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Meios de defesa do Contribuinte

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Meios de defesa do

Contribuinte

(2)

Introdução

As Execuções Fiscais são regidas pela Lei 6.830/80 (Lei das Execuções Fiscais – LEF)

aplicando-se o CPC de forma subsidiária

A LEF não prevê contagem dos prazos em dias úteis, mas em dias corridos

Enunciado nº 20, CFJ

Aplica-se o art. 219 do CPC na contagem do prazo para oposição de embargos à execução fiscal previsto no art. 16 da Lei n. 6.830/1980.”

Enunciado nº 116, CJF

(3)

Hipótese

de

incidência

Fato

Gerador

Lança

mento

Inscrição

em

Dívida

Ativa

Certidão

de Dívida

Ativa

Execução

Fiscal

Mandado de Segurança preventivo ou Preventivo ou Ação Declaratória

Mandado de Segurança ou Ação Anulatória do Débito

Embargos à Execução Fiscal ou Exceção de Pré-Executividade

(4)

O Título Executivo

Presunção de liquidez e certeza

De acordo com o art. 3º da LEF, a Dívida Ativa regularmente inscrita goza da

presunção de certeza e liquidez.

Trata-se de uma presunção relativa, cabendo ao executado ou a terceiro, afastar

a presunção

Todavia é um título UNILATERAL. Diferente dos demais títulos executivos

elencados no CPC

(5)

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE

INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA. AUSÊNCIA DE

NOTIFICAÇÃO DO DEVEDOR DO LANÇAMENTO DO TRIBUTO. PROCEDIMENTO

ADMINISTRATIVO DEFICIENTE. VÍCIO QUE CONTAMINA A CONSTITUIÇÃO DO

CRÉDITO TRIBUTÁRIO. PRESUNÇÃO DE LIQUIDEZ E CERTEZA DA CDA AFASTADA.

DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NÃO

CARACTERIZADA.

1.

Agravo

regimental

interposto contra decisão que negou provimento a agravo de instrumento porquanto o

Tribunal a quo, em consonância com a jurisprudência desta Casa, extinguiu execução fiscal

por vício em sua constituição , qual seja, não há comprovação quanto à notificação do

devedor do lançamento da contribuição de melhoria. 2. Defende o agravante que a dívida

ativa regularmente inscrita goza de presunção de certeza e liquidez, não precisando ela vir

acompanhada da prova de notificação ou de qualquer outro ato administrativo para se

constituir em instrumento apto aos fins executivos, competindo ao executado o ônus de

provar a inexigibilidade total ou parcial da quantia que está sendo cobrado. 3. Com efeito, o

título executivo possui presunção de certeza e liquidez juris tantum, admitindo prova em

contrário quando questionada sua validade em sede de execução.

(6)

Contudo, o vício alegado é antecedente à inscrição, isto é, refere-se à não

ocorrência

do

procedimento

de

notificação

ao

contribuinte

do

lançamento, fato esse que contamina a constituição do crédito

tributário. Precedentes. 4. No caso dos autos, o Tribunal a quo atestou a

ausência da notificação do lançamento. Por conseguinte, inexistindo a

notificação do contribuinte, o lançamento não se perfaz, o que torna

nula a execução fiscal nele fundada. 5. Não se tem caracterizada

divergência jurisprudencial porquanto os paradigmas colacionados para esse

fim não se revestem de similitude fática com o caso em apreço. 6. Agravo

regimental não provido.

(STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO: AgRg no

Ag 1265138 SP 2010/0001390-5- 24.11.2010)

(7)

O Título Executivo

Dívida Ativa Não Tributária

Exemplos de Créditos não tributários cobrados na esfera federal:

Multa Criminal fixada e sentença penal condenatória

Multas Trabalhistas (pelo Ministério do Trabalho)

Multas Eleitorais (pelo descumprimento da Legislação Eleitoral)

Multas do CADE

Multas da Vigilância Sanitária

(8)

Efeito da inscrição em Dívida Ativa

Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas,

ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por

crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem

sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento

da dívida inscrita.

(9)

Os possíveis vícios da CDA

Art. 2º, §5º da Lei 6.830/80 determina quais são os requisitos básicos da CDA:

I - o nome do devedor, dos corresponsáveis e, sempre que conhecido, o domicílio ou

residência de um e de outros;

II - o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a forma de calcular os juros de

mora e demais encargos previstos em lei ou contrato;

III - a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida;

IV - a indicação, se for o caso, de estar a dívida sujeita à atualização monetária, bem como o

respectivo fundamento legal e o termo inicial para o cálculo;

V - a data e o número da inscrição, no Registro de Dívida Ativa; e

VI - o número do processo administrativo ou do auto de infração, se neles estiver apurado o

valor da dívida.

(10)

Os possíveis vícios da CDA

O Exequente pode emendar ou substituir a CDA até a decisão de primeira instância

(v. Art 2º, § 8º, LEF + Art. 203, CTN).

Todavia, em caso eventual modificação/alteração/correção da CDA deve ser

assegurado ao executado a devolução do prazo para defesa na parte que foi objeto

de modificação

Súmula 392, STJ. “A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa

(CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de

erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.”

(11)
(12)
(13)
(14)

O Procedimento da Execução Fiscal

Ajuizamento da Execução Fiscal Oferecimento de bens em 5 dias Inércia Pagamento em 5 dias Citação do Executado Despacho de Citação Extinção da Execução Penhora / Garantia Embargos à Execução (30 dias) Exceção de Pré-Executividade

(15)

A citação

Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e

multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução,

observadas as seguintes normas:

I - a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública não a requerer

por outra forma;

II - a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no endereço do

executado, ou, se a data for omitida, no aviso de recepção, 10 (dez) dias após a entrega da carta

à agência postal;

III - se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias da entrega da carta à

agência postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou por edital;

IV - o edital de citação será afixado na sede do Juízo, publicado uma só vez no órgão oficial,

gratuitamente, como expediente judiciário, com o prazo de 30 (trinta) dias, e conterá, apenas, a

indicação da exeqüente, o nome do devedor e dos co-responsáveis, a quantia devida, a natureza

da dívida, a data e o número da inscrição no Registro da Dívida Ativa, o prazo e o endereço da

sede do Juízo.

(16)

A justiça gratuita afasta a necessidade de

garantia?

TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC.

EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. GARANTIA DO JUÍZO. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA

GRATUITA. PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE DAS LEIS. 2. Discute-se nos autos a

possibilidade de oposição de embargos à execução fiscal sem garantia do juízo pelo

beneficiário da justiça gratuita. 3. Nos termos da jurisprudência do STJ, a garantia do

pleito executivo fiscal é condição de procedibilidade dos embargos de devedor nos

exatos termos do art. 16, § 1º, da Lei n. 6.830/80. 4. O 3º, inciso VII, da Lei n. 1.060/50

não afasta a aplicação do art. 16, § 1º, da LEF, pois o referido dispositivo é cláusula

genérica, abstrata e visa à isenção de despesas de natureza processual, não havendo

previsão legal de isenção de garantia do juízo para embargar. Ademais, em

conformidade com o princípio da especialidade das leis, a Lei de Execuções Fiscais deve

prevalecer sobre a Lei n. 1.060/50. Recurso especial improvido.

(REsp 1437078 RS

2014/0042042-7. DJe 31/03/2014)

(17)

A Exceção de Pré-Executividade

SÚMULA N. 393

A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às

matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória.

(18)

Sobre a Penhora

Art. 10 - Não ocorrendo o pagamento, nem a garantia da execução de que trata

o artigo 9º, a penhora poderá recair em qualquer bem do executado, exceto os

que a lei declare absolutamente impenhoráveis.

(19)

Ordem de Preferência

Art. 11 - A penhora ou arresto de bens obedecerá à seguinte ordem:

I - dinheiro;

II - título da dívida pública, bem como título de crédito, que tenham cotação em bolsa;

III - pedras e metais preciosos;

IV - imóveis;

V - navios e aeronaves;

VI - veículos;

VII - móveis ou semoventes; e

VIII - direitos e ações.

(20)

TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. NOMEAÇÃO À PENHORA. INOBSERVÂNCIA DA ORDEM LEGAL PREVISTA NO ART. 11 DA LEI 6.830/1980. PENHORA ON-LINE. DESNECESSIDADE DE EXAURIMENTO. 1. "A Primeira Seção, no julgamento do REsp 1.112.943/MA, processado nos termos do art. 543-C do Código de Processo Civil, firmou entendimento no sentido de que, após as

modificações introduzidas no Código de Processo Civil pela Lei 11.382/2006, incluindo, na ordem de penhora, depósitos e aplicações financeiras como bens preferenciais, a saber, como se fossem dinheiro em espécie (art. 655, I, CPC) e que a constrição se realizasse preferencialmente por meio eletrônico (art. 655-A), não se pode mais exigir prova do exaurimento de vias extrajudiciais na busca de bens a serem penhorados, como na hipótese dos autos, para que o juiz possa decidir sobre a realização de penhora on line (via sistema BACEN JUD)" (STJ, AgInt no AREsp 899.969/SP, Rel. Ministro Sérgio Kukina, primeira turma, DJe

4/10/2016). 2. Esta Corte de Justiça possui o entendimento firmado de que é legítima a recusa pela

Fazenda Pública da nomeação de bens do executado quando não observada a ordem legal de preferência prevista no art. 11 da LEF, sem que isso implique ofensa ao princípio da menor onerosidade. 3. Vale

consignar que o precedente da egrégia Primeira Seção deste Superior Tribunal de Justiça que, no julgamento do Tema n. 578, vinculado ao Recurso Especial Repetitivo n. 1.337.790/PR, (Rel. Min. Herman Benjamin), fixou orientação de que cumpre ao devedor fazer a nomeação de bens à penhora, observando a ordem legal

estabelecida no art. 11 da Lei de Execução Fiscal, incumbindo-lhe demonstrar, se for o caso, a necessidade de afastá-la. 4. Recurso especial a que se dá provimento.

(21)

Art. 185-A, CTN. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem

apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o

juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão,

preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de

transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades

supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de

suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial

.

Súmula 560 STJ

A decretação da indisponibilidade de bens e direitos, na forma do art. 185-A do CTN,

pressupõe o exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis, o qual fica

caracterizado quando infrutíferos o pedido de constrição sobre ativos financeiros e a

expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado, ao Denatran ou

Detran.

(22)

Penhora do Faturamento?

TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. PENHORA. CRÉDITOS FUTUROS.

MEDIDA EXCEPCIONAL. PERCENTUAL QUE NÃO PODE ULTRAPASSAR OS PARÂMETROS

ACEITOS PELA JURISPRUDÊNCIA DO STJ,

TAMPOUCO DEVE INVIABILIZAR AS ATIVIDADES

DA EMPRESA

. AGRAVO INTERNO DA FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO A QUE NEGA

PROVIMENTO. 1. A jurisprudência do STJ, a despeito de considerar viável a penhora de

recebíveis da empresa, assinala que tal medida é de exceção e reclama a efetiva

demonstração de que foram esgotados todos os meios disponíveis para a localização de

outros bens penhoráveis. 2. Nesse aspecto, ainda que se considere a possibilidade da

constrição recair sobre o faturamento da empresa, o percentual deferido dependerá de

cada caso concreto, e, de acordo com a jurisprudência desta Corte, o percentual de 30%,

de toda sorte, seria considerado exorbitante, em comparação com as hipóteses consideradas

como razoáveis no âmbito deste Tribunal, que tem considerado dentro da razoabilidade o

percentual de 5%, em geral, mas não mais que 10%, a depender do caso, e desde que não

inviabilize as atividades da empresa. 3. Agravo Interno da FAZENDA DO ESTADO DE SÃO

PAULO a que se nega provimento.

(AgInt no REsp 1281175/S. Rel. Min. NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO. 1ª Turma. DJe 18/05/2018)

(23)

No Curso da Execução Fiscal

Art. 16. O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados:

I - do depósito;

II - da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia;

III - da intimação da penhora.

§ 1º - Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução.

§ 2º - No prazo dos embargos, o executado deverá alegar toda matéria útil à defesa,

requerer provas e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas, até três, ou, a

critério do juiz, até o dobro desse limite.

§ 3º - Não será admitida reconvenção, nem compensação, e as exceções, salvo as de

suspeição, incompetência e impedimentos, serão argüidas como matéria preliminar e

serão processadas e julgadas com os embargos.

(24)

A questão da Garantia

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. AUSÊNCIA DE PENHORA.

FALTA DE INTERESSE DE AGIR.INAPLICABILIDADE DO ART. 914 DO NOVO CPC.

Não há nos autos nenhum documento que comprove que houve o oferecimento de garantia

do Juízo correspondente ao valor executado, possibilitando oposição dos Embargos à

Execução Fiscal.

Considerando que o prazo para oferecimento de embargos à execução fiscal conta-se a

partir da intimação pessoal da penhora, e que esta não foi efetivada, não há que se falar

em legitimidade ou interesse processual na oposição dos presentes embargos à execução.

O egrégio Superior Tribunal de Justiça, já firmou entendimento no sentido de que: “Quanto à

prevalência do disposto no art. 736 do CPC – que permite ao devedor a oposição de

Embargos, independentemente de penhora, sobre as disposições da Lei de Execução Fiscal,

que determina a inadmissibilidade de Embargos do executado antes de garantida a

execução -, tem-se que, em face do princípio da especialidade, no caso de conflito

aparente de normas, as leis especiais sobrepõem-se às gerais (…).

(25)

PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543-C, DO

CPC. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ARGUIÇÃO DE PRESCRIÇÃO

FUNDADA NA INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI ORDINÁRIA (ARTIGO 46, DA LEI 8.212/91) QUE

AMPLIOU O PRAZO PRESCRICIONAL (SÚMULA VINCULANTE 8/STF). POSSIBILIDADE.

1. A exceção de pré-executividade é servil à suscitação de questões que devam ser conhecidas

de ofício pelo juiz, como as atinentes à liquidez do título executivo, aos pressupostos

processuais e às condições da ação executiva, desde que não demandem dilação probatória

(...). 2. O espectro das matérias suscitáveis através da exceção tem sido ampliado por força da

exegese jurisprudencial mais recente, admitindo-se a arguição de prescrição e de

ilegitimidade passiva do executado, que prescindam de dilação probatória. 3. A prescrição,

causa extintiva do crédito tributário, é passível de ser veiculada

em exceção de

pré-executividade, (...) 4. Recurso especial provido para determinar o retorno dos autos à instância

ordinária para que aprecie a exceção de pré-executividade oposta pelo ora recorrente. Acórdão

submetido ao regime do artigo 543-C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008

. (RECURSO REPETITIVO - Tema 262 - REsp 1136144 / RJ Rel. Min LUIZ FUX. Primeira Seção. DJe 01/02/2010)

(26)

Os Embargos

Possuem natureza de ação e são distribuídos por dependência à execução

Devem obedecer os requisitos da petição incial (Art. 319, CPC), inclusive valor da

causa, provas e honorários advocatícios

Art. 16, Lei 6.830/80

§ 2º - No prazo dos embargos, o executado deverá alegar toda matéria útil à

defesa, requerer provas e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas,

(27)

Requisitos dos embargos

-

Requisitos de uma Petição Inicial convencional, todavia distribuída por dependência à

Execução Fiscal

-

Endereçamento

-

Qualificação completa

-

Demonstração da Tempestividade e do cabimento

-

Fatos

-

Direito

-

Efeito Suspensivo

(28)

Efeito Suspensivo

Art. 919, CPC. Os embargos à execução não terão efeito suspensivo.

§ 1

o

O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo

aos embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela

provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito

ou caução suficientes.

(29)

Prescrição Intercorrente

Sumula 314, STJ. Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição quinquenal intercorrente.

Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.

§ 2º - Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o devedor ou encontrados bens penhoráveis, o Juiz ordenará o arquivamento dos autos.

§ 3º - Encontrados que sejam, a qualquer tempo, o devedor ou os bens, serão desarquivados os autos para prosseguimento da execução.

§ 4º Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato.

§ 5º A manifestação prévia da Fazenda Pública prevista no § 4o deste artigo será dispensada no caso de cobranças judiciais cujo valor seja inferior ao mínimo fixado por ato do Ministro de Estado da Fazenda.

(30)

RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. ARTS. 1.036 E SEGUINTES DO CPC/2015 (ART. 543-C, DO CPC/1973). PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. SISTEMÁTICA PARA A CONTAGEM DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE (PRESCRIÇÃO APÓS A PROPOSITURA DA AÇÃO) PREVISTA NO ART. 40 E PARÁGRAFOS DA LEI DE EXECUÇÃO

FISCAL (LEI N. 6.830/80).

1. O espírito do art. 40, da Lei n. 6.830/80 é o de que nenhuma execução fiscal já ajuizada poderá permanecer

eternamente nos escaninhos do Poder Judiciário ou da Procuradoria Fazendária encarregada da execução das respectivas dívidas fiscais. 2. Não havendo a citação de qualquer devedor por qualquer meio válido e/ou não

sendo encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora (o que permitiria o fim da inércia processual), inicia-se automaticamente o procedimento previsto no art. 40 da Lei n. 6.830/80, e respectivo prazo, ao fim do qual restará prescrito o crédito fiscal. Esse o teor da Súmula n. 314/STJ: "Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição qüinqüenal intercorrente". 3. Nem o Juiz e nem a Procuradoria da Fazenda Pública são os senhores do termo inicial do prazo de 1 (um) ano de suspensão previsto no caput, do art. 40, da LEF, somente a lei o é (ordena o art. 40: "[...] o juiz suspenderá [...]"). Não cabe ao Juiz ou à Procuradoria a escolha do melhor momento para o seu início. No primeiro momento em que constatada a não localização do devedor e/ou ausência de bens pelo oficial de justiça e intimada a Fazenda Pública, inicia-se automaticamente o prazo de suspensão, na forma do art. 40, caput, da LEF. Indiferente aqui, portanto, o fato de existir petição da Fazenda Pública requerendo a suspensão do feito por 30, 60, 90 ou 120 dias a fim de realizar diligências, sem pedir a suspensão do feito pelo art. 40, da LEF. Esses pedidos não encontram amparo fora do art. 40 da LEF que limita a suspensão a 1 (um) ano. Também indiferente o fato de que o Juiz, ao intimar a Fazenda Pública, não tenha expressamente feito menção à suspensão do art. 40, da LEF. O que importa para a aplicação da lei é que a Fazenda Pública tenha tomado ciência da inexistência de bens penhoráveis no endereço fornecido e/ou da não localização do devedor. Isso é o suficiente para inaugurar o prazo, ex lege.

(31)

4. Teses julgadas para efeito dos arts. 1.036 e seguintes do CPC/2015 (art. 543-C, do CPC/1973):

4.1.) O prazo de 1 (um) ano de suspensão do processo e do respectivo prazo prescricional previsto no art. 40, §§ 1º e

2º da Lei n. 6.830/80 - LEF tem início automaticamente na data da ciência da Fazenda Pública a respeito da não

localização do devedor ou da inexistência de bens penhoráveis no endereço fornecido, havendo, sem prejuízo dessa

contagem automática, o dever de o magistrado declarar ter ocorrido a suspensão da execução; 4.1.1.) Sem prejuízo do disposto no item 4.1., nos casos de execução fiscal para cobrança de dívida ativa de natureza tributária (cujo

despacho ordenador da citação tenha sido proferido antes da vigência da Lei Complementar n. 118/2005), depois da citação válida, ainda que editalícia, logo após a primeira tentativa infrutífera de localização de bens penhoráveis, o Juiz declarará suspensa a execução. 4.1.2.) Sem prejuízo do disposto no item 4.1., em se tratando de execução fiscal para cobrança de dívida ativa de natureza tributária (cujo despacho ordenador da citação tenha sido proferido na vigência da Lei Complementar n. 118/2005) e de qualquer dívida ativa de natureza não tributária, logo após a

primeira tentativa frustrada de citação do devedor ou de localização de bens penhoráveis, o Juiz declarará suspensa a execução. 4.2.) Havendo ou não petição da Fazenda Pública e havendo ou não pronuciamento judicial nesse sentido,

findo o prazo de 1 (um) ano de suspensão inicia-se automaticamente o prazo prescricional aplicável (de acordo com

a natureza do crédito exequendo) durante o qual o processo deveria estar arquivado sem baixa na distribuição, na forma do art. 40, §§ 2º, 3º e 4º da Lei n. 6.830/80 - LEF, findo o qual o Juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato;

(32)

4.3.) A efetiva constrição patrimonial e a efetiva citação (ainda que por edital) são aptas a interromper o curso da

prescrição intercorrente, não bastando para tal o mero peticionamento em juízo, requerendo, v.g., a feitura da penhora

sobre ativos financeiros ou sobre outros bens. Os requerimentos feitos pelo exequente, dentro da soma do prazo máximo de 1 (um) ano de suspensão mais o prazo de prescrição aplicável (de acordo com a natureza do crédito exequendo) deverão ser processados, ainda que para além da soma desses dois prazos, pois, citados (ainda que por edital) os devedores e

penhorados os bens, a qualquer tempo – mesmo depois de escoados os referidos prazos –, considera-se interrompida a prescrição intercorrente, retroativamente, na data do protocolo da petição que requereu a providência frutífera.

4.4.) A Fazenda Pública, em sua primeira oportunidade de falar nos autos (art. 245 do CPC/73, correspondente ao art. 278

do CPC/2015), ao alegar nulidade pela falta de qualquer intimação dentro do procedimento do art. 40 da LEF, deverá demonstrar o prejuízo que sofreu (exceto a falta da intimação que constitui o termo inicial - 4.1., onde o prejuízo é presumido), por exemplo, deverá demonstrar a ocorrência de qualquer causa interruptiva ou suspensiva da prescrição.

4.5.) O magistrado, ao reconhecer a prescrição intercorrente, deverá fundamentar o ato judicial por meio da delimitação

dos marcos legais que foram aplicados na contagem do respectivo prazo, inclusive quanto ao período em que a execução ficou suspensa.

5. Recurso especial não provido. Acórdão submetido ao regime dos arts. 1.036 e seguintes do CPC/2015 (art. 543-C, do CPC/1973).

(33)

Redirecionamento da Execução

Ainda, embora seja necessário demonstrar quem ocupava o posto de gerente no

momento da dissolução, é necessário, antes, que aquele responsável pela

dissolução tenha sido também, simultaneamente, o detentor da gerência na

oportunidade do vencimento do tributo. É que só se dirá responsável o sócio

que, tendo poderes para tanto, não pagou o tributo (daí exigir-se seja

demonstrada a detenção de gerência no momento do vencimento do débito) e

que, ademais, conscientemente, optou pela irregular dissolução da sociedade

(por isso, também exigível a prova da permanência no momento da dissolução

irregular) (AgRg no Resp 147.4570/SP – Relator(a) Ministro SÉRGIO KUKINA

(1155) – PRIMEIRA TURMA – Dje 17.12.2014).

(34)

Os Honorários

Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.

§ 3o Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários observará os critérios

estabelecidos nos incisos I a IV do § 2ºe os seguintes percentuais:

I - mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido até 200 (duzentos) salários-mínimos;

II - mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 200 (duzentos) salários-mínimos até 2.000 (dois mil) salários-mínimos;

III - mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos até 20.000 (vinte mil) salários-mínimos;

IV - mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários-mínimos até 100.000 (cem mil) salários-mínimos;

V - mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 100.000 (cem mil) salários-mínimos.

(35)

Se a fazenda desiste da Execução?

Súmula 153 STJ

A desistência da execução fiscal, após o oferecimento dos embargos, não exime

o exeqüente dos encargos da sucumbência.

(36)

Contatos

@kindlmann

rubens@kindlmann.com.br

Professor Rubens Kindlmann

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