E S
UFRJME
—TD249
NS88838
Í
SR
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Fo
NSTITUTO DE
ECONOMIA
TEXTO PARA DISCUSSÃO No 249
DO SEGURO À SEGURIDADE: A METAMORFOSE
INCONCLUSA DO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO
BRASILEIRO
Aloísio Teixeira
Dezembro/1990
Emo
UFRJ/CCJE
Bibliotoca Eugênio Gudin
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE ECONOMIA INDUSTRIAL
SEGURO À SEGURIDADE: A METAMORFOSE INCONCLUSA DO
DO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO BRASILEIRO
Aloisio Teixeira
430030 Dezembro/1990
ii
an ESTE TRABALHO FOI IMPRESSO NO =5====a
mommeseso JEI, com A COLABORAÇÃO DA ANPEC ao
mesaE O APOIO FINANCEIRO DO PNPE Htouastcrecnacaa UNNIe NEAR NEsãossas ui AS
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« SENCiigr a . Rs o de aneis eileira 7 “: UFRJ Mp. cv o + m ” md, o 249!
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Say Bibliografia: Po dogs “ l. Previd hd coca) Brgaim la Social Brasil rasin) prog Benef ic Os Pr dé EPI il] Policia rs UiÇão Brasi “a Ele “Social
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DO SEGURO À SEGURIDADE: A METAMORFOSE INCONCLUSA
DO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO BRASILEIRO
I. ABERTURA:
Mais de dois anos passados da promulgação da nova
Constituição brasileira, a seguridade social continua uma questão em aberto. Apontada à época - e com justa razão - como uma das maiores conquistas aportadas ao direito social brasileiro, cresce hoje a suspeita de que está sob ameaça de virar letra morta.
Vários são os indícios: a intransparência dos orçamentos, o descumprimento sistemático nas normas legais que a regem, a
fragmentação da legislação regulamentadora.
A principal acusação, no entanto, hoje como quando de sua aprovação, continua girando em torno ao tema de sua inviabilidade financeira. Houve até um tempo em que um presidente da república - quem não se lembra? - mobilizou uma cadeia de
rádio e televisão para declarar a "ingovernabi lidade" do país,
fruto exatamente da falta de critérios da Constituinte na concessão de benefícios previdenciários. Este tempo passou, e, se
os governos mudam, se as palavras passam, a questão central continua a mesma, como se pode depreender dos recentes vetos do
presidente aos projetos de lei aprovados pelo Congresso para
regulamentar o capítulo constitucional da Seguridade Social.
A insistência no ponto e a falta de clareza dos que muitas vezes defendem aquela conquista contribuem para criar um
clima no qual os direitos recém-adquiridos possam ser derrogados.
Mormente quando se sabe que o Congresso agora eleito tcrá, mais uma vez, poderes constituintes.
Recuperar, portanto, a discussão que precedeu as deliberações e votações de 1988 é, mais que uma tarefa acadêmica,
um dever da cidadania. Porque aquela discussão, além do mais, tem
história, como história têm as instituições que desaquaram na seguridade social brasileira, tal como definida na Constituição brasileira de 1988.
E se essa história até por “Scândalos,
Nosso próprio ca lugar Comum:
heterogeneidade
aparece marcada por ambiguidades
e
isto tem algo a ver com oPitalismo. Poderíamos,
o Capitalismo os modo como evoluiu o
e
aliás, começar, por est
brasileiro
é marcado por forte
* Dinâmic “ s
O O O suficiente para tornar
i “ +
. de
italista, tem sido incapaz
ma série de Problemas. O da ida o mais atisfatórias bara u miséria absoluta é sem dúv embora existam outros:
Sistema de Crédito, o da artà questão tecnológica,Grave e o mais visivel,
O mundo da iculação Produtiva e financeiraaa « o da organização doetc.
. te Previdência (Chamemo-1o provisoriamen
insere-se
Contraditoriamente
heterogeneidade
estrutural.
Por uma lado, seu surgimento e
evolução são à expressão
da generalização das
relações
capitalistas de Produção
no Pais; por outro, reflete o estado de
Profundo atraso destas relações
assim)
neste marco de
Pelo menos em um aspecto rabalho (sem cuja superação,
ingresso na modernidade não passa de
- por sua clientela:
os despossuídos, Os doentes,
a infância Carente, os idosos, todos em geral
sem outro apoio que
não aquele que o sistema pode Oferecer;
2. por sua forma de
operacional: arcaicas, Privilégios;
as viúvas,
Organização e sua
- Pelas forças Políticas que o
* Nutridas
€ reprodutoras das Piores manifestações
do clientelismo,
Neste sentido
as instituições
que integram
a
Previdência Social não fogem à
Calizados, que
velha modernidade",
in
do Brasil (Ensaios
Politicos e no Collor), Rio Fundo Editora, RJ, 1990.
i da
do atraso e , de fundo
.
ntinuidade sobre o pano
olíticas sociais e, o
ea
afirmam & Sua dadfeudalização.a Dai o caráter fragmentário das p
2
. idência”.
ão é que seja
, revidênc
não é q
em consonância, da P a atenção, no entanto,
ais chama O que m as suas screver hoje ao tentarmos de 0Je, ue, : mas q assim, s Pp p t t bias ( ) j ao . i lações do À te às osci implica vulnerabilidade oo dos planos de R e es
salários, O d!nômico, regressividade e caráter r
ciclo eco
.iais;
- ao
rogramas assistencia : e de sua organizaç
benefícios e P ssiva centralização
xtensão do pais e
excess
das a e
(ii)
à
administrativa, o que, da
incapaz de garantir
m institucional e populações-alvo, a Ni esta nxcessiva : des das do serviço; as dimens pública a o mal natureza intervenção do Estad a u de à
ceques
ão e o elevado gra
stricto sensu, da função
centralizaçreza clientelística,
. sdica
seja através
disfarçam a natu rivatista
da assistência mé favorecimento
das
previdenciária e P de grupos sociais,
toseja do f:
do privi
À
.
.
-
z senão
idades privadas: —
ue se abriu e não fez
ativi
erdadeiro abismo q
rupos sociais mais
(iii) o v
s centros de decisão e os g
ampliar-s Ss 4 r sistema. ue isadas, para q r analisa
é neste plano que devem ser au
| : sis .
7 os i à ual do
ase possa disciscutir a configuração at
V ZERE s B.:
IEI/UFRJ, RJ, 1987.
.- Um Novo
a j Pública
ia : As Transformações na saúie e 12; monograf
3 SAYÃO pç ções tadoae Esol!Rela
imeo, agos
Passo nas
tada àFEA/UFRJ, mimeo,
II. OS PONTOS EM DEBATE:
Vale a pena, antes de recuperarnos no plano histórico-estrutural, a forma
específica como Se constituiu o sistema
Previdenciário no Brasil, alinharmos os principais pontos do tituir um marco analítico que permita
do sistema.
debate?. A finalidade é cons examinar a própria evolução
* Natureza: Seguro vs. assistencialismo e redistributividade O primeiro ponto
do sistema previdenciário caracteristicas:
Seguro; outra
em debate refere-se à própria natureza
+ havendo duas posições extremas e
Uma o concebe como uma forma específica de + COMO um sistema assistencial e redistributivo. Cabe observar, Preliminarmente, que, na prática, todos Os sistemas conhecidos no mundo apresentam uma natureza híbrida,
Uas posições extremas. Isto não elimina
a importância do debate, pois conhecer a forma dominante
significa conhecer o ponto a Partir do qual decorrerão quase
todas as demais características que tais Sistemas assumem.
O indivíduo contribui e faz jus estrita correspondência com o
valor da contribuição. Já na concepção
redistributivo-assistencial, as contribuições devem ser pagas de acordo com as
possibilidades de cada um, e os benefícios, de acordo com as necessidades.
* Caráter: público vs. privado
a
meme
ema
4 Retoma-se aqui, sob
outra
levantadas em OLIVEIRA, FP.E.B.: Perspectiva, algumas questões
operacionais e estrutura “Alguns aspectos conceituais,
is da Previdência Social brasileira",
Pg.. 2 e seg., Textos pa à
53, INPES/IPEA,
dezembro de 1982
questões são também tratadas em
DAIN, S., Crise Fiscal e Dilema
e apresentada à
+ mimeo, RJ, 1986.
-SFRJ/CCIE
Uibioteca Eugênio Gudin[64]
Este ponto aparece em intima correspondência com to
, ' : o sistema é constituido e administrado pelo
anterior, DESnatural que seja compulsório e que sua natureza
Oistributiva e assistencial. A obrigatoriedade de filiação
seja r . :
.
e da contribuição DaOSEEido, como um seguro, a
- que tenha um caráter público já pode ser posta em
necessidade de y ode-se deixar ao arbítrio do individuo as tado de quanto é quando poupar e de que destino dar a essa
decisoes
poupança.
s
á de
. as com que se ter
“reservas! relacionadas às despes : tida" entre os
portanto , É como se a receita fosse “repar O.
arcar no futur
ários.
-os recurs-os penettel No regime de capitalização, por outro lado,
são aplicados
nientes das contribuições (e de outras fontes) p prove
" para o pagamento de benefícios
e vão constituir "reservas
.
: regimes
futuros pode-se observar
que a maioria dos g
ode-sua origem, sob o
. idos constituiu-se, em
-ciários conheci
ressão das
a capitalização e, pouco a pouco, e iostabilidade
regine
financeiras e fiscais do Estado e da
ime de
ieróprio equilíbrio interno, foi evoluindo para o reg
de seu p Este, embora aparentemente fácil em sua
,
repartição lícitas algumas dificuldades.
“se
operação, traz p ando se fala em repartição simples, está s
, Eecsnismo, reconhecido ou não, de redistribuição
diante e a renda, pois são os ativos de hoje que pagam
intergeraciona. inativos de hoje. E os contribuintes de nodes
DaEsssatem à inatividade, terão seu benefícios garan
quando pas
1 ontribuição dos futuros trabalhadores ativos. pela c
Pode-se portanto
imaginar um
constituido:
, indicador, assim
COCO casa amem
constante, não haveria
Problemas para o equilibrio financeiro do Sistema. Uma vez
estabelecido o plano de benefícios e derinido
valor das
contribuições
Ocorre que esta r
fatores de pelo menos três da evolução do Próprio sist natureza cíclica e conjuntu
elação não Permanece constante, por
ordens:
ema,
ral.
Quando o sistema se
Pois existem Poucos contribuintes.
baixas e os
fatores endógenos decorrentes fatores demográficos, fatores de
estabelece, o indicador k é muito
baixo,
inativos em relação ao número deque as alíquotas
generosos. Nos k pode até cair,
m do que do número de inati benefício se tornem mais gen
Isto permite Planos, ademais, tendência a um crescimento iniciais sejam Primeiros anos de já que existe a ribuintes fazendo com que os planos de erosos ainda.
no “entanto, o valor de k Começa a
criando a necessidade de reaj
Para que o sistema de beneficios, portanto, funcionamento, vos, Com o tempo, aumentar, alíquotas Dado um Plano Os Primeiros Participantes ten contribuir menos do que as gerações posteriores,
estrutura de alíquotas, os inativos de hoje tend
benefícios menores do que os do Passado.
dem a
Ou, dada uma em a receber
É neste Sentido que se
ir-se-la a iam e o problema reduzir-se
dee benefícios estabilizar-se- e O plano de benefícios
de alíquotas a estrutura determinar “ espondentes ao “equilíbrio corr -rém, e aqui )
Este não é o caso, tonados ao ciclo das atividadesc atuam tanto os fatores rela
i quanto os
demográficos
à
e
econômicas e às ioados inequívoca à elevação da
tati razo
tendência es didade a longo P '
existe uma à redução da fecun
y aas
a de vida e
dições sanitárias
expectativ da melhoria das condiç a seus padrões
ito
ão d seja como a como resultado da sofisticação- se)
= er outro que
populações, desta tendência não pode 8
culturais. E O resultado
: da população.
blema aqui
oo a oa deste quadro para o ProA consegue o de
umenta, pois tanto aumenta o temp mt relativamente, o ingresso nã
i e dá
tribuintes 1icos e conjunturais s
de novos con ia dos fatores cic
A influência
egoempregos e o aumento do desempreg DS Ea o úmero e o montante dispendido
o que funcionam como
com a redução d
muitas vezes, .- ogramável,
ícios de risco não prod
o) que ocorrem nas
com os benefic dâneo ao seguro-desempregômicas Nestes
mento ou suSédesaceleração das atividades económ
tar.
a relação k tende a aumen (crescendo,
comp le
fases de
períodos, portanto,
regador
te pagadora: empregado vs. emp
* Fonte
tre os economistas que
» já que os
m razoável co
nsenso ensão, em geral,
1Existe ibuições cobradas às empresas
s
consumidores.s ou contr s, sendo pagas portanto pelo
aniza, tal
ssadas aos preço um gistema previdenciário
-
se org d res e
o
aao em contribuições de trabalhador sor
comé financ
tes sobre folha de salários, ele am duas vezes:
empresas incide”
edade. Os trtrabalhadores, no entanto, pag
título de
lário é descontada a
consumidor,
a
tributo l t. Se fossem, ' repa no entanto, ap Neste sentido,da própria evolução do sistema
recebimentos e Pagamentos,
ao equilibrio financeiro aca anos,
a afetar a relação
entre -ia imaginar que a tendência r impor
como O nosso,
Poder-se
“Se. Ao cabo de alguns toda a soci
ado de trabalho e o montante a a
quando uma fração de seu s o do
jdenciária, outra
Ei todas
mercadorias-uma vez ão
contribuiça o
tribuição embutida no preço con
renda. Já a tributação indireta, ainda que claramente regressiva,
pois onera Proporcionalmente mais os estratos de menor renda, é
"invisível", não sendo em gera
Do ponto de vista da empresa, apresentam uma Característic
tributos,
as contribuições sociais
à sutilmente diferente de outros Pois eles são diretamente conta
de produção, na rubrica de Salários e e São como um Salário indireto pago aos "poupança" do trabalhador,
bilizados como um custo ncargos, entendidos que trabalhadores (ou uma constituída pela empresa).
ta do impacto social, finalmente, a
dores constitui um Sistema altamente
Fegressivo, pois todos Pagam, as alíquotas variam em um intervalo
muito Pequeno e existe um teto de contribuição (pelo menos, no
caso brasileiro). O gráfico da Página seguinte ilustra a regressividade das contribuições Previdenciárias,
podendo-se
observar que um empregado que ganha um salário mínimo desconta
8,5%, enquanto que o que ganha 100 salários minimos contribui com àpenas dois por cento.
Para se uma idéia do peso e da magnitude das
incidências diretas e indiretas, associadas ao
sistema de
contribuições sociais, vale a pena observar a Tabela 1 que segue. Dela se conclui que o valor
GRÁFICO REGRESSIVIDADE DO SISTEMA DE CONTRIBUIÇÕES INDIVIDUAIS ALÍQUOTA 4%)
7
vu.i.iaAana
' us js à eu 7u a. 1045 W E DE QU 50 SALÁRIO DE. CONTRIBUIÇÃO (5M)Lonm o nm
A
idê ia Social noMPAS, Dimensões da Previdência e Assistência
Fontês Brasil, MPAS, 1987.
de incidência: folha de salários, lucro ou * Base
faturamento
3 e que a ba i i ema deve a de i no conceº to de obDr lários tem sua origem
lo
Previdéncia enguanto "seguro",
Contribui-se Porque o "seguro"
visa repor o Salário do t TABELA 1
CONTRIBUIÇÕES
SOCIAIS
(% do Salário para quem recebe
até 3 SM) Empregado 8,5 Empregador 10,0 Salário-família 4,0 Fadário-maternidade 0,3 -130 salário 1,5 Previdência rural 2,4 18,2 TOTAL 26,7 Fonte: OLIVEIRA,
“E.B.: "Alguns aspectos Conceituais, Operacionais
e
estru-Urais da: Fevidência Social
Bra-Sileiras,
«32; Textos para
Dis-CUSsão Interna nº 53, IPEA/INPES,o
dezembro de 1982, futuro. Se o Sistema
+ no entanto, já se tornou, em seus aspectos eSsenciais, Fedistributivo
e àSsistencial,
este fundamento
desaparece pOrque o que se
Salários,
ademais, regressiva,
+ tal como visto no
“ma
nm
re,
onentes. Ocor
t maior que sobre
os comp finais,
através : ente
reço
'
seja relativam acto cumulativo
sobre os p dorm Esta forma de
e
portanto, um ntribuição
é repassada ao =qual mente,
seja porque
s contri iedade dupla , dos quais a , ois a socle d todas as aliza, p ' - uladas de financiamento pen agar as contribuiçõesacum feitos perversos
a aaPrp « eus e se vê obrigad so produtivo, seja por s roces etapas do Pp
sobre o sistema de preços.
i Tesouro vs.
ao financeira centralizada no
nistraça
i qelolotração financeira própriaadm
bre uma série de questões relacionadas+
o título nadove ser financiado
por aãO deve tais como se osFlscato,
portanto) ou a reondação própria stado (recurs
vinculada ou de :
- Ou
cossuir um sistema TaLoo sobre
folha de nbbuDão
(como a gerada pela os arrecadados
a título de ouro, que os
ainda, se os recurs compor
o caixa único do Tes covados
pelo
previdenciária
devem cronogramas orçamentários
e rio sistema liberaria dentro aa ser depositados
a ordem e a
Congresso, ou se agi administraria
autonomamen mecanismos de
previdenciário, que o
do sistema dotado de
ui também, o
o dinictração
financeira próprios a
regime de
arrecadação e adminisenquanto seguro, à base o aplicados em conceito de previdênci
portanto ter seus Ceícios futuros. capitalização,
devendoP pagamento
dos penetio os redistributiva
“reservas" que garanta
o sistema é de naturez
imples, este
Se, no entanto, regime de repartiçãos Edo que
e assistencial,
eMesmo assim, tem sido àaduinistração
fundamento dosaprêo
e manter a arrecadação
e te não sofreria existem SLIDE
do próprio ooarpoise orçamento gerál
eira no
-ecursos de
.. ão
coateitos “ olenoiabrasiioios, como verá vista adiante, n
da União. À exp
tese. e
12
Seus desdobramentos em termos de
regime de Capitalização, Pelos trabalhadores,
base de incidência £
administração
financeira Própria.
Por outro lado,
contribuições pagas
olha de salários e
também existe uma estreit
à previdência concebi Ssistencial * Tegime de empresas, a vinculação, da como um sistema
+ e seus desdobramentos em termos de repartição simples, contribuições
base valor
adicionado (lucro) e
ticas que são próprias aos dois “rre da Própria evolução histórica dos
tentes, que, ao transitarem de um modelo a Conferindo-lhes o caráter
ntes países. Por certo que não
de é que Praticamente todos os
Stemas exis
+ mas a Verda
Tedistribuição e assistência,
lem-se com recursos gerais do
* * todos enfrentam atualmente
+ finanç Graves Crises financeiras
ee
déticitS,
III. EV,OLUÇÃO DO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO NO BRASIL: AnteeNcontrados desES do Sistema Previdenciário
podem ser Rontepios
ºs “empos da Colônia, com as santas casas, 085
Conceituargos
1 SoCiedade
beneficentes
Se,
no
entanto,
Instituição Produztgo
o Ser feito, a Previdência como uma
—
Pelo Capitalismo depois de constituir as 5 Ver TAVAR Es , M. Cc Modernizaçã Cc o Aj ust e Reestr -íses Centrais
dezembro de 1990, "vadora);
Tex oCuraçãoEscusadoe IEI/UFRJ,
13
. e a
de-se afirmar qu
ivas que lhe são especificas, industrial
quando se . . e forças produtiv temporânea do capitalismo in . é con revidência R P roletariado fabril. fato e de direito, da
forma O Pp igem portanto,
de a
neste século,
t
É brasileira
só
é
as ação pela qual é
previdência
a Lei Eloy Chaves, denomin
d janeiro de : ente com o 82 de 24 e i
especificam
islativo nº 4.682,
nixas de
Decreto Leg iadas as Caixaconhecido o este dispositivo,
foram cri egados das empresas
E
r
1923.
Por s e Pensões (CAPs) para os edireito foi estendido
Aposentadoria teriormente, em 1926, este ias. Pos
ferroviár
de
que
arítimos. : no fato de qaos estivadores e m ística básica das CAPs resideA caracteri
o 3% sobre à alíquota de
içõ
empregados (ê
além
ibuições dos nto bruto), baseada nas contr mpresas (1% sobre o faturamee das e
os salários)
jonavam em is funcio
ioradas. As CAPs, ademais, am maj
sso for
para i
do cem um ndo o Esta
dos empregadores, permanece
e assembléia,
indo, em
ente, existindo,
das CAPs expandiu-se rapidam
'
ei. O sistemato. da 1 e três em funcionamen
ífica das CAPs revela que
1933, trinta
de organização especi
idenciário brasileiro
A forma a previden : ão do sistem seguro. A i manifestação ia enquanto g esta primeira no conceito de ARNS decisória face aoestava fundado
resa, a relativa autonom
s comprovam que
-s
.-vinculação por emp gime de capitalizaçãopoder P
úblico, o re
apenade ema de Caixas
concepção dominante. O sist
esta era a
de de a uma etapa Pensões, na verdade, correspon
ias e Aposentador
ão do sistema
igens e evolução FLEURY
ão detalhada das or IRA, J.A. e. 6 hai Ncláriono.Brasil, Si ai 60Anos de Históriada
videnciário
evidência So
lis,
1986.
TEIXEIRA, SM: ad Editora Vozes, Petrópol “sprevidência
previdência :DO 4 E.R.M. e oONEH/TPLAN
/IPEA, outubro de
SEVEDO,
M.E.R. lho nº 15, €
também A
cumento de Traba
Social", Do
t.
desenvolvimento do ca acumulação de industrial. Indústrias, Pitalismo brasilei capital ainda A rigor, nesta ainda não Industrialização,
não é comandado pelo
setor
época, apesar de já existirem
conceito de Italistas?. o proletariado é
O sistema atingeassim apenas os trabalhadores
urbanos
de ramos de atividade
indispensáveis ão funcionamento
e bom
Setores àGro-exportadoreshegemônicos, tais como € Portuários (transporte
de cargas). Além do funcionalismo
Público
Para q qual foi Criado,
em 1926, o
“mergência do Feguladan,
expressão
talvez tenha Sido máxima,com sua lógica dano plano
a estrutura sindical
Fegulamentação
à de tr
O Capitalismo Tardio; ed.
go — =“. 15 ficios so aos bene i o parâmetro para o aces
fornecendo
Os IAPS diferentemente das CAPs - e perfeltamente de1 acordo com a moldur1d a da época - organizavam-se por categoriag E seu um Sindicato.
ra a qual sempre havia issional, pa
profiss
IAP,
residente do
isório repousava na figura não Diretor,
cado to presidente da República.
lo ato, acolhta não só
soramento, nomeado pe órgão de asses overno. apel de mero técnicos do grelegado ao p os trabalhadores, mas também
representantesomo forte
i de ser, c
como não podia deixar uou,
istema at
Tal sis
: sindicais.
de cooptação das lideranças rapidamente no período.
mecanismo
titutos cresceu
' de ins
O número
+ O JIAPB
iado o JIAPM (maritimos); - 1938. O IPASE
En 1933, foi cr 6, O IAPI (industriários);
em m empresas de
(bancários); em tado) e o IAPTEC
Orosasetaadoa o
(servidores do Esta s: e,
em 1940, o IAPC (comercdo
Estado Novo,
sransporte de do altigado pelo corporativismo do
Apesar
to seguro que ia enquan de previdênc conceito O esquema de ainda era o
à base do regime de capitalização. “de Bismark,
predominava,
a o velho modelo trip de
empregados,
financiamento coplava
em
contribuições
e se apoiava,
fundando-se,
DOnião. À debilidade
da base em traditorianento
empregadores s nitiabenerícios reduzidos.Con
no entanto, só Pp
undo ro relega à seg
ito de previdência como ado a inclusão da 1
-(Já que o modal idade de proteção),ta moda foi reg plano es
, concedidos.
ia médica entre os Dn o como
importante
assistência itas vezes
de mu
Apesardores
dos trabalha la exclusão do sistema o informal. institutos, in s trabalhadores urbanos do 8
to do rurais quan lam-se as vai de 1945 a 1964, aprofunc í que No período
sso
s, iniciando a economia resitoirao capital.
relações capitalista
u departamento produtor de ben abalho data de constituição de que a Consolidação
das Leis do Tr adequando-Vale a otroprevidenciário
evolui nestes Dsmacando a de 1943. 0 s
erversa. blemas e a mostrar sua face p
r pro sinaliza
16
teristicas Peculiare
S da vida polit ressaltar
OS aspectos negativos ão por Setor Produtivo,
e Politicamente mai
Às carac
ica do país
acabam por fazer
do Sistema,
Os Segmentos econômica
baseado na Vinculaç
movimento operário e Sindical
forçam uma ampliação
dos Planos de benefício
prática que é
aceita pelo governo, dada à Permanência
dos mecanismos de
Cooptação da liderança trabalhista
com assistência médica, inclusive Ínstitutos de algumas Categorias pro de atendimento; €xpandem-se e benefício Por IAP,
ausência de Previdenciário, receita.
para os fissionais, de redes próprias
diferenciam-se os planos de
clientelismo implícito e a
da evolução
do * Sem um Crescim
Uma visão geral
sistema ento correspondente da
desequilíbrio
financeiro,
que se
manifesta pela Primeira
vez neste período.
A tentativa de
equacionar o Problema levou, em 1960 no Congresso àam a Uniformização
dos Planos de
benefícios, ainda que se mantivesse intacta à estruturafragmentada do sistema
Seu Caráter excludente
também era
Preservado, já que os trabalhadores rura apenas os t O sistema O traço mais Unificação dos institutosO novo instituto,
mantido na
8 A expressão n
€ Civeima para c ização EXxCludenten
r i + Utilizada Por FAvEREI
sis
O sistema de Saúde, talvez seja a que 1 P.e OLIVER Previdenciário
em seu conjunto. Ver
"| Teflexões r
RA, P J.s
Pes MA Universalização
excludente
e as tende i to Planejamento e Polí . Ncias O Sistema de saúde! ;19900)
Olíticas Públicas nº 3
1 IPEA, Brasilia, junho de
UFRYCCJE
Bibliteca Eugênio Gudin17
f
seu
dores urbanos em
i previdenciários dos trabalha
benefícios pelos om ontinuava c da União, entretanto, c nalismo o funcio jetivo da conjunto; o IPASE. Na verdade, 1 ao. À
ão setorialista sobreviveria.
odernização vivido pela
concepção
igúidade do processo de m
lo fato de que a
A ambigu
os pode ser avaliado pelo uma espécie
previdência nestes
an que o acompanha
aparece raticada
pelo
ampliação da cobertur ssão das demandas sociais, p sfigura-se, de contrapartida à reers clientelismo, ademais,Frans categoria
regime autoritário.
r sobre uma base sindical
Éabandona o
deixando de se aadquirir uma base
o
político-profissional itrojeta-se definitivamente
sindicato e intro)no noâmbito do INPS
decisório, por sua vez, no ta tanto das eleitoral. O processo impermeável à influênciaDs de sua
se torna inteiramente trabalhadores
(que são excluído:
empresas quanto
jodo que a
direção).campo da assistência à saúde, é neste per
No
sistema
a egemônica ne
jal assume uma posição h elo de natureza i a soc . . do um mo
previdênc
constituin
. ista foide saúde,
o velho enfoque sanitarist
nacionalicas eram
. -privatista.
isticas básica
assistencial!sta o1 de outro, cujas caracteriem pro abandonado,
à do an19.
de operação
(e ainda são) o da clientela e dos custos| erabaihadores:
- ampliação . as categoriasns
ão de nov m abandono
sistema, pela ineorroraç curativas individuais, co- ênfase em prática
se ações de caráter o da assistência médica, =Social seja pelo
a
s ,
o. onlolativa privada pela prvidancia so de npoio ao
. a userviços à tos subsidiados junto ao
financ acesso aão dos
= oncent ração
: "Descentralização ou desc Brasileiro de
HEISLER NEVES,e pg. 28, in Instituto
9 Ver de saúde?”, º
1988.
1987, RJ, e de Atividades LHO, P.
Adeinistração Municipal, DO cit., e FAVERET
FI
Adminis
Ão FETUE, . º
mbém SAY
ver ta
t.
18
Desenvolvimento
Social
: F
Particulares;
(FAS)
Para a Construção de hospitaisar ã= diferencia
-ção
Clientela 1 Caracterigz Saúde em =
Fenda pel ando-se função da
à dificuldad
edàs populaç
Pulações de baixa Pela excessiva . * Acesso (tantoj
burocratização Pela distância quanto
os destinados
Ongo dos anos 70, à medida
e ampliava, Em 1971, foram ano Ra
de benefícios bem mais modesto
trabalhadores
(CEME : agricol
empregado a ºS benefícios da vi Central de Medicamentos
om revidé
Previdénc CSticas ; e, em 1974 porA foram estendidos às
Í
Criado o Ministério da
PAS). Finalmente, em 1977, foi
de setemçaqreia e Assistência o Princípio j aquele ano.
e em um nodelo do Tganizador se modificou,
especialização funcional e é recentemente. A área de da Previidê 1 o IAPAS (Inst
arre
Cadação e fiscaleia e Assistênc; “tuto de Administração Fi
ência Social) ção Financeira £inanceira e patrimlzaçãção das Contribui Ppassou a cuidar daassistência social ônial dos Tecursos $ôes bem como da gestão
Brasileira de Assisté incorporou duas o Sistema; a área de
é Nstituições,= a Legiãgiao
doeo à população carente, e
men o (Funabem); finalmente,
tratane Dados da Previdência
nto de informações do
Serviços de do Sistema, va dos Processanento de dados sã 19Antes de passarmos em revista as principais
modificações introduzidas pela Constituição de 1988 - que será o
intermezzo para, em
Do ponto de vista de o objeto da próxima seção - vale um pequen»
breve resumo, caracterizar-se o problema.
sua organização interna e dos princípios em que se funda, sistema previdenciário evoluiu ao longo dc tempo. Tendo partido de um conceito de previdência enquanto srguro, foi-se adotando paulatinamente o conceito de
-distributivo e assistencial - na verdade -» único adeguado a um país com as características estruturais do Brasil. A esta evolução correspondeu a passagem de um regime de capitalização ao previdên: ia enquanto sistema
de repartição simples, consolidando sua forma pública. Esta metamorfose, no entanto, foi
Permaneceram práticas, conceitos e procedimentos operacionais que o tornaram híbrido. Três pontos, em particular, caracterizam este existência de um sistema contributivo incompleta.
caráter híbrido: a
individual; a base folha de salários rara as contribuições sociais (responsável por 85% das receitas do sistema no período);
a receita vinculada e a administração «autônoma dos recursos arrecadados.
Do ponto de vista financeiro, o sistema manifestou uma inequívoca tendência ao desequilíbrio. Para isso contribuíram tanto razões endógenas, inerentes ao seu próprio crescimento,
quanto razões exógenas, ligadas à mudança do perfil demográfico
do país, à evolução do ciclo econômico e «o desenrolar da crise em que o país foi progressivamente mergulhando desde os anos 70. Já naquela década, ocorre a quebra do padrão de financiamento, dos mecanismos públicos de sobrevindo a desestruturação
impacto nas contas da financiamento, ocasionando forte
previdência social.
Em consegúência, foi-se reduzinlo a participação da
União no custeio do sistema, que passa de 11% no início da década
para menos de 5%, ao final. A Tabela 2 indica claramante esta tendência.
Na verdade, ao reduzir sua participação, a União foi-se
afastando cada vez mais dos percentuais adequados ao cumprimento da legislação em vigor. Como se sabe, a Lei do SINPAS, confirmada
Previdênciall, União, a de prover
TABELA 2 CONTRIBUIÇÃO
DA UNIAO NO
cuSTEIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
(2)
197] 0Jiu==sennin
1972
10,98
1973 9.80 1974 8:48 1975 6.95 1976 6.24 1977 6,21 1978 7:09 1979 5961980
499
Tese 4Fonte: CÉUmm e maCem mn 3 f 45
OLIVEIRA, PED LOTIT==
. Pg.40, 'B., Op.cit.,
Fecursos destinado
s u
“duinistração geral a Pagamento de pes
cObrir eventuais i o NPs, do INAMPS sam e às despesas de
exec
ução das atividad
Suficié Cias Ein
£ e do IAPAS, bem como
a Cabe b cs a c 90 do s ânceiras verificadas naParte nã
PPservar que
INPAS" (Art. 17,
1 9.
Participa + Por sj fato da União não cumprir a sua
Sistema São, no entanto
“sador de déficit.
A
redução
da
último
na.
Pode, no Jim te “Grava as condições de +
R e es de furedução é
o Custes instância, a fonte Fomper q Seu equilibri netonamento fiscar a Previdência é de Onde se origina rio financeiro. o nec ' o Ontribuir “jam e1 de n m os recursos paressidad
n nt
do pont
atureza contributiva ou
essênci anciam to O de vista mais global das
Prob Os
Fegistrado Como fi lema se o aéei,ma Público, não se altera a
&ca Ccl ou y Nculado aoso contas públicas é
iStema previdenciário.
o p
ado pelo DecretoSEP nº 83.0
81
812, de170424 de janeiro de 1979, €
“ janeiro de 1985.
mm
meg;
21
Finalmente, do ponto de vista dos serviços, em
particular os ligados à concessão de benefícios e à prestação de assistência médica, verificou-se uma progressiva tendência ao aviltamento e à quebra de qualidade. Os desequilíbrios financeiros da previdência e aceleração inflacionária induziram
uma política de reajustes a menor do valor das aposentadorias,
bem como a redução dos padrões de remuneração pelos serviços de assistência médica comprados à iniciativa privada. A consegiiência foi um aumento geral da ineficiência do sistema, multiplicando-se os casos de sonegação das contribuições sociaisll, do fraudes voluntárias e involuntárias e de corrupção.
Do ponto de vista político, foram levadas ao mais alto grau todas as distorções que o clientelismo já introduzira no
sistema. A regra explícita de atribuir ao deputado federal mais
votado em cada município o poder de indicar o delegado do Funrural na região é o traço mais visível destas distorções, pois é o delegado do Funrural quem decide quem é e quem não é
trabalhador rural para fins de aposentadoria. Mas, na verdade, todas as nomeações obedeciam a critérios de consolidação dos
chefes políticos locais, sem nenhuma consideração de ordem técnica. Com isso, agrava-se o processo de fragmentação do sistema, dando margem a uma verdadeira feudalização do sistema
que perde a sua capacidade de servir como
previdenciário,
12,
instrumento de atenuação dos conflitosFechando este intermezzo, que já se tornou longo, cabe dizer que a permanência do caráter híbrido do sistema e as vicissitudes do processo político e da conjuntura econômica impediam o sistema de responder com clareza as questões cruciais que para ele estavam postas: que riscos deveriam ser cobertos e 11 O aumento da sonegação das contribuições sociais deveu-se não só à crise recessiva do início dos anos 80 como, também, à elevação das alíquotas de contribuição, fórmula encontrada para tentar reequilibrar as finanças do sistema previdenciário.
12 Sobre o aprofundamento das práticas clientelistas de base regional, associado ao processo de esvaziamento do Congresso em decorrência das mudanças institucionais ocorridas desde 1964, ver AZEREDO, B., O Hábito do Cachimbo e o Conc:--=«o Nacional, mimeo,
IEI/UFRJ, 1990.
22
em que nivel? quem deveria
pagar e Como devsria fazê-lo? quem eficiários?
Seriam seus ben
to e redito (inc :
exto lusive no início deste texto) brasileira de 19
no
88 realizou notável avanço
istema
inclusive no que tange ao E
no entanto,
Já foi di que a Constituição Campo dos direitos Previdenciário, Nest sido Considerável, Bantido em muitos e Ponto,
não há com
aspectos, Com clarez nterior. À principal co apesar do progresso eº Ocultar que o formato híbrido £o
deixando-o num estado em que aindaà ao elenco de perguntas formuladas
não pode responder
no final da Seção a
Nquista, sem dúvida,
foi a introduçãodo Conceito de Seguridade Social, neologismo (security, is) ingleses; Sécurité, dos franceses; Seguridad, dos espanhóis
Utilizado Para designar oc Socialt
Pitulo 11 do Título VIII (“Da oree”
ional e Cuja melhor tradução em netai. Pois, o conceito de sequridaê
mente à Construção de um sistema
) do texto Constitue Pátria .. ao Concebido Como instrumento indispensável das Processo de Feprodução
da força de trabalho e, portanto,
Condições de Feprodução do pró
Oferecida a
OS trabalhadores em caso de Jotamento, Parcial ou total, temporário ou definitivo, de sua força de trabalhoou das Condições de exercê-la - poi Velhice, por doença
: Por aCidente e
* Sejam elas Conjunt
"ômico) ou estruturais Pessoas, Vivendo em c ue não t q têm àcesso aos Tercados Sido det inida
Como o n dos Poderes Públicos
Sociais adversas do cicl o eco
milhões de
Urais (ligadas às oscilações
Pela ocorrência de condições
(resultante da existência :
Ondições de miséria du
formais de trabalho). Daí ns
Conjunto integrado de ações de iniciat ose da Sociedade, destinadas a assegurar
Ra
«o+23
istência ia e à ass
tivos à saúde, à previdênc
ela direitos Tr - asileira). m 194 da Constituição br no plano da lei, u
social)" (Art. im,
ainda que apenas bes capitalistas no
Dava-se assim,
ização das relaçõ
ois, já
a moderniz
retender, pois,
importante passo para era tudo
o que se SL houve algumas
pais. Na verdade, sui s ao trabalho constitu ' ões prévia nas discusso da trumentos to dos ins unificação do conjun defendiam a vozes que nceito de além do co
ial,
numa visão que ia
social,
política
uridade.
interpretação
ces Esta idéia,
mo ponto de partida a que, apesar
mava co
os
sileira,
nenhuma proposta, asa industrialização
bra per com o quadro de
om
crítica do procetsa ico, não foi capaz de indo
sob formas
nte dinâmico,
reproduzindo,
de intensame
não chegou a se consubstanciar emã g que
ia absoluta
heterogeneidade
rálcõesde desigualdade
e Catho Tado, esta diferenciadas,
as cosLedade DndueLenização não pode ser
que sempre Da
do padrão de industr aços
no corpo social
própria odaeroscessiva
"ocupação" RA
a “ocupação” do
dissociada da cuja contrapar
destituídos de pela ação do Estado,
ularistas, ou
or interesses partic
razão que se verífic
próprio Estado Pp cional.
Não é por outra da órbita do Estado de
na . r
qualquer projeto ferência para o interio veriam expressar-se e
uma contínua nie e decisões que de
nflitos
demandas, co
lificar os ao desqua
nsolidou estas práticas, vez, co por sua crática e idade demo vaziar a institucional olíticos, es processos p : formais e ativas, a iar a formaç privileg tinham derosos mais po is somente os grupos quais informais, nas des. 80, no
j as decisõe cio dos
assento, para legitimar su estendeA crise que se desde o ini
co, tornou
bases do A seu
intento, do solapar as ontinuar a cumprir s ara a expansão dos
possível ao Estado de economias externas p garantidor das
triplo papel: ves capital Da anão do capital
degnentos àsobrevivência das frações tradic
condições de sobr
o O
24
progressivamente incapaz de acomodar em seu interior dos interesses que o haviam ocupado,
de sua "ineficiência".
a totalidade explicita também a questão No plano estrito das políticas sociais, esta crise das
finanças públicas não poderia deixar de acarretar efeitos
perversos. Sua conseqglência mais imediata foi
montante agregado de recursos destinados à área c gasto total, que cai cerca de 25% no início dos an
tempo em que a arrecadação das contribuições, qua
receita tributária, também se reduzia. 3, a seguir.
à redução do
omo parcela do
os 80, ao mesmo ndo comparada à
É o que nos diz a Tabela
TABELA 3
FINANCIAMENTO DA AREA SOCIAL
RS do o e re cm moqqam
Recursos Fiscais
Contribuições Sociais I (Participação no Gasto Totaldo Governo Federal) Comparadas às
Receitas Tributárias
1982
22,5%
99,4%
1983
19,4%
90.8%
1984 16,7% 81,9% 1985 22,6% 82,0% 1986 17,2% 88,1%Fonte: AZEREDO, B., Um Estudo sobre as Contribuições- Jess; IEI/UFRI, RJ, 1987.Sociais, Neste quadro, de estreitamento
das bases de Política social vai
gradativamente perdendo a sua dupla funcionalidade, qual seja a
de fornecer um mecanismo para atenuar os conflitos e Permitir a
expressão e a reprodução das formas de dominação Política local.
As discussões na Constituinte, Portanto, travavam-se em um
momento cm que era possivel uma reorientação r
ação social do poder público,
financiamento de seus programas, a
adical dos rumos da e esta poderia se dar através da
25
tos possíveis
à tos. Um dos desdobramen
ificação de seus instrumen , o
dest reorientação Seria a elaboração do orçamento do see são se não se poderia fugir à dependência dos
Do EIaSahos fiscais administrainistrados pelo Tesouro, poder-se-ia peloA
canosreduzir a concorrência no âmbito do orçamento geral da menos
intão. Não foi o que se conseguiu, mas o primeiro passo oa e instituição da seguridade social, abrangendo as pone
2a o
revidência saúde e assistência social, e cuja ioga ,
e de ly z única) materialização tenha sido a criaatoreds e
: rar
ad ção do orçamento da seguridade social, que deve in egr
oco ãos a
foi rçamentária anual, “abrangendo todas as entidades e órg os.
à com
a Vinculados, da administração direta ou indireta, rd ndoundos e fundações instituídos e mantidos pelo Podero
, tituição de 1988, Art. 165, 5 ; inciso III) datrar (Come No mais, a Constituição. limita-se a regis
sociais mínimas, tais como: |
acanos Lção do valor dos benefícios pelo “número de- re : e ios mínimos que tinham na data de sua concessão, obedecendo
rios à À
sr esse critério de atualização até a implantação do práno o
aan benefícios"i (Ato das DisposiçõesO Constitucionais
custeio e
órias, Art. 58);
means é iso “de um salário minimo para todos os benefícios de-P
à
t. 201, 5 9;
ação continuada (Ar o
prestog garantia de um salário mínimo de benefício mensal a ficientes e idosos carentes (Art. 203, inciso V); toe de - gratificação natalina para aposentados e es stas
uivalente aos proventos do mês de dezembro (Art. 201, s R a cálculo dos benefícios com "base na média dos 36 uúlt no
: mês
lários de contribuição, corrigidos monetariamente mês a sa
. 202);
(aee antecipação da idade para a aposentadoria por velhice para trabalhador rural, que passa a ser de 55 anos para a mulher e
o 60 anos para o homem (Art. 202, inciso I);tes »
. de - “uniformização e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rural" (Art. 194);
27
UFRJ/CCJE
Biblioteca Eugênio Gudir
26
- determinação para que se adotem novos critórios de
reajuste do valor dos benefícios de modo à Preservar-lhes o valor
real (Art. 194, inciso IV, e Art. 201, 2 ;
Estas conquistas, aqui Chamadas mínimas, confirmam a ema brasileiro de Proteção social a
redistributivo e assistencial,
e não
apenas como mero seguro. No entanto, palco que foi a Constituinte
de intenso jogo de pr
natureza híbrida, não rompendo definitivamente com
previdência enquanto Seguro nem eliminando
lei, com as práticas atrasadas nele introjetadas.+ nem mesmo no plano daO conceito de serviço,
"após 35 anos de trabalho, ao homem e
202, inciso II)13, Pouquíssimos
países no mundo concedem este
benefício (e, talvez, nenhum deles possa
para o enfrentamento da questão social)14,
A aposentadoria por te
dupla iniquidade: em Primeiro 1
egura a aposentadoria,
+» após 30, à mulher" (art.
Ser tomado como exemplo S anos no momento de sua aposentadoria; em segundo lugar, Porque a quase totalidade
dos beneficiários não se inclui da população,
e Professoras,
magistério (Art. 202, inciso III),
Sxercício do
e proporcional, após 30 anos ao homemqui Pernitem
2
N
regime seria a de beneficiar as populações de baixa renda, em geral submetidas a condições de trabalho muito mais desgastantes. Tal, não se dá, o que implica o pagamento de uma renda pública a uma parcela da sociedade, cuja força de trabalho e cuja capacidade intelectual não se esgotaram e que, na maioria
dos casos, continuará ativa. no entanto,
Outro problema que resulta da configuração dada pela
Constituição à seguridade social - e que não se trata de uma sobrevivência do Passado, mas de uma tentativa pouco exitosa de resolver um impasse - diz respeito à questão do financiamento. A Constituição estabeleceu que "a seguridade social será financiada
por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
"I - dos empregadores, incidentes sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro;
“II - dos trabalhadores;
“III - sobre a receita de concursos de prognósticos". (Art. 195.)
Este artigo, na verdade, incorpora o resultado de longas discussões travadas no âmbito da previdência social e
mesmo fora delalº, antes da instalação da Constituinte e durante
o período em que se desenrolaram as suas atividades. Neste debate prévio, a diversificação da base de financiamento era vista comoa solução, não para o problema da necessidade de ampliação dos
recursos, mas para o não menos grave problema da vulnerabilidade da receita previdenciária face à instabilidade
do. ciclo econômico. Ou seja, era preciso que tais receitas apresentassem uma composição mais homogênea,
deixando de fortemente da folha de salários. Para isso,
que a inclusão de contribuições sobre as
depender tão
imaginou-se à época bases faturamento e
15 Ver DAIN, S.: “Dilemas do financiamento da nova previdência";
Previdência em Dados, vol. 1, n 4, julho-setembro de 1986. ver
à aposentadoria
também MPAS:
N
(Anais do Grupo de
1 )J, expressam exageros adicionais ndoÀ Mulher (Art. 202,
Trabalho para Reestruturação da Previdência Social); Tomo II,
iniguidade.
'
tuídos Sobre essa
14 Na América Latina, apenas o E uador
aposentadoria por tempo de Serviço. &- demaisntém um sistema de
o Kuwalt, o Iraque e o Líbano, to. Países são o Egito,que possuía um sistema Semelhante,
Tabe. A Itália,
ez.
Pa
ieetsma
se
28
lucro (menos sensíveis às variações do ciclo) pudesse resolver o problema.
A solução, no entanto, revelou-se precária, pols, se
85% das receitas previdenciárias provinham da base folha
de salários, agora ainda mais de 60% continuam a ter origem naquela base. O que significa que o desempenho da
continua comandado,
antes,
arrecadação basicamente, pela dinámica da massa salarial.
Um último ponto, finalmente, a comprovar a permanência
do caráter híbrido de nosso sistema de proteção social, reside nas contradições presentes no texto constitucional+ que resultam,estas também,
da capitulação do Congresso
Constituinte face às pressões corporativas. Um exemplo está nã
parte do financiamento da seguridade, em que o faturamento é
considerado uma de suas bases exclusivas. A consegúência imediata
desta decisão seria a extinção do PIS-Pasep e do Finsocial, cuja
arrecadação está fundada no faturamento,
À própria Constituinte, no Título IX,
em muitos casos,
no entanto, incluiu um artigo
que trata das Disposições Constitucionais Gerais, para preservar o PIS-Pasep (Art. 239),
programa de Seguro-desemprego (que é um dele retirando, porén,
desenvolvimento
Para isso, vinculou-o ao
benefício da seguridade),
40% “destinados a fineconômico, através
do
Desenvolvimento Econômico e Social" (Art. 23
atendeu a uma reivindicação (explícita ou 1 possuir fontes de recursos próprias,
anciar programas de
Banco Nacional de 9, 8 10 ). com issomplícita) do BNDES, de
independentes do Tesouro. brasileira de 1988 foiexcessivamente sua condução u
constituiu-se, a partir de um grupo de técnicos e Int lectuais:,reunidos no Ministério da Previdência e hesintês
, : social
durante as gestões dos ministros Waldir Pires, Raph Ego Imeida Magalhães e Renato Archer, e do movimento a nádicos
sanitaristas, uma poderosa coalizão que influencio os : te O
Congresso Constituinte, em particular as conisss oeeener enSocial e de Sistematização, no sentido da absorção a novas
O resultado de uma estratégia voluntarista em verdade: 29 idéiasl6,
de todos os aspectos conceituais, operacionais e financeiros da proposta e sem uma consciência clara, por parte do Congresso, de todas as suas implicações.
Isto, no entanto, se deu sem uma discussão aprofundada
oO resultado é que, ainda durante o processo de elaboração da nova Constituição, pressões corporativas, seja dos aposentados, seja de certos segmentos organizados do movimento
sindical
incompreensão dos próprios constituintes, levaram à introdução de diversas distorções, descaracterizando o projeto original e
conferindo-lhe o caráter híbrido que afinal assumiu. Mais do que isso, após a promulgação da Constituição, em um quadro político já modificado, quando o SINPAS já havia sido devolvido aos seus senhores de sempre, a Constituição ficou órfã, pois dissolveu-se o grupo técnico inicial e perdeu-se
fundamentos teóricos
(como, por exemplo, os professores), seja pela
a memória quanto aos o próprio Congresso que havia aprovado a Constituição não foi capaz de
do conceito de seguridade.
recuperar o fio da meada e converter-se em defensor de sua
própria criatura. A metamorfose do sistema de proteção social no Brasil ficou inconclusa.
Constituição começaram a ser iminência de perdê-las.
As poucas conquistas inscritas na solapadas e hoje estamos na
Diversos fatos comprovam este retrocesso da seguridade
em relação ao que havia sido aprovado pela Constituinte e ao
próprio espírito do constituinte de 1988, retrocesso esse que é
comandado pelo executivo, sob os olhares relativamente apáticos do Congresso. O mais grave desses fatos, porque atinge aquela que é na prática a única materialização do conceito de seguridade,diz respeito ao orçamento da seguridade social. Tornado
obrigatório pelos artigos 165 ( $ 59, inciso III) e 195 (529),
vem sendo elaborado segundo uma técnica que faz dele uma peça
dotada de pouquíssima transparência, de modo a permitir que não
16 A bem da verdade, no início dos debates, os movimentos de
profissionais de saúde propunham uma solução mais corporativa, com organização autônoma da área e vinculação de recursos. A pressão do lobby dos hospitais privados, no entanto, levou-os aflexibilizar suas posições, facilitando o acordo em torno do tema
da seguridade.30
sejam cumpridas as normas legais que regen a seguridade. Assim é que o orçamento da seguridade:
descumpre a Constituição que, no artigo 195, há pouco
transcrito, define as fontes de receita da seguridade, distinguindo as contribuições sociais do comprometimento da União
“através de recursos oriundos do orçamento fiscal; no entanto, 08
recursos arrecadados através do Finsocial e da nova contribuição sobre o lucro vêm sendo considerados pelas autoridades econômicas como transferências da União; para justificar esse procedimento, utilizam um verdadeiro Solecismo, qual seja o de achar que,
quando a Constituição usa o Plural na frase "orçamentos da União,
dos Estados...", no caput do referido artigo, quer se referir as
três peças que compõem a lei orçamentária anual - o orçamento
fiscal, o Orçamento de investimento das empresas estatais e O
Orçamento da seguridade social (art. 165,8 59) - dispensando-se,
portanto, de carrear recursos adicionais de origem fiscal;
-
descumpre
o
Ato
das
Disposições
Constitucionais
Transitórias que assegurava que, novo plano de Custeio e benefic
décimos Percentuais Correspondent
Finsocial Passariam a integrar a
recursos arrecadados
Por este fun
Para pagar os chamados encargos
esta despesa, apesar de Sua na
se destina ao Pagamento dos servi
União), não pode ser incluída no
faltar Um atributo básico daquele que toca ao direito de acessol?,
- descumpre a Lei do SINPAS (Lei
nº
77), em vigor até Fecentemente que
Como obrigação da União a cobertura das
istração geral dos Órgãos do SINPAS;
- descumpre as Próprias leis de in
particular a lei Orçamentária
anual
e
até que o Congresso aprovasse O
ios, pelo menos cinco dos seis es à alíquota de contribuição dodo, no entanto, vêm sendo usados
previdenciários da União (EPU)'
tureza previdenciária (já qUº
dores inativos e pensionistas da
conceito de seguridade, por 1h
conceito: a universalidade, nº
o
6.439, de 1º de sotentl
como vimos, estabelec
despesas de pessoal
de 19 mn iciativa do executivo: e Já que os cronogramas ——— | 17 Ver AZEREDO, B., Seguridade Social"ANPOCS, Caxambu
“p datexto “SPectivas Para o financiamento da
+ Outubro de Pagcentado do XIV Encontro Anual
31
desembolso dos recursos arrecadados pelo Departamento da Receita Federal em nome da seguridade (Finsocial, contribuição sobre lucro e PIS-Pasep) vem sendo objeto de grande retenção pelo Tesouro e, mesmo quando são repassados, o são com grande atraso, o que, em uma conjuntura de alta inflação, implica perda significativa do valor real da receita.
Neste quadro, não é de se estranhar que a reforma administrativa levada a cabo pelo governo federal, ao invés de constituir o Ministério da Seguridade Social, tenha optado pelo
caminho da fragmentação, abandonando o conceito de seguridade e
empreendendo uma volta atrás na própria concepção do sistema de proteção, reforçando a velha de idéia de seguro. Reunindo os antigos INPS e IAPAS em um único instituto, não por acaso o chamou de Instituto Nacional do Seguro sociallB, colocando ademais toda a estrutura previdenciária sob a jurisdição do velho Ministério do Trabalho. Além disso, foi mantida a transferência
do INAMPS para o Ministério da Saúde, e a LBA e a Funabem
passaram a integrar um novo Ministério da Ação Social. A Dataprev, provisoriamente incluída na órbita do Ministério do
Trabalho e Previdência Social, espera o momento de seu
desmantelamento. Toda a resistência oferecida, ao longo do governo Sarney, ao projeto de “esquartejamento" da previdência malogrou, tendo sido seu executor exatamente o governo que se elegeu à base das críticas mais contundentes ao seu antecessor.
Diante deste ataque, o Congresso não apenas não opôs grande resistência, como até vem contribuindo para a
descaracterização da seguridade. Exemplo disto foi a incapacidade revelada de apresentar um projeto de lei orgânica da seguridade social, integrando suas diversas partes em um todo único e ho aceitar o caráter fragmentário dos projetos de
regulamentação, em que previdência, saúde e assistência social
são tratados em textos separados, o Congresso não recupera a
coerente.
———110.00.
18 Ver WERNECK VIANNA, M.L.T., "Salve-se quem puder! (Reflexões
sobre a política social no Projeto Collor)", in TAVARES, M.C. et
32
essência do que ele mesmo havia criado, enquanto Constituinte, e colabora para o retrocesso a que hoje assistimosl!?º,
V. UMA PROPOSTA PARA O FUTURO (À GUTSA DE CONCLUSÃO):
O ataque cerrado de que é vitima a seguridade só pode
ser entendido se levarmos em conta que o Congresso recém-eleito
terá, ele também, poderes constituintes das Disposições Constitucionais Transi revisão constitucional será realizada
da promulgação da
absoluta dos
+ Pois o artigo 3º do Ato tórias estabelece que "a
após cinco anos, contados
Constituição, Pelo voto
da
membros do Congresso
Nacional,
maioriaem
sessão
unilateral",
Após 1993, portanto, a Constituição estará novamente em debate, e isto se dará em um quadro político inteiramente distinto do que prevalecia quando de sua aprovação. E certamente
um dos pontos que deverá ser Posto em tela de juízo será o da
seguridade, na tentativa de derrogar
onsolidar, revertendo
definitivamente a trajetória em direção a um sistema distributivo
e assistencial.
Neste quadro, importa articular
que signifique não uma volta atrás,
direção à concretização do conceito de Seguridade, tal como
definido na Constituição. só que desta vez, despido
do
voluntarismo que o acompanhou na rodada anterior. O0s pontos aquiapresentados, portanto, centrados na questão da defesa e do um conjunto de idéias mas passos A frente, em
19 Entre os projetos aprovados pe
trata da seguridade. Tal Projeto, no entanto existe a crítica aqui levantada, pois não cumpre a função esse atende à
um projeto de lei orgânica para a seguridade socialMedal je sa
toda a demais legislação existente sobre o tema, + Subordinando
lo Congresso,
UFRJ/CC)
Biblioteca Eugênio (
33
aprofundamento das conquistas inscritas na Constituição de 1988, não têm outra finalidade que não a de alimentar a discussão e
permitir que dela resulte um conjunto de emendas que expressem
uma vontade política mais ampla que a de alguns poucos intelectuais ilustrados. A solução para esta questão terá que Ser, em última instância, uma solução política, o que pressupõe, em uma Ótica democrática, ampla
encaminhamento. participação em seu
Estes pontos, ademais, constituem uma agenda de Pesquisa, pois sua viabilidade está testada a um nível que ainda não pode ser considerado suficiente. Para sua transformação em um
efetivo projeto de reorganização da seguridade, novos e mais
rigorosos estudos e simulações devem ser feitos. De qualquer forma, as Sugestões que se seguem partem do conceito de
Seguridade, destacando-lhe como atributos fundamentais a
universalidade (como direito de acesso) e a seletividade (como Princípio implementador). E tomam como referências mais amplas a questão da perversidade do perfil de renda da sociedade brasileira e a crise financeira do Estado?
É, portanto, com a dupla cautela, decorrente do
conhecimento das dificuldades políticas e técnicas que cercam o
assunto, que vale sugerir:
o
1º) Eliminar a contribuição dos trabalhadores
Esta sugestão visa eliminar a dupla injustiça que o
tual comporta, uma vez que os trabalhadores pagam duasVezes - a primeira diretamente, através de um sistema altamente
regressivo Como é o do desconto em folha ou dos carnês do INSS, a
Segunda indiretamente, Sistema a
através dos preços dos bens e serviços que compram, os quais embutem a parcela das empresas. Além disso, os
ProstÓdio de Mattos, em seu texto de 1987, já esboçava uma
difereno em alguns pontos semelhantes a esta. A principal
individys Feside no tratamento dado à questão da contribuição
Social ual dos trabalhadores. Ver MATTOS, C.A., "Previdência