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INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA CURSO TÉCNICO DE METEOROLOGIA

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Academic year: 2021

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INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA

CURSO TÉCNICO DE METEOROLOGIA

Arthur Teixeira da cunha Brandão Priscila Catanio

Nevoeiros: tipos existentes e a influência na aviação.

Florianópolis Outubro de 2013

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Arthur Teixeira da cunha Brandão Priscila Catanio

Nevoeiros: tipos existentes e a influência na aviação.

Orientador: Prof. Daniel Sampaio Calearo Prof. Eliane S. Bareta Gonçalves

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RESUMO

O estudo tem como objetivo mostrar os tipos de nevoeiros, como se formam, qual época do ano são mais frequentes, e, em quais regiões mais ocorrem. A pesquisa apresenta qual o seu impacto na vida da população em geral e especificamente na aviação, para demonstrar este impacto apresentamos um estudo de caso, que ocorreu em Florianópolis entre os dias 09 e 10 de Setembro de 2013.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1:Imagem de Satélite ... 7 

FIGURA 2: Atuação do nevoeiro marítimo ... 8

FIGURA 3 Atuação do nevoeiro de vapor ... 9 

FIGURA 4: Atuação do nevoeiro alta inversão... ....10

FIGURA 5: Atuação do nevoeiro frontal...10

FIGURA 6: Atuação do nevoeiro pré-frontal (frentes quentes) ... 11 

FIGURA 7: Atuação do nevoeiro pós-frontal (frente fria). ... 11 

FIGURA 8: Atuação do nevoeiro de encosta ... 12 

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          SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...6 1.1 Objetivo geral...6  1.2 Objetivos específicos...6 

2 NEVOEIRO: UM FENÔMENO METEOROLOGICO. ...7

2.1 Os tipos de Nevoeiros ... 8  3 NEVOEIROS NA AVIAÇÃO ...13 3.1 Descrições do caso ... 13  3.2 Situações sinóticas ... 13  4 CONCLUSÃO...15 REFERÊNCIAS ...16  

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1 INTRODUÇÃO

Os nevoeiros são formados por pequenas partículas de água ou gelo suspensas na atmosfera (segundo Rubens J. Villela, Especial Para Aero Magazine em 11 de Julho de 2012 às 13h26min). Por ser o nevoeiro um fenômeno denso ocasiona restrição de visibilidade abaixo de 1000 metros, causando assim vários transtornos para população, tal como nas vias de circulação rodoviárias e nas áreas de aeródromos.

Portanto este trabalho vai apresentar os tipos de nevoeiros, onde e em qual época do ano eles ocorrem com frequência, seus possíveis impactos na vida das pessoas, e especialmente os impactos gerados no setor aéreo.

Assim analisar um caso de nevoeiro que ocorreu dia 09 de setembro de 2013 no litoral de SC, aeroporto internacional Hercílio Luz em Florianópolis que ocasionou a interrupção das operações de pouso e decolagem, (nesta situação, o aeroporto teve suas operações afetadas durante 15h consecutivas) criando vários transtornos tanto para os passageiros quanto para as empresas. Nesta linha de raciocínio relataremos qual nevoeiro afeta mais diretamente a aviação, mostrando como ele é diagnosticado e como é relatado para que ocorra o fechamento do trafego aéreo. Apresentaremos também quais os aeroportos brasileiros mais sofrem com esse fenômeno. Esperamos assim com este trabalho esclarecer o que realmente são nevoeiros.

1.1 Objetivo geral

Conhecer o fenômeno nevoeiro. 1.2 Objetivos específicos

São objetivos específicos desta pesquisa: a) Identificar os tipos de nevoeiros;

b) Identificar onde ocorrem com mais frequência;

c) Estabelecer a época do ano em que são mais frequentes;

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2 NEVOEIRO: UM FENÔMENO METEOROLÓGICO.

Segundo Ferreira (2006, p. 67-68) nevoeiros são nuvens estratiformes que se formam nos baixos níveis da atmosfera quando esta se encontra em um estado estável e caracterizam-se por serem lisas ou em camadas. Quando descem para a superfície frequentemente cobrindo todo o céu, criando uma aparência escura, dificultando a visibilidade horizontal e vertical e assim causando grandes transtornos, especialmente na operação dos aeródromos e graves acidentes nas estradas e rodovias. As nuvens do tipo estratos trazem muitas vezes consigo chuvas leves e contínuas, chuvisco ou até mesmo pequenos grãos de neve, quando e, situação de baixa temperatura. Os nevoeiros podem ser classificados quanto a sua restrição de visibilidade, sendo fracos com visibilidade horizontal de 1000 a 500m, moderado quando a visibilidade for de 500 a 100m e forte, quando restringir a visibilidade abaixo de 100m.

De acordo com a entrevista realizada com o Maurici Monteiro ** os nevoeiros podem ocorrer em qualquer lugar do Brasil, porém as áreas onde mais são registrados são no Sul e Sudeste do país, mais especificamente nos estados do: Paraná, Curitiba, São Paulo e Santa Catarina. Os nevoeiros podem ocorrer em todas as estações do ano, porém é no inverno mais precisamente nos meses de Junho, Julho, Agosto e Setembro que mais ocorrem. A figura 1, do satélite GOES 13 no canal visível apresenta a configuração vista pelo satélite de nuvens stratus muito baixas, que configuram o nevoeiro no litoral de SC e PR.

FIGURA 1: O nevoeiro visto na imagem de satélite.

Fonte: Banco de imagens DSA (Divisão de Satélites e Sistemas Ambientais).

** De acordo com a correspondência da entrevista realizada com o Geógrafo, doutor em Geografia

Maurici Monteiro, coordenador do setor de meteorologia na Fundação de Apoio ao

Desenvolvimento Rural Sustentável de Santa Catarina (FUNDAGRO) no dia 15 de Outubro às 14h, em Florianópolis (SC).

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2.1 Os tipos de Nevoeiros

Há diversos tipos de nevoeiros, que são classificados de acordo com sua formação:

Nevoeiro ar marítimo: nevoeiro formado pelo próprio ar que vem do mar (ar marítimo) sobre uma corrente fria. Podemos ter este nevoeiro em qualquer lugar do oceano onde haja uma diferença de temperatura (Fig 2).

FIGURA 2: Atuação do nevoeiro marítimo

Fonte: http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/vc-no-g1-tv-tribuna/noticia/2012/08/internauta-flagra-nevoeiro-sobre-baia-de-sao-vicente-sp.html

Foto: Augusto Cesar Mendonça

Nevoeiro de ar tropical: quando ar de latitudes baixas se movem em direção a pólos sobre oceano, ocasiona um nevoeiro chamado nevoeiro de ar tropical. Isso ocorre quando há um gradativo resfriamento do ar tropical. Esse nevoeiro ocorre também no inverno sobre os continentes.

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Nevoeiro de vapor: este nevoeiro se forma quando um ar frio se movimenta sobre uma água quente ocasionando uma evaporação que em muitos casos atinge umidade relativa de 100% (Fig 3).  

 

Nevoeiro de superfície: ocorre a partir de inversão térmica da superfície devido ao resfriamento radiativo que pode ocorrer durante uma noite calma e de céu aberto permite que a radiação emitida pela superfície dissipe pela atmosfera acima, dando condições para resfriamento do ar envolto superfície, formando o nevoeiro superficial que são rasos e desaparecem rapidamente pela ação da radiação luz do sol nos primeiros momentos do nascer de um novo dia. 

            9

FIGURA 3: Atuação do nevoeiro de vapor

Fonte: 

http://www.dammous.com/tempo/n_nevoeiro.asp 

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Nevoeiro de alta inversão: se forma no inverno, em superfície continental. Este nevoeiro se forma pela perda de radiação de calor de vários dias. É um nevoeiro do tipo radiativo e típico de regiões extratropicais (Fig 4).

FIGURA 4: Atuação do nevoeiro alta inversão Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Nevoeiro

Nevoeiro frontal: Existe uma variedade de maneiras nas quais nevoeiros podem se formar como, por exemplo, o súbito resfriamento do ar sobre a superfície úmida com a passagem de uma frente fria marcadamente precipitante o que pode causar um nevoeiro ao longo da frente (Fig 5).

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FIGURA 5: Registro de um nevoeiro de vapor.

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Nevoeiros pré-frontais (frentes quentes): Os efeitos da precipitação em colunas estáveis de ar podem aumentar a temperatura do ponto de orvalho até que o nevoeiro seja formado sem resfriamento da camada de ar inferior (Fig 6).

Nevoeiros pós-frontais (frentes frias): Há uma diferença entre o nevoeiro de frente quente e de frente fria, sendo que os dois se formam pela umidade da precipitação frontal. Desde que a banda de precipitação associada a uma frente fria é mais restrita em área do que a de frente quente os nevoeiros pós-frontais são menos espalhados (Fig 7).

FIGURA 7: Atuação do nevoeiro de frente fria. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Nevoeiro

11

FIGURA 6: Atuação do nevoeiro pré-frontais (frentes quentes)

Fonte:

http://amarnatureza.org.br/site/met eorologia,28336/

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Nevoeiro de encosta: Formam-se como resultado do resfriamento do ar por expansão adiabática (se opõe à transmissão de calor) à medida que ele se move para altitudes maiores (Fig 8).

FIGURA 8: Atuação do nevoeiro de encosta

Fonte: http://pt.hallpic.com/papel-de-parede/467612-floresta_encosta_Montanhas_pedras_manh/

Nevoeiro advectivo-radioativo: Ele se forma pelo resfriamento radioativo noturno sobre o continente de ar procedente do mar durante o dia. Ocorre principalmente no final do verão (Fig 9).

FIGURA 9: Atuação do nevoeiro Radioativo

Fonte: http://www.master.iag.usp.br/ensino/Sinotica/AULA11/AULA11.HTML

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3 NEVOEIROS NA AVIAÇÃO

Com o objetivo de exemplificar os efeitos do fenômeno, o grupo decidiu apresentar um breve estudo de caso, referente ao evento de nevoeiro persistente que ocorreu em Florianópolis entre os dias 09 e 10/9 que fechou o aeroporto Hercílio luz por 15h. 

3.1 Descrição do caso:

Segundo o professor em meteorologia do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) Daniel (2013)** a formação de um nevoeiro muito persistente no litoral de SC foi registrado entre o final de tarde de segunda-feira, dia 09/09/13 e manhã do dia 10/09/13, terça-feira.

O aeroporto internacional Hercílio luz em Florianópolis fechou para operações de pouso e decolagem entre as 18h do dia 09 e 09h do dia 10, havendo, portanto registro de 15h consecutivas com o fenômeno nevoeiro na mensagem METAR produzida no aeroporto. Neste evento a visibilidade horizontal ficou variando entre 150 e 900m, oscilando a intensidade entre fraco e moderado. Durante 1h a visibilidade horizontal predominante ficou abaixo de 500m resultando em um nevoeiro de intensidade moderada durante todo este período. O teto predominante foi de 100pés codificado como (BKN001, SCT001 e VV001 no código METAR), sendo que por 2h a visibilidade vertical ficou inferior a este valor (VV///).

Porém, como pode ser visto na figura 1, referente à imagem de satélite, não somente Florianópolis foi afetada, mas também todo o Litoral Norte de SC. O Aeroporto Ministro Victor Konder em Navegantes também foi afetado pelo fenômeno, tendo registrado a presença do fenômeno, com registro na mensagem METAR de visibilidade reduzida e teto baixo a partir das 20z do dia 09/09, com deterioração da situação a partir das 21z quando a visibilidade caiu abaixo de 1000m caracterizando o fenômeno nevoeiro. Houve ligeiras flutuações, com melhorias na visibilidade e teto entre as 00 e 02z, porém o efeito do nevoeiro perdurou até as 11z do dia 10/09.

**Correspondência da entrevista realizada com Daniel Sampaio Calearo, meteorologista, Professor do Curso Técnico em Meteorologia do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Florianópolis (SC).

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3.2 Situação sinótica

A região sul do Brasil apresentava-se na ocasião sob a influencia de um sistema de alta pressão com centro no oceano atlântico entre 15°S e 15°W, com características de bloqueio, o que favoreceu a condição de vento predominante do quadrante norte/nordeste, constituindo uma situação favorável à ocorrência de ressurgencia de águas frias próximo a região costeira, bem como também haviam evidencias de incursão de águas frias oriundas da corrente das Malvinas que se infiltravam em ambas costeiras do Sul do país (Fig 1). Essas condições são ambientes favoráveis para acelerar o processo de condensação e formação de nuvens baixas nestas regiões.

Além disso, a temperatura em superfície no litoral de SC se encontrava num padrão elevado, com máxima registrada entre 24 e 26,5°C nas estações meteorológicas da cidade de Florianópolis. O teor de umidade no ar na baixa atmosfera, ou seja, nas primeiras centenas de metros, se apresentava elevado, com pontos em que havia saturação do ar, o que em grande parte estava associado ao padrão atmosférico que reinava, com transporte ar úmido e quente do norte do país (JBN). Percebe-se que, portanto observando todos estes fatores, percebe-se que a situação era muito favorável ao processo de condensação e formação de nuvens baixas do tipo stratus. Além do mais, o caráter estacionário do sistema de grande escala permitiu que as condições ambientais para tal fenômeno perdurassem por um período maior, resultando nos transtornos supracitados.

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4 CONCLUSÃO

Este trabalho foi muito esclarecedor para o grupo aumentando nosso conhecimento sobre algo que imaginávamos ser tão insignificante e raramente visto em nossas vidas. Constatamos que os nevoeiros causam um grande impacto em nossas vidas, podendo ser positivos ou negativos. Porém em nosso trabalho demos mais ênfase ao lado negativo deste fenômeno, mais precisamente como dificultam a vida de aviadores e motoristas causando assim vários acidentes e transtornos.

Concluímos que o fenômeno nevoeiro prejudicou muito a vida de algumas pessoas que precisavam do transporte aéreo nos dias 09 e 10 de Setembro, várias pessoas tiveram que cancelar seus compromissos, pois não iam chegar a tempo. E concluímos também que esse fenômeno prejudica e muito a visibilidade, pois fechou por mais de 15h o aeroporto internacional de Florianópolis, e também outros aeroportos (situados perto de Florianópolis) foram prejudicados de alguma forma por este fenômeno.

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REFERÊNCIAS

FERREIRA, Arthur Gonçalves. Meteorologia prática. São Paulo: Ed. São Paulo – Oficina de Texto, 2006.

ARGENTIERE, R. Atmosfera. Coleção Ciência e divulgação. Litográfica , pag. 127 – 131.

Rubens J. Villela. Aero Magazine – Inner Editora, 11 de Julho de 2012 às 13h26min.< http://aeromagazine.uol.com.br/artigo/nevoeiro-sinonimo-de-aeroportos-fechados_614.html> acesso em 25/11/2013.

DAS (Divisão de Satélites e Sistemas Ambientais)

Referências

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