CA 125
CÂNCER DE OVÁRIO
CBHPM 4.07.12.37-0 AMB 28.06.160-8
Sinonímia:
Marcador tumoral para câncer de ovário.
CA 125-1. CA 125 I. CA 125 UM. CA 125 de primeira geração: usa anticorpos murinos OC125. OM-MA. CA 125-2. CA 125 II. CA 125 DOIS. CA 125 de segunda geração: usa anticorpos murinos OC125 e M11.
CA = Carbohydrate Antigen.
Fisiologia:
A natureza exata do antígeno CA 125 continua sendo estudada. Trata-se de uma glicoproteína em
polímeros de massa molecular de 200 a 1.000 kDa contendo uma menor quantidade (25 %) de carboidratos do que as mucinas. Há evidências da existência de mais de um tipo de molécula do CA 125. Reage com linhagens celulares derivadas de carcinomas epiteliais ovarianos. Essas são as células que formam a fina camada de revestimento externo do ovário e que são dotadas de alta capacidade proliferativa para reparar a superfície ovariana após as ovulações. Por isso a anovulação por
contraceptivos orais, gravidez e lactação são fatores de redução do risco desse tipo de câncer.
Meia-vida (t½) sérica: 4 a 5 dias.
Material Biológico: Soro.
Coleta: 1,0 ml de soro.
Centrifugar o sangue só após formação completa do coágulo para prevenir a presença de fibrina.
Amostras de pacientes tomando anticoagulantes podem necessitar de mais tempo para coagular.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 1 dia. Congelar a -20ºC para até 2 meses. Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
CA 72-4, CA 19-9, CA 15-3, CEA.
Valor Normal:
Normal* até 35,0 U/ml
* resultados abaixo de 35,0 U/ml não excluem definitivamente a possibilidade de neoplasia.
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Os níveis de CA 125 determinados com kits de fabricantes distintos podem variar em conseqüência de diferenças metodológicas e de especificidade. Portanto, valores desse antígeno obtidos por métodos e laboratórios diferentes não são seqüencialmente comparáveis.
Fibrina. Anticorpos heterofílicos.
Método:
Eletroquimioluminescência.
Substrato: adamantildioxetanofosfato.
Interpretação:
Monitoramento de neoplasias do ovário
(adenocarcinoma seroso, carcinoma de células claras e cistadenocarcinoma mucinoso) e detecção precoce de recidivas. Utilizado, também, no teste triplo para detecção de S. de Down em substituição ao Estriol. AUMENTO: câncer de ovário e suas recidivas, fisiologicamente durante o pico ovulatório, na fase lútea e durante a gravidez, endometriose, gravidez, D. inflamatória pélvica, fibroma uterino, S. de Meigs, adenomiose, salpingite, cistos ovarianos, hepatite, pancreatite, cirrose com ascite, colecistite,
pericardite, pneumopatias, câncer mamário, pulmonar ou gastrintestinal, linfoma não-Hodgkin.
Obs.: A primeira geração de CA 125 corresponde à reação de sua glicoproteína com o anticorpo monoclonal murino OC125. A segunda geração, CA 125 II, reage com 2 anticorpos monoclonais: o OC125 e o M11, correlacionando-se bem com o CA 125, mas sem demonstrar interferência com anticorpos anti-camundongo humanos (HAMA).
QUADRO DE APLICAÇÕES ONCOLÓGICAS
ÓRGÃO-ALVO: OVÁRIO Avaliação da terapêutica ++++ Monitoramento ++++ Prognóstico ++ Metátases ++ Diagnóstico + “Screening” + Marcador associado CA 72-4 Sitiografia:
CA 15-3
CÂNCER DE MAMA
CBHPM 4.07.12.37-0 AMB 28.06.166-7/92
Sinonímia:
Marcador tumoral para câncer de mama. CA 153. BR-MA.
CA = Carbohydrate Antigen.
Fisiologia:
O antígeno mama-associado CA 15-3 é uma mucina epitelial polimorfa (PEM) com massa molecular entre 300 a 450 kDa que reage com dois anticorpos monoclonais, DF3 e 115D8. Consiste de uma cadeia repetida de polipeptídeos revestidos externamente por carboidratos. Seus valores aumentam no estádio clínico do câncer de mama alcançando valores muito elevados na presença de metástases. A determinação seriada do CA 15-3 é muito útil no monitoramento da resposta terapêutica.
A pesquisa do CA 15-3 não deve ser utilizada como "screening" para câncer de mama pois nos Estádios 0 e I da classificação pTNM dos tumores malignos os resultados costumam ser normais.
Estádio 0 = Tis/N0/M0 Estádio I = T1/N0/M0
Meia-vida (t½) sérica: ~ 14 dias.
Material Biológico: Soro.
Coleta: 1 ml de soro.
Centrifugar o sangue só após formação completa do coágulo para prevenir a presença de fibrina.
Amostras de pacientes tomando anticoagulantes podem necessitar de mais tempo para coagular.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 1 dia. Congelar a -20ºC para até 2 meses. Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
CEA. TPA (Antígeno Polipeptídico Tissular). HER2/neu. BRCA1. BRCA2.
Valor Normal:
Normal inferior a 25,0 U/ml#
# Obs.: os valores não são afetados pelo tabagismo.
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes:
Os níveis de CA 15-3 determinados com kits de fabricantes distintos podem variar em conseqüência de diferenças metodológicas e de especificidade. Portanto, valores desse antígeno obtidos por métodos e laboratórios diferentes não são seqüencialmente comparáveis.
Fibrina.
O tratamento com tamoxifeno, mesmo na ausência de qualquer patologia hepática, aumenta
ligeiramente o CA 15-3.
Método:
Eletroquimioluminescência.
Substrato: adamantildioxetanofosfato.
Interpretação:
Monitoramento da paciente com neoplasia de mama e detecção precoce da recidiva tumoral.
AUMENTO: hepatite, cirrose, sarcoidose, tuberculose, lúpus eritematoso sistêmico, certas patologias benignas mamárias ou ovarianas, câncer de pâncreas, pulmão, ovário, colo e fígado.
Obs.: o aumento do CA 15-3 pode preceder vários meses o diagnóstico clínico de metástases do câncer de mama.
Previsão do CA 15-3 após mastectomia radical:
( horas)
e
cir
CA
atual
CA
15
−
3
=
15
−
3
×
−0,002063× onde:CA15-3atual = CA15-3 esperado no exame atual CA15-3cir = último CA 15-3 antes da cirurgia e = número “e”, base dos logaritmos naturais
horas = tempo em número de horas decorridas entre a cirurgia e a coleta do exame atual.
Por exemplo: Um CA 15-3 pré-cirúrgico de 150,0 U/ml, 30 dias após mastectomia (720 horas) deve apresentar um resultado igual ou inferior a 34,0 U/m
Cálculo da meia-vida (t½) biológica do CA 15-3 de determinada paciente.
Em condições de pleno sucesso cirúrgico o CA 15-3 de determinada paciente deve diminuir segundo uma constante individualizada, também chamada de “meia-vida biológica” (t½) que é típica para aquela paciente em particular. Assim, a partir de duas dosagens seqüenciais, pode-se determinar o t½ que
poderá então ser aplicado aos demais pares de dosagens para verificar se a evolução está no seu curso normal ou se há interferentes indesejáveis (metástases).
Calcula-se aplicando a fórmula:
anterior atual
CA
CA
LN
horas
t
3
15
3
15
6932
,
0
2 / 1−
−
×
−
=
onde: t½ = meia-vida biológica do CA 15-3 da paciente, em horashoras = número de horas transcorridas entre a coleta do CA 15-3atual e a coleta do CA 15-3anterior
CA 15-3atual =dosagem do CA 15-3atual em U/ml
CA 15-3anterior = dosagem do CA 15-3anterior em U/ml
LN = Logaritmo Natural
Se o t½ de uma amostra para outra seqüencial permanecer igual oudiminuir, representa bom prognóstico. Se aumentar, é mau prognóstico.
QUADRO DE APLICAÇÕES ONCOLÓGICAS
ÓRGÃO-ALVO: MAMA Avaliação da terapêutica ++++ Monitoramento ++++ Prognóstico ++ Metátases ++ Diagnóstico - “Screening” - Marcador associado CEA
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
CA 19-9
CÂNCER DE PÂNCREAS/DUTOS BILIARES
CBHPM 4.07.12.37-0 AMB 28.06.159-4
Sinonímia:
Marcador tumoral para câncer de pâncreas e de dutos biliares. CA 199. GI-MA.
Antígeno de Carboidrato GastrIntestinal. GICA. CA = Carbohydrate Antigen.
Fisiologia:
O CA 19-9 é caracterizado como sendo um gangliosídio da membrana celular ou uma
glicoproteína circulante tipo mucina. As duas formas carregam um epítopo carboidratado que é o
hexassacarídeo siálico do grupo sangüíneo Lewisa.
Material Biológico: Soro.
Coleta: 1 ml de soro.
Centrifugar o sangue só após formação completa do coágulo para prevenir a presença de fibrina.
Amostras de pacientes tomando anticoagulantes podem necessitar de mais tempo para coagular.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC até 24 horas após a coleta ou congelar a amostra a -20ºC para até 2 meses. Não estocar em freezer tipo frost-free. Evitar descongelamentos repetidos.
Exames Afins: CEA. CA 50.
Valor Normal:
HOMENS. Mediana 3,0 U/ml 95,45 % da população até 18,3 U/ml 99,73 % da população até 37,0 U/ml MULHERES. Mediana 4,3 U/ml 95,45 % da população até 27,0 U/ml 99,73 % da população até 37,0 U/ml
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes:
Os níveis de CA 19-9 determinados com kits de fabricantes distintos podem variar em conseqüência de diferenças metodológicas e de especificidade. Portanto, valores desse antígeno obtidos por métodos e laboratórios diferentes não são
seqüencialmente comparáveis. Fibrina. Descongelamento repetido.
Método: Eletroquimioluminescência. Substrato: adamantildioxetanofosfato. Sensibilidade = 68 a 94 % = 6 a 32 % falso-negativos Especificidade = 76 a 99 % = 1 a 24 % falso-positivos Interpretação:
Exclusivamente para avaliação prognóstica e monitoramento terapêutico de pacientes portadores de neoplasias colorretais e principalmente tumores relacionados ao pâncreas e às vias biliares. Não tem valor para diagnóstico.
Exames falso-negativos para câncer são encontrados em pacientes Lewisa negativos/Lewisb negativos. Nesses casos é obrigatório determinar o CA 50. AUMENTO: câncer gastrintestinal, adenocarcinoma do pâncreas, litíase biliar, colangiocarcinoma (T. de Klatskin), pancreatite crônica, cirrose. Tumores mucinosos do ovário, adenocarcinomas do corpo uterino e da endocervix, metástases hepáticas de carcinomas mamários e do pâncreas, colestase.
QUADRO DE APLICAÇÕES ONCOLÓGICAS
ÓRGÃO-ALVO: PÂNCREAS / VIAS BILIARES Avaliação da terapêutica +++ Monitoramento ++++ Prognóstico + Metátases + Diagnóstico ++ “Screening” -
Marcador associado CEA
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
CA 242
CÂNCER DE PÂNCREAS/COLO/RETO
CBHPM 4.03.06.57-7
Sinonímia:
Marcador tumoral para câncer de pâncreas, colo e de reto. CA 242.
CA = Carbohydrate Antigen.
Fisiologia:
O CA 242 é um antígeno glicoprotéico mucinoso composto de carboidratos e ácido siálico, presente em carcinomas de diversos órgãos.
Material Biológico: Soro.
Coleta: 1 ml de soro.
Centrifugar o sangue só após formação completa do coágulo para prevenir a presença de fibrina.
Amostras de pacientes tomando anticoagulantes podem necessitar de mais tempo para coagular.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC até 24 horas após a coleta ou congelar a amostra a -20ºC para até 2 meses. Não estocar em freezer tipo frost-free. Evitar descongelamentos repetidos.
Exames Afins:
CEA. CA 50. CA 19-9. Sangue oculto nas fezes.
Valor Normal:
96 % da população até 14,9 U/ml 4 % da população 15,0 a 25,0 U/ml
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes:
Os níveis de CA 242 determinados com kits de fabricantes distintos podem variar em conseqüência de diferenças metodológicas e de especificidade. Portanto, valores desse antígeno obtidos por métodos e laboratórios diferentes não são seqüencialmente comparáveis.
Fibrina. Descongelamento repetido.
Método: ELISA.
Interpretação:
Exclusivamente para avaliação prognóstica e monitoramento terapêutico de pacientes portadores de neoplasias do tubo gastrintestinal, principalmente tumores relacionados ao pâncreas, ao colo e ao reto. Não deve ser usado para diagnóstico.
AUMENTO: câncer gastrintestinal, adenocarcinoma do pâncreas, litíase biliar, colangiocarcinoma (T. de Klatskin), pancreatite crônica, cirrose. Tumores mucinosos do ovário, adenocarcinomas do corpo uterino e da endocervix, metástases hepáticas de carcinomas mamários e do pâncreas, colestase.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.rapidtest.com/CA-242_6335-16.doc
CA 27-29
CÂNCER DE MAMA METASTÁTICO
CBHPM 4.03.06.58-5
Sinonímia:
Marcador tumoral para câncer de mama metastático. Marcador tumoral para câncer de mama recidivante. CA 27-29. CA BR.
Truquant(R) BR(TM) Radioimmunoassay(RIA). Truquant BR RIA.
BR. Breast cancer Recurrence. CA = Carbohydrate Antigen.
Fisiologia:
O antígeno glicoprotéico mucinoso CA 27-29,
composto de carboidratos, é produto do gene MUC-1 presente nas células mamárias cancerosas.
O CA 27-29 é amplamente liberado na circulação durante a recorrência e/ou metastasização do câncer de mama em pacientes previamente diagnosticadas e tratadas como estádio II ou III. É o melhor marcador tumoral para monitorar a evolução da doença e a resposta ao tratamento. Um decréscimo na taxa do CA 27-29 significa uma boa resposta terapêutica enquanto que seu aumento indica resistência ao tratamento e progressão do câncer. Uma elevação acima de seu limite superior em pacientes
clinicamente normais é um indicador precoce de recorrência. O valor preditivo de recorrência é de 83,3 % em média 5,3 meses antes da positivação de outros testes ou do aparecimento de sintomas. Como o CA 27-29 pode apresentar resultados falso-negativos e falso-positivos, ele deve ser empregado em conjunto com outros métodos de monitoração das recidivas do câncer de mama. Entretanto, a sua qualidade em prever recidivas mais precocemente do que outros testes o tornam de grande valia para a instituição de tratamentos precoces e aumentar as chances de sucesso.
Material Biológico: Soro.
Coleta: 1 ml de soro.
Centrifugar o sangue só após formação completa do coágulo para prevenir a presença de fibrina.
Amostras de pacientes tomando anticoagulantes podem necessitar de mais tempo para coagular.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 1 dia. Congelar a -20ºC para até 2 meses. Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
CEA. TPA (Antígeno Polipeptídico Tissular). CA 15-3.
Valor Normal:
Normal até 38 U/ml
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Não administrar radioisótopos in vivo ao paciente nas 24 horas precedentes à coleta.
Interferentes:
Os níveis de CA 27-29 determinados com kits de fabricantes distintos podem variar em conseqüência de diferenças metodológicas e de especificidade. Portanto, valores desse antígeno obtidos por métodos e laboratórios diferentes não são seqüencialmente comparáveis.
Hemólise, lipemia, icterícia, fibrina. Presença de radioisótopos circulantes. Descongelamentos repetidos.
O tratamento com tamoxifeno, mesmo na ausência de qualquer patologia hepática, aumenta
ligeiramente o CA 27-29.
Método:
Radioimunoensaio com 125I ou quimioluminescência.
Interpretação:
Monitoramento da paciente com neoplasia de mama e detecção precoce da recidiva tumoral.
AUMENTO: Câncer de colo, estômago, rim, pulmão, ovário, pâncreas útero e fígado. Primeiro trimestre da gravidez. Endometriose. Cistos ovarianos.
Mastopatias benignas. DD. renais. DD. hepáticas como hepatite e cirrose. Sarcoidose. Tuberculose. Lúpus eritematoso sistêmico.
Obs.: o aumento do CA 27-29 pode preceder vários meses o diagnóstico clínico de metástases do câncer de mama.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
CA 50
CÂNCER DE COLO/RETO/PÂNCREAS
CBHPM 4.03.06.56-9 AMB 28.06.201-9/96
Sinonímia:
Marcador tumoral para câncer colorretal e pancreático.
Fisiologia:
O CA 50 foi isolado após imunização por células de adenocarcinoma retal humano em linhagem contínua (Colo 205). O anticorpo monoclonal obtido (C-50 MAb) reconhece duas estruturas carboidratadas diferentes: sialosil Lewis e sialosil lacto-N-tetrose. O CA 50 existe nas membranas celulares ligado a um gangliosídeo e também ligado a uma glicoproteína de massa molecular elevada chamada Can-Ag.
Material Biológico: Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC
Exames Afins: CEA. CA 19-9. Valor Normal: População 86,89 % 0 a 8 U/ml 8,56 % 9 a 14 U/ml 95,45 % 0 a 14 U/ml 4,28 % 15 a 20 U/ml 99,73 % 0 a 20 U/ml Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Não administrar radioisótopos in vivo ao paciente nas 24 horas precedentes à coleta.
Interferentes:
Hemólise, lipemia, icterícia.
Presença de radioisótopos circulantes. Descongelamentos repetidos.
Método:
Radioimunoensaio com 125I.
Interpretação:
Monitoração terapêutica e diagnóstico de recidiva de carcinomas gastrintestinais e pancreáticos.
de sintetizar o CA 19-9 mas sim o CA 50. Desta forma, em pacientes em risco de câncer colorretal ou pancreático com CA 19-9 normal, é obrigatório determinar o CA 50.
AUMENTO: câncer colorretal, pancreático, outros cânceres do trato gastrintestinal, tumores de ovário, de mama e dos pulmões.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
CA 72-4
CÂNCER DE ESTÔMAGO/OVÁRIO
8/92 CBHPM 4.07.12.37-0 AMB
28.06.174-Sinonímia:
Marcador tumoral para câncer gástrico e ovariano. CA 724. Tumor-Associated Glycoprotein. TAG. TAG72.
CA = Carbohydrate Antigen.
Fisiologia:
A TAG ou CA 72-4 é uma proteína mucinóide de peso molecular de 220 a 400 kDa. Níveis elevados são encontrados preferencialmente em pacientes
acometidos de câncer gástrico. A sensibilidade clínica deste marcador para esse tipo de câncer é superior à do CEA ou à do CA 19-9. Além disso, a sua
determinação pode ser útil no monitoramento de pacientes com carcinoma mucinoso de ovário para os quais a sensibilidade clínica do CA 125 é baixa.
Material Biológico: Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC até 2 horas após a coleta ou congelar a amostra a –20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins: CA 19-9, CEA.
Valor Normal:
Normal até 4,0 U/ml
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Método:
Imunorradiométrico.
Interpretação:
Monitoramento de paciente portador de neoplasia gástrica ou ovariana.
AUMENTO: tumores gástricos, tumores mucinosos do ovário, câncer cólico, pancreático e pulmonar.
QUADRO DE APLICAÇÕES ONCOLÓGICAS ÓRGÃO-ALVO: ESTÔMAGO Avaliação da terapêutica ++ Monitoramento ++++ Prognóstico - Metátases + Diagnóstico - “Screening” - Marcador associado CA 19-9 Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
CÁDMIO
Cd CBHPM 4.03.13.19-0 AMB 28.01.031-0 AMB 28.15.029-5 Sinonímia: Cd. Fisiologia:48
112,411 594 K 1,7 1.038 K 8,650 g/cm3
Cd
[Kr]4d
105s
2Cádmio
Metal de transição.
Subproduto da indústria do Zinco.
O Cádmio, além da manipulação de sua própria extração e tratamento, é utilizado na preparação de ligas metálicas, na fabricação de compostos para soldagem, inclusive de prata, em revestimentos metálicos por galvanização, pigmentos e
estabilizadores para plásticos e em acumuladores e baterias de níquel-cádmio.
Material Biológico: Urina e/ou sangue total.
Coleta:
Alíquota de 20 ml de urina de qualquer dia ou hora, desde que o trabalhador esteja em trabalho contínuo nas últimas 4 semanas sem afastamento maior que 4 dias. Recomenda-se iniciar a monitoração após 6 meses de exposição.
5,0 ml de sangue total coletado em tubo com EDTA.
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 e +8ºC para até 5 dias.
Exames Afins: Proteinúria.
Valor Normal:
Urina até 2,0 µg/g Creatinina IBMP § até 5,0 µg/g Creatinina
Sangue até 0,5 µg/dl (segundo a OMS) IBMP § até 1,0 µg/dl
* Para obter valores em µg/l, multiplicar os µg/dl por 10.
** Para obter valores em nmol/l, multiplicar os µg/dl por 88,968
Interferentes:
Antibióticos, antiácidos, EDTA e tabagismo.
Método:
Absorção atômica (forno de grafite).
Interpretação:
Além de mostrar uma exposição excessiva, este Indicador Biológico tem também significado clínico ou toxicológico próprio, ou seja, pode indicar doença, estar associado a um efeito ou a uma disfunção do sistema biológico avaliado.
(NR-7 - Portaria nº 24 de 29/12/94 - DOU de 30/12/94).
AUMENTO: distúrbios gastrintestinais, anemia, rinite, eosinofilia, enfisema pulmonar, microfraturas ósseas, lesão tubular renal, tabagismo, exposição profissional na galvanoplastia, na fabricação de acumuladores, tubos de TV, semicondutores, retificadores, laseres e na manipulação de esmaltes, pigmentos, têxteis e fotografias.
§ Índice Biológico Máximo Permitido
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenes-p/elem/e04800.html http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/tabelaperiodica/ta belaperiodica1.htm http://www.tabelaperiodica.hpg.ig.com.br
CAFEÍNA
TRIMETILXANTINA Sinonímia:Trimetilxantina. 1,3,7-trimetilxantina. Coffea arabica. Coffea canephora var. robusta.
Fisiologia:
Base púrica, pertencente ao grupo das metilxantinas. As metilxantinas são três: cafeína, teofilina e
teobromina.
1,3,7-trimetilxantina Fórmula molecular = C8H10N4O2
Massa molecular = 194,194 g/mol Densidade = 1,23 g/cm³ (20ºC)
N
N
N
N
O
CH
3CH
3O
C
H
3 CAFEÍNA Volume de distribuição (l/kg): 0,4 a 0,7 Fontes alimentares: café, chá, mate, cacau e derivados, guaraná, bebidas à base de cola. Meia-vida (t½) biológica:Adultos : 3 a 12 horas RN : 40 a 230 horas
Material Biológico:
Soro ou plasma: 2 ml (heparina ou EDTA) Urina : 2 ml Coleta: Amostra isolada. Valor Normal: Nível terapêutico 3,0 a 15,0 µg/ml Nível “Borderline” 15,1 a 50,0 µg/ml Nível tóxico sup. a 50,0 µg/ml
* Para obter valores em µmol/l, multiplicar os µg/ml por 5,1495
** µg/ml = mg/l
Método: HPLC.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
CÁLCIO
CaCBHPM 4.03.01.40-0 AMB 28.01.032-9
Sinonímia:
Ca. Calcemia. Cálcio total. Calciúria. Cálcio urinário. Sulkowitch = prova obsoleta para calciúria.
Fisiologia:
20
40,078 1.112 K 1,0 1.713 K 1,550 g/cm3Ca
[Ar]4s
2Cálcio
Metal alcalino-terroso Material Biológico: Soro ou urina. Coleta: 0,5 ml de soro. Urina de 24 horas. Armazenamento:
Soro : refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC
Urina : refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC durante a coleta. Aliquotar 20 ml e informar ao laboratório o volume total de 24 horas.
Exames Afins:
Cálcio ionizável, Fósforo sérico, Magnésio, Cloro, Fosfatase Alcalina, Proteínas séricas, Creatinina.
Valor Normal: CÁLCIO SÉRICO Adultos 8,6 a 10,0 mg/dl até 1 ano 7,9 a 10,7 mg/dl 1 a 3 anos 8,7 a 9,8 mg/dl 4 a 9 anos 8,8 a 10,1 mg/dl 10 e 11 anos 8,9 a 10,1 mg/dl 12 e 13 anos 8,8 a 10,6 mg/dl 14 e 15 anos 9,2 a 10,7 mg/dl 16 a 19 anos 8,9 a 10,7 mg/dl
CÁLCIO URINÁRIO – HOMENS IDADE anos ALÍQUOTA mg/dl URINA 24 h mg/24 h /CREATININA mg/g Creatinina RN 2,0 a 15,9 4,2 a 16,7 41,7 a 1.669,4 0,25 2,3 a 18,7 7,0 a 28,1 50,2 a 1.604,9 0,50 2,5 a 20,4 9,3 a 37,2 46,5 a 1.488,7 0,75 2,7 a 21,5 11,1 a 44,5 42,8 a 1.272,4 1,00 2,8 a 22,1 12,4 a 49,4 30,9 a 1.098,7 1,25 2,8 a 22,5 13,2 a 52,8 30,0 a 959,7 1,50 2,8 a 22,8 14,0 a 56,1 28,6 a 863,4 2,0 2,9 a 23,2 15,4 a 61,7 28,6 a 822,3 2,5 3,0 a 23,7 16,7 a 66,8 27,8 a 763,7 3,0 3,2 a 25,2 17,9 a 71,7 27,2 a 717,4 3,5 3,2 a 25,5 19,1 a 76,4 26,2 a 679,1 4,0 3,2 a 25,7 20,3 a 81,1 25,3 a 648,5 4,5 3,2 a 25,9 21,4 a 85,5 23,8 a 622,1 5,0 3,3 a 26,7 23,8 a 95,3 23,8 a 635,4 5,5 3,4 a 27,1 25,4 a 101,5 23,1 a 606,2 6,0 3,4 a 27,5 26,9 a 107,6 22,4 a 581,5 6,5 3,5 a 27,9 28,5 a 114,0 21,9 a 563,0 7,0 3,5 a 28,2 30,1 a 120,5 21,5 a 547,7 7,5 3,6 a 28,6 31,8 a 127,2 21,2 a 535,4 8,0 3,6 a 29,0 33,5 a 133,8 20,9 a 524,9 8,5 3,7 a 29,4 35,1 a 140,5 20,7 a 515,7 9,0 3,7 a 29,7 36,8 a 147,0 20,4 a 506,9 9,5 3,8 a 30,1 38,4 a 153,7 19,8 a 499,8 10,0 3,8 a 30,4 40,0 a 160,1 19,2 a 492,7 10,5 3,9 a 30,8 41,6 a 166,6 18,8 a 476,0 11,0 3,9 a 31,2 43,2 a 172,8 18,3 a 460,9 11,5 3,9 a 31,5 45,1 a 180,4 18,0 a 451,0 12,0 4,0 a 31,8 47,0 a 188,0 17,8 a 442,2 12,5 4,0 a 32,3 49,4 a 197,5 17,8 a 439,0 13,0 4,1 a 32,8 51,8 a 207,1 17,7 a 436,0 13,5 4,2 a 33,7 55,9 a 223,4 18,3 a 446,8 14,0 4,3 a 34,5 59,9 a 239,7 18,7 a 456,5 14,5 4,4 a 35,2 63,4 a 253,7 19,3 a 461,2 15,0 4,5 a 35,7 66,9 a 267,5 19,9 a 465,2 15,5 4,6 a 36,4 69,5 a 278,2 20,2 a 477,5 16,0 4,6 a 36,9 72,2 a 288,9 20,5 a 489,6 16,5 4,7 a 37,3 74,1 a 296,2 20,6 a 495,8 17,0 6,3 a 37,5 100 a 300,0 24,4 a 461,5 Adulto 6,3 a 37,5 100 a 300,0 24,4 a 461,5
* Para obter valores em mmol/l, multiplicar os mg/dl por 0,2495.
** Para obter valores em mEq/l, multiplicar os mg/dl por 0,499.
*** Para obter valores em mg/l, multiplicar os mg/dl por 10
CÁLCIO URINÁRIO – MULHERES
IDADE anos ALÍQUOTA mg/dl URINA 24 h mg/24 h /CREATININA mg/g Creatinina RN 2,0 a 15,7 4,1 a 16,5 41,2 a 1.649,8 0,25 2,3 a 18,3 6,9 a 27,6 49,3 a 1.576,8 0,50 2,4 a 19,5 8,9 a 35,6 44,6 a 1.425,9 0,75 2,6 a 20,7 10,7 a 42,8 41,1 a 1.221,9 1,00 2,7 a 21,4 12,0 a 47,9 29,9 a 1.063,8 1,25 2,7 a 21,8 12,8 a 51,2 29,1 a 931,1 1,50 2,8 a 22,1 13,6 a 54,6 27,8 a 839,2 2,0 2,8 a 22,7 15,1 a 60,3 27,9 a 804,6 2,5 2,9 a 23,4 16,5 a 65,9 27,5 a 824,3 3,0 3,1 a 25,1 17,7 a 70,8 26,8 a 833,0 3,5 3,2 a 25,3 18,9 a 75,5 25,9 a 863,0 4,0 3,2 a 25,6 20,2 a 80,6 25,2 a 895,8 4,5 3,2 a 25,9 21,4 a 85,7 24,1 a 902,4 5,0 3,3 a 26,5 23,1 a 92,2 23,5 a 922,1 5,5 3,4 a 26,9 24,5 a 98,0 22,9 a 816,7 6,0 3,4 a 27,2 25,9 a 103,6 22,3 a 739,7 6,5 3,5 a 27,6 27,5 a 110,0 22,0 a 687,7 7,0 3,5 a 28,0 29,1 a 116,3 21,7 a 645,9 7,5 3,5 a 28,4 30,7 a 122,9 21,5 a 614,7 8,0 3,6 a 28,8 32,3 a 129,4 21,3 a 588,1 8,5 3,6 a 29,2 34,0 a 135,9 21,1 a 566,1 9,0 3,7 a 29,5 35,5 a 142,1 20,9 a 546,5 9,5 3,7 a 29,9 37,4 a 149,5 20,9 a 515,4 10,0 3,8 a 30,3 39,1 a 156,6 20,8 a 521,9 10,5 3,9 a 30,8 41,5 a 165,9 21,1 a 526,7 11,0 3,9 a 31,4 43,9 a 175,5 21,3 a 531,8 11,5 4,0 a 31,8 46,3 a 185,3 21,5 a 537,1 12,0 4,0 a 32,2 48,8 a 195,1 21,8 a 542,0 12,5 4,1 a 33,0 52,0 a 208,0 22,3 a 554,8 13,0 4,2 a 33,7 55,2 a 220,7 22,8 a 565,9 13,5 4,3 a 34,4 57,7 a 231,0 23,0 a 570,3 14,0 4,4 a 35,1 60,4 a 241,4 23,2 a 574,8 14,5 4,4 a 35,4 61,8 a 247,2 23,7 a 568,3 15,0 4,5 a 35,8 63,2 a 252,8 24,1 a 561,7 15,5 4,5 a 36,0 64,2 a 256,8 24,4 a 570,7 16,0 4,5 a 36,2 65,1 a 260,6 24,7 a 579,1 16,5 4,6 a 36,4 65,8 a 263,0 24,8 a 584,5 17,0 6,1 a 36,6 88,4 a 265,2 33,2 a 589,4 Adulta 6,3 a 37,5 100 a 300,0 35,7 a 666,7
Nos casos de hiper e hipoalbuminemia o cálcio sérico pode ser corrigido pela fórmula:
(
)
[
alb
]
cálcio
Cacorr
=
4
−
×
0
,
8
+
onde:
Cacorr = cálcio corrigido em mg/dl cálcio = cálcio dosado em mg/dl alb = albumina sérica em g/dl
Dispondo-se da proteína total, a correção do cálcio sérico pode ser feita pela fórmula:
+
=
16
55
,
0
prot
cálcio
Cacorr
onde:Cacorr = cálcio corrigido em mg/dl cálcio = cálcio dosado em mg/dl prot = proteína total em g/dl
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes:
Drogas que aumentam o cálcio urinário:
colestiramina, nandrolona, paratormônio injetável, vitamina D.
Diminui a calciúria: urina alcalina, fitato de sódio, diuréticos tiazídicos.
Método:
orto-cresolftaleína automatizado ou complexometria.
Interpretação:
Dosagem conjunta do cálcio ionizável (47 %), do cálcio ligado a proteínas (43 %) e do cálcio ligado a bicarbonato, citrato, lactato, fosfato e sulfato (10 %).
CALCEMIA.
AUMENTO: pseudo e hiperparatireoidismo primário, mieloma múltiplo, hipervitaminose A e/ou D, hiper-PTHrP, produção ectópica de 1,25 diidroxivitamina D, S. de Burnett, S. de Gérard-Lefebvre, osteoporose, sarcoidose, tuberculose, histoplasmose,
coccidioidomicose, hanseníase, D. de Paget, D. de Kahler, leucemia aguda, D. de Hodgkin,
hiperalbuminemia, hiper ou hipotireoidismo, insuficiência supra-renal aguda, acromegalia, S. de Harrison e McNee, metástases ósseas, policitemia vera, carcinomas, hipercalcemia hipocalciúrica familiar, S. leite-álcalis, imobilização prolongada, diuréticos tiazídicos, lítio, terapia prolongada com doses altas de estrógenos, acidose tubular renal. Obs.: Calcemia a partir de 17,0 mg/dl apresenta risco de crise hipercalcêmica.
DIMINUIÇÃO: pseudo e hipoparatireoidismo, hiperparatireoidismo secundário, hipovitaminose D, hipomagnesemia, raquitismo tipo I ou II,
osteomalacia, S. de má absorção, S. de Achor-Smith, pancreatite aguda, uremia, S. nefrótico, lise tumoral, Ca medular da tireóide, hipercalcitoninemia, S. de
Toni-Debré-Fanconi, pós transfusão maciça contendo citrato, insuficiência renal aguda, rabdomiólise, hipoalbuminemia, oxalose idiopática familiar, insuficiência renal retentora de fosfatos, intoxicação por ácido oxálico, alcalose, anticonvulsivantes. Obs.: Calcemia abaixo de 7,0 mg/dl apresenta risco de tetania.
CALCIÚRIA.
Obs.: o limite normal superior da calciúria de 24 horas gira em torno de 5 mg Cálcio/kg de peso/dia.
HIPERCALCIÚRIA:
Homens : acima de 300 mg/24 horas Mulheres: acima de 250 mg/24 horas
HIPERCALCIÚRIA "BORDERLINE": Homens : 200 a 300 mg/24 horas Mulheres: 150 a 250 mg/24 horas
Hipercalcemia, calculose renal, hiperparatireoidismo, metástases ósseas, mieloma múltiplo, intoxicação por vitamina D, acidose tubular renal, tireotoxicose, D. de Paget, D. de Wilson, sarcoidose, uso de
acetazolamida, cloreto de amônio, corticosteróides, vitamina D, efeito inicial de diuréticos.
HIPOCALCIÚRIA: hipocalcemia; falsa hipocalciúria por diluição da urina: potomania, poliúria; diuréticos crônicos, uso de bicarbonato, lítio, estrógenos e anovulatórios; S. nefrótico, crescimento, gravidez e lactação, raquitismo, mixedema.
ALIMENTOS RICOS EM CÁLCIO >100 mg de Cálcio/100g de Alimento:
Figo seco, brócolis, dente de leão (Taraxacum officinale), salsa, pimentão verde, soja, amêndoa, avelã, castanha-do-Pará, melado, gema de ovo, leite, queijos, caviar, cacau.
Obs.: todos os alimentos contêm cálcio; únicas exceções: azeites e bebidas destiladas.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenes-p/elem/e02000.html
http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/tabelaperiodica/ta belaperiodica1.htm
CÁLCIO, ABSORÇÃO DO
CBHPM 4.03.01.40-0 AMB 28.01.032-9
Sinonímia:
Prova da absorção intestinal de cálcio. Teste de sobrecarga oral com cálcio.
Material Biológico:
Urina de 2 horas, pré-sobrecarga de cálcio, urina de 3 horas e meia, pós-sobrecarga de cálcio.
Coleta:
Alíquota de 20 ml de urina pré, alíquota de 20 ml de urina pós. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC Exames Afins: Teste de Pak. Valor Normal: NORMOCALCIÚRIA Pré até 0,109 mgCa/mgCrea Pós até 0,199 mgCa/mgCrea HIPERCALCIÚRIA RENAL Pré superior a 0,109 mgCa/mgCrea HIPERABSORÇÃO INTESTINAL Pré até 0,109 mgCa/mgCrea Pós superior a 0,199 mgCa/mgCrea Relação Pós/Pré > 3,49 Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Suspensão de
medicamentos durante 7 dias. Tomar 300 a 500 ml de água na véspera do exame, antes de dormir. Crianças devem tomar 10 ml de água por kg de peso. Ao se levantar, em casa: esvaziar a bexiga, tomar 300 ml de água, marcar o tempo.
No laboratório: 2 horas após, coletar toda a urina (amostra pré). Administrar, por via oral, a sobrecarga de 1 grama de cálcio dissolvido em 1/2 copo de água (2 comprimidos de Calcium F ou 1 de Calcium FF). Em seguida, fazer desjejum com 1 copo de chá + 4 torradas ou bolachas salgadas + 1 copo de água. Cronometrar, após 30 minutos, esvaziar a bexiga, desprezar essa urina, cronometrar novamente e após 3 horas e meia, coletar mais uma vez toda urina (amostra pós).
Obs.: não misturar as diferentes amostras.
Interferentes:
Diuréticos, corticosteróides, vitamina D, laxantes.
Método: Dosagens:
URINA PRÉ: cálcio e creatinina. URINA PÓS: cálcio e creatinina.
Cálcio: orto-cresolftaleína automatizado, Creatinina: Jaffé automatizado.
Interpretação:
Teste útil na avaliação da absorção intestinal de cálcio em pacientes com hipercalciúria e/ou calculose urinária de repetição, permitindo classificá-la em hipercalciúria por dismetabolismo renal do cálcio ou por hiperabsorção intestinal.
Sitiografia:
CÁLCIO IONIZÁVEL
CÁLCIO IÔNICO
CBHPM 4.03.01.41-9 AMB 28.01.033-7
Sinonímia:
Cálcio iônico, Cálcio ionizado, Cálcio difusível, Cálcio livre. Ca++, Ca2+, Fator IV da coagulação.
Fisiologia:
A dosagem do cálcio iônico por eletrodo íon-seletivo é uma técnica vantajosa sobre a dosagem tradicional do cálcio total. O pH sérico, entretanto, deve também ser determinado a fim de corrigir ou de interpretar o cálcio iônico em relação ao pH fisiológico de 7,4 ± 0,2. Ocorre, de fato, uma competição entre os íons de cálcio e os íons de H+ com as proteínas,
principalmente com os grupos carboxilados da albumina. Além disso, a força iônica do plasma interfere com a dosagem e o cálcio pode estar diminuído diante de uma hiponatremia importante. Esta dosagem é, pois, preferível para a triagem e para o acompanhamento de doenças ósseas e dos distúrbios da homeostase do cálcio (doenças da paratireóide ou renais).
O cálcio é fundamental à contração muscular, à função cardíaca, à transmissão de impulsos nervosos pelos axônios e à coagulação sangüínea. Um déficit de cálcio iônico causará hiperexcitabilidade de nervos e músculos (fasciculações) enquanto que o excesso, o efeito oposto.
Material Biológico: Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro. Coletar em tubo a vácuo com gel separador. Evitar garroteamento prolongado. Após coagulação e retração do coágulo, centrifugar o tubo para obter o soro.
Não abrir o tubo. Evitar o contato com o ar. Enviar e conservar fechado até o momento da dosagem.
Armazenamento:
Congelar a amostra a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Ca, Mg, Cl, Bicarbonato, Gasometria, Proteínas totais.
Valor Normal: IDADE mg/dl mmol/l Sangue de cordão 5,20 a 5,84 1,30 a 1,46 RN de 3 a 24 h 4,32 a 5,12 1,08 a 1,28 RN de 24 a 48 h 4,00 a 4,72 1,00 a 1,18 Crianças e adultos 4,48 a 5,29 1,12 a 1,32
Para obter valores em mmol/l, multiplicar os mg/dl por 0,2495
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Paciente em decúbito, tranqüilo com respiração normal.
Interferentes:
Contato com o ar. Não abrir o tubo com gel separador. Lipemia. Hiperpnéia.
Método:
Eletrodo seletivo.
Quando o soro for exposto ao ar (perdendo a precisão de sua mensuração) pode-se obter uma excelente avaliação do cálcio ionizável através da fórmula de McLean e Hastings:
(
)
6
3
6
+
−
×
=
+ +Pt
Pt
Ca
Ca
onde: Ca++ = Cálcio ionizável em mg/dl Ca = Cálcio total em mg/dl Pt = Proteínas totais em g/dlCÁLCIO IONIZÁVEL CORRIGIDO PARA pH SANGÜÍNEO = 7,40.
Aplica-se a seguinte fórmula:
( )
[LogCa pH]
corr
Ca
++=
10
−0,247,40−onde:
Ca++corr = Cálcio ionizável corrigido para pH
sangüíneo = 7,40
LogCa = Logaritmo decimal da concentração de Cálcio total em mmol/l
pH = pH sangüíneo
Interpretação:
AUMENTO: acidose, hiperparatireoidismo primário, neoplasias e intoxicação por Vitamina D,
hipercalcemia do câncer.
DIMINUIÇÃO: alcalose, citrato, heparina, EDTA, hipoparatireoidismo, hiperparatireoidismo secundário e deficiência de Vitamina D.
Teste indicado nas transfusões maciças, transplante de fígado, hipocalcemia neonatal e cirurgia cardíaca.
Sitiografia:
CALCITONINA
TIREOCALCITONINA CBHPM 4.07.12.16-8 AMB 28.05.007-0 Sinonímia: Tireocalcitonina. HCT. Fisiologia: Peptídeo de 32 aminoácidos. Massa molecular = 3,4 kDa Meia-vida (t½) sérica: 12 minutos.A calcitonina é sintetizada primariamente pelas células C parafoliculares da tireóide. É co-secretada equimolarmente com a catacalcina sob estimulação do cálcio ionizável, o fosfato, o magnésio e por certos hormônios como a gastrina, o glucagon, os
estrógenos e a histamina. A calcitonina inibe a atividade osteoclástica, diminuindo a mobilização do cálcio dos ossos.
Material Biológico: Soro.
Coleta:
2,0 ml de soro. Plasma é inadequado.
Armazenamento: Congelar a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Cintilografia, Mapeamento ósseo, Hormônios tireoidianos.
Valor Normal:
Homens até 11,5 pg/ml Mulheres até 4,6 pg/ml
* pg/ml = ng/l
** Para obter valores em pmol/l, multiplicar os pg/ml por 0,2926.
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes:
Hemólise. Lipemia. Descongelamentos repetidos. Medicamentos: Acticalcin, Calsynar, Miacalcic, Seacalcit.
Método:
Ensaio imunorradiométrico - IRMA – com 125I.
Sensibilidade analítica = 0,7 pg/ml
Interpretação:
Marcador de tumor de tireóide, principalmente de carcinoma medular, com ou sem metástase. AUMENTO: carcinoma medular da tireóide, câncer de pulmão, de mama ou pancreático, pancreatite, tireoidite, insuficiência renal, S. de Zollinger-Ellison, anemia perniciosa, gravidez de termo, recém-nascidos.
DIMINUIÇÃO: agenesia tireoidiana.
QUADRO DE APLICAÇÕES ONCOLÓGICAS
ÓRGÃO-ALVO: TU MEDULAR TIREÓIDE Avaliação da terapêutica ++++ Monitoramento ++++ Prognóstico ++ Metátases + Diagnóstico +++ “Screening” +++
Marcador associado CEA
Sitiografia:
CALCITONINA ESTIMULADA POR
CÁLCIO
CBHPM 4.07.12.16-8 AMB 28.05.007-0
Sinonímia:
Teste de estímulo com cálcio para dosagem de calcitonina.
Fisiologia:
Peptídeo de 32 aminoácidos. Massa molecular = 3,4 kDa Meia-vida (t½) sérica: 12 minutos.
A calcitonina é sintetizada primariamente pelas células C parafoliculares da tireóide. É co-secretada eqüimolarmente com a catacalcina sob estimulação do cálcio ionizável, o fosfato, o magnésio e por certos hormônios como a gastrina, o glucagon, os
estrógenos e a histamina.
A calcitonina inibe a atividade osteoclástica, diminuindo a mobilização do cálcio dos ossos. No Carcinoma Medular da Tireóide (CMT), que
representa até 10 % dos seus tumores malignos, os níveis de calcitonina permanecem elevados.
Material Biológico: Soro.
Coleta:
2,0 ml de soro para cada tempo do teste. Plasma é inadequado.
Instalar o paciente confortavelmente. Puncionar uma veia do antebraço com "scalp" ou cateter
heparinizado. Coletar a amostra basal. Injetar EV, 2,0 mg/kg de peso de gluconato de cálcio no prazo de 1 minuto. Acionar o cronômetro. Coletar as demais amostras aos 2, 5, 10 e 15 minutos ou conforme os tempos determinados pelo médico solicitante.
Armazenamento: Congelar a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Cintilografia, Mapeamento ósseo, Hormônios tireoidianos, Pesquisa de mutações do proto-oncogene RET.
Valor Normal:
Homens
AMOSTRA BASAL até 11,5 pg/ml AMOSTRAS PÓS-ESTÍMULO
Após 2 minutos 15,0 a 205,0 pg/ml Após 5 minutos 10,0 a 125,0 pg/ml
Após 10 minutos 4,0 a 125,0 pg/ml Mulheres
AMOSTRA BASAL até 4,6 pg/ml AMOSTRA PÓS-ESTÍMULO
Após 2 minutos até 35,0 pg/ml Após 5 minutos até 25,0 pg/ml Após 10 minutos até 20,0 pg/ml
* pg/ml = ng/l
** Para obter valores em pmol/l, multiplicar os pg/ml por 0,2926.
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Não efetuar o teste se o paciente apresentar um pulso inferior a 50 bpm ou PA alterada.
Interferentes:
Hemólise. Lipemia. Descongelamentos repetidos.
Método:
Ensaio imunorradiométrico - IRMA - com 125I.
Sensibilidade analítica = 0,7 pg/ml
Interpretação:
Marcador de tumor de tireóide, principalmente de carcinoma medular (CMT), com ou sem metástase. Teste útil para diagnóstico e monitoramento pós-operatório do CMT esporádico ou familiar. AUMENTO: carcinoma medular da tireóide.
Obs.: pacientes com secreção ectópica de calcitonina apresentam um valor basal elevado.
Sitiografia:
CÁLCULO URINÁRIO
LITÍASE URINÁRIA
CBHPM 4.03.11.04-0 AMB 28.13.012.0
Sinonímia:
Litíase urinária, litíase renal, nefrolitíase. Análise química de cálculo urinário. Composição de urólito.
Fisiologia:
A formação de cálculos no trato urinário decorre da supersaturação urinária, nucleação, crescimento e agregação de cristais. A saturação depende de alta concentração de solutos como cálcio, magnésio, sódio, potássio, amônio, fosfato, oxalato e sulfato que formam complexos de elevada força iônica. A supersaturação condiciona a nucleação de cristais seguida de agregação e aglomeração. Hipercalciúria, hiperoxalúria, hipocitratúria e hiperuricosúria são condições metabólicas geralmente associadas à litíase renal. A Glicoproteína de Tamm-Horsfall (GTH), uma glicosilfosfatidil-inositol proteína, também chamada de uromucóide, principal constituinte dos cilindros urinários, tem sido associada à litogênese.
Material Biológico e Coleta:
Cálculo de no mínimo 1 a 2 mm de diâmetro obtido durante cirurgia, por eliminação urinária espontânea ou pós-litotripsia extracorpórea.
Armazenamento: Em frasco seco.
Exames Afins:
Perfil metabólico para nefrolitíase, Ácido oxálico urinário (oxalúria), Ácido úrico urinário (uricosúria), Calciúria, Fosfatúria, Teste de Pak.
Método:
Análise química qualitativa com % dos componentes.
Interpretação: 1 – Peso em g ou mg 2 – Maior diâmetro em mm 3 – Dureza: 3.1 – Alta 3.2 – Média 3.3 – Baixa 4 – Hábito: 4.1 – Botriodal 4.2 – Granular 4.3 – Globular 4.4 – Conglomerático 4.5 – Liso 5 – Forma geométrica: 5.1 – Irregular 5.2 – Ovalada 5.3 – Coralóide 5.4 – Subesférica 5.5 – Reniforme 5.6 – Coraliforme 5.7 – Arredondada 5.8 – Tabular 5.9 – Espiculada 5.10 – Arenosa 6 – Cor: 6.1 – Marrom 6.2 – Amarela 6.3 – Branca 6.4 – Preta 6.5 – Marrom-avermelhada 6.6 – Rosa 6.7 – Vermelha 6.8 – Cinza 7 – Estrutura interna: 7.1 – Não-laminada 7.2 – Laminada 7.3 – Radiada 7.4 – Laminada radiada 7.5 – Esponjosa 7.6 – Esponjosa laminada 7.7 – Radiada esponjosa 8 – Nome mineralógico: 8.1 – Grupo Oxalato
8.1.1 – Vevelita (“whewellite”): oxalato de cálcio monoidratado 8.1.2 – Vedelita (“weddellite”): oxalato de cálcio diidratado 8.2 – Grupo Fosfato
8.2.1 – Estruvita: fosfato amoníaco-magnesiano hexaidratado
8.2.2 – Carbonato-apatita 8.2.3 – Hidroxiapatita
8.2.4 – Bruchita (“brushite”): hidrogenofosfato de cálcio diidratado 8.2.5 – Vitloquita (“whitlockite”): fosfato ß- tricálcico 8.2.6 – Newberita (“newberyite”): fosfato amoníaco-magnesiano triidratado 8.2.7 – Fosfato octacálcico
8.3 – Grupo Ácido úrico 8.3.1 – Ácido úrico anidro 8.3.2 – Ácido úrico diidratado 8.4 – Grupo Urato
8.4.1 – Urato sódico monoidratado 8.4.2 – Urato de amônia
8.5 - Outros 8.5.1 – Cistina 8.5.2 – Xantina
Interpretação:
Causas de calculose metabólica/congênita: hipercalciúria, hiperparatireoidismo primário, osteoporose, D. de Paget, D. de Cushing, mieloma múltiplo, tumores osteolíticos, S. de Burnett, hipervitaminose D, acidose tubular renal,
hipercalciúria idiopática, sarcoidose, hiperoxalúria, oxalose sistêmica, hiperuricosúria, gota, policitemia, diarréias crônicas, terapêutica com citostáticos, hiperuricosúria idiopática, hipocitratúria, cistinúria, tireotoxicose, D. de Crohn, deficiência de piridoxina, S. de Lesch-Nyhan, leucemia mielóide, leucemia aguda, hidronefrose, ocronose, glicinúria, terapêutica com hidroclorotiazida, acetazolamida, silicato de magnésio.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
CAMPYLOBACTER SPP.
CBHPM 4.03.10.17-5
Sinonímia:
Campylobacter jejuni. Campylobacter coli. Campylobacter laridis. Campylobacter fetus.
Fisiologia:
Taxonomia: Reino Prokariotae, Filo Bacteria, Classe Proteobacteria, Subdivisões delta e epsilon, Classe epsilonproteobacteria, Ordem Campylobacteriales, Família Campylobacteriaceae, Gênero Campylobacter, Espécie jejuni.
As infecções por Campylobacter são zoonóticas. Ocorrem por ingestão de aves domésticas contaminadas mal cozidas, leite e água contaminados. O vetor também pode ser
ânus→mão→boca. As infecções ocorrem mais nos meses quentes e são mais freqüentes que as causadas por Salmonella e Shigella.
Gram negativo microaerófilo.
Material Biológico: Fezes.
Coleta:
Enviar amostra de fezes recente, sem conservante, ao laboratório.
Armazenamento:
Temperatura ambiente ou geladeira.
Exames Afins:
Coprocultura, Pesquisa de Leucócitos nas fezes, PPF.
Valor Normal:
Ausente.
Interferentes:
Uso de antimicrobianos ou anti-sépticos.
Método:
Bacterioscópico, cultura em meio de Karmali em condições adequadas de oxigênio e temperatura seguido de identificação.
Interpretação:
Exame útil no diagnóstico diferencial das infecções intestinais. Gastrenterites e septicemias.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
CANABINÓIDES
MACONHA
Sinonímia:
delta-9 THC. Delta-9 trans-tetraidrocanabinol. THC. Delta-1 tetraidrocanabinol. Tetraidrocanabinóide. D9-tetraidrocanabinol.
Cannabis sativa. Cannabis indica.
Cânabis. Maconha. Hashish. Haxixe. Marihuana. Marijuana. Bagulho. Baseado. Erva. Fumo. Fuminho. Cânhamo-da-Índia. Tabanajira. Skank.
Fisiologia:
Taxonomia: Família Canabidaceae, Gênero Cannabis, Espécies sativa e indica.
delta-9-tetraidrocanabinol Fórmula molecular = C21H30O2
Massa molecular = 314,466 g/mol delta-1-tetraidrocanabinol
O
C
5H
11OH
C
H
3C
H
3CH
3 DELTA-1 TETRAIDROCANABINOLNeurotransmissores implicados: Dopamina, Norepinefrina, Serotonina, GABA e Acetilcolina. Alucinógeno.
Material Biológico: Urina.
Coleta:
Urina coletada o mais precocemente possível em relação à atitude suspeita, diante de testemunha(s) (cuidado com troca intencional ou diluição da amostra).
A densidade da urina deverá estar entre 1,010 e 1,030 e o pH entre 4,5 a 6,5.
Atenção: se o exame estiver sendo feito para finalidades legais, uma cópia da solicitação ou ofício do juiz, delegado ou promotor deve acompanhar cada uma das alíquotas. Em caso de dúvida é melhor abster-se de coletar urina para esta finalidade e mesmo se coletada, na ausência do documento legal, o exame não deve ser feito nem cobrado,
principalmente se for de menor de idade. Diante de testemunhas, aliquotar a urina em 4 amostras de 20 ml, identificar, rotular e lacrar as 4
amostras rubricadas pelas testemunhas. Enviar 2 amostras para o laboratório que fará a análise. Uma outra amostra deverá ser congelada pelo laboratório que fez a coleta e a última amostra deverá ser guardada pelo suspeito ou responsável, também congelada a -20ºC.
ADULTERAÇÃO DOS TESTES URINÁRIOS. Para escapar à detecção da toxicomania certos usuários recorrem à adulteração da urina a ser testada. Pode ser "in vivo" ou "in vitro".
Métodos de adulteração "in vivo": diluição da urina por sobrecarga oral com água, lavagem vesical, modificadores do pH urinário como bicarbonato e citrato, medicamentos como a aspirina, metronidazol, vitamina B2, fluconazol, ibuprofeno e probenecid.
Métodos de adulteração "in vitro": diluição com água ou outros líquidos, adição de nitrito de sódio ou de potássio, álcalis, ácidos fracos, glutaraldeído, oxidantes, sabões e detergentes, NaCl e produtos ricos em sais, sangue, chá Golden Seal e colírios à base de cloreto de benzalcônio.
Grosso modo, a adulteração pode ser detectada pelo aspecto da urina (cor e turbidez), odor, medida imediata da temperatura após coleta, pH, creatinina, densidade, osmolalidade, nitritos e glutaraldeído.
Critérios para validação da urina:
Parâmetro
Densidade 1,010 a 1,030 g/ml pH 4,5 a 6,5
Creatinina > 20,0 mg/dl
Armazenamento:
Congelado a -20ºC conserva-se até 4 meses.
Valor “Normal”:
Até 44,9 ng/ml (cut-off) Negativo para THC De 45,0 a 54,9 ng/ml Suspeito para THC 55,0 ng/ml ou mais* Positivo para THC
* Conforme a SAMHSA – Substance Abuse and Mental Health Services Administration do Department of Health and Human Services.
Interferentes:
Urina não pertencente ao suspeito. Urina diluída com água ou outros líquidos.
Método:
Quimioluminescência. Immulite.
Interpretação:
O THC tem vida média biológica longa: a sua eliminação pela urina dura de 2 a 4 semanas.
Resultados suspeitos ou positivos devem ser confirmados por outra metodologia:
espectrofotometria de massa/ cromatografia gasosa (GC/MS)
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com http://padrejulio.do.sapo.pt/droga/lexico.htm
CANDIDA SPP.
MONILIA CBHPM 4.03.10.04-3 AMB 28.06.129-2 CBHPM 4.03.06.04-6 Sinonímia:Candidíase. Candidose. Monilíase (ant.). Sorologia ou cultura para Candida albicans ou Monilia albicans (ant.) IgG e/ou IgM. Candida spp. “Flores brancas”. Leucorréia.
Fisiologia:
Taxonomia: Reino Fungi, Subdivisão
Deuteromycotina, Classe Blastomycetes, Ordem Cryptococcales, Família Crypotococcaceae, Gênero Candida, Espécie albicans.
Obs.: modernamente a Monilia sp. é a Neurospora sitophila, fungo raramente encontrado em materiais clínicos e geralmente contaminante.
Material Biológico: Soro. Coleta: 1,0 ml de soro. Armazenamento: Refrigerar entre +2 a +8ºC Exames Afins:
Pesquisa direta. Cultura de fungos. Intradermorreação pela Candidina.
Valor Normal:
Negativo ou Não reagente.
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Método:
Fixação de complemento.
Interpretação:
Útil no diagnóstico da candidíase sistêmica ou visceral. Podem ocorrer reações cruzadas com outros fungos ou com tuberculose. Resultados negativos não eliminam o diagnóstico.
Sitiografia:
CAPACIDADE DE FIXAÇÃO DE
FERRO
TIBC
CBHPM 4.03.01.42-7 AMB 28.01.034-5
Sinonímia:
TIBC. Total Iron Binding Capacity. Capacidade de combinação do ferro.
CLLF. Capacidade Latente de Ligação de Ferro. CTLF. Capacidade Total de Ligação de Ferro. IST. Índice de Saturação de Transferrina.
Fe ligado + Fe livre, latente ou não-ligado = Fe total Saturação da transferrina. Saturação da siderofilina. CFT. Capacidade ferropéxica total.
Capacidade de ferropexia. Capacidade de sideropexia. Capacidade de fixação marcial.
Fisiologia:
A transferrina ou siderofilina sérica é a proteína transportadora do ferro no soro. O seu grau de saturação marcial varia conforme a patologia envolvendo o metabolismo do ferro.
Sofre alterações circadianas.
Material Biológico: Soro.
Coleta:
1,5 ml de soro.
Armazenamento:
Amostra coletada em tubo novo, sendo que todo o material para a separação deverá ser previamente lavado com HCl a 50 % e abundante água destilada. Manter amostra refrigerada entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
Hemograma, Ferro, Ferritina, Transferrina, Siderofilina.
Valor Normal:
Bulas estrangeiras:
FERRO adultos 3 meses a 10 anos Total (CTLF) 268 a 477 µg/dl 284 a 502 µg/dl Ligado 35 a 150 µg/dl 46 a 141 µg/dl Livre (CLLF) 118 a 442 µg/dl 143 a 456 µg/dl Saturação (IST) 7,3 a 55,9 % 9,2 a 49,7 % População brasileira: Idade Homens 20 anos em diante Ferro sérico ligado à Transferrina
31,0 a 144,0 µg/dl
Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF)
155,2 a 336,3 µg/dl
Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF) 299,2 a 367,3 µg/dl Saturação percentual da Transferrina (IST) 8,4 a 48,1 % 15 a 19 anos Ferro sérico ligado à Transferrina
34,0 a 162,0 µg/dl
Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF)
132,5 a 328,8 µg/dl
Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF) 294,5 a 362,8 µg/dl Saturação percentual da Transferrina (IST) 9,4 a 55,0 % 10 a 14 anos Ferro sérico ligado à Transferrina
28,0 a 134,0 µg/dl
Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF)
168,1 a 344,3 µg/dl
Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF) 302,1 a 372,3 µg/dl Saturação percentual da Transferrina (IST) 7,5 a 44,4 % 6 a 9 anos
Ferro sérico ligado à Transferrina
39,0 a 136,0 µg/dl
Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF)
165,5 a 317,2 µg/dl
Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF) 301,5 a 356,2 µg/dl Saturação percentual da Transferrina (IST) 10,9 a 45,1 % 1 a 5 anos
Ferro sérico ligado à Transferrina
22,0 a 136,0 µg/dl
Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF)
165,5 a 362,5 µg/dl
Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF)
301,5 a 384,5 µg/dl
Saturação percentual da Transferrina (IST)
Idade Mulheres Menopausa
Ferro sérico ligado à Transferrina
31,0 a 144,0µg/dl
Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF)
155,2 a 336,3 µg/dl
Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF) 299,2 a 367,3 µg/dl Saturação percentual da Transferrina (IST) 8,4 a 48,1 % 20 anos em diante Ferro sérico ligado à Transferrina
25,0 a 156,0 µg/dl
Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF)
140,0 a 353,0 µg/dl
Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF) 296,0 a 378,0 µg/dl Saturação percentual da Transferrina (IST) 6,6 a 52,7 % 15 a 19 anos Ferro sérico ligado à Transferrina
28,0 a 184,0 µg/dl
Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF)
105,6 a 344,3 µg/dl
Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF) 289,6 a 372,3 µg/dl Saturação percentual da Transferrina (IST) 7,5 a 63,5 % 10 a 14 anos Ferro sérico ligado à Transferrina
45,0 a 145,0 µg/dl
Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF)
153,9 a 304,5 µg/dl
Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF) 298,9 a 349,5 µg/dl Saturação percentual da Transferrina (IST) 12,9 a 48,5 % 6 a 9 anos
Ferro sérico ligado à Transferrina
39,0 a 136,0 µg/dl
Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF)
165,5 a 317,2 µg/dl
Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF) 301,5 a 356,2 µg/dl Saturação percentual da Transferrina (IST) 10,9 a 45,1 % 1 a 5 anos
Ferro sérico ligado à Transferrina
22,0 a 136,0 µg/dl
Capacidade latente de ligação de Fe à Transferrina (CLLF)
165,5 a 362,5 µg/dl
Capacidade total de ligação de Fe à Transferrina (CTLF)
301,5 a 384,5 µg/dl
Saturação percentual da Transferrina (IST)
5,7 a 45,1 %
* Para obter valores em µmol/l, multiplicar os µg/dl por 0,1791.
** Para obter a Transferrina em mg/dl de proteína, multiplicar os µg/dl de Ferro Total por 0,7164.
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum. Interferentes:
Limpeza do material com detergente iônico. Hemólise. Hiperlipemia. Hiperbilirrubinemia. Contraceptivos orais. Estrogênios.
Método:
Ferene de Smith et al. automatizado. Ferrozine.
Interpretação:
Nas anemias ferroprivas, hipocrômicas e microcíticas essas dosagens têm significado desde que sejam efetuadas concomitantemente com dosagem de ferro, ferritina e transferrina.
Patologia Fe Sérico CTLF IST RF * Deficiência de ferro D E D A Infecções crônicas D D D E Doenças malignas D D D E Atransferrinemia D D S E Período menstrual D S D S Gravidez 3º trimestre D E D S Hemossiderose pulmonar D S D A Nefrose, Kwashiorkor D D E E Contraceptivos orais S/E E S S Intoxicação com ferro E D E E Anemia hemolítica E S/D E E Hemocromatose E S/D E E Deficiência de piridoxina E S E E Anemia sideroblástica E S/D E E Talassemia Major E D E E
* RF = Reserva de Ferro (avaliada por coloração específica de esfregaço de medula óssea.) Legenda: D = diminuído E = elevado ou aumentado S = sem alteração A = ausente
LIKELIHOOD RATIO.
TABELA LR. – Anemia ferropriva.
Teste SENS (%) ESPEC (%) LR+ (%) LR- (%) IST < 16,6 96,0 70,0 3,2 0,06 Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
CARBAMAZEPINA
TEGRETOL
CBHPM 4.03.01.43-5 AMB 28.01.035.3
Sinonímia:
CBZ. Carbamildibenzazepina.
Nomes comerciais: Tegretard, Tegretol. Obs.: Não confundir com Oxcarbazepina
(Auran, Trileptal) e nem com carbamida que é sinônimo de uréia.
Fisiologia:
Derivado do Iminostilbeno.
5-carbamil-5H-dibenzo-[b,f]-azepina Fórmula molecular = C15H12N2O
Massa molecular = 236,274 g/mol
N
O
N
H
2 CARBAMAZEPINA Meia-vida (t½) biológica: Adultos : 10 a 25 horasEstado de equilíbrio: 2 a 6 dias. Absorção: 70 a 80 %
Ligação protéica: 65 a 85 %
Volume de distribuição (l/kg): 0,8 a 1,9 Metabolismo: 98 %.
A Carbamazepina é um anticonvulsivante de primeira linha no tratamento das convulsões parciais e tônico-clônicas.
SITUAÇÃO METABÓLICA:
CARBAMAZEPINA (CBZ) (ativo - sangue) ↓ monoxigenase
CARBAMAZEPINA-10,11-EPÓXIDO (ativo - sangue) ↓ epóxido-hidrolase
CARBAMAZEPINA-10,11-DIOL (inativo – urina)
Material Biológico: Soro ou plasma.
Coleta:
2,0 ml de soro ou plasma heparinizado. A coleta é feita pela manhã ou em outro horário, logo antes da tomada do medicamento, não havendo necessidade de jejum.
Esta amostra representa o ponto mínimo da concentração diária no soro do paciente.
Valor Normal:
Nível terapêutico 4,0 a 12,0 µg/ml Nível “borderline” 12,1 a 15,0 µg/ml Nível tóxico superior a 15,0 µg/ml
* Para obter valores em µmol/l, multiplicar os µg/ml por 4,2324
Interferentes: Hemólise.
Drogas: eritromicina, propoxifeno.
Método:
Quimioluminescência. Immulite.
Interpretação:
O nível é aumentado por: Triacetiloleandomicina. O nível é diminuído por: administração simultânea de Fenobarbital, Felbamato, Hidantoína ou Primidona. Aumenta o nível de: Fenobarbital e Primidona. Diminui o nível de: Ácido valpróico, Hidantoína e Lamotrigina.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
CARBOXI-HEMOGLOBINA
CO-Hb
CBHPM 4.03.13.09-3 AMB 28.15.009-0
AMB 28.04.010-4
Sinonímia:
CO-Hb. CO. Hb-CO. Monóxido de carbono. Carbonil-hemoglobina.
Atenção: não confundir com CO2-Hb. Dióxido de
carbono. Carbamino-hemoglobina (ligada a CO2).
Cianose ligeira: 3,0 a 3,9 g/dl de CO2-Hb;
Cianose média: 4,0 a 4,9 g/dl de CO2-Hb;
Cianose franca: 5,0 ou mais g/dl de CO2-Hb.
A cianose independe dos g/dl da Hb total. Ver determinação no título “Gasometria”.
Fisiologia:
Intoxicação por monóxido de carbono. Exposição ao diclorometano e cloreto de metileno. Esses elementos são utilizados na metalurgia de metais carbonados e na indústria petroquímica como agentes redutores e de síntese orgânica. Aplica-se, também, a todos os procedimentos industriais que contribuem à emissão do CO: fundição de ferro, aço, queima incompleta do carvão em altos-fornos, produção de gás a partir de combustíveis sólidos, mecânica de motores, solda acetilênica, arco voltaico, indústria química, cervejarias e controle de trânsito.
O sangue contendo carbonil-hemoglobina tem um aspecto vermelho-framboesa.
Material Biológico: Sangue total heparinizado.
Coleta:
2,0 ml de sangue total em tubo sem contato com o ar.
Amostra única: coletar em fim de jornada de trabalho.
Duas amostras: coletar no início e no fim da mesma jornada de trabalho para fazer estudo comparativo da diferença.
Evitar a primeira jornada de trabalho da semana.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 5 dias.
Exames afins: CK total. DHL.
Valor Normal:
Não-fumantes %
Não-expostos ocupacionalmente até 1,0 IBMP § para Diclorometano até 3,5 IBMP § para Monóxido de carbono até 3,5 Fumantes (seg. Casarett & Doull's, 1996) até 10,0
Preparo do Paciente:
Fumantes devem abster-se de fumar nas 24 horas precedentes à coleta do sangue.
Interferentes:
Tabagismo. Hemólise. Contato do sangue com o ar. Congelamento da amostra.
Método:
Espectrofotométrico.
Interpretação:
Este Indicador Biológico possui significado clínico ou toxicológico próprio, mas, na prática, devido à sua curta meia-vida (t½) biológica, deve ser considerado como Indicador Biológico capaz de indicar uma exposição ambiental acima do Limite de Tolerância, mas não possui, isoladamente, significado clínico ou toxicológico próprio, ou seja, não indica doença, nem está associado a um efeito ou disfunção de qualquer sistema biológico.
(NR-7 - Portaria nº 24 de 29/12/94 - DOU de 30/12/94).
§ Índice Biológico Máximo Permitido
RELAÇÃO DE BALTHAZARD E NICLOUX
Hbtotal
HbCO
RBN
=
onde:
RBN = Relação de Bathazard e Nicloux HbCO = Carbonil-hemoglobina em g/dl Hbtotal = Hemoglobina total em g/dl
Interpretação:
RBN Quadro clínico
0,00 a 0,10 Ausência de sintomas 0,11 a 0,20 Dispnéia de esforço 0,21 a 0,30 Cefaléia
0,31 a 0,40 Adinamia, náuseas, vertigens 0,41 a 0,50 Síncopes
0,51 a 0,60 Convulsões, respiração de Cheyne-Stokes 0,61 a 0,80 Morte rápida
> 0,80 Morte imediata
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
CATECOLAMINAS PLASMÁTICAS
CATECOLAMINAS TOTAIS NO PLASMA
8 CBHPM 4.07.12.17-6 AMB
28.05.008-Sinonímia:
Catecolaminas plasmáticas totais. Epinefrina ou adrenalina + Norepinefrina ou noradrenalina. Dopamina (ver em seu próprio título). Aminas simpaticomiméticas.
Fisiologia:
EPINEFRINA (ADRENALINA). Massa molecular = 183,20 g/mol NOREPINEFRINA (NORADRENALINA). Massa molecular = 169,18 g/mol DOPAMINA
Massa molecular = 153,18 g/mol
Catecolaminas é o nome dado a um grupo de aminas aromáticas (epinefrina, norepinefrina, dopamina e seus metabólitos) que agem respectivamente como hormônios e neurotransmissores. Epinefrina e norepinefrina são formados a partir da dopamina. A epinefrina age sobre a musculatura cardíaca e sobre o metabolismo e também sobre a circulação
periférica junto com a norepinefrina, adaptando o organismo ao estresse agudo e crônico. Após terem exercido a sua função, essas moléculas são
degradadas a metanefrina e normetanefrina.
Material Biológico: Plasma com EDTA.
Coleta:
Coletar 2 x 5 ml de sangue com EDTA em tubos previamente gelados e homogeneizar. Misturá-los cuidadosamente por inversão, centrifugá-los
imediatamente em caçapas congeladas# e transferir o plasma dos dois tubos para um ou dois tubos plásticos congelados.
Enviar ao menos 2,0 ml de plasma.
# Escolher 2 caçapas opostas da centrífuga. Pipetar 3 a 5 ml de água para cada caçapa. Introduzir nelas tubos de ensaio iguais ou com o diâmetro um pouco maior do que os que vão ser centrifugados, contendo areia para não flutuarem.
Colocar no freezer, de pé, para congelar a água. Na ocasião da coleta, retirar as caçapas do freezer, trocar os tubos e centrifugá-los imediatamente dentro do gelo.
Armazenamento:
As amostras podem ser conservadas sob refrigeração entre +2 a +8ºC durante até 6 horas.
Para conservação por tempo maior e para transporte, congelar a -20ºC ou menos. Não estocar em freezer tipo frost-free.
Transportar em gelo seco a -80ºC (gelo de CO2).
Exames Afins:
Catecolaminas fracionadas, Ácido Vanil-mandélico e Metanefrinas urinárias. Valor Normal: Paciente deitado (supino) Método I EPINEFRINA até 150,0 pg/ml NOREPINEFRINA até 370,0 pg/ml DOPAMINA até 200,0 pg/ml
Paciente em pé Os limites do normal quase dobram em relação ao paciente deitado. Adultos Método II Deitado (pg/ml) De pé (pg/ml) EPINEFRINA até 50,0 até 95,0 NOREPINEFRINA 112,0 a 658,0 217,0 a 1.109,0 DOPAMINA até 10,0 até 20,0 EPINEFRINA + NOREPINEFRINA 123,0 a 671,0 242,0 a 1.125,0 3 a 15 anos EPINEFRINA até 464,0 NOREPINEFRINA até 1.251,0 DOPAMINA até 60,0 * pg/ml = ng/l
** Para obter valores em nmol/l, multiplicar os pg/ml de Epinefrina por 0,005458, os pg/ml de
Norepinefrina por 0,005911 e os pg/ml de Dopamina por 0,006528
Preparo do Paciente:
Para reduzir o efeito do estresse da punção venosa, deixar o paciente, com a veia cateterizada, em repouso durante 20 a 30 minutos.
Suspender durante 7 dias, após autorização do médico assistente, os medicamentos: alfa-metil-dopa, antidepressivos tricíclicos, betabloqueadores,
bloqueadores de canal de cálcio, bromocriptina, broncodilatadores, clonidina, clorpromazina,
descongestionantes nasais, fenotiazina, haloperidol, inibidores da ECA (enzima conversora de
angiotensina), inibidores da MAO (mono-amino-oxidase), Levo-Dopa, moderadores do apetite, prazosina, quinidina, reserpina, teofilina, tetraciclina, vasodilatadores.
Dieta: durante 5 dias precedentes à coleta não ingerir: banana, laranja, abacaxi, queijo, café, chá, chocolate, caramelos, marmeladas, doces, sorvetes,
nozes e bebidas alcoólicas.
Interferentes: Hemólise e lipemia. DROGAS:
Aumento: metilxantinas, MAO+fenotiazidas, nitroglicerina, L-dopa, nifedipina, antidepressivos tricíclicos.
Diminuição: clonidina, reserpina, guanetidina, bromocriptina, dexametasona, contrastes radiológicos.
Método: HPLC.
Interpretação:
AUMENTO: feocromocitoma, ganglioneuroma, neuroblastoma, paragangliomas, estresse, hipoglicemia, hipertensão arterial, cardiopatias degenerativas, esquizofrenia, psicose maníaco-depressiva (PMD).
DIMINUIÇÃO: hipotensão postural, S. de Shy-Drager, disautonomia familiar.
Utilizado como monitor após retirada cirúrgica de tumores localizados na medula adrenal, no córtex adrenal ou nos neurônios simpáticos
pós-ganglionares.
Sitiografia: