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Academic year: 2021

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COMISSÃO EUROPEIA

DIREÇÃO-GERAL DO MERCADO INTERNO, DA INDÚSTRIA, DO EMPREENDEDORISMO E DAS PME

DIREÇÃO-GERAL DO COMÉRCIO

DIREÇÃO-GERAL DA INDÚSTRIA DA DEFESA E DO ESPAÇO

Bruxelas, 25 de janeiro de 2021

REV1 – substitui o aviso de 18 de janeiro de 2018

AVISO ÀS PARTES INTERESSADAS

SAÍDA DO REINO UNIDO E NORMAS DA UE EM MATÉRIA DE CONTRATOS PÚBLICOS

Em 1 de fevereiro de 2020, o Reino Unido saiu da União Europeia e passou a ser um «país terceiro»1. O Acordo de Saída2 previa um período de transição que terminou em 31 de dezembro de 2020. Previa igualmente, em certos casos, disposições em matéria de separação no final do período de transição.

Durante o período de transição, a União Europeia e o Reino Unido negociaram um Acordo de Comércio e Cooperação, que foi assinado em 30 de dezembro de 20203 e que é aplicado a título provisório desde 1 de janeiro de 20214.

Chama-se a atenção de todas as partes interessadas, em especial dos operadores económicos, para o quadro jurídico aplicável desde o termo do período de transição, tendo em conta o Acordo de Comércio e Cooperação (parte A). O presente aviso explica também certas disposições pertinentes do Acordo de Saída relativas à separação (parte B).

Nota:

O presente aviso não diz respeito às normas da UE em matéria de:

- contratos públicos celebrados pelas instituições e organismos da UE; - IVA cobrado sobre produtos e serviços.

Esses aspetos são objeto de outros avisos, já publicados ou em curso de preparação.

1

Um país terceiro é um país que não é membro da União Europeia.

2 Acordo sobre a saída do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte da União Europeia e da

Comunidade Europeia da Energia Atómica (JO L 29 de 31.1.2020, p. 7) (a seguir designado por «Acordo de Saída»).

3

Acordo de Comércio e Cooperação entre a União Europeia e a Comunidade Europeia da Energia Atómica, por um lado, e o Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte, por outro, JO L 444 de 31.12.2020, p.14.

4

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A. QUADRO JURÍDICO APLICÁVEL APÓS O TERMO DO PERÍODO DE TRANSIÇÃO

Desde 1 de janeiro de 2021, as normas da UE em matéria de contratos públicos5 deixaram de ser aplicáveis ao Reino Unido e no Reino Unido, sem prejuízo do disposto na secção B do presente aviso.

Os operadores económicos do Reino Unido que estiverem interessados ou que participem em processos de adjudicação de contratos públicos na UE terão o estatuto de operadores económicos estabelecidos num país terceiro no que se refere ao seu acesso ao mercado de contratos públicos da UE.

O Reino Unido aderiu, contudo, em 1 de janeiro de 2021, ao Acordo da OMC sobre Contratos Públicos. Ao abrigo desse acordo, a União Europeia e o Reino Unido assumiram compromissos mútuos no sentido de concederem acesso mútuo aos operadores, produtos e serviços da outra Parte a certas oportunidades de contratação pública. Além disso, a parte dois, subparte um, título VI, do Acordo de Comércio e Cooperação prevê outros compromissos mútuos em matéria de acesso a oportunidades de contratação pública.

1. CONTRATOS ABRANGIDOS PELOS COMPROMISSOS ASSUMIDOS PELA UE AO ABRIGO DO ACORDO SOBRE CONTRATOS PÚBLICOS DA OMC E DO ACORDO DE

COMÉRCIO E COOPERAÇÃO

Os operadores económicos, produtos e serviços do Reino Unido beneficiarão de acesso equitativo e não discriminatório às oportunidades de mercado abrangidas pelos compromissos assumidos pela União Europeia ao abrigo do Acordo sobre Contratos Públicos da OMC e do Acordo de Comércio e Cooperação6.

Estes compromissos da UE abrangem a aquisição de produtos e de certos serviços, incluindo serviços de construção, com um valor económico igual ou superior aos limiares7 fixados pela União Europeia, pelas seguintes entidades:

 todas as entidades da administração central ou subcentral;

 os organismos de direito público; e

 as entidades públicas, empresas públicas e empresas privadas com direitos exclusivos ou especiais que operem nos seguintes setores dos serviços públicos: água, eletricidade, gás e aquecimento, portos, aeroportos, transportes urbanos e serviços ferroviários.

5

Para mais informações sobre as normas em matéria de contratos públicos na UE:

https://ec.europa.eu/growth/single-market/public-procurement/rules-implementation_pt.

6 Os operadores económicos, produtos e serviços da UE terão acesso equitativo e não discriminatório às

oportunidades de contratação pública no Reino Unido, em conformidade com os compromissos assumidos por este país ao abrigo do Acordo sobre Contratos Públicos da OMC e do Acordo de Comércio e Cooperação.

7 Estes limiares são idênticos aos aplicados ao abrigo das diretivas da UE no domínio dos contratos

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Esse acesso tem por base as regras do Acordo da OMC sobre Contratos Públicos e do Acordo de Comércio e Cooperação, que prevê que os produtos, serviços e fornecedores do Reino Unido abrangidos pelo Acordo beneficiem de um tratamento não menos favorável do que o concedido pela União Europeia aos seus próprios produtos, serviços e fornecedores.

2. CONTRATOS ABRANGIDOS PELOS COMPROMISSOS ASSUMIDOS PELA UE AO ABRIGO DO ACORDO SOBRE CONTRATOS PÚBLICOS DA OMC E DO ACORDO DE

COMÉRCIO E COOPERAÇÃO

2.1. Normas gerais

No que respeita aos contratos públicos não abrangidos pelos compromissos assumidos pela União Europeia ao abrigo do Acordo sobre Contratos Públicos da OMC e do Acordo de Comércio e Cooperação8, os operadores económicos do Reino Unido terão o mesmo estatuto que todos os outros operadores económicos estabelecidos num país terceiro com o qual a União Europeia não tenha celebrado qualquer acordo que preveja a abertura do mercado de contratos públicos da UE. Assim sendo, estão sujeitos às mesmas regras que são aplicáveis a qualquer país terceiro proponente. Mais concretamente, como foi referido nas «Orientações sobre a participação de proponentes e de mercadorias de países terceiros no mercado de contratos públicos da UE»9, «os operadores económicos de países terceiros que não tenham qualquer acordo que preveja a abertura do mercado dos contratos públicos da UE ou cujos bens, serviços e obras não estejam abrangidos por um tal acordo não têm acesso garantido aos procedimentos de contratação na UE e podem ser excluídos».

Além disso, nos termos do artigo 85.º da Diretiva 2014/25/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, que regula os procedimentos aplicáveis aos contratos públicos para a aquisição de fornecimentos por parte de entidades que operem nos setores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais10, qualquer proposta de adjudicação desse tipo de contratos apresentada na União Europeia pode ser rejeitada quando a parte de produtos originários de países terceiros com os quais a União Europeia não tenha celebrado um acordo que garanta um acesso comparável e efetivo das empresas da União aos mercados desses países terceiros, exceder em 50 % o valor total dos produtos que compõem a proposta. Mesmo que as referidas propostas não

8 Os compromissos assumidos pela União Europeia no âmbito do Acordo sobre Contratos Públicos da

OMC e do Acordo de Comércio e Cooperação não abrangem, nomeadamente: contratos públicos de valor inferior aos limiares; contratos públicos relativos a quaisquer serviços não cobertos pelos compromissos assumidos ao abrigo dos referidos acordos (nomeadamente serviços de investigação e desenvolvimento), concessões de serviços, contratos públicos celebrados por entidades públicas, empresas públicas e empresas privadas com direitos exclusivos ou especiais em certos setores de serviços públicos (serviços postais, extração de petróleo e gás, prospeção ou extração de carvão ou de outros combustíveis sólidos), contratos públicos no setor da defesa e contratos públicos celebrados pela maioria das instituições e organismos da UE (exceto a Comissão Europeia, o Conselho e o Serviço Europeu para a Ação Externa).

9 https://ec.europa.eu/docsroom/documents/36601. 10

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sejam rejeitadas, não poderão conduzir à adjudicação de um contrato se existirem ofertas equivalentes com menos de 50 % dos produtos originários de países terceiros. Por conseguinte, as propostas respeitantes a este tipo de contratos públicos da UE, ou seja, os contratos não abrangidos pelos compromissos da União Europeia ao abrigo do Acordo sobre Contratos Públicos da OMC e do Acordo de Comércio e Cooperação, que proponham mais de 50 % de produtos provenientes do Reino Unido e de outros países terceiros com os quais a União Europeia não tenha celebrado qualquer acordo, podem ser recusadas ou não beneficiar da adjudicação de um contrato.

2.2. Normas específicas no domínio da defesa e da segurança

Conforme clarificado no considerando 18 da Diretiva 2009/81/CE, que regulamenta os processos de adjudicação de contratos públicos por autoridades adjudicantes ou entidades nos domínios da defesa e da segurança11, os Estados-Membros da UE conservam o poder de decidir se as suas autoridades/entidades adjudicantes podem autorizar operadores económicos de países terceiros a participar nos processos de adjudicação de contratos em matéria de defesa e de segurança. Os operadores económicos do Reino Unido podem, por conseguinte, ser excluídos da participação em concursos para a adjudicação de contratos nos domínios da defesa e da segurança na União Europeia.

Além disso, o artigo 22.º da Diretiva 2009/81/CE prevê que os Estados-Membros reconheçam as credenciações de segurança que considerem equivalentes às emitidas em conformidade com a respetiva legislação nacional. Findo o período de transição, os Estados-Membros da UE deixarão de ser obrigados a reconhecer as credenciações de segurança obtidas pelos operadores económicos no Reino Unido, mesmo quando as considerem equivalentes às respetivas credenciações de segurança nacionais. Tal poderá implicar a exclusão do processo de adjudicação de contratos públicos nos domínios da defesa e da segurança da UE dos operadores que disponham de uma credenciação de segurança obtida no Reino Unido.

B. DISPOSIÇÕES PERTINENTES DO ACORDO DE SAÍDA RELATIVAS À SEPARAÇÃO

O título VIII da parte III do Acordo de Saída regula os procedimentos de adjudicação de contratos públicos em curso em 31 de dezembro de 2020. O artigo 76.º do Acordo de Saída estabelece que os procedimentos de adjudicação de contratos públicos iniciados por autoridades adjudicantes ou entidades adjudicantes do Reino Unido ou da União Europeia e ainda não concluídos em 31 de dezembro de 2020 devem ser prosseguidos, até à sua conclusão, em conformidade com a legislação da UE que rege os procedimentos de adjudicação de contratos públicos. Consequentemente, os operadores económicos do Reino Unido continuam a beneficiar do princípio da não discriminação no que se refere aos procedimentos em curso na União Europeia – e vice-versa.

Além disso, as autoridades adjudicantes ou entidades adjudicantes do Reino Unido devem continuar a requerer a publicação dos anúncios respeitantes aos procedimentos em curso em 31 de dezembro de 2020 por parte do Serviço das Publicações da União

11

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Europeia no TED (Tenders Electronic Daily), a versão na Internet do «Suplemento do Jornal Oficial» da União Europeia dedicado aos contratos públicos europeus.

O artigo 77.º do Acordo de Saída estabelece que continuam a ser aplicáveis aos procedimentos de adjudicação de contratos públicos em curso em 31 de dezembro de 2020 os processos de recurso previstos no direito da UE no domínio dos contratos públicos.

Comissão Europeia

Direção-Geral do Mercado Interno, da Indústria, do Empreendedorismo e das PME Direção-Geral da Indústria da Defesa e do Espaço

Referências

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