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Patricia Vicente Graduada em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC

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29 e 30 de outubro de 2015 - Rio de Janeiro, RJ

Evidenciação Voluntária sobre Gestão de Riscos do Coso (2004) nos Relatórios de Empresas Listadas na BM&FBovespa no Período de 2010 a 2014

Patricia Vicente

Graduada em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC

Patriciav1806@yahoo.com.br

Lara Fabiana Dallabona

Doutora em Ciências Contábeis e Administração/FURB

Professora do Departamento de Ciências Contábeis da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC

lara.dallabona@udesc.br

Resumo

O estudo objetiva avaliar o grau de evidenciação voluntária sobre gestão de riscos do COSO (2004) nos relatórios de empresas listadas na BM&FBovespa no período de 2010 a 2014. A pesquisa utilizou-se de técnica descritiva, com análise documental e abordagem quantitativa. A amostra compreendeu as 50 empresas com maior valor de receita no decorrer do ano de 2014 conforme informações obtidas no site da BM&FBovespa. Para a análise do índice de evidenciação, desenvolveu-se um checklist de acordo com os 8 componentes integrantes da metodologia do COSO II, aplicando os mesmos sobre os relatórios das organizações. Os resultados demonstram que os níveis de evidenciação da gestão de riscos do COSO foram satisfatórios em ralação ao número de empresas analisadas. Os dados demonstram o monitoramento como principal componente de evidenciação. O segundo componente de destaque é a definição de objetivos e o componente que obteve menor percentual de divulgação foi a avaliação de riscos. Ao analisar os componentes por segmento de listagem, observou-se que o Nível 2 de Governança foi o segmento de destaque da pesquisa. Deste modo conclui-se que cada vez mais as empresas buscam por sistemas de controles internos para a redução dos riscos e o alcance dos objetivos da organização, divulgando informações voluntárias para melhorar sua credibilidade no mercado.

Palavras-chave: Risco, COSO, Evidenciação, BM&FBovespa. Área temática: Contoladoria e Contabilidade Gerencial. 1 Introdução

As empresas estão em constante modernização, onde cada vez mais se tem a necessidade de controles precisos e de informações oportunas sobre seu negócio, se adequando as novas situações que o mercado lhe impõe. Com a globalização da economia os usuários e investidores buscam cada vez mais informações confiáveis das empresas na qual desejam fazer investimentos, com isso, a contabilidade se torna fundamental para a correta evidenciação das informações, trazidas com clareza e de fácil entendimento (CREPALDI, 2008).

O forte crescimento do mercado de capitais e o avanço da tecnologia para o acesso a informação, esta exigindo maior transparência das organizações, que pode ser obtida por meio de divulgação de um número maior de informações relevantes sobre a situação da entidade e seus objetivos, contribuindo para aumentar a confiança de seu stakeholders (ASSUNÇÃO, 2013).

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Niyama (2009) destaca que a contabilidade é considerada a linguagem ‘dos negócios’, ou seja, é onde os principais agentes econômicos buscam informações sobre a performance empresarial e avaliação de risco para se realizar investimentos. Dentro deste contexto de contabilidade, não dispensa-se a importância da transparência da evidenciação ou disclosure destas informações geradas, auxiliando os usuários a conhecer a situação econômica e financeira da empresa.

Disclosure diz respeito à qualidade das informações de caráter financeiro e econômico

sobre as operações, recursos e obrigações de uma entidade, que sejam úteis aos usuários das demonstrações contábeis, entendidas como sendo aquelas que de alguma forma influenciam na tomada de decisões, envolvendo a entidade e o acompanhamento da evolução patrimonial, possibilitando o conhecimento das ações passadas e a realização de inferências em relação ao futuro (NIYAMA; GOMES, 1996).

Segundo Schmidt e Santos (2009) a gestão de riscos passou a representar um dos principais focos de gerenciamento nas entidades modernas, por isso, estruturar, implementar e manter sistemas eficazes de controles internos tornou-se um fator fundamental para o sucesso dessas entidades, objetivando a identificação e o gerenciamento dos riscos operacionais, bem como a adequação das políticas e procedimentos internos para atenderem às regulamentações internas e externas.

Os riscos podem causar perdas para as organizações, mas também podem resultar em oportunidades para novas situações da entidade, com o acompanhamento e avaliação dos objetivos da empresa, alinhado ao monitoramento do ambiente interno e externo, observando os riscos que poderão prejudicar o desempenho da organização. Dentro deste contexto o gerenciamento de riscos se faz eficaz utilizando um modelo de gestão, com estruturas de orientação para os gestores.

Um dos modelos mais aceitos para o gerenciamento de riscos e controle interno pelas organizações é o Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission – (Comitê das Organizações Patrocinadoras) – COSO, que em 2001 iniciou um projeto com a finalidade de atender a preocupação das entidades em identificar, avaliar e administrar os riscos a que estão expostas, e solicitou à PricewaterhouseCoopers que desenvolvesse uma estratégia de fácil utilização pelas organizações para avaliar e melhorar o próprio gerenciamento de riscos.

Devido a esta solicitação surgiu à evolução do COSO I para o COSO II ou COSO ERM (Enterprise Risk Managemant – Gerenciamento de Riscos Corporativos), com publicação em 2004, ampliando o alcance dos controles, com ambientes definidos, e técnicas para gerenciamento de riscos. Conforme Schimidt (2009), o COSO é uma entidade sem fins lucrativos, decidida a melhoria dos relatórios financeiros através da ética, efetividade dos controles internos e governança corporativa.

Diante do exposto, a pergunta de pesquisa para o desenvolvimento do estudo é: Qual o

grau de evidenciação voluntária sobre gestão de riscos do COSO (2004) nos relatórios de empresas listadas na BM&FBovespa. Assim o objetivo do estudo é avaliar o grau de

evidenciação voluntária sobre gestão de riscos do COSO (2004) nos relatórios de empresas listadas na BM&FBovespa no período de 2010 a 2014.

Dessa forma o estudo se justifica por apresentar a quantidade das informações evidenciadas de forma voluntaria, sobre os controles internos e gestão de riscos aplicados na estrutura do COSO, e a transparência a que elas se propõem. A Pesquisa ira buscar a evidenciação das informações a cerca de sua gestão de risco nos Relatórios Administrativos publicados na BM&FBovespa, com base nos componentes que integram o COSO ERM ou COSO II, que busca auxiliar as organizações nos processos de gerenciamento de riscos para a melhoria do controle interno.

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2 Referencial Teórico

Nesta seção apresenta-se a evidenciação de informações voluntárias, que são as informações divulgadas além das informações compulsórias (obrigatórias), na sequencia apresenta-se a gestão de riscos, onde a empresa ao identificá-lo, pode medir, avaliar e monitorar para que este não cause impactos negativos nos objetivos da entidade.

2.1 Evidenciação de informações voluntárias

As evidenciações se destacam na utilidade de auxiliar os usuários das demonstrações a entendê-las melhor, de forma que sejam relevantes quantitativamente e qualitativamente, apresentando os esclarecimentos necessários aos que fizerem uso das informações geradas (IUDICIBUS; MARION, 2008).

Yamamoto (2006) comenta que existem várias normas na legislação que tornam a divulgação de algumas informações econômicas e financeiras obrigatórias para as companhias abertas, mas tem-se ainda as divulgações voluntárias, que independem da imposição legal, como conscientização da necessidade de informação pelos usuários e o respeito por eles.

A Lei 11.638, de 28/12/2007, conforme Attie (2011), revoga a Lei 6.404/76 onde está estabelecida as demonstrações a serem divulgadas de forma compulsória, determinando um conjunto completo de divulgação das informações, como: Balanço patrimonial ao final do exercício; Demonstração do resultado; Demonstração do resultado abrangente; Demonstração das mutações do patrimônio líquido; Demonstração de fluxo de caixa; Demonstração do valor adicionado e; Notas explicativas.

As demonstrações divulgadas são as evidenciações compulsórias, ou seja, o que a empresa é obrigada a publicar, já as evidenciações voluntárias, é tudo o que vai além das compulsórias, o que a empresa não é obrigada a divulgar, informações de cunho social, na qual podem exprimir uma boa imagem da organização. Como exemplos cita-se a demonstração do valor econômico agregado (EVA), informações relativas ao intangível, gestão de riscos e dos controles internos.

Souza (2008), destaca que as informações contábeis adicionais, ou seja, as informações divulgadas de forma voluntária pela organização, representa o conjunto de informações evidenciadas pelas companhias que vai além das informações com obrigatoriedade de divulgação. Assim estas informações voluntárias têm por objetivo esclarecer possíveis dúvidas de usuário e investidores, abordando diversos aspectos referentes ao desempenho da empresa.

Conforme Lanzana (2004), as informações voluntárias tornam-se uma ferramenta importante para as empresas se diferenciarem das demais em termos de desempenho, estratégias, visão de mercado, diferenciais competitivos, programas de investimento, entre outros que podem divulgar, para que seus futuros investidores tenham conhecimento e com isso a certeza de onde estão aplicando seus recursos. Para Piacentini (2004, p. 21) “as evidenciações voluntárias são meios utilizados pelos investidores para analisar as estratégias e os fatores críticos de sucesso das companhias, tanto no ambiente em que as mesmas estão inseridas, como sob aspecto competitivo do cenário econômico”.

A empresa deve manter um nível de igualdade de importância na apresentação de todas as demonstrações contábeis. Muitas destas empresas apresentam fora das demonstrações obrigatórias, os relatórios da administração que descreve e explica as características principais do desempenho e posição financeira da entidade e ainda as incertezas que esta sujeita (ATTIE, 2011).

O relatório da administração representa um necessário e importante complemento às demonstrações contábeis publicadas por uma empresa, em termos de permitir o fornecimento de dados e informações adicionais que sejam úteis aos usuários em seu julgamento e processo de tomada de decisões (IUDICIBUS; MARTINS; GELBCKE, 2008).

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Iudícibus e Marion (2008) destacam ainda que as evidenciações complementares servem para enriquecer os relatórios e evitar que sejam enganosos, podendo ser descritivas, com quadros analíticos suplementares entre outras formas, sendo as principais: Notas explicativas; Quadros analíticos suplementares; Informações entre parênteses; Comentário do auditor e; Relatório da diretoria.

2.2 Gestão de Riscos

Nos últimos anos, intensificou-se o foco e a preocupação com o gerenciamento de riscos e tornou-se cada vez mais clara a necessidade de uma estratégia sólida capaz de identificar, avaliar e administrar os riscos (COSO, 2007). Para Padoveze e Bertolucci (2009, p. 138) “a exposição ao risco é um dos maiores desafios à sobrevivência das organizações. Se a adoção de estratégias corretas é o que define o futuro de uma organização, gerenciar adequadamente os riscos a que ela expõe significa possibilitar o seu futuro”.

A gestão de risco passou a representar um dos principais pontos do gerenciamento nas entidades modernas, por isso, estruturar, implementar e manter sistemas eficazes de controles internos tornou-se um fator fundamental para o sucesso dessas entidades, objetivando a identificação e o gerenciamento dos riscos operacionais, bem como a adequação das políticas e procedimentos internos para atenderem às regulamentações internas e externas (SCHMIDT; SANTOS, 2009).

Conforme o COSO (2007 p. 121) “as estruturas de gerenciamento de riscos e controle interno reconhecem que os riscos podem ocorrer em qualquer nível da organização, bem como ser originados de uma variedade de fatores internos e externos”. Nohara (2005) destaca que a expansão das organizações, a forte concorrência, ocasionou um aumento na complexidade do ambiente, aliada com o aumento dos riscos de negócios, e com a intenção de reduzir estes riscos, as empresas buscam oportunidades e formas de negócios para novas e possíveis áreas de interesse.

O risco conforme Souza et al. (2012) pode ser entendido como um conjunto de vulnerabilidade que afetam diretamente os objetivos da entidade, impactando a capacidade de alcançá-los. A organização que se prepara com um sistema de gestão, pode identificar estes riscos, e após medir, avaliar e monitorar com a intenção de evitar ou reduzir.

O COSO (2007) destaca que alguns eventos identificados na organização podem causar impactos negativos e positivos. Define riscos negativos como a possibilidade de que um evento possa ocorrer e afetar de forma negativa a realização dos objetivos da organização, e quando positivos, define como oportunidades, onde podem contrabalancear os impactos negativos. O COSO define oportunidade como a possibilidade de que um evento ocorra e influencie favoravelmente a realização dos objetivos da organização.

Conforme o Guia de Orientação para o Gerenciamento de Riscos Corporativos (2007), gestão de risco trata-se da definição do conjunto de eventos, externos ou internos, que podem impactar os objetivos estratégicos da organização, incluindo os relacionados aos ativos intangíveis. O Guia ressalta que sempre existirão riscos desconhecidos pela organização e que o processo de identificação e análise geral de riscos deve ser monitorado e continuadamente aperfeiçoado.

Souza (2007) destaca que a gestão de risco integra o plano de organização com métodos e medidas adotadas pela entidade para proteger-se de determinadas situações que possam afetar a sua continuidade e que a gestão não somente pode minimizar os riscos, mas apresentar novas oportunidades de controle e gerenciamento, ferramentas de auxílio para a gestão. Conforme Nohara (2005), a gestão de risco visa estabelecer o curso de ação frente a incertezas pela identificação, avaliação, compreensão, ação e comunicação dos itens de risco.

Várias iniciativas internacionais têm sido direcionadas para criação de frameworks (sistemas de controles estruturados com elementos de gestão), focados na gestão de risco

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corporativo, diante desta situação, o framework fará a estrutura do sistema, que juntamente será desenvolvido um método de implementação e monitoramento de controles (SCHMIDT; SANTOS, 2009).

Schmidt e Santos (2009, p. 84) citam que “a escolha do framework depende do objetivo que a entidade busca com a implementação dos controles”. Na qual o COSO ERM, objeto de estudo, está entre as principais soluções mundiais para os mercados. Cada vez mais vê-se a necessidade de incorporar o gerenciamento de riscos nas entidades dentro das funções estratégicas da empresa e como tal deve ser coerente com a visão, missão e estratégia organizacional (NOHARA, 2005).

Conforme o COSO (2007) o argumento específico ao gerenciamento de riscos corporativos é que toda organização existe para gerar valor às partes interessadas, e que todas as organizações enfrentam incertezas, e o desafio de seus administradores é determinar até que ponto aceitar essa incerteza, assim como definir como essa incerteza pode interferir no esforço para gerar valor às partes interessadas. As incertezas conforme destaca o COSO (2007), representam riscos e oportunidades, com potencial para destruir ou agregar valor.

O gerenciamento de riscos corporativos possibilita aos administradores tratar com eficácia as incertezas, bem como os riscos e as oportunidades a elas associadas, a fim de melhorar a capacidade de gerar valor (COSO, 2007). A estrutura do COSO II é orientada a fim de alcançar os objetivos de uma organização e são classificados em quatro categorias conforme Quadro 1.

Quadro 1 - Categorias dos objetivos do COSO II

Estratégicos Metas gerais, alinhadas com o que suportem à sua missão.

Operações Utilização eficaz e eficiente dos recursos.

Comunicação Confiabilidade de relatórios.

Conformidade Cumprimento de leis e regulamentos aplicáveis. Fonte: Adaptado de COSO Gerenciamento de Riscos – Estrutura Integrada (2007).

A classificação conforme o COSO (2007) em categorias possibilita uma perspectiva referente aos aspectos característicos de gerenciamento de riscos, mas mesmo que um controle nesta base auxilie a entidade no alcance dos objetivos, não existe garantia que os mesmos serão alcançados, pois existem diversos fatores que podem interferir para a não ocorrência. O COSO (2007, p. 13) destaca ainda “quando se constata que o gerenciamento de riscos corporativos é eficaz em cada uma das quatro categorias de objetivos, isso significa que o conselho de administração e a diretoria executiva terão garantia razoável de que entenderam até que ponto, os objetivos estratégicos e operacionais não estão realmente sendo alcançado, o sistema de comunicação da empresa é confiável, e todas as leis e regulamentos cabíveis estão sendo observados”.

Esta classificação possibilita um enfoque nos aspectos distintos do gerenciamento de riscos de uma organização. Apesar de essas categorias serem distintas, elas se inter-relacionam, uma vez que determinado objetivo pode ser classificado em mais de uma categoria, tratam de necessidades diferentes da organização e podem permanecer sob a responsabilidade direta de diferentes executivos (COSO, 2007).

O COSO II (2004), é constituído de 8 (oito) componentes inter relacionados, que estão integrados com o processo de gestão conforme Quadro 2.

Quadro 2 - Componentes da Estrutura do COSO II Ambiente Interno

O ambiente interno compreende o tom de uma organização e fornece a base pela qual os riscos são identificados e abordados pelo seu pessoal, inclusive a filosofia de gerenciamento de riscos, o apetite a risco, a integridade e os valores éticos, além do ambiente em que estes estão.

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Definição de Objetivos

Os objetivos devem existir antes que a administração possa identificar os eventos em potencial que poderão afetar a sua realização. O gerenciamento de riscos corporativos assegura que a administração disponha de um processo implementado para estabelecer os objetivos que propiciem suporte e estejam alinhados com a missão da organização e sejam compatíveis com o seu apetite a riscos.

Identificação de Eventos

Os eventos internos e externos que influenciam o cumprimento dos objetivos de uma organização devem ser identificados e classificados entre riscos e oportunidades. Essas oportunidades são canalizadas para os processos de estabelecimento de estratégias da administração ou de seus objetivos.

Avaliação de Riscos

Os riscos são analisados, considerando-se a sua probabilidade e o impacto como base para determinar o modo pelo qual deverão ser administrados. Esses riscos são avaliados quanto à sua condição de inerentes e residuais.

Resposta a Risco

A administração escolhe as respostas aos riscos - evitando, aceitando, reduzindo ou compartilhando – desenvolvendo uma série de medidas para alinhar os riscos com a tolerância e com o apetite a risco.

Atividades de Controle

Políticas e procedimentos são estabelecidos e implementados para assegurar que as respostas aos riscos sejam executadas com eficácia.

Informações e Comunicações

As informações relevantes são identificadas, colhidas e comunicadas de forma e no prazo que permitam que cumpram suas responsabilidades. A comunicação eficaz também ocorre em um sentido mais amplo, fluindo em todos níveis da organização.

Monitoramento

A integridade da gestão de riscos corporativos é monitorada e são feitas as modificações necessárias. O monitoramento é realizado através de atividades gerenciais continuas ou avaliações independentes ou de ambas as formas.

Fonte: Adaptado de COSO Gerenciamento de Riscos – Estrutura Integrada (2007).

Os componentes, destaca o COSO (2007), integram um processo de gestão que caracteriza a forma como a empresa irá gerenciar a organização, pois irá atuar nos ambientes de controle das atividades executadas com a finalidade de alcance de objetivos. O COSO (2007, p. 6) cita que “o gerenciamento de riscos corporativos não é um processo em série pelo qual um componente afeta apenas o próximo. É um processo multidirecional e interativo segundo o qual quase todos os componentes influenciam os outros”.

Os oito componentes integrantes do COSO II, não irão agir da mesma forma em todas as entidades, pois dependendo da estrutura da mesma ele pode ser menos formal e elaborado. Mas não impede que as pequenas organizações não os tenham com um desempenho eficaz no gerenciamento de riscos, desde que todos os componentes estejam presentes e funcionando de forma adequada (COSO 2007).

Schmidt e Santos (2009) destacam que a definição de controle interno pelo COSO II, vai auxiliar, facilitar a organização a alcançar seus objetivos, mas não garante que eles serão atingidos.

3 Aspectos Metodológicos

Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva, que de acordo com Gil (2012), a pesquisa descritiva tem como objetivo principal descrever características de determinada população ou fenômeno. O procedimento para pesquisa descritiva utilizado foi análise documental, que conforme destacam Marconi e Lakatos (2010) tem como característica que a fonte de coleta de dados será somente com base em documentos, podendo ser de forma escrita ou não, e que podem acontecer no momento de ocorrência ou após.

Quanto à abordagem do problema o estudo utiliza a pesquisa quantitativa, que conforme Beuren (2012) caracteriza-se pelo emprego de materiais estatísticos, tanto na coleta quanto no tratamento dos dados. A população da pesquisa compreende as empresas listadas na BM&FBovespa. Para definição da amostra, foram selecionadas 50 (cinquenta) empresas para a análise dos relatórios administrativos e formulários de referência no período de 2010 a 2014 constantes no endereço eletronico da BM&Fbovespa, com maior valor de

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receita no decorrer do ano de 2014. A escolha deste período se fez por caracterizar os anos mais recentes para a realização da pesquisa.

As empresas da amostra se dividem por segmento de listagem extraídas do sitio da Bovespa, sendo que o Nível 1 de Governança Corporativa contém 11 empresas, o Nível 2 de Governança possui 5 empresas, o segmento Tradicional 9 e o Novo Mercado é o segmento com o maior número de empresas constantes na amostra da pesquisa, com um total de 23 empresas. A empresa integrante da pesquisa Dufry Ag é a única a participar do sistema

BrazilianDepositaryReceiptsBDR’s Patrocinados, que conforme divulga a BM&FBovespa

(2015), são certificados de depósitos de valores mobiliários emitidos no Brasil, mas que representam valores mobiliários de companhias com sede no exterior. A empresa Neoenergia não menciona em que nível de governança corporativa faz parte.

No site da Bovespa foram obtidos todos os relatórios das empresas constantes na amostra da pesquisa para análise.Todos os relatórios foram extraídos por ano de divulgação, contemplando o período de 2010 a 2014 da pesquisa. Para a tabulação foram elaboradas planilhas eletrônicas do Microsoft Excel, atribuindo 1 para cada informação evidenciada nos relatórios e 0 caso não tenha evidenciado as informações. O percentual foi utilizado para demonstrar o nível de divulgação das informações.

Utilizou-se também de modelo gráfico para exemplificação dos índices de crescimento dos anos integrantes da pesquisa. Desta forma as informações foram analisadas por ano de divulgação, por empresa, por componente e por segmento de listagem, atribuindo ainda o percentual de divulgação, calculado pela divisão do total de observações encontradas pelo limite de observações.

Para a coleta de dados, foi desenvolvido um checklist de acordo com os componentes do COSO ERM (2004). Marconi e Lakatos (2010) destacam que é necessário um rigoroso controle na aplicação dos instrumentos de pesquisa, para evitar erros e defeitos em sua execução. Na sequencia apresentam-se os resultados da pesquisa.

4 Apresentação e Análise dos Dados

Neste tópico será apresentada a análise de evidenciação dos componentes do COSO dividindo as empresas conforme os segmentos da BM&FBovespa. As tabelas (1 e 2) irão demonstrar a apuração da análise que será apresentada em duas partes, a primeira Tabela irá conter as 50 empresas pesquisadas, conforme o segmento de mercado que faz parte, evidenciando os componentes do COSO: 1 - Ambiente Interno, 2 - Definição de Objetivos, 3 - Identificação de Riscos e 4 - Avaliação de Riscos.

A Tabela 2 também apresenta as empresas divididas pelo segmento de mercado, mas evidenciando seus resultados nos seguintes componentes do COSO: 5 - Resposta ao Risco, 6 - Atividades de Controle, 7 - Informação e Comunicação e 8 – Monitoramento. A mensuração será feita com os números totais evidenciados por componente em cada ano pesquisado, contraindo um somatório geral de todos os anos integrantes da pesquisa e seu respectivo percentual, calculado sobre os limites de evidenciação, ou seja, o valor máximo que a empresa poderia atingir de evidenciação no estudo.

Observa-se conforme Tabela 1 que as únicas empresas a evidenciar 100% do componente 1 - Ambiente Interno, fazem parte do Segmento Tradicional da Bovespa, sendo a Coelba e a Petrobras, e no segmento Tradicional, consta a empresa com menor índice de evidenciação para este componente, a empresa Suzano Hold, com 60% de evidenciação.O segmento de maior destaque para o primeiro componente analisado é o Novo Mercado, que apresenta o total de 88% de informações divulgadas, e com menor índice de divulgação empatam o segmento Tradicional e Nível 1 de Governança Corporativa. Os segmentos de crescimento contínuo foram o Tradicional e o Novo Mercado.

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Na Definição dos Objetivos, atribui-se destaque para o Nível 2 de Governança e o segmento Tradicional, que marcaram índice de 89% de divulgação, logo atrás, o Nível 1 de Governança, com 1% de diferença, obteve 88%, e o Novo Mercado evidenciou 86% das informações. Percebe-se as empresas BRF e Embraer do Novo Mercado, juntamente com a Coelba, no Tradicional, que evidenciaram 100% deste componente, o ano de maior destaque foi 2014, com 238 observações evidenciadas.

Para identificação de Riscos, apenas a Celesc, integrante do segmento Nível 2 de Governança evidenciou os 5 riscos do componente, e a empresa do Novo Mercado, Minerva, obteve o menor índice, com 28%. Destaque para o segmento Nível 2 de Governança que teve o maior percentual, 78% de divulgação.

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29 e 30 de outubro de 2015 - Rio de Janeiro, RJ Tabela 1 - Evidenciação das informações conforme componentes do COSO por segmento

COMPONENTE 1. AMBIENTE INTERNO 2. DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS 3. IDENTIFICAÇÃO DE

RISCOS 4. AVALIAÇÃO DE RISCOS

2010 2011 2012 2013 2014 Tot al % 2010 2011 2012 2013 2014 Tot al % 2010 2011 2012 2013 2014 Tot al % 2010 2011 2012 2013 2014 Tot al % Nível 1 de Governança Corporativa

Braskem 8 8 8 6 8 38 95% 5 4 5 3 5 22 88% 3 2 3 3 4 15 60% 3 3 3 2 2 13 43% Cemig 7 6 8 6 6 33 83% 2 2 5 5 5 19 76% 4 5 5 5 5 24 96% 3 2 2 1 2 10 33% Copel 8 8 8 8 7 39 98% 3 4 5 5 5 22 88% 1 1 1 5 4 12 48% 3 3 4 2 2 14 47% Eletrobrás 7 8 8 8 8 39 98% 1 5 5 5 5 21 84% 2 3 3 1 2 11 44% 4 4 1 2 4 15 50% Gerdau 4 8 7 6 8 33 83% 4 5 5 4 5 23 92% 2 2 2 3 3 12 48% 3 4 1 1 2 11 37% Itausa 4 8 6 6 6 30 75% 3 5 5 4 4 21 84% 4 5 5 3 4 21 84% 4 5 5 2 2 18 60% Oi 6 6 7 7 7 33 83% 4 4 5 5 5 23 92% 3 5 5 3 3 19 76% 3 3 2 3 3 14 47% P. Acucar-Cbd 6 6 6 7 7 32 80% 5 4 5 5 5 24 96% 3 3 3 3 3 15 60% 3 2 1 2 3 11 37% Suzano Papel 6 7 7 7 7 34 85% 3 5 5 5 5 23 92% 1 3 3 5 5 17 68% 2 1 3 2 4 12 40% Usiminas 5 6 6 6 6 29 73% 4 4 4 4 4 20 80% 4 5 5 5 5 24 96% 2 2 2 2 3 11 37% Vale 5 8 6 6 6 31 78% 3 5 5 5 5 23 92% 4 5 5 4 4 22 88% 3 4 5 5 5 22 73% Total 66 79 77 73 76 371 84% 37 47 54 50 53 241 88% 31 39 40 40 42 192 70% 33 33 29 24 32 151 46% Nível 2 de Governança Corporativa

Celesc 7 7 7 7 8 36 90% 3 4 4 4 4 19 76% 5 5 5 5 5 25 100% 3 4 3 3 4 17 57% Eletropaulo 4 8 6 8 8 34 85% 3 5 4 5 5 22 88% 2 1 2 5 5 15 60% 3 3 2 3 3 14 47% Gol 7 7 7 7 7 35 88% 4 5 5 5 5 24 96% 3 4 4 4 4 19 76% 4 4 3 3 5 19 63% Sul América 7 8 8 7 7 37 93% 4 5 4 5 5 23 92% 4 4 4 4 5 21 84% 4 6 4 3 3 20 67% Viavarejo 6 7 6 6 6 31 78% 3 5 5 5 5 23 92% 4 3 4 3 3 17 68% 3 3 1 1 1 9 30% Total 31 37 34 35 36 173 87% 17 24 22 24 24 111 89% 18 17 19 21 22 97 78% 17 20 13 13 16 79 53% Tradicional AES Elpa 5 4 5 4 5 23 58% 5 4 5 5 5 24 96% 3 2 5 5 5 20 80% 3 2 1 2 4 12 40% Coelba 8 8 8 8 8 40 100% 5 5 5 5 5 25 100% 1 3 3 4 4 15 60% 3 2 3 3 3 14 47% Lojas Americ 6 7 8 8 8 37 93% 3 4 4 5 5 21 84% 1 4 4 4 4 17 68% 3 3 3 3 3 15 50% Paul F Luz 5 4 5 7 7 28 70% 4 4 4 5 5 22 88% 2 3 3 3 3 14 56% 4 4 6 5 4 23 77% Petrobras 8 8 8 8 8 40 100% 3 5 5 5 5 23 92% 2 4 4 4 4 18 72% 3 4 4 5 5 21 70% Sid Nacional 7 6 8 8 8 37 93% 3 4 5 5 5 22 88% 3 4 4 5 5 21 84% 2 2 1 2 2 9 30% Suzano Hold 5 6 5 4 4 24 60% 3 4 4 3 3 17 68% 1 3 3 5 5 17 68% 2 2 1 1 3 9 30%

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29 e 30 de outubro de 2015 - Rio de Janeiro, RJ Telef Brasil 6 7 8 8 8 37 93% 4 4 5 5 5 23 92% 3 3 3 3 3 15 60% 3 2 2 2 2 11 37% Whirlpool 5 7 8 8 8 36 90% 3 5 5 5 5 23 92% 3 3 3 3 3 15 60% 3 3 3 3 4 16 53% Total 55 57 63 63 64 302 84% 33 39 42 43 43 200 89% 19 29 32 36 36 152 68% 26 24 24 26 30 130 48% Novo Mercado B2W Digital 7 6 6 7 8 34 85% 3 3 3 4 5 18 72% 1 4 4 4 4 17 68% 4 3 3 3 3 16 53% BRF SA 8 8 6 7 7 36 90% 5 5 5 5 5 25 100% 4 4 4 4 3 19 76% 4 3 3 4 5 19 63% CCR SA 8 7 7 6 7 35 88% 4 4 4 3 5 20 80% 4 2 2 2 2 12 48% 3 3 3 3 3 15 50% CPFL Energia 5 8 8 7 7 35 88% 3 4 4 4 4 19 76% 2 2 2 3 3 12 48% 5 4 5 3 4 21 70% CyrelaRealt 5 6 6 6 6 29 73% 4 4 4 4 4 20 80% 3 3 3 3 3 15 60% 3 3 2 1 1 10 33% Embraer 7 7 7 8 8 37 93% 5 5 5 5 5 25 100% 3 3 4 5 4 19 76% 3 4 3 3 3 16 53% Energias BR 4 8 8 8 8 36 90% 3 5 5 5 5 23 92% 3 3 3 4 5 18 72% 2 3 3 3 5 16 53% Fer Heringer 3 8 7 7 7 32 80% 2 5 5 5 5 22 88% 3 3 3 4 4 17 68% 4 3 2 1 3 13 43% Iochp-Maxion 5 7 7 7 8 34 85% 3 3 3 5 4 18 72% 3 3 3 4 4 17 68% 2 2 3 2 3 12 40% JBS 8 8 8 7 7 38 95% 4 4 5 4 4 21 84% 2 3 3 3 4 15 60% 4 4 4 5 5 22 73% JSL 6 7 7 7 7 34 85% 2 4 4 4 5 19 76% 4 4 4 4 4 20 80% 3 2 3 3 3 14 47% Light S/A 7 7 7 7 7 35 88% 4 3 4 5 5 21 84% 3 3 3 3 3 15 60% 3 2 3 3 3 14 47% Magazine Luiza 5 7 8 8 8 36 90% 4 2 5 5 5 21 84% 3 3 4 3 3 16 64% 3 2 3 2 3 13 43% Marfrig 7 8 8 8 8 39 98% 2 4 5 5 5 21 84% 3 3 3 3 3 15 60% 3 3 3 4 4 17 57% Minerva 7 7 8 8 8 38 95% 4 4 5 5 5 23 92% 1 1 1 2 2 7 28% 5 4 4 5 5 23 77% Natura 6 7 7 8 8 36 90% 4 3 5 5 5 22 88% 4 3 3 4 4 18 72% 3 1 2 3 3 12 40% Paranapanema 7 7 6 8 8 36 90% 4 5 5 5 5 24 96% 3 4 4 5 5 21 84% 3 4 4 3 3 17 57% PDG Realt 5 8 8 8 8 37 93% 3 5 5 5 5 23 92% 2 3 4 4 4 17 68% 3 3 3 3 2 14 47% Sabesp 7 7 8 8 8 38 95% 5 4 5 5 5 24 96% 4 3 3 4 4 18 72% 2 2 1 3 3 11 37% Tereos 2 6 6 5 7 26 65% 2 4 4 4 5 19 76% 1 4 4 2 2 13 52% 1 4 4 3 3 15 50%

Tim Part S/A 7 7 8 8 8 38 95% 4 3 5 5 5 22 88% 1 2 2 3 3 11 44% 3 4 2 4 4 17 57%

Tractebel 7 8 8 8 8 39 98% 4 5 5 4 4 22 88% 4 4 4 5 5 22 88% 2 2 2 1 2 9 30% Ultrapar 5 7 7 7 7 33 83% 3 5 5 5 5 23 92% 2 4 4 4 4 18 72% 2 2 1 3 3 11 37% Total 138 166 166 168 173 811 88% 81 93 105 106 110 495 86% 63 71 74 82 82 372 65% 70 67 66 68 76 347 50% BDR's Pat. Dufry Ag 7 6 6 6 6 31 78% 5 2 4 3 3 17 68% 3 3 3 4 4 17 68% 4 3 1 1 2 11 37% Neoenergia 7 7 7 8 8 37 93% 5 5 5 5 5 25 100% 1 2 2 3 4 12 48% 2 2 3 4 4 15 50% Total 304 352 353 353 363 1725 86% 178 210 232 231 238 1089 87% 135 161 170 186 190 842 67% 152 149 136 136 160 733 49% Fonte: Dados da pesquisa.

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29 e 30 de outubro de 2015 - Rio de Janeiro, RJ

Ainda na Tabela 1, observa-se que o segmento Nível 2 de Governança obteve o maior nível de evidenciação no componente Avaliação de Riscos, com 53% das observações.Percebe-se também, que independente de segmento, nenhuma empresa evidenciou 100% de informações, mas nota-se que 2 empresas, dos segmentos Novo Mercado e Tradicional, divulgaram 77%, maior índice para este componente. A Tabela 2 elucida os dados da segunda parte dos componentes divididos por segmentos.

Conforme demonstra a Tabela 2, o segmento de destaque para o componente 5 - Resposta ao Risco foi o Nível 2 de Governança Corporativa, que obteve como índice geral 76% de evidenciação. A empresa JSL do segmento novo mercado foi a única a não evidenciar riscos em nenhum dos anos integrantes da pesquisa. Neste segmento ainda tem-se a empresa BRF, que evidenciou 100% dos riscos em todos os anos da pesquisa.

Para o componente 6 - Atividades de Controle, destaca-se o Novo Mercado com maior percentual de evidenciação, com 60%, sendo que os demais segmentos não ficaram muito abaixo, pois o Nível 1 e o Tradicional estão com 59% de divulgação e o Nível 2, obteve 57%. Das empresas, nenhuma evidenciou 100%, considerando que o maior índice foi de 84% com a empresa BRF do Novo Mercado.

A empresa Copel, foi a única a evidenciar 100% das informações para o componente 7 - Informação e Comunicação, integrante do segmento Nível 1 de Governança, onde este se destacou por obter o maior nível de evidenciação com 78% de divulgação das informações. Para o Monitoramento, destaque para os segmentos Nível 1 e 2 de Governança, que alcançaram 93% de evidenciação. Neste componente, 23 empresas divulgaram em 100% as informações, mas o segmento que mais se destaca é o Nível 1, com 64% das empresas que o integram divulgando100%.

Pode-se perceber que o segmento que mais evidenciou informações em todos os componentes é o Nível 2 de Governança Corporativa, que obteve o maior índice de evidenciação de 5 componentes dos 8 pesquisados, formado por empresas do ramo de energia, transporte aéreo, seguradora e comércio.

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29 e 30 de outubro de 2015 - Rio de Janeiro, RJ Tabela 2 - Evidenciação das informações conforme componentes do COSO por segmento

COMPONENTES 5. RESPOSTA AOS RISCOS 6.ATIVIDADES DE CONTROLE 7.INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 8. MONITORAMENTO 2010 2011 2012 2013 2014 Tot al % 2010 2011 2012 2013 2014 Tot al % 2010 2011 2012 2013 2014 Tot al % 2010 2011 2012 2013 2014 Tot al % Nível 1 de Governança Corporativa

Braskem 2 1 1 1 1 6 60% 6 6 4 6 4 26 58% 3 4 4 4 3 18 72% 2 3 2 3 3 13 87% Cemig 0 1 1 1 1 4 40% 6 6 7 4 5 28 62% 3 4 4 4 3 18 72% 3 3 3 3 3 15 100% Copel 1 2 2 1 1 7 70% 7 7 7 6 6 33 73% 5 5 5 5 5 25 100% 3 3 3 3 3 15 100% Eletrobrás 2 1 1 1 1 6 60% 5 6 5 4 4 24 53% 4 4 4 3 3 18 72% 3 3 3 3 3 15 100% Gerdau 1 2 1 1 1 6 60% 5 5 5 3 4 22 49% 4 4 4 4 4 20 80% 3 3 3 3 3 15 100% Itausa 1 2 1 1 1 6 60% 5 7 3 2 2 19 42% 4 4 2 4 4 18 72% 3 3 3 1 1 11 73% Oi 1 1 1 1 2 6 60% 6 5 6 7 7 31 69% 3 4 4 5 5 21 84% 3 2 3 3 3 14 93% P. Acucar-Cbd 1 1 1 1 1 5 50% 5 6 4 5 5 25 56% 4 4 3 4 4 19 76% 3 3 3 3 3 15 100% Suzano Papel 1 1 1 1 1 5 50% 5 5 5 4 5 24 53% 3 3 4 4 4 18 72% 2 3 2 2 2 11 73% Usiminas 1 1 1 1 1 5 50% 6 6 7 5 5 29 64% 4 4 4 3 3 18 72% 3 3 3 3 3 15 100% Vale 1 2 1 2 2 8 80% 6 6 7 7 7 33 73% 4 4 4 5 5 22 88% 3 3 3 3 3 15 100% Total 12 15 12 12 13 64 58% 62 65 60 53 54 294 59% 41 44 42 45 43 215 78% 31 32 31 30 30 154 93% Nível 2 de Governança Corporativa

Celesc 2 2 2 1 2 9 90% 2 2 3 6 6 19 42% 2 2 4 4 3 15 60% 1 2 3 3 3 12 80% Eletropaulo 2 2 1 1 1 7 70% 7 6 6 8 8 35 78% 3 5 4 4 4 20 80% 3 3 3 3 3 15 100% Gol 2 2 1 1 2 8 80% 4 4 5 7 6 26 58% 3 5 5 5 5 23 92% 3 3 3 3 3 15 100% Sul América 2 2 2 1 2 9 90% 7 5 6 4 4 26 58% 4 4 4 3 3 18 72% 3 3 3 2 2 13 87% Viavarejo 1 1 1 1 1 5 50% 4 5 4 4 5 22 49% 4 4 4 4 4 20 80% 3 3 3 3 3 15 100% Total 9 9 7 5 8 38 76% 24 22 24 29 29 128 57% 16 20 21 20 19 96 77% 13 14 15 14 14 70 93% Tradicional AES Elpa 0 2 1 1 1 5 50% 6 5 7 5 8 31 69% 5 3 2 2 4 16 64% 3 3 2 1 3 12 80% Coelba 1 1 2 1 1 6 60% 6 6 6 5 6 29 64% 4 4 4 4 4 20 80% 3 3 3 3 3 15 100% Lojas Americ 1 1 1 1 1 5 50% 5 6 5 6 6 28 62% 4 4 4 4 4 20 80% 3 3 3 3 3 15 100% Paul F Luz 1 1 1 1 1 5 50% 4 6 4 6 6 26 58% 2 4 4 3 3 16 64% 2 3 3 3 3 14 93% Petrobras 1 2 1 2 2 8 80% 5 6 7 6 6 30 67% 4 4 4 5 5 22 88% 3 3 3 3 3 15 100% Sid Nacional 1 2 2 1 1 7 70% 6 5 7 4 5 27 60% 4 4 4 3 3 18 72% 3 3 3 3 3 15 100% Suzano Hold 1 0 1 0 0 2 20% 4 6 4 2 2 18 40% 2 4 3 2 2 13 52% 2 3 3 1 1 10 67%

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29 e 30 de outubro de 2015 - Rio de Janeiro, RJ Telef Brasil 1 1 1 1 1 5 50% 7 6 5 3 3 24 53% 4 4 4 4 4 20 80% 3 3 3 1 1 11 73% Whirlpool 1 1 2 2 2 8 80% 4 5 6 6 6 27 60% 4 4 4 4 4 20 80% 3 3 3 3 3 15 100% Total 8 11 12 10 10 51 57% 47 51 51 43 48 240 59% 33 35 33 31 33 165 73% 25 27 26 21 23 122 90% Novo Mercado B2W Digital 1 1 1 1 1 5 50% 7 3 4 5 5 24 53% 4 4 4 3 3 18 72% 3 3 2 3 3 14 93% BRF SA 2 2 2 2 2 10 100% 8 9 6 8 7 38 84% 3 4 5 5 5 22 88% 3 3 3 3 3 15 100% CCR SA 2 1 2 1 1 7 70% 6 5 7 6 5 29 64% 3 4 4 4 5 20 80% 2 3 3 3 3 14 93% CPFL Energia 2 1 1 1 1 6 60% 6 7 7 7 7 34 76% 5 4 4 4 4 21 84% 3 3 3 3 3 15 100% CyrelaRealt 2 1 1 1 1 6 60% 5 4 6 3 3 21 47% 4 4 5 2 3 18 72% 3 3 3 2 2 13 87% Embraer 2 1 1 1 1 6 60% 8 7 7 6 6 34 76% 1 4 4 4 4 17 68% 3 3 3 3 3 15 100% Energias BR 2 2 1 1 2 8 80% 8 8 5 6 7 34 76% 2 4 4 4 4 18 72% 3 3 3 3 3 15 100% Fer Heringer 1 1 1 1 2 6 60% 4 7 4 5 5 25 56% 2 4 4 4 4 18 72% 2 3 2 3 2 12 80% Iochp-Maxion 2 1 1 1 1 6 60% 2 7 4 4 4 21 47% 1 4 2 2 2 11 44% 2 3 3 3 3 14 93% JBS 2 1 2 1 1 7 70% 4 5 5 6 6 26 58% 1 2 5 4 4 16 64% 3 3 3 3 3 15 100% JSL 0 0 0 0 0 0 0% 3 3 3 5 4 18 40% 2 2 2 4 4 14 56% 1 2 3 3 3 12 80% Light S/A 1 1 1 1 2 6 60% 7 5 4 7 7 30 67% 4 4 4 4 4 20 80% 3 3 2 3 3 14 93% Magazine Luiza 2 1 2 1 2 8 80% 7 5 6 8 7 33 73% 3 5 4 4 4 20 80% 3 2 3 3 3 14 93% Marfrig 1 1 1 1 1 5 50% 6 7 5 7 7 32 71% 4 4 4 4 4 20 80% 3 2 2 3 3 13 87% Minerva 1 1 1 1 1 5 50% 4 5 3 7 7 26 58% 4 4 4 4 4 20 80% 3 3 3 3 3 15 100% Natura 1 1 1 2 2 7 70% 6 5 7 7 7 32 71% 2 3 5 4 4 18 72% 2 2 3 3 3 13 87% Paranapanema 1 2 2 1 1 7 70% 6 6 5 6 5 28 62% 4 4 4 4 4 20 80% 3 3 2 3 3 14 93% PDG Realt 1 1 1 1 1 5 50% 5 4 4 5 5 23 51% 2 2 3 2 2 11 44% 3 3 3 3 3 15 100% Sabesp 1 1 1 1 1 5 50% 4 5 6 5 5 25 56% 4 4 4 4 4 20 80% 3 3 3 3 3 15 100% Tereos 0 1 1 0 1 3 30% 2 4 4 2 2 14 31% 0 3 3 3 3 12 48% 1 1 1 1 1 5 33%

Tim Part S/A 1 1 1 2 2 7 70% 4 6 6 7 7 30 67% 3 4 4 4 4 19 76% 2 3 3 3 3 14 93%

Tractebel 0 1 1 1 1 4 40% 5 6 4 4 4 23 51% 3 4 4 5 5 21 84% 3 3 3 3 3 15 100% Ultrapar 1 1 1 1 1 5 50% 5 6 6 4 4 25 56% 4 4 4 4 4 20 80% 2 3 3 3 3 14 93% Total 29 25 27 24 29 134 58% 122 129 118 130 126 625 60% 65 85 90 86 88 414 72% 59 63 62 66 65 315 91% BDR's Pat. Dufry Ag 2 1 1 1 1 6 60% 6 5 3 4 4 22 49% 5 3 3 3 3 17 68% 2 3 3 3 3 14 93% Neoenergia 1 2 1 2 2 8 80% 7 7 6 7 7 34 76% 4 4 4 4 4 20 80% 3 3 3 3 3 15 100% Total 61 63 60 54 63 301 60% 268 279 262 266 268 1343 60% 164 191 193 189 190 927 74% 133 142 140 137 138 690 92% Fonte: Dados da pesquisa.

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A Dufry Ag que faz emissão de BDR’s teve destaque de evidenciação no componente de Monitoramento, atingindo o índice de 93%. A Neoenergia que não divulgou a qual segmento de listagem pertence, também teve maior índice para o monitoramento evidenciando em todos os anos da pesquisa com 100% das informações. A Neoenergia destaca ainda a sua preocupação com os riscos que esta exposta, pois também manteve índice de 100% em todas as variáveis do componente identificação de riscos no decorrer da pesquisa.

Adicional à análise de evidenciação das informações conforme componentes do COSO por

segmento, apresenta-se por meio da Tabela 3 uma analise do total de cada componente por ano de

análise, seguida de um gráfico comparativo dos índices de divulgação dos 8 componentes integrantes do COSO. Esta análise é feita com base nos resultados finais de cada ano pesquisado, comparando o crescimento ou decrescimento de evidenciação nos componentes do COSO.

Os índices foram calculados por meio do número total de observações em cada ano de determinado componente, dividindo-o pelo máximo de observações que seria possível encontrar na presente pesquisa, conforme demonstra a Tabela 3.

Tabela 3 - Evidenciação anual dos componentes do COSO

COMPONENTE 2010 % 2011 % 2012 % 2013 % 2014 %

1. Ambiente Interno 304 76% 352 88% 353 88% 353 88% 363 91%

2. Definição de Objetivos 178 71% 210 84% 232 93% 231 92% 238 95%

3. Identificação de Riscos 135 54% 161 64% 170 68% 186 74% 190 76%

4. Avaliação de Riscos 152 51% 149 50% 136 45% 136 45% 160 53%

5. Resposta aos Riscos 61 61% 63 63% 60 60% 54 54% 63 63%

6. Atividades de Controle 268 60% 279 62% 262 58% 266 59% 268 60%

7.Informação e Comunicação 164 66% 191 76% 193 77% 189 76% 190 76%

8. Monitoramento 133 89% 142 95% 140 93% 137 91% 138 92%

Fonte: Dados da pesquisa.

Conforme a Tabela 3, percebe-se que em 2010 e 2011 o componente com maior grau de evidenciação com 89% e 95% sucessivamente é o Monitoramento, caracterizando a preocupação das empresas em monitorar suas atividades, na busca da eficácia em seus resultados operacionais. Em 2012 este componente empata com o número 2 (dois) Definição de Objetivos em 93%, maior grau de evidenciação neste ano da pesquisa.

Em 2013 e 2014 a Definição dos Objetivos é que possui o maior percentual, divulga 93% e 95% das informações, percebe-se que este componente teve um gradual crescimento, ano a ano. Seu percentual foi aumentando, demonstrando que as organizações cada vez mais, tendem a ter seus objetivos traçados em seu planejamento, atribuindo condições para que os mesmos sejam alcançados de forma eficaz.

No Gráfico 1, é possível observar o crescimento da divulgação das Definições de Objetivos com mais clareza, igualmente como dos demais componentes. A Identificação de Riscos foi o componente que menos evidenciou informações em 2010, mas obteve um expressivo crescimento no decorrer dos anos seguintes.

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Gráfico 1- Percentual de informações dos componentes do COSO por ano

Legenda: 1- Ambiente Interno; 2 - Definição de Objetivos; 3 - Identificação de Riscos; 4 - Avaliação de Riscos; 5 - Resposta ao Risco; 6 - Atividades de Controle; 7- Informação e Comunicação e 8 – Monitoramento.

Fonte: Dados da pesquisa.

De acordo com o Gráfico 1, fica claro o expressivo crescimento do componente 2, conforme mencionado na análise da Tabela 3. Pode-se perceber também os altos índices de evidenciação do componente Monitoramento, atingindo em 2011 seu melhor percentual, com 95% de divulgação. Este percentual foi o mais alto, independente de ano ou componente, deixando claro a preocupação das entidades em estar a par de tudo que ocorre dentro da organização.

Pode-se perceber que o componente 4 - Avaliação de Riscos, foi o que teve os mais baixos índices de evidenciação, com 45% em 2012 e 2013 chegando a 53% em 2014. Por ordem cronológica os componentes resposta ao Risco e Atividades de Controle não tiveram grandes alterações em seus percentuais de evidenciação, com média de 60% de informações divulgadas. Os componentes 1 - Ambiente Interno e 7 - Informação e Comunicação tiveram crescimento de 2010 para 2011 de 12% e 10% respectivamente, após não tiveram alterações significativas. A Tabela 4 demonstra em ordem cronológica de percentual, o total de informações observadas nos 5 (cinco) anos analisados da pesquisa.

Tabela 4 - Evidenciação total dos componentes analisados COMPONENTES Total de Observações Limite de observações Percentual de Observações 8. Monitoramento 690 750 92% 2. Definição de Objetivos 1089 1250 87% 1. Ambiente Interno 1725 2000 86% 7. Informação e Comunicação 927 1250 74% 3. Identificação de Riscos 842 1250 67%

5. Resposta aos Riscos 301 500 60%

6. Atividades de Controle 1343 2250 60%

4. Avaliação de Riscos 733 1500 49%

Fonte: Dados da pesquisa. 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1 2 3 4 5 6 7 8 2010 2011 2012 2013 2014

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Conforme disposto na Tabela 4, verifica-se que o Monitoramento foi o componente de maior destaque, dentre os demais na pesquisa, com um percentual de 92% de divulgação das informações, em sequencia têm-se a Definição de Objetivos, com 87% e Ambiente Interno com 86%. O componente que menos evidenciou informações na pesquisa foi a Avaliação de Riscos, que teve 49% de evidenciação.

Conforme a Tabela 4, pode-se perceber que a principal preocupação das organizações é monitorar as atividades, para averiguar se os objetivos estão sendo alcançados, sendo que a definição de objetivos ficou como segundo componente de maior evidenciação entre as 50 empresas analisadas, dando foco que para atingir as metas, é preciso definir os objetivos.

A preocupação com o Ambiente Interno é de grande importância na organização, pois por meio dele que se observa a estrutura da entidade, com as políticas de controle interno, de gestão de riscos e gestão de pessoas, considerando ainda uma estrutura definida e o conselho de administração. O componente Informação e Comunicação, mesmo com um bom percentual,caracteriza que as empresas ainda não estão evidenciando em seus relatórios todas as informações de necessidade dos usuários, acionistas e futuros investidores.

As empresas estão expostas aos mais variados riscos, e no total dos anos analisados, foram identificados 67% dos riscos pelas empresas pesquisadas, podendo ser por influencias de ramo de atuação, por não ter um gerenciamento de risco eficaz ou até mesmo por não possuir uma gestão de gerencia adequada a atingir os padrões dos objetivos da entidade.

A Resposta ao Risco indica que as empresas estão começando a promover ações para redução dos riscos que identifica. O percentual do componente Atividades de controle, indica que as entidades precisam aumentar seus controles, para que assim consigam melhorar seus resultados operacionais na busca pelos objetivos delineados no planejamento da organização.

O componente com menor índice de divulgação foi a Avaliação de Riscos, que através de modelos probabilísticos e não probabilísticos busca averiguar possíveis resultados para a entidade, para que assim possa delinear aos gestores quais atitudes deverão tomar, para controlar os riscos a que estão expostos.

5 Considerações Finais

O estudo objetivou avaliar o grau de evidenciação voluntária sobre gestão de riscos do COSO II (2004) nos relatórios de empresas listadas na BM&FBovespa no período de 2010 a 2014. A pesquisa caracterizou-se como descritiva, com uso de análise documental e abordagem quantitativa. A amostra utilizada para aplicar os procedimentos citados, deu-se pelas 50 empresas com maior valor de receita no ano de 2014 conforme dados disponíveis na BM&FBovespa.

Os resultados da pesquisa apontam que todos os componentes do COSO foram evidenciados de alguma forma, e não seguiram nenhum padrão de evidenciação. O segmento Nível 2 de Governança Corporativa, foi o segmento de destaque da análise, com os maiores percentuais de evidenciação em 5 (cinco) dos 8 (oito) componentes integrantes da referida pesquisa. Os componentes definição de objetivos; identificação de riscos; avaliação de riscos; resposta ao risco e monitoramento foram os responsáveis pelo destaque do segmento, evidenciando 89%; 78%; 53%; 76% e 93% respectivamente. Mesmo contando com poucas empresas integrantes neste segmento, apenas 5, o Nível 2 de Governança Corporativa possui as empresas com os melhores índices de divulgação.

Ao verificar as evidenciações do componente do COSO, Monitoramento, componente de destaque da pesquisa, observou-se que em 2011 obteve seu maior percentual, 95% de divulgação. Este componente obteve os maiores índices de evidenciação da pesquisa, atingindo o nível de 92% no total de divulgação de informações.

Embora todos os componentes do COSO II tenham sido evidenciados de alguma forma nos relatórios das entidades, das 50 empresas selecionadas para a amostra, 25, ou seja,

(18)

50% comentaram nos relatórios que utilizam a metodologia do COSO em seus controles internos. As empresas que mencionaram o COSO são: AesElpa, Ambev, Braskem, BRF, Cemig, Copel, CPLP, Eletrobrás, Eletropaulo, Embraer, Gol, Itausa, Light, Natura, Neoenergia, Oi, P. Açúcar, Petrobras, Sabesp, Sid Nacional, Sul Americana, Telefbrasil, Tim, Tractebel, Ultrapar.

Quanto ao objetivo deste estudo conclui-se que as organizações estão cada vez mais evidenciando as informações acerca de seu controles, destacando o monitoramento e a definição de objetivos, componentes do COSO II que obtiveram os maiores índices de observações em seus relatórios, expressando que as entidades estão cada vez mais na busca por identificar os riscos que as norteiam, implantando na organização o gerenciamento de riscos, para que assim possam identificar, avaliar, monitorar e reduzir, ou, até mesmo, mitigar os riscos a que estão expostos. Como sugestões para futuras pesquisas sugere-se replicar a pesquisa utilizando outras amostras, buscando comparar os resultados e utilizar empresas com os menores valores de receita para fins de comparações.

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