PCC 3504 Tópicos Especiais
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia de Construção Civil PCC - 3504 –Tópicos Especiais de Tecnologia e Gestão de Obras de Edifícios
2o Semestre de 2020
Profs. Luiz Sergio Franco e Mercia Maria B. Barros
O COMPORTAMENTO DOS EDIFÍCIOS
EM ALVENARIA ESTRUTURAL
PCC 3504 Tópicos Especiais
PRINCÍPIOS BÁSICOS DO
PROJETO ESTRUTURAL
GARANTIR A ESTABILIDADE DO
EDIFÍCIO E DE SEUS ELEMENTOS
ESFORÇOS LATERAIS EFEITOS LOCALIZADOS
RESISTÊNCIA ADEQUADA
TENSÕES
SOLICITANTES SOBRE AS
PAREDES
COMO GARANTIR A RESISTÊNCIA
DOS ELEMENTOS ?
A PARTIR DAS AÇÕES SOBRE OS EDIFÍCIOS? ANÁLISE ESTRUTURAL MODEL OSPCC 3504 Tópicos Especiais
CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS
DAS PAREDES
SEÇÃO TRANSVERSAL ESBELTEZ EXCENTRICIDADES DOS
CARREGAMENTOS
MATERIAIS ADEQUADOS
REFORÇOS
COMO GARANTIR A RESISTÊNCIA
DOS ELEMENTOS ?
CONHECER A CAPACIDADE
PCC 3504 Tópicos Especiais
ETAPAS DO PROJETO
CONCEPÇÃO • PAREDES ESTRUTURAIS • PAREDES DE VEDAÇÃO • MODULAÇÃO ANÁLISE ESTRUTURAL • ESFORÇOS VERTICAIS • ESFORÇOS HORIZONTAIS • ESTABILIDADE DIMENSIONA MENTO • SEÇÕES TRANSVERSAIS • ESPECIFICAÇÕES: BLOCOS, GRAUTES, ARGAMASSAS DETALHAMENT O: PLANTAS, ELEVAÇÕES, DETALHES CONSTRUTIVOSPCC 3504 Tópicos Especiais
AÇÕES HORIZONTAIS SOBRE
O EDIFÍCIO
ESFORÇO DE VENTO
DESAPRUMO
EMPUXO DE TERRA OU ÁGUA
AÇÕES SÍSMICAS
TG13 - Alvenaria Estrutural ESFORÇO DE VENTO CARGA VERTICAL TENSÃO DEVIDA AO VENTO TENSÃO DEVIDA A CARGA VERT. TG116 - Alvenaria Estrutural
TG13 - Alvenaria Estrutural ESFORÇO DE VENTO CARGA VERTICAL TENSÃO DEVIDA AO VENTO TENSÃO DEVIDA A CARGA VERT. TG116 - Alvenaria Estrutural
PCC 3504 Tópicos Especiais
Alvenaria ARMADA x NÃO ARMADA
TENSÃO DEVIDA A CARGA VERTICAL TENSÃO DEVIDA AO VENTO+
RESULTANTE (SÓ COMPRESSÃ0)=
PCC 3504 Tópicos Especiais
Alvenaria ARMADA x NÃO ARMADA
TENSÃO DEVIDA A CARGA VERTICAL TENSÃO DEVIDA AO VENTO+
RESULTANTE (COMPRESSÃO E TRAÇÃO=
12 PCC 2515 Alvenaria Estrutural
ARMADURA EM EDIFÍCIOS BAIXOS
PROPORCIONAR RESISTÊNCIA AOS
SISMOS (origem norma americana)
PROVER RESISTÊNCIA À FLEXÃO (arrimos)
POSSIBILITAR A LIGAÇÃO DAS PAREDES
COM GRAMPOS
EMPREGAR PAREDES MAIS ESBELTAS
Pesquisas teórico-experimentais, desenvolvidas na década de 60 e 70 B. P. Sinha A. W. Hendry Dezembro - 1970
Análise de 5 modelos
diferentes para carga horizontal (Sinha):
Método dos “balanços
individuais
”Paredes são vigas
engastadas na base
Em todos os pavimentos a
deformação é igualada
através da laje (diafragma
rígido)
Método dos “balanços
individuais”
Paredes são vigas engastadas
na base
Em todos os pavimentos a
deformação é igualada através da laje (diafragma rígido)
Simplicidade de utilização
Despreza toda a rigidez
proporcionada por lintéis e pela rigidez das lajes
Pouca precisão para edifícios
muito altos (muito a favor da segurança)
Deslocamentos (D)
iguais para todas as paredes Parcela de carga horizontal de cada parede proporcional a sua rigidez relativa (R) D D D
RESULTA:
n
i
i
I
I
f
f
.
AÇÕES HORIZONTAIS SOBRE O EDIFÍCIO
Método dos “pórtico equivalente” Paredes são barras verticais
posicionadas em seu centro de rigidez
lintéis são barras horizontais
ligando as paredes
Possibilidade de uso de programas desenvolvidos para estrutura
reticulada
Dificuldade de obtenção dos
parâmetros elásticos das paredes Paredes devem estar alinhadas
Pode ser usado com programas de elementos finitos com o recurso de “nó mestre” simulando a laje
AÇÕES HORIZONTAIS SOBRE O EDIFÍCIO
Método dos “pórtico equivalente” Paredes são barras verticais
posicionadas em seu centro de rigidez
lintéis são barras horizontais
Método do “meio contínuo”
Paredes são engastadas na
base
As paredes são ligadas entre
si através de um “material
hipotético” com características elásticas que simulam a
rigidez de lintéis e lajes
Método do “meio contínuo”
Paredes são engastadas na
base
As paredes são ligadas entre
si através de um “material
hipotético” com características elásticas que simulam a
rigidez de lintéis e lajes
Modelo teórico de fomulação
matemática complexa. Por
exemplo para as duas paredes da figura temos:
2 2 2 . .T x dx T d 2 . . cosh . senh . . cosh . . senh 1 4 . . 2 2 x2 x x h h h T
2 1 2 3 2.
.
.
.
12
A
A
A
I
l
b
h
I
p
I l b h I l p . . . 12 . .. . 2 1 3
h h x h x h h h h h x h x h x l E h y . cosh . . 1 cosh . senh . senh . . . . 2 1 . 2 1 1 . . 12 1 . 3 1 4 1 . . . . 2 1 2 2 2 2 4 2 2 1 2 1 . . 1 l I A A A A Modelo teórico de fomulação
matemática complexa. Por
exemplo para as duas paredes da figura temos:
Difícil aplicação prática
Método dos Elementos Finitos
Paredes são discretizadas em
elementos planos (placa ou casca) de pequenas
dimensões para as paredes e elementos de barra para os linteis
Modelos de grande precisão Começam aparecer pacotes
específicos para a alvenaria Necessidade de recursos
computacionais ainda grandes Dificuldade na “Montagem dos
modelos” e interpretação dos resultados
É O FUTURO
AÇÕES
HORIZONTAIS
PCC 3504 Tópicos Especiais
PCC 3504 Tópicos Especiais
AÇÕES HORIZONTAIS SOBRE
O EDIFÍCIO
ESFORÇOS DEVIDOS AO VENTO
NBR 6123 “Forças devidas ao vento em
Edificações”
ESFORÇOS DEVIDOS AO DESAPRUMO
NBR 16868-1/2020 “Alvenaria Estrutura”
PCC 3504 Tópicos Especiais
AÇÕES HORIZONTAIS SOBRE
O EDIFÍCIO - VENTO
PCC 3504 Tópicos Especiais
FATOR ESTATÍSTICO
FATOR DE RUGOSIDADE f(h) FATOR TOPOGRÁFICO
PCC 3504 Tópicos Especiais
AÇÕES HORIZONTAIS SOBRE
O EDIFÍCIO - DESAPRUMO
AÇÕES HORIZONTAIS SOBRE
O EDIFÍCIO - DESAPRUMO
AÇÕES HORIZONTAIS SOBRE
O EDIFÍCIO - DESAPRUMO
COMPRIMENTO EFETIVO DE FLANGES
PCC 3504 Tópicos Especiais
Distribuição dos momentos entre
as paredes
PROJETO ESTRUTURAL
i TOTAL j i TOTAL iM
R
I
I
M
M
.
.
PCC 3504 Tópicos Especiais
AÇÕES HORIZONTAIS SOBRE
O EDIFÍCIO
- EXEMPLO
0000
,
1
0073
,
0
0312
,
0
.
4
4389
,
0
.
2
0073
,
0
306
,
0
298
,
1
.
4
044
,
18
.
2
31
,
0
0312
,
0
306
,
0
298
,
1
.
4
044
,
18
.
2
298
,
1
4389
,
0
306
,
0
298
,
1
.
4
044
,
18
.
2
044
,
18
5 4 / 3 3 / 2 / 1 iR
R
R
R
PAV altura q DIRECAO Y (m) (N/m2) A (m2) Ca Fix (kN) sum (Fix) Mix (kN.m) A (m2) Ca Fiy (kN) sum (Fiy) Miy (kN.m) 7 21,60 706 42,09 1,02 30,3 30,3 40,9 27,38 0,88 17,0 17,0 23,0 6 18,90 683 42,09 1,02 37,8 68,1 173,8 27,38 0,88 25,0 42,0 102,6 5 16,20 657 42,09 1,02 36,7 104,9 407,4 27,38 0,88 24,3 66,3 248,8 4 13,50 628 42,09 1,02 35,5 140,3 738,3 27,38 0,88 23,6 89,9 459,7 3 10,80 594 42,09 1,02 34,0 174,3 1163,1 27,38 0,88 22,8 112,8 733,3 2 8,10 552 42,09 1,02 32,2 206,5 1677,2 27,38 0,88 21,8 134,6 1067,2 1 5,40 499 42,09 1,02 29,9 236,5 2275,3 27,38 0,88 20,5 155,1 1458,3 ter 2,70 420 42,09 1,02 26,5 263,0 2949,7 27,38 0,88 18,6 173,7 1902,3 TOTAL 263,0 TOTAL 173,7 DIRECAO X VE NT O (ABNT NBR 61 23) + DES AP RUMO (N BR 15 961) Forças devi das ao vento em edificaçõe s
PAV altura q DIRECAO Y
(m) (N/m2) A (m2) Ca Fix (kN) sum (Fix) Mix (kN.m) A (m2) Ca Fiy (kN) sum (Fiy) Miy (kN.m) 7 21,60 706 42,09 1,02 30,3 30,3 40,9 27,38 0,88 17,0 17,0 23,0 6 18,90 683 42,09 1,02 37,8 68,1 173,8 27,38 0,88 25,0 42,0 102,6 5 16,20 657 42,09 1,02 36,7 104,9 407,4 27,38 0,88 24,3 66,3 248,8 4 13,50 628 42,09 1,02 35,5 140,3 738,3 27,38 0,88 23,6 89,9 459,7 3 10,80 594 42,09 1,02 34,0 174,3 1163,1 27,38 0,88 22,8 112,8 733,3 2 8,10 552 42,09 1,02 32,2 206,5 1677,2 27,38 0,88 21,8 134,6 1067,2 1 5,40 499 42,09 1,02 29,9 236,5 2275,3 27,38 0,88 20,5 155,1 1458,3 ter 2,70 420 42,09 1,02 26,5 263,0 2949,7 27,38 0,88 18,6 173,7 1902,3 TOTAL 263,0 TOTAL 173,7 DIRECAO X
PCC 3504 Tópicos Especiais
Distribuição dos momentos entre
as paredes
Tensões normais na parede
i TOTAL j i TOTAL i
M
R
I
I
M
M
.
.
i i i i i iw
M
y
I
M
.
' ' '.
i i i i i iw
M
y
I
M
PCC 3504 Tópicos Especiais
PAVI- MOMENTO R I y y' TENSÃO TENSÃO
MENTO (kN.m) COEF. DIST wk w’k
MOMENTO (m4) (m) (m) (kN/m2) (kN/m2) PAREDE 1/2/3 7 40,9 0,4389 18,044 5,07 5,07 5 5 6 173,8 0,4389 18,044 5,07 5,07 21 21 5 407,4 0,4389 18,044 5,07 5,07 50 50 4 738,3 0,4389 18,044 5,07 5,07 91 91 3 1163,1 0,4389 18,044 5,07 5,07 143 143 2 1677,2 0,4389 18,044 5,07 5,07 207 207 1 2275,3 0,4389 18,044 5,07 5,07 281 281 TÉRREO 2949,7 0,4389 18,044 5,07 5,07 364 364 PAREDE 3/4 7 40,9 0,0312 1,298 2,54 1,55 2 2 6 173,8 0,0312 1,298 2,54 1,55 11 6 5 407,4 0,0312 1,298 2,54 1,55 25 15 4 738,3 0,0312 1,298 2,54 1,55 45 28 3 1163,1 0,0312 1,298 2,54 1,55 71 43 2 1677,2 0,0312 1,298 2,54 1,55 102 62 1 2275,3 0,0312 1,298 2,54 1,55 139 85 TÉRREO 2949,7 0,0312 1,298 2,54 1,55 180 110 PAREDE 5 7 40,9 0,0073 0,308 1,00 1,00 1 1 6 173,8 0,0073 0,308 1,00 1,00 4 4 5 407,4 0,0073 0,308 1,00 1,00 10 10 4 738,3 0,0073 0,308 1,00 1,00 17 17 3 1163,1 0,0073 0,308 1,00 1,00 27 27 2 1677,2 0,0073 0,308 1,00 1,00 40 40 1 2275,3 0,0073 0,308 1,00 1,00 54 54 TÉRREO 2949,7 0,0073 0,308 1,00 1,00 70 70 18,044 5,07 x 0,4389 x 2949,7
PCC 3504 Tópicos Especiais
EXERCÍCIO EM GRUPO
Considere a planta de arquitetura escolhida por seu grupo para o desenvolvimento do projeto. Considere que o edifício possua pelo menos 8 pavimentos de altura e pé direito de 2,80 m por pavimento. Pede-se que:
1. Identifique os grupos de paredes estruturais e selecione as mais significativas, que devem ser as mesmas da aula
passada (um para cada elemento do grupo);
2. Considere que os esforços de vento e desaprumo
correspondem a uma pressão uniformemente distribuída sobre a fachada de 0,7 kN/m2
3. Calcule as cargas horizontais atuantes em cada uma das paredes em todos os pavimentos, considerando-se pelo menos uma das direções principais do edifício.