo de 9,4%

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