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se ja m c ap az es d e re fle ti r so b re s u a p ro fis sã o, a p ar ti r d a le it u ra e c o m -p re en sã o d o s au to re s d a su a ár ea . Fa z p ar te d a fo rm aç ão d o s al u n o s q u e es te s se ja m c ap az es d e ar ti cu la r as id ei as d es se s au to re s d e re fe rê n -ci a co m a s su as p ró p ri a s id e ia s. Pa ra is to , é fu n d am en ta l q u e o s al u -n o s ex p lic it em , em s eu s tr ab al h o s ac ad êm ic o s, e xa ta m en te o q u e es -tã o u sa n d o d es se s au to re s, e o q u e el es m es m o s es tã o p ro p o n d o. S er ca p az d e ta is a rt ic u la çõ es i n te le c-tu ai s, p o rt an to , t o rn a-se c ri té ri o b á-si co p ar a as a va lia çõ es f ei ta s p el o s p ro fe ss o re s.C a rt il h a s o b re D ir e it o s A u to ra is C o n v e n çã o U n iv e rs a l L e i d e D ir e it o s A u to ra is / C o n st it u iç ã o R ef er ências G A RS C H A G EN , B . U n iv er si d ad e em t em -p o s d e p lá g io . 2 00 6. D is p o n ív el em : h tt p :/ /o b se rv a to ri o . u lt im o se g u n d o .i g .c o m .b r/ a rt ig o s. a sp ? co d = 3 6 6 A SP 0 0 6 A ce ss o e m 0 4/ 10 /2 00 9 Sit e C rea tiv e C ommons: http://cr eativ e commons .or g Si te C re at iv e C om m on s no B ra si l: http:// cr eativ e c ommons .or g .br/ LEMOS, R onaldo . “ C rea tiv e C ommons ”. In: SP Y ER, Juliano . ( Or g .). Par a en tender a in ter net - Noç ões , pr áticas e desafios da comunicação em rede . 2009 (on-line). Disponív el em: http://educ ar ede . in fo /l iv ro /P a ra % 2 0 e n te n d e r% 2 0 a % 2 0 Int ernet.p df A cesso em 16/06/2009.
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e ainda mais esta questão
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te isso o que Lipo
vetsky descr ev e no tr echo abaix o. A pó s-m od er ni da de re pr es en ta o m om en to h ist ór ico p re cis o em q ue to do s os fr ei os in st itu cio na is qu e se o pu -nh am à e m an cip aç ão in di vi du al se e sb or oa m e d es ap ar ec em , d an do lu ga r à m an ife st aç ão d os d es ej os su bj et iv os , da re al iza çã o in di vi du al , d o am or -p ró pr io (. ..) – in st al a-se a e ra d o va zio , m as “s em tr ag éd ia e se m a po ca lip se ”. (L IP OV ET SK Y, 20 04 , p .2 3) Sev eriano (1999, p. 162-163) também disc orr e sobr e esse assun to ao afirmar que se obser va, na maioria das sociedades capitalistas atuais , a valorizaç ão de modelos de iden tidade foc ados no consumo , ist o é, na com -pr a c onstan te das tecnologias e mar cas em destaque no momen to e a desv alorizaç ão daqueles relacionados a esc olhas dur adour as , c omo faz er par te de gr upos voltados a alguma tra nsf ormaç ão social , f ormar uma família, en tre outr as . I sso poderia estimular uma pseudo -individuaç ão , en tendida aqui como uma ilusão de saciedade que poderia lev ar à con tinuaç ão de uma sensaç ão de inc ompletude , e , em consequ ência, de mal-estar . (SE VERIANO , 1999, p . 162 -163) A baix o, a fala da aut or a apr esen
tando em detalhes tal r
efle xão . A su bs tit ui çã o cr es ce nt e do s i de ai s d a cu ltu ra p or id ea is es tri ta m en te co ns um ist as , c om fi ns d e ut ili za çã o do s i nd iv í-du os co m o m er a fo rç a de co ns um o e o at ua l a gu ça m en to d a de sc re nç a em p ro je to s c ol et ivo s u ni fic ad or es – ta lv ez ai nd a e xis te nt es n as ch am ad as “c ul tu ra s d e m as sa s” – pr om ov em a co ns tit ui çã o de u m ti po d e “ ps eu do -in di vi du aç ão ” an co ra da , a in da m ai s e st rit am en te , e m m ec an ism os d e id ea liz aç ão . A tra vé s d es te s, as m et as d e au to -p re se rv aç ão de ixa m d e se r o rie nt ad as p ar a pr oj et os fu tu ro s, po ss ib ili ta do re s d e au to no m ia e tr an sfo rm aç ão d a re al id ad e es ta be -le cid a, p as sa nd o a se r c om an da da s p or u m “e go id ea l” de n at ur ez a im ed ia tis ta e re gr es siv a. (S EV ER IA NO , 19 99 , p . 1 62 -1 63 ) Em o ut ra s é po ca s, os d ile m as e xi st en cia is er am m ai s s im pl es qu e at ua lm en te . N a m od er ni da de , a q ue st ão s ub je tiv a ce nt ra l gi ra va e m t or no d e um p en sa m en to c om o al gu m d ia f or m ar um a fa m íli a e ch eg ar à d ire to ria d e um a em pr es a. A tu al m en te , di ve rs ifi ca m -s e os id ea is; A “p ós -m od er ni da de ” s ig ni fic a um a po st ur a (p en sa m en to s e aç õe s) d o in di ví du o de , n ão a pe na s se p er ce be r m ai s liv re p ar a co ns tit ui r u m a id en tid ad e po r n eg ar a o be di ên cia c eg a à “t ra di -çã o” e u til iza r s ua ra zã o pa ra q ue st io na r o q ue m el ho r p od e lh e pr ee nc he r, m as si m , d e se nt ir es sa li be rd ad e ao e xt re m o, e a in da , de s e pe rm iti r e xp er im en ta r s em c ul pa ta m bé m o s eu la do ir ra -cio na l/e m oc io na l. Vê -s e n a m ai or ia d as so cie da de s c ap ita lis ta s a tu ai s a va lo riz a-çã o d e m od el os d e i de nt id ad e f oc ad os n o c on su m o, is to é, n a c om -pr a c on st an te d as te cn ol og ia s e m ar ca s e m d es ta qu e n o m om en to e a de sv al or iza çã o da qu el es re la cio na do s a e sc ol ha s d ur ad ou ra s, co m o fa ze r pa rt e de g ru po s vo lta do s a al gu m a tra ns fo rm aç ão so cia l, fo rm ar u m a fa m íli a, e nt re o ut ra s. Iss o po de ria e st im ul ar um a ps eu do -in di vi du aç ão , o u se ja , u m a ilu sã o de sa cie da de q ue po de ria le va r à co nt in ua çã o de u m a se ns aç ão d e m al -e st ar .
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A g o ra v am o s im ag in ar q u e es te a lu n o m u d o u u m p o u co o u b as ta n te e st e te xt o, o u s ej a, p ar af ra se o u a s ci ta çõ es , m as , n a in te n çã o o u n ão d e fa ze r a id ei a p a-re ce r g en u in am en te s u a, n o va m en te n ão c o lo co u a s re fe rê n ci as . S u p o n h am o s q u e o te xt o fi co u a ss im (* ): Sem dúvida, o te xt o fic ou escr it o de for ma dif er en te à dos aut or es retr atada an ter ior men te , por ém con -tinua sendo a ideia deles a pr esen te aqui, sendo ne -cessár io , da mesma for ma, citar as fon tes . D o modo como está acima, temos no vamen te uma situação de plág io , dessa v ez em sua v ersão conc eitual . (* ) Text o a da pt ad o d a t es e de do ut or ad o de An a Pa ul a Br ag ag lia , m em -br o d es ta Co m iss ão , c ol o-ca nd o lá , n at ur al m en te , as de vid as re fe rências .6
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É simples: basta escr ev er com suas pr óprias pala vr as de modo a explicar todas as citaç ões , apr esen tar as fon tes no pr ópr io te x-to , e , se nec essár io , incluir as citaç ões dir etas (t ex to lit er al do aut or utilizado ) à medida que o tr abalho vai sendo desen volvido .e
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Tr ata-se de um sist ema alt er na tiv o às lic enças tr adicionais de utilização de obr as pr ot eg idas , que per mit e ao cr ia -dor de uma obr a decidir quais os dir ei -tos que pr et ende reser var par a si, en -quan to aut or iza o públic o a tr abalharcom base nas suas ideias
. No modelo “A ut or ia C omum ”, do C rea-tiv e C ommons (C C ), tr abalha-se com “A lguns Dir eit os R eser vados ” (S ome R igh ts R eser ved), em oposição ao mo -delo “T odos os Dir eit os R eser vados ” ou A ll R igh ts R eser ved , que rege o tr adi -cional e c onhecido c op yr igh t. Is to s ig n ifi ca q u e, a o o p ta r p o r p u b lic ar u m d et er m in ad o te xt o, u m a rt ig o c ie n -tí fic o, u m li vr o, u m a m ú si ca , u m s it e o u u m fi lm e co m a lg u m a lic en ça C re at iv e C o m m o n s (v ej a q u ai s sã o a s se is p ri n ci -p ai s n o it em 3 .2 ) s e p er m it e a liv re m a-n ip u la çã o, d is tr ib u iç ão , co m p ar ti lh a-m en to e re p lic aç ão d es te s co n te ú d o s. O Pr ojet o C rea tiv e C ommons foi idea -lizado em 2001 por La wr enc e Lessing , pr of essor da Univ ersidade de Stanf or d (EU A ), tendo por base a filosofia do cop ylef t, ist o é: usar a leg islação de pr ot eção dos dir eit os aut or ais com a in tenção de retir ar bar reir as par a a di -fusão de uma obr a, a sua rec ombina -ção e c ompar tilhamen to . A ss im , a s lic en ça s ju rí d ic as c ri ad as p o s-si b ili ta m a o (s ) au to r( es ) d is p o n ib ili za r ao p ú b lic o a lg u n s d ir ei to s so b re a s u a cr ia çã o, a ss eg u ra n d o p ar a si , p ar al el a-m en te , ta n to o d ir ei to o ri g in al p el a cr ia çã o, b em c o m o o u tr o s d ir ei to s. A s lic en ça s p o ss u em g ra d aç õ es , e v ão d es -d e u m a re n ú n ci a q u as e to ta l, p o r p ar te d e q u em li ce n ci a, a té o p çõ es d e ca rá te r m ai s re st ri ti vo , q u e p ro íb em a c ri aç ão d e o b ra s d er iv ad as o u o u so c o m er ci al d o s m at er ia is li ce n ci ad o s. N o B ra si l, as li ce n ça s C re at iv e C o m m o n s fo ra m t ra d u zi d as e e st ão a d ap ta d as à le g is la çã o b ra si le ir a. N o p aí s, o P ro je to C re at iv e C o m m o n s é co o rd en ad o p el o C en tr o d e Te cn o lo g ia e S o ci ed ad e d a Fa cu ld ad e d e D ir ei to d a Fu n d aç ão Ge -tú lio V ar g as ( FG V ), n o R io d e Ja n ei ro . O B ra si l fo i o t er ce ir o p aí s a ad er ir à r ed e C re at iv e C o m m o n s, p re se n te e m m ai s d e 50 n aç õ es (L EM O S, 2 00 9, p . 3 8) . Ex is te m m ai s d e 15 0 m ilh õ es d e o b ra s lic en ci ad as e m C re at iv e C o m m o n s, e n -tr e el as , o s it e d a A g ên ci a B ra si l h tt p :/ / w w w .a g en ci ab ra si l.g o v. b r/ , h tt p :/ / b lo g .p la n al to .g o v. b r/ e o s it e d a C as a B ra n ca w w w .w h it eh o u se .g o v. É impor tan te que voc ê obser ve sempr e sob qual tipo de lic ença C rea tiv e C om -mons um aut or disponibiliza a sua obr a par a saber como poder á utilizá-la de modo legal .
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ve m c o n te r m en çã o a o A u to r n o s cr é-d it o s e ta m b ém n ão p o d em s er u sa d as co m fi n s co m er ci ai s, p o ré m a s o b ra s d e-ri va d as n ão p re ci sa m s er li ce n ci ad as s o b o s m es m o s te rm o s d es ta li ce n ça .A
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U so N ã o C o m er ci a l C ompar tilhament o pela mesma Lic
enç a Pe rm it e q u e o u tr o s re m ix em , ad ap te m e cr ie m o b ra s d er iv ad as s o b re s u a o b ra co m fi n s n ão c o m er ci ai s, c o n ta n to q u e at ri b u am c ré d it o a o A u to r e lic en ci em as n o va s cr ia çõ es s o b o s m es m o s p ar â-m et ro s. O u tr o s p o d em fa ze r o d o w n lo ad o u r ed is tr ib u ir a o b ra o ri g in al d a m es m a fo rm a q u e n a lic en ça a n te ri o r, m as e le s ta m b ém p o d em t ra d u zi r, fa ze r re m ix es e el ab o ra r n o va s h is tó ri as c o m b as e n a-q u el a o b ra . T o d a n o va o b ra b as ea d a n a o ri g in al d ev er á se r l ic en ci ad a co m a m es -m a lic en ça , d e m o d o q u e q u al q u er o b ra d er iv ad a, p o r n at u re za , n ão p o d er á se r u sa d a p ar a fin s co m er ci ai s.
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U so N ã o C o m er ci a l N ã o a O b ra s D er iv a d a s É a m ai s re st ri ti va d en tr e as s ei s lic en ça s p ri n ci p ai s, p er m it in d o r ed is tr ib u iç ão . E la é co m u m en te ch am ad a “p ro p ag an d a g rá ti s” p o is p er m it e q u e o u tr o s fa ça m d o -w n lo ad d as o b ra s o ri g in ai s d e u m A u to r, e as c o m p ar ti lh em , co n ta n to q u e m en -ci o n em e fa ça m o li n k ao A u to r, m as s em p o d er m o d ifi ca r a o b ra d e n en h u m a fo r-m a, n em u ti liz á-la p ar a fin s co m er ci ai s.A
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Pe rm it e q u e o u tr o s d is tr ib u am , r em ix em , ad ap te m o u c ri em o b ra s d er iv ad as , m es -m o q u e p ar a u so c o m fi n s co m er ci ai s, co n ta n to q u e se ja d ad o c ré d it o p el a cr ia -çã o o ri g in al . É a li ce n ça m en o s re st ri ti va em t er m o s d e q u ai s u so s o u tr as p es so as p o d em fa ze r d e su a o b ra .
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C ompar tilhament o pela mesma Lic
enç a Pe rm it e q u e o u tr o s re m ix em , ad ap te m e cr ie m o b ra s d er iv ad as a in d a q u e p ar a fin s co m er ci ai s, c o n ta n to q u e o c ré d i-to s ej a at ri b u íd o a o A u to r e q u e es sa s o b ra s se ja m li ce n ci ad as s o b o s m es m o s te rm o s. E st a lic en ça é g er al m en te c o m -p ar ad a a lic en ça s d e so ft w ar e liv re . T o d as as o b ra s d er iv ad as d ev em s er li ce n ci ad as so b o s m es m o s te rm o s d es ta . D es sa fo r-m a, a s o b ra s d er iv ad as ta m b ém p o d er ão se r u sa d as p ar a fin s co m er ci ai s.