Da reorganização cristã na Europa ao crescimento e afirmação urbanos (séculos IX – XI)
O mosteiro – uma vida própria com domínio de tempo e do espaço
Os guardiães do saber.
O poder da escrita
As artes medievais, séc. V – XII
A Arquitectura – Deus, fortaleza da humanidade
Dos primórdios da Era Cristã ao Período Bizantino
A Arte Paleo-Cristã
A Arte Bizantina
Renascimento Carolíngio
Renascimento Otoniano
A Arquitectura Românica
Arquitectura Civil – O castelo
Arquitectura Religosa O Mosteiro A Catedral O Românico em Portugal A Escultura Românica As Artes da Cor
Os espaços do Cristianismo
Da reorganização cristã da Europa ao crescimento e
afirmação urbanos (séculos IX – XII)
séc. V IX séc. X XV
Das Invasões bárbaras à queda do
Império Romano do Ocidente
O que mudou…
Tempo de Guerras e pilhagens Invasões
Medo Instabilidade
Insegurança
Insegurança nas vias de comunicação
Declínio e redução dos centros urbanos
Desaparecimento das instituições do Império Romano
Declínio do comércio
Desenvolvimento de uma economia Rural
Sociedade Feudal Enfraquecimento da actividade Mercantil Desenvolvimento Dos Poderes locais Depressão Demográfica Feudalismo
Oratores; belatores; laboratores
Acentuam-se as desigualdades Classes privilegiadas:
O Cristianismo revelou-se o único elemento de
unificação entre todas as partes da sociedade.
Após um
longo período de perseguições
afirmou-se
como a
grande religião do mundo Ocidental:
Valores cristãos de igualdade, chocavam com os
valores do Império Romano, onde inclusive persistia a
escravatura)
Reuniu em relativamente pouco tempo grande número
Datas importantes
para a afirmação do Cristianismo
Mosaico representando o Imperador Constantino
Moeda Romana com
representação do imperador Teodósio
Com a ligação que se
estreita entre Igreja (a partir de então, Romano – Cristã) e o Império, inicia-se uma
nova atitude que nega alguns dos mais importantes valores Cristãos.
Bispos
Acção da Igreja na Alta Idade Média Obrigações: Religiosas Pastorais doutrinais Desenvolvimento de técnicas agrícolas
(detentores de muitas terras)
Desenvolvimento Das artes e literatura
MOSTEIROS
Centros difusores de cultura Cristandade
Mosteiro de Landim
A partir do ano 1000 inversão, mudanças:
Inversão das circunstâncias
Regresso à paz
Segurança Estabilidade
Desenvolvimento da Agricultura Desenvolvimento do comércio •Feiras medievais
Recuperação da economia Crescimento demográfico
Reanimação económica, social, E cultural das cidades (Burgos) Sempre ligadas à Igreja (Colegiadas e Universidades)
Ano Mil
Reforço da influência da Igreja junto dos fiéis
•Ex. Paz de Deus / Tréguas •Peregrinações
Monaquismo
Regiam-se segundo regras bastante rígidas (ex. Regra de S. Bento de
Núrsia):
Incluíam
hierarquia
Princípios básicos (obediência, silêncio, humildade)
Ora et Labora
código penal
Ordens religiosas, incluindo militares (cruzados)
Detentores de grandes riquezas (Impostos e rendas),
Corveias
Zonas isoladas – comunidades auto-suficientes
São Bento de Nursia.
Afresco do claustro do mosteiro de Subiaco (Italia), século VI.
ESPAÇOS
(pág. 20/21 – manual) Religiosos: Igreja Claustro Dormitórios Refeirórios Escola Scriptorium Oficinas Cozinha Adegas Exterior Hortas pomares Reconstituição de Villa RomanaHierarquia dos espaços =
Invasões - Guerras
Destruição de edifícios ligados à cultura
A cultura passa para segundo plano – Outras prioridades
Ruralização
Menos acesso ao ensino Prevalência da tradição oral
Focos de cultura Com várias influências
Liderados por eclesiásticos letrados
Revitalização a partir de Carlos Magno (768-814)
Grandes centros de cultura Abadias
mosteiros
Aula Palatina Trivium
Quadrivium
Mas simultaneamente
Carlos Magno e o Papa Adriano
Modelo de aula medieval
As Sete Artes Liberais, figura do 'Hortus deliciarum' de 'Herrad von Landsberg' (século XII)
'Música',
'Joos van Wassenhove'(século XV)
Iluminuras miniaturas
O Scriptorium
Escribas e Copistas
Documentos dos mosteiros
Copiavam escritos clássicos e
religiosos
•Arte – oferta simbólica a Deus
•Por vezes a cruz aparecia dissimulada quando a religião era perseguida
Após a liberalização do culto •Liturgia
Basílica – Planta – Baseada nos Cristãos reunidos em Eclesiae (Assembleia)
Morada de deus
Local de culto
Reunião de fiéis
Conduz o olhar para o altar
Decoração:
Interior – ricamente decorado (iconografia)
Exterior – despojado
Maria amamentando o Menino Jesus. Imagem do Século II, Catacumba de Priscila, Roma.
Ábside,
1-nave lateral 2- clerestório 3- ábside 4- altar 5- arcada 6- cúpula 7- cruzeiro 8- transepto 9- nártex 10 – naves laterais
Plantas centralizadas (circular,
poligonal, em cruz Grega)
Baptistério (importância
da iniciação à vida
cristã)
Mausoléu
Cúpulas de grandes
dimensões ao centro
Baptistério dos Ortodoxos, Ravena
402
Após a morte do imperador Teodósio Divisão do Império Romano
Império Romano do Ocidente
(cai em 476)
Império Romano do Oriente
(cai em 1453)
Capital – Constantinopla (antiga Bizâncio)
Capital – muda para Ravena Imperador Justiniano (séc. VI) (Consagração da Arte Bizantina) Imperador Honório
Bases / Influências
•Oriente - (Síria, Pérsia) •Norte de África – (Egipto) •Cultura Clássica
Santa Sofia de Constantinopla Hoje em dia já não existem edifícios da Época
de Constantino responsável pela capital Cristã em Bizâncio - Constantinopla
À imagem e semelhança do Império e do Imperador - Justiniano
Antémio de Tralles Isidoro de Mileto
Santa Irene de Constantinopla Igreja de São Sérgio e São
Baco - Constantinopla
São Vital, Ravena
Inovação cúpula sobre tambor:
•saliente do Exterior
•Dimensões mais reduzidas do edifício
Carlos Magno – Rei dos Francos (povo “bárbaro” –
fundador do “Saco Império Romano-Germânico”
Renovação cultural
Palácios
Igrejas
Mosteiros
Influências
Clássicas (arte figurativa, realismo)
Bizantinas (exteriores austeros, interiores ricamente
Alemanha, século X, - governada por Otão, Rei da Saxónia –
criador do Império Germânico – conquista dos reinos divididos
no Norte de Itália
A Arte – Glória do poder:
Influências
Arte Clássica
Arte Carolíngia
Arte Bizantina
Modelo original – planta de dupla cabeceira (
ex. São Miguel de Hildesheim)e entradas laterais
Primeiro Estilo Internacional da Idade Média
Grandes Dinamizadores da Arte
Sistema Feudal
Castelos
Religião
Grandes obras monásticas
(muitas dedicadas a Ordens Religiosas (ex: Ordem dos templários)
Expressão do renascimento da Vida Económica
Culminar – séc. XI (meados) – séc. XII (finais)
Grandes Construções:
Grandes movimentos de Peregrinação
Muitos Mosteiros e Igrejas possuíam relíquias de santos
•Necessidade de uma arquitectura militar
•Começou por ser apenas uma torre que depois, por influência Assíria evoluiria para o castelo (mais
complexo) •Local: alto •Zona habitacional •Zona Funcional Reconstituição de um castelo medieval, 31 Torre de Londres
Castelo Lincoln, Inglaterra
Castelo de Trim, Irlanda
Castelo de Langeais, França
Monges e Cavaleiros
Austeridade
Rubustez
Nega a decoração exacerbada
no interior e exterior
“Bíblia dos Pobres”
Abadia de Monte Cassino, Itália
Mosteiro de Saint.Garmain-des-Prés, França
Espaços
Organizados em torno do Claustro, junto ao lado sul da Igreja (decoração com escultura e jardins)
Vida religiosa (“Ora”)
Vida comunitária
Espaços Sala capitular Sacristia Oficinas Dormitórios Igreja Refeirórios Cozinhas Adegas Scriptorium mandatum
Abóbada totalmente em pedra
Novas soluções:
Emparelhamento da pedra; construção em arco (neste caso de Volta perfeita)
“Constituída por Planta, estruturas (de suporte e de coberturacombinação de massas e repartição de efeitos. E o arquitecto é ao mesmo tempo
geómetra, mecânico, escultor e pintor. Geómetra na interpretação da planta e na organização espacial, mecânico, para solucionar os
problemas de equilíbrio, escultor pela organização plástica dos volumes, e pintor pelo tratamento da matéria e da luz.”
H. Focillon, in L’Art d’Occident Planta
Centralizada (influência Oriental)
Cruz Grega
Poligonal Circular
Basilical (salienta-se sempre a nave central)
Torna-se mais com o aumento do número de Fiéis (mais altares, deambulatório), cripta
Catedral de Pisa, Itália Torre Campanário, Pisa
Igreja de San Miniato Al Monte, Florença
Catedral de Santiago
de Compostela
O grande modelo para as igrejas de peregrinação
Sistemas de Cobertura e Suporte
Cobertura
Abóbada
Nave principal - Abóbada de Berço
(Naves Laterais – Abóbadas de Aresta
Sucessões de Cúpulas (sobre
Suporte
Nave Central
Arcada principal
Tribuna
Trifório
Clerestório
(uma das fontes de iluminação do
edifício, conjuntamente com outras
janelas e frestas e a torre lanterna
que ilumina no cruzamento com o
transepto), no entanto são espaços
com poucas aberturas.
Arcada principal Tribuna
trifório Clerestório
Decoração
Combinação de volumes – formas geométricas
Aspecto robusto, sólido e austero
Fachadas
Frontal Laterais Posterior
Elementos que compõem o edifício
Arcos, pilares, paredes, portais, umbrais, nervuras
Escultura decorativa
Exterior – ombreiras e portais (arcos cegos,
cachorradas, gárgolas,
Interior – principalmente Capitéis
Cachorrada
Capitel Rosácea
portal Colunelos